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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Destaque Melhor idade O Site da melhor idade... Conheça. Todos pela educação OUTUBRO 2009 CIDADANIA E Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org O nosso projeto tem como principal motivação as mudanças comportamentais da sociedade, no que tange a preservação ambiental, sustentabilidade e paz social, reflorestamento, incentivo á agricultura or- gânica, hortas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e compostagem do lixo doméstico e, o in- centivo a preservação e conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Ações integradas: · Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento básico sobre música, a crian- ças e adultos com o fim de formar grupos musicais, sempre incentivando a musica de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que inserem aulas sobre culturas e tradi- ções populares. Inicialmente iremos formar turmas que terão a finalidade de multiplica- ção do conhecimento adquirido, no projeto, em cada comunidade. · Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto tem por finalidade a im- plantação de um Viveiro Escola, especializa- do em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas envolvidos, árvores nativas, como plantar e cuidar, técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co. Tudo isto, integrando-se o teórico á prá- tica, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Se- rão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. · Projeto “Arte&Sobra” Aqui iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finalidade de preser- vação dos espaços urbanos e, como fato de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a formação de coo- perativas ou grupos preservacionístas em suas comunidades. · Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos, . # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 MUDANÇAS CLIMÁTICAS PODEM TRAZER FOME E DESNUTRIÇÃO PARA MAIS DE 25 MILHÕES DE CRIANÇAS NO MUNDO O efeito adverso da mudança climática na produção de alimentos causará a fome de 25 milhões de crianças em 2050, se não forem to- madas medidas para evitá-lo. Este alerta foi dado nesta quarta pelo Instituto Internacional de Política Alimentaria (IFPRI, sigla em inglês) em uma conferência em Bancoc. "Este drama pode ser evitado com um investimento de US$9 bilhões anuais para aumentar a produtividade agrícola e ajudar produtores a enfrentar os efeitos do aquecimento global", afirmou em comunicado o investigador Gerald Nelson, um dos autores do relatório do IFPRI. "Melhores estradas, sistemas de irrigação, a- cesso a água potável e escolarização para cri- anças são essenciais", acrescentou Nelson, no marco da conferência sobre mudança climática realizado em Bancoc para preparar a cúpula de Copenhague em dezembro. O estudo afirma que os habitantes nos países em desenvolvimento terão acesso a 2.410 calo- rias diárias em 2050, 286 calorias menos que em 2000; na África será de 392 menos; e nos países industrializados de 250 menos. Os líde- res do G20 acordaram na semana passada em Pittsburg (EUA) a doação de US$2 bilhões para combater a fome, enquanto a ONU anunciou uma cúpula sobre o problema em novembro. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki- moon, pressionou no fim de semana passado o Banco Mundial e a outras instituições multilate- rais, para que aumentem suas contribuições ao terceiro mundo, em um momento em que "ainda mais pessoas não têm acesso a alimen- tos porque os preços são incrivelmente altos por causa da crise econômica ou a falta de chu- vas". Nelson opinou que a crise alimentícia do ano passado, quando as informações de escassez de alimentos básicos suscitaram protestos em vários países pobres e emergentes, foi um aler- ta. "A população da Terra será 50% maior que a atual em 2050 (...) os desafios serão enormes até sem mudança climática", acrescentou o investigador. Fonte: EFE (Portal Terra) abrir Conheça mais sobre tradições culturas e regiões do Cone Leste Paulista acesse - www.formiguinhasdovale.org ALBERT EINSTEN Teoria da relatividade Cem anos atrás, no dia 21 de se- tembro de 1909, o jovem Albert Einstein apresentou pela primeira vez em público, em Salzburgo, sua revolucionária teoria da relativida- de, que havia sido publicada em 1905. Seu estudo, que inaugurou uma nova era nas ciências exatas, foi recebido friamente por seus colegas na época. A célebre fórmula E=Mc² - signifi- cando que a energia é igual à mas- sa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado - não causou muito impacto nos pesquisadores das ciências naturais que esta- vam reunidos no ginásio da Escola Andrae, onde acontecia a reu- nião científica. Após a intervenção de Einstein, que havia discorrido detalhada- mente sobre a natureza da matéria e da radiação, o físico alemão Max Planck, um dos mais respeitados da época, deu início a uma animada discussão em meio à platéia de futuros ganhadores do Prêmio Nobel. Planck conhecia o trabalho de Einstein - que viria, ele mesmo, a ganhar um Nobel em 1921 -, pois havia analisado sua teoria na época da publicação, quatro anos antes em Berlim. Apesar das discussões, Einstein, que então contava apenas 30 anos e participava de seu primeiro congresso, permaneceu à mar- gem do reconhecimento internacional. Naquele tempo, o jovem cientista trabalhava em um escritório de patentes em Berna e acabara de ser nomeado professor na capital suíça. Pouco depois, foi chamado para dar aulas em Zurique, de onde voltou para Berlim para continuar seus estudos. Em 1933, imigrou para os Estados Unidos para escapar da perseguição na- zista. Nem sempre é fácil... Vencer. UM BEM COMUM Sr. Raul, homem idoso, esta- va no quintal da sua casa em cidade lito- rânea, fazendo um buraco no solo, a fim de plantar uma muda de manguei- ra, quando uma vi- zinha que o obser- vava por cima do muro perguntou: - Sr. Raul, o senhor já está em idade avançada e não ignora que a enfermidade pode levá-lo a qualquer momento. Assim sendo, sabe que não comerá mangas dessa manguei- ra. Por que tanto esforço em plantá-la? Aquele homem simples pensou um instante, olhou para a vizinha e respondeu com sabedoria: Até hoje como mangas, que nunca plantei. A resposta curta, traz em si mesma, grande conteúdo, sobre o qual devemos refletir. Plantar, pensando somente em colher para si, é ato egoísta. Este veículo. transcende a sala de aula como pro- posta para reflexão, discussão, interação e apren- dizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCI “Formiguinhas do Vale”, sem fins lucrativos e, em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. A redação

Todos pela educação OUTUBRO 2009 · mudança climática na produção de alimentos causará a fome de 25 milhões de crianças em ... foi um aler-ta. "A população da Terra será

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Todos pela educação OUTUBRO 2009

CIDADANIA E

Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org

O nosso projeto tem como principal motivação as mudanças comportamentais da sociedade, no que tange a preservação ambiental, sustentabilidade e paz social, reflorestamento, incentivo á agricultura or-gânica, hortas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e compostagem do lixo doméstico e, o in-centivo a preservação e conhecimento de nossas culturas e tradições populares.

Ações integradas: · Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento básico sobre música, a crian-ças e adultos com o fim de formar grupos musicais, sempre incentivando a musica de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que inserem aulas sobre culturas e tradi-ções populares. Inicialmente iremos formar turmas que terão a finalidade de multiplica-ção do conhecimento adquirido, no projeto, em cada comunidade.

· Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto tem por finalidade a im-plantação de um Viveiro Escola, especializa-do em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas envolvidos, árvores nativas, como plantar e cuidar, técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co. Tudo isto, integrando-se o teórico á prá-tica, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Se-rão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

· Projeto “Arte&Sobra” Aqui iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finalidade de preser-vação dos espaços urbanos e, como fato de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a formação de coo-perativas ou grupos preservacionístas em suas comunidades.

· Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos, .

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Fale conosco

0xx12 - 9114.3431

MUDANÇAS CLIMÁTICAS PODEM TRAZER FOME E DESNUTRIÇÃO

PARA MAIS DE 25 MILHÕES DE CRIANÇAS

NO MUNDO

O efeito adverso da mudança climática na produção de alimentos causará a fome de 25 milhões de crianças em 2050, se não forem to-madas medidas para evitá-lo. Este alerta foi dado nesta quarta pelo Instituto Internacional de Política Alimentaria (IFPRI, sigla em inglês) em uma conferência em Bancoc. "Este drama pode ser

evitado com um investimento de US$9 bilhões anuais para aumentar a produtividade agrícola e ajudar produtores a enfrentar os efeitos do aquecimento global", afirmou em comunicado o investigador Gerald Nelson, um dos autores do relatório do IFPRI. "Melhores estradas, sistemas de irrigação, a-cesso a água potável e escolarização para cri-anças são essenciais", acrescentou Nelson, no marco da conferência sobre mudança climática realizado em Bancoc para preparar a cúpula de Copenhague em dezembro. O estudo afirma que os habitantes nos países em desenvolvimento terão acesso a 2.410 calo-rias diárias em 2050, 286 calorias menos que em 2000; na África será de 392 menos; e nos países industrializados de 250 menos. Os líde-res do G20 acordaram na semana passada em Pittsburg (EUA) a doação de US$2 bilhões para combater a fome, enquanto a ONU anunciou uma cúpula sobre o problema em novembro. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pressionou no fim de semana passado o Banco Mundial e a outras instituições multilate-rais, para que aumentem suas contribuições ao terceiro mundo, em um momento em que "ainda mais pessoas não têm acesso a alimen-tos porque os preços são incrivelmente altos por causa da crise econômica ou a falta de chu-vas". Nelson opinou que a crise alimentícia do ano passado, quando as informações de escassez de alimentos básicos suscitaram protestos em vários países pobres e emergentes, foi um aler-ta. "A população da Terra será 50% maior que a atual em 2050 (...) os desafios serão enormes até sem mudança climática", acrescentou o investigador. Fonte: EFE (Portal Terra)

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Conheça mais sobre tradições culturas e regiões do Cone Leste Paulista acesse - www.formiguinhasdovale.org

ALBERT EINSTEN

Teoria da relatividade

Cem anos atrás, no dia 21 de se-tembro de 1909, o jovem Albert Einstein apresentou pela primeira vez em público, em Salzburgo, sua revolucionária teoria da relativida-de, que havia sido publicada em 1905. Seu estudo, que inaugurou uma nova era nas ciências exatas, foi recebido friamente por seus colegas na época. A célebre fórmula E=Mc² - signifi-cando que a energia é igual à mas-

sa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado - não causou muito impacto nos pesquisadores das ciências naturais que esta-vam reunidos no ginásio da Escola Andrae, onde acontecia a reu-nião científica. Após a intervenção de Einstein, que havia discorrido detalhada-mente sobre a natureza da matéria e da radiação, o físico alemão Max Planck, um dos mais respeitados da época, deu início a uma animada discussão em meio à platéia de futuros ganhadores do Prêmio Nobel. Planck conhecia o trabalho de Einstein - que viria, ele mesmo, a ganhar um Nobel em 1921 -, pois havia analisado sua teoria na época da publicação, quatro anos antes em Berlim. Apesar das discussões, Einstein, que então contava apenas 30 anos e participava de seu primeiro congresso, permaneceu à mar-gem do reconhecimento internacional. Naquele tempo, o jovem cientista trabalhava em um escritório de patentes em Berna e acabara de ser nomeado professor na capital suíça. Pouco depois, foi chamado para dar aulas em Zurique, de onde voltou para Berlim para continuar seus estudos. Em 1933, imigrou para os Estados Unidos para escapar da perseguição na-zista. Nem sempre é fácil... Vencer.

UM BEM COMUM

Sr. Raul, homem idoso, esta-va no quintal da sua casa em cidade lito-rânea, fazendo um buraco no solo, a fim de plantar uma muda de manguei-ra, quando uma vi-zinha que o obser-

vava por cima do muro perguntou: - Sr. Raul, o senhor já está em idade avançada e não ignora que a enfermidade pode levá-lo a qualquer momento. Assim sendo, sabe que não comerá mangas dessa manguei-ra. Por que tanto esforço em plantá-la? Aquele homem simples pensou um instante, olhou para a vizinha e respondeu com sabedoria: Até hoje como mangas, que nunca plantei. A resposta curta, traz em si mesma, grande conteúdo, sobre o qual devemos refletir. Plantar, pensando somente em colher para si, é ato egoísta.

Este veículo. transcende a sala de aula como pro-posta para reflexão, discussão, interação e apren-dizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos

pela OSCI “Formiguinhas do Vale”, sem fins lucrativos e, em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental.

A redação

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 02

Gazeta Valeparaibana é um jornal gratuito distribuído mensalmente em mais de 80 cidades, do Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa Diretora Administrativa: Rita de Cássia A.S.Lousada Diretora Pedagógica dos Projetos: Elizabethe Rúbio

Tiragem mensal: Distribuído por: “Formiguinhas do Vale”

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente mensalmente em mais de 80 cidades do Cone Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de Ensino Fundamental e Médio.

“Formiguinhas do Vale” é Uma OSCIP - Sem fins lucrativos

Crônica

AJUDENOS A MANTER ESTA PUBLICAÇÃO E NOSSOS PROJETOS DE EDUCAÇÃO, CULTURA E PRESERVAÇÃO

“Formiguinhas do Vale” Juntando os pedaços perdidos, para construir uma linda “colcha de retalhos” ... conheça

EDUCAÇÃO QUE

EXCLUI

Convido a fazermos juntos esta reflexão. Vamos olhar sobre o papel da Educa-ção e o que ela tem feito com a diversidade de culturas do Brasil.

Acredito que todos nós sabemos do importantíssimo papel da Educação na nossa vida. Sem ela não seríamos capazes de desenvolver o co-nhecimento e a consciência crítica. Ela nos ajuda a partici-par de um importante proces-so de conhecimento e liberta-ção.

Se olharmos para a his-tória, porém, veremos que a “lógica da exclusão educacio-nal segue a mesma lógica his-tórica da exclusão econômi-ca” (Cristiano Navarro). É isso mesmo. As camadas pobres da população são as que mais sofrem com o descaso na Edu-cação e com o analfabetismo. A situação econômica continu-a sendo, quase que determi-nante, no acesso à Educação. O índice de pessoas com baixa escolaridade é muito mais alto entre as camadas mais pobres.

“No Brasil isso se refle-te claramente na população negra, indígena e inclusive nas pessoas com deficiência físi-ca”, nos diz Villalobos. Mas tudo isso porque “o sistema educativo tradicional, parte da afirmação da superioridade de certos grupos”¹. (Vernor Muñoz Villalobos).

Interessante é notar que mesmo países com indica-dores econômicos altos, man-tém ainda parte da população na margem da pobreza e, por-tanto, excluídos do acesso à Educação.

A exclusão ainda é for-te porque os que aplicam a Educação não se preocupam com a camada mais pobre, ou seja, não levam em conta a sua realidade e as suas necessida-des. Segundo a UNESCO, “o

Brasil é o país com o maior número de analfabetos na A-mérica Latina. (...) No total, são 14,1 milhões de brasileiros, o que equivale a 10,5% da popu-lação maior de 15 anos, que não sabem ler nem escrever”².

Infelizmente, além das escolas de ensino fundamental e médio, também as universi-dades (se não todas, porém a maioria) continuam insistindo num sistema educacional ul-trapassado e falido. Pensam que estão fazendo muito ao investirem apenas em tecnolo-gia, em cotas e em bolsas de estudo. Além de tudo isso, é preciso fazer um trabalho ur-gente e demasiado importante e que ainda hoje está sendo deixado de lado: uma Educa-ção que reconheça e respeite a diversidade cultural.

“O objetivo (da Educa-ção) é construir conhecimento para dignificar a vida, (e não ser) uma forma de disciplinar a mão-de-obra para o merca-do” (Villalobos)”.

Não basta usar o lema “Educação para todos” como muitos têm feito, porque uma Educação verdadeira e huma-nizadora tem que ter como ba-se a cultura e a realidade do seu povo. Do contrário exclui e, o pior, sufoca e mata a mai-or riqueza do povo.

Não havendo uma valo-rização da cultura, automatica-mente acontece a exclusão. A Educação tem imposto um sis-tema falido que olha apenas a cultura do rico, do lucro e do mercado de trabalho. Deixa de lado a dignidade da pessoa humana. Se fossem levadas em conta as culturas locais, certamente os índices de eva-são escolar e de analfabetismo seriam menores. Falta à Edu-cação uma identificação com a cultura do povo. Este passo que temos medo de dar, dará um novo rosto à Educação brasileira e às pessoas, porque ele valoriza e não exclui as pessoas naquilo que elas têm de mais valioso: a sua cultura. Por: Hermes José Novakoski

Prostituição Infantil - denuncie: Ligue100 A prostitui-ção, segun-do alguns autores, a profissão mais antiga do mundo, nos dias de hoje deve ser analisa-da sob os mais varia-

dos aspetos que vão do cultu-ral, ao desenfreado consumis-mo que nos foi imposto pela globalização e a revolução tec-nológica. No que tange á prostituição infantil e abordando o cultural, precisamos entender de onde surgiu o abuso sexual de cri-anças dentro da nossa forma-ção social, o que para tanto podemos recorrer ao autor Gilberto Freire, com o patriar-calismo: “A história social da casa-grande é a história intima de quase todo o brasileiro de sua vida doméstica conjugal, sob o patriarcalismo escravo-crata e polígamo; da sua vida de menino, do seu cristianis-mo reduzido à religião de famí-lia e influenciado pelas crendi-ces da senzala”. Dominador e dominado – sem-pre foi essa a relação predomi-nante no Brasil colônia, do senhor sobre os seus escra-vos e das mulheres que tantas vezes foram vitimas do domí-nio e do abuso dessa política social. Nos dias de hoje, ainda em muitas de nossas regiões, quantas empregadas do lar de tradição servil familiar, não se prestam, e, isso, de forma con-vencional, aos arrojos sexuais dos filhos dos patrões. No entanto, vamo-nos fincar na história; as meninas, filhas dos senhores se casavam muito cedo. Com doze, treze anos, tinham que se casar “meninotas”, virgens donze-las, senão não tinham mais os provocantes verdores. Se ca-

savam frequentemente com homens com mais de quarenta anos de diferença. Nas senza-las é que estava o mais pobre da história. Muitos senhores se deitavam com negras vir-gens de dez, onze ou doze a-nos. Crianças que tinham que fazer a vontade de seus se-nhores e que não eram donas de seus corpos. Muitas dessas meninas que eram abusadas cada vez mais cedo por seus senhores, eram filhas de san-gue, resultante de relaciona-mentos anteriores. Nessa for-mação tem a mancha do in-cesto. Por estarem em uma posição social de submissão eram ex-ploradas, usadas como obje-tos para que seus senhores pudessem assim satisfazer seus desejos. Muito tempo no Brasil prevale-ceu a idéia, que para o sifilíti-co não havia melhor remédio do que deflorar uma neguinha virgem. Muitas meninas púbe-res de até nove anos foram usadas para esse fim. Assim se constituiu neste campo de moral o Brasil Colônia. Se for-mou com a utilização da pros-tituição e do abuso infantil. No ano de 1990, criou-se no Brasil o ECA (Estatuto da Cri-ança e do Adolescente) que trouxe políticas e diretivas de defesa da criança e do adoles-cente. No entanto, leis para este tipo de problema, são mais punitivas do que educati-vas, já que em pleno século XXI, nenhum cidadão, poderá alegar ignorância ou a sua for-mação cultural, para os seus atos. No Brasil do século XXI, o que vemos é a reprodução da ser-vilidade colonial, adaptada aos novos tempos; famílias deses-truturadas, crianças privadas do menor dos confortos, como por exemplo, uma refeição diá-ria. Especialmente no Norte e no Nordeste do Brasil, onde os homens largam suas famí-

lias, em busca de trabalho em Estados que lhe podem pro-porcionar um salário mínimo de renda, a necessidade é tão premente, que leva milhares de crianças a buscar nas ruas o sustento de toda a família, com a anuência da maioria de seus responsáveis. O abuso sexual de crianças é um fenômeno social que é es-condido pela síndrome do si-lêncio de uma sociedade pseudo-moralista, especial-mente das classes mais abas-tadas (os novos senhores do engenho), que ajudam a man-ter ainda crianças nas ruas se prostituindo, levando em con-ta que crime só se perpetua, se houver quem o alimente. Portanto, somente uma boa educação, uma boa formação social e uma reestruturação da família poderão acabar com este cancro social, que não é só Brasileiro mas, com certe-za, característico das desi-gualdades sociais e da vergo-nhosa distribuição de renda que o atual sistema financeiro mundial proporciona. Assim, cabe aos governos, nos dias do hoje o papel de proteger e de assistencializar, não só porque o problema é histórico mas também, pela dificuldade do sistema político atual solucionar de forma competente e efetiva as pro-fundas diferenças sociais da regionalidade Brasileira. Aqui, é de extrema importân-cia o papel da iniciativa priva-da, empresas ONGs e entida-des filantrópicas, não só se apresentando, com uma pos-tura assistencialista mas e, preferencialmente, formadora de uma nova sociedade mais consciente de suas obriga-ções e responsabilidades. E isto somente se dá através de uma boa Educação. Fonte: WEB Da redação

Por que os pilotos kamikazes usavam capacete?

Realmente não se espera que os pilotos kamikazes do exército japonês, que combateram duran-te a Segunda Guerra Mundial, estivessem muito preocupados com a sua segurança no vôo que os levaria para a morte por escolha própria, mas então por que eles usavam o capacete? A função principal dos capacetes na aviação não é a proteção dos pilotos, mesmo porque, em caso de acidente, eles pouco poderão ajudar. Segundo o Guia dos Curiosos, no início, como os primeiros aviões tinham cabines abertas, os capacetes - assim como as mantas - faziam parte da vestimenta que manteria os pilotos aquecidos. Quando os aviões passaram a ser construídos com as cabines fechadas, os capacetes eram usados para comunicação dos pilotos com a base, acomodando fones de ouvidos e microfones. E essa era a função do capacete para os kamikazes. Através dos fones acoplados, eles recebiam as informações da base a respeito dos alvos. Fonte: você sabia?

www.formiguinhasdovale.org

TODOS PELA EDUCAÇÃO A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica matérias, rele-vantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade e responsabilidade, social e ambiental. Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conheci-mento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais. No entanto, todas as matérias serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias originais. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

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PÁTRIA

A Rede Globo foi condenada por ação pública e proibida de gravar e exibir provas em No Limite que en-volvam animais de qualquer espé-cie e cenas de maus tratos sob multa diária de R$ 50 mil para o caso de descumprimento da or-dem, por cada programa exibido em desobediência à determinação do juiz Gustavo Henrique Cardozo

Cavalcante, terça-feira (15/09). O programa já exibiu diversos epi-sódios em que os participantes e-ram incitados a comer peixes ainda vivos, retirar pintos de dentro de ovos, perseguir galinhas forjando um falso estado de necessidade, entre outros maus-tratos. A região em que No Limite é gravado, o mu-nicípio de Trairi, no Ceará, também é conhecido por ser uma zona de animais silvestres - o que agrava a situação da Globo. O diretor geral do programa, José Bonifácio Brasil de Oliveira (o Bo-ninho), foi intimado a cumprir a or-dem, sob penas legais. A emissora confirma a intimação recebida na data e informa que ainda está deci-dindo se vai recorrer ou não. Regina Rito Rio de Janeiro

Segundo “A Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo”, do Ministério de Educa-

ção e Cultura, PÁTRIA, vem assim configurada:

PÁTRIA. Do latim “pátria”, com o mesmo sentido. É o país em que nascemos, isto é, ao qual estamos presos pelas raí-zes mais profundas de nosso ser. Acrescenta porém a noção de país um forte potencial emocional e evocativo por-que enfatiza mais a idéia de continuida-de histórica de um povo, garantida pela sucessão das gerações e a idéia de um patrimônio comum de idéias, aspira-ções, símbolos, linguagem, valores cul-turais herdados de nossos antepassa-dos, que deve ser conservado e enrique-cido, para ser transmitido aos nossos filhos netos e, numa constante pro-gressiva ás novas gerações. A Pátria é um bem primeiro fundamental, cujo valor só apreciamos devidamente quando somos dele privados. “A Pátria não é ninguém, são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação. A Pátria não é um sistema, nem um mo-nopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, o mar, a tradição, a

consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da Lei, da Língua e da Liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não conspiram, os que não suble-vam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas pacifi-cam , mas discutem,mas praticam a justi-ça, a administração, o entusiasmo. Porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no amor”. (Rui Barbosa) .... Assim: Todo o cidadão tem o dever de ser um multiplicador do conhecimento adquirido. Todo o cidadão tem o dever de retransmi-tir tradições e culturas, que preservem o bem maior que ´são as raízes de um po-vo. Todo o cidadão deve de uma forma vo-luntariosa dedicar alguns minutos de seu tempo ao seu irmão pátrio. Todo o cidadão deve promover o associa-tivismo e as lutas por melhorias sociais e, a preservação do valor maior de sua pá-tria. Sua história. Filipe de Sousa

Chega de alarde! Decisão do STF não é o fim dos jor-nalistas com diploma nas redações. Alessandra Lessa [*] Ao por fim à exigência de formação superior para o exercício do jornalis-mo no Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou com a reserva de mercado? Além dos graduados em comunicação social, que outro profissional preferiria dedicar-se à atividade de imprensa ao invés de ater-se à sua formação e poder, com ela, obter lucratividade e satisfação bem maior do que aquela auferida por repórteres de jornais? Eu, que me graduei em direito e jor-nalismo, vivo me questionando so-bre quem – daqueles que se forma-ram comigo no curso de ciências ju-rídicas – toparia trabalhar incansa-velmente em troca de um piso sala-rial que – a depender da região em que o jornal está instalado – paga a repórteres pouco mais que 800 reais por mês. Na área jurídica, algumas vezes, esse é o salário de um estagi-ário. Talvez os outros bacharéis das ciên-cias humanas gostariam de se aven-turar nesta lida, por pura vontade ideológica, mas, ao perceberem que nas redações a veiculação dos textos depende da ideologia do dono do veículo, talvez, preferissem exercer a verve jornalística em blogs na in-ternet, totalmente abertos à opinião e avessos à censura prévia. Já os profissionais que durante a graduação tiveram pouco ou ne-nhum contato com a língua portu-guesa, nem com assuntos de natu-reza político-social, encontrariam difíceis barreiras para se adequarem aos requisitos da atividade jornalísti-ca, optando, sem dúvida alguma, por publicar artigos científicos ou colunas como colaboradores. Até mesmo alguns jornalistas de for-mação acadêmica querem mudar de profissão. Não é raro encontrar cole-gas graduados em Jornalismo - gen-te que já deixou de ser foca (jargão usado para denominar aqueles que se iniciam na carreira) - frustrados por não conseguirem alcançar ne-nhum dos objetivos que a profissão se propõe a realizar. Como as redações de jornais estão esvaziadas de talento e criatividade – o que, do ponto de vista dos pro-prietários, pode até justificar os bai-xos salários - os jornalistas são pa-gos para fazer notícias que apenas narram os fatos sem desdobramen-tos. A ausência do jornalismo inves-tigativo e da reportagem mina o âni-mo dos profissionais que assistem ser usurpada a função social do seu trabalho. Em Brasília, reduto dos escritórios políticos e assessorias de imprensa, jornalista que se dá bem não é a-quele que trabalha para os grandes

jornais do País, e sim, o que ingres-sa na carreira como assessor de ór-gãos administrativos, para ganhar salários que variam entre cinco mil e 40 mil reais. Do lado de quem defende a exigên-cia do diploma para o exercício do jornalismo, é ingênuo dizer, como o fez o presidente da Federação Nacio-nal dos Jornalistas (Fenaj) Sérgio Murillo, que a decisão do Supremo substitui “a valorização do mérito pessoal de se procurar por uma es-cola de jornalismo” (...) “pela vonta-de do patrão, que vai decidir com base num talentômetro quem pode, ou não, ser jornalista”. Ora, mesmo sendo obrigatória a exigência do di-ploma, caberia ao dono do jornal dizer quem sai e quem fica. Não é a toa que grandes repórteres - que poderiam muito bem trabalhar em jornais de extensa circulação - fun-dam seus próprios espaços de mídia para contrariarem a estrutura de poder vigente nas redações. Já a opinião de quem entende não ser necessária a formação em jorna-lismo abre lacunas que precisam ser preenchidas para o regular exercício da profissão e atendimento ao inte-resse público. Em que fase da for-mação de um advogado caberia in-serir técnicas de reportagem que lhe ensinassem a ética que um bom re-pórter deve perseguir cotidianamen-te? Quem seria responsável por dar aos profissionais não oriundos da comunicação social um direciona-mento sobre funções básicas da pro-fissão? A quem caberia ensinar ao fisioterapeuta ou ao secundarista-repórter como escrever, como segu-rar o microfone, como abordar en-trevistados, como analisar discursos, entre outras atividades prático-teóricas que hoje compõem o currí-culo dos cursos de graduação de jor-nalismo? Com a decisão do STF, o debate so-bre a necessidade do diploma para o exercício da atividade de imprensa não morreu. Mas precisa seguir ou-tros rumos. Até agora, a única instituição capaz de formatar um projeto de imprensa que seguisse uma orientação ético-profissional foi a universidade. A partir desta decisão judicial, ou-tras vozes devem se propor a orien-tar o candidato a jornalista sobre os limites a que deve se ater para o não ferimento dos demais princípios constitucionais que, ao lado da liber-dade de expressão, configuram o maior orgulho de uma sociedade de-mocrática. A meu ver, bem ou mal, com acertos e erros, é a universida-de que continuará dando conta do recado.

Alessandra Lessa é Graduada em Jornalismo e Direito

pela Universidade Católica de Goiás, Diretora do

Jornal Tribuna Universitária e do Jornal da Imprensa. Articulista

Colaboradora da ABN NEWS

A polemica do DIPLOMA DE JORNALISMO

No “VIVEIRO ESCOLA Planta Brasil”, prioriza o cultivo de mudas de árvores nativas ás exóticas, pratica a agricultura orgânica e, as mudas somente são disponibilizadas para replantio, em projetos de reflorestamento nas áreas de Mata Atlântica degradadas e, após atingirem o desenvol-vimento seguro, para sobreviverem em seu local definitivo. Mais informações: http://www.formiguinhasdovale.org

QUEIMADAS

Você sabia que o BRASIL é apontado como o 4º maior poluidor do mundo ? As queimadas são o maior motivo pa-ra esta consideração. A fumaça com-posta pelos gases e fuligem, liberada pelas queimadas pode ser tóxica e cancerígena. Na área rural o problema é motivado em primeiro lugar pela queima da “cana de açúcar”. Queimada é crime.

DENUNCIE - Ligue 190

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 04

Quando pensar em desistir, não cruze os braços, lembre-se: O maior homem do Mundo morreu de braços abertos

“Estou muito ocupado." "Não sei como fazer isso"." "Não me sinto à vontade." "Já tentei uma vez e não consegui."

Quantas vezes você já não ouviu alguma destas afirmações? Também você já ouviu: "Se vai aprender alguma coisa, você co-meterá erros"? É verdade. Às ve-zes, pessoas, se recusam a tentar coisas novas porque têm medo de falhar e, consequentemente, de serem considerados um fra-casso. Quando você não quer fazer uma coisa, qualquer desculpa esfarra-pada serve. Mas as desculpas mui repetidas têm um modo es-tranho de se transformar. Elas podem vir a ser doenças crônicas que destroem a nossa autoestima e paralisam a nossa vontade. Tor-nam-se grilhões que obscurecem a nossa visão, deixando-nos inca-pazes de sonhar e muito menos de realizar por medo de falhar. Há uma diferença entre falhar e ser um fracasso. São poucas as coisas que se aprende na vida sem que se erre pelo menos uma vez. Você prendeu a andar de bi-cicleta sem perder o equilíbrio ? É bem provável que não. Você queria tanto fazer certas coisas, que rapidamente deixou para trás as tentativas malsucedidas e con-tinuou tentando. Embora tenha falhado várias ve-zes neste processo de aprendiza-gem, você não foi um fracasso. Você se lembra de que, ás vezes, na sua frustração, colocava a cul-pa do fracasso na pessoa que es-tava tentando ensiná-lo? Se esti-vesse na bicicleta, a culpa era de quem estava a seu lado seguran-do-o. Logo, você queria que esta pessoa o largasse e o deixasse ir por sua conta própria. Se caísse, a culpa seria do outro, que o havi-a largado cedo demais, ou muito tarde... Quando foi ganhando confiança e habilidade em sua bicicleta você resolveu passear na calçada, quando surgiu alguém. Você não tinha muita certeza de que conse-

guiria passar no pequeno espaço que sobrava, e ficou com medo de tentar e...caiu. Ao cair deve ter pensado: "Você me fez cair! Se não estivesse no meu caminho, eu não teria caído"... A realidade é que, se tivesse mais prática, você teria facilmente resolvido a situação, como certamente o fez muitas vezes depois... Na vida, às vezes parece que al-guém ou alguma coisa nos faz fracassar. Não é raro sentirmos que outra pessoa, ou circunstân-cia, nos impede de alcançarmos nossos objetivos. O que é raro é admitirmos que talvez não tenha-mos feito o melhor possível e, em seguida, analisarmos o nosso preparo e o nosso esforço. Chega de desculpas... Pergunte-se se você fez o melhor que poderia ter feito e não tenha medo de admitir os seus erros e distrações. Se perceber que er-rou, simplesmente resolva não repetir mais o erro e vá em frente. Lembre-se de quando, ao andar de bicicleta, conforme ia tentando e persistindo, você ia ficando ca-da vez melhor. Até que andar de bicicleta se tornou tão natural, como caminhar. Não se deve culpar ninguém, nem a nós mesmos. Quem se prende à culpa pessoal ou permanece cul-pando os outros ou as circuns-tâncias, apenas retarda a sua pró-pria recuperação. Arrisca a se tor-nar um fracasso em vez de ter apenas um revés temporário. No lugar de sentir autopiedade e de ficar bravo com os outro, pergun-te-se: "E agora ? que mais posso fazer para alcançar os meus objeti-vos?". Se perdermos tempo e energia arranjando desculpas, nunca ve-remos o que precisamos ver em nós para que possamos crescer e obter melhores resultados dos nossos esforços. Os que falham não são fracassa-dos, a não ser que a culpa e a au-topiedade os impeça de alcançar as suas metas. Não importa o que tenha aconte-cido na sua vida, depende de vo-cê começar a criar o melhor mo-do de viver que for possível!!! Fonte: QualimetriaFAAP Adaptação: Filipe de Sousa

Atenção crianças seja deputado por um dia!

Cerca de 400 estudantes do Ensino Funda-mental ocuparão o plenário da Câmara dos Deputados no dia 22 de outubro para de-bater e votar projetos de lei apresentados por crianças. A quarta edição do Câmara Mirim será realizada no dia 22 de outubro, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Trata-se de um programa educativo que simula uma sessão legislativa da Câmara. Alunos do

5º ao 9º ano do ensino fundamental ma-triculados em escolas públicas e particula-res do País fazem o papel de deputados mirins e discutem, em plenário, três proje-tos de lei selecionados entre as propostas enviadas pelas crianças para o site Plena-rinho www.plenarinho.gov.br. Além das crianças autoras dos projetos que serão apresentados, poderão ser de-putados mirins: alunos de escolas públicas ou privadas e vereadores mirins de câma-ras municipais selecionadas por sorteio. Inscrições abertas: Os brasileirinhos que querem ser deputados por um dia têm até

07 de setembro para enviar seus projetos de lei para o site infantil da Câmara dos Deputados (www.plenarinho.gov.br), pelo ícone “Câmara Mirim”, visível na home page do Plenarinho, ou ainda pelo correio. Já as Escolas públicas e privadas do Ensi-no Fundamental e Câmaras Municipais Mirins têm até o dia 23 de agosto para se inscrever no programa. O regulamento do Programa Câmara Mirim está disponível no Portal Plenarinho www.plenarinho.gov.br/camaramirim. Repercussão positiva:Em outubro de 2006, a Câmara dos Deputados realizou ,

pela primeira vez na história, uma sessão com crianças. A aula de cidadania marcou o relançamento do portal Plenarinho. A sessão teve repercussão positiva em jor-nais, rádio, TV e internet do Brasil e de outros países. Foram inscritos mais de 700 projetos de lei, e o Plenarinho recebeu tantos pedidos para a realização de uma nova sessão com crianças, que a Câmara resolveu instituir um projeto anual com o nome de Câmara Mirim. A partir de então, a cada mês de outubro, em comemoração pelo Mês das Crianças, a Câmara realiza uma sessão mirim. Da redação

Educando-nos: Chega de desculpas...

Algumas das pesquisas feitas nos Estados Unidos e que

ganharam prêmio. Prêmio IGNobel

1 - Massagem retal digital, cura para os soluços (Medicina, 2006) Nos dias de hoje, as pessoas estão habi-tuadas a beber um copo de água para curar o soluço, mas a pesquisa sugere que, para os soluços intratáveis, um sim-ples dedo até o fundo pode fazer maravi-lhas. Não está claro, no entanto, se o tra-tamento deve ser administrado sem aviso prévio. Ironias à parte, os soluços podem ser um verdadeiro problema para os do-entes e este tratamento curioso pode ser melhor que os fortes medicamentos usa-dos frequentemente. 2 - Defecação dos pinguins em até 40 cm (Dinâmica dos Fluídos, 2005) Os pesquisadores Victor Benno Meyer-Rochow e Jozsef Gal venceram o prêmio por calcular as pressões geradas durante o processo de defecação dos pinguins. Em suas conclusões, os investigadores disseram: "Se o pássaro escolhe a dire-ção deliberadamente quando decidi ex-pulsar as fezes ou se isso depende da direção do vento são questões que preci-sam ser abordadas em outra expedição à Antártida". 3 - Necrofilia homossexual entre patos (Biologia, 2003) O prêmio foi para a documentação do primeiro caso cientificamente registrado de necrofilia homossexual na espécie pato real. "Próximo ao pato obviamente morto, um outro macho, que montou no cadáver e começou a tentar copular com grande força", constatou a investigação na época. 4 - Taxa de suicídio com música coun-try (Medicina, 2004) Um estudo indicou que a taxa de suicídio nas cidades dos Estados Unidos é maior onde a música country é tocada nas rá-dios. Além disso, a música country, con-forme a pesquisa, devido aos temas que aborda, provoca "modos de suicídio, dado que retrata problemas comuns à popula-ção suicida, como discussões conjugais, abuso de álcool e alienação provocada pelo excesso de trabalho". Depois disso, muitas pessoas passaram a temer o po-der das canções de Billy Ray Cyrus. 5 - Pulgas entre cães e gatos (Biologia, 2008) Uma equipe de investigação liderada por Marie-Christine Cadiergues, Christel Jou-bert e Michel Franc, da Escola de Veteri-nária de Toulouse (França), demonstra-ram que as pulgas saltam mais sobre os cachorros do que sobre os gatos, em arti-go na Veterinary Parasitology. De certo

modo, a pesquisa não foi inteiramente inútil: agora as pessoas sabem que as chances de serem mordidas por pulgas são maiores ao se comprar um cão. 6 - Striptease, lucro e menstruação (Economia, 2008) Cientistas da Universidade do Novo Méxi-co, nos Estados Unidos, sugeriram que os lucros de uma dançarina de striptease dependem de seu ciclo menstrual. Se a pesquisa for realmente verdade, do que será que os dançarinos dependem para aumentar os ganhos mensais? 7 - Ratos não falam japonês e holandês (Linguística, 2007) Juan Manuel Toro, Josep B. Trobalon e Nuria Sebastian-Galles, da Universidade de Barcelona, na Espanha, conquistaram o curioso prêmio ao demonstrar que os ratos algumas vezes não conseguem dis-tinguir entre frases nos idiomas japonês e holandês, faladas na ordem correta e as mesmas frases quando são ditas na or-dem inversa. Porém, o objetivo inicial do estudo era o de encontrar semelhanças nas falas entre bebês humanos e outros mamíferos, a fim de determinar a evolu-ção comunicativa. 8 - Baunilha no esterco de vaca (Química, 2006) Pesquisadores do Centro Médico Interna-cional do Japão desenvolveram uma for-ma de obter extrato de vanilina (aroma e sabor de baunilha) do esterco de vacas. A pergunta que ficou para o público foi a seguinte: quem seria capaz de comer essa raridade? 9 - Picapaus não precisam de aspirina (Ornitologia, 2006) Por que os picapaus não têm dores de cabeça? Essa pergunta foi respondida pelos cientistas Philip May e Ivan Sch-wab. Esta espécie, que chega a bater com os bicos nos troncos das árvores mais de 12 mil vezes ao dia, possuem crânios preparados para minimizar impac-tos. Além disso, um mecanismo faz com que os olhos dos picapaus não saiam das órbitas durante os choques contra os troncos de árvores. 10 - Queijo é bom repelente contra mosquitos da malária (Biologia, 2006) Na próxima vez que você for à África, não se incomode levando repelente de insetos ou redes contra mosquitos: baste ter um belo queijo Limburguer e deixá-lo fora de sua barraca. No prêmio de Biologia, o vencedor foi um estudo que descobriu a atração do mosquito da malária ao cheiro do queijo Limburger. Os cientistas sugeri-am também que a atração, não é somen-te pelo cheiro do alimento, mas também pelo odor dos pés das pessoas. Portal Terra PODE ?

"Tome suas vidas com suas próprias mãos e o que acontece? Uma coisa terrível: ninguém para culpar." Erica Jong

"Uma pessoa pode falhar muitas vezes, mas ela não é um fracasso enquanto não começar a culpar os outros."

Ted Engstrom

Como se perde tempo e dinheiro...

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 05

Acertar por vezes é um dever mas, saber reconhecer um erro, é sem dúvida o maior dos acertos...

Nossa Saúde

VOCÊ SABE RESPIRAR? Antes de abrir os olhos, antes de ouvir o mundo ou sentir o calor do colo da mãe, a primeira coisa que a gente faz, quando nasce, é respirar. O ato, invo-luntário do corpo humano, leva oxigê-nio até os pulmões, onde ele é distribu-ído para alimentar os órgãos via cor-rente sanguínea desintoxicando as cé-lulas. É boa oxigenação do sangue que man-tém o corpo saudável e evita uma série de doenças. Mas é preciso saber respi-rar para garantir ainda mais benefícios. Os bebezinhos respiram exatamente como a gente deveria, na idade adulta - usando o diafragma, ou seja, o múscu-lo que existe mesmo para puxar e em-purrar o ar. Mas o estresse, a correria e as tensões fazem com que, no passar

do tempo, a gente perca a capacidade de respirar corretamente. Aí, a respira-ção vai ficando curtinha, colocando uma quantidade mínima de ar nos pul-mões. Cristina Armelim, psicóloga, instrutora e coordenadora da ONG Fundação Arte de Viver, em São Paulo, diz que apren-der a respirar pode eliminar o estresse, a melhorar a concentração e o foco, além de elevar o estado de consciência e energia, melhorando o bem-estar e dando ainda mais entusiasmo. Fora isso, é possível eliminar uma infinidade de toxinas do corpo, pela respiração. "A principal dica é respirar com consci-ência, colocando a atenção no movi-mento do ar entrando e saindo do pul-mão, respirando lenta e profundamente algumas vezes, sempre que sentir ne-

cessidade", fala. A grande maioria das pessoas não che-ga a trocar suficientemente o ar dos pulmões, fazendo com que o que circu-la no organismo seja um ar viciado. Quem respira de maneira curta, fracio-nada, instável e inconstante não usa toda capacidade do corpo e, provavel-mente, está recebendo um aviso do estado emocional. "As emoções afetam a respiração. Com exercícios corretos, o estado mental e emocional se altera, eliminando o estresse, acalmando a mente e melhorando a qualidade de vida de um modo geral", afirma Cristi-na. Um curso com aulas sobre técnicas de respiração é ministrado pela Arte de Viver e tem uma carga horária de 22 horas. Pronto para respirar melhor? Encha os

pulmões de ar, retenha um pouco, e solte lentamente. Repita esse exercício 10 vezes. Fazendo esse exercício duas vezes por dia, o seu corpo todo vai a-gradecer. Além disso, lembre de alon-gar os músculos peitorais, especial-mente assim que acorda, pela manhã. Sempre que puder, saia para caminhar ao ar livre, de preferência em um local com muito verde e, se trabalha senta-do, trate de pausar, pelo menos a cada duas horas, para alongar a coluna e os ombros, facilitando a respiração pro-funda. E, lembre de prestar atenção na própria respiração. Não é a toa que o alimento oxigênio é vital para o ser humano. Por Sabrina Passos (MBPress)

O Programa Cidade

Educadora foi criado com o

objetivo de despertar nas pessoas a e nas

autoridades a consciência de uma cidadania

Ampla e ativa. Conheça mais:

www.formiguinhasdovale.org cidadeseducadoras.pdf

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E O SEU CORAÇÃO

Exposição a poluentes aumenta o risco de doenças cardiovasculares Estudos populacionais demonstram que a poluição é um importante fator de risco para doenças cardiovascula-res. A exposição, seja por períodos curtos ou prolongados, a poluentes atmosféricos, produz um aumento sig-nificativo de doenças do coração e mortes decorrentes. Os efeitos da poluição no organismo incluem aumento da coagulação do sangue e tromboses, propensão a arrit-mias cardíacas, vasoconstricção aguda das artérias, reações inflamatórias e desenvolvimento de aterosclerose crô-nica. A poluição do ar é uma mistura hetero-gênea de gases, líquidos e partículas

sólidas. Os níveis dessas substâncias nas grandes cidades brasileiras estão cada vez mais elevados e seus malefí-cios estão sendo observados na popu-lação. Um estudo feito pelo cardiologista A-brão José Cury Jr, do HCor (Hospital do Coração), em São comprovou que a poluição do ar na cidade de São Paulo afeta de forma significativa a pressão arterial, especialmente em pessoas que já sofrem de hipertensão e em idosos. A hipertensão arterial afeta de 30% a 35% da população brasileira e um dos principais fatores de risco para doen-ças cardiovasculares, infarto do mio-cárdio e acidente vascular cerebral (derrame). Segundo Cury, um dos grandes causa-dores do problema em cidades como a capital paulista é o excesso de veícu-los, que produzem as maiores concen-trações de poluentes atmosféricos no-

civos à saúde. Em seu trabalho, “Efeitos da Poluição Atmosférica na Freqüência de Atendimentos por Hiper-tensão Arterial em Unidade de Emer-gência na Cidade de São Paulo”, ele associa a liberação de óxido de nitro-gênio, monóxido de carbono e dióxido de enxofre provocada pelos automó-veis com o aumento das ocorrências de hipertensão. O monóxido de carbono, um dos prin-cipais poluentes emitidos pelos veícu-los, reduz a quantidade de oxigênio que o sangue pode transportar, afetan-do não apenas o coração, mas também todos os demais órgãos do corpo. “A redução da poluição atmosférica proveniente da queima de combustí-veis veiculares pode ser uma tarefa do governo de cada Estado, mas também precisa da colaboração da sociedade, portanto, vamos todos procurar despo-luir o ar já que esta atitude beneficia a

saúde de toda a população”, diz Cury Jr. MEDIDAS PREVENTIVAS O cardiologista do Hosp. Coração lem-bra que os meses de outono e inverno pioram o problema. O ar mais seco e o fenômeno chamado “inversão térmica” aumentam a concentração de poluen-tes atmosféricos e os problemas a eles relacionados. Os conselhos de Cury Jr. Para minimizar os efeitos da poluição na saúde: . Evite os locais e horários com maior concentração de elementos poluentes, como os picos de congestionamento. . Evite caminhar, correr ou andar de bicicleta próximo a vias com trânsito intenso. . Sempre que possível, procure se des-locar para locais fora das grandes cida-des, onde há menos exposição aos a-gentes poluentes.

ERVAS MEDICINAIS Os métodos de cura da tradicional medi-cina chinesa têm sido alvo de grande in-teresse de universidades e empresas de biotecnologia de países como os Esta-dos Unidos. No centro das atenções es-tão as preparações à base de ervas, o principal componente de um sistema que inclui massagens, acupuntura e medita-ção entre seus recursos. Inicialmente, os pesquisadores querem identificar as substâncias medicinais presentes nes-sas plantas. O passo seguinte será copiar as molécu-las em laboratório, sintetizandoas, para criar medicamentos. Na semana passada, uma pesquisa da Universidade do Texas, nos EUA, revelou os mecanismos de a-ção de antigas fórmulas chinesas - mui-tas contendo até 25 ervas - ministradas a pessoas com doenças cardíacas. Após testá-las em animais, os especialistas descobriram a presença de compostos com capacidade de liberar óxido nítrico no organismo. A substância é importante para o relaxa-mento do tecido fino que reveste os va-sos sanguíneos, aumentando seu calibre e facilitando o fluxo sanguíneo. O com-posto também combate a formação de coágulos e placas que podem entupir as artérias. "Estudos devem ser feitos em humanos, particularmente naqueles com indicações cardíacas", disse Yong-Jian Geng, coautor do trabalho. O combate ao alcoolismo e aos sintomas da endometri-ose, doença ginecológica que causa for-tes dores pélvicas e que pode levar à in-fertilidade, está entre as qualidades do herbário oriental recentemente compro-vadas. Contra a compulsão pela bebida, a estre-

la é a erva kudzu, trepadeira que dá uma bela flor arroxeada, conhecida como pue-rária. O extrato da planta induz a uma aversão ao álcool, sentido enquanto a pessoa bebe e também depois. Isso aju-da a prevenir as recaídas que acometem cerca de 80% dos pacientes no período de um ano. A daidzina, substância da planta respon-sável por esse efeito, foi avaliada em ra-tos. Agora passará por exames de toxici-dade e será testada em humanos. "Se o composto for seguro, acredito que a mai-oria dos médicos não hesitará em pres-crevê- lo", disse Ivan Diamond, autor do estudo e vice-presidente da Gilead, uma das maiores empresas de biotecnologia do mundo. Uma revisão assinada pela organização internacional Cochrane, especializada na análise de pesquisas científicas, concluiu que as ervas chinesas causam menos efeitos colaterais no tratamento de endo-metriose. O trabalho analisou dois estudos envolvendo158 mulheres. As ervas alivia-ram os sintomas da mesma forma que o hormônio gestrinona, usado no tratamen-to. Mas não desencadearam desconfor-tos associados ao remédio, como foga-chos e aumento de peso. Também ficou demonstrada a ação das plantas até mais intensa do que outro hormônio utilizado, o danazol. "Os resul-tados sugerem que as plantas chinesas podem ser tão eficientes como alguns tratamentos convencionais para mulhe-res que sofrem de endometriose. Porém, mais estudos são necessários", afirma Andrew Flower, da Unidade de Pesquisa em Medicina Complementar da Universi-dade de Southampton, no Reino Unido.

GRIPE SUINA Autoridades de saúde na França es-tão pedindo que a população evite qualquer tipo de contato físico para reduzir as chances de contágio por gripe suína. Algumas escolas e empresas chega-ram a proibir o beijo no rosto, o cum-primento tradicional na França. Uma agência de monitoramento de gripe suína no país acaba de anunci-ar que o país pode ter até 20 mil no-vos casos de gripe suína a cada se-mana. O número é contestado pelo Ministé-rio da Saúde, mas a central de aten-dimento telefônico do governo ainda recomenda que se evite abraços e apertos de mão. Laptops Funcionários de escritórios concor-daram em tomar diversas medidas para diminuir as chances de conta-

minação pela doença, incluindo lim-par as mãos frequentemente com gel antibactericida e até usar máscaras. Muita gente recebeu laptops para trabalhar de casa, caso o número de pessoas com gripe suína se eleve repentinamente. O governo francês não parece dis-posto a arriscar e recomenda até mesmo uma distância de segurança de um metro de qualquer pessoa com suspeita de gripe, mas a idéia de suspender os beijos ainda não está sendo amplamente adotada no país. Aqui no Brasil, o país com o maior numero de mortes por esta epide-mia, nada se fala, nada se divulga, somente, que está sob controle... Que controle se continua morren-do gente... Filipe de Sousa

LIVRE

PARA

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LIGUE: 0xx12-9114-3431

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 06

Sobre o social

Tudo sobre os temas ecologia e meio ambiente - www.plantabrasil.brazi.us

LIVRE PARA ANUNCIAR

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"Existem três Tipos de pessoas no mundo: As que fazem as coisas acontecerem; as que assistem as coisas acontecerem e

as que não se dão conta das coisas que acontecem."

Moral moderna: qual é a sua?

Por: Adília Belotti Estava relendo alguns trechos do livro Pergunte a Platão, de Lou Marinoff, cujo subtítulo no melhor estilo auto-ajuda - Terapia para quem não precisa de terapia ou como a filosofia pode mudar sua vida - não deve fazer você torcer o nariz, achan-do que é uma bobagem, porque não é. Então, estava eu lá justamente relendo o capítulo no qual o autor, professor de filosofia em Nova York, fala de "ética". E explica que as questões éticas dificilmente - ou quase nunca - podem ser expressas de uma forma simples, em termos, por exemplo, de 2 + 2 = 4. Os dilemas huma-nos se parecem mais com equações da-quelas "cabeludas": x + y = 30. Lembra delas? Não existe um valor correto de x indepen-dente do valor de y, certo? Pois são assim as dúvidas éticas: sem contexto, é im-possível fazer julgamentos. E essa definição de contexto começa bem no nosso umbigo. Qual é o filtro que a gente usa quando o assunto é éti-ca? Lou Marinoff enumera dez maneiras que os grandes filósofos encontraram de refle-tir sobre essas questões. E eu resolvi "inventar" um teste com elas. Quer expe-rimentar? Digamos que você esteja tomando seu café da manhã com calma - sim, eu sei que você não toma um café da manhã calmo desde sabe Deus quando, mas use sua imaginação. Você lê que alguém do alto escalão do governo está envolvido num caso de corrupção. Viu que fácil? O Deputado Fulano usou dinheiro público para subornar o deputado Beltrano de modo a facilitar a votação da seguinte lei de autoria do ilustre deputado Fulano de Tal: para cada prédio construído na cida-de, o construtor deveria comprar um ter-reno do mesmo tamanho e bem ao lado para construir e manter uma praça. Va-mos fingir que ainda não sabemos que o Deputado Fulano é sócio de uma empresa que produz equipamentos para praças, só para facilitar... Nesse momento você: 1. Engasga com o café e, indignada, deci-de mandar já um e-mail para o jornal pe-dindo a cassação tanto de um quanto do outro, afinal, oferecer suborno é tão ina-ceitável quanto se submeter a esse tipo de acordo; 2. Pede para seu marido passar a mantei-ga enquanto comenta que "afinal ao me-nos as crianças vão ter praças para brin-car"; 3. Reflete que "é uma pena que às vezes sejam necessários recursos tão pouco corretos para se conseguir algumas coisas tão fundamentais" e engata uma discus-

são acalorada com sua filha sobre a im-portância da educação para criar cidadãos virtuosos; 4. Dá de ombros e comenta entre um pedaço de pão com geléia e um gole de café algo meio incompreensível, mas que soa como "deixa estar que Deus não vai deixar esse bando de corruptos impunes"; 5. "Se ele fosse mesmo minimamente decente, tinha tido a coragem de vir a público pedir votos para seu projeto em vez de ficar fazendo tudo por baixo do pano", você proclama, já de pé, prontinha para fazer um discurso; 6. "Aposto que esse Fulano é sócio de alguma empresa de instalação de trepa-trepas", você resmunga, condescendente, mal sabendo o quanto está certa... mas não seria melhor se, em vez de praças, eles construíssem, sei lá, ciclovias? 7. Que delícia de geléia essa diet, hein? Ah, sim, é absurdo, mas não há nada a fazer, tem gente que nasce mesmo para ganhar em cima do direito dos outros e o que é pior, não adianta nem colocar na cadeia porque não vai se emendar... 8. Entre um bocejo e outro, você viaja: "Bom, ao menos ele pensou nas crianças, nos velhinhos, tanta gente pode usar uma praça... e ainda não seria uma coisa óti-ma para a cidade esse tanto de verde? Imagina, nem teríamos que nos preocu-par com as enchentes no verão, o Fulano no fundo no fundo rouba, mas faz"; 9. "Mesmo as ações mais nobres podem causar grandes males" você reflete com um suspiro, pensando se um dia vai con-seguir viajar para a Índia... 10. Depois de ouvir pacientemente seu filho fazer o discurso de "os fins justificam os meios, né mãe?", você encerra a dis-cussão com um "é contra a lei, certo? Então está errado, não tem o que pen-sar"... Bom, agora vamos aos resultados... 1. Pessoas tipo 1 seguem, ainda que sem se dar conta, a linha deontológica da éti-ca. Na prática, quer dizer que você sub-mete toda a realidade ao crivo de um conjunto de regras imutáveis. Isso vale tanto para os Dez Mandamentos quanto para o famosos "imperativo categórico" do filósofo Immanuel Kant, que dizia mais ou menos assim: "faça apenas aquilo que você desejaria que todo mundo fizesse o tempo todo". Para você, as regras do jo-go estão sempre ali, à mão, é prático, não é? Mas a vida é tão cheia de exce-ções... 2. Pessoas tipo 2 adotam uma ética teleo-lógica para viver. "Telos" é palavra grega que significa "fim", "propósito". Já adivi-nhou? Sim, é isso mesmo: "os fins justifi-cam os meios" e ponto final. Uma ação para você é legítima se beneficiar um nú-mero grande de pessoas, e quanto mais gente, melhor. Você deve ser uma pessoa bem prática, que valoriza os resultados e a eficiência das coisas. O problema? Bom,

quem disse que a gente sempre sabe o que é bom para os outros? 3. Pessoas tipo 3 seguem o que Lou Mari-noff chama de "ética da virtude". Segun-do o professor, Aristóteles, Buda, Confú-cio formam o "abc" desse tipo de pensa-mento, que é muito, muito antigo. Nin-guém nasce "bom" ou "mau". O mal é feito um vírus que a gente pega no ar. E o bem é algo que a gente aprende, coisa que nasce da prática e do exercício diário de preferir a "virtude" ao vício. Questão de educação. Para você, gente bem-educada deveria naturalmente "preferir" viver deste modo e quanto mais pessoas compartilhassem destas boas práticas, mais fácil seria pautar os valores segundo esses ideais e mais perto estaríamos de um mundo justo e harmonioso. Lindo, não é? Mas será que a gente consegue mesmo ser "virtuoso" o tempo todo? 4. Pessoas tipo 4 são pautadas por Deus. Se você for boa e fizer tudo certo, então numa outra vida será recompensada. E também será castigada, se optar pelo mal. De um jeito ou de outro, a justiça divina intervém na vida dos humanos pa-ra preservar o equilíbrio e a harmonia, ainda que numa "outra vida". Você segue tranqüila pela vida com a certeza de que Deus sempre cuida de nós, ainda que a gente às vezes desconfie das Suas ra-zões. Não importa, aqui o que vale é a esperança... mas tome cuidado, há milê-nios os seres humanos matam e morrem só para provar que o "seu" deus é muito mais poderoso e forte e protetor do que o deus do vizinho... 5. Pessoas tipo 5 são existencialistas, en-sina o professor Marinoff. Toda essa his-tória de Bem e de Mal é bobagem, diria um existencialista de primeira hora, da-queles que freqüentavam o apartamento de Sartre, um dos pais do Existencialismo. Nós somos aquilo que fazemos. Para pio-rar, Deus não existe, e, portanto, somos todos órfãos, entregues à nossa própria sorte ou sina. Nem por isso a gente vai desanimar, ao contrário, nossa missão é viver orgulhosamente nosso destino de órfãos de Deus e assumir de cabeça er-guida a responsabilidade por todas as nossas ações. A palavra-chave aqui é au-tenticidade. O desafio? Tentar não trans-ferir a autoridade de Deus para nós mes-mos ou para o líder mais forte da mati-lha... 6. Pessoas tipo 6 seguem uma ética obje-tivista. Segundo nosso professor, a men-tora desse pensamento muito difundido entre nós, do Ocidente, é Ayn Rand. Se-gundo essa filósofa moderna, o bem indi-vidual é mais importante do que o bem coletivo. Sempre que isso se inverte, os seres humanos viram animais de sacrifício nas mãos do grupo. Mesmo quando a gente ajuda alguém estamos fazendo isso por nós. Porque fazer o bem é bom para nós. E para evitar que a gente volte a viver pendurado nas árvores de alguma floresta da África, ela sugere um modelo de sociedade onde seja incentivada a competição saudável entre todos. Porque se cada um de nós buscar a excelência,

então todos juntos naturalmente melho-ram... ou nem sempre? Ah, outra coisa, você já pensou quem vai ser o líder dessa turma? 7. Pessoas tipo 7 seguem uma ética apoi-ada na biologia. A sociobiologia foi funda-da na década de 1970, por E.O.Wilson e Richard Dawkins. Para tudo há uma expli-cação e essa explicação está registrada em alguma seção do nosso DNA. Entre os humanos e as abelhas... bom, ponto para as abelhas! Nossas escolhas morais são feitas em função dos ritmos do nosso cor-po, das oscilações do nosso metabolismo, da nossa eficiência adaptativa. Levando ao extremo, não somos responsáveis por nada, nem podemos nunca mudar nada em nós: nosso destino está impresso nas células da nossa pele. Brrrrr.... que medo, hein? 8. Pessoas tipo 8 pautam sua vida em uma idéia expressa por Emmanuel Levi-nas, um filósofo francês também da nossa época (ele morreu em 1995) de que tudo que a gente consegue pensar em termos de ética e moral nasce do nosso relacio-namento com os outros. Pensar nos ou-tros, essa é a chave da moralidade. So-mos responsáveis pelo vizinho tanto quanto somos responsáveis por nós mes-mos. A ação correta nasce desse olhar para o outro como alguém que merece sempre e em qualquer circunstância o nosso respeito. Para ele, minha felicidade só é possível se eu equacioná-la em rela-ção à felicidade de todos. Difícil é conven-cer todo o resto do mundo de que é pos-sível viver a partir dessa idéia... 9. Pessoas tipo 9, mesmo quando não são budistas, seguem a ética proposta por Sidarta Gautama, o Buddha, por volta do século 6. Tudo que causa sofrimento é mau. Tudo que alivia o sofrimento é bom. Todos os homens, ricos ou pobres, bran-cos, pretos, amarelos ou verdes sofrem. E ninguém gosta de sofrer. "Coluna ereta, mente e coração tranqüilos", ensinam os mestres. E cada um que alcança esse es-tado permanente, à prova de sofrimentos, feito de serenidade e de compaixão, volta para ajudar os outros. Como grandíssima parte da população do planeta está longe desse ideal, a pergunta é: será que dá para viver assim em algum lugar a mais de um passo de distância dos templos frescos e silenciosos? 10. Pessoas tipo 10 são talvez as mais simples. Sua ética baseia-se no lema: "É legal? Então está certo!". Eu conheci mui-tos assim. Vivem os padrões morais da sua época como se fossem verdades ab-solutas, eternas e imutáveis. Ou melhor, transformam as leis em padrões morais absolutos e imutáveis. Essas são aquelas criaturas que costumam dizer "eu só obe-decia ordens"... Adília Belotti é jornalista e mãe de qua-tro filhos. É editora responsável pelo De-las, o site feminino do portal IG, onde tem uma coluna chamada Fifties. Além disso, cuida do IgEducação, de um site de cultura multimídia, o Arte Digital e tam-bém é colunista do Somos Todos UM.

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 07

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Emprego

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tarefa por um Mundo melhor.

Sobre o Currículo e formas de avaliação

do candidato.

Texto deve conter as últimas três

empresas trabalhadas.

Quando a experiência profissional é exten-sa – às vezes somando décadas de traba-lho em diversas empresas – o candidato pode ficar tentado a descrever em seu cur-rículo suas atividades em cada companhia. No entanto, o detalhamento das ações, re-quisito para deixar um currículo atraente e diferenciado, pode, neste caso, atrapalhar. “A pessoa deve levantar as habilidades e competências técnicas focadas no objetivo de hoje. Se ela trabalhou anos atrás em uma área que não é o foco dela atualmente, não cabe esmiuçar essa experiência”, pon-dera Carmem Benet, consultora de recur-sos humanos da Manpower, de São Paulo. Duas páginas - A medida certa é o candida-to colocar, em apenas duas páginas, as três últimas empresas em que atuou e suas principais atribuições, sugere a consultora Neussymar Magalhães, diretora de planeja-mento e atendimento da Recursos Huma-nos em Marketing e Comunicação (RHMC). “As demais empresas em que trabalhou, o profissional pode apenas citar o nome, o período e o cargo que ocupou.” Enxuto – Mas, para Carmem Benet, citar o nome de uma firma em que se trabalhou há bastante tempo, somente por se tratar de uma companhia de renome, não é o mais recomendado. Carmen lembra que o candidato é avaliado por um conjunto de fatores. Segundo ela, descrever as atribuições e mostrar os re-sultados alcançados é mais importante do que o porte da empresa em que atuou. Cursos e idiomas - Outro ponto que o pro-fissional experiente deve ter cuidado é com a seção de cursos do currículo. “Ele deve colocar apenas os mais recentes, realiza-dos há, no máximo, três anos, e que te-nham ligação com a área em que ele pre-tende atuar”, aponta Carmem. Para enxugar ainda mais o documento, o domínio dos idiomas também pode ser re-sumido. Para a consultora, basta colocar o nível de fluência em cada uma das línguas, sem citar certificados. “Assim, ele tem mais espaço para escrever sobre as com-petências, que é o mais importante”, suge-re. Maria Carolina Nomura

Profissões do futuro - algumas dicas Imaginar como será o Brasil nos pró-ximos anos é um desafio para estu-diosos e pesquisadores. Para traçar um panorama dos principais seg-mentos com potencial de crescimen-to, das carreiras mais promissoras e descobrir onde estarão as oportuni-dades de emprego.

Segundo pesquisadores, educado-res, e sociólogos, algumas das mais promissoras estão nas áreas de: Tecnologia, Agronegócio e Meio Am-biente, Qualidade de Vida, Educação e Entretenimento, Internet e web De-signer, Administração Pública e Polí-tica, etc.

Uma série de mudanças relativas ao trabalho está em curso. É unânime entre os estudiosos que será valorizado o profissional que dominar mais de uma seara. Será a combinação de duas formações (ou mais) que lhe dará instrumentos pa-ra vencer os desafios. Além disso, por causa da tecnologia - o grande motor transformador que permeia todas as áreas citadas -, os limites entre casa e trabalho serão tênues e horário fixo poderá virar ficção. O que importará serão os resulta-dos. É um mundo novo e cheio de possibilidades, inspirador e competi-tivo. A incerteza na hora de escolher um curso para prestar vestibular é grande e, na dúvida, o melhor é optar pelos cursos tradicionais, como medicina ou direito, certo? Errado. Fazer uma esco-lha antes de estar preparado para ela é, no mínimo, uma perda de tempo e dinheiro. Estudar em uma faculdade que não tem nada a ver com você traz decepção e m ais incer tezas . O mercado está expandindo as suas áreas e o ideal é ficar de olho e ver se dá pra unir prazer e dinheiro, trocando em miúdos: se o seu curso tem a sua cara e se ele está cotado como um cur-so rentável do futuro. Novos cursos surgem todos os dias com o propósito de atender demandas do mercado de trabalho por profissionais especializa-dos ou pelo desmembramento de habi-litações tradicionais. Algumas novas graduações podem representar boas oportunidades de trabalho. Um dos mais cotados, no momento é o Curso de Agroeecologia.

AGROECOLOGIA

Orientar as atividades rurais para que não prejudiquem o equilíbrio do meio ambiente nunca foi tarefa fácil. E diante da crescente preocupação com os impactos provocados pelo homem no espaço natural, encontrar saídas para reduzir ao máximo os efeitos negativos da agricultura é mais que necessi-dade. É urgência. Uma nova área de ensino, ainda tímida, pode ser uma saída para suavizar os cho-

ques causados pela relação desarmônica entre agricultor e ecossistemas: a Agroeco-logia. A proposta curricular do curso cami-nha lado a lado com os parâmetros de de-senvolvimento sustentável, formando um profissional capaz de encontrar melhores e viáveis soluções para aperfeiçoar o relacio-namento do agricultor com a terra. E não é só isso. O profissional também es-tará capacitado para trabalhar em empresas e entidades ligadas ao planejamento de ati-vidades ligadas à produção agrícola. Como o Brasil é um território de extensões conti-nentais, o ensino da Agroecologia pode se tornar direcionado a cada realidade regio-nal. A Universidade Estadual do Amazonas, por exemplo, busca a formação de profis-sionais voltados para a inovação tecnológi-ca, com o objetivo de desenvolver de forma sustentável as comunidades rurais da regi-ão. No Brasil, a Agroecologia é oferecida nas formas de bacharelado e Curso Tecnológi-co. No geral o egresso da universidade poderá: - analisar características econômicas, soci-ais e ambientais dos diversos segmentos do agronegócio; - planejar, organizar e monitorar a explora-ção dos solos utilizados; - implantar e gerenciar sistemas de controle de qualidade da profissão. Tanto o bacharel quanto o tecnólogo terá noções básicas de Química, Biologia e Físi-ca, além de disciplinas mais específicas como Extensão Rural e Sistemas de Produ-ção Sustentáveis.

CIÊNCIAS ATUARIAIS

De acordo com o artigo 1º do Decreto 66.048, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão de atuário, este profissional é o “técnico especializado em matemática superior que atua, de modo geral, no mercado econômico-financeiro, promovendo pesquisas e estabelecendo planos e políticas de investimentos e amor-tizações e, em seguro privado e social, cal-culando probabilidades de eventos, avalian-do riscos e fixando prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemáticas”. Desde 2005, o número de cursos no Brasil passou de 5 para 13, o que já dá pra notar que o mercado está necessitando cada vez mais desta carreira. No setor privado as melhores opções estão entre as companhias de seguros, entidades abertas de previdên-cia complementar, operadoras de planos de saúde e empresas de capitalização. Algu-mas companhias nacionais e multinacionais contratam o atuário como consultor em gestões de risco financeiro. As melhores oportunidades estão em São Paulo e Rio de Janeiro, mas com o alto crescimento de seguradoras em Belo Horizonte, Porto Ale-gre, Brasília, Curitiba e Fortaleza, o merca-do está apto a receber um grande contingen-te de egressos deste curso. Quando formado o atuário poderá: - Fiscalizar a situação financeira de segura-doras e empresas de previdência; - Calcular o valor de parcelas e prêmios de seguros, planos de saúde e previdência complementar; - Definir cláusulas de apólices; - Controlar e programar reservas financeiras de empresas de seguro e, - Atuar em entidades financeiras, entidades de previdência privada, companhias de ca-pitalização, sistemas oficiais de previdência e seguro e outras empresas do mercado financeiro.

O curso é perfeito para quem gosta de nú-meros e contas, muitas contas. As princi-pais disciplinas do curso, que tem duração média de 4 anos, são cálculo probabilístico, matemática financeira, teoria do seguro privado, teoria do seguro social, estatística, contabilidade, administração, economia, processamento de dados e cálculo numéri-co.

GERONTOLOGIA

Antes de conhecer as atividades deste pro-fissional do futuro é preciso entender a dife-rença entre Gerontologia e Geriatria. Ge-rontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento do ser humano e as for-mas de promover uma melhor qualidade de vida. Geriatria é a área médica que estuda e trata das doenças típicas das pessoas idosas. As pessoas com mais de 60 anos de idade atualmente constituem 10% da população brasileira, com tendência a aumentar grada-tivamente, pois a expectativa de vida desta parte da sociedade vem melhorando todos os anos. O objetivo desse curso é formar profissionais que possam ajudar a melhorar a qualidade de vida dos idosos nos aspectos emocional, físico e social. Os gerontólogos podem criar e implementar projetos que promovam o bem-estar da po-pulação idosa, trabalhando em órgãos pú-blicos na área de assistência social. Este profissional está apto a assistir pessoas de 3ª idade, atuando contra o preconceito e estimulando-as a desenvolver atividades que lhes causem prazer e inserção social. Grupos específicos como moradores de rua, idosos abandonados pelas famílias, imi-grantes e portadores de necessidades espe-ciais podem ser o foco do trabalho do ge-rontólogo. Hospitais, clínicas especializa-das, ambulatórios, centros de saúde e convi-vência, organizações não-governamentais e casas de família são alguns dos locais onde sua assistência é mais requisitada. Esse profissional também pode lecionar em cursos específicos de tratamento e cuidado de idosos. As regiões Sul e Sudeste são as que concentram a maior população de pes-soas com mais de 60 anos de idade. O curso de Gerontologia ainda é muito no-vo e forma sua primeira turma ainda no final de 2008 pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente a expectativa de vida do brasileiro é de 72 anos, segundo o IBGE. Este é um fato que vai abrir ainda mais as portas para este mercado de traba-lho. A previsão de salário inicial é de R$ 1.500. Na faculdade, os estudantes verão matérias como psicologia, epidemiologia, bioestatís-tica, biologia do envelhecimento, alimenta-ção e nutrição, ciclo da vida, sociedade, meio ambiente e cidadania, aspectos sócio-culturais do envelhecimento, processos patológicos no envelhecimento, odontoge-rontologia e lazer ao envelhecer. Da Redação

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 8

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Educação

As bolsas de estudo cobrem 100% da mensalidade

O benefício é oferecido pelo governo do Estado de São Paulo por meio do Programa Escola da Família. A finalida-de é conceder bolsas de estudo em faculdades particulares a alunos de baixa renda em troca do desenvolvi-mento de atividades aos sábados e do-mingos por estes estudantes. O objetivo do programa é abrir as esco-las, nos finais de semana, transforman-do-as em centros de convivência com atividades nas áreas esportiva, cultural, saúde e de qualificação para o traba-lho. A idéia é desenvolvida em parceria com 234 Instituições de Ensino Superi-or Particulares. Esse convênio garante aos universitá-rios 100% de gratuidade no custeio de seus cursos, sendo 50% da mensalida-de paga pelo Estado (limitada a um teto de R$ 267 por mês, renovável semes-tralmente) e o restante financiado pela própria faculdade. Os estudantes con-templados pela bolsa regressam à ori-gem – a escola pública – e contribuem para o crescimento da comunidade lo-cal. Regras Somente alunos que tenham cursado os três anos do Ensino Médio em esco-las da Rede Estadual e Municipal do Estado de São Paulo, mais alguns ca-sos especiais dão direito à bolsa, são eles: estudantes que tenham feito Ce-fam (Centros Específicos de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério), E.T.E. (Escola Técnica Estadual), for-mandos do Programa Escola da Juven-tude e Supletivo Presencial Obrigatório (desde que seja em escola estadual ou municipal). O candidato deve estar regularmente matriculado em um curso de graduação de Instituição Privada de Ensino Supe-rior conveniada com o Programa, além de não estar recebendo outro benefício para custeio da mensalidade do curso superior e, principalmente, ter interes-se e disponibilidade para participar das

atividades do Programa Escola da Fa-mília. Alunos que tenham estudado em esco-las federais ou particulares, mesmo com benefício de bolsas e que tenham feito exame do CESU (eliminação de matérias) não podem concorrer à bolsa oferecida pelo Programa Bolsa Univer-sidade. Inscrições Os pedidos podem ser feitos pela inter-net dentro do período de solicitação de bolsas, que é anunciado uma vez a ca-da mês por meio de notícias publicadas no site da Escola da Família. O candi-dato deve fazer seu cadastro informan-do o seu número de CPF, preenchendo os campos e gravando as informações ao término de cada página. Ao fim do procedimento será emitido um protocolo de inscrição, que deverá ser impresso e entregue juntamente à documentação descrita no protocolo na Diretoria de Ensino escolhida. Beneficiados Em torno de 13 mil universitários pau-listas dedicam seus finais de semana ao Programa Escola da Família e, em contrapartida, têm seus estudos custe-ados pelo programa de concessão de bolsas de estudo

INTERCAMBIO CULTURAL

O passaporte é o seu documento de identidade fora do Brasil. Os progra-mas de intercâmbio são feitos por em-presas particulares, clubes, universida-des brasileiras conveniadas com es-trangeiras ou até mesmo por você, mas o despreparo pode ocasionar erros. As principais empresas particulares são o Student Travel Bureau e o World Study, que além dos pacotes fechados também oferecem passagens aéreas com preços reduzidos para estudantes,

carteira de estudante mundial, Young Card (carteiras que oferecem descon-tos para menores de 26 anos em qual-quer lugar da Europa), carteira de al-berguista, dentre outros. Os clubes como Rotary e Lions propor-cionam viagens e cursos no exterior para associados a um preço reduzido, já que os estudantes ficam em casas de família também associadas que não cobram pela hospedagem. Para conseguir uma vaga por meio de uma universidade brasileira é preciso, primeiramente, estar regularmente ma-triculado nela. Muitas universidades possuem convênios com faculdades estrangeiras e eles facilitam o acesso de um aluno à graduação, pós, mestra-do ou doutorado. Na maioria das vezes as taxas acadêmicas são eliminadas e algumas instituições financiam o curso cobrindo despesas com estadia, ali-mentação e transporte. Para isso é pre-ciso conferir a disponibilidade de bol-sas de estudo para o tipo de ensino pretendido. Quando subsidiado por uma universi-dade brasileira, o cuidado com o aluno é maior, pois ele representa a institui-ção de origem e sua reputação está em jogo.

TIPOS DE INTERCAMBIO Passada a maratona enlouquecedora de provas do vestibular, é hora de esfri-ar a cabeça enquanto o resultado não sai, mas ficar em casa esperando a lis-ta pode fazer qualquer estudante pirar de vez. Uma ótima pedida para este período de tensão são os cursos de férias em regime de intercâmbio, uma oportunidade incrível de aperfeiçoar ou mesmo adquirir fluência em uma língua estrangeira. Nestas viagens, as turmas são dividi-das por idade e nível de conhecimento do idioma escolhido. Os professores e monitores são habilitados para escoltar os estudantes durante o programa de férias, oferecendo apoio na adaptação à nova cultura, bem como acompanha-mento nos passeios turísticos inclusos e aprendizado da língua. As acomoda-ções variam em cada programa, poden-do ser em regime de internato, quarto na própria escola ou em casa de famí-lia. Para escolher o país de destino é preci-so ponderar desejos e o que, de fato, você terá como benefício ao voltar para o país. Além dos passeios, importantes para sua bagagem cultural, o contato com a língua deve ser o foco nos cursos rápi-dos. Ser formado em um idioma por uma escola de línguas aqui no Brasil não te dá a oportunidade real de con-

versação, o que só será possível viven-ciando esta experiência internacional ao máximo. Destino Escolha um país que fale a língua que você já tem conhecimento e, para isso, procure uma agência que trabalhe com cursos do nível básico ao avançado. Estas empresas possuem parcerias com escolas estrangeiras em diversos países e oferecem condições diferenci-adas de pagamento. O embarque deve obedecer às datas do programa. Geral-mente, para mergulhar na cultura do país, existem opções de cursos de du-as semanas ou mais, mas também po-dem ser encontrados programas com uma semana de duração. Caso você não fale nenhuma língua, não tem problema: as escolas realizam uma triagem para identificar o grau de conhecimento do aluno. O método de avaliação se dá através da aplicação de prova oral e escrita para testar o nível do estudante e, depois do resultado, o aspirante é encaminhado a uma turma com noções do idioma escolhido seme-lhantes à sua. Opções Entre os cursos de idiomas existem segmentações que podem te ajudar na hora da escolha. O curso regular é indi-cado para quem quer desenvolver um idioma. Para os futuros advogados, médicos e demais profissionais que utilizam nomenclaturas próprias em suas carreiras, o curso de terminologia é ideal para aperfeiçoar expressões da profissão e podem incluir visitas aos locais de trabalho da área em questão. Se a idéia é aproveitar a viagem para fazer cursos de interesse, como foto-grafia, dança ou esportes é possível encontrar programas que combinam estas atividades com estágios não re-munerados. Mas se o passeio não é o principal objetivo do programa, existem cursos que oferecem aulas particulares para quem quer aprender o idioma de forma rápida. Você quer ir mais longe e ingressar numa faculdade no exterior? Estes cur-sos “pré-vestibulares” realizam prepa-ratórios para você enfrentar o desafio. Fazer programas especiais também é uma opção, existem cursos para quem já tem um nível mais avançado como técnicos, extensão universitária, gradu-ação e pós-graduação. Agora que você já conhece os principais tipos de pro-gramas de férias escolha o curso que mais se encaixa no seu perfil e boa via-gem! Fonte: Brasil Escola

CARATER Do grego “charactér” de “charássein” que significa GRAVAR. Etimologicamente, caráter quer dizer “coisa gravada”. O Termo pode ter dois sentidos di-versos: 1º.) como conjunto de disposições psicológicas e comportamentos habituais de uma pessoa, isto é, a personalidade concreta. 2º.) relacionado à vontade e nesse caso conecta as idéias de energia, honestidade e coerência; é nessa acepção que falamos,em “homem de caráter”. Há inúmeras classificações de caráter, obedecendo aos mais diversos critérios. Citaremos a de Heymans e Wiersma, baseada nas três propriedades fundamentais do caráter: emotivi-dade, atividade repercussão das representações. Quanto á emotividade os indivíduos podem ser emotivos e não-emotivos; Quanto à atividade, distribuem-se em ativos e não-ativos; Quanto à repercussão das representações, distinguem-se os primários (influenciados pelo presente e a ele reagindo) e os secundários (com capacidade de reagir em vista do futuro e não somente em função da situação atual). O homem de vontade é, precisamente, aquele que sabe criar para si um caráter e que, por esse caráter, orienta sua própria conduta.

EDUCAÇÃO Do latim “educere”, que significa extrair, tirar, desenvolver. Consiste, essen-cialmente, na formação do homem de caráter. A Educação é um processo vital, para o qual concorrem forças naturais e espirituais, conjugadas pela ação consci-ente do educador e pela vontade livre do educando. Não pode, pois, ser confundida com o simples desenvolvimento ou crescimento dos indivíduos, nem com a sua mera adaptação ao meio. É atividade criadora, que visa a levar o ser humano a realizar as suas potenciali-dades físicas, intelectuais, criativas, morais e espirituais. Não se reduz, à prepara-ção para fins exclusivamente utilitários, como uma profissão, nem para desenvol-vimento de características parciais de personalidade, como um dom artístico, mas abrange o homem integral, em todos os aspectos de seu corpo e de sua alma, ou seja, em toda a extensão de sua vida sensível, espiritual, intelectual, moral, indivi-dual, doméstica e social, para elevá-la, regulá-la e aperfeiçoá-la. É um processo continuo, que começa nas origens do ser humano e se estende até sua morte.

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 9

Nosso relacionamento...

Gazeta Valeparaibana

Para a grande maioria da população bra-sileira, o sonho do carro zero ainda está longe de ser realizado e, assim, o carro usado continua sendo uma das alternati-vas, ou como um veiculo de passeio ou até como veículo de trabalho. Assim, o merca-do oferece alternativas para todos os gos-tos e bolsos. Se bem escolhido e os cuidados aqui men-cionados forem levados em consideração, o carro usado, o que não quer dizer estra-gado, pode ser uma boa alternativa. No entanto, caso não sejam levados em consi-deração, os itens que abaixo descrevemos, o que era para ser um sonho pode se tor-nar em um pesadelo. Fique atento ás dicas do PROCON.

APRENDA A ESCOLHER

UM CARRO USADO MECÂNICA COM O CAPÔ ABERTO Observe se o numero do chassi gra-vado na lataria, perto do motor, no vidro ou em outros locais (o despa-chante pode lhe indicar), não se en-contra com vestígios de alteração, rasurado ou então no caso dos núme-ros gravados na lataria, enferrujado e compare com os numero que consta no certificado do veículo. Observe também se o motor não a-presenta vestígios de vazamento de óleo (desconfie de motores que aca-baram de ser lavados). Peça para alguém ligar o motor para você e observe se pega de imediato, se não soltou cheiro de combustível e se o motor gira redondo, ou seja, se apresenta um som uniforme sem bati-das estranhas, o que pode represen-tar desgaste. Tire o cabo de uma das velas, se o motor continuar funcio-nando, já é meio caminho andado. Verifique o nível do óleo do motor: 1 - veja se está no nível 2 - Passe a vare-ta no dedo e veja se o óleo se apre-senta claro, transparente e viscoso mas não muito, o que pode represen-tar em caso de se verificar alta visco-sidade, que foi adicionado algum adi-tivo para encobrir algum desgaste do motor. Um indicativo de zelo e de manuten-ção do veiculo por parte do proprietá-rio, pode ser visto, analisando alguns

detalhes: Veja se os filtros de ar e de gasolina estão em bom estado de manutenção; se os cabos de velas e ignição não apresentam fendas ou rasgões, se os cabos da bateria não apresentam zi-nabre; a correia de transmissão não deve apresentar rachaduras ou defor-mações e, a ventoinha de refrigeração do motor, deve girar uniforme, sem qualquer vibração. COMO VEICULO EM MOVIMENTO Cheque a compressão do motor: re-duza a velocidade bruscamente ou descendo uma ladeira em segunda marcha, se houver uma redução e manutenção de velocidade, é porque a compressão está boa. Cheque o sistema de freios: frei nor-malmente o carro, se houver ruído metálico ou chiadeira, é sinal de pas-tilhas gastas. Checando a suspensão, freios e o alinhamento das rodas: Em um local plano e sem fluxo de carros, freie o veículo soltando as mãos da direção. Se o carro pender para um dos lados, é porque existem problemas de freio, na suspensão ou os pneus não estão corretamente calibrados. Verifique se as rodas estão balanceadas, alinha-das e a pressão dos pneus está devi-damente calibrada. Checando o câmbio e sistema de transmissão: Verifique se ao engatar as marchas elas entram de leve e sem esforço e se o sistema não apresenta ruídos. OBSERVAÇÃO 1: Sempre é importan-te, que ao fechar o negócio com o veículo o mesmo seja inspecionado por um mecânico de sua confiança e competente. PARTE EXTERNA, LATARIA, POR-TAS E PNEUS Sempre examine o carro em dia de sol e á luz do dia. Locais fechados ou escuros podem dificultar a observa-ção de detalhes importantes, como por exemplo, que o carro não foi re-cuperado (carro de seguro por perda total, recuperado, entre outros). Desconfie de ondulações e pequenos amassados na lataria e existindo dife-renças nas quinas ou alinhamento do capô é bem provável que o carro te-nha sofrido um acidente frontal.

Se encontrar bolhas na pintura, cui-dado ! ´e sinal de ferrugem. Confira se as portas e o capô, ao se-rem fechados, encaixam-se perfeita-mente e sem grande esforço; O desní-vel pode indicar que o carro foi bati-do. Teste os amortecedores, balançando o carro. Se ao proceder desta forma o veiculo balançar diversas vezes, o amortecedor está em más condições. Examine o estado dos pneus. Caso estejam lisos, sem aderência, certa-mente causarão prejuízos na hora de frear, ao desempenho do veículo e também à sua segurança. Deverão ser trocados, implicando assim em custos OBSERVAÇÃO 2: Sempre se reco-menda, que se faça acompanhar de um bom funileiro, para uma melhor visualização dos detalhes. PARTE INTERNA DO VEÍCULO Examine todos os comandos: faróis, limpadores de pára-brisas, desemba-çador, indicadores de direção (pisca-pisca), luzes de freio, velocímetro, sinalização de emergência (pisca - alerta), buzina, indicador de tempera-tura, indicador de nível de combustí-vel, Luz de abertura das portas, etc. Confira o estado dos espelhos retro-visores, pára choques, lanternas, frei-o de mão e de pé. Repare se não existem sinais de umi-dade em baixo dos tapetes, que pode indicar furos no assoalho, ou proble-mas com a vedação (borrachas dos vidros e portas). Se o carro não apresenta cheiro de mofo, o que pode indicar que tenha sido surpreendido por alguma en-chente e sido inundado. Com o carro parado e o motor ligado, acione o freio, mantendo o pé no pe-dal por algum tempo. Se a rotação do motor for baixando aos poucos, signi-fica que ou existe vazamento de fluí-do de óleo de freio ou problemas, no hidrovácuo (panela de pressão do sistema de freio). DOCUMENTAÇÃO Toda a documentação do veículo de-ve estar em ordem. Os documentos essenciais a serem exigidos pelo comprador, na hora de fechar o negó-cio são: comprovante de pagamento

do Imposto sobre Propriedade de Veí-culos Automotores (IPVA) e do segu-ro obrigatório (DPVAT); Certificado de Registro e Licenciamento de Veícu-los, que deve estar em nome do pro-prietário que lhe está vendendo o veí-culo; certificado de transferência, pre-enchido e com firma reconhecida em Cartório, além de um recibo de Com-pra e Venda onde deverá constar tudo o acordado verbalmente. IMPORTANTE: Para sua segurança, deverá o proprietário apresentar ne-gativa de multas ou de débitos refe-rentes ao veículo e uma declaração, onde assume inteira responsabilidade por débitos ou multas que venham a aparecer, relativas a data anterior ao fechamento do negócio. IMPORTANTE: Para sua segurança também, o veículo deverá passar por uma empresa de inspeção veicular, onde detalhes e itens que possam passar despercebidos, serão minu-ciosamente inspecionados, além da mesma fornecer um certificado de autenticidade. OPINIÃO Lógico que você não está comprando um carro zero quilômetros, no entan-to, o estado de conservação e manu-tenção do veículo deve sim ser leva-do em consideração, pois, os custos para deixar o carro em condições de segurança podem ser bem elevados e, aumentar significativamente o cus-to do veículo. Também, é necessário, no caso de uma revendedora, conhecer a reputa-ção da empresa que lhe oferece o veí-culo e se possível falar com alguns clientes dessa empresa. Quando for fazer negócio direto com o proprietário, certifique-se que não é um negociador autônomo que, na maioria das vezes, compra carros em péssimo estado de conservação, dá uma "garibada" e passa para a frente. Cuidado, por vezes o melhor preço, não é o melhor negócio. Agora, depois de fechar negócio com segurança, curta a sua caranga nova. Filipe de Sousa

ALUGUEL DO IMÓVEL.

Confira as dicas dos especialistas: 1) Há alguns períodos do ano em que a de-manda pelo aluguel de imóveis aumenta. Pro-cure evitar os períodos muito próximos às férias escolares, pois é quando muitas famílias procuram trocar de imóvel. O meio dos se-mestres é melhor para encontrar mais e me-lhores opções. 2) Não tenha pressa. Procure visitar o imóvel mais de uma vez e em diferentes períodos do dia (uma vez pelo menos à noite) para conhe-cer o cotidiano da vizinhança. 3) Converse com vizinhos da casa ou funcio-nários do condomínio onde fica o apartamen-to. Por meio deles você poderá saber se o imóvel que pretende alugar tem problemas com vazamentos (o mais grave, segundo os especialistas). Também aproveite para per-guntar se há feiras ou bares na rua ou nas proximidades, pois é algo que pode atrapalhar o trânsito e fazer barulho.

4) Em caso de condomínio, procure ler o regi-mento interno e a convenção para saber como funciona o uso das áreas comuns e os horá-rios limite para o uso das mesmas. Uma chur-rasqueira que só pode ser usada até as 20h, por exemplo, pode causar frustração mais à frente. 5) Certifique-se que o imóvel vai servir para suas necessidades por pelo menos 30 meses (prazo mínimo do contrato) e que ele caiba no seu orçamento. Lembre-se que os encargos que cabem ao inquilino incluem o condomínio e o IPTU (que pode ser parcelado). 6) Leia o contrato cuidadosamente. Caso não entenda alguma cláusula (a linguagem é mais difícil mesmo), procure um órgão de defesa do consumidor para orientação. Lembre-se dos seus direitos e deveres nas partes que são passíveis de negociação no contrato: - O prazo mínimo do contrato é de 30 meses; - A multa rescisória é do valor máximo de três aluguéis e tem que ser proporcional ao tempo que falta para o fim do contrato; - O reajuste do aluguel é feito, no mínimo, de 12 em 12 meses. O índice pode ser discutido entre as partes, mas o mais comum é o IGP-

M, da Fundação Getúlio Vargas (FGV); - A multa por atraso no pagamento será esta-belecida no contrato (preste atenção); - Não pode ser exigida dupla garantia; - O locador não pode impor uma determinada empresa para que seja feito o seguro-fiança. Mas ele pode recusar um que não considere confiável. 7) Acompanhe a vistoria cuidadosamente. O que está escrito nela tem que refletir a situa-ção do apartamento. Preste atenção ao esta-do das portas e móveis. Guarde as fotografias para não ter problemas no final do contrato. Caso note algum outro problema depois que estiver ocupando o imóvel, mande o mais rápi-do possível, por escrito, ao proprietário ou à imobiliária. 8) Caso verifique algum problema estrutural, como vazamento, o interessado no aluguel pode pedir o conserto antes de ocupar o imó-vel. 9) Durante a negociação dos termos do con-trato, tenha em mente que, se o locador tem a força por ser dono do imóvel, você tem a força de abandonar o negócio e procurar suas op-

ções. No entanto, avalie as condições do mer-cado (oferta de imóveis similares para loca-ção) para saber até onde você pode "barganhar" sem perder uma boa oportunida-de. 10) A presença de uma imobiliária pode facili-tar a vida do inquilino na hora de corrigir algo que esteja errado no contrato ou na vistoria, dando mais segurança no processo. Segundo especialistas, quem paga pelos serviços des-tas empresas é o locador e não o locatário. 11) Muitas imobiliárias juntam, em um boleto, os valores de aluguel, IPTU e condomínio. Com relação a este último, é direito do inquili-no que ele seja discriminado, pois ele é res-ponsável apenas pelas despesas ordinárias do prédio e não pelo valor eventualmente des-tinado ao fundo de reserva ou utilizado para reformas. 12) Procure especificar a vaga de garagem (caso haja sistema fixo no condomínio) no contrato do aluguel, para não ter surpresas sobre onde se vai estacionar o carro. Portal: Terra

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 10

Energia limpa

ENERGIA EÓLICA

O que é? A energia eólica é a energia obtida pelo movimento do ar (vento). É uma abun-dante fonte de energia, renovável, lim-pa e disponível em todos os lugares. Os moinhos de vento foram inventados na Pérsia no séc. V. Eles foram usados para bombear água para irrigação. Os mecanismos básicos de um moinho de vento não mudaram desde então: o vento atinge uma hélice que ao movi-mentar-se gira um eixo que impulsiona uma bomba (gerador de eletricidade).

Origem Os ventos são gerados pela diferença de temperatura da terra e das águas, das planícies e das montanhas, das regiões equatoriais e dos pólos do pla-neta Terra. A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com as estações do ano e as horas do dia. A topografia e a rugosidade do solo também tem grande influência na distribuição de freqüência de ocorrência dos ventos e de sua velocidade em um local. Além disso, a quantidade de energia eólica extraível numa região depende das ca-racterísticas de desempenho, altura de operação e espaçamento horizontal dos sistemas de conversão de energia eólica instalados. A avaliação precisa do potencial de vento em uma região é o primeiro e fundamental passo para o aproveita-mento do recurso eólico como fonte de energia. Para a avaliação do potencial eólico de uma região é necessário a coleta de dados de vento com precisão e quali-dade, capaz de fornecer um mapea-mento eólico da região. As hélices de uma turbina de vento são diferentes das lâminas dos antigos mo-inhos porque são mais aerodinâmicas e eficientes. As hélices tem o formato de asas de aviões e usam a mesma ae-rodinâmica. As hélices em movimento ativam um eixo que está ligado à caixa

de mudança. Através de uma série de engrenagens a velocidade do eixo de rotação aumenta. O eixo de rotação está conectado ao gerador de eletrici-dade que com a rotação em alta veloci-dade gera energia. Um aerogerador consiste num gerador elétrico movido por uma hélice, que por sua vez é movida pela força do vento. A hélice pode ser vista como um motor a vento, cuja a quantidade de eletricidade que pode ser gerada pelo vento depende de quatro fatores: · Da quantidade de vento que passa pela hélice · do diâmetro da hélice

· da dimensão do gerador

· do rendimento de todo o sistema

Ventos e Meio Ambiente A energia eólica é considerada a ener-gia mais limpa do planeta, disponível em diversos lugares e em diferentes intensidades, uma boa alternativa às energias não-renováveis.

Impactos e Problemas Apesar de não queimarem combustí-veis fósseis e não emitirem poluentes, fazendas eólicas não são totalmente desprovidas de impactos ambientais. Elas alteram paisagens com suas tor-res e hélices e podem ameaçar pássa-ros se forem instaladas em rotas de migração. Emitem um certo nível de ruído (de baixa freqüência), que pode causar algum incômodo. Além disso, podem causar interferência na trans-missão de televisão. O custo dos geradores eólicos é eleva-do, porém o vento é uma fonte inesgo-tável de energia. E as plantas eólicas têm uma retorno financeiro a um curto prazo. Outro problema que pode se citado é que em regiões onde o vento não é constante, ou a intensidade é muito fraca, obtêm-se pouca energia e quan-do ocorrem chuvas muito fortes, há desperdício de energia.

Perspectivas Futuras Na crise energética atual, as perspecti-vas da utilização da energia eólica são cada vez maiores no panorama energé-tico geral, pois apresentam um custo reduzido em relação a outras opções de energia. Embora o mercado de usinas eólicas esteja em crescimento no Brasil, ele já movimenta 2 bilhões de dólares no mundo. Existem 30 mil turbinas eólicas de grande porte em operação no mun-do, com capacidade instalada da or-dem de 13.500 MW. A energia eólica pode garantir 10% das necessidades mundiais de eletricidade até 2020, pode criar 1,7 milhão de no-vos empregos e reduzir a emissão glo-bal de dióxido de carbono na atmosfe-ra em mais de 10 bilhões de toneladas. Os campeões de uso dos ventos são a Alemanha, a Dinamarca e os Estados Unidos, seguidos pela Índia e a Espa-nha. No âmbito nacional, o estado do Ceará destaca-se por ter sido um dos primei-ros locais a realizar um programa de levantamento do potencial eólico, que já é consumido por cerca de 160 mil pessoas. Outras medições foram feitas também no Paraná, Santa Catarina, Mi-nas Gerais, litoral do Rio de Janeiro e de Pernambuco e na ilha de Marajó. A capacidade instalada no Brasil é de 20,3 MW, com turbinas eólicas de mé-dio e grande portes conectadas à rede elétrica. Vários estados brasileiro seguiram os passos do Ceará, iniciando programas de levantamento de dados de vento. Hoje existem mais de cem anemógra-fos computadorizados espalhados pelo território nacional. Um mapa preliminar de ventos do Brasil, gerado a partir de simulações computacionais com mo-delos atmosféricos é mostrado na figu-ra abaixo. Considerando o grande potencial eóli-co do Brasil, confirmado através de estudos recentes, é possível produzir eletricidade a custos competitivos com centrais termoelétricas, nucleares e hidroelétricas, com custo reduzido. Agência Brasil

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Ceará inaugurou maior parque eólico do País.

Um parque eólico com capacida-de para gerar 105 megawatts (MW) foi inaugurado no u dia 10

de Setembro, no Ceará. O em-preendimento da Siif Énergies do Brasil,em Camocim, litoral oeste do Estado é o maior do Nordeste. Com esse parque, o País chega 547 MW a potência instalada de energia do vento, que deve subir para 900 MW até o fim do ano com novos projetos. Dos projetos de geração de e-nergia renovável inscritos no mecanismo de desenvolvmento limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto, 36% ou 1.265 MW virão de hidrelétricas, outros 31% se-rão fornecidos por cogeração de biomassa (principalmente baga-ço de cana). São 1.206 MW. As pequenas centrais hidrelétricas

respondem por 23%, ou 795 MW. A energia eólica completa esse quadro, ao lado de outras bio-massas e biogás. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinou a Carta dos Ventos com dez secretários de Estados e todos os representan-tes brasileiros do setor. O docu-mento aponta para a busca de consenso sobre as necessidade de maior participação da energia eólica na matriz energética bra-sileira. Segundo o ministro, o leilão para a entrada de 1000 MW de origem eólica no sistema ain-da é pouco. "Temos de fazer lei-lão de pelo menos 3 mil por a-no", disse. Agência Brasil

DESMATAMENTO NO CERRADO

É O DOBRO DO VISTO NA AMAZÔNIA

O Cerrado é o mais antigo bioma do mundo, calculando-se sua ida-de em mais de 35 milhões de a-nos. Atualmente é o ecossistema bra-sileiro mais devastado, passando a Amazônia em área devastada. Primeiramente pela agroindústria, especialmente desmatado para o plantio de Soja, depois pela agro-pecuária, para a construção de pastos e agora, pela Cana de Açú-car. Somente para se ter uma idéi-a desta ultima ameaça, atualmen-te existem 3 Usinas de processa-mento da cana de açúcar mas, já estão no projeto mais de trinta novas Usinas. No Brasil, desmata-se anualmente uma área de 20 mil km² de Cerra-do a cada ano. Isso corresponde ao dobro do que é desmatado na Amazônia. A informação antecipa-da nesta quinta-feira pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante a abertura da Comissão Legislativa Participativa da Câma-ra dos Deputados será detalhada durante entrevista destinada a apresentar o primeiro monitora-mento do desmatamento do Cer-rado brasileiro. "Há 10 anos, segundo nossos da-dos, tanto a Amazônia como o Cerrado desmatavam 20 mil km² por ano. Felizmente consegui-mos, por meio dos programas to-cados pelo governo, reduzir pela metade o desmatamento no bio-ma amazônico. A má notícia é que ainda não conseguimos fazer isso pelo Cerrado", disse Minc. O ministro ressaltou a importân-cia da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 115/95, que torna patrimônios na-cionais o Cerrado e a Caatinga. "Já faz 14 anos que essa PEC es-tá tramitando. É importantíssimo que estendamos o monitoramento do desmatamento também a ou-tros biomas, como a Caatinga, o Pantanal e o Pampa", afirmou o ministro. Segundo Minc, será possível a-presentar metas concretas visan-do à redução do desmatamento de todos os biomas a partir de junho de 2010. "A base do plano será apresentada ainda hoje. O Cerrado é fonte da maior parte do manancial de águas do país e não pode ser prejudicado pelo agro-negócio", acrescentou. Após participar da abertura da comissão, Minc seguiu para a se-de do Ministério do Meio Ambien-te para lançar o Plano de Ação de Prevenção e Controle do Desma-tamento no Bioma Cerrado. Fonte: Agência Brasil

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 11

Pude me sentir feliz, depois de desistir de reviver o passado e de me preocupar com o futuro...

Sustentabilidade

Cientistas descobriram até seis novas espécies de coral perto das Ilhas Galá-pagos, na costa do Equador, alimen-tando esperanças de que as forma-ções podem ser mais resistentes ao aquecimento dos oceanos do que se acreditava. O pesquisador Terry Dawson, da Uni-versidade de Southampton, na Grã-Bretanha, que realizou a pesquisa ma-rinha, disse que foram encontradas "cinco ou seis espécies novas para a ciência", além de "três outras que são novas para as Galápagos e são seme-lhantes a espécies encontradas em lugares como o Panamá e a Costa Ri-ca". Dawson acrescentou que também foi achada uma espécie que os cientistas acreditavam ter desaparecido após a última grande manifestação do fenô-meno El Niño, entre 1997 e 1998. O projeto de três anos, que procura auxiliar o governo do Equador na pre-servação do ecossistema das Galápa-gos, concentrou-se em duas ilhas - Wolf e Darwin - no noroeste do arqui-pélago.

El Niño A descoberta levanta duas questões, disse Dawson. A primeira hipótese é que os corais seriam mais resistentes ao aquecimento das águas decorrente do El Niño do que se acreditava. A se-gunda é que os corais podem estar se adaptando e se tornando mais resis-tentes ao fenômeno. O pesquisador admite, contudo, que há pessimismo no mundo científico quanto ao futuro dos corais. Em longo prazo, se os corais não forem destruí-dos pelo aquecimento das águas, po-dem acabar vítimas da acidificação dos mares. Esse fenômeno é provocado pela con-centração de dióxido de carbono na atmosfera, que também provoca o a-quecimento global. Recifes de coral são formados por depósitos de carbo-nato de cálcio deixados ao longo de milhares de anos por bilhões de pe-quenos organismos chamados pólipos de coral. Fonte: BBC

A nova geografia das

mudanças Climáticas

Marina Silva De Brasília (DF) O planeta já sofre os efeitos das mudanças climáticas. O que pesquisadores e cientistas ten-tam prever é de que forma cada região será atingida nos próxi-mos anos. O jornal americano The New York Times divulgou no início desta semana projeções feitas pelos serviços de defesa ameri-canos mostrando que as mu-danças no clima representam grande desafio à segurança dos Estados Unidos, diante da pers-pectiva de aumento de tempes-tades e secas, da ocorrência de migração maciça, de pandemias e do racionamento de água, a-lém de outros problemas em ter-ritório americano e ao redor do mundo. Mesmo não sendo conclusivas, as previsões não são nada ani-madoras. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) a-ponta que até 2080 provavel-mente 1.1 a 3.2 bilhões de pes-soas padecerão de escassez hí-drica e 200 a 600 milhões de fo-me. A escassez de água, aliás, já é um problema global. O Fun-do das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou nessa semana que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo care-cem de acesso à água potável. Segundo estimativas conserva-doras apresentadas pelo Alto Comissariado das Nações Uni-das para Refugiados (Acnur) no final do ano passado, as mudan-ças climáticas devem forçar o deslocamento de cerca de seis milhões de pessoas por ano. E-les estudam medidas para pro-

teger os atingidos por catástro-fes naturais. O problema, segun-do já disse Wellington Carneiro, oficial de Proteção do Acnur no Brasil, exige alterações no Direi-to Internacional de Refugiados. A situação na China - hoje a grande força motriz do desen-volvimento econômico mundial - é emblemática. A questão é sa-ber o custo que o país pagará por sua desatenção às questões ambientais. Em 2005, o então ministro do Meio Ambiente da China, Pan Yue, chegou a declarar, em en-trevista à revista alemã Der Spi-egel, que seu país poderá en-frentar um assombroso número de refugiados ambientais. "No futuro, precisaremos transferir 186 milhões de habitantes de 22 províncias e cidades. No entan-to, as outras províncias e cida-des só são capazes de absorver 33 milhões de pessoas. Isso sig-nifica que a China terá mais de 150 milhões de migrantes ecoló-gicos, ou, se vocês preferirem, refugiados ambientais". Na oca-sião, Pan Yue disse que a princi-pal causa de tal situação seria a chuva ácida e a poluição dos maiores rios da China, impossi-bilitando acesso à água potável por um quarto da população. Um quadro como esse seria de catástrofe, o que ainda não pa-rece ser percebido como tal por inúmeros dirigentes e líderes nacionais e mundiais. Ainda há quem ache que a situação "não é bem assim", pela dificuldade de sair dos padrões habituais de ação ou de inação. De fato, não é fácil deixar o conforto dos câ-nones aprendidos e encarar que o conhecimento precisa ser ur-gentemente atualizado diante da crise das crises, tão grave a ponto de mudar a própria geo-grafia, desafiando nossos con-ceitos de ocupação do espaço físico e humano do planeta e de relação entre humanidade e am-biente natural. A principal agenda de nosso tempo é a das mudanças climá-

ticas e ela não é algo circunscri-to aos ambientalistas ou especi-alistas. Ao contrário, perpassa todas as áreas e impacta forte-mente os modelos de tomada de decisão política. Ignorá-la e pa-gar pra ver não é sensato. Mais do que isso, é uma fuga para o passado de consequências de-sastrosas para o futuro.

OS ANIMAIS Ninguém, em sã consciência, pode negar o valor e a utilidade que os ani-mais sempre tiveram no contexto da vida humana. Desde que o mundo é mundo, nós se-res superiores, nos valemos da força, da capacidade de trabalho e – mais do que isso – da amizade que nos dedi-cam os animais. Mas, talvez por arrogância ou mera estupidez, alguns, em vez de reconhe-cer e recompensar a amizade dos bi-chos, preferem maltratá-los e explorá-los das formas mais perversas possí-veis. Para qualquer ser humano com um pingo de sensibilidade, é revoltante assistir à malvadeza gratuita de certas pessoas em relação aos animais. Tem gente que parece se divertir em espan-car, açoitar e humilhar animaizinhos indefesos – os covardes acham que chutar um cachorro ou bater de relho num pobre burrinho seja uma grande demonstração de valentia. Mas o fato é que quem trata um animal dessa forma pode ser tudo, menos va-lente. Respeitar os pais, respeitar o papa, respeitar o chefe ou qualquer pessoa que de alguma forma tenha ascendên-cia sobre nós não é vantagem – até porque aquilo que parece respeito é, às vezes, apenas medo ou conveniên-cia. Grandeza de caráter não se de-monstra respeitando os mais fortes, mas, sim, respeitando os mais fracos, os que não podem defender-se. Nós mesmos, que nos consideramos civilizados e julgamos tratar os bichos com dignidade, estamos longe de ser santos. Vejamos o exemplo da vaca. O que faz uma vaca durante toda a sua vida, senão servir à humanidade?... Da Redação

Dicas de saúde BEBER ÁGUA... FAZ MUITO BEM. ÁGUA - Um copo de água corta a sensação de fome durante a noite para quase 100% das pessoas em regi-me. É o que mostra um es-tudo na Universidade de Washington. Falta de água é o fator nº. 1 da causa de fadiga durante o dia. Estudos preliminares indi-cam que de 8 a 10 copos de á g u a p o r d i a poderiam aliviar significati-

vamente as dores nas cos-tas e nas juntas em 80% das pessoas que sofrem desses males. Uma mera redução de 2% da água no corpo humano pode provocar incoerência na memória de curto prazo, problemas com matemática e dificuldade em focalizar um écran de computador ou uma página impressa. Beber 5 copos de água por dia diminui o risco de can-cro no cólon em 45%, pode

diminuir o risco de cancro de mama em 79% e em 50% a probabilidade de se de-senvolver cancro na bexiga. Você está bebendo a quan-tidade de água que deveria, todos os dias? Por vezes, com sede, che-gamos no bar e pedimos um refrigerante, com vergo-nha de pedir um copo de água. Reveja esse conceito.

FEIJOADA DE FEIJÃO BRANCO

Cantinho Culinário

INGREDIENTES 1 Kg. De Feijão branco 300 Gramas de Carne Seca 300 Gramas de Linguiça Calabresa 300 Gramas de Lombo Defumado 300 Gramas Costelinha Defumada 150 Gramas de Bacon 300 Gramas de Peito de Frango 1 Chícara de chá de Salsinha 1 Chícara de café de cebolinha 1 Kg. Tomate sem pele e sem se-mente 2 Cebolas médias picadas bem miudinho. 2 Folhas de Louro

PREPARO 1 - Deixe o feijão de molho com a carne seca de véspera e troque a água no míni-mo três vezes; 2 - Troque a água e deixe cozinhar o fei-jão e a carne seca em panela de pressão (após pressão + ou—15 minutos); 3 - Depois coloque o Feijão Branco, a Carne Seca em cubos e os pedaços bem picados de Linguiça, Lombo, costelinha, bacon, o frango (cubos) os tomates , a cebola e as folhas de louro, em uma pane-la suficientemente grande. 4 - Deixe apurar (cozinhar bem) até obter um caldo grosso. Junte a salsinha e a Ce-bolinha. 5 - Sirva com Arroz branco.

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 12

Lidando com nossas vidas

FELICIDADE Após anos de dificuldade, o rabino Ei-sik, filho de Yekel que morava na Cra-cóvia, recebeu em sonho uma ordem para procurar um tesouro na cidade de Praga (República Checa) debaixo de uma ponte que conduzia ao castelo real. Como este sonho se repetiu três vezes, decidiu viajar para lá. A ponte era guar-dada dia e noite por guardas e, por is-so, não tinha chances de cavar para encontrar o tesouro. Contudo, andava pela ponte desde a manhã até o final de cada dia e, por isso, atraiu a atenção do chefe dos guardas que lhe perguntou: - Está esperando alguém? Eisik contou o sonho que teve e depois de ouvi-lo, em gargalhadas, o guarda respondeu: - O quê? Pobre senhor! Foi por causa desse sonho que percorreu todo este caminho com esses sapatos velhos? Veja só! Até que ponto é possível con-fiar nos sonhos! Olhe para mim! Eu próprio já deveria ter seguido para Cra-cóvia na Polônia, para procurar um te-souro que estaria sob um fogão no quarto de um judeu chamado Eisik, filho de Yekel! Mas veja o tamanho do absurdo! Imagine a dificuldade para demolir metade das casas, em um lu-gar onde a maioria dos judeus tem o nome Eisik e a outra metade Yekel! Terminou a frase, deu um tapa nas cos-tas do rabino, e foi embora. Eisik cur-vou-se em sinal de agradecimento e regressou à Cracóvia. Ao chegar em casa, cavou debaixo do fogão e encon-trou um tesouro. Em agradecimento, mandou construir uma sinagoga que tem seu nome até hoje. Esta história ensina que não devemos buscar a felicidade no exterior e sim em nós mesmos. Mas o que é felicidade? Ela indica um estado de perfeita satisfação íntima; um grande contentamento. Portanto, tanto eu como você temos a capacida-de para sermos felizes e criadores. Não é um dom reservado a poucos. Por que, então, a grande maioria não co-nhece a felicidade? Por que alguns, apesar dos obstáculos terríveis que acontecem em suas vidas, se mostram felizes enquanto outros são extrema-mente abalados por situações muito menores? A resposta é simples. O ser humano é reduzido a um valor quanti-tativo, ou seja, somos avaliados pelo "ter" muito mais do que "ser" produ-zindo uma sensação infinita de vazio. A mente pode se colocar em contato com aquilo que constitui a fonte de to-da felicidade e esse contato pode ser mantido, a despeito da educação e das

exigências da vida. Os momentos de felicidade acontecem quando a mente ou o corpo estão no limite da sua capacidade, quando se realiza algo difícil que vale a pena e isto não tem referência com ter ou não dinheiro. O mesmo acontece com o amor. Você só encontrará sua cara-metade, quando for completo. Não deixe que as dificuldades tomem conta da situação. Supere-as. Se joga-rem pedras no seu caminho para blo-quear sua passagem, retire-as. Trans-forme essas pedras em degraus de u-ma escadaria que você irá construir para uma vida repleta de vitórias. A felicidade é um estado de espírito, diz o dito popular, é verdade. Nenhuma divindade ou ninguém pode ter prazer com a infelicidade, ao contrário; quan-to mais a felicidade nos atinge, maior será a necessidade de participação com a natureza divina. As pessoas não percebem que as me-lhores experiências acontecem em ca-sa, junto aos familiares. Não é na mão de um estranho que somos felizes; não deposite cegamente a sua felicidade em qualquer um. Mesmo quando estivermos iniciados em todos os segredos do mundo, o nosso tesouro sempre estará perma-nentemente pronto a ser desenterrado no chão onde está o fogão da nossa própria casa. Portanto, desfaça ou afaste-se das coi-sas que faz com que você sofra; estu-de, se dedique a algo que vale a pena! Reflita sobre a felicidade verdadeira e seja feliz. Mônica Buonfiglio (somos todos um)

Mudança

Elisabeth Cavalcante Por que será que a mudança, de modo geral, nos causa tanto medo? Dificilmen-te encontramos pessoas que enfrentam situações novas de modo tranquilo e re-laxado. Mesmo quando vivenciamos circunstân-cias que nos fazem infelizes, temos a ten-dência a permanecer ali por muito tempo, acomodados, apenas pela sensação de conforto que algo já conhecido nos trans-mite. Quando, entretanto, as mudanças sur-gem repentinamente, impostas pela vida, sem que tenhamos qualquer poder de impedir que elas ocorram, sentimos o chão nos faltar sob os pés e temos a níti-da sensação de ter perdido qualquer refe-rência que nos oriente a lidar com a nova

realidade. Nestes momentos, tudo nos parece ame-açador e a nossa vontade é voltar ao an-tigo como se ele fosse uma poderosa tá-bua de salvação. Como a natureza é sá-bia, ela às vezes nos força a enfrentar o novo, apenas para que possamos desco-brir em nós um poder que não imaginá-vamos possuir. Se soubermos, a cada mudança que a vida nos apresente, experimentar uma nova atitude, aceitando o desafio com entusiasmo e coragem, ao invés de nos deixarmos dominar pela revolta e a co-vardia, certamente acabaremos por reali-zar importantes descobertas. Quanto mais capazes formos de vencer nossos medos e limitações, mais fortes nos sentiremos, até que chegue o mo-mento em que as mudanças passarão a ser encaradas como uma bênção, um pre-sente da vida, algo que recebemos com gratidão, na certeza de que, ao encará-las de frente e com total aceitação, esta-remos fortalecendo cada vez mais a ex-pressão de nossa essência divina. "...Memória é uma coisa morta. Memória não é verdade e não pode ser eterna - porque a verdade é sempre viva, verdade é vida. Memória é a persistência de algo que não é mais. É viver em um mundo fantasma-górico - mas que nos contém, é nossa prisão. ...A memória cria o nó, o complexo cha-mado Eu, o ego. E naturalmente esta fal-sa entidade chamada Eu está constante-mente com medo da morte. Eis por que você tem medo do novo. Este Eu tem medo, não você, realmente. O ser não tem medo. Mas o ego tem me-do - porque o ego tem muito medo de morrer. Ele é artificial, é arbitrário, é co-locado junto. E pode ser posto de lado, em algum momento. E quando o novo entra, há medo. O ego tem medo, ele pode ser posto de lado. De algum modo ele tem estado manejan-do para manter-se junto, manter a si mesmo em uma parte, e agora algo novo vem - será demolidor. Eis porque você não aceita o novo com alegria. O ego não pode aceitar sua pró-pria morte com alegria. Como ele pode aceitar sua própria morte com alegria? A menos que você tenha compreendido que você não é o ego, você não estará pronto para receber o novo. Uma vez que você veja que o ego é sua memória pas-sada, que você não é a sua memória, que memória é apenas como um bio-computador, que é uma máquina, um mecanismo utilitário... você está além dele... Você é consciência, não memória. Memória é um conteúdo na consciência, você é a própria consciência. Por exemplo, você vê alguém caminhan-do na estrada. Você se lembra do rosto, mas você não pode lembrar o nome. Se

fosse a memória, você lembraria o nome também. Mas você diz: "Eu reconheço o rosto mas eu não lembro o nome". Então você começa buscando em sua memória, vai para dentro de sua memória, você olha para este lado, para aquele lado, e repentinamente o nome brota e você diz, "Sim, este é o nome dele". A memória é seu disco. Você é aquele que está procu-rando dentro do disco, você não é a me-mória em si. E acontece, muitas vezes, que se você se torna muito tenso a respeito de lembrar algo, torna-se difícil lembrá-lo - porque muita tensão e muito esforço em seu ser não permitem que a memória libere sua informação para você. Você tenta e tenta lembrar o nome de alguém e ele não vem, apesar de você dizer que está na ponta da língua. Você sabe que você sa-be, mas o nome ainda não vem. ...É estranho. Se você é memória, então quem está impedindo você, e como não está vindo? E quem é este que diz, "Eu sei, mas ainda não está vindo?" E então você tenta duramente, e quanto mais forte você tenta mais se torna difícil. En-tão, você se enche de tudo, vai para o jardim para uma caminhada, e repentina-mente, olhando para as roseiras, está ali, de surpresa. Sua memória não é você. Você é consci-ência, memória é conteúdo. Mas a memó-ria é toda a energia vital para o ego. Me-mória é velha, é claro, e tem medo do novo. O novo pode ser perturbador, o novo pode ser tal que não pode ser dige-rido. O novo pode trazer alguns proble-mas. Você terá que mudar e renovar a si mesmo. Você terá que reajustar a si mes-mo. E parece árduo. Para ser nova, a pessoa precisa se tornar desidentificada com o ego; você não se preocupa se ele morre ou vive. De fato, você sabe que vivo ou morto, ele já está morto. É um mecanismo. Use-o, mas não seja usado por ele. O ego está continua-mente com medo da morte porque é arbi-trário, por isto, o medo. Ele não surge do ser, ele não pode surgir do ser, porque ser é vida. Como pode a vida ter medo da morte? A vida não sabe nada da morte. Ele surge do arbitrário, do artificial, de algum modo coloca junto o falso, o pseu-do. Apesar disto, é apenas soltar-se na-quela morte, que faz o homem viver. Morrer no ego é nascer no ser, em Deus. O novo é uma mensagem de Deus, é um evangelho. Ouça o novo, vá com o novo. Eu sei que você tem medo. Apesar do me-do, vá com o novo, e sua vida se tornará mais e mais rica e você estará pronto um dia para libertar o esplendor aprisionado. Lembre-se, algo novo vindo em sua vida é uma mensagem de Deus. Se você o a-ceita, você será religioso. Se você o rejei-ta, você será irreligioso. O homem neces-sita apenas relaxar um pouco mais para aceitar o novo, para abrir um pouco mais, para deixar o novo entrar. Abra caminho para que Deus OSHO - The Diamond Sutra

Mente poluída A professora estava ten-do dificuldades com um dos alunos. (adivinha quem?) - Joãozinho qual é o seu pro-

blema? - Sou muito inteligente para estar no primeiro ano. Minha irmã está no terceiro ano e eu sou mais inteligente do que ela. Eu quero ir para o terceiro ano também! A professora, vendo que não vai conseguir resolver este problema, o manda para a diretoria. Enquanto o Joãozinho espera na ante-sala, a professora explica a situ-ação ao diretor. O diretor diz para a professora que ele vai fa-

zer um teste com o garoto, e como é certo que ele não vai conseguir responder a todas as per-guntas, vai mesmo ficar no primeiro ano. A professora concorda. Chama o Joãozinho e explica-lhe que ele vai ter que passar por um teste e o menino aceita. Diretor: - Joãozinho, quanto é 3 vezes 3 ? Joãozinho - 9. Diretor - E quanto é 6 vezes 6 ? Joãozinho - 36. O diretor continua com a bateria de perguntas que um aluno do terceiro ano deve saber res-ponder e Joãozinho não comete erro algum. O diretor então, diz para a professora: - Acho que temos mesmo que colocar o João-zinho no terceiro ano. A professora diz:

- Posso fazer algumas perguntas também? O diretor e o Joãozinho concordam. A professora pergunta: - O que é que a vaca tem quatro e eu só tenho duas? Joãozinho pensa um instante e responde: Per-nas. Ela faz outra pergunta: - O que é que há nas suas calças que não há nas minhas? O diretor arregala os olhos, mas não tem tem-po de interromper... - Bolsos - responde o Joãozinho. - O que é que entra na frente da mulher e que só pode entrar atrás do homem? Estupefato com os questionamentos, o diretor prende a respiração...

- A letra "M", responde o garoto. A professora continua a argüição: - Onde é que a mulher tem o cabelo mais enro-ladinho? - Na África, responde Joãozinho de primeira. - Qual o monossílabo tônico que começa com a letra C termina com a letra U e ora está sujo ora está limpo? O Diretor começa a suar frio. - O céu, professora, responde Joãozinho. - O que é que começa com C tem duas letras, um buraco no meio e eu já dei...para várias pessoas? CD. Não mais se contendo, o diretor interrompe, respira aliviado e diz para a professora: - Chega... põe, esse moleque como diretor pois eu mesmo errei todas.

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 13

Conheça um estudo sobre comportamento escolar: www.gazetavaleparaibana.com/comportamento.pdf

Vida animal - Curiosidades

Qual é o maior animal

do planeta?

Quem pensa que o maior animal conhecido na Terra foi algum dinossauro está muito engana-do: ele ainda existe e é a baleia-azul (Balaenoptera musculus). É o que informa o biólogo Guilher-me Domenichelli, do Zoológico de São Paulo. Com risco de ex-tinção, este gigante das águas pode alcançar na fase adulta cerca de 36 m de comprimento, maior que um boeing 737, e até 180 t.

Segundo Domenichelli, esta es-pécie é exímia mergulhadora e pode atingir grandes profundidades, ficando até cerca de uma hora sem res-pirar graças ao seu pulmão, com capa-cidade para 5 mil litros de ar. Na hora que o animal vai soltar o ar, o jato d'á-gua alcança até 9 m de altura. "Outra curiosidade que impressiona é o coração, que pode ser do tamanho de um carro fusca", explicou. Podendo ser encontrada em todos os oceanos, a baleia-azul se alimenta de pequenos crustáceos, principalmente o krill - mi-núsculos camarões que flutuam próxi-mos à superfície do mar. A cabeça de uma baleia-azul é tão grande que cinqüenta pessoas poderi-am ficar em pé sobre sua língua. Além disso, um humano adulto poderia ras-tejar por suas largas artérias. Mesmo os filhotes já causam espanto pelo ta-manho: um recém-nascido pode pesar mais que um elefante adulto e medir cerca de 7,6 m de comprimento. Duran-te os primeiros sete meses de vida, os bebês-baleia tomam cerca de 380 litros de leite por dia. Sendo um animal tão grande, seria de se duvidar que a baleia-azul tenha me-do de algum predador, mas o biólogo afirma que as orcas e tubarões caçam os filhotes e os exemplares menores. No entanto, o ser humano foi e ainda é seu principal predador, já que países como Japão e Noruega autorizam a caça. Atualmente, não existem mais do que 1,5 mil exemplares no plane

Guilherme Domenichelli informou que na terra, o macho de um elefante afri-cano pode chegar a pesar 7 toneladas e medir quase 3 m de altura. O seu ta-manho pode parecer ameaçador, mas a espécie se alimenta apenas de vege-tais e frutas. O avestruz é a maior ave terrestre e pode atingir até 2,5 m de altura. Inte-grante da mesma classe, o condor-dos-andes habita os céus de regiões montanhosas com uma envergadura (de uma ponta a outra da asa) de cerca de 3 m. Entre os répteis, o crocodilo australia-no pode pesar quase meia tonelada e atingir até 7 m, um pouco menos que o tubarão-baleia, um peixe inofensivo que tem em média 10 m.

Qual é o animal mais veloz

do planeta?

Quando se fala no animal mais veloz do planeta, a resposta co-mum das pessoas é o guepardo, que chega a cerca de 115 km/h. Mas, na verdade, o animal que alcança a maior velocidade é fal-cão-peregrino, uma ave de rapi-na capaz de atingir 320 km/h em um vôo. Na água, o rei da veloci-dade é o peixe-agulhão, com 110 kh/h.

O biólogo Guilherme Domenichelli, da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, afirmou que o falcão-peregrino pode alcançar cerca de 320 km/h du-rante um mergulho para caçar. A espé-cie habita principalmente o Canadá e os Estados Unidos, mas esta ave de rapina também pode chegar ao Brasil em períodos migratórios. "Em São Paulo já tivemos registros do animal, que se alimenta de outras aves, como pombos domésticos. Ele vive em grandes penhascos, mas para se ambi-entar com as cidades, acabou se adap-tando a ninhos em prédios altos", in-formou. Ele é um caçador solitário que, quando alcança sua presa, derruba-a com as garras e mata o animal com

seu bico. O falcão-peregrino pode ter entre 38 e 53 cm de comprimento e sua enverga-dura é capaz de atingir quase 2 m. Ge-ralmente, as fêmeas são maiores e mais pesadas que os machos, poden-do pesar até 1,5 kg. A espécie se repro-duz uma vez por ano, colocando três ou quatro ovos de cada vez em um pe-nhasco, sem fazer um ninho, direta-mente sobre o solo. Os ovos são incu-bados pelo casal por cerca de um mês. M a i s v e l o z n a t e r r a Segundo Domenichelli, o animal terres-tre mais veloz do mundo é o guepardo, também chamado de chita e parecido com o leopardo, que pode alcançar cerca de 115 km/h em poucos segun-dos. Sua velocidade pode variar de 0 a 72 km/h em apenas 2 s. "Diferente de todos os outros felinos, o guepardo tem uma unha retrátil que fica sempre exposta para ajudá-lo a não derrapar durante a corrida, seme-lhante às travas de uma chuteira de futebol", destacou. Além disso, "ele tem uma musculatura adaptada para a alta velocidade, com uma cauda longa que o ajuda no equilíbrio do corpo". Ameaçada de extinção, a espécie habi-ta as savanas africanas e tem um pe-queno grupo vivendo no Irã. Um gue-pardo adulto pode pesar entre 28 e 65 kg e chegar a um comprimento de até 2,5 m. O tamanho da cauda varia entre 1 m e 1,24 m. É um animal muito solitá-rio, que se encontra com a fêmea so-mente na época de reprodução. Uma fêmea tem em média de 2 a 3 filhotes.

Mais veloz na água Na água, o biólogo informou que o de-tentor da maior velocidade de que se tem notícia é o peixe-agulhão (também conhecido como marlin). Esta espécie pode alcançar até 110 km/h, o que lhe dá vantagem para escapar de seus pre-dadores e capturar o seu alimento, for-mado por pequenos peixes. "Encontrado no Oceano Pacífico, o peixe-agulhão é um animal muito cobi-çado pela pesca esportiva, assim como seus parentes próximos", completou. Fonte: Portal Terra

ABSURDOS !!! 1 A polícia de uma cidade do sul da Itália afirma que apreendeu um crocodilo que estaria sendo usado por um mafio-so local para aterrorizar e extorquir a população.

O réptil tem 1,7 metros de comprimen-

to e pesa 40 kg. O animal foi encontra-do durante uma busca por armas na casa do mafioso, na cidade de Caserta, na semana passada.

O crocodilo era mantido pelo homem no terraço da sua casa. Segundo a po-lícia, ele alimentava o animal com coe-lhos vivos em frente aos vizinhos.

O crocodilo está agora em um centro para tratamento de animais. O diretor da divisão de combate à máfia da Itália, Maurizio Vallone, disse que o crocodilo era mantido em uma área do terraço equipada com câmeras, para garantir que ninguém o matasse.

O homem detido pela polícia é suspei-to de gerenciar vários grupos crimino-sos em Caserta, onde atua a Camorra, a famosa facção da máfia de Nápoles. Os policiais não acharam nenhuma arma nas buscas.

2 No ritual das Kaparot, uma expiação simbólica dos pecados, milhares de galos e galinhas são degolados em Israel para lembrar os judeus que, a qualquer momento, Deus pode tirar a vida como forma de compensação por seus pecados. As mulheres usam galinhas; os homens, galos; e as grávidas, um exemplar de cada um. As Kaparot são vividas nos dias anteriores ao Yom Kippur, a data mais solene do judaísmo, destinada ao arrependimento e ao pedido de perdão. "Neste momento do ano, que é nosso Ano Novo Judaico (Rosh Hashana), uma das coisas que fazemos é começar uma vida nova e refle-tir sobre o que fizemos no passado", explica o judeu de origem americana Menachen Persoff antes de fazer suas Kaparot. "Pegamos uma galinha e dizemos: ''Em vez de que eu seja castigado e destruído neste mundo, deixe que seja esta galinha''. E então temos que pensar que, quando essa galinha morre, poderíamos ter morrido em seu lugar", acres-centa. Depois que a ave escolhida - que deve ser branca, para simbolizar a purificação do peca-do - é girada sobre a cabeça, o animal é dego-lado com um rápido e certeiro movimento com uma faca afiada cuja lâmina não pode ter a menor fenda, seguindo os preceitos judeus do "kashrut". Alguns criticam os que comem ou doam as aves aos pobres ao entender que os pecados de quem toma parte no ritual foram transferidos ao animal e, portanto, este não deve ser comi-do. Após o ritual, as vísceras das aves devem ser colocadas em algum lugar onde possam servir de alimento a outros pássaros, a fim de de-monstrar piedade em relação a todas as coisas vivas. Para alguns, esta tradição ajuda a "pensar com mais profundidade" sobre si mesmo e seus atos. Na antiguidade, as Kaparot eram feitas com cabras, o que deu origem à expressão "bode expiatório". Hoje em dia, mamíferos não são usados, mas se não é possível ou não se quer usar galinhas ou galos, estes podem ser substituídos por qualquer outra ave, exceto pombos - para não lembrar os ritos de sacrifício no templo -, ou mesmo por um peixe. Chegam a creditar poder matar uma gali-nha, porque estas não sofrem. Da Redação

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 14

Muito calor... Muita chuva... Grandes desastres.

Não existe País que se queira grande, sem que invista em uma boa educação, e saúde, para a suas crianças.

O que temos vindo a assistir no mundo todo, são catástrofes motivadas por ventos fortes, alguns tornados, precipitações volu-mosas de chuvas em curtos espaços de tempo e, muito mas muito sofrimento e da-nos humanos e materiais. Estes fenômenos se devem ao fato de cor-rentes de ar frias e úmidas, sejam elas ma-rítimas ou, oriundas dos continentes (áreas de floresta), ao encontrarem áreas muito quentes, provocam o desequilibro das for-ças. Não podemos, creditar estes acontecimen-tos somente ao aquecimento global, dado que no Mundo, desde que é Mundo, catás-trofes vêem acontecendo ao longo dos te-mos e das épocas. No entanto, as classes mais afetadas são sempre as mais carentes, já que se vêm empurradas para residir em áreas de risco. Nas cidades na beira córregos ou encostas de morros e, na área rural, para pequenas propriedades, em encostas ou margens de rios, que se apresentam, mais férteis, para a agricultura familiar. Mas, o que não podemos esquecer é que, nem sempre, a culpa é desses seres que buscam um espaço para uma vida digna, empurrados pela dificuldade de sobrevivên-cia nas melhores áreas urbanas pelo custo; ou rurais, estas ultimas, as melhores, geral-mente ocupadas por agroindústrias ou grandes latifundiários, com fins meramente especulativos. A incapacidade dos Governos e da Econo-mia, como um todo, de absorver a deman-da de mão de obra, faz com que esta situa-ção saia do controle e o aumento de comu-nidades carentes, desprovidas de infraes-trutura urbana, aumente. Assim, catástrofes como as a seguir indica-das, tendem a se tornar mais frequentes e preocupantes. Assim, o problema se torna muito mais es-trutural do que assistencial. Filipe de Sousa

SUL DO BRASIL

A forte chuva que atingiu Curitiba no final do mês de Setembro causou estragos e problemas no trânsito da capital paranaen-se. Segundo dados da Defesa Civil, duas residências foram afetadas pelas chuvas e houve pelo menos cinco quedas de árvo-res. Nos bairros de Juvevê e Santa Felicidade, alguns semáforos ficaram apagados por conta de problemas na rede elétrica.No bairro de Uberaba, algumas vias apresenta-ram pontos de alagamento. Na rua José Hauer, entre a rotatória da Salgado Filho e o Canal Rio Belém, o trânsito ficou comple-tamente bloqueado por conta de um alaga-mento intransitável. De acordo com o Cor-po de Bombeiros, durante toda a tarde fo-ram registradas grande número de ocorrên-cias relacionadas à chuva. A corporação não soube confirmar o número exato de chamados, mas informou que não há regis-tro de vítimas.

Moradores de Araranguá, cidade localizada na região sul de Santa Catarina, relataram que foi "apavorante", devido à força dos ventos que causaram uma série de danos por todo o município. Ainda não está des-cartada a possibilidade de Araranguá ter sido atingida por um tornado. O vento dani-ficou 80% das edificações da cidade, arran-cou todo o telhado de um posto de gasolina e derrubou árvores e placas em vários bair-ros. No início do mesmo mês de Setembro, os moradores locais já haviam se assustado com chuvas fortes e vários alagamentos, principalmente em comunidades ribeiri-nhas. Em janeiro deste ano, Araranguá tam-bém enfrentou uma enchente que deixou centenas de desabrigados. "Foi novamente muito assustador e apavorante", disse o morador Paulo Sérgio Matos. Segundo ele, o susto ao ver a destruição pela cidade foi muito grande. "A noite foi estranha e ao passar pelo centro da cidade e nos bairros atingidos ficamos pasmos com tudo o que vimos", afirmou. Em várias ruas de Araran-guá, o cenário era de destruição. Um giná-sio de esportes acabou sendo totalmente destruído e partes do seu telhado literal-mente "voaram" sobre casas vizinhas. No centro da cidade, o vento acabou estilha-çando todos os vidros de uma agência ban-cária. Ao lado, uma loja também teve a vitri-ne destruída e uma betoneira acabou arras-tada pelo vento para o meio da rua. "Nunca vi uma coisa dessas em minha vida. Tive muito medo de cair tudo", disse a estudan-te Sofia Pelegrinelli. DANOS A chuva que caiu no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina atingiu pelo menos 120 mil pessoas nos dois Estados. Doze muni-cípios do Rio Grande do Sul e 14 cidades catarinenses decretaram situação de emer-gência. Uma pessoa morreu na serra gaú-cha outros dois e homens estão desapare-cidos. Entre os grupos de maior risco, citou as mulheres grávidas, que "enfrentam um ris-co maior de complicações, sem dúvida ne-nhuma". Também disse que "um quadro clínico mais severo é observado em pesso-as com doenças como asma e outros males respiratórios, assim como doenças cardio-vasculares, diabetes, desordens auto-imunes e obesidade". Mas acrescentou que, "basicamente, qual-quer pessoa é suscetível de ser infectada". E advertiu que, "mesmo que o vírus não sofra mutação", pode torna-se mais grave se "a epidemiologia mudar para um grupo de idade mais elevado, onde as complica-ções são mais frequentes", disse, após lembrar que, até agora, a nova gripe afeta mais grupos jovens. Rio Grande do Sul No Rio Grande do Sul, 45,6 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas, sendo que 3,6 mil delas estão desalojadas e 1.188 de-sabrigadas. Segundo a Defesa Civil do Es-tado, 7.890 residências foram danificadas e 166 destruídas pelos temporais. Pelo menos 25 cidades foram afetadas pe-las chuvas no Estado. Os municípios de Venâncio Aires, Tabaí, Vera Cruz, Montene-gro, São Francisco de Paula, Maquiné, Pa-reci Novo, Cruzeiro do Sul, Taquari, Cons-tantina e Bom Retiro do Sul estão em situa-ção de emergência. Além dessas cidades, Restinga Seca, Taquari, Herval, Três Coro-as, Santana da Boa Vista, Hulha Negra, No-vo Xingu, Triunfo e Engenho Velho também foram bastante afetadas pelas chuvas. Granizo A prefeitura de Santa Cruz do Sul (RS) de-cretou situação de emergência nesta se-gunda-feira após um temporal com queda de granizo atingir o município no domingo. Segundo a prefeitura, 500 casas foram da-

nificadas pelo temporal. A cidade, que com-pleta 131 anos hoje, cancelou as festivida-des. De acordo com o governo municipal, os prejuízos se concentram nos bairros Rau-ber, Santo Antônio do Sul, Eucaliptos, Car-lota e Beckenkamp. A prefeitura disse ainda que foram doadas pela Defesa Civil do Es-tado 2 mil telhas, mas serão necessárias 20 mil no total para a reconstrução das casas. Q u a n t i d a d e d e c h u v a O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 72,4 mm de chuva, entre às 9h de sábado e 9h deste domingo em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Foi a segunda maior quantidade de chuva em 24 horas registrada este ano, perdendo apenas para os 78 mm que foram acumula-dos entre os dias 9 e 10 de agosto do cor-rente ano. O total de precipitação média para setem-bro é de aproximadamente 140 mm, de a-cordo com a Climatempo. Até as 9h deste domingo já haviam sido acumulados cerca de 285 mm, o dobro do normal. Sem considerar a chuva que caiu no sába-do, o acumulado deste domingo até as 13h chegava ao 81 mm em Caxias do Sul, na serra gaúcha. Valores próximos a 60 mm também foram registrados em outras locali-dades serranas e do planalto gaúcho.

Tufões atingem o

continente asiático No final deste mês de Setembro, também,

vários veículos de comunicação divulgaram

notícias e o saldo negativo dos ventos e das fortes chuvas provocados pela passa-

gem de tufões no continente asiático.

Na verdade, no período entre julho a setem-

bro deste ano, a ocorrência de tufões no

sudeste da Ásia foram bastante agressívos.

Só para se ter uma idéia, até o dia 30 de julho deste ano, 307 pessoas morreram e

cerca de 67 milhões foram afetadas direta

e/ou indiretamente por enchentes e desliza-

mentos de terra sob o efeito da passagem

de tufões, segundo dados do Ministério de Recursos da Água.

Inicialmente, as autoridades locais estima-

vam um número de mortos superior a 600

pessoas em Taiwan, Filipinas, China e Ja-

pão em consequência dos tufões Morakot e Etau.

Deslizamentos, enchentes, desmoronamen-

tos de construções (casas, pontes, prédios

etc.), inúmeros desabrigados, mortos e de-

saparecidos... Não são apenas prejuízos materiais, são – sobretudo - perdas huma-

nas associadas à grande devastação provo-

cada pela passagem de tufão.

No Norte das Filipinas, semana passada, o

tufão Morakot causou mortes, danos mate-riais, inundações e deslizamentos de terra.

Foram 22 mortos, entre os quais dois turis-

tas franceses e um belga.

Ao chegar em Taiwan, o Morakot - cujo no-

me significa esmeralda - devastou primeira-

mente várias áreas da ilha de Taiwan. De-

pois, seguiu em direção à China continen-tal.

Só para se ter uma idéia dos estragos e

prejuízos materiais e econômicos (além das

perdas humanas) em Taiwan, ocasionados

pela passagem do tufão Morakot, a ilha so-freu a pior enchente dos últimos 50 anos,

com ventos de 120 km/hora e formação de

ondas de 9 metros de altura.

Ao Sul da ilha, boa parte da aldeia de Xiao

Lin (ou Shiao Lin) - que tem 1.300 habitan-tes - ficou debaixo de lama em consequên-

cia de um deslizamento.

Segundo informações iniciais, mais de 600

pessoas se encontravam desaparecidas em

razão do deslizamento. Além das casas, na área atingida, havia uma escola primária.

No entanto, as últimas notícias afirmam que

as autoridades resgataram a maior parte da

população que, a princípio, foi declarada

estar soterrada embaixo da lama que desli-zou.

Uma outra cena, porém inusitada e, ao mes-

mo, desesperadora durante a passagem do

tufão Morakot em Taiwan foi a queda de um

antigo hotel, cuja força da água do rio - au-

mentada em função das fortes chuvas - salopou a base deste, ou seja, os seus ali-

cerces, fazendo-o desabar - praticamente -

inteiro no curso fluvial, sob forte corrente-

za. Embora, as mídias tenham noticiado

que não havia ninguém no interior do hotel, a cena causou impacto face à força destrui-

dora da água sob o efeito do fenômeno me-

teorológico.

Quando este atingiu a China continental,

cerca de 1 milhão de pessoas foram retira-das da costa oriental. Foi registrado o desa-

bamento de mais de 5.000 casas na região.

Enchentes, desabrigados, desaparecidos e

mortos foi o saldo negativo, também, da

passagem do Morakot na China continental. Contando com a chegada do Morakot, oito

tufões já atingiram o território da China,

neste ano de 2009.

No Japão, o tufão Etau também ocasionou

prejuízos materiais e mortes face às chuvas torrenciais, enchentes e deslizamentos de

terras. Cerca de 480 casas foram inundadas

pelas água de um rio, na cidade de Sayo,

em Hyogo, desabrigando mais de 2.000

pessoas. Em Hyogo várias pessoas estão desaparecidas e 12 perderam a vida.Os

estragos materiais e perdas humanas tam-

bém aconteceram em outros pontos do

país. Além dos efeitos do fenômeno meteo-

rológico (tufão), o Japão sofreu os reveses da dinâmica interna da Terra. Neste mesmo

mês de Setembro, a população sofreu com

os tremores de terra, isto é, terremotos.

Da redação

Analise da previsão do CPTEC/INPE - Cachoeira Paulista - SP para a PRIMAVERA de 2009 A Primavera deste ano de 2009, será mais chuvosa e mais quente devido á ação do El-Ninho. A Estação vai alternar frentes frias, com

períodos muito quentes, ocasionando o choque de temperaturas e com isso precipitações mais violentas e ventos fortes.

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Outubro 2009 Gazeta Valeparaibana Página 15

/////////////“A pessoa que não lê; mal fala, mal ouve, mal vê.“ (Malba Tahan)/////////////

Martha Stewart COMPOSTAGEM A chave para se ter sucesso na com-postagem é manter um mistura equili-brada de nitrogênio e carbono. Isso garante que adições variadas se trans-formem nas soluções emolientes para enriquecer o solo, com nutrientes pre-feridas pelos jardineiros. Fontes de nitrogênio (também chama-das de matéria verde úmida) incluem cascas de ovos e restos de legumes e gramas. Materiais que oferecem carbo-no, como folhas que caem das árvores, lascas de madeira e terra de solo mexi-do, são considerados matérias marrons ou secas, e devem compor a outra me-tade do bolo. O papel é uma fonte adequada de car-bono. Como as impressões de compu-tador, faturas de cartões de crédito e outros papéis processados são de de-composição lenta, triturá-los ou rasgá-los em pequenos pedaços irá garantir que os mesmos se rompam mais rápi-do. Para evitar que o papel forme uma camada impenetrável no composto, adicione o mesmo em pequenas por-ções de cada vez, alternando-o com outros materiais marrons ou verdes. Em geral, porém, tais documentos de-vem ser compostados em quantidades limitadas. A reciclagem convencional é uma maneira mais eficiente do que a compostagem de dar uma segunda vi-da ao PA. A adição de algumas faturas trituradas não deve causar nenhum problema. Ele aconselha, porém, evitar grandes quan-tidades de folhas de papel que passa-ram por processo intenso de clarea-mento, que podem acabar adicionando ao bolo produtos químicos indeseja-dos. Outros tipos de papel mais apropriados para a compostagem incluem as toa-lhas de papel pardo e filtros de papel (de preferência aquelas que não sofre-ram processo de clareamento), sacos de papel pardo triturados e jornais ras-gados em tiras (as páginas coloridas são aceitáveis, diz Bonhotal, pois a tin-ta costuma ser à base de soja). Porém, não utilize páginas de revista de papel brilhante e encartes de jornal, pois es-tes podem conter toxinas e serão de decomposição lenta. Torne a sua horta mais verde. HORTAS ORGÂNICAS As hortas orgânicas são mais uma filo-sofia da manutenção destes espaços do que de um sistema específico. O

sucesso depende da escolha de plan-tas e solo sadios e da criação de um ambiente acolhedor aos insetos corre-tos, aqueles que se alimentam dos ma-léficos à sua horta. Práticas que vão contra o equilíbrio natural, incluindo o uso de pesticidas – que exterminam não somente as pes-tes, mas também os insetos benéficos, tais como abelhas e mariposas – de-vem ser evitadas. Pesticidas atóxicos, derivados de plantas, também não ofe-recem uma solução viável duradoura para o extermínio de pestes. A maioria dos jardineiros orgânicos se livra dos pulgões e de outros insetos maléficos com uma jato forte de água, detêm pestes com tecidos ou grades, fazem podas sazonais para evitar o sur-gimento de certos insetos e removem as ervas daninhas manualmente, ao invés de usar herbicidas. Outra maneira de manter sua horta livre de pestes é recolhendo e livrando-se das folhas que caem das plantas devi-do aos fungos. É essencial manter-se vigilante para garantir que os proble-mas com insetos sejam resolvidos an-tes que os mesmos se alastrem, au-mentando o problema. A reciclagem de nutrientes através da compostagem é também de extrema importância para as hortas orgânicas. Fertilizantes sintéticos têm altos níveis de sódio que podem tornar o solo inós-pito para microorganismos vitais, en-quanto a compostagem reconstrói o solo levando de volta o que foi retirado pelas plantas. Assim que o composto for decomposto em uma substância escura e esfarelada ele já pode ser adicionado à horta. Mui-tos jardineiros orgânicos preparam o composto como o chá, mergulhando o composto finalizado em água morna e, em seguida, deixando escorrer, fazen-do um excelente fertilizante líquido pa-ra flores e vegetais. Outro fator importante é manter o vigor das plantas. Aquelas que estão sadias não precisam de fertilização frequente, enquanto que plantas que crescem em situação de estresse se tornam alvos fácies para pestes oportunistas - daí a importância de escolher um local apro-priado e de entender as necessidades da planta. Uma abordagem orgânica também de-manda uma compreensão da importân-cia de contribuir com os recursos natu-rais, incluindo o solo e a água, e de to-mar medidas para conservá-los, tais como a prevenção de erosões, a coleta de água de chuva, o uso de cobertura

mulch (cobertura morta), além de evitar ao máximo perturbar o solo.

Especialista dá algumas dicas de como fazer a adubação de

maneira correta e ensina como reconhecer quando a

planta precisa de Cuidados.

Usando adubo químico.

Ana Carolina Nogueira Se a sua planta está com as folhas a-mareladas, pode ser sinal de que algu-ma coisa não vai bem para ela. Esse é o principal sinal indicador de que está faltando algum componente no solo onde ela está plantada. São vários ti-pos de mancha, e cada um indica a fal-ta de um componente, como nitrogê-nio, fósforo ou potássio. Assim como nós, quando as plantas estão debilitadas, sua resistência baixa e elas ficam mais suscetíveis a serem atacadas por fungos e ficarem doentes. Por isso, é importante realizar a aduba-ção periodicamente, a cada 30 dias (no caso de adubo sólido) ou a cada 20 di-as (no caso de adubo líquido). Algumas plantas são mais propensas a carência de nutrientes, principalmente as de clima tropical, que na natureza teriam uma enorme quantidade de ali-mento. Já as plantas de clima árido, mais rústicas, como os cactos, por e-xemplo, podem ficar em solos com me-nos nutrientes sem problemas. Para realizar a adubação de maneira correta, é importante seguir alguns cui-dados, como ensina o agrônomo Fabio de Godoy, do Uemura Flores e Plantas. Segundo ele, o adubo NPK 10-10-10 é indicado para folhagens, enquanto NPK 4-14-08 é indicado para floração e fruti-ficação. Na hora de medir a quantidade certa de adubo para a planta você pode usar a própria colher de medição que vem na embalagem, que equivalem a colheres de sopa. Atenção às medidas: - Para plantas de até 15 cm de diâmetro – 1 colher de sopa - Para plantas com 15 cm a 25 cm de diâmetro – 2 colheres de sopa - Para plantas com mais de 25 cm de diâmetro – 3 a 5 colheres de sopa Cuidados essenciais Existem algumas espécies de sombra e outras de sol. Mas a maioria das bromélias aprecia apenas a claridade e não o sol dire-to, que pode até queimá-las. O vento, por sua vez, é bem tolerado por aquelas com folhas duras e ásperas. Outro fator impor-tante é a rega, que deve ser moderada. E o substrato deve ter boa drenagem para que a água escoe livremente. “As bromélias não suportam a terra ou o substrato encharcado, pois podem apodre-cer nesta situação. A rega deve ser feita com parcimônia e a água borrifada nas fo-

lhas. Além disso, a planta deve ficar com a base acima da terra, sem que as folhas te-nham contato com o substrato, caso con-trário também podem apodrecer”, orienta Maricy. Segundo Maricy, as bromélias praticamente não são podadas. “Deve-se apenas retirar as folhas secas e envelhecidas”, diz. Aliás, folhas ressecadas ou pintadas são sinais de que a planta não está sendo bem cuida-da e, nesse caso, ela pode não dar brotos, que são os seus filhotes, e, por conseqüên-cia, acabar morrendo. “Assim como as ba-naneiras, as bromélias florescem uma vez e, em seguida, dão filhotes, perpetuando sua espécie”, ensina. Quanto à adubação, a paisagista diz que não é preciso muita preocupação: “As bro-mélias não necessitam de uma adubação pesada. Uma formulação como 4:14:8 N:P:K a cada três meses já é suficiente”, recomen-da. E se a intenção é plantar a sua bromélia junto com outras plantas no mesmo vaso ou jardim, escolha espécies que tenham as mesmas necessidades, como um solo com boa drenagem e pouca água.

Conheça mais sobre bromélias e anote os segredos para

cultivá-la em casa

Yara Guerchenzon Uma das plantas preferidas por grande parte dos paisagistas é a bromélia, ta-manha a sua diversidade de espécies e beleza ornamental. Com suas formas esculturais, são sempre selecionadas a dedo para compor um visual impactan-te nos jardins tropicais. Ao todo, são cerca de 3 mil espécies, sendo 1.500 encontradas no Brasil. E a mais popular delas é, quem diria, o a-bacaxi! Uma das maiores, a Vriesea imperial, chega a atingir 1,5 m de diâ-metro na idade adulta, tamanho que pode alcançar após cerca de 10 anos. Entre versões consideradas miniaturas e outras até gigantes, as características e os cuidados, no entanto, são seme-lhantes. Segundo a paisagista Maricy Pissinatti, a bromélia só floresce uma vez na vida, já na idade adulta. “Depois de florir, ela dá os brotos – seus filhotes – na late-ral. E assim completa o seu ciclo de vida”, explica.

LIVRE PARA ANUNCIAR - LIGUE - 0xx12– 9114.3431

Compostagem, hortas urbanas e outras utilidades

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ÚLTIMA PÁGINA / Falando nisso

Não desperdice água. Não deixe uma única de suas torneiras de casa

pingando, seu dinheiro está indo para o ralo.

Água é um liquido precioso cada vez mais rara quando pura.

Água já provoca mortes de milhares de pessoas em diversos paises do mun-

do, por sua escassez. Água, caso não se poupe, poderá vir a

ser motivo de guerras e conflitos mundiais.

Pense nisso !!!!

Que futuro você quer deixar para seus filhos e netos?

A criança tem uma resposta mais imediata e, é o melhor agente

multiplicador de conhecimento em sua comunidade

familiar e social. Filipe de Sousa

PROJETO SOCIAL

Inicialização musical e instrumentalização

Pedimos desculpas por algum erro ortográfico ou gramatical. Não possuímos, ainda, um voluntário “revisor de texto”.

Ideologia é vida em segunda mão, é vida da cabeça dos outros António Justo O primeiro-ministro José Sócrates, en-quanto chefe do governo, conseguiu distanciar a escola dos cidadãos para a subordinar aos interesses do governo. Maquiavélico, difama os professores roubando-lhes a dignidade humana e social. Agora, em tempos eleitorais faz promessas aos que antes ofendeu. Com promessas “e bolos se enganam os tolos”!... Conta com a fraca memória do povo e sabe que a isca da idéia po-de muito em cabeças vazias ou distraí-das! O processo de remodelação esco-lar por ele iniciado tende à burocratiza-ção da escola para a pôr inteiramente ao serviço do sistema e dos que o do-minam. Que o Governo não seja sempre huma-no nas suas decisões é compreensível, o que se torna intolerável é o cinismo com que têm incrementado o processo de desumanização das escolas. Conse-guiu introduzir ideologia pela porta tra-vessa da burocracia, reduzindo sujei-tos a objetos. Ideologia é vida em se-gunda mão, é o estrume que alguns lançam nos campos da nação mas on-de só alguns medram. Uma escola quer-se um espaço livre e isento de política partidária, um lugar de todos onde a comunidade educativa se desenvolve numa dinâmica interrela-cional de realização da dignidade hu-mana individual e social. Uma escola fiel à sua vocação genuína e aos interesses duma sociedade digna do Homem é o lugar da criatividade onde educadores – educandos realizam as suas capacidades individuais, a sua personalidade, numa atmosfera de li-berdade responsável. Só um ensino virado para a personalidade, para a pessoa integral e não apenas para o intelecto possibilitará pessoas realiza-das, livres e criativas. Um ensino dirigi-do só para o intelecto cria pessoas de-pendentes e frustradas. A escola terá de se tornar num espaço livre, numa

comunidade educativa de descoberta recíproca. O saber mais profundo e transformador acontece na vivência do testemunho directo. O sistema democrático partidário vive de ideias, não quer modelos e prescin-de mesmo de personalidades íntegras; investe de preferência em ideias à mar-gem de ideais de vida e em pessoas já acabadas e com certezas, não interes-sadas na procura da verdade. Odeiam tudo o que é processo, ignorando que o ser humano, a natureza e a sociedade são um processo vivo, nunca objectivá-vel tal como a verdade. São relação a acontecer. Isto contradiria os princí-pios e estratégias que os levaram ao poder: dividir para reinar, desumanizar para mandar. A procura da verdade e a formação de personalidades abertas constituiria um estorvo numa socieda-de que querem partida e repartida. Por isso querem uma escola que sirva ver-dades mastigadas pelas bocas da ideo-logia, seja ela qual for. Querem uma sociedade de certezas mas não de ver-dade. Assim, um povo sem personali-dade nem personalidades estará sem-pre disponível e agradecido, chegando mesmo a ter momentos de empertiga-ção ao contemplar as “personalidades” insufladas de poder. Assim se estigma-tiza um povo, levada à situação de jarra partida, reduzido a cacos partidos, a ser colados pela cola da inveja... Por isso todas as ideologias autoritá-rias são pelo ensino nas mãos do esta-do, contra a construção duma socieda-de civil democrática que purificaria o regime democrático partidário. Por isso o sistema autoritário contra uma socie-dade humana aposta em planos escola-res burocráticos e não numa pedagogia livre, humana e integral sempre em pro-cesso contextuado. Não acreditam na dignidade da pessoa nem na dignidade da sociedade. Querem modelá-la à ima-gem e semelhança de suas ideologias feitas de ideias ressequidas e nascidas da inveja e do ressentimento, que tra-zem em si o veneno de toda a criativi-dade. Querem uma escola prosélita que reduza a dignidade do aluno à categori-

a de coisa e os docentes a meros ins-trumentos da sua máquina burocrática. Querem cidadãos convictos de ideolo-gia e não convictos da vida. Nas manifestações massivas dos do-centes, a sociedade portuguesa não se deu conta da complexidade do fenóme-no e caiu na esparrela do governo não descobrindo o desejo de liberdade e de criatividade muito escondido por baixo duma classe que consciente ou incons-cientemente reagia à ideologia burocra-tizada na escola. Falta-lhes a vontade e a fantasia ainda latentes na criança de-pois frustradas com o andar escolar. A fantasia da criança é ocupada pelo inte-lecto vocacionado para a análise e para conexões lógicas numa visão da reali-dade como a soma de partes isoladas enquanto que a fantasia e a intuição, que parte duma visão panorâmica do todo para as partes, é sufocada. No aguentam a visão do vaso completo, querem-no partido... Em vez do fomen-to das forças criadoras naturais da cri-ança investe-se tudo num tipo de esco-la que ignora as aptidões individuais, estiolando-as no sentido duma adapta-ção inconsciente a um sistema morto e que vive predominantemente num esta-do inconsciente. Falta o equilíbrio entre as disciplinas e a aferição das mesmas às idades, falta-lhes a consciência da dignidade humana e da dignidade dos seres em geral. Neste contexto a escola deixa de ser processo possibilitador de processos de humanização e de socia-lização humana para se reduzir a ofici-na de adaptação e de reparação de pe-ças para a máquina Estado. A este in-comodaria uma escola empenhada no desenvolvimento da personalidade, dado que o que lhe convém é a forma-ção duma sociedade rebanho, com um cidadão tipo cão. A democracia partidá-ria é coesa em si mas desacredita a democracia civil ao privilegiar o fomen-to duma cidadania canina. A vida dum povo, duma nação está de-pendente da sua criatividade e do seu espírito de liberdade. Não é suficiente uma formação geral a nível de TV. Esta retém e oculta a vida cultural e espiritu-

al vivendo duma imagem de homem e de sociedade sobretudo alienante. O homem coisificado é de fácil domínio. O partido quer votantes e a fábrica só quer braços. A cabeça estorva e o cora-ção só interessa como músculo. Por isso se encontram Estado e Economia tão unidos na transformação da socie-dade em mercado e do cidadão em pro-letário alheado. Acabou-se com as fronteiras da nação, da raça e da religião para se criarem os canteiros das ideologias partidárias e os lameiros da economia. Numa sociedade turbocapitalista e de ideais marxistas, o pensamento deu lugar à ideologia, que se revela como o melhor ópio do povo. Neste sentido a escola quer-se reduzida a uma oficina do sistema e não uma instituição pro-cesso possibilitadora de processos no sentido da personalidade e dum desen-volvimento superior. As revoluções não têm sentido, só ser-vem os mais iguais. A construção du-ma sociedade humana é um processo contínuo contra a alienação e com lu-gar para o sonho. Só um empenho pes-soal e iniciativas na criação de bióto-pos naturais, com uma atitude crítica perante o Estado e o sistema, possibili-tarão uma certa imunidade contra a corrupção e facultará uma cultura civil do humano transcendente, capaz de humanizar a democracia partidária. Só o empenho na humanização do homem e da sociedade poderá ser gratificante e impedir a frustração duma sociedade de cartaz. Não há verdade feita, não há Homem feito, um e outro são a mesma realidade a acontecer. António da Cunha Duarte Justo Kassel - Alemanha NOTA DA REDAÇÃO: o AUTOR, é um escritor português, radicado na Alemanha e, o Editor da Gazeta, achou por bem manter o texto original; não só em respeito ao autor, como também, oferecer a possibilidade de se formatar uma aula sobre as diferenças ortográ-ficas e gramaticais, entre as línguas irmãs.

LIVRE PARA ANUNCIAR

ESCOLA Uma sociedade de todos para alguns

LICEU NACIONAL DE ALMADA - Portugal

Foto meramente ilustrativa