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1 Análise do banco de dados de resultados dos ensaios de emissão acústica realizados no sistema PETROBRAS Professor: João Marcos A. Rebello Aluno: Sergio Damasceno Soares

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Análise do banco de dados de resultados dos

ensaios de emissão acústica realizados no

sistema PETROBRAS

Professor: João Marcos A. Rebello

Aluno: Sergio Damasceno Soares

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Introdução

Pesquisadores e engenheiros brasileiros têm estudado o fenômeno de emissão acústica

(EA) desde 1979 e o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da PETROBRAS

(CENPES) tem desempenhado importante papel neste contexto. Durante os últimos 24

anos, a PETROBRAS tem tentado usar a técnica de Emissão Acústica como uma

ferramenta de inspeção. Neste período o conceito de Emissão Acústica foi alterado de

uma revolucionária técnica de inspeção para uma técnica de inspeção global com o

objetivo de indicar áreas para inspeção complementar.

A PETROBRAS tem uma grande quantidade de vasos de pressão e outros

equipamentos inspecionados por Emissão Acústica para estabelecer uma correlação

com Ensaios Não Destrutivos, nos último cinco anos foram inspecionados mais de 500

equipamentos.

O CENPES tem conduzido testes hidrostáticos destrutivos e auxiliado as refinarias do

sistema PETROBRAS com o objetivo de definir um novo procedimento para análise de

dados de Emissão Acústica.

O princípio usado nesta técnica de inspeção é que o crescimento de uma

descontinuidade provocado por um campo de tensão irá emitir um sinal sonoro. O sinal

emitido viaja pela estrutura e é capturado por transdutores posicionados na superfície do

equipamento em ensaio. A emissão acústica é capaz de detectar a propagação de

descontinuidades internas ou que aflorem à superfície. A localização das

descontinuidades pode ser estimada mediante os tempos de chegada dos sinais aos

sensores. A localização precisa, assim como o tamanho e a orientação da

descontinuidade, pode ser obtida com outras técnicas não-destrutivas. Atualmente, o

principal problema na utilização desta técnica é o forte ruído ambiental nas plantas de

processo, embora a separação de ruído e sinal seja possível pela utilização de modernos

equipamentos que utilizam técnicas de filtragem eletrônica.

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A inspeção por emissão acústica é um método de inspeção global, e pode ser aplicado a

uma grande variedade de estruturas, incluindo craqueadores catalíticos, esferas de

armazenamento, sistemas de tubulações, tanques de armazenamento fabricados em

plástico reforçado com fibra de vidro e vasos de pressão. Também pode ser aplicado a

extensa faixa de materiais e espessuras, além de estruturas em operação, à temperatura

ambiente ou elevada. É necessário o acesso à estrutura para instalar os transdutores. A

preparação da superfície só é exigida na área de instalação do transdutor, inclusive a

remoção do isolamento. Para gerar a emissão acústica é necessário tensionar a estrutura

por sobrepressão ou gradiente térmico.

A emissão acústica detecta descontinuidades que liberem energia de deformação quando

a estrutura é tensionada. Eventos tipicamente detectados durante a inspeção por emissão

acústica incluem crescimento de trincas de fadiga, danos induzidos pela ação do

hidrogênio, corrosão sob tensão, empolamentos, corrosão avançada e quebra de fibras

em materiais plásticos reforçados com fibra de vidro.

A grande vantagem do método de inspeção por emissão acústica consiste no fato de ser

uma inspeção relativamente rápida, de uma grande área, na presença de

descontinuidades ativas estruturalmente, podendo indicar áreas isoladas que necessitem

de inspeção complementar. A grande vantagem transforma-se, também, em grande

desvantagem enquanto o paradigma da inspeção de equipamentos não for mudado, pois

a inspeção por emissão acústica somente irá detectar descontinuidades ativas. Sendo

assim, muitas das descontinuidades geradas no processo de fabricação podem não ser

detectadas.

O ensaio por emissão acústica fundamenta-se na detecção de ondas de natureza

mecânica, emitidas pelas descontinuidades durante a solicitação dos materiais e

equipamentos. As pequenas alterações que ocorrem nos materiais quando estes iniciam

os processos de fratura geram, em maior ou menor grau, uma quantidade de ondas de

natureza acústica, originadas pela liberação de energia que está associada a estes

mecanismos.

O caráter passivo da técnica por emissão acústica, isto é, detectar os sinais emitidos pela

estrutura sem nada introduzir nela, torna este ensaio fundamentalmente diferente dos

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outros convencionais. Os ensaios convencionais aplicam um determinado impulso sobre

o material e analisam a resposta produzida. No ensaio por emissão acústica nem todas

as descontinuidades serão detectadas, pois somente os defeitos críticos entram em

processo de fratura, à medida que a peça for solicitada mecanicamente. Neste caso, as

atenções são concentradas na análise de defeitos ativos, isto é, que se alteram com a

solicitação mecânica.

O ensaio de emissão acústica realizado industrialmente em vasos de pressões e demais

equipamentos que contenham pressão interna é realizado coletando e processando sinais

gerados pelas descontinuidades porventura existentes. O processamento dos sinais

geralmente é executado por programas de computador específicos para emissão

acústica. Estes softwares são desenvolvidos pelas empresas que fabricam sistemas de

emissão acústica e em alguns casos prestam serviços de inspeção. Portanto, a forma

com que a análise de dados é executada não é totalmente conhecida.

O Departamento de Materiais e Metalurgia da Coordenação dos Programas de Pós-

Graduação em Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

em conjunto com o Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará (UFC)

propuseram a FINEP um projeto para o estudo a relação existente entre esforço

mecânico aplicado e sinais de emissão acústica para apoiar o CENPES no

desenvolvimento de critérios de análise de ensaios de emissão acústica em

equipamentos da indústria de petróleo.

Uma das etapas deste estudo consistiu em realizar um levantamento dos ensaios de

emissão acústica realizados no sistema PETROBRAS e os ensaios não destrutivos

realizados após o ensaio de emissão acústica para possibilitar o estabelecimento de uma

correlação entre resultados de emissão acústica e mecânica da fratura. O levantamento

dos resultados de emissão acústica e ensaios não destrutivos foi sistematizado em um

banco de dados construído em Microsoft Acess.

A análise do banco de dados proporcionará um estudo da confiabilidade co critério

MONPAC de análise de dados de emissão acústica e como conseqüência uma definição

do grau de confiabilidade do ensaio de emissão acústica.

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Revisão bibliográfica das atividades relacionadas a

inspeção com a técnica de emissão acústica

Durante os últimos 23 anos, a PETROBRAS tem tentado usar a técnica de Emissão

Acústica como uma ferramenta de inspeção de equipamentos. Neste período o conceito

de Emissão Acústica foi alterado de uma revolucionária técnica de inspeção para uma

técnica de inspeção global com o objetivo de indicar áreas para inspeção complementar.

A PETROBRAS tem uma grande quantidade de vasos de pressão e outros

equipamentos inspecionados por Emissão Acústica para estabelecer uma correlação

com Ensaios Não Destrutivos, somente nos último cinco anos foram inspecionados mais

de 300 equipamentos em refinarias, terminais e plataformas off-shore.

O CENPES tem conduzido testes hidrostáticos destrutivos e auxiliado as refinarias do

sistema PETROBRAS com o objetivo de definir um novo procedimento para análise de

dados de Emissão Acústica.

Este capítulo apresenta uma breve revisão bibliográfica dos projetos e resultados

obtidos pelo CENPES desde 1979 e alguns artigos publicados sobre o tema de emissão

acústica que guardam relação com a aplicação em ambientes da indústria de petróleo.

Um método para a obtenção das assinaturas (formas de onda) de eventos claros de

emissão acústica foi desenvolvido por Breckenridge, Tschiegg, e Greespan. A forma de

onda identifica o que é a fonte, livre de contaminação pelo tocar do corpo-de-prova,

aparato e transdutor. A técnica é baseada na comparação de dois sinais do transdutor,

um do evento em questão e um do evento artificial de forma de onda conhecida. O

aparato é também adaptado para a calibração de transdutores em uma certa

sensibilidade. A configuração da fonte (evento de emissão acústica real ou simulado) e

o correspondente transdutor de recepção para casos especiais do problema de Lamb são

apresentados neste artigo.

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No sentido de distinguir emissões acústicas de ruído de fundo e melhorar o

entendimento do mecanismo de geração da emissão, é importante obter o espectro de

freqüência de um sinal individual de fratura na mais extensa faixa de freqüência

possível. Graham e Alers modificaram um registrador de fita de vídeo Sony como uma

maneira que um sinal de emissão acústica individual de fratura possa ser registrado e

subseqüentemente revisto em um analisador de espectro Hewlett-Packard. Este sistema

torna possível a rápida determinação do conteúdo em freqüência do sinal de 0 a 3 MHz.

Também permite a medição da distribuição de amplitude de qualquer série de sinais

emitidos durante um intervalo particular de tempo de um teste de deformação mecânica.

Uma vez que muitas das irregularidades observadas no espectro podem ser traçadas para

ressonâncias internas na cerâmica do transdutor usado, um microfone transdutor

capacitor especial foi desenvolvido com resposta plana em freqüência. Resultados em

ligas de alumínio, ligas de titânio, alguns aços e um cristal único de MgO mostraram

todos o mesmo espectro em geral. Um vaso de pressão de reator de aço (A533B)

deformando em tensão exibiu máxima energia próximo de 1,0 MHz e o trincamento de

vidro através de um indentador esférico apresentou um máximo similar entre 0,5 e 1,0

MHz dependendo da carga aplicada.

O primeiro relatório feito pela PETROBRAS foi escrito por Allevato (Allevato, 1979)

em 1979. Este minucioso relatório descrevia uma pequena história do método desde a

utilização dos sinais acústicos emitidos durante a deformação do estanho para

construção de utensílios domésticos e militares, nos séculos anteriores, passando por

Joseph Kaiser, na Alemanha nos anos 50, Schofield e Tatro, nos Estados Unidos da

América nos anos 50 e outros cientistas na década de 60. Allevato reportou aplicações

na pesquisa de materiais, integridade estrutural de vasos de pressão e reatores. Neste

período o sistema descrito e conhecido pela PETROBRAS era o ACOUST proveniente

da Exxon Nuclear, foram utilizados cabeçotes da Dunegan Corporation com pré-

amplificadores Trodyne. A análise de sinais foi conduzida com o auxílio de

osciloscópio.

Allevato (Allevato, 1980) revisou os princípios básicos, a instrumentação e as

aplicações gerais da técnica de ensaio não destrutivo (END) por emissão acústica

(“ondas elásticas espontâneas produzidas por materiais sob tensões mecânicas”) em

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1980. A ênfase foi à avaliação da integridade estrutural de vasos de pressão e reatores

em geral.

Foram fornecidos exemplos do uso desta técnica de inspeção na indústria de petróleo,

com gráficos, diagramas e fotografias. O campo de aplicação da técnica estava se

expandindo com o desenvolvimento de melhores cabeçotes, permitindo o estudo do

desempenho mecânico de materiais em altas temperaturas. Foram descritas as

aplicações para a área de pesquisa dos materiais, com estudos teóricos em corrosão sob

tensão induzida pelo hidrogênio, e na avaliação da integridade de vasos de pressão e

reatores em geral. O sistema de emissão acústica com os seus principais componentes

foi descrito. Allevato apresentou o diagrama de blocos do sistema Acoust da Exxon

Nuclear, sensores para temperatura ambiente e para alta temperatura, pré-amplificador e

caixa de junção. A análise de dados englobava a contagem de duração do sinal, a

contagem de eventos, a análise de energia e a medida da média quadrática. Sistemas de

áudio, de queda de energia, magnético de armazenamento de informação e de análise de

tempo foram descritos sucintamente. O sistema de análise de relevância e localização de

fontes utilizava mapas tridimensionais de localização e relevância (duas dimensões para

a superfície do objeto em teste e uma dimensão para relevância) e tabela de localização

de defeitos (atuais gráficos de localização exata). A localização de fontes por métodos

não computacionais utilizava os métodos de hipérboles, Appollonius, tabela de

otimização e sondagem (inserção de sinais artificiais conhecidos). Foram apresentados

exemplos de utilização da técnica de inspeção por emissão acústica em reatores de

hidrocraqueamento e hidroacabamento, torre absorvedora e tubos de perfuração

utilizando sistemas de 32 canais com sensores de 220 kHz e 450 kHz. Os materiais

inspecionados foram aços A 387-61T grau E, SA-387-D, A-212-B e A-336-F22.

Allevato concluiu pela viabilidade do método de inspeção por emissão acústica para

avaliação da integridade estrutural de equipamentos da indústria de petróleo.

Em 1980, Allevato e Ramos discutiram as aplicações de emissão acústica em testes de

corrosão. Em estudos de corrosão não é necessária a presença de tensão em função da

fonte de estímulo serem as reações eletroquímicas que produzem gases. Gráficos foram

apresentados com a correlação entre corrosão e taxa de emissão acústica, contagem

acumulada e hidrogênio coletado, efeito galvânico na emissão acústica e o efeito do

inibidor Na2CrO4 na direção do decréscimo da atividade de emissão acústica. Em 1980,

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emissão acústica não estava totalmente desenvolvida para estudo dos fenômenos de

corrosão, mas era possível prever que poderia ser usada em estudos de corrosão

associada e esforços mecânicos como, por exemplo, corrosão sob tensão.

Em 1982, Allevato e Carneval (Allevato, 1982) mostraram os princípios básicos,

instrumentos e aplicações gerais da técnica de emissão acústica, enfatizando a

integridade estrutural de vasos de pressão e reatores. Neste momento, Allevato escreveu

que o campo de emissão acústica estava aumentando com desenvolvimento de sensores

que permitiriam o estudo do desempenho de materiais em altas temperaturas e

monitoração e detecção de trincas de fadiga em estruturas off-shore. Os ensaios de

emissão acústica eram conduzidos com instrumentações que utilizavam o sistema

operacional DOS para coleta e análise de dados. Em 1982 os dados eram exportados em

discos flexíveis que comportavam 144 kB.

Em 1983, Allevato (Allevato, 1983) testemunhou o que pode ter sido o primeiro teste de

emissão acústica feito no Brasil. Este teste foi realizado na Oxiteno do Nordeste na

Bahia, e foi conduzido pela DNV-ITL utilizando o sistema D/E 1032 com 32 canais.

Mourão, Siqueira, e Allevato reportaram em 1984 (Farias, 1983) o primeiro projeto de

pesquisa na PETROBRAS para monitoramento estrutural de plataformas off-shore

usando várias técnicas, inclusive emissão acústica.

Durante o ano de 1984, foram realizadas inspeções usando emissão acústica em duas

refinarias da PETROBRAS. Os relatórios dessas inspeções não foram encontrados na

biblioteca do CENPES, porém foram identificadas pelo PETROSIN (software que

controla a documentação técnica). O registro do PETROSIN informa que os testes

foram realizados nas esferas TQ 16J da REFAP e na esfera EF-4418 da REPAR. Este

relatório foi escrito por Cláudio Allevato, Gilberto Borges e Marcos Mattos.

Em 1986, Feres e Carvalho (Feres, 1986) publicaram um artigo sobre a inspeção por

emissão acústica realizada nos reatores K-3401 A e B localizados na refinaria localizada

em Cubatão (RPBC). Este artigo foi dividido em duas seções. A primeira seção

descrevia o resultado para detecção e localização de descontinuidades, e a segunda

seção foi destinada a determinar em qual fase do ciclo de operação existiam as

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condições mais severas para nucleação de descontinuidades e ou propagação de

descontinuidades existentes.

Em 1986, Camerini (Camerini, 1986) reportou que a preocupação das indústrias com os

custos operacionais e valores associados com a inspeção de equipamentos tinham um

papel importante na inspeção com emissão acústica. Emissão acústica tem sido

desenvolvida para reduzir custos de inspeção e garantir a integridade de um

equipamento ou parte dele. Estas opções seriam possíveis pela avaliação dinâmica da

propagação de uma onda de tensão dentro do material, exame rápido e inspeção em

serviço. Testes de crack tip opening displacement (CTOD) foram realizados e vasos de

pressão foram submetidos a testes hidrostáticos. Os vasos de pressão contendo defeitos

artificiais tais como perda de espessura por usinagem e trincas feitas por impacto em

temperatura criogênica. Foi concluído que emissão acústica apresentava bons resultados

na localização linear de trincas de fadiga, mas em vasos de pressão os resultados não

foram tão bons em função do grande espalhamento. Sensores de emissão acústica não

detectaram defeitos usinados e as trincas, mas as trincas levaram os vasos à falha nos

testes hidrostáticos.

Camerini, Soares e Sant'Anna (Camerini, 1987) relataram em 1987 que testes

laboratoriais confirmaram que emissão acústica tinha um bom potencial para ser usada

na inspeção de equipamentos, mas ensaios de campo não alcançaram o mesmo nível

sendo necessários maiores desenvolvimentos. O sistema PAC-3004, ambiente DOS com

possibilidade de utilização de 4 canais com sensores R-15 e pré-amplificadores 1220A

foram usados nestes trabalhos. Três testes laboratoriais com trincas de fadiga e cinco

vasos de pressão com defeitos artificiais foram conduzidos. Para os vasos foi utilizado

um sistema PAC com 12 canais e sensores R15I. O último teste foi realizado

simultaneamente com dois diferentes prestadores de serviço, infelizmente os resultados

dos dois prestadores de serviço foram diferentes entre si e não apresentaram

corretamente o local da falha no vaso de pressão.

Blackburn desenvolveu em 1988 um procedimento de teste para caminhões que

transportam e distribuem gases industriais (por exemplo: oxigênio, hélio, hidrogênio,

monóxido de carbono e misturas) em cilindros de aços. O Departamento de Transporte

dos USA (DOT) especifica tubos de aço Cr - Mo, com 558,80 mm de diâmetro, 12,7

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mm de espessura e 10,363 m de comprimento. A pressão típica de enchimento é 185

kgf/cm2. Anteriormente, DOT requeria reteste hidrostático dos tubos a cada 5 anos. O

desenvolvimento conduzido por Blackburn sistematizou o estudo em tópicos

organizados da seguinte forma:

- Discussão da máxima profundidade de defeito permitida;

- Desenvolver um método de teste por EA para carreta de tubos;

- Estudo de atenuação o sinal;

- Discussão dos resultados de laboratório de trincas de fadiga em corpos-de-prova dotipo CT;

- Discussão dos diferentes tipos de fontes de emissão acústica nas trincas de fadiga.

O teste de EA irá indicar a presença e posição de descontinuidades. Após a detecção da

descontinuidade, o tipo e a dimensão da descontinuidade definirá se será permitida a

manutenção da carreta em serviço. As descontinuidades porventura existentes nos

cilindros da carreta tenderão a se transformar em trincas de fadiga em função do ciclo

de trabalho da carreta, enchimento, esvaziamento e enchimento em períodos de 3 dias

em média. Utilizando fundamentos de Mecânica da Fratura o tamanho crítico da

descontinuidade nas condições de serviço (por exemplo na máxima pressão de serviço)

pode ser determinado.

A não remoção da carreta do serviço, o teste ser feito com o próprio produto de

trabalho, e a não contaminação da carreta com água são algumas das vantagens do

ensaio de EA. O ensaio de EA localiza as descontinuidades e as dimensões são obtidas

com outros métodos não destrutivos.

No comprimento dos tubos, atenuação está na faixa de 20 a 24 dB. Gráficos de

atenuação versus distância são medidos nos tubos que contém gás em pressão

moderada.

Este método simplesmente localiza campos de emissão. Significancia dos campos de

emissão é obtida baseada na contagem do evento. Posições de campos significantes são

inspecionadas por ultra-som. Existência de descontinuidades, dimensões, são

estabelecidas pela inspeção ultra-sônica.

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Testes foram realizados para caracterizar emissão do crescimento da trinca de fadiga.

Corpos-de-prova tensão compacto (CT) em orientação longitudinal foram preparados. A

máxima de tensão foi equivalente a que iria ocorrer na profundidade máxima permitida

da descontinuidade. Corpos-de-prova foram levados a fratura e EA foi monitorada.

Gráficos de picos de amplitude, e voltagem RMS versus carga indicaram que: existe

mais que uma fonte de EA nas descontinuidades nos tubos de aço liga; EA é

prontamente medida em baixas cargas as quais são próximas as cargas de serviço.

Dados dos testes de corpos-de-prova CT e dos testes dos tubos forneceram picos de

amplitude de várias fontes diferentes. Curvas de atenuação foram usadas para corrigir

pico de amplitude medido. A tabela 2.1 apresenta este resultado.

Tabela 2.1 - Relação entre picos de amplitude e fontes de EA.

Fonte Pico de amplitude na fonte (dB)

Escama desbastada 50-110

Corrosão externa 66-78

Contato mecânico 19-66

Crescimento de trinca de fadiga 19-60

Atual crescimento de trinca nestes aços cromo - molibdênio produz relativamente baixo,

mas detectável picos de amplitudes. Outras fontes são orientadas na detecção e

localização de descontinuidades.

O grupo de pesquisa da ABENDE preparou um programa em 1988 com o objetivo de

desenvolver a técnica de emissão acústica no Brasil. Faziam parte deste grupo, usuários

brasileiros e prestadores de serviço, além da PETROBRAS. Os primeiros resultados

indicaram um grande potencial devido a testes de laboratório, mas testes de campo não

atingiram o mesmo nível. Baseado em avanços substanciais na instrumentação no

período 87-88 e em recentes procedimentos escritos, outra avaliação foi conduzida.

Nesta avaliação, cinco corpos de prova tubulares foram construídos para retestar esta

nova abordagem. Foi determinado que a detecção de vazamento tinha alta sensibilidade

e era proporcional a pressão. Fontes identificadas como A e B (severas) foram

identificadas prematuramente quando relacionada ao colapso final, isto significava que

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o critério proposto em 1988 obtinha resultados satisfatórios. Embora as fraturas não

tenham ocorrido nos locais assinalados, os corpos de prova falharam em regiões com

danos estruturais os quais foram previamente detectadas e localizadas. Localização

linear e planar não foram avaliadas em função da geometria do corpo de prova, mas a

localização zonal mostrou bons resultados.

Castelo Branco (Castelo Branco, 1989) apresentou os resultados obtidos de um

programa para avaliar a confiabilidade do uso da técnica de emissão acústica em escala

industrial, em 1988. Este programa consistiu de testes em laboratórios em 15 corpos de

prova de CTOD, 30 testes hidrostáticos até a falha em pequenos vasos de pressão e

sessenta ensaios de campo. Foram inspecionadas 16 esferas, 13 reatores, 10 vasos, nove

cilindros, cinco torres, dois permutadores e cinco tubulações. Foram estabelecidas cinco

conclusões:

(a) o método de emissão acústica indicou confiabilidade e confirmou o princípio de

funcionamento quando utilizado em escala laboratorial;

(b) não foi possível definir o campo de aplicação de emissão acústica;

(c) equipamentos, software, acessórios e padronização não alcançaram a nível

requerido para aplicações gerias;

(d) o método de emissão acústica pode ser usado em casos específicos; e,

(e) emissão acústica não deve ser usada como substituta de outras técnicas de END.

Estes resultados sugeriam que a técnica não tinha sido completamente desenvolvida e

que o campo de aplicação não estava bem definido, mas que poderia ser usada

cuidadosamente em casos específicos.

A parceria entre a BRASITEST e a PAC não obteve bons resultados em 1989 quando

foram realizados testes em juntas tubulares submetidas a ciclos de fadiga e vasos de

pressão submetidos à teste hidrostático até a falha. Camerini e Soares (Camerini, 1989)

descreveram outras conclusões. Por exemplo: por meio de um pulser foi determinado

que os sensores não tinham o mesmo comportamento. Esta sentença foi muito

importante porque os critérios de análise foram baseados em parâmetros obtidos de

sinais coletados. Finalmente, em 1989, foi sugerido que emissão acústica não devia ser

usada com a instrumentação que estava disponível no mercado até que mudanças

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profundas fossem introduzidas no hardware e no software, e novas avaliações

pudessem ser conduzidas.

Castelo Branco e Camerini (Castelo Branco, 1989) descreveram em um artigo publicado

em 1989 os principais pontos polêmicos da técnica de emissão acústica. As discussões

foram centradas na necessidade ou não de uma localização exata da fonte, desempenho

de sensores, procedimentos globais ou específicos e sobre pressão ou monitoramento

contínuo durante o processo industrial. Neste ponto emissão acústica não foi

considerada uma técnica confiável e novos esforços foram propostos para desenvolver a

técnica para uso na PETROBRAS. As soluções propostas foram: desenvolver

localização exata e em tempo real, aumentar a fidelidade e a confiabilidade do sensor.

Também foi estabelecido que procedimentos específicos que realizam a monitoração

durante as condições reais de operação tinham demonstrado resultados melhores quando

comparados com procedimentos de sobre pressão.

Jones, Friesel, e Gerberich mediram EA durante o crescimento subcrítico de trincas em

diversos materiais (Ferro, Níquel, aço inoxidável austenítico 304, aço ferramenta, e em

um cristal único Fe-Si). Os testes foram conduzidos usando corpos-de-prova tipo tensão

compacto (CT) em uma variedade de ambientes. Foi concluído que os pequenos, saltos

de trincas descontínuas não foram detectados com o equipamento de monitoração de

EA. Igualmente, para o crecimento subcrítico de trincas intergranulares, foi concluído a

extensão da trinca sem a presença de EA ou pequenos saltos de trincas descontínuas não

detectáveis por EA. Também foi postulado que as superfícies de fratura transgranular

acompanhando o crescimento subcrítico de trincas intergranulares resultaram de

ligamentos que foram fraturados ao lado do avanço da frente da trinca.

A caracterização quantitativa de fontes de emissão acústica em microtrincamentos de

aços foi estudada em 1990 por Takatsubo e Kishi e publicada em um artigo onde a

técnica de análise das ondas das fontes de emissão acústica são uma nova técnica não

destrutiva para a pesquisa de processos dinâmicos de fratura. Takatsubo e Kishi

aplicaram esta técnica para a caracterização quantitativa de fontes de trincas em fratura

dúctil. Usando duas amostras de aço ASTM A533B com diferentes conteúdos de

enxofre, emissões acústicas durante testes de tenacidade à fratura foram detectadas,

localizadas, e analisadas. Os sinais detectados de emissão acústica foram classificados

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em dois tipos de acordo com as formas de onda analisadas. Uma foi um sinal devido ao

microtrincamento em inclusão de MnS, e outra foi um sinal devido a coalescência de

vazios. Os resultados da análise da onda da fonte mostraram que o microtrincamento

nas inclusões foi devido a trinca em tensão do tipo Modo I com dimensões de 10-30

µm, e a coalescência de vazios foi devido a tensão cisalhante misturada com trincas com

dimensões de 60-100 µm. Foi confirmado que esta técnica é muito efetiva para a

avaliação quantitativa de microtrincamento e para a detecção de nucleação e

crescimento de trincas.

Nos últimos anos muitos testes hidrostáticos, ciclos de fadiga e testes de carregamento

térmico tem sido realizados vasos de pressão de reatores, os quais continham defeitos

tipo trinca, com a ajuda do desenvolvimento de condições de detectabilidade de

crescimento ou não de trincas por emissão acústica (EA). Deuster, Sklarczyk e

Waschkies estudaram em 1991 a EA gerada e registrada durante estes experimentos.

Técnicas para avaliação dos dados de EA têm sido desenvolvidas as quais permitem a

separação dos eventos de EA de crescimento de trincas e fricção de trincas superficiais

pelo tempo de subida. Crescimento de trinca pode ser detectado pela alta sensibilidade

em carregamentos térmicos e testes de fadiga, onde a detectabilidade da fricção das

superfícies da trinca aumenta, com a quantidade de tensões compressivas entre as

superfícies da trinca. Em testes hidrostáticos somente um baixo nível de EA é produzido

pelo não crescimento de trincas devido à falta de tensões compressivas.

Camerini (Camerini, 1992) relatou em 1991 alguns aspectos dos estudos feitos em

emissão acústica na PETROBRAS. Estes aspectos foram divididos em quatro itens.

Primeiro, em 1988 durante uma missão de três meses nos EUA foi concluído que existe

um aumento do uso de emissão acústica para verificar a integridade estrutural e grandes

companhias como MONSANTO e EXXON estavam usando emissão acústica quase

como uma rotina. A despeito dos progressos, emissão acústica não era aceitável e

confiável como outras técnicas de END. A capacidade de aquisição de dados e

localização exata deviam ser melhoradas. A técnica de emissão acústica pode ser usada

como exame complementar, não como substituta. As normas em 1991 eram pobres e em

baixo número. O programa MONPAC era o pacote mais poderoso para realização de

inspeção. Os estágios de desenvolvimento da PETROBRAS e dos usuários brasileiros

eram similares aos do mercado dos Estados Unidos da América em uso, dúvidas e

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preocupações, e a inspeção com emissão acústica podia ser permitida em casos

específicos. O segundo item foi à condução de dois testes, um em uma junta tubular

submetida a ciclo de fadiga e outro em um vaso de pressão. Estes testes mostram que a

técnica convencional de emissão acústica não era capaz de detectar sinais gerados por

trincas. A terceira parte foi uma tese de mestrado para estudar a correlação entre

emissão acústica e um aço estrutural (A516 Gr-60) durante teste de CTOD (BSI, 1979).

A conclusão principal desta tese foi que a energia do sinal (MARSE) tinha baixa

intensidade, em torno de 25 dB, e o limiar de detecção usado em procedimentos de

campo era ajustado para 40 dB, tornando impossível à detecção de eventos oriundos de

trincas e propagação de descontinuidades. A quarta parte foi à realização de um teste

com a Hartford Steam Boiler nas dependências da refinaria Duque de Caxias (REDUC).

Neste teste foram indicadas dez áreas ativas e após o seccionamento das áreas ativas não

foram encontradas evidências de descontinuidades. O relatório do teste foi escrito após

uma pressão máxima no teste hidrostático ter alcançado 25 kgf/cm2 e o vaso falhou com

28 kgf/cm2. Regiões com descontinuidades do tipo trinca que apresentaram crescimento

durante o teste hidrostático não foram indicadas como ativas na emissão do relatório do

teste.

Procurando por um comportamento padrão de emissão acústica de uma trinca

propagando em um aço estrutural, testes de CTOD monitorados por emissão acústica

foram realizados por Camerini, Soares e Rebello. Os resultados foram publicados em

1992 (Camerini, 1992) e mostram a capacidade da técnica de emissão acústica para

detectar uma trinca antes de sua propagação, isto é, antes do CTOD de iniciação. Aços

estruturais para aplicação em vasos de pressão têm sido extensamente estudados para

determinar seu comportamento a fratura, em função do grande nível de confiabilidade

esperado nestes equipamentos. Neste caso ultra-som e radiografia são normalmente

conduzidos para detectar descontinuidades internas. Quando o teste de emissão acústica

é adotado, o vaso é carregado por pressão interna, com o objetivo de abrir as pontas das

descontinuidades e gerar sinais de emissão acústica. Duas questões devem ser

respondidas: qual é o nível de carga requerido? E tal carregamento fará a propagação da

descontinuidade e afetará a integridade do vaso? Estas duas questões foram respondidas

para o aço C-Mn estrutural específico quando carregado até a falha em testes de CTOD

monitorados por emissão acústica. As seguintes conclusões podem ser estabelecidas:

durante o teste de CTOD dois picos característicos correspondente a uma intensa

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16

atividade acústica foram observados; o segundo pico ocorria com a fratura do corpo de

prova e não foi considerado importante, o primeiro pico estava relacionado com o

momento do início da propagação estável da trinca. Um fato relevante foi à intensa

atividade acústica antes da extensão estável da trinca ter ocorrido. Em uma base

quantitativa foi determinado que o valor de CTOD correspondente a emissão acústica

detectável era menor que o CTOD de iniciação de propagação estável, e o teste de

emissão acústica podia ser confiavelmente realizado em valores suficientemente baixos

de CTOD, onde o risco de fratura podia ser descartado.

Em 1994, a REDUC pediu ao CENPES para pesquisar um dispositivo e uma técnica

que permitisse a detecção de vazamento em válvulas de unidades de processo em

operação. Este estudo (Rodrigues, 1994) era necessário devido ao fato de que a REDUC

troca em torno de 1000 válvulas durante as paradas de manutenção a cada quatro anos.

Dois dispositivos foram testados usando duas técnicas diferentes. O primeiro dispositivo

foi um equipamento PAC para inspecionar vasos usando emissão acústica, e o segundo

foi um equipamento MICROSONIC usando o método ultra-sônico. Um pequeno corpo

de prova com três válvulas foi construído para faixas de pressão entre 5 kgf/cm2 e 40

kgf/cm2. Foi concluído que o dispositivo MICROSONIC devia ser usado em refinarias e

plataformas offshore para detectar vazamentos devido ao seu baixo custo, fácil

manuseio e bom desempenho. Os sinais detectados eram oriundos do fluxo do fluido e

os sensores de emissão acústica foram posicionados próximos à jusante das válvulas.

O projeto de pesquisa “Avaliação de Integridade de Equipamentos em Serviço com

H2S" conduzido pelo CENPES gerou um relatório escrito por Soares em 1995 (Soares,

1995). Neste projeto o CENPES aderiu ao projeto multicliente "Reducing Duration of

SSC Qualification Testing through AE Monitoring" que estava sendo conduzido pela

CLI INTERNATIONAL. Este relatório mostrou os principais resultados obtidos entre

outubro de 1983 e julho de 1984. O objetivo deste projeto era avaliar diferentes técnicas

para realizar a análise de corrosão sob tensão para ajudar a reduzir o tempo requerido

para qualificar aços de alta resistência para aplicações em ambientes com H2S. Outro

relatório gerado neste projeto foi escrito por Carneval em 1996 (Carneval, 1996). Neste

relatório foi descrita a avaliação não destrutiva conduzida em um vaso de pressão for a

de serviço da REPLAN devido a danos pelo hidrogênio críticos para a operação segura

do equipamento. Este relatório mostrou a inspeção ultra-sônica convencional baseada na

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17

norma ASTM A578 em toda a chaparia do vaso para detecção de trincamento em

degraus, inspeção ultra-sônica semi-automática usando procedimento para mapeamento

de corrosão, teste hidrostático monitorado por emissão acústica para identificar áreas

críticas. As conclusões principais foram: procedimentos ultra-sônicos convencionais

não cobrem toda a área do vaso e gastam muito tempo, sistemas semi-automáticos

mostram um bom desempenho, mas tem alto custo, adicionado a falta de procedimentos

específicos para danos por hidrogênio pode ser um ponto negativo para esta tecnologia;

os resultados da inspeção ultra-sônica confirmaram que as inspeções realizadas em

campo na REPLAN, mas os resultados não foram confirmados por testes destrutivos.

Ao final do teste hidrostático, as regiões indicadas por emissão acústica e ultra-som

foram reinspecionadas para determinar se as descontinuidades tinham crescido ou não.

A condição extrema imposta durante o teste hidrostático (300% maior que o teste

hidrostático) (quatro vezes a pressão de teste hidrostático), embora o material não

estivesse na condição fragilizado, mostrou a condição intrinsecamente segura do projeto

do vaso, devido ao fato do vaso não ter falhado durante a prova de carga, embora tenha

ocorrido deformação plástica em função da pressão interna ter aplicado tensões

superiores ao limite de escoamento do material de construção do vaso de pressão. Ao

compararmos o resultado da inspeção ultra-sônica para a detecção de danos induzidos

pela operação do equipamento e o resultado do ensaio de emissão para indicação de

áreas ativas concluiu-se pela não sobreposição das áreas. As descontinuidades indicadas

pela técnica ultra-sônica (descontinuidades laminares, paralelas a auperfície) não foram

ativas pelo método de emissão acústica e as áreas ativas detectadas pelo método de

emissão acústica não apresentavam sinais de ultra-som. Existem duas formas de avaliar

esta situação: primeiro, as descontinuidades detectadas pela inspeção ultra-sônica não

eram críticas para a estrutura, e, segundo, as regiões indicadas não mostraram qualquer

descontinuidade detectável por métodos de END convencional. Em função disto, os

resultados de emissão acústica foram classificados como não conclusivos.

O ensaio de emissão acústica têm sido cada vez mais utilizado na inspeção de tanques

de armazenamento. Em função da grande utilização, as empresas Shell e Dow

estudaram os resultados obtidos com o emprego de EA e publicaram em 1998, na 7ª

Conferência Européia de Ensaios Não Destrutivos, um resumo de um breve estudo da

confiabilidade da inspeção de fundo de tanque com EA. Os resultados de EA em fundos

de tanque são apresentados graduados em faixas conforme a tabela 2.2.

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18

Tabela 2.2 - Classificação dos resultados de EA em fundos de tanque.

Classificação Grau de atividade acústica Ações

A Muito pequeno Sem necessidade de manutenção

B Pequeno Sem necessidade de manutenção

C Intermediário Avaliação da necessidade de manutenção

D Ativo Prioridade na programação de manutenção

E Altamente ativo Alta prioridade na programação de

manutenção

Para justificar a estratégia de manutenção com EA, van de Loo e Herrmann (1998)

realizaram uma validação de resultados em uma população de 150 tanques. Os tanques

classificados como A não necessitavam de reparo e os classificados como E

necessitavam, mostrando uma ótima correlação para os casos extremos da tabela 2.2.

López descreveu em 1999 a evolução obtida por equipamento de pesquisa no emprego

de técnicas para determinação o comprimento de trincas em aços de uso industrial

submetidos a processo de corrosão sob tensão. Foi apresentado neste artigo a correlação

entre os resultados obtidos pela medida simultânea de pulsos de emissão acústica e a

variação de resistência elétrica do corpo de prova. A função de distribuição das energias

U dos pulsos apresenta um comportamento exponencial Um com um expoente m que

depende do tipo de fratura, modificado pelo tratamento térmico do material. Esta função

de distribuição permite corrigir certos erros experimentais como a escolha inadequada

de níveis de detecção de pulsos.

Durante setembro de 1999 foi realizada uma avaliação de um anel de incêndio da

plataforma offshore PPE-1A (Freitas, 1999). Esta inspeção foi realizada como parte de

um projeto de pesquisa para estudar critérios de aceitação para aplicações de materiais

compostos em plataformas offshore. O objetivo era garantir o desempenho do anel de

incêndio da primeira aplicação de material composto nestas condições. Esta tubulação

tem as seguintes características: diâmetro 6 polegadas, material PSX-L3, pressão de

operação 10 kgf/cm2, início de operação 1999, carregamento cíclico, temperatura

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19

ambiente. A inspeção foi subdividida em duas fases: a primeira foi realizada através de

inspeção visual e a segunda usando emissão acústica. A máxima pressão de operação foi

aprovada para 10 kgf/cm2, e uma nova inspeção foi programada para 2000. Em agosto

de 2003 a reinspeção não tinha sido realizada, em função de problemas operacionais,

resalta-se porém, que o anel de incêndio permanece em bom estado e em

funcionamento.

A refinaria Gabriel Passos (REGAP) realizou teste hidrostático monitorado por emissão

acústica em três vasos de pressão horizontais. O objetivo desta inspeção foi coletar

dados para avaliar se existe qualquer correlação entre emissão acústica e ultra-som onde

conceitos de mecânica da fratura foram usados. Este trabalho foi realizado em 1999

(Soares, 1999). As áreas indicadas por emissão acústica continham defeitos, mas em

função da grande variedade de profundidades não foi possível estabelecer esta

correlação. Outro ponto foi que o vaso estava em condições seguras, enquanto que

emissão acústica forneceu um resultado indicando que o vaso devia ser retirado de

operação.

Em 1999 (Soares, 1999), um teste hidrostático feito em escala laboratorial, em um vaso

de pressão fora de serviço devido a estágios avançados de danos detectados pela técnica

ultra-sônica em chapas do costado e também em juntas soldadas, identificando um

processo de trincamento e redução das características mecânicas conhecido por

trincamento em degraus. Estas descontinuidades não permitiam a continuidade

operacional de forma segura. O vaso F-6005 foi inspecionado em serviço e fora de

serviço com sistema de inspeção ultra-sônica semi-automático e o teste de emissão

acústica foi realizado com o equipamento SPARTAN 2000. O teste hidrostático foi

realizado no CENPES. Entre as pressões entre 10,5 e 15,0 kgf/cm2 a estrutura

apresentou um comportamento diferente, ou seja, aumento da atividade acústica

demonstrado pelo incremento da taxa de contagens de emissão acústica e quantidade de

sinais, indicando a possibilidade de deformação plástica. Foi concluído que existe a real

possibilidade de mostrar antecipadamente os pontos onde poderão ocorrer vazamentos,

em função da região onde o vaso iria falhar ter sido indicada com 7,9 kgf/cm2, enquanto

o vaso falhou somente com 89,0 kgf/cm2.

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20

Amassamentos em dutos enterrados podem resultar de várias causas. Terremotos,

deslocamentos de terreno, explosões e escavações são algumas das causas mais comuns.

Amassamentos em dutos podem causar um sério risco de segurança devido ao duto estar

em perigo imediato de falha. Por outro lado, se não existe crescimento significativo de

descontinuidades, o período de tempo no qual o reparo é necessário pode ser dilatado.

Em 1999, Ternowchek e Calva descreveram como as tecnologias de EA e ultra-som

foram usadas para ajudar na avaliação dos efeitos de amassamentos em dutos. A técnica

de EA também foi usada para determinar se a área poderia ser seguramente acessada

para expor o amassamento do duto. Mudanças de características físicas (dureza,

espessura, tensão limite de escoamento, etc) e o surgimento de trincas podem ocorrer na

região do amassamento. EA e ultra-som podem ser utilizadas para definir se existem ou

não trincas e junto com as dimensões do amassamento servem como subsídio para a

avaliação de integridade do duto na região do amassamento.

Existe um conceito crescente que o método presente usado para re-certificar vagões

tanque ferroviários, teste hidrostático, pode não fornecer urna avaliação adequada da

integridade dos vagões. O teste hidrostático tem como um de seus propósitos, além da

verificação de estanqueidade, aliviar tensões quando novos vagões são fabricados. A

indústria tem adotado seu uso para re-certificar a integridade estrutural de vagões

tanque. Infelizmente este não é uso correto do teste hídrostático porque não fornece ao

executor nenhuma indicação da presença de corrosão ou microtrincamento. O teste

somente indica o não vazamento de produto com a gravidade específica se um estiver

ocorrendo. Isto foi ilustrado recentemente quando dois vagões diferentes, nos EUA,

foram certificados com a técnica hidrostática e vazaram produto em um período curto

após o teste. Ternowchek (1999) descreve técnica de emissão acústica usada em

conjunto com o teste hidrostático para fornecer ao proprietário do vagão a indicação de

qualquer problema oculto não detectável com inspeção visual ou teste hidrostático. O

procedimento de teste descrito fornece um meio para detecção de defeitos sub-críticos

em um estágio inicial, localizar e fazer reparos sem desmontar o conjunto completo do

isolamento do vagão. Este procedimento tem se tornado na American Association of

Railroads (AAR) nos EUA uma prática aceita.

Durante o resfriamento e a partida de dois reatores instalados na RLAM foram gerados

sinais significantes de emissão acústica (Donato, 2000). A inspeção ultra-sônica

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21

detectou falta de penetração na soldagem dos dois reatores. Condições severas de

operação de reatores apontam para a possibilidade de fratura frágil e propagação crítica

de descontinuidades durante partida, operação e resfriamento. Várias conclusões foram

estabelecidas, mas em relação à emissão acústica pode ser dito que devem ser realizados

estudos prévios de tensões térmicas para definir a taxa de resfriamento e o diferencial de

temperatura. As razões para esta proposta são fornecer estímulo para as

descontinuidades e não criar novas trincas na estrutura.

Nikulin, Khanzhin e Rojnov apresentaram estudo do método de emissão acústica para

materiais, processos e tecnologia de monitoração. Foram apresentados os resultados do

estudo do mecanismo e cinética da fratura de materiais metálicos (aços de duas fases,

binários Zr-2,5Nb e ligas de ferro multicomponentes Zr-1,2Sn-1Nb-0,3Fe,

multifilamento Nb3Sn e supercondutores baseados em Nb-Ti e fios de composição

baseada em HTSC). A análise quantitativa da fratura é baseada nas medições do pico de

amplitude do impulso acústico (máximo) por sensores não ressonantes para medição

linear do deslocamento acústico e medições dos parâmetros das trincas. Os métodos

desenvolvidos de calibração absoluta do equipamento de EA foram verificados por

testes de vários materiais e medições de parâmetros das trincas em fraturas e dobras. As

dependências da calibração para quantificação das medições também foram relatadas.

Os avanços na avaliação da integridade estrutural e predição de tensões residuais de

vasos de pressão usando a técnica de emissão acústica foram apresentados por

Chelladurai, Sankaranarayanan e Purushothamam em 2000. Desde a primeira aplicação

da técnica de emissão acústica em uma carcaça de motor de foguete quarenta/cinquenta

anos atrás, a tecnologia de emissão acústica tem feito rápido progresso na avaliação de

integridade de vasos de pressão metálicos ou de material composto. Chelladurai,

Sankaranarayanan e Purushothamam realizaram experimentos com um número de vasos

de pressão com camadas de Titânio e Kevlar-epoxi listados para aplicação aeroespacial

com número ótimo de canais de emissão acústica. Com base nos dados de emissão

acústica coletados durante o ciclo de pressurização e subseqüente ciclo de prova de

pressão, foi determinado ser possível estimar a vida residual em atenção à degradação

apresentada pela razão Felicity. Paralelamente, a possibilidade da estimativa da vida

residual de garrafas de pressão de liga Ti-6Al-4V de margem baixa também é discutida

neste artigo em referência aos estudos internos desenvolvidos em vasos aeroespaciais.

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22

No Vikram Sarabhai Space Centre em Trivandrum, a técnica de emissão acústica tem

demonstrado também ser uma ferramenta eficiente para detecção e caracterização da

severidade de descontinuidades como falta de fusão, que não eram detectadas por

técnicas de ensaios não destrutivos convencionais.

Com o teste de emissão acústica associado à Mecânica da Fratura, ambas apoiadas por

detalhadas propriedades mecânicas e metalúrgicas, novos conceitos de avaliação estão

sendo introduzidos, capacitando a aplicação de metodologias de detecção de defeitos

associadas com mecanismos de degradação ao contrário da simples detecção de

descontinuidades que obviamente não contribuem para a operação segura dos

equipamentos. Exemplos destes conceitos podem ser obtidos no antigo PD-6493 (BSI) e

no atual API-579. A PETROBRAS/CENPES continua a procurar e desenvolver uma

metodologia de avaliação que contemple todas estas disciplinas.

O CENPES têm atuado em quatro frentes de desenvolvimento da técnica de emissão

acústica:

- acompanhamento dos ensaios de campo realizados nas unidades de negócio da

PETROBRAS;

- desenvolvimento de sistema de qualificação e certificação de pessoal na modalidade

emissão acústica;

- participação em projeto multicliente do Petroleum Environmental Research Forum

(PERF) entitulado PERF AE 95/11 Advanced acoustic emission for onstream

inspection;

- desenvolvimento de projeto CTPetro junto a Universidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ) e a Universidade Federal do Ceará (UFC).

Estas atividades não são excludentes e muitas das atividades desenvolvidas em uma das

frentes de desenvolvimento é utilizada para outras pesquisas, garantindo um fluxo

contínuo de informação e desenvolvimento.

Uma das etapas do projeto CTPetro consiste em analisar os resultados de campo para

identificar condições de maior ou menor acerto e, caso seja possível, quantificar os

índices de acerto do ensaio de emissão acústica.

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23

A associação da medição da energia de emissão acústica e o movimento de

discordâncias em ligas metálicas foi estudado por Brown, Reuben e Steel. A emissão

contínua gerada durante escoamento de liga de alumínio 7075-T6, aço carbono En9 e

aço inoxidável 316 foi examinada pela visão convencional das fontes de discordância.

Um modelo teórico simples relacionando o movimento de discordância da energia de

EA para deformação plástica, taxa de deformação e certas características micro-

estruturais foi desenvolvida de um meio elástico existente e relações de fluxo

cisalhantes. Experimentalmente o total de energia de EA dentro de um corpo de prova

de uma liga testada foi quantificado de uma medição de uma superfície simples.

A análise de reconhecimento de padrão de sinais de emissão acústica foi estudada por

Kanji Ono e Qixin Huang revisando as várias aproximações de análise de

reconhecimento de padrão de sinais de EA, que tem sido empregada durante os últimos

anos. Devido aos significativos avanços da tecnologia de computação, o

reconhecimento de padrões tem se tornado uma ferramenta prática e deve ser utilizada

mais intensamente na comunidade de EA. Como um exemplo, foram examinadas as

falhas estruturais de compósitos de resina reforçado com fibra, trincamento de matriz,

decoesão e delaminação. Tais micro-fraturas geram numerosos sinais de EA que podem

ser detectados. Contudo a maioria dos sinais não leva diretamente a fratura final e

estudos antigos de EA tem falhado na identificação clara dos mecanismos de micro-

fratura. As características dos sinais gerados de EA nos processo de falha de compósitos

reforçados com fibra de vidro e de carbono podem ser classificados por reconhecimento

de padrões. Os sinais de EA são registrados digitalmente e analisados pelo uso de um

classificador de proximidade de vizinhança. O programa utilizado, ICEPAK, pode

classificar até seis tipos desconhecidos de forma de onda de sinais. Os tipos de sinais

identificados são então correlacionados com diferentes modos de falha que garantem a

faixa de carregamento de tensão. Características dos sinais de EA de processos de falha

de várias manipulações de camadas e simulando ondas de chapa propagando no corpo

de prova foram também investigados para ajudar a discriminar características de vários

tipos de sinais e correlacionar tipos de sinais identificados com mecanismos de micro-

falha. É mostrado que a identificação dinâmica do mecanismo de micro-falha em

compósitos é possível com os avançados sistemas de análise de emissão acústica usando

reconhecimento de padrões.

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24

A iniciação de microtrincas em inclusões de MnS e sua coalescência durante testes de

tenacidade à fratura de aço ASTM A533B em corpos de prova tensão compacto foram

detectadas pela técnica de emissão acústica. Os testes feitos para caracterização

quantitativa do microtrincamento das fontes de emissão, as quais foram caracterizados

pela dimensão e orientação da trinca, modos de fratura, e histórico no tempo, são

representadas por um momento tensor dependente do tempo. Desde que as formas de

onda registradas estão relacionadas ao momento tensor, as funções de deslocamento de

Green do corpo de prova, e a função de transferência do sistema de registro por uma

integral convolução da teoria da elastodinâmica, os momentos tensores são

determinados por técnicas de deconvolução. Dois tipos de fontes foram determinados:

um modo de tração da trinca causado por decoesão da inclusão de MnS e a coalescência

de microtrincas com modos de tração e cisalhamento misturados. As dimensões e o

tempo de duração das microtrincas foram também estimados neste estudo realizado por

Ohira e Pao.

Com o objetivo de elucidar a microcinética do trincamento assistido pelo hidrogênio em

aço de baixa liga, um novo sistema desenvolvido de inversão de fonte de emissão

acústica EA foi usado por Hayashi e Takemoto. Este sistema e alguns problemas

encontrados na sua aplicação de monitoração da cinética de microtrincamento foram

descritos em artigos publicados em congressos. O sistema de monitoração de EA é

composto de um sensor do tipo deslocamento, um pré-amplificador, um conversor A/D

de alta velocidade, e um computador pessoal de 32 bit. A função de transferência do

sistema de medição de EA foi cuidadosamente examinada e determinada para medir o

deslocamento da superfície, sem fornecer a distorção da onda, até 1,5 MHz. Programas

computacionais para o procedimento da inversão de fonte de EA tornaram possível

calcular a função secundária de Green (função de transferência do material), e também

para simular o deslocamento da posição do sensor, e para calcular as ondas da fonte das

ondas detectadas pela integral convolução no domínio do tempo, e a integral

deconvolução no domínio da freqüência. A energia liberada pela propagação da trinca

em degraus foi obtida pela deconvolução das ondas detectadas com a função de

transferência total do sistema, que foi experimentalmente determinada pela quebra da

barra de grafite. A dimensão da trinca foi determinada pela energia liberada com o

auxílio da mecânica da fratura, e foi determinada para ser bem ajustada a área de fratura

intergranular induzida pelo hidrogênio em estágio inicial. A despeito da acurácia da

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25

informação da fonte ondas devem ser cuidadosamente examinadas em outros

experimentos com grandes corpos de prova, pode ser dito que procedimentos de

inversão da fonte de EA fornecem informações mais diretas da microcinética de

trincamento assistido pelo meio.

A execução de teste hidrostático é uma operação tensa e perigosa. Para equipamentos

que já estiveram em serviço torna-se mais preocupante ainda pois o teste hidrostático

avaliará apenas a estanqueidade do equipamento não revelando nenhuma informação

em relação a integridade estrutural do objeto ensaiado. As figuras de 2.1 a 2.4 ilustram o

catastrófico resultado obtido com a execução de teste hidrostático sem acompanhamento

de nenhuma ferramenta de avaliação de integridade.

Fig. 2.1 – Resultado de teste hidrostático sem acompanhamento de ferramenta de

avaliação de integridade estrutural.

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26

Fig. 2.2 – Detalhe da região fraturada da figura 2.1.

Fig. 2.3 – Detalhe da seção arrancada do vaso após fratura.

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Fig. 2.4 – Vista em outro ângulo da região fraturada da figura 2.1.

Materiais e métodos

Para a realização deste estudo foram utilizados os materiais descritos abaixo:

- banco de dados em ambiente Microsoft Access (Aguiar, 2002);

A utilização do banco de dados propiciou a utilização das informações reais existentes

para uma equipe da área de inspeção para a tomada de decisão a respeito da

continuidade operacional dos equipamentos ensaiados. Além das informações

geométricas e das características construtivas dos equipamentos, o banco de dados

contempla os resultados das inspeções não destrutivas realizadas após o ensaio de

emissão acústica. Os resultados da inspeção não destrutiva foram utilizados para o

estabelecimento de correlações entre emissão acústica e mecânica de fratura.

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Análise do banco de dados

O banco de dados analisado contempla 210 ensaios realizados. A tabela 3.1 revela que

os equipamentos ensaiados classificados como “E” são os mais críticos para a

continuidade operacional segura. A análise do banco de dados seleciona 21

equipamentos com classificação “E”. A tabela 4.1 apresenta o resumo dos dados obtidos

em 18 equipamentos, uma das pastas não foi localizada (registro 044) para a coleta de

informações e dois equipamentos tratavam-se de tanques de armazenamento.

Tabela 4.1

Equipamentos classificados como “E” no ensaio de emissão acústica

Tipo e código doequipamento

Ensaios não

destrutivos

Dimensionamento de descontinuidades

Esfera (008) EV, LP, PM e US 380 mm superficial, FP, DLColuna (030) US IE, FPColuna (032) US FFColuna (035) PM 0 (zero)Coluna (038) EV, PM Vazamentos, 0 (zero)Coluna (039) US FPColuna (046) PM, US FPVaso de pressão (050) PM, US IEVaso de pressão (061) PM, US 10 mmVaso de pressão (132) PM, US TT, TL, FIPHVaso de pressão (133) PM, US TT, TLVaso de pressão (134) PM TT, TLReator (155) Sem SemReator(166) US, EV, PM Trinca

Tipo Comprimento profundidadeTrincas 60, 5 e 11 mm > 2 mmTrinca 20 mm 3,2 mmTrinca 60 mm

Vaso de pressão (1203) LP, US, PM

FF 210, 280 e 45 mmVaso de pressão (1206) Sem SemTrocador de calor (1207) RX FP, PO, FFTubulação (1219) EV 0 (zero)Nota:EV – ensaio visual; LP – líquidos penetrantes; PM – partículas magnéticas; US – ultra-som; IE – inclusãode escória. FP – falta de penetração; DL – dupla laminação; FF – falta de fusão; TT – trinca transversal;TL – trinca longitudinal; FIPH – fissuração induzida pelo hidrogênio; RX – radiografia; PO – porosidade.

A análise qualitativa dos dados apresentados na tabela 4.1 permite afirmar:

- 71% dos equipamentos classificados como “E” são colunas e vasos de pressão.

A figura 4.1 apresenta a distribuição por equipamentos;

- 81% dos equipamentos classificados como “E” apresentam descontinuidades. A

figura 4.2 apresenta este resultado;

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29

- esfera, vaso de pressão, reator e trocador de calor, quando inspecionados,

apresentaram descontinuidades;

- 67% das colunas inspecionadas apresentaram descontinuidades, e;

- tubulações não apresentaram descontinuidades.

equipamentos classif icados como "E"

coluna33%

vaso de pressão38%

reator11%

tubulação6%

esfera6%

trocador de calor6%

Fig. 4.1 – Distribuição percentual de equipamentos ensaiados por emissão acústica e

classificado como “E”.

Para a realização de análise quantitativa é necessário a utilização de informações sobre

o material, espessura, geometria, tratamento térmico, pressão de teste hidrostático,

máxima pressão de trabalho e temperatura. Estas informações foram obtidas no banco

de dados.

Apenas três equipamentos apresentados na tabela mostram dimensionamento de

descontinuidades, totalizando seis descontinuidades. Destas descontinuidades apenas

duas apresentam o dimensionamento da altura. O valor da altura da descontinuidade,

quando não fornecido, será inferido em 2 mm para descontinuidades superficiais e para

descontinuidades internas será utilizado o valor do diâmetro do furo cilíndrico

necessário para a execução da inspeção ultra-sônica.

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30

resultados da inspeção em equipamentos classif icados como "E"

descontinuidades81%

sem descontinuidades

19%

Fig. 4.2 – Percentual de equipamentos classificados como “E” que apresentaram ou não

apresentaram descontinuidades.

resultado da inspeção por equipamento classif icado como "E"

0102030405060708090

100

esfera coluna vaso depressão

reator trocador decalor

tubulação

Fig. 4.3 – Resultado percentual por equipamento classificado como “E” que

apresentaram ou não apresentaram descontinuidades.

A tabela 4.2 apresenta os equipamentos avaliados pela mecânica da fratura e os

respectivos parâmetros utilizados nos cálculos. Os equipamentos foram calculados na

condição carregamento estático e nível 2 da norma BS 7910.

Tabela 4.2

Equipamentos avaliados pela mecânica da fratura

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31

ParâmetrosTipo e código

do equipamento Material Altura

(mm)

Comprimento

(mm)

Espessura

(mm)

Dimensão da

seção (mm)

Tensão de

membrana (MPa)

Condição de

tratamento

Esfera (008) ASTM A515

Gr70

2 380 64,6 4000 126 Tratado

termicamente

Vaso de pressão

(061)

ASTM A515

Gr70

2 10 44,5 5000 157 Tratado

termicamente

3,8 60,5

2 11

3,2 20

2 60

2 210

3,9 280

Vaso de pressão

(1203)

ASTM A516

Gr70

2 45

111 10868 141 Tratado

termicamente

A tabela 4.3 apresenta os valores das propriedades mecânicas dos materiais utilizados

nas análises.

Tabela 4.3

Propriedades mecânicas

Propriedades mecânicasMaterial

Tensão limite de

escoamento (MPa)

Tensão limite de

resistência (MPa)

Tenacidade a fratura

K (MPa.m0,5)

ASTM A515 Gr70 256 483 80

ASTM A516 Gr70 256 483 80

ASTM A204 Gr.A 255 448 80

Os parâmetros das tabelas 4.2 e 4.3 são entradas para o cálculo do diagrama FAD

(Failure Assessement Diagram) apresentado na figura 4.4. A tabela 4.4 apresenta os

resultados do diagrama FAD para os equipamentos analisados. O lugar geométrico

representado pelo par Kr e Lr fornece informação sobre o provável modo de falha.

Aproximando-se do lado esquerdo do diagrama tem-se o modo de falha colapso e do

lado direito fratura. Descontinuidades que, após o cálculo, determinem pontos inclusos

na figura (Kr < 1,0 e Lr < 1,55, na figura 4.4) são consideradas aceitáveis, o caso

contrário inaceitável. O parâmetro “fator de segurança do carregamento” exemplifica a

distância entre o lugar geométrico (Kr, Lr) e a curva do diagrama FAD. Valores

inferiores a 1 identificam situações críticas onde a falha pode ter ocorrido, valores

Page 32: total damasceno

32

inferiores pórem próximos a 1 identificam situações próximas da falha e valores muito

superiores a 1 apresentam situações confortáveis estruturalmente.

Fig. 4.4 – Diagrama FAD típico.

A tabela 4.5 apresenta os equipamentos classificados como “D” conforme a tabela 3.1.

A análise do banco de dados seleciona 41 equipamentos com classificação “D”. Dez

equipamentos classificados como “D” tratavam-se de tanques de armazenamento e não

foram considerados nesta análise.

Tabela 4.4

Resultados do diagrama FAD para equipamentos classificados como “E”

ValoresEquipamentoPercentual de ativação (%) Kr Lr Fator de segurança do carregamento

Esfera (008) 10 0,235 0,591 1,994

Vaso de pressão (061) 71 0,232 0,736 1,669

0,323 0,661 1,669

0,221 0,661 1,850

0,276 0,661 1,741

0,248 0,661 1,790

0,251 0,662 1,783

0,337 0,664 1,644

Vaso de pressão (1203) 65

0,247 0,661 1,793

Page 33: total damasceno

33

A análise qualitativa dos dados apresentados na tabela 4.5 permite afirmar:

- 81% dos equipamentos classificados como “D” são reatores e vasos de pressão.

A figura 4.5 apresenta a distribuição por equipamentos;

- 71% dos equipamentos classificados como “D” apresentaram descontinuidades,

quando inspecionados. A figura 4.6 ilustra este resultado;

- esferas, vasos de pressão, reatores e coletores, quando inspecionados

apresentaram descontinuidades;

- 70% dos vasos de pressão inspecionados apresentaram descontinuidades.

Apenas três equipamentos apresentados na tabela 4.5 tiveram o comprimento de suas

descontinuidades dimensionado. O valor da altura das descontinuidades foi considerado

igual a 2 mm para as descontinuidades superficiais; e, para descontinuidades internas,

igual ao diâmetro do furo cilíndrico utilizado para a calibração da sensibilidade do

ensaio ultra-sônico.

A tabela 4.6 apresenta os equipamentos avaliados pela mecânica da fratura e os

respectivos parâmetros utilizados nos cálculos. Os equipamentos foram calculados na

condição carregamento estático e nível 2 da norma BS 7910. A tabela 4.3 apresenta os

valores das propriedades mecânicas dos materiais utilizados nas análises.

Tabela 4.5

Equipamentos classificados como “D” no ensaio de emissão acústica

Tipo e código doequipamento

Ensaios nãodestrutivos

Dimensionamento de descontinuidades

Esfera (011) US, PM 760 mm, 190 mm, 100 mm, 430 mm, 15 mm, 200 mm,60 mm

Esfera (014) PM, US TrincasVaso de pressão (28) Sem SemVaso de pressão (052) Sem SemVaso de pressão (062) PM e US Trincas, dimensões não informadasVaso de pressão (089) Sem SemVaso de pressão (128) PM, US Descontinuidades, dimensões não informadasVaso de pressão (141) Sem Sem

Tipo Comprimento profundidadeTL na perna 400 mm 4 mmTL na perna 700 mm 4 mmTL na perna 700 mm 5 mm

Esfera (144) US, PM e EV

TL na perna 200 mm PassanteEsfera (146) PM, EV 0 (zero)Vaso de pressão (147) EV, PM 0 (zero)Reator (150) US, EV, LP Trincas, dimensões não informadas

Page 34: total damasceno

34

Vaso de pressão (168) US, EV DescontinuidadesReator (170) EV, US, PM Descontinuidades sem dimensõesVaso de pressão (1199) US, LP, PM 0 (zero)Reator (1200) US, PM Trincas, dimensões não informadasReator (1201) PM, US Trincas superficiais com comprimentos 6 mm, 3 mm e

3 mm, trincas internas com comprimentos 210 mm e30 mm

Vaso de pressão (1204) PM Diversas trincas com comprimentos 5 mm, 10 mm, 8mm, 3 mm, 15 mm, 7 mm e 6 mm

Vaso de pressão (1205) Sem SemVaso de pressão (1208) EV VazamentosReator (1212) EV, PM, US 0 (zero)Vaso de pressão (1213) US, LP DLReator (1214) Sem SemReator (1215) PM, US, LP Trincas, dimensões não informadasReator (1216) US, PM, LP FF, IE, TL, dimensões não informadasColetor (1220) US 0 (zero)Esfera (1232) US, PM FPVaso de pressão (1233) US 0 (zero)Vaso de pressão (1234) Sem SemVaso de pressão (1235) Sem SemVaso de pressão (1236) PM, ACFM Trincas, dimensões não informadasNota:EV – ensaio visual; LP – líquidos penetrantes; PM – partículas magnéticas; US – ultra-som; IE – inclusãode escória. FP – falta de penetração; DL – dupla laminação; FF – falta de fusão; TT – trinca transversal;TL – trinca longitudinal; FIPH – fissuração induzida pelo hidrogênio; RX – radiografia; PO – porosidade.

A tabela 4.7 apresenta os resultados do diagrama FAD para os equipamentos

classificados como “D”.

equipamentos classificados como "D"

esfera16%

vaso de pressão55%

reator26%

coletor3%

Fig. 4.5 – Distribuição percentual de equipamentos ensaiados por emissão acústica

classificados como “D”.

Page 35: total damasceno

35

resultados da inspeção em equipamentos classificados como "D"

descontinuidades71%

sem descontinuidades

29%

Fig. 4.6 – Percentual de equipamentos classificados como “D” que apresentaram ou não

apresentaram descontinuidades.

resultado da inspeção por equipamento classificado como "D"

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

esfera vaso de pressão reator coletor

Fig. 4.7 – Resultado percentual por equipamento classificado como “D” que

apresentaram ou não apresentaram descontinuidades.

A tabela 4.8 apresenta os equipamentos classificados como “C” conforme a tabela 3.1.

Dezesseis equipamentos classificados como “C” pertenciam a classe tanques de

armazenamento e não foram considerados nesta analise.

Page 36: total damasceno

36

A análise qualitativa dos dados apresentados na tabela 4.8 permite afirmar:

- 50% dos equipamentos classificados como “C” são vasos de pressão e reatores.

A figura 4.8 apresenta a distribuição por equipamentos;

- 60% dos equipamentos classificados como “C” apresentaram descontinuidades.

A figura 4.9 apresenta este resultado;

- esferas, vasos de pressão e reatores, quando inspecionados, apresentaram

descontinuidades;

- 100% das esferas inspecionadas apresentaram descontinuidades, e;

- colunas e trocadores de calor não apresentaram descontinuidades.

A tabela 4.9 apresenta o equipamento classificado como “C” avaliado pela mecânica da

fratura com os respectivos parâmetros utilizados no cálculo.

Tabela 4.6

Equipamentos classificados como “D” avaliados pela mecânica da fraturaParâmetrosTipo e código

do equipamento Material Altura

(mm)

Comprimento

(mm)

Espessura

(mm)

Dimensão da

seção (mm)

Tensão de

membrana (MPa)

Condição de

tratamento

2 760

2 190

2 100

2 430

2 15

2 200

Esfera (011) ASTM A515

Gr70

2 60

64,6 4000 126 Tratado

termicamente

2 6

2 3

2 3

4,8 210

Reator (1201) ASTM A516

Gr70

4,8 30

63,5 5000 175 Tratado

termicamente

5 2

2 11

3,2 20

2 60

2 210

3,9 280

Vaso de pressão

(1204)

ASTM A204

GrA

2 45

12 2000 60 Tratado

termicamente

A tabela 4.10 apresenta os resultados do diagrama FAD para os equipamentos

classificados como “C”.

Page 37: total damasceno

37

A tabela 4.11 apresenta os equipamentos classificados como “B” conforme a tabela 3.1.

Treze equipamentos classificados como “B” pertenciam a classe tanques de

armazenamento e não foram considerados nesta análise.

A análise qualitativa dos dados apresentados na tabela 4.11 permite afirmar:

- 64% dos equipamentos classificados como “B” são esferas. A figura 4.11

apresenta a distribuição por equipamentos;

- 75% dos equipamentos classificados como “B” apresentam descontinuidades. A

figura 4.12 apresenta este resultado;

- esferas, quando inspecionadas, apresentaram descontinuidades;

- 100% das esferas apresentaram descontinuidades, e;

- vasos de pressão não apresentaram descontinuidades.

Tabela 4.7

Resultados do diagrama FAD para equipamentos classificados como “D”

ValoresEquipamentoPercentual de ativação (%) Kr Lr Fator de segurança do carregamento

0,530 0,595 1,831

0,528 0,591 1,845

0,233 0,591 2,000

0,235 0,593 1,990

0,216 0,591 2,043

0,234 0,591 1,996

Esfera (011) 81

0,232 0,591 2,002

0,213 0,685 1,799

0,191 0,684 1,863

0,191 0,684 1,863

0,279 0,729 1,591

Reator (1201) 78

0,270 0,697 1,663

0,150 0,254 4,623

0,142 0,248 4,774

0,133 0,276 4,511

0,166 0,267 4,321

0,171 0,277 4,168

0,279 0,336 3,105

Vaso de pressão (1204) 48

0,164 0,264 4,376

Page 38: total damasceno

38

A tabela 4.12 apresenta o equipamento, classificado como “B”, avaliado pela mecânica

da fratura e os respectivos parâmetros utilizados nos cálculos.

A tabela 4.13 apresenta os resultados do diagrama FAD para o equipamento classificado

como “B”.

A tabela 4.14 apresenta os equipamentos classificados como “A” conforme a tabela 3.1.

Dez equipamentos classificados como “A” pertenciam ao grupo identificado como

tanques de armazenamento e não foram considerados nesta análise.

Tabela 4.8

Equipamentos classificados como “C” no ensaio de emissão acústica

Tipo e código doequipamento

Ensaios nãodestrutivos

Dimensionamento de descontinuidades

Reator (005) Sem SemVaso de pressão (007) Sem SemEsfera (009) EV, ME SemEsfera (010) EV, PM, US Trincas superficiais e descontinuidades internasEsfera (012) PM, US DescontinuidadesEsfera (013) PM, US DescontinuidadesReator (025) Sem SemReator (026) Sem SemVaso de pressão (031) EV CorrosãoColuna (033) EV CorrosãoVaso de pressão (037) PM ZeroVaso de pressão (040) PM DescontinuidadesColuna (042) EV, PM CorrosãoColuna (055) Sem SemVaso de pressão (058) PM, US, LP IE, PO, segregaçõesVaso de pressão (063) EV SemColuna (064) EV SemEsfera (067) Sem SemVaso de pressão (072) Sem SemVaso de pressão (073) US ZeroVaso de pressão (090) Sem SemVaso de pressão (140) PM, LP, US TrincaReator (152) EV, PM, LP TrincaEsfera (161) US Trinca com comprimento 55 mm e altura 1,2 mmColuna (165) PM, EV ZeroVaso de pressão (167) EV TrincaVaso de pressão (169) EV, LP ZeroVaso de pressão (1202) Sem SemEsfera (1209) Sem SemReator (1210) LP ZeroReator (1211) Sem SemTrocador de calor (1217) LP, US ZeroTubulação (1223) Sem SemTubulação (1224) Sem SemTubulação (1226) Sem SemTubulação (1228) Sem Sem

Page 39: total damasceno

39

Tubulação (1231) Sem SemNota:EV – ensaio visual; ME – medição de espessura, LP – líquidos penetrantes; PM – partículas magnéticas;US – ultra-som; IE – inclusão de escória; PO – porosidade.

A análise qualitativa dos dados apresentados na tabela 4.14 permite afirmar:

- 53% dos equipamentos classificados como “A” são vasos de pressão. A figura

4.13 apresenta este resultado;

- 40% dos equipamentos classificados como “A” apresentaram descontinuidades,

quando inspecionados. A figura 4.14 ilustra este resultado;

- esferas e vasos de pressão, quando inspecionados apresentaram

descontinuidades;

- 60% das esferas inspecionadas apresentaram descontinuidades, e;

- 100% das colunas inspecionadas não apresentaram descontinuidades.

equipamentos classificados como "C"

esfera19%

coluna14%

vaso de pressão34%

reator16%

trocador de calor3%

tubulação14%

Fig. 4.8 – Distribuição percentual de equipamentos ensaiados por emissão acústica e

classificado como “C”.

Apenas um equipamento apresentou dimensionamento do comprimento da

descontinuidade detectada. A tabela 4.15 apresenta o equipamento, classificado como

“A”, avaliado pela mecânica da fratura e os respectivos parâmetros utilizados nos

cálculos.

Page 40: total damasceno

40

A tabela 4.16 apresenta os resultados do diagrama FAD para os equipamentos

classificados como “A”.

A tabela 4.17 apresenta os equipamentos que não apresentaram sinais significantes de

emissão acústica conforme a tabela 3.1. Dois equipamentos classificados como “não

significativo” pertenciam ao tipo tanque de armazenamento e não foram considerados

nesta analise.

resultados da inspeção em equipamentos classificados como "C"

descontinuidades60%

sem descontinuidades

40%

Fig. 4.9 – Percentual de equipamentos classificados como “C” que apresentaram ou não

apresentaram descontinuidades.

Page 41: total damasceno

41

resultado da inspeção por equipamento classificado como "C"

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

esfera coluna vaso de pressão reator trocador decalor

Fig. 4.10 – Resultado percentual por equipamento classificado como “C” que

apresentaram ou não apresentaram descontinuidades.

Tabela 4.9

Equipamento classificado como “C” avaliado pela mecânica da fraturaParâmetrosTipo e código

do equipamento Material Altura

(mm)

Comprimento

(mm)

Espessura

(mm)

Dimensão da

seção (mm)

Tensão de

membrana (MPa)

Condição de

tratamento

Esfera (161) ASTM A516

Gr70

1,2 55 46,5 4000 22,6 kgf/cm2 Tratado

termicamente

Tabela 4.10

Resultados do diagrama FAD para equipamentos classificados como “C”ValoresEquipamento

Percentual de ativação (%) Kr Lr Fator de segurança do carregamentoEsfera (161) 10 0,236 1,017 1,236

Tabela 4.11

Equipamentos classificados como “B” no ensaio de emissão acústica

Tipo e código do equipamento Ensaios não destrutivos Dimensionamento de descontinuidadesEsfera (016) PM, US descontinuidadesEsfera (019) PM TLVaso de pressão (049) Sem SemEsfera (057) Sem SemVaso de pressão (074) US ZeroEsfera (091) Sem SemEsfera (099) Sem SemEsfera (139) EV Sem

Page 42: total damasceno

42

Esfera (160) US Trinca com 2,5 mm de altura e 180mm de comprimento

Tubulação (1218) Sem SemTubulação (1225) Sem Sem

A análise qualitativa dos dados apresentados na tabela 4.17 permite afirmar:

- 59% dos equipamentos ensaiados são vasos de pressão. A figura 4.16 apresenta

a distribuição por equipamentos;

- 44% dos equipamentos ensaiados, quando inspecionados, apresentaram

descontinuidades. A figura 4.17 ilustra este resultado;

- vasos de pressão, esferas, tubulação e caldeiras apresentaram descontinuidades,

quando inspecionadas;

- 100% das caldeiras inspecionadas apresentaram descontinuidades, e;

- 100% dos reatores e trocadores de calor não apresentaram descontinuidades.

equipamentos classificados como "B"

esfera64%

vaso de pressão18%

tubulação18%

Fig. 4.11 – Distribuição percentual de equipamentos ensaiados por emissão acústica e

classificados como “B”.

Page 43: total damasceno

43

resultados da inspeção em equipamentos classificados como "B"

descontinuidades75%

sem descontinuidades

25%

Fig. 4.12 – Percentual de equipamentos classificados como “B” que apresentaram ou

não apresentaram descontinuidades.

Tabela 4.12

Equipamento classificado como “B” avaliado pela mecânica da fraturaParâmetrosTipo e código

do equipamento Material Altura(mm)

Comprimento(mm)

Espessura(mm)

Dimensão daseção (mm)

Tensão demembrana (MPa)

Condição detratamento

Esfera (160) ASTM A516Gr70

2,5 180 46,5 7817 217 Tratadotermicamente

Tabela 4.13

Resultados do diagrama FAD para equipamentos classificados como “B”

ValoresEquipamentoPercentual de ativação (%) Kr Lr Fator de segurança do carregamento

Esfera (161) 10 0,342 1,018 1,129

Tabela 4.14

Equipamentos classificados como “A” no ensaio de emissão acústica

Tipo e código do equipamento Ensaios não destrutivos Dimensionamento de descontinuidadesReator (001) Sem SemVaso de pressão (006) Sem SemEsfera (015) PM, US DescontinuidadesEsfera (018) PM, US DescontinuidadesColuna (034) PM, EV ZeroVaso de pressão (036) Sem SemVaso de pressão (041) PM ZeroVaso de pressão (045) EV, PM ZeroVaso de pressão (053) Sem Sem

Page 44: total damasceno

44

Esfera (059) US ZeroVaso de pressão (065) US ZeroVaso de pressão (076) EV SemVaso de pressão (086) EV SemVaso de pressão (136) PM, US Trinca 10 mm comprimentoEsfera (148) US, PM TrincaEsfera (154) PM, US ZeroReator (1222) Sem Sem

Apenas um equipamento apresentou dimensionamento do comprimento da

descontinuidade detectada para a classificação “insignificante”. A informação de

espessura do equipamento inspecionado não pode ser recuperada no banco de dados,

sendo assim, este equipamento não foi analisado segundo os critérios de mecânica da

fratura.

equipamentos classificados como "A"

reator12%

vaso de pressão53%

esfera29%

coluna6%

Fig. 4.13 – Distribuição percentual de equipamentos ensaiados por emissão acústica

classificados como “A”.

Page 45: total damasceno

45

resultados da inspeção em equipamentos classificados como "A"

descontinuidades40%

sem descontinuidades

60%

Fig. 4.14 – Percentual de equipamentos classificados como “A” que apresentaram ou

não apresentaram descontinuidades.

O equipamento (registro 029) identificado como transformador não foi considerado

nesta analise por se tratar de outra metodologia de trabalho.

resultado da inspeção por equipamento classificado como "A"

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

esfera coluna vaso de pressão

Fig. 4.15– Resultado percentual por equipamento classificado como “A” que

apresentaram ou não apresentaram descontinuidades.

Tabela 4.15

Page 46: total damasceno

46

Equipamento classificado como “A” avaliado pela mecânica da fraturaParâmetrosTipo e código

do equipamento Material Altura(mm)

Comprimento(mm)

Espessura(mm)

Dimensão daseção (mm)

Tensão demembrana (MPa)

Condição detratamento

Vaso de pressão(136)

ASTM A285C

2 10 12,5 1250 25 Tratadotermicamente

Tabela 4.16

Resultados do diagrama FAD para equipamentos classificados como “A”

ValoresEquipamentoPercentual de ativação (%) Kr Lr Fator de segurança do carregamento

Vaso de pressão (136) 605 0,09 0,128 9,831

Diversas análises podem ser estabelecidas com os dados coletados. Análises podem ser

efetuadas considerando a quantidade de equipamentos contendo ou não

descontinuidades, a análise por tipo de equipamento e análises considerando os

resultados de mecânica da fratura.

Tabela 4.17

Equipamentos classificados como “não significativos” no ensaio de emissão acústica

Tipo e código do equipamento Ensaios não destrutivos Dimensionamento de descontinuidadesVaso de pressão (002) Sem SemVaso de pressão (003) Sem SemVaso de pressão (004) Sem SemEsfera (017) PM, US DescontinuidadesEsfera (021) US, PM FF, TL, indicações superficiaisEsfera (022) US, PM TL, FFTubulação (027) LP, EV ZeroVaso de pressão (043) EV, PM CorrosãoVaso de pressão (047) PM ZeroVaso de pressão (048) EV SemVaso de pressão (051) Sem SemVaso de pressão (054) LP, EV SemVaso de pressão (056) LP, PM ZeroEsfera (060) EV SemVaso de pressão (066) EV SemVaso de pressão (068) Sem SemVaso de pressão (069) Sem SemVaso de pressão (070) Sem SemVaso de pressão (071) Sem SemVaso de pressão (075) EV SemVaso de pressão (077) Sem SemVaso de pressão (078) Sem SemTubulação (079) Sem SemVaso de pressão (080) Sem SemVaso de pressão (081) Sem SemVaso de pressão (082) EV, US, PM DescontinuidadesVaso de pressão (083) EV SemVaso de pressão (084) Sem Sem

Page 47: total damasceno

47

Vaso de pressão (085) EV SemTubulação (098) US Trinca, FF, FPVaso de pressão (125) EV SemVaso de pressão (131) EV SemReator (135) EV, PM, LP ZeroReator (137) EV, LP, PM ZeroCaldeira (143) EV, PM, LP Trinca 15 mm de comprimentoTrocador de calor (164) EV, US ZeroTubulação (1221) LP TRTubulação (1227) Sem SemTubulação (1229) Sem SemTubulação (1230) Sem SemEsfera (1237) PM, US ZeroEsfera (1238) PM, EV ZeroEsfera (1240) PM FF

A figura 4.19 apresenta o resultado geral por grau de classificação.

equipamentos classificados como "insignificante"

vaso de pressão59%

esfera16%

tubulação16%

caldeira2%reator

5%

trocador de calor2%

Fig. 4.16 – Distribuição percentual de equipamentos ensaiados por emissão acústica

classificados como “insignificante”.

Page 48: total damasceno

48

resultados da inspeção em equipamentos classificados como "insignificante"

descontinuidades44%

sem descontinuidades

56%

Fig. 4.17 – Percentual de equipamentos classificados como “insignificante” que

apresentaram ou não apresentaram descontinuidades.

A inflexão percebida para a classe “B” pode ser explicada pela pequena quantidade de

inspeção complementar realizada nestes equipamentos.

resultado da inspeção por equipamento classificado como "insignificante"

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

vaso depressão

esfera tubulação reator caldeira trocador decalor

Fig. 4.18 – Resultado percentual por equipamento classificado como “não significativo”

que apresentaram descontinuidades.

Page 49: total damasceno

49

resultado por grau de classificação

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

E D C B A Insignificante

Fig. 4.19 – Resultado por grau de classificação dos equipamentos inspecionados.

A figura 4.20 apresenta o resultado da comparação entre o critério MONPAC e

Mecânica da Fratura.

resultados de classificação MONPAC versus Mecânica da Fratura

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

0 0,5 1 1,5 2

Lr

Kr

"E""D""C""B""A"

Fig. 4.20 – Comparação critério MONPAC e Mecânica da Fratura.

Não existe uma separação clara entre os lugares geométricos dos graus mais críticos

(“E” e “D”) e os menos críticos (“A”, “B” e “C”). Isto também pode ser explicado pela

Page 50: total damasceno

50

pequena quantidade de valores disponíveis para os equipamentos classificados como

“C”, “B” ou “A”.

A tabela 4.18 apresenta quantidade de equipamentos analisados qualitativamente. Pode-

se notar que apenas as categorias: esfera e vaso de pressão, apresentaram equipamentos

em todas as classificações do critério de análise MONPAC.

Tabela 4.18

Equipamentos analisados qualitativamente

esfera coluna vaso de pressão reator trocador de calor tubulação coletor caldeiraÁrea E 1 6 6 1 1 1Área D 5 10 7 1Área C 4 1 7 2 1Área B 3 1Área A 5 1 4

Insignificante 6 6 2 1 3 1

A análise qualitativa por categoria de equipamento e classificação MONPAC apresenta

o resultado descrito na tabela 4.19.

Tabela 4.19

Resultado percentual da presença de descontinuidades por tipo de equipamento e

classificação MONPAC

esfera coluna vaso de pressão reator trocador de calor tubulação coletor caldeiraÁrea E 100 67 100 100 100 0Área D 80 70 86 100Área C 100 0 57 50 0Área B 100 0Área A 60 0 25

Insignificante 67 17 0 0 67 100

As figuras 4.21a e 4.21b apresentam o resultado por grau de classificação para as

categorias esfera e vaso de pressão, respectivamente. Para equipamentos da categoria

vasos de pressão existe uma relação entre classificação do ensaio de emissão acústica e

presença de descontinuidades.

Page 51: total damasceno

51

resultado por grau de classificação - esfera

020406080

100

area E

area D

area C

area B

area A

Insign

ifican

te

(a)

(b)

resultado por grau de classificação - vaso de pressão

020406080

100

area E

area D

area C

area B

area A

Insign

ifican

te

Fig. 4.21 – Resultado por grau de classificação dos equipamentos inspecionados: (a)

esferas; (b) vasos de pressão.

A figura 4.22 apresenta o resultado da comparação entre o critério MONPAC e

Mecânica da Fratura para equipamentos da categoria esfera. A figura 4.23 apresenta o

resultado da comparação entre o critério MONPAC e Mecânica da Fratura para

equipamentos da categoria vasos de pressão. Pode-se notar que os dados obtidos na

análise das descontinuidades em vasos de pressão apresentam um padrão mais próximo

do esperado, ou seja, a crescente gradação de criticidade de “A” até “E” também se faz

presente quando os conceitos de mecânica da fratura são utilizados.

Esfera - comparação MONPAC x Mecânica da Fratura

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

0 0,5 1 1,5 2

Lr

Kr

"E""D""C""B"

Fig. 4.22 – Comparação critério MONPAC e Mecânica da Fratura para equipamentos

da categoria esfera.

Page 52: total damasceno

52

Vasos de pressão - comparação MONPAC x Mecânica da Fratura

00,20,40,60,8

11,21,41,61,8

2

0 0,5 1 1,5 2

Lr

Kr

"E""D""A"

Fig. 4.23 – Comparação critério MONPAC e Mecânica da Fratura para equipamentos

da categoria vasos de pressão.

Page 53: total damasceno

53

Conclusões

Os dados coletados em 210 ensaios de emissão acústica realizados no sistema

PETROBRAS analisados e apresentados neste relatório permitiram o estabelecimento

de conclusões e recomendações.

Foram analisados 157 equipamentos (53 equipamentos eram tanques de

armazenamento). Dos 157 equipamentos analisados, apenas nove equipamentos tiveram

suas descontinuidades dimensionadas em duas (comprimento e profundidade) ou três

direções (comprimento, altura e profundidade). Estes nove equipamentos continham 31

descontinuidades.

As análises efetuadas e apresentadas no capítulo 4 permitem concluir que:

- existe uma relação entre o critério MONPAC e a presença de descontinuidades

nos equipamentos ensaiados, ou seja, quase todos os equipamentos classificados

como “E” apresentam descontinuidades enquanto que menos da metade dos

equipamentos classificados como “A” apresentaram descontinuidades;

- a análise de mecânica da fratura apresentou incongruências em relação ao

estabelecido no item anterior. Não existe uma separação clara entre as

classificações MONPAC. A pequena quantidade de dados para a realização

desta análise, principalmente nas categorias “B” e “C” podem ser a causa deste

resultado;

- os equipamentos das categorias esfera e vaso de pressão apresentam resultados

em todas as classificações MONPAC, sendo assim, fornecem o conjunto para

análise de dados;

- equipamentos do tipo esfera não apresentaram diferenças significativas da

presença de descontinuidades quando comparados com o resultado do critério

MONPAC;

- equipamentos do tipo vaso de pressão apresentaram diferenças significativas da

presença de descontinuidades quando correlacionados com a classificação do

critério MONPAC, ou seja, todos os equipamentos classificados como “E”

continham descontinuidades e apenas ¼ dos equipamentos classificados como

“A” continham descontinuidades;

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54

- a análise de mecânica da fratura para os equipamentos do tipo esfera apresenta

equipamentos classificados como “B” e “C” com maior criticidade que os

equipamentos classificados como “D” e “E”, este resultado não era esperado,

porém deve-se ressaltar a pequena quantidade de dados para a análise dos

equipamentos classificados como “B” e “C”;

- a análise de mecânica da fratura para os equipamentos do tipo vaso de pressão

apresenta aumento de criticidade das descontinuidades quando comparada com a

classificação MONPAC, ou seja, descontinuidades dimensionadas em

equipamentos classificados como “E” pelo critério MONPAC são mais críticas

que as descontinuidades detectadas e dimensionadas em equipamentos

classificados como “A” pelo critério MONPAC;

- em função do exposto acima conclui-se que o ensaio de emissão acústica

apresenta melhor resultado na inspeção de vasos de pressão;

- a técnica de inspeção com emissão acústica pode ser empregada na seleção de

equipamentos e regiões para inspeção não destrutiva complementar.

Recomenda-se:

- aumentar a quantidade de equipamentos do banco de dados;

- a inspeção não destrutiva complementar deve fornecer todas as dimensões das

descontinuidades detectadas nos equipamentos inspecionados após o ensaio de

emissão acústica. Estas dimensões são necessárias para o estabelecimento da

correlação entre mecânica da fratura e emissão acústica;

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55

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