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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) lançou, no início de abril, o projeto Pai Presente, que pretende imprimir maior celeridade à realização de exames de DNA nas ações investigatórias de paternidade e maternidade para beneficiários de assistência judiciária. Para garantir a efetivação do projeto, foi assinado contrato com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, através do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico, responsável pela realização dos exames. Páginas 6 e 7 Entrevista Desembargadora Teresa Cristina da Cunha Peixoto Página 9 TJ lança projeto Pai Presente BH - MAIO - 2009 ANO 15 - NÚMERO 138

TJ lança projeto - tjmg.gov.br · “O Banco de Sentenças já atende em parte a necessidade de informação e a busca de uniformização do entendimento e da jurisprudência. É

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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) lançou, noinício de abril, o projeto Pai Presente, que pretendeimprimir maior celeridade à realização de exames de DNAnas ações investigatórias de paternidade e maternidadepara beneficiários de assistência judiciária. Para garantira efetivação do projeto, foi assinado contrato com aFaculdade de Medicina da Universidade Federal de MinasGerais, através do Núcleo de Ações e Pesquisa em ApoioDiagnóstico, responsável pela realização dos exames. Páginas 6 e 7

EntrevistaDesembargadora TeresaCristina da Cunha PeixotoPágina 9

TJ lançaprojeto Pai Presente

BH - MAIO - 2009 ANO 15 - NÚMERO 138

Publicação da Secretaria do Tribunalde Justiça do Estado de Minas Gerais

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E X P E D I E N T E

ParticipeInteressados em divulgar notíciasnas próximas edições do TJMGInformativo devem encaminhar omaterial à Ascom pelo [email protected].

ErrataHinoO hino do PJD, time de futebol formado por servidores do TJ, é de autoria de Warlen Teodoro Rodrigues,Joaquim Daniel e Marcelo Garcia de Paiva, e não apenas de Warlen Teodoro Rodrigues, conforme foi divul-gado na edição de abril.Entrevista O servidor Geraldo Haroldo de Paiva, entrevistado da edição de março do TJMG Informativo, é natural deAbre Campo e não de Carangola, conforme foi publicado.

Tribunal de Justiça do Estado de MG

Presidente: Sérgio Antônio deResende;1º Vice-Presidente: Cláudio Costa; 2º Vice-Presidente: Reynaldo XimenesCarneiro;3º Vice-Presidente: Jarbas Ladeira; Corregedor-Geral: Célio César Paduani;Superintendentes de Comunicação:

Alexandre Victor de Carvalho, AntônioArmando dos Anjos; Secretário

Especial da Presidência: Luiz CarlosElói; Secretária do Presidente: SidneiaSimões; Assessor de Comunicação

Institucional: Ronaldo Ribeiro; Gerente

de Imprensa: Wilson Menezes;Editoras e Jornalistas Responsáveis:Ione Bernadete Dias - RG n° 1929/MGe Patrícia Melillo - RG n° MG04592/JP; Revisão: Ione Bernadete;Design Gráfico: Úrsula Baião e DanielFantini; Fotolito e Impressão: LastroEditora Ltda. Ascom TJMG: Rua Goiás, 253 - 1ºandar, Centro - Belo Horizonte - MG CEP 30190-030Tel.: 31 3237-6551 Fax: 31 3226-2715E-mail: [email protected] TJMG/Unidade Raja Gabaglia:

31 3344-8039Ascom Fórum BH: 31 3330-2123Tiragem: 3 mil exemplares

O sentido do trabalhoE D I T O R I A L

No dia 1º de maio, comemora-se oDia do Trabalho, ou melhor, o Dia do Tra-balhador. A data foi estabelecida paracelebrar as conquistas dos trabalhadoresao longo dos anos e relembra uma grandemanifestação de operários categoria, em1886, em Chicago, Estados Unidos.

A greve, que paralisou os EstadosUnidos, questionava as más condições detrabalho e a pesada carga horária a queos trabalhadores estavam submetidos,representando 13 horas diárias. O movi-mento ficou conhecido como a Revolta deHaymarket.

Na França de 1889, os sindicalistaslutavam pela jornada de oito horas de tra-balho diário. Em 1919, o Senado francêsratificou as oito horas e proclamou o dia1º de maio, como feriado nacional. NoBrasil, a data foi instituída em 1925, pordecreto do presidente Artur Bernardes.Essas são algumas curiosidades sobre o1º de maio.

Ano após ano, o dia é comemoradomundo afora, nem sempre com entusias-mo e euforia. Com as crises sociais decor-rentes de problemas econômicos mun-

No último dia 16 de abril, o presidente do TJMG, desembargador SérgioResende, empossou o magistrado Gutemberg da Mota e Silva no cargo dedesembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A cerimônia foiprestigiada por magistrados, autoridades dos poderes Executivo eLegislativo, servidores, parentes e amigos do empossando.

Gutemberg da Mota eSilva toma posse no TJ

02 M A I O / 2 0 0 9

Rossan

a SousaRossan

a Souza

diais e a adaptação das relações de traba-lho à nova realidade, entra em cena aflexibilização das leis trabalhistas, na mo-dalidade de contratos temporários, empre-sas terceirizadas, estágios e outras. Essanova forma de tratar e pensar o direito dostrabalhadores não deve, no entanto, usur-par os direitos constitucionais adquiridospela classe trabalhadora brasileira.

Uma certeza que se pode ter é a deque não há mercado para absorver a de-manda e o desemprego é comum tanto noBrasil, quanto em países economicamentemuito desenvolvidos, o que tem contri-buído para aumentar as filas de inscriçãodos milhares de candidatos a uma vaganos concursos públicos.

Outra questão diz respeito à reali-dade do mercado, que tem sofrido gran-des transformações nos últimos tempos,como, por exemplo, os avanços tecnológi-cos e a maior participação feminina. Aindaassim, as pesquisas apontam a desvalori-zação da mão-de-obra feminina e mos-tram que as mulheres recebem menosque os homens, mesmo ocupando cargose funções similares.

Essas questões são recorrentes edemonstram os nós e os avanços ao longoda história. Existem muitas falhas. Não hádúvida de que o caminho é o da evolução.Por outro lado, o trabalho jamais pode es-tar dissociado do sentimento de afinidadepor parte de quem o exerce e, consequen-temente, do entusiasmo em exercê-lo damelhor maneira possível.

Sem o reconhecimento do trabalhocomo uma missão importante e neces-sária na nossa vida, a jornada diária torna-se enfadonha e estressante. É preciso tersempre em mente a questão social envol-vida, especialmente quando se trata deserviço público, para que as energias nãosejam exauridas em vão, causando mágoae adoecimento.

Procurar no trabalho uma fonteconstante de realização é um desafio a serenfrentado a cada dia. Pressupõe renova-ção e o propósito de fazer melhor, superaras adversidades e valorizar a trajetória em-preendida tanto para o crescimento pro-fissional quanto para o alcance da pazsocial.

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tros juízes. “O Banco de Sentenças já atendeem parte a necessidade de informação e abusca de uniformização do entendimento e dajurisprudência. É importante até mesmo paraos juizados informais”, afirma.

“Minhas decisões são todas baseadas emconsultas. Busco saber qual o entendimentomajoritário para formar meu próprio entendi-mento e dar mais garantia ao julgado”, afirmao juiz Oilson Schimitt, da comarca de Varginha.Oilson foi um dos primeiros a enviar sentençaspara o Banco e pretende continuar com ascontribuições. “É dando que se recebe. Na me-dida em que recebo, nada mais justo do queeu contribuir também”, conclui.

“Agora, o juiz de 1º grau poderá dar suacontribuição efetiva não só naquela causa de-terminada, que muitas vezes fica escondida noForo da comarca. Com isso, vamos ter oportu-nidade de fazer um apanhado geral de todas asdemandas que estão tramitando no Estado”,destaca o desembargador Reynaldo Ximenes.

Oferecer à comunidade jurídica maisuma fonte de pesquisa, divulgar as decisõesdos juízes mineiros, ajudar a formar uma ba-se de conhecimento da jurisprudência mi-neira, dar mais subsídios para os magistra-dos nortearem seu trabalho. Os objetivos donovo Banco de Sentençasda 1ª Instância são am-biciosos e, se depender doempenho dos envolvidos,serão alcançados rapida-mente.

A nova ferramenta deconsulta, criada pela Es-cola Judicial Desembar-gador Edésio Fernandes(Ejef), do TJMG, já estáfuncionando desde abril,oferecendo o texo integralde centenas de decisõesde 1º grau, inclusive dosJuizados Especiais, no siteda Ejef (www.ejef.tjmg.jus.br). O Banco ofe-rece aos usuários diversas opções de con-sulta para facilitar a pesquisa e organizar ogrande volume de material disponível. Pode-se consultar as sentenças atravésde nome do juiz, matéria, assuntoou área do Direito. Todas as sen-tenças são precedidas ainda de ti-tulação, com o uso de verbetes quefacilitam a sua identificação pelosusuários.

Para o 2º vice-presidente do TJe superintendente da Ejef, desem-bargador Reynaldo Ximenes, a di-vulgação das sentenças é importan-tíssima para garantir o intercâmbioconstante entre os magistrados e a-judar a sedimentar o entendimentodas questões. “A prestação jurisdi-cional se faz, sobretudo, através dosprecedentes. A magistratura de 1ºgrau tem uma grande importância,pois a ela cabe enfrentar as ques-tões de pronto, de imediato, e assim

vai se formando a jurisprudência, uma dasfontes do Direito.”

Porém, não havia ainda uma forma dedivulgação tão eficiente dessas decisões. “Assentenças são públicas, mas não são divul-gadas”, aponta Rosane Brandão Bastos Sales,

da Gerência de Juris-prudência e PublicaçõesTécnicas da Ejef. “Comopesquisadora, eu perce-bia que essa divulgaçãofazia muita falta para osjuízes, para nortear as de-cisões. Acho que o Ban-co vai ser um facilitadormuito grande”, afirmaMaria Cristina MonteiroRibeiro Cheib, diretora-executiva de Gestão daInformação Documental.

Para Dirce Bahien-se, da Diretoria-Executiva

de Suporte aos Juizados Especiais (Dijesp), adivulgação será importante para que os ma-gistrados saibam qual o teor e o direciona-mento das decisões, o entendimento dos ou-

Fonte para o Direito

Inscriçõesgora, o juiz de 1ºgrau poderá darsua contribuição

efetiva não só naquelacausa determinada, quemuitas vezes ficaescondida no foro dacomarca...

Rachel Barreto

Banco de Sentenças facilita pesquisas

03M A I O / 2 0 0 9

I N S T I T U C I O N A L

Ejef homenageada com seloNo dia 29 de maio, os Correios lançamselo comemorativo em homenagem àEjef. O selo traz uma montagem com afachada do Palácio da Justiça e aimagem da deusa grega Têmis, retrata-da em quadro que está exposto no salãoda Corte Superior do TJMG. A EscolaJudicial foi reconhecida pelos Correiosgraças a sua importância no contextodo Poder Judiciário.

A

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I N S T I T U C I O N A L

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Pregão do TJ é Lucas Loyola

Equipe da Coaliresponsável pelaelaboração do Edital

Servidores do TJparticiparam do Congressode Pregoeiros

Melhor Edital de Pregão (2008) e PregãoPresencial 2008 – com maior quantidade derodadas de lances foram as premiações re-cebidas pelo TJMG, no IV Congresso Brasi-leiro de Pregoeiros, realizado de 16 a 19 demarço de 2009, em Foz do Iguaçu, na cer-imônia de entrega do III Prêmio 19 de março.

Criado pela Editora Negócios Públicosdo Brasil, em 2007, o Prêmio 19 de Marçotem por objetivo o reconhecimento das prin-cipais contribuições para a melhoria da efi-ciência no serviço público, na área de com-pras públicas, com a utilização do pregão. Aindicação de 19 de março corresponde à da-ta de realização do primeiro pregão no Bra-sil, promovido pela Agência Nacional de Te-lecomunicações (Anatel).

O edital premiado, considerado catego-ria principal, trata da contratação de empre-sa de serviços de transporte rodoviário decargas para a Região Metropolitana de Belo

Horizonte, responsável pela operacionaliza-ção da mudança da unidade Francisco Salespara a unidade Raja Gabaglia. A elaboraçãodo edital foi feita pela Coordenação de Apoioà Licitação (Coali), subordinada à Gerênciade Compras de Bens e Serviços (Gecomp),pela Coordenação de Contratos e AssessoriaJurídica, responsável pela análise e aprova-ção do edital, todos eles, setores subordina-dos à Diretoria-Executiva da Gestão de Bens,Serviços e Patrimônio (Dirsep).

O gerente da Gecomp, Henrique Cam-polina, considera a premiação “o reconheci-mento nacional pela excelência dos traba-lhos desenvolvidos no TJ e consequente ra-tificação dos procedimen-tos aqui adotados”.

Para a servidora e pre-goeira Sheilla Santos, oseditais do TJ, de modo ge-ral, servem de referência

para todo o País, por serem resultado de umestudo de padronização dos instrumentosconvocatórios dos pregões. “O edital temque estar em conformidade com a lei. Se eleé bem feito, evita impugnações, recursos,revisões”, conclui a servidora.

O coordenador da Coali, José CarlosBarbosa, e Sheila Santos, que participaramdo Congresso de Pregoeiros, avaliaram posi-tivamente o evento. Segundo eles, o con-gresso possibilitou o esclarecimento de

questões polêmicas, atua-lização de informações so-bre as práticas realizadasem todo o País e o inter-câmbio de experiências.

É o segundo ano con-secutivo que o TJ é agraci-ado com o Prêmio 19 deMarço. Em 2008, foi con-templado na categoria Sis-tema de Registro de Preço(SRP) - Maior número deCaronas, no processo de a-quisição de microcompu-tadores.

Atualização

O edital tem queestar emconformidadecom a lei. Se ele

é bem feito, evitaimpugnações,recursos, revisões’‘

duplamente premiado

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jornalista Reinaldo Gomes, oconsultor em Tecnologia da Infor-mação, Henrique Serra Negra,detalha quais são as novidades eas tendências da tecnologia dainformação e dos meios de co-municação. A coordenadora doProjeto Teia MG, da Secretaria deCiência e Tecnologia de MinasGerais, Paula Cardoso, será a co-mentarista da manhã.

O Seminário será realizadono auditório do Anexo I, na ruaGoiás, 229, em Belo Horizonte.As inscrições podem ser feitasatravés do Portal TJMG, entre osdias 11 e 27 de maio. Para o cre-denciamento, no dia do evento, oinscrito deverá levar 1 kg de ali-mento não perecível. Será entre-gue certificado de participaçãoaos presentes. Mais informa-ções, podem ser obtidas atravésdo telefone (31) 3237-6568.

C O M U N I C A Ç Ã O

Visando aprofundar o re-lacionamento do Poder Judi-ciário com os profissionais deimprensa, bem como com osuniversitários que atuam nessaárea, a Assessoria de Comuni-cação Institucional (Ascom) pro-move, a partir de maio, o Encon-tro com a Imprensa, e, nos dias2 e 3 de junho, o 4º Seminário:Judiciário para Comunicadores.Os objetivos são também rom-per com a tradição de ser o Ju-diciário o mais hermético dostrês segmentos do Poder e re-forçar a aproximação com a im-prensa, sem dúvida alguma, omais legítimo canal de diálogocom a sociedade.

No Encontro com a Impren-sa, os superintendentes de Co-municação do TJMG, desembar-gadores Alexandre Victor deCarvalho e Antônio Armandodos Anjos, falam sobre a estru-tura dos segmentos do Poder:Judiciário, Legislativo e Judiciá-rio, de forma didática. Abordamas formas de ingresso na car-reira da magistratura, as atribui-ções do Conselho Nacional deJustiça (CNJ) e esclarecemquais órgãos se relacionam como Poder Judiciário.

Os magistrados tambémapresentam aos profissionais deimprensa as ações inovadorasdo TJMG, como os Juizados deConciliação, o Programa de A-tenção Integral ao Paciente Ju-diciário Portador de SofrimentoMental (PAI-PJ), entre outros. Fi-nalizam a palestra explicandotermos jurídicos como decisão,despacho, sentença, acórdão,veredicto, liminar e tutela ante-cipada.

O 4º Seminário Judiciáriopara Comunicadores, previsto

para os dias 2 e 3 de junho, das9h às 11h15, terá como temaInternet e Justiça. Magistrados,promotores, jornalistas, profes-sores, estudantes e interessa-dos vão discutir a relação entreo Poder Judiciário e internet,além das aplicações tecnológi-cas no trabalho dos profissionaisde direito e dos jornalistas.

Na abertura do evento, soba coordenação da jornalistaSidneia Simões, o desembarga-dor Fernando Botelho fala sobre“O projeto de lei de cybercrimese a liberdade na internet”. O ma-gistrado vai abordar, entre ou-tros temas, a preservação da li-berdade na rede mundial decomputadores, a privacidade e aintimidade no meio eletrônico.

Na sequência, a coordena-dora do curso de jornalismo doCentro Universitário de Belo Ho-rizonte e professora da Pontifícia

a Justiça mais perto do cidadãoWilson Menezes

Universidade Católica de MinasGerais, Lorena Tárcia, vai falarsobre “Transformações sociocul-turais com a internet”. Durante aapresentação, a professora vairefletir sobre como a utilizaçãoda internet tem transformado asrelações culturais nas socieda-des modernas. O jornalista e pro-fessor do Centro UniversitárioNewton Paiva, ex-diretor dos por-tais Terra e Uai, João Castro, vaicomentar os temas apresenta-dos.

Já no dia 3 de junho, a pro-motora de Justiça, da PromotoriaEstadual de Combate aos CrimesCibernéticos, Vanessa Fusco, es-clarece a atuação do MinistérioPúblico no combate aos crimesna internet. Sob a mediação do

Os desembargadores Alexandre Victor de Carvalho e Antônio Armando dos Anjosem recente Encontro com a Imprensa na Rádio Itatiaia

05M A I O / 2 0 0 9

Renata Mendes

Programação

Crimes nainternet

Judiciário e imprensa:

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06 M A I O / 2 0 0 9

A solução para uma luta de vários anos. Assim o juiz da 3ª Va-ra de Família do Fórum Lafayette, Reinaldo Portanova, definiu oprojeto Pai Presente, lançado no último dia 7 de abril, pelo Tribu-nal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O projeto pretende impri-mir maior celeridade à realização de exames de DNA nas açõesinvestigatórias e negatórias de paternidade e maternidade emque as partes sejam beneficiárias da assistência judiciária.

Para garantir a efetivação do projeto, foi assinado, na so-lenidade de lançamento, contrato com a Faculdade de Medicinada Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através do Nú-cleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), respon-sável pela realização dos exames. O contrato foi possível graçasa um convênio de cooperação técnico-financeira firmado entre oTJMG e a Secretaria de Estado de Saúde, com o objetivo de a-poiar o programa de realização de exames de DNA.

Ao descrever o projeto, o juiz Reinaldo Portanova destacou aimportância do exame de DNA na ação de investigação de pater-nidade/maternidade: “O DNA é um elemento de convicção pode-roso para o reconhecimento espontâneo”. Reinaldo Portanovaressaltou que o projeto representa o comprometimento do paicom a assistência da criança, e permite realizar o que determinaa Constituição: garantir proteção integral ao menor.

Durante a solenidade, o juiz Portanova agradeceu a sensibi-lidade do presidente do TJ, desembargador Sérgio Resende, docorregedor-geral de Justiça, desembargador Célio César Paduani,e do Governo de Minas. Confiante, declarou que a iniciativa pos-sibilitará ao Judiciário vencer a demanda represada, em torno de

Vanderleia Rosa

Patrícia

Melillo

oito mil pedidos de exame, diminuindo a angústia das partes e dosjuízes de varas de família.

O presidente do TJ declarou que o Pai Presente significasegurança para o filho, chamando os genitores à responsabilidadepara o necessário amparo emocional, afetivo e financeiro. Lem-brou que havia um grande anseio da Corregedoria-Geral de Justiçae dos juízes das varas de família de todo o Estado para que fossesolucionado o problema.

O desembargador Sérgio Resende informou que o Executivo,por meio de sua Secretaria de Estado de Saúde, arcará com oscustos dos exames de DNA, e, numa primeira etapa, contempla-rão os pedidos até então represados. Caberá ao Poder Judiciárioassumir os procedimentos para o bom andamento do projeto, co-mo controle das requisições, execução das despesas, pagamentoao laboratório escolhido, dentre outras iniciativas, completou.

Na oportunidade, o presidente do TJ agradeceu o apoio re-cebido do Governo do Estado e da UFMG. Agradeceu ainda aocorregedor-geral de Justiça, ao diretor do Foro da Capital, MarcoAurélio Ferenzini, ao juiz Reinaldo Portanova, pela sua luta incan-sável, e a toda a equipe do Judiciário, lembrando que as soluçõessão, sempre, resultados do trabalho conjunto.

O diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, professor Fran-cisco José Penna, representando o reitor Ronaldo Tadeu Pena,revelou a satisfação da faculdade por mais uma importante inter-face com a sociedade. Citou outros projetos e ações de impor-tância social que a instituição já desenvolve, exclusivamente com

Segurança

O juiz Reinaldo Portanova destacou a importância doexame de DNA na ação de investigação depaternidade/maternidade

Ao iniciar o acompanhamentodo adolescente e sua família,percebe-se que esse grupo, namaioria dos casos, estava com

seus direitos básicos negligenciados, eo ato infracional é como um pedido desocorro”‘

I N F Â N C I A E J U V E N T U D E

Convênio imprime agilidade emprocesso de DNA

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projeto é reduzir o prazo entre o ingresso do pedido,a data para a coleta do exame de DNA e a audiênciapara divulgação do resultado. Sua execução permite,com maior segurança, um reconhecimento espontâ-neo da paternidade/maternidade pelas partes e sub-sidiar os juízes com uma prova científica para a forma-ção do convencimento.

A aplicação, desenvolvimento e coordenação doprojeto estarão a cargo do TJMG, através da Coorde-nação do DNA pela 3ª Vara de Família da comarca deBelo Horizonte.

A solenidade de lançamento do projeto Pai Pre-sente e assinatura do contrato com a Faculdade deMedicina da UFMG foi prestigiada por vários magis-trados, servidores e convidados.

recursos públicos, ressaltando a responsabilidade so-cial do projeto Pai Presente.

Já a sub-secretária de Inovação e Logística emSaúde do Estado, Jomara Alves da Silva, ressaltouque a cooperação entre o Judiciário e o Executivo vaipossibilitar a ampliação da capacidade de atendimen-to à sociedade.

A escolha do laboratório da UFMG obedeceu avários requisitos, dentre eles, a possibilidade de pro-mover a coleta de material tanto na capital quanto nointerior. Nas comarcas do interior, a coleta será feitapor meio de parcerias com laboratórios locais.

Atendida a demanda acumulada, a proposta do

Patrícia

Melillo

Solenidade marcouassinatura decontrato entredirigentes do TJ eda UFMG

Convênio imprime agilidade emprocesso de DNA

Agilidade

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Um marco importante natransição da Justiça de papel pa-ra a digital, em comarcas doJudiciário de Minas, foi registra-do nas cidades de Uberaba eUberlândia, no Triângulo Minei-ro, no final de abril.

Dois presos foram coloca-dos em liberdade, em Uberlân-dia, de forma totalmente fora dohabitual: o juiz Joemilson Doni-zetti Lopes assinou os alvarás desoltura, digitalmente, e o ato foiassistido através do sistema devideoconferência, interligando oFórum à unidade prisional, o quepossibilitou a todos os presen-tes acompanharem o momentoem que as algemas foram reti-radas.

O mesmo se deu em Ube-raba, onde o juiz da 2ª Vara Cri-minal, Habib Felippe Jabour, co-locou em liberdade um preso daPenitenciária Professor AluísioInácio de Oliveira. Em menos de10 minutos, a ordem de solturajá se encontrava na unidade pri-sional para ser cumprida.

As duas solenidades de re-gistro da expansão do sistema,já utilizado na capital, ocorreramnas sedes dos fóruns locais dasduas cidades e contaram com apresença do presidente do Tri-

bunal de Justiça de Minas Ge-rais, desembargador Sérgio Re-

sende, do corregedor-geral deJustiça, desembargador CélioCésar Paduani, e da secretária-adjunta de Defesa Social, SoraiaGhader, representando o secre-tário Maurício Campos Júnior, a-lém de outras autoridades.

Antes da expedição do al-vará, o assessor especial da Pre-sidência do TJMG para assuntosde tecnologia e gestor da im-plantação inicial do projeto, de-sembargador Fernando Botelho,explicou o funcionamento daferramenta e sua conformidade

com a legislação vigente. Para odesembargador, o alvará de sol-tura eletrônico “supera os entra-ves burocráticos que o papelcausa”. Disse também que aJustiça está vivendo uma épocade mudança de paradigmas,com o fim do papel e chegadados arquivos digitais.

Após a soltura – transmitidaao vivo – o presidente do TJMGdisse não haver nada mais gra-tificante para o Poder Judiciárioe para o Executivo do que iniciaresse procedimento, colocandoem liberdade quem não precisamais ficar preso.

Em seu pronunciamento, odesembargador Célio César Pa-duani ressaltou que o alvará desoltura eletrônico está sendo im-plantado também nas varas defamília. O corregedor destacou asegurança que o alvará eletrôni-co dá aos magistrados e, con-sequentemente, à Corregedoria-Geral de Justiça do Estado.

O presidente da Comissãode Tecnologia da Informação doTJ, desembargador Pedro CarlosBitencourt Marcondes, revelouque, em médio prazo, o objetivoé unificar os sistemas de gestãode processos das 1ª e da 2ª Ins-tâncias. Segundo o desembar-

gador, a unificação facilitará atroca de informações entre asinstâncias.

A redução do tempo, entrea expedição eletrônica do alvará(em que são usados o SistemaHermes e o Siscom), e a coloca-ção da pessoa em liberdade, im-pressiona. No método “antigo”,em alguns casos, a pessoa a-guardava várias horas até que aordem chegasse à unidade pri-sional em que estava. Com a fer-ramenta digital, a colocação dapessoa em liberdade é pratica-mente instantânea.

A expansão do alvará de so-ltura eletrônico no interior ocor-re simultaneamente com a ca-pital. Em operação desde o dia24 de junho do ano passado, naVara de Execuções Criminais(VEC) de BH, o alvará de solturaeletrônico começa a ser usadoem todas as varas criminais, deTóxicos, de Precatórias Crimi-nais, nos Tribunais do Júri e naCentral de Inquéritos da Capital.

08

T E C N O L O G I A

M A I O / 2 0 0 9

Raul Machado

As prioridades

Liberdadeinstantânea

Sistema de videoconferênciainterligou o fórum à unidade prisional

A Justiça estávivendo umaépoca demudança de

paradigmas, com o fimdo papel e chegadados arquivos digitais’‘

Alvaráeletrônico

agora tambémem Uberlândia

e UberabaRen

ata Men

des

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seguiu uma parceria com o Ministério, através da Secretaria daReforma do Judiciário, garantindo o repasse de R$ 750 mil, o quepossibilitou a sua implantação. Além da 14ª Vara Criminal, que serábrevemente instalada, a 1ª Vara Criminal também atua no julgamentodos feitos relativos à violência doméstica contra as mulheres nestacapital. Com a saída da Vara Infracional da Infância e da Juventude daavenida Olegário Maciel, no ano passado, e face ao pouco espaço

existente hoje no Fórum Lafayette, por de-terminação do presidente do Tribunal de Justiça edo corregedor-geral de Justiça, ficou estabelecidoque as duas varas seriam transferidas para lá. Emprojeto pioneiro no país, ali será instalado tambémum Centro Integrado da Mulher com atendimentointerinstitucional, e inauguração prevista para opróximo mês.

TJMG Informativo - Com a agenda tãolotada, como fica a mulher e mãe TeresaCristina? A senhora se dedica a algum hobby?

TCCP - Sou essencialmente mãe, com Mmaiúsculo. Embora considere o TJ a minha vida, a vida que escolhi eque tem me dado muitas alegrias, as minhas filhas Ana Clara, AnaJúlia, Ana Teresa e Ana Cecília são a razão do meu viver e estão acimade tudo. Tenho, sim, os meus hobbies que são a leitura e filmesantigos.

E N T R E V I S T A - D e s e m b a r g a d o r a T e r e s a C r i s t i n a d a C u n h a P e i x o t o

09M A I O / 2 0 0 9

Ione Bernadete

TJMG Informativo - Após 22 anos exercendo a advocacia, comofoi a transição para o cargo de juíza?

TCCP - É como se a vida inteira eu tivesse sido magistrada. Tomeiposse no dia 11 de dezembro e, no dia seguinte, participei como vogalda sessão de julgamento da 2ª Câmara Cível, ocasião em que emitiposicionamentos que foram sedimentados na minha carreira no Alçadae permanecem nos dias atuais. Desde recém-formada, advoguei muitojunto à 2ª Instância, fazendo sustentação oral,numa época em que as mulheres quase não fre-quentavam os tribunais. Assim, fui me fami-liarizando. No TJMG, sou integrante da 8ª CâmaraCível, desembargadora superintendente da Áreade Orçamento desde a gestão anterior e hojeatuo, por designação do desembargador SérgioResende, na consecução de medidas que darãoefetividade à Lei Maria da Penha.

TJMG Informativo - E por falar em LeiMaria da Penha, como está o andamento daVara? Já está efetivamente funcionando?

TCCP - Em agosto do ano passado, foraminiciados os procedimentos relativos à implantação da 14ª Vara Crimi-nal, que terá competência para julgar os conflitos decorrentes da LeiMaria da Penha em Belo Horizonte. Antes disso, em abril, participei naAssembleia Legislativa de um Encontro que contou, entre outros, comrepresentantes do Ministério da Justiça. Nessa ocasião, o Tribunal con-

“É como se a vida inteira eu tivesse sido magistrada”

Rossana Souza

“Mãe,

Desde recém-formada,advoguei muito junto à 2ªInstância, fazendo susten-tação oral, numa época

em que as mulheres quase nãofrequentavam os tribunais.”‘

A genética, certamente, explica o entusias-mo e a paixão com que a desembargadora doTribunal de Justiça de Minas Gerais, TeresaCristina da Cunha Peixoto, narra a sua trajetóriana carreira jurídica, mais especificamente, namagistratura mineira. É filha do desembargadorRégulo da Cunha Peixoto, que presidiu o TJMG,e neta do desembargador Eustáquio da CunhaPeixoto, do mesmo Tribunal, ambos magistradosde carreira. O tio Carlos Fulgêncio da CunhaPeixoto, desembargador pelo Quinto Cons-titucional, foi também ministro do STF. Apesardo legado, Teresa Cristina conta que os estudoscom disciplina sempre ocuparam boa parte doseu tempo e que dedicou muitos anos de suavida à advocacia, desde que se formou em Di-reito até o momento em que se sentiu preparadapara dar sua contribuição à magistratura. “Sóentão postulei a participação na Lista Sêxtuplada OAB e tomei posse no então Tribunal deAlçada no dia 11 de dezembro de 2000”, conta adesembargadora que, antes disso, foi procura-dora do Estado, cargo exercido por meio de con-curso público.

com M maiúsculo”

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M A I O / 2 0 0 910

da Juventude (JIJ), no EdifícioMirafiori e na Unidade Raja Gaba-glia. Até junho, o sistema será im-plantado nos prédios da ruaGoiás. Em 2010, a meta é ampliaro sistema para outros três prédiosda capital.

Danielle diz que a mudançamais perceptível para o usuário éa transferência de ligações entreramais, processo que ficou maislento. Para ela, no entanto, asvantagens são maiores. “Além dedispensar a chamada local entreos setores do TJ que funcionamem prédios diferentes, os apare-lhos oferecem vários recursosaos usuários”, lembra Danielle.Assim como em um celular, os a-parelhos têm bina e viva-voz, per-mitem fazer chamadas em confe-rência, possuem tecla mudo e a-presentam a listagem das chama-das recebidas, não-atendidas ediscadas.

Francis Rose e Maria Luíza GondimAté junho deste ano, nove

prédios do Tribunal de Justiça deMinas Gerais (TJMG), que ficamna capital, terão os telefonesconvencionais substituídos poraparelhos de Voice over InternetProtocol, o VoIP. O sistema decomunicação permite que as li-gações sejam feitas através darede de computadores do TJ. Naprática, é como se os servi-dores do Tribunal estivessemfazendo uma chamada comáudio usando programascomo o Skype ou o MSN. Adiferença, no TJMG, é que achamada não será feita com ouso de um microfone ligadoao computador, mas por meiode um aparelho telefônicocompatível com a tecnologiaVoIP.

Danielle Alvim, uma dasresponsáveis pela implanta-ção do sistema no Tribunal, ex-plica que não há dificuldadespara se adaptar ao uso do novoaparelho, apesar de muitos ser-vidores, num primeiro momento,ficarem assustados. “O telefonetem um display, que vai mos-trando ao usuário todas as ope-rações que podem ser executa-das”, orienta.

O funcionamento do apa-relho de VoIP se parece com o deum celular. “Ao tirar o telefone dogancho, o usuário deve digitar ozero e, em seguida, o número dotelefone para o qual deseja dis-car. Logo depois, ele precisaapertar a tecla V, que é como sefosse a tecla Send do celular”,detalha Danielle Alvim.

O novo sistema está ligado àrede de computadores do Tribu-nal, porém, foram adotadas asmedidas técnicas necessárias pa-ra que o tráfego do VoIP não in-terfira na rede de dados. Todo otrabalho de implantação do novo

sistema está sendo conduzidopela Gerência de Manutenção eControle do Patrimônio Imobiliá-rio (Gemap) e pela Gerência deInfra-Estrutura Tecnológica (Getec).

Até agora, o VoIP já foi ins-talado na Coordenação de Con-trole do Patrimônio Mobiliário(Copat), na Diretoria-Executiva daGestão de Bens, Serviços e Patri-

mônio (Dirsep), no Centro Ope-racional (Ceop), no Fórum La-fayette, na Corregedoria-Geral deJustiça, no Juizado da Infância e

VoIP melhora comunicação no TJT E C N O L O G I A

“A redução nos gastos comtelefonia não foi o único motivopara adotar o VoIP. As centrais te-lefônicas do Tribunal estavam ob-soletas e enfrentávamos dificul-dades para encontrar peças dereposição. Assim, o Tribunal deJustiça corria o risco de ter suacomunicação interrompida porfalta de peças para a manuten-ção dos equipamentos”, explicaDanielle.

Izaltino José Soares Filho,coordenador da Copat, diz que aimplantação do VoIP melhoroumuito a comunicação do setorcom outras áreas do Tribunal,substituindo as chamadas locaispor ligações entre ramais. NaCopat, o sistema foi implantadono final do ano passado. Inicial-mente, os servidores enfrentaramdificuldades para se adaptar aosaparelhos. “Nem sabíamos o queera VoIP, mas não tivemos medode encarar a nova tecnologia. Ho-je, todos estão adaptados e vi-mos que o sistema é muito tran-quilo”, descreve.

Transferência

Implantação do novosistema está sendoacompanhada portécnicos do Tribunale por um analista desistemas daSiemens, empresaresponsável peloequipamento

Rossana Souza

Nem sabíamos oque era VoIP, masnão tivemos medode encarar a nova

tecnologia. Hoje, todosestão adaptados evimos que o sistema émuito tranqüilo’‘

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que pode mostrar o momento em que oacordo foi feito ou alguma outra imagem queremeta à história narrada. Os personagensda narrativa podem ser identificados ou não,mas a história deve ser verídica. A foto deveser impressa em tamanho 10X15 cm e deveter sido feita pelo autor do texto. Cada par-ticipante pode inscrever até dois trabalhos.

Ao inscrever seu trabalho, o partici-pante assinará uma declaração cedendo gra-tuitamente ao TJMG o direito de utilizaçãodas histórias e imagens na campanha pelaconciliação. Na avaliação do desembargadorAntônio Armando dos Anjos, presidente da

Até o dia 31 de agosto deste ano, o Tri-bunal de Justiça de Minas Gerais vai receberas inscrições para o concurso “Uma foto euma história de conciliação”, que vai selecio-nar narrativas e imagens alusivas ao tema.Elas serão utilizadas na campanha publici-tária para a Semana da Conciliação 2009. Oconcurso é aberto a magistrados, servido-res, terceirizados, estagiários do TJ, repre-sentantes do Ministério Público, defensorespúblicos, advogados e conciliadores.

Para participar do concurso, o candidatodeve apresentar, em um texto de até 20linhas, em fonte Times New Roman e corpo12, a narrativa de um acordo obtido por meioda conciliação. Além do texto, a pessoa deveapresentar uma foto ilustrativa do ocorrido,

Edson Junior Comissão da Conciliação e superintendentede comunicação do Tribunal de Justiça, umdos pontos de destaque do concurso é a suaabrangência. “O diferencial desse concursoé o fato de estar aberto aos operadores doDireito de um modo geral. Essa é uma formade mobilizar todos os envolvidos com a Jus-tiça para a questão da conciliação, garantin-do mais adesão e, consequentemente, maissucesso. Não podemos esquecer que a solu-ção através do acordo beneficia a sociedade,trazendo mais harmonia e autonomia daspartes para a solução dos seus conflitos”,enfatiza.

O vencedor será premiado com umnotebook. A comissão julgadora irá selecio-nar outros 15 trabalhos que receberão men-ção honrosa. O regulamento e a ficha de ins-crição para o concurso estão disponíveis noendereço www.tjmg.jus.br.

Inscrição

Sua participação é essencial para a Comunicação do TJ

histórias de conciliaçãoI N S T I T U C I O N A L

ão podemos esquecerque a solução atravésdo acordo beneficia a

sociedade, trazendo maisharmonia e autonomia daspartes para a solução dosseus conflitos

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Concurso escolhe

11M A I O / 2 0 0 9

O concursovai selecionarnarrativas eimagens alusi-vas à históriada conciliaçãoem Minas

De 15 de maio a 16 de junho, será realizada pela intranet uma pesquisa para avaliaros meios e os processos de comunicação do TJMG. A opinião de magistrados,servidores, terceirizados e estagiários vai ajudar a Ascom a desenvolver ações decomunicação integrada com você. Participe.

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A partir de um artigo do jornalista MarkHellinger (1903-47), Richard Brooks (A San-gue Frio, Entre Deus e o Pecado) escreveu oroteiro de Brutalidade (1947), principal matrizdos filmes de prisão.

12 M A I O / 2 0 0 9 Remetente: Assessoria de Comunicação Institucional - TJMG | Rua Goiás, 253 - Térreo - Centro - Belo Horizonte - MG - CEP 30190-030

IMPRES

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C L I C K D O L E I T O R

Para publicar a sua foto no Click do Leitor envie a imagem e otexto para o e-mail [email protected].

C U L T U R A

A ação se passa numa cela, na peniten-ciária Westgate, onde seis homens, lideradospelo gangster Joe Collins (Burt Lancaster),rebelam-se contra as atitudes sádicas docapitão Munsey (Hume Cronyn). A rotina

Lucas Loyola

A basílica de São Estevão está localizadaem Budapeste, capital da Hungria. É o maioredifício religioso do País, com capacidade pa-ra 8.500 pessoas. A basílica começou a serconstruída em 1851 e foi concluída 54 anosdepois. Nela, encontra-se a relíquia mais im-portante da cristandade húngara: a mão direi-ta mumificada do rei Estevão (975-1038), pri-meiro rei da Hungria e fundador da igreja na-quele país. Rafael Luciano Pinto - 12ª Vara de Família deBH

Cineclube TJ retrata

brutal da cadeia é mudada quando essegrupo planeja uma fuga em massa.

A direção sensível do norte-americanoJules Dassin ressalta a idéia de desesperançae claustrofobia: um negro cantarolando ri-mas, como se estivesse marcando as cenas;um velho calendário com o rosto de uma mu-lher, que serve para lembrar aos membros dogrupo o motivo que os levou para lá (dandoabertura para flashbacks que os mostram do“lado de fora”, nem tão maus ou criminososcomo se pressupõe); um capitão sádico queespanca os presos ao som de Wagner.

Brutalidade é o primeiro grande filme dascarreiras de Burt Lancaster e Jules Dassin.Tanto para o ator quanto para o diretor, estefilme foi uma verdadeira revelação aos olhosdo grande público. Lancaster, que tinha sur-gido no ano anterior com Os Assassinos (TheKillers, 1946), de Robert Siodmak, manteve-seem alta por mais de 40 anos. Ele trabalhoucom alguns dos mais importantes diretoresdo mundo, como Fred Zinnemman, LuchinoVisconti, Louis Malle, John Frankenheimer,entre outros.

O reconhecimento do trabalho de Dassincomo cineasta não impediu que o Comitê deAtividades Antiamericanas, presidido pelo se-nador Joseph Mcarthy, incluísse seu nome nalista de comunistas de Hollywood, em 1952.

Cena do filmeBrutalidade (1947)

Brutalidade na cadeia