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1 Todos os dias criamos condições favoráveis para que nossos estudantes se preparem e se fortaleçam para voos maravilhosos em rotas de sua escolha

Todos os dias criamos condições favoráveis para que nossos ... · dições favoráveis para que nossos estudantes se preparem e se fortaleçam para voos maravilhosos em rotas de

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Todos os dias criamos condições favoráveis para que nossos estudantes se preparem e se fortaleçam para voos maravilhosos em rotas de sua escolha

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COLÉGIO SANTA MARIAAv. Sargento Geraldo Santana,

890/901Jardim Marajoara – São Paulo/SP

(11) [email protected]

www.colsantamaria.com.br

CONSELHO EDITORIAL

Irmã Diane Clay CundiffIrmã Anne V. Horner Hoe

Adriana Freitas Adriana Tiziani

Ana Cláudia Fernandes Karine RamosMárcia RufinoMuriel Rubens

Silvio Soares Moreira FreireSueli A. G. Gomes

Suzana Torres

EDITORA

Suze Smaniotto

REVISÃO

Rita de Cássia Cereser Sógi

COLABORADORES

Adriano Skoda - Ariete Fernandes - Benvinda Rocha - Caroline

Mieko - Denise Carneiro - Denise Teixeira - Fernando Uesato - Flávia Andrade - Gustavo

Almeida - Joyce Willis - José Antonio Pinedo - Lara Pecora -

Lucas Marchezin - Luciana Boggi Proença - Maíra Nascimento -

Maria Carolina Biscaia - Marisa Dimov - Mauricio Rodrigues

- Melissa Ferronato - Rafaellla Derballe - Renata Ferrari - Rita

Sógi - Rosilene Moutinho - Sandra Evangelista - Simei

Ribeiro - Simone Machado - Tiago Fernandes - Veronice Leal

DIAGRAMAÇÃO

Gabriel de Moraes Luiz

IMPRESSÃO

Gráfica Santa Marta

TIRAGEM

6 mil exemplares

A Revista Caleidoscópio é uma publicação do Colégio Santa Maria. Não é permitida a publicação de seus textos sem a devida autorização.

EXPEDIENTEVem por aí CALEIDOSCÓPIO #87

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Semana Pe. Moreau – 9 a 14/09O evento foi criado para transmitir à comunidade escolar os princípios da Educação Santa Cruz, cujo objetivo é formar cidadãos conscientes e capazes de agir com ética em prol de uma realidade mais justa. Cada série apresenta projetos pedagógicos que envolvem tecnologia, sustentabilidade, inserção social e cidadania. São oficinas, peças de teatro, demonstrações e diversas outras atividades baseadas em temas como o legado de Leonardo da Vinci, cultura africana e fenômenos de Ciências e Matemática.

Programe-se para participar dos eventos voltados a toda a comunidade do Santa Maria!

22º Seminário de Educação Infantil – 24/08Realizado no Prisma, sob o tema “Crianças e currículos: referências e sentidos”, o seminário é voltado para professores e coordenadores da Educação Infantil e a todos os interessados na discussão da infância. Conta com importantes nomes para palestras e oficinas e oportunidades para profissionais do segmento partilharem suas práticas.

Ciclo Democracia 2019 – 27/08 – 06/09 – 12/09 Evento realizado pela Área das Ciências Humanas, este ano trará o tema “Políticas Públicas: instrumento de afirmação da Democracia”, que passa pela ação transformadora de ocupação do espaço público para a defesa da dignidade humana, do respeito, da liberdade, igualdade e justiça social. Enfim, a dimensão de Fraternidade, da defesa do bem comum, de forma plena e incondicional.

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m leque foi a primeira imagem que me veio à mente quando li os textos desta edição, que apre-sentam atividades dos processos de aprendizagem das crianças do Jardim até os jovens do Ensino Médio. Ao abrir um leque, o desenho se forma

pouco a pouco, como acontece com o processo educacional de uma criança, mas imediatamente percebi a limitação dessa com-paração, afinal, a figura esteve sempre lá, apenas não visível.

O que, então, representaria melhor tudo isso? Sem dúvida, a metamorfose da borboleta, que passa por quatro fases: ovo, larva (quando precisa se alimentar bastante para crescer), pulpa (ciclo em que se forma o casulo) e, finalmente, o estágio adulto. Estas etapas podem durar dias ou meses, dependendo do clima e do crescimento das plantas que servem de alimento, o que significa que a borboleta necessita de condições favoráveis para se desenvolver e voar linda como a vemos.

Aqui todas as atividades – sociais e individuais – não são pré-programadas como na genética da borboleta, são inten-cionais. Considerando o estágio de cada um, escola e professores criam espaços planejados e especiais de aprendizagem, desenvol-vem tecnologias, realizam e recebem visitas para conhecer diferen-tes visões, vão permitindo a expansão da criança com observações e histórias, reflexões em grupo, seus alimentos fundamentais.

Os artigos mostram como se dá essa evolução no tempo. Os pequenos apenas observam quando estudam a chegada do ho-mem à Lua; já os jovens do Ensino Médio avançam para a análi-se do contexto social do evento. Logicamente o que se prepara para um é diferente do que se faz para o outro, mas em todas as idades o propósito é que o ambiente seja rico e abundante para estimular o aluno e construir cada vez mais conhecimento com as vivências.

Cada um tem sua experiência individual, pois queremos que o aluno aproveite, crie o novo e tenha prazer em aprender. Mais do que simplesmente desenvolver uma beleza contemplativa, como a borboleta, as crianças podem descobrir-se cidadãos, sugerir mu-danças práticas e culturais para criar um mundo melhor.

A leitura desta edição vai despertar admiração das pessoas que conseguem ver esse processo nas crianças e como projeto global da escola. Aqui, todos os dias, estamos criando as con-dições favoráveis para que nossos estudantes se preparem e se fortaleçam para voos maravilhosos em rotas de sua escolha.

Como as borboletas

U Irmã Diane Clay Cundiff, diretora geral do Colégio Santa Maria

Mensagem ao Leitor

Sumário

O4 Cotidiano

O5 Interação

O6 Prisma

O7 Festa junina

1O Indo além

12 Entrelinhas

14 Nossos gigantes

16 Comunidades de aprendizagem

18 Deixa comigo

2O Na rede

22 Santa do bem

23 Vale o clique

O6 O7 1412 18

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á oito anos os funcionários do Colégio Santa Maria e seus fa-miliares seguem em procissão

ao Santuário Nacional de Aparecida, para viverem uma experiência plena de fé, esperança e caridade. A cada ano essa realidade se renova e arrebanha mais devotos, fiéis e gratos por todas as bênçãos e graças alcançadas por meio da intercessão de Nossa Senhora. Hoje, são mais de 150 pessoas e este número tende a se multiplicar, pois sempre que o grupo retorna, traz na alma a paz de Maria e a vontade imensa de compar-tilhar o momento especial vivido com o próximo. “Que dia especial! Desde o início da manhã, com as velas, orações e procissões, a visita à casa da Mãe foi uma experiência transformadora. Ano que vem estarei, com certeza, junto à família Santa Maria!”, declara Cristiane Regina

Alarcon. Mesma convicção de Marcia Galdino, que lançou a ideia da romaria, rapidamente aceita pelas diretoras: “Este evento sagrado tornou-se uma bênção para todos os romeiros e seus familiares que buscam a Evangelização através da oração do Terço e dessas caminhadas de fé. Obrigada, Colégio Santa Maria, pela oportunidade a nós concedida!”

Cotidiano CALEIDOSCÓPIO #87

Visita ilustre

Romaria da fé

mbalados pela leitura de “A menina sem palavra”, 8º e 9º ano

receberam o ilustre autor africano Mia Couto. Um mo-mento marcante para alunos do 9º que produziram seminários sobre a obra no ano passado e também para os do 8º que es-tão em processo de apreciação e análise do título.

Conhecido e premiado pela forma particular como trata a palavra em sua produção literá-ria, muito próxima à linguagem poética e recheada de neologis-mos (como Guimarães Rosa), o autor optou por uma conversa intimista, trazendo experiências sobre seu processo criativo e autoral, inclusive mostrando um pouco dos bastidores das histórias. Em retribuição, rece-beu um “livro de memórias” produzido pelos alunos com relatos de suas experiências na leitura de seus textos. Com certeza um presente único para um autor único, que deixa marcas preciosas no tratamen-to da Língua Portuguesa.

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Um novo conceito de aprendizagem musical

Sing Club traz uma nova pro-posta de música aos cursos ex-tracurriculares do Santa Maria.

Conduzidas de forma lúdica, as aulas trabalham a técnica vocal dentro de um contexto coletivo e participativo, levando alunos e alunas a se dedicar ao apren-dizado do canto e também de toda

a dinâmica da música: melo-dia, harmonia e ritmo. A cada semana, as crianças encontram uma série de desafios que esti-mulam o uso dessas especifici-dades, atuando como protago-nistas na construção da música ou coreografia e transformando a sala de aula em um labora-tório divertido e integrado. “O aluno percebe que precisa fazer sua parte para ajudar o grupo em seu melhor rendimento, e se propõe a ajudar”, explica o pro-fessor Guilherme Campos Fer-

nandes. “As crianças estão se mostrando desejosas não só em cantar, mas também em elaborar pesquisas de prática e obser-vação de técnicas e posturas abordadas nas aulas”. A turma do curso vem cres-cendo significativamente no controle vo-cal e corporal, nos processos respiratório e fonético dirigidos ao cantar.

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Aula aberta com as famílias

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Texto coletivo dos alunos Carolina Félix da Silva, Graziela Félix, Igor Silva Alencar, Laura Gonçalves Nappo, Leonardo Uehara Sakamoto, Lucas Lopes, Luigi Fredigoto Daroque e Thiago Henrique Santos Giorgi

Não é sobre excluir os automóveis que estamos falando. Queremos mudar o jeito de se deslocar pelos centros urbanos. Acreditamos que, se conseguirmos mudar esse cenário no futuro, certamente teremos uma cidade menos poluída, pessoas transitando com mais segurança, calçadas acessíveis aos portadores de deficiências e a cidadania acontecendo de verdade. Além disso, vemos muitas pessoas se deslocando a pé, porque está na ‘moda’ e isso é muito bom! Significa também que esses cidadãos são saudáveis, preocupam-se com sua saúde! Outro fator positivo que o deslocamento coletivo mais barato traz a todos: a conexão presencial, a solidariedade real. Falamos tanto na importância de olhar para quem está ao nosso lado, dar um ‘bom dia’, ser tolerante, praticar a empatia; se estivermos no mesmo veículo ou lado a lado, teremos uma ótima oportunidade para compartilhar nosso lado mais humano: conhecer, viver e ser. Afinal, quem disse que as distâncias também não podem aproximar?...

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Interação

A distância também nos aproxima

Se cada carro que entrasse no Santa Maria trouxesse seus filhos mais os filhos de outra família, teríamos metade dos carros circulan-do internamente e, consequentemente, beneficiaria o trânsito do bairro, além de contribuir para a diminuição da poluição atmosféri-ca”, opina Marcia Giorgi, mãe de Thiago, do 5º ano, que se reveza com a mãe de Rafaela Raiol no leva e traz dos filhos. Marcia ainda comentou que a carona solidária traz um benefício genuíno, que é a aproximação e amizade que se estabelece entre as famílias e os filhos: “Eles entram no carro e conversam durante o trajeto sobre vários assuntos, inclusive sobre acontecimentos da aula”.

“Como mãe, apoio e incentivo a carona solidária porque economiza-mos tempo nos afazeres, além da ajuda ao meio ambiente. Estou sempre à disposição para dividir a carona com amigos/colegas das crianças que fazem atividades no mesmo horário”, declara Daniela Zaneti, mãe da aluna Rafaela Zaneti, do 5º ano.

CARONA SOLIDÁRIA

obilidade Urbana Sustentável é o tema em discussão dos alunos do 5º ano. Neste projeto, eles têm

a oportunidade de compreender que as decisões tomadas sobre a mobilidade urbana afetam o dia a dia de todos, pois influenciam no tempo do deslo-camento, na qualidade e segurança do transporte coletivo e individual, além do impacto na poluição do ar.

Tudo começou a partir de uma refle-xão sobre o tema: O que é possível fazer para mudar, melhorar o problema do trânsito na área urbana de forma susten-tável? Se você pudesse fazer as leis, como

as pessoas deveriam se deslocar nas cida-des no futuro? Como é o seu trajeto de casa ao Colégio?

Levantamento de hipóteses, discus-sões coletivas, pesquisas, campanhas pelo Colégio e possíveis soluções foram apresentadas pelos alunos, como melho-ria de sinalização do trânsito, instalação de semáforos inteligentes, aumento de calçadas e faixa de pedestres, campanhas nacionais de incentivo para utilização de transporte coletivo e uso de carona soli-dária, melhoria da qualidade do transpor-te público com mais ônibus, mais linhas e tarifas adequadas.

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Exatamente por isso o Prisma, Centro de Estudos do Santa Maria, dedica-se a propor diferentes vivências, cursos, encontros que estimulem o melhor em cada um. Imagine um curso de corte costura, mas não igual a tantos. Este fala de um espaço e tempo para formar amizades e apresentar a estética contemporânea por meio de uma costura criativa e boa conversa. Bolsas, mochilas, carteiras e muitas outras coisas esperam mãos divertidas e dispostas para virem ao mundo! E muito nos interes-sam os cérebros que estão trabalhando e se exercitando nessas criações.

Este mundo também nos coloca o desafio dos relacionamentos entre gera-ções, então convidamos Gustavo Boog para um workshop. A pergunta “Como podem os idosos se relacionar melhor com os mais jovens e os jovens com os idosos?” foi ponto de partida e de chegada de um encontro altamente di-nâmico, com discussões e exercícios.

Os aprendizados são muitos e provo-cam novos movimentos que vão rever-berando e ganhando espaços, e assim o Prisma foi convidado para estar, em junho, no Centro Cultural UNIBES, or-ganizando uma roda de conversa em que a maturidade é vista a partir de possibilidades diversas de ações.

Vale a pena conferir, participar e so-mar com o Prisma!

tudo acontecedinamismo e a aceleração da vida contemporânea é um fato, que cobra de todos nós um

processo de permanente formação, in-dependentemente da idade que temos. Vai longe a época em que a pessoa na maturidade se aposentava e se dedicava a algumas atividades frequentemente nomeadas como “coisas para passar o tempo”. Hoje temos consciência da ur-gência, da importância de nos reinven-tarmos, planejar e projetar, criando cami-nhos para um viver que seja muito mais do que sobreviver.

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Prisma CALEIDOSCÓPIO #87

No Prisma

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em quadrilha, camisa xadrez, chapéu, bota, canjica, sanfona e muito mais! A Festa Junina do Santa Maria é uma ver-

dadeira aula de cultura, que faz questão de ex-pandir tradições e gerar aprendizagens valiosas.

Durante vários meses, as turmas estudam os temas que irão representar, trazendo novos signi-ficados ao evento. O ponto de partida pode ser o folclore da região amazônica, o frevo nordestino, o boi de mamão do sul do país ou até mesmo rit-mos africanos e o pastoril originário de Portugal. Cada assunto é trabalhado em sala, para então ganhar cor, forma, som e dança nas qua-dras do Arraiá do Santa.

E o que dizer da decoração, das fantasias e dos acessórios criativos, sustentáveis e que enchem os olhos? E a alegria, a empolgação e o orgulho de cada um ao conferir o resultado mágico no tão aguardado dia? Bom demais fazer parte disso tudo! Ano que vem tem mais...

Festa junina

Festa com alegria, união e aprendizado

T Arraiá do Santa 2019 em números

Mais de 1O.OOO pessoas participaram da festa

8 horas de dança e música

71 km de cabos decorados com

4O4.7OO bandeirinhas

2.168 adereços

67 barracas

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Festa junina CALEIDOSCÓPIO #87

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Pré – Brincadeiras com o “boi” de Norte a Sul do Brasil

3º ano – Pastoril (folguedo popular de Alagoas)

Jardim I e II – Brincadeiras dos povos das matas

4º ano – O Divino em festa – a celebração da cultura popular brasileira (festa do Divino Espírito Santo)

8º ano – Diferentes manifestações culturais na cidade de São Paulo7º ano – África & Brasil de muitas vozes – o canto e o ritmo de um povo

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5º ano – Desafios e disputas do folclore brasileiro

1º ano – Frevo (cultura de Olinda e Recife, com Mamulengos

representando Padre Moreau e os santos juninos – Santo

Antonio, São João e São Pedro)

2º ano – Cavalo marinho (dança típica da Zona da Mata de Pernambuco e algumas regiões da Paraíba)

Ensino Médio – O casório

6º ano – Sertanejo – dançando através do tempo (música caipira, sertanejo modão e sertanejo atual)

9º ano – A grande quadrilha

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s linguagens são essenciais para a constitui-ção de conhecimentos e competências. É urgente, portanto, que o trabalho com elas

seja múltiplo e contribua para maior proximidade dos estudantes com a comunicação. Além disso, situa-ções de aprendizagem provocam sentimentos e trabalhar questões que envolvam afetividade parece fundamental para a formação integral dos alunos. O evento Pátio em Prosa, assim, aborda o cinema como um meio para o desenvolvimento da habilidade leitora e produtora de sentidos. Um deles trouxe o filme “Extraordinário”, contando desta vez com a presença do 9º ano. O novo público pôde integrar-se ao ambiente do Ensino Médio e a troca entre os dois níveis foi enriquecedora e formadora de sentidos, visto que a variedade de faixa etária possi-bilitou uma abrangência maior sobre a temática das diferenças e das dificuldades intra e interpessoais en-frentadas no cotidiano escolar.

s alunos do 6º ano iniciaram o projeto de Literatura do ano com a leitura de “Vozes Ancestrais: dez contos indígenas”, orga-

nizado pelo filósofo, escritor e uma das principais lideranças indígenas do país, Daniel Munduruku. A obra compreende dez histórias contadas por dez povos indígenas espalhados de norte a sul do Brasil. Rituais, crenças e tradições, histórias que buscam respostas para questões universais como o surgimento da humanidade, da água, do fogo...

A ancestralidade dos povos e seu intenso conta-to e respeito pela mãe Terra conduziram os alunos a um processo de reflexão acerca de preconceitos construídos em nossa sociedade. Afinal, os povos indígenas não podem ser tratados como únicos, são diferentes entre si, apesar de unidos pelas mesmas causas: luta pela preservação identitária, cultural e pela terra, constantemente ameaçada.

Após um período de leitura compartilhada em sala de aula e discussões a respeito da preservação dessas narrativas ancestrais, para que a história e a identidade desses povos continuem vivas, os alunos prepararam uma roda de contação de histórias

para o 7º ano. Além do mergulho no universo da imaginação, todos também puderam conhecer um pouco de cada povo, as características e desafios enfrentados atualmente: Krenak, Nambikwra, Ka-diwéu, Maraguá, Umutina, Pater Suruí... As fotos e a composição do espaço foram pensadas para o acolhimento. Um convite a uma imersão cultural em nossa ancestralidade, nas origens do Brasil.

Pátio em Prosa

Vozes Ancestrais

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Indo além CALEIDOSCÓPIO #87

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O outro lado da história

Ecocidadão valorizando a adoção

om a leitura do livro “Uma amizade (im)possível”, o 4º ano pôde investigar diferentes visões a respeito de um mes-

mo fato histórico, ocupando esse outro lugar. Ao enveredarem-se pelas aventuras de Aukê e Pedro, os estudantes tiveram a oportunidade de, pelo olhar do pequeno ameríndio, conhecer e explorar uma nova versão acerca da relação entre os portugueses e os indígenas no século XVI.

A colonização portuguesa no Brasil parte de um “desencontro de culturas”. Nesse contexto, nasce um indígena que bravamente resiste ao invisível que o di-zima, assiste impávido ao desastre ecológico de um futuro litoral e se relaciona com o “inimigo” para so-breviver à pólvora tão veloz e feroz. Afinal de contas, quem eram os “selvagens” desta história de poderio?

Experiências de chegada, primeiro encontro, in-teração com a natureza, diálogo e estranheza são

3º ano do Fundamental I é ecocidadão! Todos constroem ideias para multiplicar ações.

Uma que está sendo semeada é sobre a adoção de animais. O projeto teve iní-cio com o compartilhamento sobre os bichos que cada um tem em casa, por meio de fotos e relatos sobre bons momentos com seus ani-mais de estimação - peixes, calopsitas, gatos e cachorros. “Quando vi que meu pai tinha adotado a Amora, fiquei numa felicidade muito grande, porque é muito legal ter um cachorro em casa. Meu cachorro é adotado e eu acho importante a adoção porque muitos cachorrinhos não têm casa e ficam esperan-do alguém adotá-los. Eles querem comida, querem água. Adotar é uma ação de amor com os animais”, disse Morena Martins Viei-ra Moraes, aluna do 3º A, ao compartilhar a história dos seus companheiros.

“Eu tenho dois cachorros que foram adotados, Mel e Boris. Eles são castrados. Quando minha mãe adotou o Boris ele era bebê e a Mel foi adotada adulta. Ela estava muito magra quando minha mãe a resgatou

descritos em um cenário já bastante comentado. En-tretanto, com a inversão do protagonismo e com a sugestão, improvável, de uma amizade que surge, principalmente, pela curiosidade entre as diferenças que se escancaram e pelas coincidências que somen-te duas crianças enxergariam.

Apresentar o lado da história pelo olhar daquele que recebeu, por imposição, uma outra sociedade para atuar foi um desafio interessante e serviu para desmis-tificar a ideia de submissão indígena e soberania euro-peia frequentemente enaltecida pelos narradores de uma História que está longe de ser crítica e reflexiva.

da rua. Eu os amo.” Contou Estela Grizzo Strazzabosco para o grupo.

A partir da participação e ques-tionamentos das crianças fomos ampliando o olhar quanto ao cui-dado com os animais. Será que to-dos os cachorros abandonados são adotados? O que será que acon-tece com os animais que não são adotados? Quem ajuda esses ani-mais? E os animais que são com-prados, como é a situação deles?

Para responder essas e tantas outras perguntas que surgiram com nossos es-tudos e debates, fomos pesquisar sobre as leis e políticas públicas que protegem os animais. Também assistimos a diver-sas reportagens sobre o assunto e, a partir da construção de diferentes ideias dos alunos, ações foram organizadas: “Vamos fazer cartazes para conscientizar as pessoas? Abandonar é crime!”; “Nossa, mas são poucos hospitais públicos para cuidar de tantos animais, por isso existem as ONGs, va-mos pesquisar alguma para ajudar?”.

As próximas etapas do projeto pre-veem a conversa com profissionais da área veterinária e voluntários de ONGs de resgate de animais, com o objetivo de gerar uma ação concreta, como aju-dar alguma organização, pois ser cida-dão é refletir para então agir.

A partir do interesse dos alunos o projeto se aprofunda cada vez mais e, com isso, as crianças percebem o quanto podem fazer para mudar (para melhor) aspectos do nosso dia a dia e questões de onde vivemos.

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copiados e resolvidos no caderno, pois isso não possibilita que os estudantes estabeleçam

conexões lógicas e mais elaboradas a res-peito dos conceitos e ideias explorados. As salas de aula se tornaram, portanto, um espaço formador a partir do uso de materiais didáticos concretos, da interação por meio de jogos, proble-mas curiosos, desafios, leitura e for-mulação de textos, quebra-cabeças, criptogramas, entre outros, criando

condições favoráveis para as “desco-bertas” e o enriquecimento do pensa-

mento matemático. Sabe-se que a curiosidade e a obser-

vação são processos presentes no desenvolvi-mento dos alunos desde muito cedo. Ao se depa-

rarem com conceitos numéricos, tamanhos e formas, pesos, medidas, distâncias, situações de compra e venda, entre outros, já estão resolvendo problemas de forma espontânea. Assim, diferentes situações são planejadas nas aulas de forma a articular esses conhecimentos prévios às novas aprendizagens. As propostas são amplas e diversificadas: vão desde a análise de um padrão existente em uma imagem, a exploração de regulari-dades no quadro numérico, a criação de jogos e a manipulação de materiais até a resolução e formulação de desafios, acompa-nhadas sempre de uma significativa discussão e da formação de habilidades argumentativas. Não há limites para a construção do conhecimento matemático!

uando as pessoas pensam em Matemática, logo ima-ginam operações e cálcu-

los feitos com agilidade e precisão. Porém, num cenário político, tecno-lógico, cultural e social cada vez mais complexo, reduzir a Matemática ao ato de memorizar procedimentos e técnicas, contar objetos ou resolver cálculos (simples e isoladamente) não atende à necessidade de formar sujeitos que atuem na sociedade com protagonismo e criatividade. É preciso investir no de-senvolvimento de habilidades que permitam aos estudantes resolver diferentes situações-problema de forma inovado-ra, organizar informações e analisar dados para tomar de-cisões, realizar inferências, opinar de forma argumentativa sobre diferentes temas e desenvolver a capacidade de co-municação no trabalho coletivo. Este é o princípio fundamental que vem sendo desenvolvido nas turmas do 4º ano.

As aulas de Matemática têm sido um território de investi-gação e aprendizagem. O raciocínio é uma habilidade potente nesta área curricular, sendo assim, buscamos não limitar as pro-postas de ensino a exercícios convencionais e mecânicos a serem

Q

Estimular o raciocínio matemático, um caminho para o pensamento criativo

Entrelinhas CALEIDOSCÓPIO #87

Mais do que reproduzir procedimentos sem significado, apenas para chegar à resposta

certa, os alunos são instigados a explicar o modo de resolução de uma atividade, a justificar o seu entendimento sobre um dado

tema, a expor sua compreensão a respeito dos objetos

de conhecimento estudados.

“Eu gosto bastante da aula de Matemática porque faço muitos desafios e aprendo informações

muito interessantes; a gente aprende de uma forma muito divertida. Muitas vezes, nossos

amigos falam uma ideia que pode nos ajudar a pensar na resposta”

Lucas Rocha Fernandes de Mello

“A gente aprende com materiais concretos, não só fazendo contas; a gente não faz as

atividades individualmente, sempre temos a possibilidade de conversar com os colegas e com a professora. Nessas aulas, aprendemos com as dúvidas dos outros e com as nossas próprias. A professora nos pede para falar

usando os termos matemáticos”Antonella Camerini Pilchowski

“Na hora da correção, nós aprendemos que cada um tem um modo diferente de pensar e que, às vezes, a nossa resposta não é a melhor, existem outras formas

de encontrar uma solução. Usamos esquemas, gráficos, desenhos para expressar o nosso raciocínio. Na aula do problema do caminhão, por exemplo, muita gente pensou em contar quantas caixas tinham, e eu contei

quantas caixas não tinham, foi muito mais rápido”Maria Beatriz Araujo Martineli

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exames externos. Contudo, creio que o principal benefício das competições é introjetar nos alunos a importância do conhecimento científico”.

Outra finalista da OQSP é Christine Garabosky, da 3ª série. “Motivada pela oportunidade de uma nova experiência, entrei na Olimpíada de Química, por meio da elaboração de uma redação. A escrita desse artigo científico foi uma ótima chance de ampliar meu repertório lin-guístico e químico, o que, com certeza, se refletirá no meu futuro”, revela. Ela também teve sua redação selecionada para publicação, confirmando o sucesso do tra-balho integrado de Língua Portuguesa e Ciências da Natureza na produção de tex-tos científicos de qualidade.

á décadas, o Santa Maria estimula seus estudantes a participar vo-luntariamente de olimpíadas

acadêmicas das áreas de Ciências da Natureza e Matemática. Na esteira desse processo, oferece oportunidades de estudos que acabam gerando benefícios variados: ampliação e desenvolvimento de conheci-mentos; contribuição para a melhoria do en-sino do componente no segmento; estímulo à capacidade do aluno em obter prazer e satisfação intelectual no aprofundamento dos estudos; descoberta ou consolidação de interesse por áreas específicas.

Este ano, Ygor Silva de Jesus, da 3ª sé-rie, marcou presença nos três eventos que envolvem o Ensino Médio (ver quadro): OBA (com excelentes possibilidades de medalha de ouro e pré-classificação para a Olimpíada Internacional), OBF (já está apto para a segunda fase) e OQSP (medalha de bronze). Nesta última, sua redação sobre o tema “Da espectroscopia à reatividade dos metais”, a respeito da verificação experi-mental de propriedades periódicas dos ele-mentos químicos, foi uma das 20 escolhidas entre os 100 finalistas para publicação na Allchemy Magazine.

Ygor fez o Ensino Fundamental em uma escola pública, é bolsista no Santa Maria e costuma se destacar em ativi-dades extracurriculares. Sobre a par-ticipação em olimpíadas, declara: “Apesar de possuírem um caráter mais aprofundado, as olimpí-adas certamente ajudam nos

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Muito além das medalhas

Concurso Canguru de Matemática Brasil – competição internacional com mais de 6 milhões de participantes por ano em 75 países; primeiro ano com presença do Santa Maria; prova aplicada em 21 de março aos 814 alunos e alunas do 6º ao 9º ano, sendo 116 premiados

Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) – aberta à participação de escolas públicas e privadas de todo país; há 14 anos, o Santa Maria inscreve seus estudantes; 1.270 alunos e alunas do Fundamental I, II e Ensino Médio realizaram a prova em 17 de maio

Olimpíada Brasileira de Física (OBF) – realizada em três fases (maio, agosto e outubro) para estudantes do Ensino Médio da rede pública e privada; Santa Maria está presente há nove anos; 28 alunos e alunas participaram da primeira etapa e 13 foram para a segunda

Olimpíada Paulista de Matemática (OPM) – prova que reúne escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo; Santa Maria participa desde 2009; alunos do Fundamental II realizarão o teste em agosto

Olimpíada de Química do Estado de São Paulo (OQSP) – competição voltada aos alunos matriculados no Ensino Médio do Estado de São Paulo com duas etapas; Santa Maria participa desde 2010

O CÉU É O LIMITEAlgumas atividades desenvolvidas no Fundamental I para preparação à OBA: estudos e experimentos sobre a viagem espacial da Apollo 11 e seus astronautas, construção e lançamento de foguetes no campão, diário lunar (observação e representação das fases da Lua) e exploração de modelos sobre os eclipses lunares e solares. No Fundamental II, têm sido aplicadas oficinas temáticas como a observação das constelações por meio de software, construção de relógios de sol, simulação de lançamento de foguetes, quizzes interativos e resolução de exercícios com foco em provas anteriores, para concretizar eventos que extrapolam na abstração.

PROVAS QUE CONTAM COM ATUAÇÃO DO SANTA MARIA

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escola é o primeiro ambien-te social no qual as crianças aprendem a conviver com

uma diversidade maior de pessoas, valores e costumes. É o lugar onde criamos amizades que muitas vezes perduram para toda a vida. A fim de intensificar essas relações, o encon-tro III Jogos da Amizade da Educa-ção Infantil deste ano teve como desafio proteger a natureza.

Com o tema Em Defesa da Ter-ra, foram realizados diversos jogos cooperativos, aproximando crianças de questões como poluição dos rios e dos mares, extinção de animais, descarte de lixo e o bem-estar entre humanos, animais e natureza. As equipes com suas bandeiras, hinos e cores vivenciaram momentos de soli-dariedade e conscientização de ações coletivas para o bem comum.

O Jardim II A, por exemplo, conhe-ceu curiosidades sobre o Rio Tietê e recebeu a missão de criar um super--herói para proteger este e outros rios. Alguns registros dos nossos pequenos gigantes: “Por causa da sujeira, os pei-xes morreram”; “O Rio Tietê tem uma parte limpa e outra suja”; “O Rio Tietê vai passando pela cidade”; “Tem uma elevação no Rio Tietê, a água sobe e o barco também sobe”; “No Rio Tietê tinha uma corrida de barco”.

Nossos gigantes CALEIDOSCÓPIO #86

Jogos da Amizade

Teatralidade ao ar livreabe-se que desde muito pequena a criança utiliza seu corpo para expressar emoções e desejos. A capacidade de

interpretar os acontecimentos do cotidiano é vi-sível durante as brincadeiras infantis. No brincar, elas assumem diferentes papéis, cantam, gesti-culam, se movimentam, ou seja, dramatizam. Então, que tal brincar de teatro?

A turma do Jardim I B tem vivenciado, diaria-mente, essa arte. Uma das histórias prediletas do grupo é “O caso do bolinho”, de Tatiana Belinky. Por meio dela as crianças imaginam, criam, expressam, interpretam, articulam um jogo coletivo e individual simultaneamente.

Dessa forma, para o desenvolvimento da criança, a brincadeira, o jogo trazem vantagens sociais, cognitivas e afetivas, apresentando carac-terísticas que favorecem esse desenvolvimento: a imaginação, a imitação e a regra. E teatro ao ar livre fica muito mais agradável!

S“A vovó deixou o bolinho perto

da janela para esfriar...”“Mas logo o bolinho começou a rolar...”

“Rola, que rola, que rola...”

“O quê?”

“Até que numa curva ele encontrou...”

A

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Pré recebe criançasda Cantinho dos Anjos

Educação Infantil sempre priorizou espaços de experimentações, descobertas, relações e convi-vência – “eus” constituídos nas interações com

os “outros”. Por isso, preparar a recepção das crianças da creche Cantinho dos Anjos, conveniada pela prefeitura de São Paulo, foi uma responsabilidade que envolveu muitos “eus”, cuidado, zelo, empatia e identidade social.

Foco em não ressaltar rótulos e estereótipos mas, sim, a percepção e compreensão de que o que nos diferencia (gostos, preferências, desejos, ideias, opiniões) nos constitui como indivíduos singulares e subjetivos. Sujeitos capazes de olhar para o outro com olhos de afeto, cuidado, respeito, ou seja, empatia. Sujeitos como as crianças do “Pré C – cientistas do arco-íris”, que se preocuparam em sentar e conversar a respeito do que sabiam sobre creche e crianças que frequen-tam estes espaços (idades, interesses, realidades sociais, entre outras), que trouxeram para a roda experiências sensíveis de aprendizagens. Oportunidades que ajudaram o grupo a fazer escolhas, desenvolver a identidade, as relações e colocar em prática valores humanos e cristãos.

A

“Eli, minha vó disse que trabalha cuidando de muitas creches, que lá as crianças são bem pequenas. Não são bebês, mas são menores que

nós! (Laura Gambier)

“Ah, por isso nós temos que levá-las ao parque, porque nosso parque é bem grande

e temos dois. Elas vão adorar!” (Matteo)

“Minha vó também trabalhou em creches

da prefeitura, ela disse que não tinha muitos

brinquedos e algumas, nem espaços para as crianças brincarem” (Ana Laura)

“Também se elas caírem, temos que ajudar, levantar,

abraçar e chamar a Eli” (Matteo)

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a do amigo”. Essa é uma atitude comum - um alu-no é assertivo ao ajudar o outro, pois consegue explicar como realizou a atividade com a mesma sintonia de pensamento e vocabulário.

A criação de ambientes com relações horizontais e comunicativas é essencial. É nesse sentido que o aluno Guilherme Lapetina resume sua percepção: “Duas cabeças pensam melhor do que uma porque cada amigo pensa em uma ideia”. E este é o espa-ço do aprendizado. O que uma criança realiza hoje somente com ajuda, ou em colaboração, amanhã poderá fazer sozinha, de maneira independente e eficiente. É com a relação em grupo que desenvolve-mos a autonomia e o crescimento individual.

xistem várias formas de aprender: pela leitu-ra, pela escrita, pelos diálogos, pelas experi-ências vividas. De qualquer maneira, a pos-

sibilidade de reflexão e questionamento são fatores imprescindíveis em qualquer processo de aprendiza-gem. E isso só ocorre em ambientes que proporcio-nam liberdade para se expor e solicitar ajuda.

“Quando pensamos nos alunos do 2º ano do Fundamental, alguns desafios no processo de aprendizagem são a dependência e o pensamen-to individual, por isso é fundamental trabalhar em grupo nessa faixa etária que prioriza as pró-prias ideias”, afirma a professora Rosilene Moutinho.

Dessa forma, o aluno é desafiado a ouvir, esperar sua vez para falar, concordar, discordar. Ou seja, criar ambientes democráticos e cooperativos é uma prerro-gativa para o aprendizado das crianças de sete anos. Gabriela Oliveira, do 2º A, diz que “quando não enten-de a explicação da professora, às vezes entende melhor

E

Comunidades de aprendizagem CALEIDOSCÓPIO #87

Como crianças de sete anos aprendem juntas?

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foram divididas em grupos com diferentes focos de exploração: solo, sementes, árvo-res, flores, temperatura, relevo e animais. Após registrar em caderneta de campo as descobertas, cada grupo, ao voltar à sala, deveria compartilhar suas informações.

As descobertas foram muitas, todas reveladas por meio da exploração, vivên-cia e interação. Com intencionalidades claras, os grupos cooperativos estu-dam e realizam as diferentes propos-tas em uma participação ativa, sendo protagonistas de suas aprendizagens e conhecimentos. Com este recurso, ga-rantimos o principal objetivo da educação que é a “alegria de pensar”, tendo em foco as oito forças que moldam a cultura do pensamento: expectativa, linguagem, tempo, modelagem, rotina, oportunida-de, ambiente e interações.

econhecer, respeitar, intervir e po-tencializar são ações que fazem parte da rotina do Santa Maria e

que no 3º ano do Fundamental se viabiliza por meio de grupos cooperativos.

Nesta perspectiva, os professores são parceiros, promotores do crescimento e guias. “Fazemos uso da avaliação formati-va para analisar a realidade e focar nossas ações, ou seja, refletir e reconstruir nossa prática priorizando um ensino-aprendiza-gem de sucesso para todos”, esclarece a professora Rafaella Derballe. Para isso, os professores buscam a escuta atenta e a observação sensível para perceber as estratégias que os alunos usam nas situações de aprendizagem e, assim, são “distribuídas” oportunidades de forma intencional.

Trabalhar em equipe não significa perder de vista o indivíduo, ao contrário. “As individualidades de cada criança, suas diferenças e habilidades são valori-zadas, pois oferecemos muitas possibi-lidades, em múltiplas linguagens, para que cada aluno, por meio da exploração, vivência e diferentes atividades, reve-le suas aprendizagens e percepções em uma participação ativa na construção do conhecimento”, explica a professora.

Nas atividades em grupos coopera-tivos, é importante que os alunos exer-çam habilidades que caminhem junto com as cognitivas: as chamadas socio-emocionais, ou seja, o relacionamento in-terpessoal, a resolução de conflitos, divisão de responsabilidades e tarefas, cultura da paz e aspectos que envolvam um trabalho em grupo de colaboração e cooperação rumo ao conhecimento.

Um exemplo dessa interação foi a pro-posta de explorar a mata do Colégio para estudar o bioma da Mata Atlântica. As salas

R

Grupos cooperativos

“Eu descobri que a Matemática está em

todo lugar. Meu grupo foi responsável pela exploração das árvores e medimos o Tronco da Amizade com

a fita métrica”

“Meu grupo ficou responsável pelos animais. Lembramos nossos amigos

que era importante ficar em silêncio para vermos

pássaros e pequenos animais da mata”

“Descobrimos, medindo a temperatura da mata, que lá é mais frio em relação aos outros lugares. Percebemos que a mata é fechada, tem árvores mais altas, é mais escuro. O sol não consegue

entrar direito”

“No chão da mata tem muita folha seca. Pesquisamos no livro da biblioteca de sala e descobrimos que elas são importantes para as árvores, pois elas nutrem as árvores

e até alimentam o pequeno caracol”

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cial que culminou com o pouso na Lua faz pensar sobre todo o contexto em que essa disputa ocorreu e em seus desdobramen-tos para os dias de hoje. Os 50 anos da conquista do satélite natural serve então como ponto de partida para uma série de reflexões, entre elas: a corrida espacial du-rante a Guerra Fria; a ideia de conquista como relações de poder; o impacto dos avanços científicos e as transformações na relação entre sociedade e natureza.

A primeira etapa do Ícaro 19 foi rea-lizada no auditório Sister Charlita com a presença das três séries do Ensino Médio. A atividade contou num primeiro momen-to com a exibição do curta-metragem mudo Viagem à Lua (1902), de Geor-ges Méliès, que teve acompanhamento musical dos professores Adriano San-

tos, Marcos Iki e Zeca. Logo após a in-tensa apresentação, foi a vez do físico e astrônomo Walmir Cardoso assumir o microfone para a palestra de abertura refletindo sobre o céu e a sociedade. Walmir aproveitou sua experiência como ex-professor do Santa Maria nos anos 1990 para, de modo rigoroso e despojado, tra-balhar as questões de etnoastronomia que desenvolve em suas pesquisas científicas. Sua fala foi de grande importância para a reflexão de estudantes e professores, uma vez que levantou questionamentos sobre as premissas científicas que tomamos como legítimas e provocou a todos a olhar a reali-dade a partir de outros paradigmas.

“Entusiasmados com estes primei-ros passos de nossa missão, partiremos para as próximas, nas quais buscaremos enriquecer o debate com atividades que possam agregar aos alunos ponderações importantes sobre o cotidiano, tais como cineclube, observações astronômicas, luaus e debates. Esperamos que seja um projeto de muitos frutos e descobertas!”, resumem os professores Adriano Skoda e Fernando Uesato.

projeto da área de Ciências Hu-manas no Ensino Médio tem como objetivo levar os estudan-

tes a refletir sobre importantes questões contemporâneas. Da busca de um tema que pudesse conduzi-los ao aprofunda-mento sobre si e sua relação com o mun-do, nasceu o projeto Missão Ícaro 19.

A ideia surgiu a partir da efeméride dos 50 anos da chegada à Lua, resulta-do dos esforços de homens e mulheres, al-guns poucos famosos e muitos anônimos. O nome Ícaro 19 faz alusão às missões da Nasa, entre as quais a Apollo 11, que ater-rissou com sucesso na superfície lunar e voltou à Terra em segurança. O projeto não se limita a recordar tal feito, mas busca refletir sobre a condição huma-na a partir do episódio. A corrida espa-

O

Deixa comigo CALEIDOSCÓPIO #87

MissãoÍcaro 19

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tabela periódica está nas pare-des de quase todos os laborató-rios de Química. O crédito para

sua criação geralmente vai para Dimitri Mendeleev, químico russo que, em 1869, escreveu os 63 elementos conhecidos em cartões e os organizou em colunas e li-nhas de acordo com suas propriedades químicas e físicas. No entanto, a tabela que existe hoje foi uma construção de vários pesquisadores que trabalharam na organização dos elementos.

Para celebrar o 150º aniversário deste momento crucial na Ciência, a ONU pro-clamou 2019 o Ano Internacional da Tabela Periódica. Aproveitando esta celebração, os educadores da área de Ciências da Natureza e Matemática do Santa Maria propuseram aos alunos do Ensino Médio a construção coleti-va de uma tabela periódica gigante. Como disparador do projeto, foi realiza-da uma aula magna sobre o histórico da construção e os critérios de organização dos elementos, dando início ao Projeto Santabela Periódica.

Paralelamente, outras ações foram sendo conduzidas: o professor de Mate-mática propôs aos alunos da 1ª série a ela-boração do projeto da estrutura física da tabela, a partir de estudos da área dispo-nível e das necessidades para a exposição de informações sobre os elementos. Os alunos mobilizaram habilidades de medi-ção, projeção, escala, dividindo uma área em 118 quadriculados referentes ao nú-mero de elementos químicos descobertos até o momento.

À medida que os cursos de Química, Física e Biologia das três séries estão se de-senvolvendo e elementos químicos come-çam a ser discutidos, os professores têm conduzido projetos de pesquisa sobre o histórico, obtenção e aplicações no dia a dia dos elementos em questão, a partir dos quais serão elaborados textos explicativos e arquivos multimídia. Amostras de cada elemento também estão sendo providen-ciadas e ficarão expostas, quando possível. Assim que a estrutura física estiver pronta, essas informações serão organizadas e dis-ponibilizadas em uma plataforma online, de forma que qualquer pessoa possa aces-sá-las por meio de um QRCode.

“O projeto pretende dar significado a esta importante ferramenta, estimulando a construção de conhecimento pela pesquisa e construção coletiva, decorrente do traba-lho em equipe”, declara o professor Mauri-cio Rodrigues. Logo, a Santabela Periódica, produto final desse processo, não será de autoria de um grupo e, sim, de todos os alunos do Ensino Médio de 2019.

A

SantabelaPeriódica

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Na rede CALEIDOSCÓPIO #87

o universo mágico dos brin-quedos, há bonecas que falam, carros que tocam sirene e robôs

que se movimentam e interagem com as pessoas. Como tudo isso acontece? Para as crianças do 1º ano do Fundamental I, isso é um mistério. Era.

Nas aulas de tecnologia do bimestre, foi pedido aos alunos e alunas que trou-xessem para a sala de aula alguns desses brinquedos e observassem o material utili-

zado na fabricação, os tipos de sons, fontes de energia e tentassem responder “Por que re-produzem sons?”.

Havia ainda um visitante especial: um robô produzido pela equipe do NETi mon-tado com materiais recicláveis, mas que ainda não “falava”. Problema resolvido por nossos pequenos, pois

durante as aulas eles gravaram suas vozes em estúdio, mixaram e criaram um pequeno programa que repetia os sons quando acionados. Agora, o novo mascote fala, e o que parecia tão distante se transformou em algo concreto.

Brincar é muito bom! Quando é pos-sível entender como a tecnologia funcio-na, desenvolver um olhar diferente sobre os materiais e criar algo novo com tudo isso, fica melhor ainda.

arte de contar histórias é uma das mais antigas da humanidade. Surgiu pro-

vavelmente na Pré-história. De lá para cá, homens e mulheres foram aperfeiçoando essa técnica e usando as mais diferentes linguagens para transmitir seus relatos. Inventados ou baseados em acontecimentos reais, eles foram sendo preservados ao longo dos séculos. O surgimento de novas tecnologias, sobretudo nos

dois últimos séculos, só aumentou as possibilidades de como contar uma boa história. O desenvolvimento do cinema, da televisão e da computa-ção são bons exemplos disso.

E foi a ideia de lidar com lingua-gens diferentes – tais como a oral, a escrita e a digital – aliada à pers-pectiva de trabalhar as técnicas de pesquisa e narração que levaram à elaboração do Projeto África Game: da oralidade ao digital, uma parceria

Brinquedo visitante

N

África Game

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estabelecida entre o NETi e os com-ponentes de Língua Portuguesa e História do 7º ano.

O projeto, que inclui aulas na Bi-blioteca e nos laboratórios de Tecno-logia, ofereceu aos alunos a oportu-nidade de criarem jogos digitais baseados nas narrativas do livro “Os contos de Moçambique”, de Luana Chnaiderman de Almeida. “É uma atividade muito significativa para os alunos, pois o interesse que eles têm

no tema games é uma motivação para que as pesquisas sobre a geografia, cultura e história africana sejam mais detalhadas e imersivas”, afirma Lucas Marchezin, professor de História.

E é esse interesse entrelaçado à possibilidade de ser o protagonista na criação de seu próprio game que faz com que a aprendizagem seja ainda mais prazerosa e concreta. Você quer jogar? Os jogos ficarão disponíveis para download no segundo semestre.

Uma festa surpreendente

omos convidados para uma festa! As crianças do Pré, como era de se

esperar, receberam essa mensa-gem com empolgação. Partiram e, saltitantes, chegaram à Casa Cor, Som e Movimento, nome dado ao espaço preparado pela equipe do NETi para essa atividade tão dife-

rente. Ali começava uma aven-tura mediada por tecnologia e movida à fantasia.

DJ Gastão, contratado para o evento, havia desperdiçado tanta eletricidade, que ela acabara. Não era possível ligar a pista de dança. Agora, nossos convidados torna-ram-se a única esperança de obter eletricidade novamente se, juntos, conseguissem completar os desa-fios propostos nos “brinquedos” da festa. A máquina misturadora de cores, o piano mágico, o jogo da memória de sombras (em in-glês) e um medidor de energia dançante possibilitavam a aquisi-ção de novas baterias.

Nem é preciso dizer que o en-gajamento foi geral. O clima de cooperação, concentração e curio-sidade tornou a experiência diver-tida e marcante. E assim, numa atividade lúdica e gameficada des-pontam aprendizagens reais no mundo do faz de conta.

F

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muito com as crianças. A minha sensação de doar os livros foi maravilhosa!” – Thiago M. Barreto

A respeito da atividade, Maria do Patrocínio Alves Bizarria, coordenadora da CEI Nossa Senhora Aparecida, declara: “Quero agradecer a visita e a doação dos 120 livros para o nosso projeto de leitura. Estamos muito felizes, todos se sentiram muito acolhidos. Eu acho que a educação se faz em parceria, todos juntos trocando saberes e experiências”.

Já o 1º ano do Fundamental realiza seu projeto de inserção social com a Creche Nossas Crianças. A cada mês, uma classe faz a visita ou recebe as crianças. Em abril, os alunos levaram os jogos e brin-quedos pedagógicos comprados com as doações da missa da série realizada no ano passado.

Além disso, partilharam apresentações de can-ções: os alunos da Creche cantaram para os nos-sos, que retribuíram apresentando a canção “O Sol”, de Vitor Kley, ensinada pela professora Luciane Dege com acompanhamento da auxiliar Maria Michele Santos ao violão. Encontro, como sempre, emocio-nante e rico em aprendizagem social e afetiva!

om o intuito de desper-tar nas crianças a preocupa-ção com o próximo, o 2º ano do

Fundamental desenvolve, durante todo o ano letivo, o projeto de inserção social “Ser criança: eu

e o outro” com as creches Nossa Senhora Aparecida e Vila Nicarágua. As turmas seguem um cronograma

de visitação em que os alunos podem brincar, trocar ex-periências e conhecer outros contextos das crianças pau-listanas, valorizando suas experiências de vida.

No último encontro, os alunos do 2º B partilha-ram suas aprendizagens a partir da leitura literária contando histórias, fazendo brincadeiras e doaram livros infantis, que ficam à disposição das crianças da creche e são diariamente usados para que os pais façam a leitura com seus filhos em casa.

Em seus comentários, nossos alunos destacam a alegria do encontro:

“Brinquei com as crianças e doei livros. A minha sensação foi boa porque eles vão aprender novas

palavras e aprender a falar melhor porque a leitu-ra faz isso com a gente!” – Alice Cruz

“O melhor do nosso trabalho foi quando contamos histórias para as crianças e toma-

mos lanche juntos. Elas ficaram felizes e eu também” – Samantha Ramirez

“Eu contei uma história com o meu melhor amigo. Brinquei

C

Santa do bem CALEIDOSCÓPIO #87

alegria!Partilha é

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Com o aplicativo QR Code, veja conteúdos especiais

Estudos do Meio - Lugar de criança é na escola? Sim, e também nas ruas, nos museus, nos parques, em espaços que

permitem a ela observar o que aprende em sala de aula e, mais do que isso, desenvolver uma visão própria do mundo. Veja como foram as recentes saídas do Fundamental I: 2º ano/Viveiro Manequinho Lopes (Parque Ibirapuera); 3º ano/Pátio do Colégio; 4º ano/Museu da Arte Brasileira – FAAP (exposição “Palavras Somam”); 5º ano/CIENTEC - USP.

Jogos de integração – Em comemoração ao Ano Internacional das Línguas Indígenas, as turmas de 3º, 4º e

5º ano do Fundamental I participaram dos Jogos nas Diferentes Linguagens curriculares e foram organizados em oito grandes nações indígenas: Guarani, Terena, Ianomâmi, Xavante, Pataxó, Potiguara, Caiapó e Xingu. Cada equipe circulou por diversas estações, dentre elas jogos de estratégia, oficina de artes visuais e desafios musicais em inglês. Já os alunos do 1º e 2º ano distribuíram-se por cores nas quadras, bosques, campos e jardins do Prédio Menino Jesus, cumprindo desafios dos Jogos de Integração nas linguagens da Arte, da Música, Inglês e Educação Física. Participaram de jogos corporais, rítmicos e artísticos, entre outros.

Missas do bimestre - No mês consagrado a Maria, a missa do 3º ano pediu proteção e bênçãos a todas as famílias agraciadas

com o dom de exercerem a importante tarefa da maternagem. O 7º ano valeu-se da necessidade urgente de trabalhar em prol do bem comum para realizar sua celebração da Eucaristia. Momento marcante, para fortalecer crenças e descobrir que um sonho compartilhado se faz realidade todas as vezes que repartimos o Pão da Vida. Já a celebração do 8º ano foi realizada num lugar especial e extremamente significativo para o Colégio, a capela do Prisma. Oportunidade de refletir a importância e a simbologia do próprio espaço sagrado, além de cada gesto e palavra usados na missa. Assim, percebe-se que não é assistir, e sim participar!

Vivência com os funcionários - Durante uma semana, no período da manhã, as turmas do 7º ano puderam

compartilhar a rotina de trabalho dos funcionários do Santa Maria, acompanhando de perto seu dia a dia, conhecendo melhor suas funções e o papel central que desempenham para o funcionamento do Colégio.

Vale o clique

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ENSINO MÉDIO 2020INTEGRAL, FLEXÍVEL E COM EXCELÊNCIA

Informações: 2198 0600 ramal 711 ou [email protected]

Educação voltada à formação e ao desenvolvimento integral (cognitivo, motor e socioemocional)

Período integral na 1º série com 1400 horas anuais

O aluno escolhe parte do seu percurso entre diferentes áreas do conhecimento

Ensino de qualidade com infraestrutura adequada e utilização de ferramentas digitais diversas

Metodologias ativas com protagonismo dos alunos e mediação dos educadores

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