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Título Professora: SILVIA HELENA RIGATTO Tutora: LUCI APARECIDA NICOLAU

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Professora: SILVIA HELENA RIGATTOTutora: LUCI APARECIDA NICOLAU

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DIREITOS INTELECTUAIS

1. Noções de Propriedade Intelectual 1.1 Direitos Autorais Naturais.

1.2 Propriedade Industrial 1.3 Cultivares 1.4. Biotecnologia

INTRODUÇÃO

Este o último Capítulo dos estudos da disciplina Instituições de Direito

Público e Privado e apresentamos a vocês um dos novos direitos do

mundo contemporâneo: os direitos intelectuais. Na era da ciência e

tecnologia o conhecimento e a criação intelectual passaram a ser

valorizados e protegidos pelo Direito. Vamos conhecer um pouco desta

nova área?

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1. NOÇÕES DE PROPRIEDADE INTELECTUAL

Começamos agora mais um tópico de nossa disciplina. Como não poderia

deixar de ser, veremos que as noções de propriedade intelectual estão à

nossa volta o tempo todo. Para dar início, devemos explicar que dentro do

estudo de propriedade intelectual veremos diversas categorias de direitos:

direitos autorais, patentes, marcas, cultivares, etc. Todas elas têm em

comum o fato de protegerem produtos da criatividade humana, da criação

intelectual. Por isso que modernamente esse ramo do Direito é chamado

também de direitos intelectuais

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Tradicionalmente, a propriedade intelectual é dividida em duas categorias. A

primeira reúne os direitos autorais e faz parte do direito civil.

Já a segunda protege a propriedade industrial e, por isso, fica dentro do direito

empresarial.

Com a crescente evolução tecnológica, diversos novos direitos de propriedade

intelectual vem surgindo, não encaixando tão bem nas duas categorias acima.

Trabalharemos brevemente nesse capítulo com os direitos autorais, com a

propriedade industrial, com os cultivares e com a biotecnologia.

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1.1. DIREITOS AUTORAIS

A primeira categoria de propriedade intelectual é a que reúne os

direitos autorais. Esse direito pode ser entendido como aquele que

protege trabalhos publicados e não publicados nas áreas da

literatura, teatro, música e coreografias de dança, filmes, fotografias,

pinturas, esculturas e outros trabalhos visuais de arte, bem como

programas de computador (softwares).

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Esses direitos são tratados pela Lei 9.610/98, conhecida como Lei dos Direitos

Autorais (LDA). No seu artigo 7º que ela define quais são as obras protegidas pelo

direito autoral. O interessante aqui é perceber que além de todos os exemplos

citados, novos tipos de obras podem surgir e também serão protegidas pela Lei.

Por conta disso que os softwares são considerados obras e protegidas pelo direito

autoral.

O importante para a obra ser protegida é ela ser exteriorizada (não basta ter uma

ideia, tem que colocar ela para fora) e ser original (o que não significa novidade,

mas apenas diferente das já existentes). Cumprindo com isso, o autor terá proteção

autoral pelo prazo de sua vida mais setenta anos após sua morte (art. 41, da LDA).

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O direito autoral do autor divide-se em

dois: o direito moral e o direito patrimonial

sobre a obra. O direito moral, ou pessoal,

está previsto no artigo 24 da LDA,

protegendo, por exemplo, a autoria da

obra, a indicação do autor junto à obra, a

modificação da obra, dentre outros. Esses

direitos pertencem apenas ao autor e são

imprescritíveis (o prazo de proteção dito

acima, não vale para os direitos morais,

que são protegidos eternamente) e

impenhoráveis (por não serem

negociáveis).

Já o direito patrimonial sobre a obra é o

que dá valor econômico a ela e por isso

pode ser cedido, vendido, comercializado

em geral. Aqui, aplica-se o artigo 29, da

LDA protegendo várias ações que

precisam de autorização do autor, como

sua reprodução, adaptação, tradução,

distribuição, etc. Como dito acima, a parte

patrimonial é disponível, podendo o autor

transferir para outra pessoa. Um exemplo

famoso disso foi a compra dos direitos

patrimoniais sobre as músicas dos Beatles

por Michael Jackson.

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Outra informação interessante é a existência de direitos conexos,

junto aos direitos do autor. Existem três espécies de direitos conexos:

intérpretes ou executantes das obras; produtoras ou gravadoras; e

órgãos de radiodifusão. Os direitos conexos têm 70 anos de proteção

contados a partir do 1º de janeiro do ano seguinte ao ano da

execução, gravação ou veiculação.

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Quanto aos softwares...eles são protegidos por uma Lei específica, mas estão dentro da categoria de

direitos autorais. A Lei 9.609/98 protege o programa de computador criado

por cinquenta anos (art. 2º, parágrafo 2º, da “Lei dos Softwares”). Outra

característica importante é que, tal como os demais direitos autorais, os

softwares não precisam ser registrados para serem protegidos, só que se o

autor do programa quiser, ele pode registrar no INPI (Instituto Nacional de

Propriedade Industrial), órgão que será tratado melhor no próximo item.

Passemos para ele então.

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1.2. PROPRIEDADE INDUSTRIAL

A segunda grande categoria do direito

intelectual é a propriedade industrial.

Nesse grupo entram direitos relativos

à patentes, marcas, desenhos

industriais, indicações geográficas,

segredos industriais, entre outros.

Esses assuntos são tratados

especificamente na Lei 9.279/96,

conhecida como Lei de Propriedade

Industrial (LPI).

Uma primeira diferença precisa ser feita.

Só o software não gera uma patente. Mas,

quando ele está ligado ao funcionamento

de um equipamento, fazendo parte dele,

esse equipamento junto com o programa

serão patenteáveis. Um exemplo disso são

os videogames (Playstation, Nintendo Wii,

etc.).

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PATENTE

A patente é o que protege as invenções e

os modelos de utilidade. Para ser

considerada uma invenção é preciso ser

novidade absoluta, além de demonstrar sua

inventividade e a aplicação industrial do

invento. Já para ser modelo de utilidade é

necessário criar uma nova forma que

melhora um produto que já existe.

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A patente garante ao seu criador (que pode ser uma pessoa ou uma

empresa) a exclusividade temporária sobre a utilização, venda e importação

de seu invento. No entanto, quando do registro da patente, o inventor

precisa revelar os detalhes de sua invenção, para que novas criações sejam

desenvolvidas.

Isso, explica outro conceito ligado à propriedade industrial: o segredo

industrial. As empresas quando desenvolvem novas fórmulas ou produtos,

muitas vezes preferem mantê-las em segredo, porque a patente é uma

proteção temporária que depois de um tempo cairá em domínio público, ou

seja, poderá ser utilizada por qualquer um. Segredos famosos como a

fórmula da coca-cola, do guaraná antártica são bons exemplos disso.

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Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)

é o órgão responsável no Brasil para analisar e conceder patentes e

outros registros ligados à propriedade industrial. No caso das

invenções a patente protege os direitos do inventor por vinte anos. Já

nas patentes de modelo de utilidade o prazo de proteção é de quinze

anos (art. 40, da LPI).

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Todo o processo de

análise dos pedidos

como a forma de estudo

e concessão dos pedidos

de patente pelo INPI

estão definidos também

na Lei 9.279/96. E o INPI

cobra taxas e anuidades

pelos seus serviços.

Outra informação importante sobre

as patentes é que elas valem

apenas no Brasil. Para valerem em

outros países é preciso entrar com

pedidos de patente em cada país

que se quer proteger a invenção.

Existe um Tratado (acordo

internacional) de Cooperação em

Matéria de Patente que tenta

facilitar esse processo entre os

países.

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A LPI protege ainda os chamados desenhos industriais que são a

representação visual de um produto, suas características estéticas. Um

exemplo comum de desenho industrial são os modelos de carros, roupas,

etc. Claro que se esse desenho tem características artísticas, e normalmente

tem, ele será protegido também pelo direito autoral. Agora, se quiser proteger

alguma funcionalidade desse desenho o certo é buscar uma patente de

invenção ou de modelo de utilidade. O registro dos desenhos industriais no

INPI protege-os pelo prazo de dez anos, podendo ser prorrogado por mais

três períodos de cinco anos cada (art. 108, da LPI).

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Outro direito inserido na

propriedade industrial é a marca,

ou seja, o sinal que identifica um

produto ou um serviço. As marcas

são registradas no INPI e são

protegidas por períodos de 10 anos

sempre prorrogáveis (art. 133, da

LPI).

Todos os direitos tratados nesse

item (patentes de invenção e

modelo de utilidade, desenhos

industriais e marcas) como no item

anterior (direitos autorais e

softwares) geram royalties, que é o

pagamento recebido em troca da

licença dada pelos autores para

comercialização desses direitos.

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1.3 CULTIVARES

Passaremos agora para uma espécie de direito intelectual que

não se enquadra em nenhuma das duas anteriores. Por isso, é

chamado de direitos sui generis (único em seu gênero). Vários

são os direitos intelectuais que podem ser denominados de sui

generis. Aqui trataremos apenas de um deles: os cultivares.

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Primeiro devemos explicar o que é um cultivar. Podemos definir cultivar como um

subtipo dentro de uma espécie de planta, desenvolvida por meio de pesquisas em

agronomia, botânica, ecologia, genética, biotecnologia, dentre outros, pesquisas

essas que alteram as características específicas da planta, mas sem separá-la de

sua espécie.

Para que a proteção seja concedida ao melhorista (nome dado ao pesquisador que

desenvolve um cultivar) ele precisa demonstrar que realizou modificações na

planta. Isso é chamado de margem de descritores, apresentando características

morfológicas, fisiológicas, moleculares e bioquímicas que identificam seu cultivar e

o diferenciam de qualquer outro.

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Os cultivares são protegidos pela

Lei 9.456/97, conhecida como Lei

de Proteção de Cultivares (LPC).

Essa Lei, em seu artigo 11 estipula

o prazo de duração da proteção.

Esse prazo é de quinze anos para

plantas em geral e de dezoito anos

para videiras, as árvores frutíferas,

as árvores florestais e as árvores

ornamentais.

Importante falar que essa proteção

refere-se principalmente ao

aspecto comercial da utilização do

cultivar produzido. Isso porque a

LPC não protege a divulgação das

características que podem ser

usadas por outros cientistas para a

criação de novos cultivares.  

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1.4. BIOTECNOLOGIA

Biotecnologia define-se pelo uso de conhecimentos sobre os processos biológicos e sobre as propriedades dos seres vivos, com o fim de resolver problemas e criar produtos de utilidade.

(http://www.rbma.org.br/anuario/pdf/legislacao .01.pdf )

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Atualmente, os meios de comunicação têm divulgado inúmeras descobertas

atribuídas ao uso de tecnologias avançadas associadas à biotecnologia. Alimentos

transgênicos, modificados geneticamente, clonagem e tantas outras descobertas

associadas ao tema predispõe a cada dia a necessidade de se saber pelo menos do

que se trata essa tal biotecnologia.

A Biotecnologia apresenta várias definições de acordo com o olhar a ela lançado,

mas de uma forma bem simples, é um conjunto multidisciplinar de conhecimentos

que visa o desenvolvimento de métodos, técnicas e meios associados a seres vivos,

macro e microscópicos, que originem produtos úteis e contribuam para a resolução

de problemas. (http://www.brasilescola.com/biologia/biotecnologia.htm

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LINKS

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm

http://www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral/