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TITULAR DO ÓRGÃO: ÉPOCA DA INSPEÇÃO · Anexo 7 – Check list dos contratos de manutenção pr edial das CAP’s ... Todos os contratos de manutenção preventiva, corretiva

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TITULAR DO ÓRGÃO:

MARCO ANTÔNIO SOUZA DE ALMEIDA

COORDENADOR DO PROGRAMA:

RENATO ZEGERT

ÉPOCA DA INSPEÇÃO:

22 de setembro a 03 de dezembro de 2010

EQUIPE INSPECIONANTE:

• Marcio Sousa Bandeira de Melo Engenheiro Matrícula nº 40/901.375

• Maria Claudia Lameira Garcia

Engenheira - Assessora Matrícula nº 40/900.388

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ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DA AUDITORIA .................................................... 6 1.2 OBJETIVO E ESCOPO DA AUDITORIA ................................................................ 7 1.3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 7 1.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO................................................................................ 7

2. VISÃO GERAL DO PROGRAMA................................................................................. 7

2.1 HISTÓRICO DO CONSERVANDO HOSPITAIS..................................................... 7 2.2 OBJETIVOS............................................................................................................ 9 2.3 PRINCIPAIS STAKEHOLDERS.............................................................................. 9 2.4 PÚBLICO ALVO.................................................................................................... 11 2.5 FUNCIONAMENTO .............................................................................................. 11 2.6 PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO ............................................................ 12

3. ANÁLISE DO PROGRAMA........................................................................................ 13

3.1 ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS............................................. 13 3.2 EXECUÇÃO DO PROGRAMA.............................................................................. 19 3.2.1 PAGAMENTOS E EMPENHOS......................................................................... 19 3.2.2 CONTROLE DOS SERVIÇOS........................................................................... 20 3.2.3 PROGRAMAÇÃO E ATENDIMENTO DAS SOLICITAÇÕES ............................ 21 3.2.4 ORÇAMENTO E MEDIÇÃO DOS SERVIÇOS .................................................. 21 3.2.5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS CONTINUADOS................. 22 3.2.6 DESCONTINUIDADE DO PROGRAMA............................................................ 23 3.3 VERIFICAÇÃO IN LOCO DO FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA................... 24 3.3.1 HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHO....................................................... 25 3.3.2 UNIDADES DE SAÚDE DA CAP 4.0................................................................. 28 3.3.3 UNIDADES DE SAÚDE DA CAP 3.3................................................................. 36 3.4 ANÁLISE DE POSSÍVEIS INFLUÊNCIAS (SWOT ANALYSIS) ........................... 47

4. ACHADOS DE AUDITORIA ....................................................................................... 48

5.BOAS PRÁTICAS E RECOMENDAÇÕES.................................................................. 52

6.CONCLUSÃO.............................................................................................................. 55

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ANEXOS

Anexo 1 – Matriz de Achados e de Planejamento

Anexo 2 – Quadro-resumo com os períodos de 2002/2010 dos contratos de manutenção

predial do Programa Conservando Hospitais

Anexo 3 – Relação dos contratos do Programa Conservando Hospitais 2009-2010

Anexo 4 – Planilha demonstrativa da cronologia do desembolso financeiro dos contratos

em vigor do Programa Conservando Hospitais

Anexo 5 – Projeto básico dos contratos de manutenção das redes de vácuo

Anexo 6 – Relatório de serviços de manutenção das centrais de ar comprimido

Anexo 7 – Check list dos contratos de manutenção predial das CAP’s

Anexo 8 – Ordens de serviço da 1ª medição do contrato nº 177/2008 de manutenção

preventiva e corretiva do Hospital Municipal Salgado Filho

Anexo 9 – Planilha orçamentária de contratos do Programa Conservando Hospitais

Anexo 10 – Cronograma físico financeiro dos contratos do Programa Conservando

Hospitais com a última etapa de valor expressivo.

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho encontra-se previsto na programação de auditorias

operacionais para o atual exercício, aprovada em Sessão Plenária de 13/01/2010,

processo TCMRJ 40/000138/2010.

O Programa Conservando Hospitais foi selecionado como conseqüência da

avaliação dos programas de prestação de serviços da RIOURBE e sua relevância. Esta

auditoria buscou avaliar o programa quanto ao seu objetivo de garantir a integridade das

unidades de saúde, através da continuidade de serviços de manutenção preventiva e

corretiva.

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DA AUDITORIA

O objeto desta auditoria é o Programa Conservando Hospitais, instituído através

do Decreto Municipal nº 21.798, de 25/07/2002, regulamentado pela Resolução Conjunta

SMS/SMO nº 38, de 22/08/2002, e que tem por objetivo a cooperação entre a Secretaria

Municipal de Saúde e Defesa Civil - SMSDC e a RIO-URBE para realização de licitação,

contratação, execução por administração indireta, acompanhamento e fiscalização de

serviços de manutenção e conservação das Unidades de Saúde da Prefeitura do Rio de

Janeiro.

Este não é um programa específico do Plano Plurianual – PPA quadriênio

2010/2013, estando, portanto incluído no Programa 0318 – Infraestrutura e Gestão do

SUS - ação 2858 de Manutenção do Custeio da Rede Hospitalar, cujo objetivo específico

é manter a adequada capacidade de funcionamento da rede hospitalar, através da

aquisição de insumos e de equipamentos e da contratação de serviços continuados.

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1.2 OBJETIVO E ESCOPO DA AUDITORIA

O objetivo da auditoria foi verificar em que medida a concepção, execução e

operacionalização do programa estão contribuindo para a revitalização das unidades de

saúde e satisfação das necessidades do público-alvo.

Como escopo do trabalho foram investigadas duas questões:

1. A execução do programa tem promovido a conservação das instalações físicas das

unidades de saúde?

2. Como é otimizada a aplicação dos recursos do programa?

1.3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada na análise das questões de auditoria contemplou consulta

à documentação e análise de dados: entrevista com o gestor e os envolvidos

diretamente com o Programa.

1.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO

A principal limitação do trabalho foi a dificuldade na obtenção de dados, em

função da equipe da COP-2/RIO-URBE encontrar-se sobrecarregada, como também

algumas informações estarem incorretas ou incompletas. Ressalta-se que ainda não foi

implantado sistema informatizado de gerenciamento dos dados existentes.

Podemos apontar também a abrangência do programa: são 70 contratos de

manutenção predial e de sistemas e equipamentos em vigor e de caráter continuado.

2. VISÃO GERAL DO PROGRAMA

2.1 HISTÓRICO DO CONSERVANDO HOSPITAIS

Criado através do Decreto Municipal nº 21.798, de 25/07/2002, regulamentado

pela Resolução Conjunta SMS/SMO nº 38, de 22/08/2002, o Programa Conservando

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Hospitais objetiva à viabilização das ações de manutenção preventiva e corretiva,

conservação das diversas unidades de saúde administradas pelas Coordenadorias das

Áreas de Planejamento – CAP’s e Unidades de Saúde específicas, através da

continuidade de serviços de forma a garantir a integridade dos prédios.

O citado Decreto estabelece a transferência da Assessoria Especial de Obras da

Secretaria Municipal de Saúde – SMS para a Secretaria Municipal de Obras e Serviços

Públicos ou qualquer dos seus órgãos vinculados, do gerenciamento das atividades de

execução e acompanhamento das obras, reformas e manutenção predial realizadas nas

Unidades Municipais de Saúde.

A Resolução nº 38/02 estabelece que as solicitações para as realizações de

obras, reformas prediais e serviços de manutenção de unidades descentralizadas da

SMS serão encaminhadas à SMO, pelo Secretário Municipal de Saúde, cabendo:

À Assessoria Técnica da SMS:

� desenvolver o projeto básico para as obras e reformas prediais;

� responsabilizar-se pela adequação do espaço físico necessário para a

instalação de equipamentos nas unidades;

� após aprovação do projeto e orçamento pela SMO/RIO-URBE, proceder

aos atos necessários para garantir a reserva orçamentária.

À SMO, ou a qualquer de seus órgãos vinculados:

� desenvolver os projetos básicos para os serviços de manutenção predial;

� aprovar os projetos para obras e reformas desenvolvidos pela Assessoria

Especial de Obras, elaborando e/ou modificando o orçamento respectivo;

� após a reserva orçamentária e abertura do processo licitatório pela SMS,

realizar as licitações e contratações;

� fiscalizar a execução dos contratos.

Assim sendo, a gerência do programa é dividida entre a RIOURBE e a Secretaria

Municipal de Saúde e Defesa Civil – SMSDC (anteriormente SMS), cabendo à

Coordenadoria de Obras Prediais-2 (COP-2) da Diretoria de Obras Prediais (DOP) da

RIOURBE, a atribuição e a responsabilidade de gerenciar - fiscalizar o Programa

Conservando Hospitais e à Gerência de Engenharia e Arquitetura – GEA da SMSDC, a

garantia da reserva orçamentária para execução dos serviços.

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2.2 OBJETIVOS

Os principais objetivos do Programa são: ampliar e agilizar a execução de

serviços de manutenção preventiva e corretiva na Rede Municipal de Saúde: Postos de

Saúde, Postos de Atendimento, Centros Integrados, Maternidades, Unidades de Apoio e

Hospitais e promover melhorias nas condições físicas dos prédios, nas instalações,

equipamentos eletromecânicos e sistemas.

“O Programa atende a 15 hospitais, 9 institutos, 3 unidades integradas de saúde,

18 centros municipais de saúde, 76 postos de saúde, 13 postos de atendimento médico,

5 hospitais maternidades, 1 programa de estratégia de Saúde da Família, 1 programa de

estratégia de agentes comunitários de saúde e 1 casa de parto.”1

2.3 PRINCIPAIS STAKEHOLDERS

Os principais atores (Stakeholders) interessados e/ou envolvidos com a atuação

do Programa Conservando Hospitais e que podem afetar seu desempenho direta ou

indiretamente são:

1. Prefeito - Interfere na priorização das intervenções nas unidades de saúde, em

casos excepcionais;

2. Coordenadoria de Infraestrutura – S/CIM – Responsável pela interface entre a

Subsecretaria de Gestão e a Gerência de Engenharia e Arquitetura da SMSDC –

S/GEA;

3. Gerência de Engenharia e Arquitetura da SMSDC – S/G EA - Define os projetos

e obras prioritários nas Unidades Descentralizadas da SMSDC e gerencia a

racionalização de recursos para obras e serviços de manutenção. Setor

responsável pela interface entre a SMSDC e o Programa Conservando Hospitais;

4. Subsecretaria Municipal de Gestão da SMSDC – S/SUG - Gere os recursos

disponibilizados pela Secretaria Municipal de Fazenda para a Secretaria Municipal

de Saúde e Defesa Civil, considerando suas diversas necessidades e autoriza a

despesa;

1 Fonte: Site da PCRJ/SMO/Projetos/Conservando Hospitais.

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5. Presidente da RIO-URBE - Assina os contratos para a execução de obras e

serviços de manutenção predial;

6. Diretoria de Planejamento e Projetos – RU/DPL - Elabora conjuntamente com a

COP2 os orçamentos, com base nos projetos e especificações oriundas da

SMSDC;

7. Diretoria de Obras Prediais – RU/DOP - Elabora eventualmente, junto com a

S/GEA, o orçamento de obras de complementação ou pontuais nas unidades

descentralizadas da SMSDC;

8. Coordenadoria de Obras Hospitalares e Especiais - R U/DOP/COH – A

fiscalização do Conservando Hospitais atua concomitantemente nas obras que

estejam sendo realizadas nas unidades de saúde sob sua responsabilidade;

9. Coordenadoria de Obras Prediais - RU/DOP/COP-2 - Fiscaliza a execução de

serviços de manutenção e eventualmente de obras, faz medições e atesta faturas

das empresas terceirizadas. Eventualmente participa da elaboração do orçamento

de obras e sempre daqueles relacionados à manutenção. Composta por 19

engenheiros/arquitetos (incluindo o Coordenador) e 2 funcionários administrativos;

10. Coordenadorias das Áreas de Planejamento – CAP’s - Fiscalizam a execução

de obras e serviços decorrentes dos contratos de manutenção nas unidades sob

sua jurisdição, que não celebram contratos específicos. São 10 (dez)

coordenadorias;

11. Diretores e/ou Administradores das Unidades de Saúd e - Solicitam a

execução de obras e serviços de manutenção em sua unidade, objetivando o bem

estar dos usuários;

12. Empresas de Engenharia - Contratadas pela RIO-URBE, executam os serviços,

programados ou emergenciais, de manutenção predial preventiva e corretiva e de

equipamentos, definindo tecnicamente ou pela disponibilidade de recursos a

ordem de execução dos serviços necessários.

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2.4 PÚBLICO ALVO

O público-alvo do programa é a população carioca, aproximadamente 6 milhões

de habitantes e os profissionais da saúde (usuários diretos das instalações beneficiadas

pelos serviços de manutenção).

2.5 FUNCIONAMENTO

O funcionamento do programa é viabilizado através da celebração de contratos de

manutenção predial, de sistemas e equipamentos de ar-condicionado central, de grupo

de geradores, de ar comprimido, vácuo e redes. Os contratos de manutenção predial são

distribuídos entre cada uma das 10 CAP’s e 19 unidades de saúde (hospitais), e os de

manutenção de sistemas e equipamentos têm outra divisão, um único contrato

contempla mais de uma CAP e unidades de saúde. A relação dos contratos está

apresentada no anexo 3.

A partir de 2010, os contratos de manutenção preventiva e corretiva de

autoclaves, elevadores e monta-cargas passaram a ser de responsabilidade da

SMSDC2, uma vez que, não se revestem da característica de serviço de engenharia.

Todos os contratos de manutenção preventiva, corretiva emergencial e

programada são de caráter continuado, podendo ser prorrogados em até cinco anos sem

interrupção.

Os principais serviços incluem:

� Manutenção Predial: recuperação e pintura de paredes e pisos com troca

de revestimentos; reparos em coberturas, com colocação de madeiramento

e telhas novos; reparos em todas as estruturas e esquadrias e colocação

de forro e gesso;

� Instalações Hidráulicas e Sanitárias: limpeza, impermeabilização, conserto

e troca de peças de equipamentos como: reservatórios e caixas d’água,

bombas hidráulicas, válvulas e caixas de descarga, registros, torneiras e

metais sanitários, tubulações (tubos, conexões, fixações e acessórios),

2 Ofício nº 085/2010 – RU/DOP de 06/07/2010.

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ralos e aparelhos sanitários, válvulas reguladoras de pressão, tanques

hidropneumáticos e acessórios, aquecedores. Também são realizados

serviços de desentupimento, reparos e limpeza de esgotos sanitários,

fossas sépticas, caixas coletoras e caixas de gordura;

� Instalações Elétricas e Caldeiras: troca de componentes, instalação de

peças e reparos em subestações, quadros de distribuição, baterias,

luminárias, lâmpadas, interruptores e tomadas, quadros gerais e de

distribuição de força e luz, redes de aterramento, e em outros

equipamentos como bebedouros, freezers e geladeiras. Os aparelhos de

ar-condicionado, geradores, sistemas de emergência e redes de vapor

também estão contemplados, assim como reparos e operação de caldeiras.

A logística de funcionamento do programa, no que diz respeito à manutenção

predial, ocorre, a partir da divisão dos serviços entre emergenciais, preventivos e

corretivos, todos existentes nos contratos das CAP’s e dos hospitais.

Os serviços emergenciais, executados por equipes volantes, são solicitados, pelos

diretores das unidades de saúde, diretamente às empresas contratadas.

Os serviços preventivos são programados regularmente e seguem uma

periodicidade semanal, mensal, trimestral, semestral e anual. Podemos citar: limpeza e

higienização da caixa d’água, cisterna e subestação, entre outros.

A manutenção preventiva tem um custo fixo de mão de obra e utiliza os materiais

necessários para os diferentes serviços. O restante do orçamento dos contratos atende a

manutenção corretiva. As unidades maiores são atendidas por um plantonista.

A manutenção corretiva é realizada a partir, no caso das CAP’s, das solicitações

dos diretores das unidades ao Coordenador de cada CAP. A decisão pela priorização na

realização dos serviços ocorre em reunião entre a fiscalização da COP-2/RIO-URBE,

Contratada e Coordenador, cabendo a este a tomada de decisão.

2.6 PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

Os serviços de manutenção se dividem em corretivos e preventivos, sendo estes,

rotineiros, não requerendo, portanto, uma tomada de decisão. Os corretivos, pelos

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valores empreendidos, necessitam de priorização. A decisão, sobre quais serviços serão

realizados em detrimento de outros,é da responsabilidade dos Coordenadores das CAP’s

e Diretores dos hospitais.

A autorização para início do contrato é concedida pela COP-2/RIOURBE.

3. ANÁLISE DO PROGRAMA

3.1 ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

3.1.1 PLANO PLURIANUAL - PPA, LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS –LDO, LEI DO ORÇAMENTO ANUAL – LOA.

Ao se analisar o Plano Plurianual em vigor, que estabelece os objetivos e metas

da Administração Pública Municipal para as despesas de capital e outras delas

decorrentes, assim como as relativas aos programas continuados, referentes ao

quadriênio 2010-2013 e a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO – exercício 2010,

identifica-se a manutenção e conservação das unidades de saúde como uma das ações

que compõem o Programa de Infraestrutura e Gestão do SUS.

Plano Plurianual (quadriênio 2010-2013)

Lei nº 5.147, de 21/01/2010 (D.O.M. de 22/01/2010)

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO exercício de 2 010)

Lei nº 5.067, de 22/07/2009 (D.O.M. de 23/07/2009)

Programa: 0318 – Infraestrutura e Gestão do SUS

Ação: 2858 – Manutenção do custeio da rede hospitalar

Tipo: A – Atividade

Órgão Executor: Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil

Objetivo Específico: Manter a adequada capacidade de funcionamento da

rede hospitalar, através da aquisição de insumos e de

equipamentos e da contratação de serviços continuados.

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Esta ação destina-se à manutenção das Unidades de Saúde e o correspondente

orçamento, a partir da LOA exercício 2010, está dividido entre as 10 CAP’s e 19

Hospitais Municipais, com Programa de Trabalho próprio, contabilizando 29 PT’s.

Os planos de trabalho das CAP’S e hospitais passam a integrar os contratos com

recursos ordinários não-vinculados e provenientes do SUS.

Lei do Orçamento Anual (LOA exercício de 2010)

Lei nº 5.148, de 21/01/2010 (valores publicados no D.O.M. de 22/01/2010).

Fonte 100 Recursos ordinários não vinculados R$ 780.853.819,00 Fonte 194 Recursos do Sistema Único de Saúde - SUS R$ 313.526.099,00

Total R$ 1.094.379.918,00

É importante destacar que esta verba não se destina exclusivamente ao Programa

Conservando Hospitais, mas a todas as atividades destinadas à manutenção do custeio

da rede hospitalar.

3.1.2 EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO

Por sua relevância, em função do grande volume de dados, a análise do

orçamento do programa se restringiu aos contratos de manutenção predial. O universo

do programa é de aproximadamente 270 contratos lavrados desde 2002 até o atual

exercício.

A tabela 1 e figura 1 apresentam a evolução do orçamento destinado à

manutenção predial das Unidades de Saúde desde o ano da criação do programa (2002)

até 2010.

Na elaboração do orçamento para fins de licitação são consideradas todas as

parcelas de custos de serviços necessários.

Os orçamentos dos contratos de manutenção predial são compostos por serviços

de escritório, mão de obra, equipamentos e devido à singularidade dos serviços, item

especial de materiais diversos (itens elementares do SCO-RIO).

O orçamento anual foi calculado baseado na data de início dos contratos e suas

prorrogações por serviços continuados.

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Ano Orçamento (R$)

2002 17.790.617,19

2003 42.000.768,93

2004 12.597.535,68

2005 32.319.185,62

2006 36.648.903,13

2007 40.214.363,12

2008 38.249.096,16

2009 36.324.611,33

2010 5.543.554,46

Tabela 1 - Evolução do orçamento do programa desde o início até os contratos em vigor.

0,00

5.000.000,00

10.000.000,00

15.000.000,00

20.000.000,00

25.000.000,00

30.000.000,00

35.000.000,00

40.000.000,00

45.000.000,00

Val

or

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Figura 1 - Evolução do orçamento do programa desde o início até os contratos em vigor.

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Podemos deduzir da análise da figura 1 que os recursos alocados na manutenção

predial se mantêm próximos no período de 2005 a 2009, atingindo o pico em 2007.

Apesar dos dados de 2010 serem parciais, percebe-se uma tendência de decréscimo

nos investimentos a partir de 2008. Vale salientar que em 2009, o saldo dos contratos foi

reduzido em 25% (vinte e cinco por cento), em obediência ao Decreto nº 30.360 de

01/01/2009, tendo sido prorrogados com os valores reduzidos.

O baixo orçamento em 2004 é devido às rescisões contratuais dos contratos das

CAP’s ocorridas entre os meses de fevereiro e abril, tendo sido lavrados novos termos

somente em fevereiro de 2005.

Os contratos de manutenção predial das CAP’s merecem uma análise específica,

uma vez que contemplam várias unidades de saúde.

A tabela 2 e figura 2 apresentam a evolução dos contratos licitados para cada

CAP desde o primeiro deles, em 2002, até o último, em 2008, ainda em vigor.

Valores licitados CAP´s 2002 2003 2005 2006 2008

1.0 1.121.374,80 1.165.195,40 1.066.409,55 1.650.404,34 1.946.885,652.1 766.131,18 1.172.491,33 1.396.060,48 1.884.769,36 1.569.815,382.2 996.761,64 992.430,28 940.243,89 1.091.369,00 1.049.376,313.1 899.711,59 1.017.277,55 1.003.846,34 1.373.890,04 1.365.503,093.2 1.174.138,85 1.000.488,26 771.695,73 1.550.598,98 1.379.496,703.3 738.860,41 1.016.318,98 903.375,78 1.320.820,06 1.294.604,184.0 1.161.877,68 876.587,60 778.134,43 1.304.606,94 1.263.437,825.1 245.823,54 1.015.372,89 902.418,09 1.155.346,91 1.319.258,145.2 521.924,28 1.565.586,27 926.252,74 1.294.893,68 1.204.033,575.3 531.557,58 1.193.312,85 955.595,21 1.307.347,00 1.255.715,84

Tabela 2 - Evolução do orçamento das CAP´s desde o início do programa até os contratos em vigor. Obs.: No período de 2004 e 2007 não houve novos contratos.

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0,00

250.000,00

500.000,00

750.000,00

1.000.000,00

1.250.000,00

1.500.000,00

1.750.000,00

2.000.000,00

2.250.000,00

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

valo

r

CAP1.0

CAP2.1

CAP2.2

CAP3.1

CAP3.2

CAP3.3

CAP4.0

CAP5.1

CAP5.2

CAP5.3

Figura 2 – Evolução do orçamento das CAP´s desde o início do programa até os contratos em vigor.

A análise da figura 2 permite concluir que o ano de 2005 apresentou os valores

mais críticos, invertendo-se esta tendência em 2006. Estes valores, na metade das

CAP’s, se mantêm constantes até 2008 (contratos em vigor). O comportamento deste

gráfico não é igual àquele apresentado na figura 1, sugerindo que o pico do orçamento

em 2007 deveu-se aos contratos dos hospitais.

Ainda com relação aos contratos das CAP’s, constata-se pelo quadro-resumo com

todos os períodos de vigência dos termos (anexo 2) que ao longo de 2002 até 2006,

alguns contratos específicos de unidades de saúde (hospitais e PAM) não foram

renovados, sendo incluídos, desde então, nas CAP’s.

A tabela 3 e figura 3 demonstram que os contratos das CAP’s, assinados a partir

de 2006, absorveram as novas unidades, sem a devida contrapartida orçamentária. No

caso das CAP’s 3.1 e 3.3, as dotações destas unidades correspondem quase à

totalidade dos valores.

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CAP'S

VALOR TOTAL DAS UNIDADES

INCORPORADAS (R$)

VALOR DOS CONTRATOS

INICIADOS EM 07/2006 (R$)

1.0 1.096.299,59 1.650.404,342.1 772.800,28 1.569.815,382.2 377.323,74 1.091.369,103.1 1.331.480,81 1.373.890,043.2 536.547,83 1.550.598,983.3 1.261.486,19 1.320.820,064.0 405.168,77 1.304.606,945.1 272.188,50 1.155.346,915.2 245.823,54 1.294.893,685.3 0,00 1.307.347,00

Tabela 3 - Comparativo da dotação orçamentária dos contratos das CAP’s a partir de 2006 com a incorporação de algumas unidades de saúde.

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1.600.000,00

1.800.000,00

1.0 2.1 2.2 3.1 3.2 3.3 4.0 5.1 5.2 5.3

CAP'S

VA

LOR

CONTRATOS INICIADOS EM 07/2006

UNIDADES INCORPORADAS

Figura 3 – Comparativo da dotação orçamentária dos contratos das CAP’s a partir de 2006 com a incorporação de algumas unidades de saúde.

As conseqüências da redução contratual de serviços continuados é a menor

quantidade de intervenções realizadas.

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Complementando a análise deste item, vale ressaltar que a partir de julho de

2010, algumas unidades de saúde foram excluídas dos contratos de manutenção

gerenciados pela COP-2/RIO-URBE, em função de que estes serviços passaram a ser

executados pelas Organizações Sociais (OS)3. No decorrer da Auditoria estavam sendo

lavrados termos aditivos de redução contratual para adequação desta transferência.

3.2 EXECUÇÃO DO PROGRAMA

3.2.1 PAGAMENTOS E EMPENHOS

Uma das prerrogativas para garantia de uma adequada execução contratual é o

pagamento tempestivo dos serviços realizados.

A análise deste item foi feita por amostragem, foram estudados 30% (trinta por

cento) de cada tipo dos contratos em vigor, totalizando 23 termos.

O anexo 4 apresenta planilha com os períodos de desembolso dos 23

instrumentos, tendo sido analisados os períodos sem empenho, a defasagem de tempo

ocorrida entre a emissão da fatura e o último pagamento correspondente e finalmente a

verificação do empenhamento integral do exercício de 2010.

Em cerca de 78% (setenta e oito por cento) dos contratos o período sem empenho

foi menor ou igual a 4 meses, coincidindo com o final do exercício financeiro de 2009.

Os pagamentos foram efetuados, no mínimo, 3 meses após as emissões das

faturas, agravando-se o problema em 57% (cinqüenta e sete por cento) dos casos,

quando a defasagem variou de 5 até 11 meses.

O empenhamento integral do exercício gera o comprometimento da despesa de

cada contrato para 2010, porém, isto não foi constatado nos 23 termos analisados. Em

40% (quarenta por cento) deles, o empenho está defasado do cronograma de 5 até 11

etapas.

A COP-2/RIO-URBE atribui esta deficiência à descentralização do orçamento da

SMSDC a partir de 2010, uma vez que, principalmente os contratos de equipamentos,

por contemplarem unidades de saúde de diferentes CAP´s, passaram a ter mais de um

Programa de Trabalho, levando à necessidade de elaboração de termos de execução

3 Ofício S/SUBG nº 723/2010 de 07/07/2010.

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para a transferência de valores do PT da Unidade Central para as específicas (CAP’s e

hospitais).

3.2.2 CONTROLE DOS SERVIÇOS

O controle da execução dos serviços de manutenção é realizado através de

relatórios mensais, check lists, ordens e relatórios de serviço.

O acompanhamento dos serviços de manutenção preventiva das CAP’s e de

hospitais, de acordo com o edital de licitação, deve ser feito através dos check lists.

Os serviços preventivos têm custo fixo de mão de obra e somente o material

utilizado é apresentado nos relatórios.

Os corretivos são contabilizados nos relatórios mensais, onde estão relacionados

todos os serviços realizados no período, com as respectivas OS (Ordens de Serviços),

check lists e memória de cálculo. Este relatório é atestado pela fiscalização da COP-

2/RIO-URBE, representante da CAP ou hospital e pela contratada.

No decorrer deste trabalho, pela análise documental e contato com a fiscalização

da COP-2/RIO-URBE, se constatou a adequação dos check lists nos contratos dos

hospitais, não se podendo afirmar o mesmo, com relação ao das CAP’s.

A logística destes contratos, em que várias unidades de saúde são

acompanhadas pela mesma equipe de profissionais, dificulta a regularidade na utilização

deste tipo de controle. Porém nos hospitais, como a equipe técnica é exclusiva para a

unidade, percebe-se que os check lists estão incorporados à rotina dos trabalhos (anexo

7).

O controle dos contratos de manutenção de equipamentos é feito por relatórios

mensais, ordens e relatórios de serviço que são inseridos ou acompanham os processos

de fatura (anexo 6). Constatou-se a ausência nos projetos básicos dos editais de

licitação das centrais geradoras de vácuo, de dispositivo para controle dos serviços

executados (anexo 5).

O descumprimento dos procedimentos sugere uma necessidade de reavaliação

dos dispositivos de controle.

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3.2.3 PROGRAMAÇÃO E ATENDIMENTO DAS SOLICITAÇÕES

Conforme apresentado no item 2.5, a programação para o atendimento das

solicitações é feita pelos coordenadores das CAP’s e diretores de hospitais, que utilizam

metodologias diferentes. Devido a isto, os resultados obtidos podem não ser os mesmos.

Para verificação desta logística foram visitadas 8 unidades de saúde de duas

CAP’s e um hospital – item 3.3.

A CAP 4, por exemplo, escolhe duas unidades de saúde por mês para receberam

a manutenção corretiva.

No Hospital Municipal Salgado Filho, a priorização dos serviços na área interna

dos prédios (atendimento) fica a critério dos profissionais da saúde. Cabe à COP-2/RIO-

URBE a responsabilidade pela manutenção da parte técnica (todas as instalações,

subestação, caldeiras e acesso de serviços).

A impressão geral foi de insatisfação quanto à demora no atendimento das

solicitações de serviços das unidades das CAP’s percorridas.

Em todos os prédios visitados constatou-se a pendência no atendimento das

solicitações. Em alguns casos, foram utilizados recursos próprios para execução de

pequenos reparos.

Na Policlínica Carmela Dutra – CAP 3.3 foram emitidas 93 solicitações de serviço

em 2010, com pouquíssimos atendimentos.

O caso mais crítico foi do Centro Municipal de Saúde Clementino Fraga - CAP 3.3,

de 130 solicitações feitas em 2010, só 15 foram atendidas, relativas à instalação elétrica,

hidráulica, reparo no gesso, limpeza de calha, troca de vidro e conserto de gavetas.

As unidades menores atestam serem prejudicadas por compartilharem contratos

com as maiores, não existindo um cronograma de atendimento fixo para todas elas.

3.2.4 ORÇAMENTO E MEDIÇÃO DOS SERVIÇOS

Os orçamentos dos contratos de manutenção predial são compostos por serviços

de escritório, mão de obra, equipamentos e devido à singularidade dos serviços, item

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especial de materiais diversos (itens elementares do SCO-RIO) e os de manutenção das

centrais geradoras de vácuo, de ar comprimido, grupos geradores de luz e força e ar-

condicionado central são compostos por 100% (cem por cento) de itens de prestação de

serviço (Itens Especiais) incluindo mão de obra e material (anexo 9).

Quase a totalidade da execução do programa está baseada na utilização de itens

especiais para composição dos orçamentos, o que leva à uma operacionalização com

custos sem regulamentação.

Os contratos de manutenção das centrais geradoras de vácuo, de ar comprimido e

de grupos geradores de luz e força utilizam um único item especial para a prestação do

serviço, absorvendo 100% (cem por cento) do orçamento e a única diferença daqueles

de ar-condicionado central é que ao invés de um, são vários itens especiais.

A Auditoria para Avaliação dos Itens Especiais da SMO, processo nº

40/4062/2010, baixado em diligência na sessão de 27/10/2010, concluiu no que diz

respeito aos IE’s dos contratos de manutenção hospitalar, que aqueles incluídos nos

contratos de ar-condicionado central, pela sua composição e recorrência, não deveriam

ser especiais. Complementando este trabalho, podemos acrescentar a eles, os IE’s das

centrais geradoras de vácuo, de ar comprimido e de grupos geradores de luz e força.

Já os IE’s incluídos nos orçamentos de manutenção predial apesar de serem

formados por itens elementares do SCO-RIO, se tornam desregulamentados a partir da

medição dos serviços. Na totalidade das ordens de serviço (anexo 8), os itens utilizados

não pertencem à relação de itens elementares que formam os IE’s ou são formados a

partir de propostas para composição do custo, ou seja, os serviços medidos de

manutenção predial do programa não encontram correspondência na planilha

orçamentária, sendo atribuída uma fração da unidade de conjunto de cada IE para

apropriação dos custos. Em resumo, os serviços executados são pagos por frações do

custo total dos IE’s.

3.2.5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS CONTINUADOS

A característica que reveste os contratos celebrados do programa é de serviços

continuados, podendo ser prorrogados por até 60 meses.

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A cada prorrogação o contrato tem seu valor inicial majorado, ou seja, acrescido

do contrato anterior. Este procedimento se repete a cada renovação.

O artigo 463 do RGCAF estabelece que a título de garantia da perfeita execução e

funcionamento das obras ou serviços de engenharia será retida, de preferência à conta

da fatura final, parcela igual a 10% (dez por cento) do valor do contrato ou da nota de

empenho, não devendo, conseqüentemente, a última fatura ser inferior a essa

percentagem.

A RIO-URBE adota um entendimento que os 10% (dez por cento) de retenção

serão medidos na última etapa do contrato, contudo, por se tratar de serviços

continuados, as prorrogações subseqüentes proporcionam um acúmulo desproporcional

de valor e conseqüentemente de serviços na última etapa. Na prática, se observa que

para o fiel cumprimento do cronograma, a realização de serviços ao invés de ser

distribuída igualmente ao longo da vigência contratual, se concentra obrigatoriamente

nos últimos 30 dias.

As prorrogações dos termos vêm sendo adotadas a partir de 2006, sendo

atualmente um problema comum aos contratos que estão na 36ª, 48ª e 60ª etapas

(anexo 10).

Cabe observar que não há impedimento legal para que se proceda a retenção ao

longo de todas as etapas do contrato, portanto não afetando o montante de serviços de

cada etapa. Desta forma, a última fatura paga representaria o percentual total de

retenção que foi diluída ao longo de todas as etapas do cronograma.

3.2.6 DESCONTINUIDADE DO PROGRAMA

Para viabilizar a execução do programa é necessária a celebração dos contratos

de manutenção preventiva, corretiva emergencial e programada, sendo a continuidade

das intervenções, uma das principais ações que garantem o bom desempenho do

programa.

A conservação das unidades de saúde é uma atividade de caráter permanente e

preventiva, uma vez que o desgaste das instalações é contínuo. A interrupção deste

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procedimento gera demanda acumulada por serviços e onera os custos das intervenções

do programa.

Devido à grande quantidade de contratos de manutenção de equipamentos, esta

análise se restringiu à predial.

A descontinuidade do programa é apresentada no quadro-resumo com todos os

períodos dos contratos de manutenção predial (anexo 2). Ela está presente entre

setembro de 2004 até fevereiro de 2005 e novamente de março/abril a julho de 2006.

Constatou-se durante a análise processual a ocorrência de defasagem temporal

nas etapas do processo de contratação, desde a solicitação de abertura de licitação pela

SMSDC até a assinatura dos contratos pela RIO-URBE, assim como rescisões

contratuais dos contratos das CAP’s em fevereiro e abril de 2004, tendo sido lavrados

novos termos somente em fevereiro de 2005, ou seja, um ano sem contrato de

manutenção.

Vale salientar que a perspectiva de interrupção do procedimento, em face de

demora na lavratura de novo contrato ou renovação através de prorrogação, leva à

necessidade de lavratura de termos emergenciais ou de ajuste, como alternativa de

minimizar o acúmulo de demanda por serviços.

Do início do programa, em 2002 até 2006, os contratos vigiam, na maioria das

vezes, por um ano. A partir de 2006, passaram a ser prorrogados, utilizando a

prerrogativa de caráter continuado.

A relação dos contratos em vigor está apresentada no anexo 3, incluindo as datas

de início e término. Ressalta-se que alguns deles foram extintos, estando os novos em

fase de licitação ou prorrogação.

3.3 VERIFICAÇÃO IN LOCO DO FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA

Para a verificação in loco do programa foram selecionadas algumas unidades de

saúde da CAP3.3, CAP 4.0 e o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Em função da

limitação temporal foi dada prioridade aos contratos das CAP’s, por apresentarem maior

complexidade operacional.

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3.3.1 HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHO

Os serviços vistoriados são aqueles que deverão ser realizados nos próximos 12

meses, sendo eles: instalação elétrica e piso em diversos setores da emergência, pintura

geral de diversos setores, modernização de uma subestação, caldeira e reforma para

ampliação da sala de estabilização.

Ilustração 1 – Revestimento próximo aos elevadores necessitando de reparos

Ilustração 2 – Descolamento de parte do piso em plorigoma na unidade interditada de pacientes graves infantis.

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Ilustração 3 – Consultório da unidade coronariana apresentando umidade em virtude de vazamento hidráulico..

Ilustração 4 – Setor de pediatria, atualmente interditado, aguardando reparo nas instalações elétricas das réguas de apoio aos leitos, pois está desarmando.

Ilustração 5 – Revestimento provisório em tapume em área destinada a guarda de documentações, prédio anexo.

Ilustração 6 – Caixa de passagem localizada no interior da casa de força, representado risco de transbordamento em épocas de chuva.

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Ilustração 7 – Sala de repouso da equipe médica apresentado umidade nas paredes.

Ilustração 8 – Pavimentação danificada no acesso à área de serviço do Hospital.

Ilustração 9 - Parte do revestimento externo apresentando descolamento.

Ilustração 10 – Prisma interno apresentando acúmulo de tubulações, alguns com necessidade de reparo.

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3.3.2 UNIDADES DE SAÚDE DA CAP 4.0

3.3.2 1 Posto de Saúde Dr. Harvey Ribeiro de Souza Filho, Recreio dos Bandeirantes

O Posto de Saúde está recebendo obras de ampliação em um dos prédios

anexos e aguarda a efetivação de solicitação de aumento de carga elétrica. Apresenta

alguns serviços pendentes, como correção de infiltrações em um dos prédios, em área

anexa ao CIEP e manutenção das instalações e equipamentos.

Ilustração 11 – Armazenamento inadequado de material em virtude da falta de espaço e mobiliário apropriado.

Ilustração 12 – Vista da área externa - obras de ampliação no interior.

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Ilustração 13 – Fiação de telefonia e lógica aparente na área administrativa

Ilustração 14 – Ar-condicionado necessitando reparo na área administrativa.

Ilustração 15 – Área interna do posto com obras de ampliação.

Ilustração 16 – Teto do prédio anexo com problemas de infiltração, onde funciona a psicologia, dermatologia e planejamento familiar.

3.3.2 2 Hospital Municipal Álvaro Ramos, Jacarepaguá

Este Hospital, inicialmente pertencente à Colônia Juliano Moreira, não possui

setor de emergência e atende prioritariamente pacientes cardíacos. Apresenta precário

estado de conservação, agravado pelos problemas de infiltração do telhado. A

fiscalização informou que todo o telhado está condenado, sendo necessária uma grande

obra de recuperação. A ausência de instalações adequadas e a falta de equipamentos

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básicos, como rede de ar comprimido, comprometem o atendimento aos pacientes

internados.

Ilustração 17 – Área externa apresentando descolamento do emboço.

Ilustração 18 – Revestimento externo apresentado infiltração por percolação do solo

Ilustração 19 – Muro apresentando rachaduras com risco de tombamento.

Ilustração 20 – Fachada apresentando revestimento deteriorado.

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Ilustração 21 – Sala da administração com problemas de infiltração.

Ilustração 22 – Teto da área administrativa apresentando problemas de infiltração.

Ilustração 23 – Parede deteriorada pela infiltração.

Ilustração 24 – Área de serviço apresentando grave proliferação de fungos em virtude da umidade proveniente de infiltração do telhado.

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Ilustração 25 – Revestimento da parede deteriorado pela umidade.

Ilustração 26 – Teto apresentando orifícios de infiltração.

3.3.2 3 CAPS Arthur Bispo do Rosário, Taquara - Jacarepaguá

Unidade destinada ao atendimento de pacientes com deficiência mental. Está

sendo realizada recuperação da pintura em algumas salas, porém, ainda apresentando

áreas com revestimento deteriorado.

Ilustração 27 – Área administrativa e alguns consultórios estão recebendo pintura.

Ilustração 28 – Salão de atividades com o revestimento danificado.

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Ilustração 29 – Revestimento danificado em função de umidade gerada por infiltração.

Ilustração 30 – Corredor com revestimento danificado.

3.3.2 4 Policlínica Newton Bethlem, Praça Seca, Jacarepaguá

A Policlínica apresenta áreas deterioradas por infiltração, além da necessidade de

adequação de acesso para idosos e cadeirantes. A fachada se encontra depredada e

aguardando intervenções.

Ilustração 31 – Fachada apresentando descolamento do emboço.

Ilustração 32 – Forro de gesso com infiltrações.

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Ilustração 33 – Pintura da circulação entre os dois prédios necessitando recuperação, rede de esgoto passando pelo local.

Ilustração 34 – Revestimento de teto com infiltração.

Ilustração 35 – Teto da área de atendimento ao público apresentando infiltração.

Ilustração 36 – Parede do consultório com infiltração por vazamento hidráulico.

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Ilustração 37 – Necessidade de construção de rampa de acesso para idosos e cadeirantes.

Ilustração 38 – Piso aguardando recuperação do revestimento.

Ilustração 39 – Infiltração sanada aguardando pintura.

Ilustração 40 – Teto com infiltração.

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Ilustração 41 – Fachada danificada necessitado recuperação da alvenaria e revestimento.

3.3.3 UNIDADES DE SAÚDE DA CAP 3.3

3.3.3 1 Posto de Saúde Mário Olinto de Oliveira, Cascadura

A direção reclama de demora excessiva no atendimento das solicitações de

serviços. Deverá ser revista toda a parte elétrica, além da substituição de portão e

outros pequenos reparos.

Ilustração 42 – Portão danificado por corrosão esperando recuperação ou substituição.

Ilustração 43 – Toldo improvisado devendo ser substituído definitivamente.

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3.3.3 2 Policlínica Alberto Borgeth, Madureira

A unidade apresenta infiltrações na área interna, oriundas do telhado. O estado

de conservação geral é muito ruim.

Ilustração 44 – Fiação exposta na fachada.

Ilustração 45 – Teto da sala administrativa com infiltração.

Ilustração 46 – Revestimento com infiltração.

Ilustração 47 – Paredes da sala de atendimento odontológico com umidade.

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Ilustração 48 – Teto da área de acesso com infiltrações.

Ilustração 49 – Poço do elevador com constante acúmulo de água, com possibilidade de ser proveniente da rede de esgoto.

Ilustração 50 – Acesso a área de atendimento ao público com revestimento necessitando recuperação.

Ilustração 51 – Parede da circulação dos consultórios com umidade.

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Ilustração 52 – Parede completamente danificada pela umidade.

Ilustração 53 – Forro em madeira danificado pela infiltração.

Ilustração 54 – Paredes de consultório apresentando umidade e proliferação de fungos.

Ilustração 55 – Banheiro destinado ao público em condições precárias de utilização.

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Ilustração 56 – Consultório com revestimento danificado por infiltração.

Ilustração 57 – Terraço coberto aguardando pintura.

Ilustração 58 – Quadro de força danificado pela proliferação de cupins.

Ilustração 59 – Consultório com umidade nas paredes em virtude de infiltrações.

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Ilustração 60 – Teto e parede de depósito com infiltração.

Ilustração 61 – Piso danificado aguardando recuperação.

Ilustração 62 – Parede externa do prédio anexo com umidade proveniente do solo.

Ilustração 63 – Revestimento de consultório danificado por umidade proveniente de percolação do solo.

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3.3.3 3 CMS Clementino Fraga, Irajá

A unidade atualmente divide o espaço com o Programa de Saúde da Família –

PSF gerido por uma Organização Social, ainda existindo indefinições quanto à divisão

dos serviços de manutenção. Os revestimentos das fachadas apresentam pontos de

descolamento representando risco à integridade física dos pacientes e profissionais da

saúde.

De 130 solicitações feitas em 2010, só 15 foram atendidas, relativas à instalação

elétrica, hidráulica, reparo no gesso, limpeza de calha, troca de vidro e conserto de

gavetas.

Ilustração 64 – Piso danificado de um consultório.

Ilustração 65 – Área inapropriada utilizada pela equipe de manutenção.

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Ilustração 66 – Revestimento do teto da fachada apresentando descolamento do emboço em área de circulação.

Ilustração 67 – Outros locais onde o revestimento do teto da fachada apresenta descolamento do emboço em área de circulação.

Ilustração 68 – Revestimento cerâmico das paredes da fachada com descolamento.

Ilustração 69 – Madeiramento de sustentação do telhado deteriorado.

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Ilustração 70 – Revestimento das paredes da circulação interna do prédio.

Ilustração 71 – Porta de acesso à área externa quebrada.

3.3.3 4 Policlínica Carmela Dutra, Rocha Miranda

Esta Policlínica está compartilhando o prédio com o Programa de Saúde da

Família – PSF gerido por uma Organização Social. Pela demora no atendimento das

solicitações, o pátio interno e a copa foram reformados com recursos dos funcionários.

Foram emitidas 93 solicitações de serviço em 2010, com pouquíssimos atendimentos.

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Ilustração 72 – Recuperação parcial de piso aguardando revestimento em azulejo.

Ilustração 73 – Parte do revestimento recuperado aguardando pintura.

Ilustração 74 – Teto danificado por infiltração.

Ilustração 75 – Alvenaria recuperada parcialmente, aguardando pintura.

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Ilustração 76 – Teto danificado por infiltração.

Ilustração 77 – Teto e parede parcialmente pintadas, aguardando complementação dos serviços.

Ilustração 78 – Parede do almoxarifado apresentando infiltração.

Ilustração 79 – Outro trecho da parede do almoxarifado apresentando infiltrações.

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Ilustração 80 – Janela necessitando de tela de proteção pela invasão de pombos, acarretando risco de contaminação em setores estratégicos.

Ilustração 81 – Grade danificada necessitando recuperação.

3.4 ANÁLISE DE POSSÍVEIS INFLUÊNCIAS (SWOT ANALYSIS)

Dentro da perspectiva interna, a partir da qual os elementos podem e devem ser

controlados pelos responsáveis pelo programa, apresentamos abaixo os pontos fortes e

fracos detectados ao longo da análise do funcionamento e desempenho do Programa

Conservando Hospitais:

INFLUÊNCIAS INTERNAS

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

� Tempestividade no atendimento emergencial nas unidades de saúde;

� Interação entre as equipes: COP-2/RIO-URBE (executora) e a Gerência de Engenharia e Arquitetura da SMSDC – S/GEA (responsável pela racionalização de recursos para obras e serviços de manutenção);

� Empenho da equipe técnica – COP-2/RIO-URBE em criar alternativas e métodos de otimização quanto à execução.

� Divisão da gestão do programa: SMSDC (cliente) e RIO-URBE (gerência e fiscalização);

� Nível de organização e controle do programa;

� Restrições orçamentárias; � Entraves nos procedimentos de

contratação causando interrupções no atendimento às unidades de saúde – descontinuidade;

� Subdimensionamento da equipe; � Atraso excessivo no pagamento dos

serviços executados.

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E dentro da perspectiva externa ao programa, onde os elementos não são

controláveis diretamente pelos seus executores ou responsáveis, apresentamos as suas

ameaças e oportunidades:

INFLUÊNCIAS EXTERNAS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

� Prioridade do Poder Executivo para investimento em manutenção das unidades de saúde;

� Conscientização da população para preservação do patrimônio público;

� Implantação do sistema informatizado de gerenciamento dos dados existentes;

� Introdução de itens de manutenção hospitalar na planilha orçamentária da Prefeitura SCO-RIO;

� Restrição orçamentária; � Final do exercício fiscal coincidente

com o término dos contratos; � Ausência de dotação específica para

manutenção das unidades de saúde; � Ampliação do atendimento sem a

contrapartida orçamentária adequada;

� Influência de agentes externos ao programa na decisão da escolha (priorização) dos serviços a serem executados;

� Período longo sem emissão de empenho;

� Descentralização das unidades orçamentárias da SMSDC em 2010.

� Divisão dos serviços de manutenção da mesma unidade de saúde entre as Organizações Sociais e o programa.

4. ACHADOS DE AUDITORIA

A avaliação do Programa Conservando Hospitais foi norteada pelas questões

apresentadas na matriz de planejamento. Os achados de auditoria decorrentes são

explanados a seguir:

Na Primeira Questão de Auditoria , que busca verificar se a execução do

programa tem promovido a conservação das instalações físicas das unidades de saúde

foram detectados 2 (dois) achados de auditoria:

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1º Achado de Auditoria : Unidades de Saúde com instalações físicas em estado

precário.

O primeiro achado relaciona-se, primordialmente, ao atendimento parcial da

demanda por serviços das Unidades de Saúde, evidenciado pela limitação dos recursos

orçamentários e também pela necessidade de obras maiores.

Operacionalmente, podemos atribuir esta deficiência à insuficiência de

infraestrutura, incluindo pessoal, equipamentos e instalações, a fiscalização da COP-

2/RIO-URBE que não atende satisfatoriamente à administração das unidades e a

demora no atendimento pelas empresas contratadas devido ao atraso excessivo no

pagamento pela PCRJ.

As conseqüências advindas do estado precário em que se encontram as

instalações físicas das Unidades de Saúde são: o aumento da demanda reprimida de

serviços; comprometimento, em função dos casos pendentes, dos recursos do contrato

seguinte; prejuízo causado às Unidades de Saúde e à população, cujo atendimento foi

postergado; depredação do patrimônio público; oneração dos custos de serviços futuros

em função do agravamento do dano existente e riscos de ocorrência de acidentes em

áreas deterioradas (queda de emboço do teto e fachada, vazamento em tubulações,

etc).

2º Achado de Auditoria : Descontinuidade do programa.

Na análise processual, foram detectadas lacunas de tempo entre um contrato e

outro, impedindo que o programa tenha continuidade, fato importante quando se trata de

atividade de manutenção – vide anexo 2 – Quadro-resumo com os períodos de

2002/2010 dos contratos de manutenção predial, que registra as citadas lacunas.

Os contratos das CAP’s, por exemplo, foram rescindidos em fevereiro e abril de

2004, tendo sido lavrados novos termos somente em fevereiro de 2005, configurando

intempestividade nos procedimentos pertinentes.

Os efeitos gerados pela descontinuidade comprometem metas e objetivos do

programa, prejudicando sobremaneira a sua eficácia e efetividade.

A interrupção das atividades de manutenção nas Unidades de Saúde tem como

conseqüências principais: o aumento da demanda - pois aos problemas já existentes

somam-se novos casos de necessidade de intervenção; agravamento dos problemas

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preexistentes, com conseqüente oneração de custos; interrupções dos atendimentos

ambulatorial, emergencial e de internação dos pacientes devido à interdição de setores,

e aumento do risco de falha dos equipamentos, instalações, coberturas, quadros

elétricos, etc..

Na Segunda Questão de Auditoria , que busca verificar como é otimizada a

aplicação dos recursos do programa foram detectados 4 (quatro) achados de auditoria.

3º Achado de Auditoria : O orçamento reduzido para a execução do programa

restringe o atendimento dos serviços preventivos e corretivos e de manutenção de

equipamentos.

A partir de 2008, percebe-se uma tendência de decréscimo nos investimentos do

programa, e em 2009, o saldo dos contratos foi reduzido em 25% (vinte e cinco por

cento), em obediência ao Decreto nº 30.360 de 01/01/2009, tendo sido prorrogados com

os valores reduzidos.

Entre 2002 e 2006, houve o incremento do número de unidades nos contratos de

manutenção das CAP’s, devido à interrupção de contratos específicos, sem o

correspondente incremento orçamentário.

Outro fator comprometedor é o atraso nos pagamentos às contratadas pela

PCRJ, devido, entre outros, à descentralização das unidades orçamentárias da SMSDC

em 2010 e o período correspondente ao final do exercício financeiro sem emissão de

empenho.

As principais conseqüências resultantes da escassez de verbas orçamentárias

vão desde a oneração do custo de serviços futuros devido ao agravamento do dano

préexistente; a utilização de outros recursos (SDP) para suprir a manutenção de

serviços reduzidos nos contratos de manutenção; o aumento da demanda reprimida;

atuação menor nos serviços corretivos e preventivos; a interrupção, por mau

funcionamento dos equipamentos e respectivos sistemas até o prejuízo causado às

Unidades de Saúde, cujo atendimento foi postergado.

4º Achado de Auditoria : Deficiência no controle dos serviços executados de

manutenção predial e de sistemas e equipamentos.

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A análise da pertinência e adequabilidade dos diferentes tipos de controle

utilizados na execução do programa encontrou algumas imperfeições, como: a

inexistência, no projeto básico dos editais para contratação de manutenção das centrais

geradoras de vácuo; de procedimentos padrão visando o controle dos serviços;

inconsistência nos relatórios de serviços de manutenção de centrais de ar comprimido;

deficiência da RIO-URBE/COP2 na exigência de cumprimento ao edital de manutenção

de grupos geradores de luz e força, no tocante à confecção dos relatórios mensais de

execução dos serviços e os check lists dos contratos de manutenção preventiva das

CAP’s não está adequado à logística de funcionamento, dificultando sobremaneira a sua

utilização.

Como conseqüência, pode ocasionar o aumento do risco de falha dos

equipamentos, instalações, coberturas, quadros elétricos, etc. e de ocorrência de

acidentes nos setores não vistoriados; possibilidade de pagamento pela PCRJ por

serviços não executados, materiais não utilizados e peças sem substituição e oneração

do custo de serviços futuros devido ao agravamento do dano préexistente.

5º Achado de Auditoria : Execução do programa viabilizada por medições e

orçamentos com preços não regulamentados.

A execução do programa com preços não regulamentados é explicada, no item

3.2.4, tanto pela utilização excessiva e inadequada de Itens Especiais em todos os

contratos do programa, como pela medição de itens inexistentes na planilha

orçamentária.

Os orçamentos dos contratos de manutenção das centrais geradoras de vácuo,

de ar comprimido, grupos geradores de luz e força e ar-condicionado central são

compostos por 100% (cem por cento) de Itens Especiais e aqueles de manutenção

predial por ±42% (quarenta e dois por cento) de IE’s.

Nas medições, a desregulamentação ocorre devido à apropriação de itens de

serviço constantes do SCO-RIO, mas não pertencentes ao conjunto de materiais que

compõem os IE’s dos contratos de manutenção predial e à inclusão nas medições, de

serviços inexistentes nos orçamentos, sendo cotados através de propostas e medidos

como fração do Item Especial, cuja unidade é conjunto.

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Os reflexos da prática de utilização e medição indevida de IE’s possibilitam a

contratação em duplicidade do mesmo serviço, por se tratar de orçamento com

composição fechada e de mão de obra e materiais por preços superiores àqueles

regulamentos pelo SCO-RIO.

6º Achado de Auditoria : Retenção excessiva do valor contratado na última etapa

do cronograma de serviços continuados.

Após análise do cumprimento das etapas do cronograma físico financeiro, foi

identificado que, a partir dos períodos prorrogados, a execução do programa não é

uniforme ao longo da vigência contratual, havendo obrigatoriamente uma concentração

de serviços na última etapa, sendo um acúmulo progressivo, à medida que a

periodicidade vai sendo estendida, conforme exposto no item 3.2.5.

Os citados achados de auditoria permitiram a realização da matriz que se

encontra no anexo 1 do presente relatório.

5.BOAS PRÁTICAS E RECOMENDAÇÕES

As boas práticas e recomendações que se fazem pertinentes para os 6 (seis)

achados de auditoria, são:

1º Achado de Auditoria : Unidades de Saúde com instalações físicas em estado

precário:

a. o incremento da dotação orçamentária para os contratos de manutenção

hospitalar;

b. o incremento e ampliação da infraestrutura, incluindo quadro técnico da

COP-2/RIOURBE e implantação de sistema informatizado para

gerenciamento de dados;

c. reavaliação da logística da fiscalização da COP-2/RIO-URBE;

d. tempestividade no pagamento dos serviços executados;

e. lavratura de contratos específicos para obras de maior valor;

f. adoção de medidas junto à contratada, visando a melhoria no atendimento

às unidades.

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2º Achado de Auditoria : Descontinuidade do Programa

a. haja maior agilização em todo o processo visando à nova contratação,

incluindo a sinalização tempestiva quanto ao fim do contrato vigente;

b. quando houver rescisões contratuais, que seja providenciada a elaboração

imediata de novos contratos.

3º Achado de Auditoria : O orçamento reduzido para a execução do programa

restringe o atendimento dos serviços preventivos e corretivos e de manutenção de

equipamentos.

a. adequação da dotação orçamentária às necessidades previstas;

b. incremento do orçamento para viabilizar a execução de serviços pendentes

de manutenção preventiva e corretiva;

c. tempestividade no pagamento dos serviços executados;

d. emissão de empenhos em conformidade com o desembolso previsto no

cronograma físico-financeiro;

e. adequação dos contratos contemplados com mais de uma unidade

orçamentária.

4º Achado de Auditoria : Deficiência no controle dos serviços executados de

manutenção predial e de sistemas e equipamentos.

a. inclusão no projeto básico dos editais para contratação de manutenção das

centrais geradoras de vácuo, dispositivo para controle dos serviços

executados e peças utilizadas na manutenção corretiva e preventiva.

b. inclusão nos relatórios de serviços dos contratos das centrais de ar

comprimido, do registro da realização da manutenção corretiva, assim

como, sobre o material empregado;

c. exigência da RIO-URBE/COP2 à empresa contratada para a confecção

dos relatórios mensais de execução dos serviços de manutenção de

grupos geradores de luz e força;

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d. adequação dos check lists à realidade da logística de funcionamento dos

contratos das CAP’s.

5º Achado de Auditoria : Execução do programa viabilizada por orçamentos com

preços não regulamentados.

a. elaboração de orçamentos com a utilização de Itens Especiais formados

por itens elementares e mão de obra do SCO-RIO;

b. os Itens Especiais dos orçamentos dos contratos de manutenção das

centrais geradoras de vácuo, de ar comprimido, grupos geradores de luz

e força e ar-condicionado central, pela sua recorrência, passaria a

integrar o catálogo do SCO-RIO;

c. ampliação e adequação, à realidade, dos itens que compõem o conjunto

de materiais do Item Especial dos contratos de manutenção predial das

Unidades de Saúde;

d. os serviços não incluídos nos orçamentos de manutenção predial, cujos

custos são obtidos por propostas e medidos como fração do Item

Especial passem a integrar o orçamento e catálogo do SCO-RIO.

6º Achado de Auditoria : Retenção excessiva do valor contratado na última etapa

dos serviços continuados.

a. revisão da metodologia utilizada na elaboração do cronograma e

medições, avaliando a possibilidade de aplicação da retenção ao longo

de todas as etapas dos contratos, ficando para a última fatura o

percentual total de retenção que foi diluída ao longo de todas as etapas

do cronograma.

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6.CONCLUSÃO

Face às considerações apresentadas, sugerimos o encaminhamento de cópia do

presente relatório à RIO-URBE e à SMSDC para que se pronunciem acerca do contido

no item 5.

Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2010.

____________________________________ Marcio Sousa Bandeira de Melo

Engenheiro Matrícula 40/901.375

_________________________________ M.ª Claudia Lameira Garcia

Engenheira - Assessora Matrícula 40/900.388