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Metodologia Científica Professora: Alessandra Martins Coelho 21/09/2012

Tópicos Especiais em Ciência da Computação II · Metodologia de pesquisa para Ciência da Computação. ... MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia

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Metodologia Científica

Professora: Alessandra Martins Coelho

21/09/2012

Apresentação do Curso

Ementa O Sistema acadêmico brasileiro. O conhecimento científico e outros tipos de

conhecimento Desafios da Pesquisa em Computação no Brasil Ética na Prática Científica Modalidades de trabalhos científicos. A Pesquisa científica. Leitura e documentação.

Normalização do trabalho científico. Modalidades e Metodologias de pesquisa científica.

A expansão da vida acadêmico-científica. Metodologia de pesquisa para Ciência da

Computação.

Objetivo despertar no aluno o interesse pela

pesquisa e habilitá-lo para a leitura crítica da realidade e a produção do conhecimento;

instrumentalizar o aluno para que, a partir do estudo, possa planejar, executar, analisar e interpretar trabalhos científicos, além de saber empregar as normas técnicas.

Avaliações

Prova teórica (1)Trabalhos individuaisTrabalho em grupo (Seminário)

Referências - BibliotecaBARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida

de Souza. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 19. ed. Petrópolis: Vozes, 2010. 127 p. ISBN 978-85-326-0018-9.

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall, 2010. 162 p. ISBN 978-85-7605-047-6.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 297 p. ISBN 978-852-245-758-8

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2008. 304 p. ISBN -28-85-249-1311-2.

Referências - BibliotecaBASTOS, Cleverson; KELLER, Vicente. Aprendendo a

aprender: introdução à metodologia científica. 22. ed., RJ: Vozes, [200-?]. 111 p. ISBN 978-85-326-0586-3.

DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2009. 293 p. ISBN 978-85-224-1241-9.

FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 5. ed. rev. atual. São Paulo, SP: Saraiva, 2010. 209 p. ISBN 532-25532-25532-2.

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. 14. ed. Campinas: Papirus, 2008. 124 p. ISBN 7-7308-0607

VIEIRA, Sônia. Como escrever uma tese. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 138 p. ISBN 978-85-224-4975-0.

Referências Complementares WAZLAWICK, Raul Sidnei.

Metodologia de Pesquisa em Ciência da Computação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009

FERRAREZI JUNIOR, Celso. Guia do Trabalho Científico. Do Projeto à Redação Final: monografia, dissertação e tese. SÃO Pualo: contexto, 2011

O sistema acadêmico brasileiroNíveis Acadêmicos segundo a Lei n°

9394/06 (art. 21 e art.44)

Educação Básica Educação Superior

Educação Escolar

O sistema acadêmico brasileiroNíveis Acadêmicos segundo a Lei n°

9394/06 (art. 21 e art.44)

Educação Básica Educação Superior

Educação InfantilEnsino fundamental

Ensino Médio

Educação Escolar

O sistema acadêmico brasileiroNíveis Acadêmicos segundo a Lei n°

9394/06 (art. 21 e art.44)

Educação Básica Educação Superior

Educação InfantilEnsino fundamental

Ensino Médio

GraduaçãoAperfeiçoamento, Especialização

MestradoDoutorado

Educação Escolar

O sistema acadêmico brasileiroNíveis Acadêmicos segundo a Lei n°

9394/06 (art. 21 e art.44)

Educação Básica Educação Superior

Educação InfantilEnsino fundamental

Ensino Médio

Graduação (1ª etapa)Aperfeiçoamento, Especialização

MestradoDoutorado

Educação Escolar

O sistema acadêmico brasileiroNíveis Acadêmicos segundo a Lei n°

9394/06 (art. 21 e art.44)

Educação Básica Educação Superior

Educação InfantilEnsino fundamental

Ensino Médio

Graduação (1ª etapa)Aperfeiçoamento, Especialização

MestradoDoutorado

Educação Escolar

Pós-Graduação

Lato sensu

(- geral, amplo

- formação de base)Requisito: Graduação

O sistema acadêmico brasileiroNíveis Acadêmicos segundo a Lei n°

9394/06 (art. 21 e art.44)

Educação Básica Educação Superior

Educação InfantilEnsino fundamental

Ensino Médio

Graduação (1ª etapa)Aperfeiçoamento, Especialização

MestradoDoutorado

Educação Escolar - Primeira etapa da Pós-Graduação

Stricto sensu

- Duração: um ano e meio a três anos 2 anos (podendo variar conforme curso)

Requisito: Graduação

Visa a formação científica (demonstrar um domínio mais complexo no campo da pesquisa, na área e temas escolhidos

Trabalho: DissertaçãoResultado final relevante e comprovação de amadurecimento intelectual e conhecimentos relativos à bibliografia

Requisitos (em geral):Graduação e outros conforme a Instituição

O sistema acadêmico brasileiroNíveis Acadêmicos segundo a Lei n°

9394/06 (art. 21 e art.44)

Educação Básica Educação Superior

Educação InfantilEnsino fundamental

Ensino Médio

Graduação (1ª etapa)Aperfeiçoamento, Especialização

MestradoDoutorado

Educação Escolar - Segunda etapa da Pós-Graduação Stricto sensu

-Último Grau acadêmico do Sistema

-Duração: 2 a 4 anos ou mais, conforme Instituição

Visa a execução de pesquisa científica inédita, original e relevante.

Trabalho: TeseExige grande domínio do conhecimento específico, da bibliografia e dos procedimentos de pesquisa

Requisitos:Graduação ou Mestrado e outros conforme a Instituição

O PhD é um grau mais avançado que o doutorado?

• Não, é equivalente.• Oferecido no sistema norte-americano.O que é pós-doutorado?• Pós-doutorado não é um curso, mas um

estágio de atualização para doutores que se caracteriza pela execução de um projeto de pesquisa em um período que varia normalmente de três meses a um ano, podendo chegar a dois anos em casos excepcionais

Conhecimento científicoMeios de aquisição do conhecimento

Conhecimento Científico

Intuição• função especial da mente humana, que

age pelo pensamento, independente da pessoa ter formação científica ou técnica.

Conhecimento Científico

O Empirismo (Galileu e Bacon séc. XVII)Significa “experiência”• doutrina que afirma que a única fonte do

conhecimento é a experiência, ou seja, todo conhecimento somente é obtido por experimentação

Experimentar = Montar, Construir, Testar, Medir

Conhecimento CientíficoA Razão – Racionalização (Descartes séc.

XVII)• Doutrina que afirma que a razão humana

é a única fonte do conhecimento.• Os racionalistas afirmam que os nossos

sentidos nos enganam e nunca podem conduzir a um conhecimento verdadeiro.

• Um conhecimento é verdadeiro somente quando é logicamente necessário e universalmente aceito.

Conhecimento Científico• A qualidade do conhecimento científico é

dependente da forma de aquisição que é utilizada.

• No processo de obtenção de conhecimentos científicos devem ser utilizadas as três formas de aquisição de conhecimentos:

Intuição + Empirismo + Razão

Conhecimento Científico Produtivo

Conhecimento Científico x Técnico

Classificação da ciência

Ciência e Método

• A ciência somente aceita como verdadeiro o que é pode ser confirmado mediante comprovação compatível com o método científico

O que é Método Científico ?

• Conjunto de etapas ordenadamente dispostas a serem executadas na investigação de um fenômeno

Método Científico

Modelo Científico - Exemplos

O que é Metodologia Científica ?

• Conjunto de técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento de maneira sistemática

Metodologia Científica - Exemplo

Desafios da pesquisa em Ciência da Computação

• planejar e direcionar a pesquisa em computação para um período de 10 anos (de 2006 a 2016)

denfinição de cinco desafios:1. Gestão da Informação em grandes volumes de dados

multimídia distribuídos;2. Modelagem computacional de sistemas complexos artificiais,

naturais e socio-culturais e da interação homem natureza3. Impactos para a área da Computação da transição do silício

para novas tecnologias4. Acesso participativo e universal do cidadão brasileiro ao

conhecimento5. Desenvolvimento tecnológico de qualidade: sistemas

disponíveis, corretos, seguros, escaláveis, persistentes e onipresentes

Desafios da pesquisa em Ciência da Computação

• segundo seminário – proposta de Integração com a Industria e uma Perspectiva para 2020;

Ética na Prática Científica

- Moral é aplicada quando se quer ditar regras de conduta a uma pessoa ou a um grupo.

- Ética é a ciência que estuda as várias morais, comparando-as e verificando se são legítimas, se não são influenciadas, se realmente são modelos de referência para a tomada de decisões.

Ética na Prática Científica

• A ética se baseia muito no bom senso pessoal para estabelecer se uma moral atende às necessidades e desejos de um grupo/pessoa sem agredir os direitos da sociedade em volta.

Ética na Prática Científica

• necessidade de boas condutas na pesquisa científica e tecnológica tem sido motivo de preocupação crescente da comunidade internacional e no Brasil;

• vários exemplos que a história nos dá de fraudes e falsificação de resultados;

• publicações pressupõem a veracidade e idoneidade daquilo que os autores registram em seus artigos, uma vez que não há verificação a priori dessa veracidade;

Ética na Prática Científica

• A Ciência tem mecanismos de correção, porque tudo o que é publicado é sujeito à verificação por outros, independentemente da autoridade de quem publicou.

• Exemplo: “Homem de Piltdown” - uma montagem de ossos humanos e de orangotango convenientemente manipulados, que foi alegado seria o “elo perdido” na evolução da humanidade.

Exemplo

• “Homem de Piltdown” - uma montagem de ossos humanos e de orangotango convenientemente manipulados, que foi alegado seria o “elo perdido” na evolução da humanidade.

• a farsa foi desmascarada quando foi conferida com novos métodos de datação com carbono radioativo

Exemplo

• criação de uma falsa linhagem de células-tronco embrionárias humanas que deu origem a duas importantes publicações na revista Science em 2004 e 2005;

• autor principal foi considerado o mais importante pesquisador de 2004;

• fraude resultou na demissão desse pesquisador e na exclusão desses artigos da revista.

Modalidades de fraude ou má conduta em publicações

• Fabricação ou invenção de dados• Plágio• Autoplágio

Diretrizes1: O autor deve sempre dar crédito a todas as

fontes que fundamentam diretamente seu trabalho.

2: Toda citação in verbis de outro autor deve ser colocada entre aspas.

3: Quando se resume um texto alheio, o autor deve procurar reproduzir o significado exato das ideias ou fatos apresentados pelo autor original, que deve ser citado.

4: Quando em dúvida se um conceito ou fato é de conhecimento comum, não se deve deixar de fazer as citações adequadas.

Diretrizes5: Quando se submete um manuscrito para

publicação contendo informações, conclusões ou dados que já foram disseminados de forma significativa (p.ex. apresentado em conferência, divulgado na internet), o autor deve indicar claramente aos editores e leitores a existência da divulgação prévia da informação.

6: se os resultados de um estudo único complexo podem ser apresentados como um todo coesivo, não é considerado ético que eles sejam fragmentados em manuscritos individuais.

Diretrizes7: Para evitar qualquer caracterização de

autoplágio, o uso de textos e trabalhos anteriores do próprio autor deve ser assinalado, com as devidas referências e citações.

8: O autor deve assegurar-se da correção de cada citação e que cada citação na bibliografia corresponda a uma citação no texto do manuscrito. O autor deve dar crédito também aos autores que primeiro relataram a observação ou ideia que está sendo apresentada.

Diretrizes9: Quando estiver descrevendo o trabalho de

outros, o autor não deve confiar em resumo secundário desse trabalho, o que pode levar a uma descrição falha do trabalho citado. Sempre que possível consultar a literatura original.

10: Se um autor tiver necessidade de citar uma fonte secundária (p.ex. uma revisão) para descrever o conteúdo de uma fonte primária (p. ex. um artigo empírico de um periódico), ele deve certificar-se da sua correção e sempre indicar a fonte original da informação que está sendo relatada.

Diretrizes11: A inclusão intencional de referências de relevância

questionável com a finalidade de manipular fatores de impacto ou aumentar a probabilidade de aceitação do manuscrito é prática eticamente inaceitável.

12: Quando for necessário utilizar informações de outra fonte, o autor deve escrever de tal modo que fique claro aos leitores quais ideias são suas e quais são oriundas das fontes consultadas.

Diretrizes

13: O autor tem a responsabilidade ética de relatar evidências que contrariem seu ponto de vista, sempre que existirem. Ademais, as evidências usadas em apoio a suas posições devem ser metodologicamente sólidas. Quando for necessário recorrer a estudos que apresentem deficiências metodológicas, estatísticas ou outras, tais defeitos devem ser claramente apontados aos leitores.

Diretrizes14: O autor tem a obrigação ética de relatar todos os

aspectos do estudo que possam ser importantes para a reprodutibilidade independente de sua pesquisa.

15: Qualquer alteração dos resultados iniciais obtidos, como a eliminação de discrepâncias ou o uso de métodos estatísticos alternativos, deve ser claramente descrita junto com uma justificativa racional para o emprego de tais procedimentos.

16: A inclusão de autores no manuscrito deve ser discutida antes de começar a colaboração e deve se fundamentar em orientações já estabelecidas, tais como as do International Committee of Medical Journal Editors.

Diretrizes17: Somente as pessoas que emprestaram

contribuição significativa ao trabalho merecem autoria em um manuscrito. Por contribuição significativa entende-se realização de experimentos, participação na elaboração do planejamento experimental, análise de resultados ou elaboração do corpo do manuscrito. Empréstimo de equipamentos, obtenção de financiamento ou supervisão geral, por si só não justificam a inclusão de novos autores, que devem ser objeto de agradecimento.

Diretrizes

18: A colaboração entre docentes e estudantes deve seguir os mesmos critérios. Os supervisores devem cuidar para que não se incluam na autoria estudantes com pequena ou nenhuma contribuição nem excluir aqueles que efetivamente participaram do trabalho. Autoria fantasma em Ciência é eticamente inaceitável.

Diretrizes19: Todos os autores de um trabalho são

responsáveis pela veracidade e idoneidade do trabalho, cabendo ao primeiro autor e ao autor correspondente responsabilidade integral, e aos demais autores responsabilidade pelas suas contribuições individuais.

20: Os autores devem ser capazes de descrever, quando solicitados, a sua contribuição pessoal ao trabalho.

21: Todo trabalho de pesquisa deve ser conduzido dentro de padrões éticos na sua execução, seja com animais ou com seres humanos.