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Título: “AVALIAÇÃO FORMATIVA NA EDUCAÇÃO FÍSICA”
Autor IVETE FLORÊNCIO DA SILVA
Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL VEREADOR FRANCISCO GALDINO DE LIMA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Município da escola TOLEDO
Núcleo Regional de Educação
TOLEDO
Orientador PROFª. MS. EVANDRA HEIN MENDES
Instituição de Ensino Superior
UNIOESTE – Marechal Cândido Rondon
Disciplina/Área EDUCAÇÃO FÍSICA
Produção Didático-pedagógica
UNIDADE DIDÁTICA
Público Alvo
ESTUDANTES DA 8ªSÉRIE / 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Localização
COLÉGIO ESTADUAL VEREADOR FRANCISCO GALDINO DE LIMA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AVENIDA MAUÁ, S/N° - JARDIM PARANÁ
Apresentação:
A avaliação para o professor possui uma função específica dentro do planejamento de ensino que permite ao educador repensá-lo a partir da análise do alcance dos objetivos propostos, percebendo outras funções além de simplesmente aferir notas aos alunos. Sendo assim, a avaliação escolar na Educação Física caracteriza-se como um elemento de formação capaz de reestruturar o ensino da disciplina, permitindo que os conteúdos sejam retomados sempre que os alunos não atingirem os objetivos propostos, perspectivando uma avaliação de caráter mais formativo, voltado especialmente para o desenvolvimento atitudinal. Nesse sentido, pretende-se apresentar os elementos constituintes do processo de avaliação formativa na disciplina de Educação Física no ensino fundamental, demonstrando através de exemplos e modelos as possibilidades de avaliar nessa perspectiva.
Palavras-chave AVALIAÇÃO, EDUCAÇÃO FÍSICA, AVALIAÇÃO ATITUDINAL
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
IVETE FLORENCIO DA SILVA
Unidade Didática
AVALIAÇÃO FORMATIVA NA EDUCAÇÃO FÍSICA
IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE)
PROFESSOR ORIENTADOR: Evandra Hein Mendes
ÁREA CURRICULAR: Educação Física
MARECHAL CÂNDIDO RONDON-PARANÁ
2011
IVETE FLORENCIO DA SILVA
AVALIAÇÃO FORMATIVA NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Unidade Didática apresentada como requisito obrigatório no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria Estadual de Educação - SEED
PROFESSOR ORIENTADOR: Evandra Hein Mendes
MARECHAL CÂNDIDO RONDON - PARANÁ
2011
2
Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. Estas atitudes se refletirão em mudanças positivas no seu ambiente familiar. Deste ponto em diante, as mudanças se expandirão em proporções cada vez maiores. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto.
(Dalai Lama)
3
SUMÁRIO
IDENTIFICAÇÃO......................................................................................................... 4
APRESENTAÇÃO...................................................................................................... 4
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................... 7
2.1 AVALIAÇÃO FORMATIVA...................................................................................... 7
2.1 1 Avaliação em Educação Física.................................................................... 11
2.1.2 Avaliação formativa em Educação Física................................................. 12
2.1.3 Avaliação Atitudinal....................................................................................... 13
3 ROTEIRO DE ATIVIDADES.................................................................................. 14
3.1 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR............................ 31
3.2 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO............................ 31
4 REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 32
4
IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: Ivete Florêncio da Silva
Área PDE: Educação Física
NRE: Toledo - Paraná
Professor Orientador: Evandra Hein Mendes
IES : Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE ( Campus Marechal
Cândido Rondon)
Escola de Implementação: Colégio Estadual Vereador Francisco Galdino de Lima –
Ensino Fundamental e Médio.
Município: Toledo– PR
Público objeto da Intervenção: Alunos da 8ª série/ 7º ano
Tema de Estudo do Professor PDE
Avaliação em Educação Física Escolar
Título: Avaliação Formativa na Educação Física
APRESENTAÇÃO
De acordo com as DCEs (PARANÁ, 2008), a avaliação do processo ensino-
aprendizagem entendida como questão metodológica, de responsabilidade do
professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir, onde a seleção
de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de
avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de
instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas
oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento.
5
A proposta desta Unidade Didática é sistematizar os elementos constituintes
do processo de avaliação com vistas a concretização do trabalho pedagógico
docente, através de reflexões, discussões, estudo de textos, atividades e práticas
corporais, a fim de ampliar os conhecimentos e a consciência crítica, podendo
contribuir para a o desenvolvimento do processo de avaliação formativa na disciplina
de Educação Física, na 8ª série/ 7º ano do Colégio Estadual Vereador Francisco
Galdino de Lima- Ensino Fundamental e Médio.
UNIDADE DIDÁTICA
AVALIAÇÃO FORMATIVA NA EDUCAÇÃO FÍSICA
1 INTRODUÇÃO O tema abordado no desenvolvimento deste estudo está relacionado à
avaliação escolar na disciplina de Educação Física enquanto elemento de formação
capaz de reestruturar o ensino da Educação Física, permitindo que os conteúdos
sejam retomados sempre os alunos não atingirem os objetivos propostos.
O ensino de Educação Física nem sempre é valorizado no contexto escolar,
sendo pensado de uma forma descompromissada com o conhecimento e sendo
visto apenas como recreação e lazer, quando na verdade deve ser realizado de
forma interdisciplinar e contribuir para formação integral do indivíduo.
O processo de ensino e aprendizagem é composto por elementos como
conteúdos, metodologias e avaliação. Segundo Palma (2008) a escola necessita
acreditar que o aluno é capaz de aprender em qualquer fase de seu
desenvolvimento físico e intelectual e em qualquer local a que se destine a
realização dessa aprendizagem. Neste aspecto, o educador deve preocupar-se com
a construção de relações que permitam ao aluno relacionar os esquemas
elaborados pelo aluno para processar a sua aprendizagem.
6
A avaliação para o professor possui uma função específica dentro do
planejamento de ensino que permite ao educador repensar o seu planejamento
conferindo se os objetivos propostos foram alcançados e reestruturando seu
planejamento de aula de forma que todos os alunos possam atingi-los. Essa
concepção de avaliação permite perceber que esta é muito mais do que
simplesmente aferir notas aos alunos avaliando determinadas atividades ou
realizando provas com os alunos.
Brandl et al. (2010 ) comenta que a Educação Física é um componente do
currículo, e como tal deve ser inserido no Projeto Pedagógico da Escola a fim de
contribuir para formação geral do aluno, desenvolvendo uma aprendizagem
significativa a partir dos conhecimentos da área.
Darido (2007) comenta que a aula de educação física não visa rendimento e
que o educador deve respeitar as diversas manifestações da cultura corporal
demonstrando que se deve valorizar as diferentes formas de expressão.
Neste contexto, a avaliação deve ser percebida como um elemento que
permite ao aluno com dificuldade na realização de determinadas atividades,
desenvolver meios para que o mesmo alcance os objetivos propostos no
planejamento da disciplina, percebendo que o mais importante é a aprendizagem e
não a avaliação ou a nota alcançada.
Para Mattos (2008) a realização da avaliação na disciplina de Educação
Física passa por restrições históricas onde o discurso dos educadores é dissociado
da prática avaliativa, concentrando os critérios de observação comportamental,
análise de movimentos, entrega de trabalhos, etc. No entanto, há que se considerar
que estes instrumentos apresentam uma prática em muitos casos dissociada da
realidade do que foi assimilado durante o processo de aprendizagem e da evolução
do conhecimento do aluno.
Assim, é necessário repensar a prática avaliativa para que a mesma seja
percebida como mais um elemento de motivação da aprendizagem. A avaliação em
si não deve se desenvolver como uma prática geradora de exclusão do educando no
mundo da aprendizagem, mas deve ser um elemento de diálogo com os objetivos
propostos garantindo que os alunos que não alcançaram os objetivos sejam
7
motivados a refazer os conteúdos de forma a desenvolver a aprendizagem e a
construção de conhecimentos. Essa prática pode ser mais bem desenvolvida se a
avaliação superar a prática de avaliação somativa para uma avaliação contínua e
formativa.
Para Palma (2008) a avaliação escolar precisa necessita estar em acordo
com o projeto pedagógico da escola, pois é nele que estará definida a perspectiva
educacional que norteia as ações educativas. Assim avalia-se tanto a ação docente
(o ensino) quanto a discente (a aprendizagem). É necessário compreender que
avaliar é um processo de análise, de discussão, de reavaliação e de reorganização
do projeto pedagógico. Desta forma, o desenvolvimento de uma avaliação que
pretenda ser construtiva, deve necessariamente partir de objetivos e conteúdos
apresentados de forma clara tanto para o professor quanto para o aluno.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Avaliação Formativa
A avaliação formativa é uma concepção muito utilizada pelos educadores e
visa identificar se as estratégias e os recursos usados para ensinar obtêm resultados
positivos. Essa prática pode ser entendida como uma avaliação contínua e que tem
como objetivo melhorar a aprendizagem, contribuindo para que o aluno seja
acompanhado e orientado durante todo o processo de ensino. Portanto, a avaliação
formativa ajuda o aluno na aprendizagem e no desenvolvimento, participando da
regulação das aprendizagens e do desenrolar do projeto educativo da unidade
educacional (PERRENOUD, 1999).
Luckesi (2005, p. 166) afirma:
A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a
8
avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento.
A avaliação como uma prática que atinge sentido apenas quando permite ao
aluno desenvolver a aprendizagem, disso depreende-se que a avaliação deve ser
uma prática voltada para o desenvolvimento da aprendizagem e que dependendo de
sua forma de execução permite ao aluno verificar a necessidade de aprofundar seu
conhecimento sobre diferentes assuntos (LUCKESI, 1996).
A avaliação possui uma lógica que permite tanto ao educador quanto ao
educando, valorizar mais os meios de desenvolvimentos da aprendizagem,
procurando aprimorar técnicas para se atingir os objetivos.
Vasconcelos (2006) apresenta uma reflexão sobre a avaliação que permite
reconhecer na prática avaliativa um desafio rumo à transformação da educação,
onde a superação das dificuldades realizada pelo professor é pautada na autocrítica
em relação à sua prática de avaliação na escola. O autor dimensiona suas
afirmações a partir da mudança de conduta do educador que junto com os alunos
cria uma nova mentalidade a respeito da avaliação, abrindo mão do autoritarismo,
alterando a metodologia de trabalho em sala de aula, pois não se pode conceber
uma avaliação reflexiva, crítica, emancipatória, num processo passivo, repetitivo e
alienante.
Segundo o mesmo autor o aluno precisa saber que ele estuda para aprender
e não para ser promovido, assim a educação transformadora é proposta a partir da
ação que move o conhecimento e que parte da busca de resposta para as dúvidas
que surgem durante a ação educativa. Para isso, é necessário que o educador vá
diminuindo a ênfase na avaliação classificatória e passando a avaliar apenas
quando for necessário reconhecer a necessidade de replanejar as práticas de ensino
a partir da análise do que o aluno já conseguiu aprender e o que ele necessita rever
para aprender ainda mais (VASCONCELOS, 2006).
Ramos (2004) apresenta a avaliação a partir da concepção de que todas as
coisas devem ser avaliadas incessantemente, apresentando duas funções para a
avaliação: o diagnóstico e a classificação. Enquanto o diagnóstico permite ao
professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair as consequências pertinente
9
à colocação posterior de ênfase ao ensino, a classificação hierarquiza os alunos,
estimula a competição e distribui desigualdade nas oportunidades escolares e
sociais. Porém, a partir dessa visão crítica é possível repensar a prática de forma a
permitir que o diagnóstico promova a inclusão do aluno numa aprendizagem
satisfatória, que no entender de Luckesi (1998) deve oferecer ao aluno melhores
oportunidades de aprendizagem.
A relevância da avaliação está na sua função diagnóstica. Portanto, a atribuição de um valor deverá representar, no contexto escolar, apenas o resultado de todo o processo de avaliação desenvolvido. [...] A avaliação tem como um dos propósitos fazer uma conexão com os conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula, as suas reais necessidades, ou seja, como caráter diagnóstico que visa a sua ampliação, aprimoramento e apropriação (RAMOS, 2004, p. 28).
Assim, a avaliação possibilita ao professor a identificação de domínios e
mudança nos conceitos elaborados, no entanto, ao elaborar um diagnóstico da
realidade do aluno frente à aprendizagem evidencia a formação de um novo
processo, denominado por Luckesi (1998) de avaliação diagnóstico-formativa. Trata-
se de um processo em que aluno e professor comprometem-se num movimento de
ajuda e dimensionam em conjunto os avanços e as dificuldades.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) dispõem que a finalidade
principal da avaliação é ajudar os educadores na execução do seu planejamento
dando continuidade na ação educativa, procurando ajustar os conhecimentos e a
aprendizagem dos alunos oferecendo condições para eles sejam autônomos e
qualificados e não apenas classificados.
Sendo assim, a avaliação diagnóstico-formativa deve dar ênfase na
objetividade em relação ao desenvolvimento humano promovendo a interação com a
realidade em detrimento aos julgamentos de valores, negociação e mensuração do
saber. Os objetivos dessa avaliação devem ser aqueles que são capazes de
intermediar avanços no processo de ensino/aprendizagem, possibilitando sua
reformulação.
Os compromissos dessa avaliação formativa são com a promoção da
interação propiciando caminhos que ajustem as mediações pedagógicas na solução
10
dos problemas e dificuldades do processo. Da mesma forma, a sua função é
incentivar e orientar a busca de soluções para os problemas e as dificuldades que
surgirem ao longo do processo de ensino.
Desta forma, a avaliação formativa deve ser realizada como um ato
diagnóstico que objetive a inclusão e não a seleção que conduz à exclusão. A
avaliação é verdadeiramente formativa quando ajuda o aluno a aprender e a se
desenvolver, participando da regulação da aprendizagem e do desenvolvimento do
projeto educativo (LUCKESI, 1998).
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (DCE's) ao orientar
para que sejam adotadas as determinações da LDB 9394/96 de que a avaliação
deve ser contínua, permanente e cumulativa e que o professor de Educação Física
deve organizar a reorganizar o seu trabalho sustentado em práticas corporais, como
a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta, aponta o seguinte
direcionamento:
A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas (Paraná, 2008, p.77).
Essas perspectivas de avaliação preconizadas pelas DCEs apresentam a
avaliação como uma parte indispensável do processo de ensino aprendizagem que
merece dos educadores um planejamento detalhado a fim de proporcionar maiores
possibilidades de aprendizagem, contrariando as práticas correntes e excludentes
onde avaliar é um exercício de poder do educador sobre o educando.
Segundo o Coletivo de Autores (1992), a avaliação do processo ensino-
aprendizagem é muito mais do que simplesmente aplicar testes, levantar medidas,
selecionar e classificar alunos. A avaliação do processo ensino-aprendizagem está
relacionada ao projeto pedagógico da escola, processo de trabalho pedagógico,
processo inter-relacionado dialeticamente com tudo que a escola assume,
11
corporifica, modifica e reproduz que é próprio do modo de produção da vida em uma
sociedade capitalista, dependente e periférica.
Portanto, a escola, ao elaborar seu projeto pedagógico, deve preocupar-se
com os valores e atitudes que serão fundamentais para a formação do cidadão, pois
de acordo com Darido (2008), para avaliar os conteúdos atitudinais, conhecer aquilo
que os alunos realmente valorizam e quais são as suas atitudes, é necessário que
surjam situações de conflito. Durante as situações de aprendizagem, em jogos,
esportes, ginásticas, conhecimento sobre o corpo, danças e lutas, os alunos são
submetidos a inúmeros desafios. Eles devem adaptar-se aos novos movimentos; ao
uso do material e do espaço; a determinadas regras; a expressar sentimentos,
inibições e dificuldades; enfim, variáveis que compõem um ambiente de ensino e
aprendizado bastante complexo. Não raro eclodem conflitos nessas situações.
Uma das maneiras democráticas de desenvolver a avaliação é realizando a
construção de portfólio em conjunto com os alunos, visto que o portfólio é orientado
pelos princípios da avaliação formativa e sua concepção parte do princípio de que
todo material produzido pelo aluno em seu processo e aprendizagem é armazenado
numa pasta para ser apresentado para a avaliação.
No âmbito educacional o portifólio oferece várias possibilidades, entre elas as
construções dos próprios alunos, colecionando as suas próprias produções que
evidenciam a construção de sua aprendizagem, passando a representar o seu
progresso e dificuldades e, principalmente, suas conquistas. Assim, permite ao aluno
acompanhar o desenvolvimento de seu trabalho, de modo a conhecer suas
potencialidades e os aspectos que precisam ser melhorados, tornando o aluno
participante ativo do processo avaliativo, selecionando amostras de seu trabalho e
incluindo-as no seu portifólio (VILLAS BOAS, 2004).
Atualmente, desenvolve-se no ambiente escolar a possibilidade de
empreender a construção de portifólio digital, que permitem maior praticidade ao
aluno que passa a agregar aos trabalhos uma plasticidade com vários tipos de
linguagem, ou seja: textos, fotografias, imagens, sons, etc... Além de permitir maior
interação entre os produtores na medida em que as criações de cada um se
12
transformam em blogs digitais que permitem acesso de outros interlocutores
(MASETTO, 2000).
2.1.1 Avaliação em Educação Física
A avaliação em Educação Física vem sendo estudada em diferentes aspectos
de organização, pois trata-se de uma disciplina que se situa no processo de
ensino/aprendizagem com a finalidade de assegurar o desenvolvimento de
habilidades e competências humanas a partir de vivências da cultura corporal.
Assim, a avaliação em Educação Física, segundo as Diretrizes Curriculares
(DCE, 2008, p. 76) vem sendo realizada à luz dos paradigmas tradicionais, como a
esportivização, desenvolvimento motor, psicomotricidade e da aptidão física, isso
acontece de uma maneira insuficiente para permitir uma compreensão do fenômeno
educativo numa perspectiva mais abrangente.
Desta forma, a educação física é avaliada priorizando os aspectos
quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos, destrezas
motoras e qualidades físicas, visando principalmente a seleção e a classificação dos
alunos dentro dos parâmetros estabelecidos pelo sistema educacional,assim, este
procedimento caracteriza-se pela verificação do conhecimento e não da avaliação
das habilidades construídas pelo educando.
Quando a avaliação é realizada pelos parâmetros construtivistas, ela
acontece a partir da definição de objetivos que são apresentados e debatidos pelo
professor e os alunos, essa avaliação assume uma condição formativa, pois o
objetivo maior é possibilitar ao professor o ajuste, durante o desenvolvimento do
conteúdo estudado, proporcionando ajuda pedagógica no saneamento das
dificuldades individuais dos alunos.
2.1.2 Avaliação formativa em Educação Física
Sabendo que a avaliação formativa tem como característica o respeito às
diferenças e o auxílio na tomada de decisão no sentido de adequar os objetivos do
13
ensino, pode-se considerar este como um procedimento que melhor representa a
avaliação na disciplina de Educação Física.
Segundo Palma et al. (2008) o educador deve planejar as suas aulas e os
novos conteúdos a partir da sondagem realizada através da discussão ou debate
com o grupo de alunos, solicitando e permitindo ao educador e aos alunos
perceberem as lacunas e os equívocos, motivando-se para o aprofundamento do
assunto proposto.
Devemos chamar a atenção para a importância do estabelecimento de critérios para a avaliação em Educação Física. Para Luckesi (1984), a avaliação não pode ser praticada sobre dados inventados pelo sujeito sob pena de nada estar avaliando, ou ainda, estar enganando a si mesmo e aos outros. [...] o processo de avaliação em Educação Física é algo complexo e fundamental para a eficiência do ensino. O professor deve encarar os momentos avaliativos como aquisição de dados para a melhoria do trabalho pedagógico (MATTOS, 2008, p. 38).
A ação avaliativa deve ocorrer durante a aula com o educador verificando as
reações do aluno diante dos conflitos propostos. Assim, a avaliação pode ser
permeada por questionamentos, discussões em grupos, auto-avaliação pelo aluno,
desde que indicados os parâmetros de aprendizagem, avaliação escrita e
observação direta dos afazeres do aluno. Para evitar que a avaliação se realize
apenas por intuição, Palma et al (2008, p.103) sugere: “elaboração de instrumentos
individuais de registro, nos quais o professor poderá anotar os sucesso qualitativos,
os bloqueios e as dificuldades dos alunos”.
A Educação Física tem como essência a necessidade de educar o aluno para
conhecer o mundo a partir do conhecimento de si mesmo, de sua corporalidade em
relação ao tempo e ao espaço, assim poderá contribuir com o mundo e com o meio
social.
2.1.3 Avaliação Atitudinal
A avaliação atitudinal deve ser entendida como uma série de conteúdos que
são agrupados em valores, atitudes e normas. No ambiente educacional
consideram-se as normas sociais e escolares, além disso o professor pode definir
14
normas da sua aula, relacionadas a sua disciplina, porém para isso é necessário
discutir o sentido de cada norma estabelecida em conjunto com os alunos.
Ao conhecer melhor as características de suas turmas, o professor escolhe as
atitudes para serem mais enfatizadas e avaliadas, especialmente por atenderem
melhor aos objetivos estabelecidos e por propor mudanças comportamentais que
contribuam para o desenvolvimento das capacidades de cada educando.
Neste contexto, a avaliação atitudinal se apresenta como pontos a serem
combinados com os alunos e registrados por eles mesmos em tabelas, fichas ou
outros instrumentos que sejam desenvolvidos para este fim. Assim, poderão ser
avaliadas atitudes como: autocuidado, cuidado com o material da aula, respeito às
regras, presença, ritmo, cooperação, participação, prontidão para tomar posição
frente às propostas de trabalho feitas pelo professor, respeito aos outros,
solidariedade, responsabilidade, etc.
Assim, a avaliação deve ser contínua e permanente, ao mesmo tempo em
que se apresenta democrática devendo ser pensada junto com os alunos. A maneira
mais adequada para desenvolver as anotações da avaliação é em forma de portfólio,
o que se apresenta como uma ferramenta a ser utilizada.
Como afirmam Betti & Zuliane (2002), o professor de Educação Física é dono
de uma condição privilegiada para avaliar valores e atitudes, uma vez que os
comportamentos tornam-se muito evidentes nas aulas, pela natureza de seus
conteúdos e estratégias.
As atividades de avaliação que serão realizadas compreendem a montagem
de um portifólio pelos alunos e pelo professor, neste estará contida a ficha para
avaliação da dimensão atitudinal, ficha de avaliação do desempenho pessoal em
relação aos objetivos, ficha de auto-avaliação, trabalhos e relatórios das aulas.
As tabelas também podem ser construídas junto com os alunos após debater
com eles sobre o que eles consideram importante em relação às atitudes que eles
revelam durante as aulas.
Além desses procedimentos de organização do portifólio pelos alunos, ocorre
também a utilização dos instrumentos estabelecidos pela escola para realizar a
avaliação como é o caso da ficha de conselho de classe elaborada pela
15
coordenação pedagógica e a ficha de acompanhamento do aproveitamento dos
alunos também realizada pela coordenação pedagógica e que são utilizadas por
todos os professores traçando o perfil da turma, realizando um diagnóstico de cada
turma, identificando dificuldades e outros aspectos que necessitam de ações
conjuntas com todos os professores de cada turma.
3 ROTEIRO DE ATIVIDADES
32 aulas
Módulo I – 2 aulas
Conteúdo: Avaliação.
Objetivos: Perceber a importância da avaliação e sua relação com o cotidiano.
Atividades: Solicitar aos estudantes que relatem as situações em que são
avaliados, por exemplo, na escola, num curso de informática, na catequese ou até
mesmo em casa. Neste momento, serão feitos os seguintes questionamentos:
a) O que você entende por avaliação?
b) De que forma você é avaliado na escola?
Organizar os alunos em duplas e confeccionar um fichário para anotações
das respostas. Cada dupla irá trabalhar a leitura e a escrita utilizando a ficha e
posteriormente, o quadro. Através da troca de experiências levá-los a concluir que a
avaliação é necessária para a verificação da aprendizagem, desenvolvendo um
ambiente de discussão e troca de experiências.
16
Ficha de Avaliação
Nome: ________________________________________________ Nº:_____
Nome: ________________________________________________ Nº:_____
1. O que você entende por avaliação?
2. De que forma você é avaliado na escola?
3. Palavras-chave (3):
Para concluir essa atividade será proporcionado um Bingo de Palavras-
Chave, onde as duplas irão selecionar três palavras-chave. Tais palavras serão
relacionadas no quadro e cada dupla escolherá oito para preencher sua cartela. O
sorteio será através de papéis dobrados e vencerá a dupla que primeiro completar a
cartela.
17
Bingo de Palavras-Chave
BINGO DE
PALAVRAS-CHAVE
Recursos Didáticos: Confecção do fichário e cartelas, usando cartolinas, canetões
e réguas.
Avaliação: Através da confecção e manuseio do material, observar o desempenho
individual e coletivo, participação oral e escrita, diagnosticando as dificuldades de
expressar seus conhecimentos.
Módulo II – 2 aulas
Conteúdo: Pré-teste sobre a avaliação da dimensão atitudinal individual.
Objetivos: Diagnosticar a percepção dos estudantes da 8ª série/7º ano sobre a
dimensão atitudinal individual.
Atividades: Cada estudante receberá uma ficha de avaliação da dimensão
atitudinal e responderá as questões individualmente, sem consultar os colegas ou
contar com a intervenção do professor.
18
Recursos Didáticos: A ficha a ser utilizada é o modelo abaixo, indicada por
Mendes, 2010.
Modelo de Ficha para Avaliação da Dimensão Atitudinal Individual
NOME DO ALUNO: ___________________________________________ SÉRIE: _____
1 - Participa ativamente nas aulas de E. F. ?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
2 - Mostra-se interessado em aprender os diversos conteúdos da E. F.?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
3 - Demonstra atitudes de respeito para com o professor?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
4 - Coopera com os colegas durante a realização das atividades?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
5 - Cumpre os horários de chegada e saída das aulas?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
6 - Apresenta-se trajado adequadamente para a aula prática?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
7 - Durante as atividades, de que forma resolve os atritos ou perdas?
( ) com violência física [00] ( ) com violência moral- reclamações [0,3} ( ) com diálogo [1,0]
8 - Demonstra atitudes discriminatórias em relação aos menos habilidosos, ou obesos ou de etnias e
gêneros diferentes?
( ) sempre [0,0] ( ) na maioria das vezes [0,4] ( ) as vezes [0,7] ( ) nunca [1,0]
9 - Colabora no cuidado e preservação do material de E. F?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
10 - Coopera com o professor durante a realização e na organização das atividades?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
Fonte: Mendes (2010,p.118)
Avaliação: Verificar, analisar e discutir coletivamente os resultados obtidos.
19
Módulo IIl – 4 aulas
Conteúdo: Montagem do Porfólio digital.
Objetivos: Confeccionar o portfólio digital.
Atividades : Cada estudante será responsável pela confecção e construção de sua
pasta digital que deverá conter os registros de aprendizagem, produções, conquistas
e análise da superação das dificuldades. Na verdade existem vários tipos de portfólio
e compete ao professor a elaboração de um modelo que seja adequado a sua
realidade, contemplando os anseios e necessidades da turma. Portanto, a ideia é
utilizar o modelo abaixo, pois, por se tratar de uma proposta nova, apresenta-se
como uma maneira simples, objetiva e de fácil operacionalização por parte dos
estudantes.
Desta forma cada estudante preenche a sua ficha de avaliação e armazena
em pasta digital em ofice. No entanto, pode também ser realizado o portifólio digital a
partir da criação de um blog administrado pela professora e onde os alunos podem
postar as suas considerações sobre a avaliação, por se tratar de uma ferramenta
eletrônica via internet, pode ser acessada de qualquer computador, facilitando para
que os alunos de posse do endereço eletrônico acessem durante as suas atividades
extraclasses em qualquer computador.
Modelo de Portfólio para Pasta eletrônica
Dados de Identificação
Colégio Estadual
Nome:
Idade:
Série:
20
Atividade 1
Data: Título:
Descrição da atividade: Comentários (dificuldades, expectativas, pontos positivos e negativos)
Recursos Didáticos: A turma será dividida em duplas para a utilização dos
computadores no laboratório de informática do colégio. O professor será o monitor
de informática e subsidiará os estudantes no que se refere ao uso do equipamento e
dados de identificação do portifólio.
Avaliação: Por meio desta atividade será avaliado o desempenho individual e a
habilidade de manuseio do computador para registrar suas produções.
Módulo IV – 6 aulas
Conteúdo: Filmes relacionados ao ambiente escolar.
Objetivos: Analisar, discutir e comentar o tema abordado no filme, relacionando à
realidade escolar.
Atividades: Sugiro a opção de projeção dos filmes: Meu nome é Radio , Entre os
muros da Escola e Pro dia nascer feliz. A intenção de trabalhar os temas
sugeridos é de provocar uma reflexão acerca da realidade escolar e
consequentemente, comparar as instituições de ensino.
21
Ficha Catalográfica para Filmes
Nome: ________________________________________________ Nº:_____
Título do filme:
Resumo:
Comentários (pontos positivos e negativos, relação com a realidade escolar):
Recursos Didáticos: Para a reprodução dos filmes será utilizada a TV, aparelho de
DVD, sala de aula e ficha catalográfica.
Avaliação: Relacionar e pontuar os pontos positivos e negativos do assunto
abordado e as semelhanças com a realidade do contexto escolar.
Módulo V – 6 aulas
Conteúdo: Textos informativos relacionados à Avaliação, Educação Física e Futsal.
Objetivo: Discutir a relação entre a importância da avaliação, Educação Física e
Futsal.
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Atividades: As reflexões serão feitas a partir do estudo de textos e em seguida
realizadas atividades como Cruzadinha, Caça-Palavras e Ligue-se para fixação
dos conteúdos. Por se tratar de avaliação, utilizarei o assunto Futsal que é conteúdo
referente ao bimestre a ser trabalhado e que atende à proposta de trabalho, visto
que é um conteúdo atrativo para os alunos.
Recursos Didáticos: As atividades serão propostas em forma de passatempos,
pois ao mesmo tempo em que informam e instruem, possibilitam o acesso ao
conhecimento de forma lúdica, utilizando como materiais de apoio, os textos, livros
de regras e sites de domínio público sobre esporte. Os textos trabalhados estão
relacionados à avaliação da aprendizagem imprimindo uma visão clara e concisa do
papel da avaliação na construção de conhecimentos.
Avaliação: A avaliação acontecerá de acordo com a atividade proposta referente
aos textos apresentados e devem ser desenvolvidas por todos os alunos, o que
contribui para caracterizar o caráter formativo da avaliação.
TEXTO I
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Por Pedro Ferreira de Andrade (Domínio Público)
A avaliação educacional sempre precisará contar com uma variedade de recursos, fontes, dados e informações. Torna-se necessário recorrer na suas aplicações às mais diferentes estratégias, técnicas, instrumentos e medidas, e os resultados da aplicação serem analisados, interpretados e depois utilizados no sentido de melhoria de rendimento ou do desempenho do que é avaliado; no (re)planejamento e reconstrução das atividades educativas, inclusive da própria avaliação. É importante atentar para o fato de que a avaliação não é uma atividade somente técnica. Essa forma de ver a avaliação baseada em controle e classificação, embora prevalente e arraigada no nosso sistema educacional em todos níveis de educação, é a menos compatível com os paradigmas emergentes educacionais. A forma prevalente advém de LaSalle que, em 1720, propôs em o Guia das escolas cristãs, o exame como supervisão permanente da
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aprendizagem,contrapondo-se a uma outra visão, a do Comenius (João Amós Coménio), que na sua Didática Magna, concebe a avaliação como um problema metodológico de aprendizagem e não de verificação desta (Garcia, 2001, p. 31). A verdade é que, além de aparato técnico e metodológico, a avaliação exige posicionamento político, pois se atrela a concepções pedagógicas que se relacionam as mais distintas vertentes ideológicas, implicando em princípios e valores subjacentes. A avaliação representará sempre a ótica ou olhar de quem avalia, e quem avalia tem uma visão da realidade, uma competência científica e técnica e um engajamento político que irá se refletir na forma de avaliar e no critério definido que pode não ser o mais ético e o mais atento em promover as potencialidades de cada pessoa humana; do aluno enquanto cidadão. Por fim, a avaliação deve ter como finalidade a orientação da aprendizagem, a autonomia dos aprendizes em relação à aprendizagem e a verificação das competências adquiridas.
CAÇA – PALAVRAS
Encontre no quadro abaixo, as palavras sublinhadas no texto
V B A V A L I A Ç A O N E L C T A X E S B K Q M D T E G N I C L B Y Y
Q F B M N C J I M K U Q I C S Y E K P E S T R A T E G I A E W V G B X
M W Z O K N E J B Y J D U I N S T R U M E N T O S D C A H N W B M H G
S T B Q N N C J T Q Q L K
M B V R D Q A N V I X A P I Y A D U Q O O U
I E J A P Q M J L H I Q V M D S E N W I Z Z H K G K W R D U T C V F S
Z C H O B P O F O F U E R X G B W G B A U B K X P C G E A V U U S C S
J N M O B U R A A S I G V Z T B P N V U Q Q S B Q A W A E Q S R M L N
K I D C G V A V M E Y L M E D I D A S T E B L F R E W L G V I Z S M O
I C H I N F W V O L J G I V A E R G D O W U P Q E U X I K C B J P L B
N A U D L U V B R G M O I T R A E D P N X C V S G C O D W X N I Z C C
L M O A Z A B S A U S D O O L E M S U O Q H K L L P L A D W K T E L I
C L N D H R X Y A P R E N D I Z A G E M D O S J C F K D L Z R E I A V
Z G Y A C X M H I A Q G C K V X S K X I J J K Q E H R E T C B X T S J
N C B O T A N P S O B C M Y F U W P T A V T Z H L S O G S R J O V S B
W P J A P O S I O N A M E N T O C E U C N V N C V D V Q P E L S U I K
C W H O T H M K A J A P T M I N P E A T S Q X P G B L K I K L H R F K
S G G G E A P K A R N I I G A M M U X G D C O M P E T E N C I A W I J
M V G F K M F K D V Z Y G I W O Y B U D M H V E L C M G E U C H B C I
J J I N D C W T R T A S U P E R V I S A O F F G B S O U D R O L G A J
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U R B Y P A H H Y P G V Y N V U H G K W I L K F X Q V K G L K A G Ç C
Q N Y V B F Z Q A O S U Y P A R A D I G M A S T A L O P O H P K Z A Y
O C R I T E R I O E E U K F U D O C M L W C V D V Q O M G W M H G O K
TEXTO II
DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E A FORMAÇÃO PARA CIDADANIA NO ENSINO MÉDIO EM BLUMENAU
Por Robson Rides de Souza (Domínio Público)
A prática da Educação Física na escola pública precisa encontrar fórmulas ricas, capazes de utilizar o trabalho corporal e o movimento, próprios à aula de Educação Física, como formas de enfrentamento à ideologia dominante. É interessante perceber isso para sensibilizar o quanto a Educação Física necessita deixar de ser como historicamente ela sempre foi, estando a serviço dos interesses do governo, da classe dominante, para ludibriar a população. Em vez disso, que ela sirva para o processo de humanização das pessoas. Não restam dúvidas de que o primeiro passo que os homens devem tomar para viver bem coletivamente é exercer a cidadania e se tornarem cidadãos, criando “espaços cidadãos”. O conceito de cidadania se caracteriza, principalmente, pelo pensamento coletivo, ausência de individualidade e de egocentrismo e consideração não só de seu próprio bem-estar, mas do bem-estar do próximo também. O cidadão possui consciência de que tem deveres a cumprir e percebe que, somente depois de cumpri-los, poderá usufruir seus direitos. Ainda, entende a noção de que sua liberdade acaba onde começa a do próximo, ou seja, o usufruto de seus direitos não pode atrapalhar outras pessoas. Mas e “espaço cidadão”, o que seria? Justamente o ambiente onde todos os indivíduos que o compartilham exercem a cidadania, independente de qualquer hierarquia de corpo, o vestuário e a aparência, nas diversas faixas etárias, são vitais para a saúde no seu sentido global. As atividades ao ar livre e o contato com a natureza estimulam naturalmente o zelo pelas plantas e animais, adquirindo o sentido ecológico de preservar e ser solidário. Assim sendo, o professor precisa explicitar este compromisso com a vida, não se atendo ao mero tecnicismo, mas refletindo sobre esse contato espontâneo com o meio natural. Por exemplo: os passeios, caminhadas, escaladas significam uma possibilidade de desbravar o ambiente, descortinar novos horizontes, de percebê-los harmoniosos ou não no contexto, comprometendo-se com sua preservação e utilização socialmente correta. São experiências como estas que proporcionam situações de aprendizado e solidariedade grupal, e felizmente são meios que os professores entrevistados evidenciaram ao longo de suas exposições acerca do assunto “cidadania”. Outrossim, não se pode deixar de frisar que a falta de oportunidade para praticar esportes, realidade da maior parte da juventude brasileira, ajuda a conduzi-
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la a um estado de vulnerabilidade e marginalidade. O acesso às drogas e o ingresso precoce no mercado de trabalho como mão-de-obra barata é destino de milhões de adolescentes. A Educação Física tem, pois, uma contribuição significativa para evitar esta situação, mas é preciso que seus professores saibam refletir à luz dos grandes condicionantes sócio-político-econômicos.
CRUZADINHA
Após a leitura e estudo do texto, elaborar uma Cruzadinha, analisando a
coerência das idéias e formulando as questões relacionadas ao conteúdo proposto.
1
C
2
I
3
D
4
A
5
D
6
Ã
7
O
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TEXTO III
Características do jogo de FUTSAL
O Futsal é uma modalidade coletiva, jogada em uma quadra contendo
medidas variáveis de 17 a 22m de largura e 30 a 42m de comprimento. É um jogo
praticado por duas equipes, sendo que cada equipe é formada por 5 jogadores
titulares e 7 jogadores reservas.
A duração do jogo é de: Cat.Adulta e Juvenil (masc.): 2 períodos de 20
minutos e 10 minutos de intervalo; já a Cat.Adulta (fem. ): 2 períodos de 15 minutos
e intervalo de 10 minutos.
A equipe de arbitragem é composta por 4 pessoas: 2 árbitros, 1 cronometrista
e 1 secretário (anotador). O início do jogo é feito pela equipe vencedora no sorteio e
após o apito do árbitro o jogador deverá movimentar a bola para frente da linha
central.
Posicionamento dos jogadores: Goleiro; Ala direita; Ala esquerda; Fixo; Pivô. Objetivo do jogo: Marcar gols, isto é, fazer com que a bola entre na meta do time adversário, ultrapassando totalmente a linha de gol e impedir que o adversário faça o mesmo. Regras Básicas: Linha lateral: a bola deverá ser colocada sobre a linha e estar imóvel para a
cobrança do tiro de lateral.
Linha central: local onde se inicia um período ou cobrança após o gol,
deslocando a bola para frente.
5 faltas por período: após as 5 faltas será cobrado tiro livre.
4 segundos: é o tempo máximo que o atleta tem para repor a bola em jogo.
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Ligue-Se
Leia o texto e associe corretamente os números, conforme as idéias sugeridas.
Cada estudante entregará a sua atividade individualmente.
1. Medidas da quadra de futsal
2. Número de faltas por equipe
3. A duração do jogo e intervalo
4. Início do jogo ou período
5. Objetivo do jogo
6. Equipe de arbitragem e períodos de
jogo
7. Jogadores titulares e reservas que
compõem uma equipe de Futsal
( ) Fazer a bola passar pela meta
adversária
( ) 5 e 2
( ) 17 e 30
( ) 5
( ) 20 e 10
( ) linha lateral
( ) 5 e 7
MÓDULO Vl – 6 aulas
Conteúdo: Fundamentos do Futsal
Objetivo: Possibilitar o acesso ao conteúdo fundamentos do Futsal, desenvolvendo
a aprendizagem e a construção de conhecimentos realizados pelos estudantes.
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Atividades: A turma será dividida em 4 grupos. Cada grupo pesquisará um
fundamento específico para o Futsal: Condução de bola, Chute, Passe e Drible. O
professor orientará a turma para organizar uma atividade a ser vivenciada pelos
estudantes. Tais atividades serão oportunizadas de modo que os participantes se
sintam parte do processo de aprendizagem, de forma prazerosa e dinâmica,
evidenciando o fundamento escolhido como componente necessário para a
apropriação do conhecimento da modalidade Futsal.
Ficha de Acompanhamento das Aulas
Nome: ________________________________________________ Nº:_____
Nome: ________________________________________________ Nº:_____
Nome: ________________________________________________ Nº:_____
Nome: ________________________________________________ Nº:_____
Nome: ________________________________________________ Nº:_____
Título: Futsal
Subtítulo:
Objetivo:
Desenvolvimento:
Recursos materiais:
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Avaliação:
Recursos didáticos: Utilização de recursos áudio visuais, vídeos, materiais
esportivos, quadra esportiva ou outros.
Avaliação: Possibilitar a reflexão das várias formas de assimilação e apropriação
dos conteúdos do Futsal como prática corporal, avaliando a atuação, participação e
interese de cada aluno envolvido no processo de aprendizagem.
MÓDULO Vll – 4 aulas
Conteúdo: Avaliação e auto-avaliação.
Objetivo: Avaliar o comprometimento individual e coletivo durante o processo de
observação, construção, apresentação e registro dos trabalhos.
Atividades: Para finalizar o trabalho proposto nesta Unidade Didática, buscou-se
aplicar a ficha para avaliação da dimensão atitudinal, como pós-teste, comparando
os resultados, ajustando as mediações pedagógicas na solução dos problemas e
dificuldades do processo de ensino, bem como a auto-avaliação atitudinal para que
os estudantes reflitam, estabeleçam e discutam os objetivos e finalidades da aula.
Tais fichas estão abaixo relacionadas.
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Modelo de ficha de avaliação atitudinal do aluno pelo Professor
Aspectos e atitudes a serem observados N PV AV MV S
Compreende a razão do êxito ou não-êxito de suas
ações
Reconhece a importância do conteúdo estudado
Compreende as propostas sugeridas pelo professor
Colabora na elaboração e reelaboração de regras
Aceita as sugestões formuladas
Argumenta e defende suas sugestões pessoais
Respeita seus colegas, independente do aspecto
físico, social, cultural ou de gênero
Compreende o conteúdo proposto
Enfrenta desafios
N= Nunca - PV= Poucas Vezes - AV= Algumas Vezes - MV= Muitas Vezes - S= Sempre
Auto-avaliação atitudinal do aluno
Aspectos e atitudes a serem observados N PV AV MV S
Sei aplicar regras
Sei estabelecer e discutir os objetivos da aula
Cumpro regras
Aceito as decisões alheias
Aceito os erros dos meus colegas
Sei trabalhar em grupo
Coloco-me em condição para ajudar os colegas
Sou capaz de admitir meus erros
Integro-me bem em atividades de grupo
N= Nunca - PV= Poucas Vezes - AV= Algumas Vezes - MV= Muitas Vezes - S= Sempre Fonte: PALMA et al. (2008, p. 106) Adaptado pela autora em abril de 2011.
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Modelo de Ficha para avaliação da dimensão atitudinal individual
NOME DO ALUNO: ___________________________________________ SÉRIE: _____
1 - Participa ativamente nas aulas de E. F. ?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
2 - Mostra-se interessado em aprender os diversos conteúdos da E. F.?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
3 - Demonstra atitudes de respeito para com o professor?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
4 - Coopera com os colegas durante a realização das atividades?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
5 - Cumpre os horários de chegada e saída das aulas?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
6 - Apresenta-se trajado adequadamente para a aula prática?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
7 - Durante as atividades, de que forma resolve os atritos ou perdas?
( ) com violência física [00] ( ) com violência moral- reclamações [0,3} ( ) com diálogo [1,0]
8 - Demonstra atitudes discriminatórias em relação aos menos habilidosos, ou obesos ou de etnias e
gêneros diferentes?
( ) sempre [0,0] ( ) na maioria das vezes [0,4] ( ) as vezes [0,7] ( ) nunca [1,0]
9 - Colabora no cuidado e preservação do material de E. F?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
10 - Coopera com o professor durante a realização e na organização das atividades?
( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,7] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]
Fonte: Mendes (2010,p.118)
Recursos didáticos: Para o acompanhamento das atividades de avaliação será
realizada montagem de um portifólio digital pelos alunos e pelo professor, ficha para
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avaliação da dimensão atitudinal, ficha de avaliação do desempenho pessoal em
relação aos objetivos, ficha de auto-avaliação, trabalhos e relatórios das aulas.
Avaliação: A proposta de sistematização dos elementos constituintes do processo
de avaliação, através das reflexões, discussões, estudo de textos, atividades e
práticas corporais, amplia os conhecimentos e a consciência crítica. Assim, os
encaminhamentos metodológicos e instrumentos de avaliação sugeridos nesta
Unidade Didática servirão de subsídios para ação docente dos professores da rede
estadual de ensino do estado do Paraná.
3.1 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR
Esta Unidade Didática tem como objetivo principal analisar os elementos
constituintes do processo de avaliação formativa na disciplina de Educação Física no
ensino fundamental.
O processo de ensino e aprendizagem é composto por elementos como
conteúdos, metodologias e avaliação, os quais são utilizados para alcançar objetivos
construídos a partir de uma perspectiva de educação pautada na concepção mais
ampla de homem e mundo, constante na elaboração do currículo e suas diversas
disciplinas escolares. Portanto, o desenvolvimento de uma avaliação que pretenda
ser construtiva, deve necessariamente partir de objetivos e conteúdos apresentados
de forma clara tanto para o professor quanto para o aluno. Faz-se necessário
realizar um diagnóstico para detectar as dificuldades de aprendizagem, informar os
conteúdos aplicados e instrumentar o professor para a realização de uma avaliação
mais elaborada, desenvolvendo práticas ou intervenções pedagógicas de avaliação
formativa com estudantes de 8ª série/7º ano do ensino fundamental na disciplina de
Educação Física.
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3.2 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
Espero que ao final da implementação desta Unidade Didática, o estudante
possa ter compreendido a importância da avaliação, sanado ou amenizado as suas
dificuldades ocorridas durante o processo avaliativo.
Quanto ao professor, que o mesmo consiga adotar instrumentos e técnicas de
avaliação para que a retomada de conteúdos ocorra sempre que os objetivos não
forem atingidos, através da utilização de recursos didáticos e procedimentos,
proporcionando aos alunos a uma interação social, aprendendo a respeitar regras e
trabalhar coletivamente.
Espera-se ainda que o professor, a partir de seus conhecimentos
transmitidos, compreenda que a avaliação é um processo de análise, discussão,
reavaliação e reorganização de sua ação, partindo de objetivos e conteúdos
contemplados nas DCEs, utilizando os procedimentos sugeridos e superando a
prática da avaliação somativa pela avaliação contínua e formativa.
4 REFERÊNCIAS
BETTI,M.; ZULIANI,L.R. Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte,v.1,n.1,p.73-81, 2002. BRANDL, C.E.H.; NISTA-PICCOLO, V.L.; BRANDL NETO, I. Situações-Problema: Possibilidades significativas para as práticas pedagógicas na Educação Física escolar. Anais do V Congresso Sul Brasileiro de Ciência do Esporte. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo : Cortez, 1992. DARIDO,S.C. ; RANGEL, I.C.A. Educação Física na Escola: Implicações para a prática Pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. LDB – Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, 1. ed. Estadual, APP-Sindicato. Curitiba: Popular, 1997. 102 p.
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LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e proposições. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1996. 182 p. LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. Apontamentos sobre a pedagogia do exame. Revista de Tecnologia Educativa, ABT ano XX, nº 101, jui/ago,1998. LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005. MASETTO, M. T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, J.M.; MASETTO, M. T. BEHRENS, M.A. Novas tecnologia e mediação pedagógica. Campinas: Pairus, 2000. MATTOS, Mauro Gomes de; NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física na adolescência: construindo o conhecimento na escola. 5 ed. São Paulo: Phorte, 2008. MENDES,E.H. Avaliação da Aprendizagem em Educação Físca Escolar in Educação física escolar: questões do cotidiano.Carmem E.H.Brandl (organizadora). 1o ed. Curitiba,PR, 2010.
PALMA, Angela Pereira Teixeira Victória (org.). Educação Física e a organização curricular: educação infantil e ensino fundamental. Londrina: EDUEL, 2008). PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação - Departamento de Educação Básica, Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PERRENOUD, Philippe. Avaliação entre duas lógicas: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. RAMOS, Paulo. Os pilares para educação e avaliação. 2ª Ed. Blumenau-SC: Odorizzi, 2004. VASCONCELOS, C. S. Avaliação: concepção dialética - libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo. Libertad, 2006. VILLAS BOAS, B. M. F. Portifólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas-SP: Papirus, 2004.