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1 Curso de Engenharia Civil José Carneiro EXEMPLOS DE SISTEMAS ESTRUTURAIS DE EDIFICAÇÕES NOTÁVEIS (CONHECIDAS) Profº XXXXXXXXXXXXXXX

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O que um Artigo Cientfico

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Curso de Engenharia Civil

Jos Carneiro

EXEMPLOS DE SISTEMAS ESTRUTURAIS DE EDIFICAES NOTVEIS (CONHECIDAS)

Prof XXXXXXXXXXXXXXX

Rio de Janeiro

Abril/2015

JOS CARNEIRO

TURMA : 1002

EXEMPLOS DE SISTEMAS ESTRUTURAIS DE EDIFICAES NOTVEIS (CONHECIDAS):

- ACRPOLE DE ATENAS ANO 450 A.C.

- SEDE DA ONU (NY) - ANO 1.949

Trabalho do Curso apresentado a Universidade Estcio de S, sob orientao do/a prof./a _____________

Rio de Janeiro

Abril/2015

LOCALIZAO NO TEMPO E NO ESPAO

Local: Acrpole de Atenas

Histria Antiga - Grcia Atenas - ano 450 a.C.

A Acrpole de Atenas, o chamado "rochedo sagrado", a mais conhecida e famosa das acrpoles da Grcia. Seu significado que na arte e na cultura do ocidente muitas vezes referida simplesmente como a Acrpole. uma colina rochosa de topo plano a 150 metros de altura do nvel do mar, em Atenas, capital da Grcia, e abriga algumas das mais famosas edificaes do mundo antigo, como o Partenon e o Erecteion.

A Acrpole de Atenas, apesar de no ser a nica, certamente a mais famosa de todas. As acrpoles da Antiga Grcia eram, como o prprio nome diz, "cidades altas", construdas no ponto mais elevado das cidades e serviam originalmente como proteo contra invasores de cidades inimigas e, quase sempre, eram cercadas por muralhas. Com o tempo, passaram a servir como sedes administrativas civis ou religiosas. A Acrpole de Atenas foi construda por volta de 450 a.C. sob a administrao do clebre estadista Pricles e foi dedicada a Atena, deusa padroeira da cidade.

AUTORES DO PROJETO ESTRUTURAL E ARQUITETNICO

Atualmente, a maior parte das estruturas da Acrpole de Atenas esto em runas. Como exceo, ainda esto erguidos o Propileu, o portal para a parte sagrada da Acrpole, o Partenon, templo principal de Atenas, o Erecteion, templo dos deuses do campo, e o Templo de Athena Nik, simbolo da harmonia do estado de Atenas. A Acrpole foi construda pelos arquitetos Iktinos e Kallikrates, sob a superviso do escultor ateniense Fdias.

A fachada frontal da Acrpole apresenta oito colunas e dezessete nas laterais cujas as dimenses so de 31 por 69 centmetros. A maior parte do templo, inclusive as telhas, eram de mrmore e, em madeira, o telhado (sobre o qual assentavam as telhas), sendo os pregos e os grampos de metal. No santurio, havia duas filas de colunas longitudinais (dez em cada fila) e mais trs, transversalmente, no fundo do santurio. Essas colunas internas suportavam outras tantas, em nvel superior, havendo uma galeria intermediria contornando o santurio em trs de seus lados.

Na parte central, mais larga, ficava a grande esttua de Atena Partenos (com 12 metros de altura), de ouro e marfim, obra de Fdias. Especial importncia artstica tem os baixos-relevos das mtopas e dos tmpanos do Partenon. No fronto Leste, nasce Atena, toda armada, da cabea de Zeus, na presena dos deuses do Olimpo. No fronto oeste, os heris heris da tica assistem luta entre Atena e Poseidon pela posse do solo grego, por meio de milagres (simbolizando as duas riquezas da Grcia, isto , os produtos da terra e os produtos do mar). Nas mtopas aparecem cenas tiradas da mitologia, das lendas e da histria: na fachada leste, os deuses vencem os gigantes; a sul e a oeste os heris triunfam dos Centauros e das Amazonas; ao norte episdios do final da guerra de Tria.

SISTEMA E CARACTERSTICAS DO SISTEMA ESTRUTURAL

A contextualizao histrico-arquitetnica da histria da Acrpole de Atenas longa, com grandes momentos, quando a democracia, a cincia, a filosofia e a arte floresceram conducente sua criao. Em seguida, houve os tempos de escurido, quando um embaixador britnico vandalizou o monumento, rompendo esculturas fora dos templos sagrados, enviando-as Gr-Bretanha. Hoje, a comunidade internacional concretizando o ato final da conservao da Antiguidade, reunindo as esculturas da Acrpole em Atenas e, assim, buscando restabelecer o significado de um monumento nico. A arquitetura grega deve ser vista de uma maneira particular devido aos resultados alcanados pelo seu enorme impacto. Grande parte da atual cultura, principalmente os valores essencialmente artsticos, so fortemente influenciados pelos gregos, da a dificuldade no estudo desta arquitetura, pois a mesma no pode ser encarada com objetividade absoluta.

O valor determinante da experincia grega no depende somente dos resultados especficos conseguidos, mas sobretudo do enquadramento conceitual que uma determinada experincia recebe pela primeira vez e que permanece estvel por muito tempo. As atividades que se costumam chamar de artsticas foram considerados pela primeira vez como funes autnomas, decorrentes das exigncias rituais, comemorativas, iconogrficas. Alm da idealizao e da execuo, o valor utilitrio e o valor contemplativo dos objetos produzidos eram considerados interdependentes e no designados com duas nomenclaturas separadas, mas sim como uma nica srie de vocbulos que abrange globalmente cada setor. No edifcio, a composio por simetria, o uso das leis geomtricas e dos sistemas de coordenao tica se prendem unicamente, sendo que os gregos restringiram energicamente o uso da composio arquitetnica, assim compreendida, a estes limites, evitando aplicar os mesmos mtodos em escala mais extensa.

O conceito de edifcio deriva desta deliberada limitao que prprio da tradio clssica europeia: o habito de fazer destacar, da continuidade do ambiente urbano, uma poro definida, submetendo-a a uma disciplina unitria e reconhecvel.

Na idade clssica, os gregos jamais consideraram o traado de uma cidade em comparao com a considerao dada ao traado de um templo. Os construtores da Acrpole de Atenas no se esforavam para estender as caractersticas dos edifcios ao ambiente circundante, mas por acolher as sugestes ambientais, colocando-as em harmonia com toda a paisagem, resolvendo cada conjunto parcial no conjunto geral, paisagstico. Ao fazer essa incluso fica explcita a extraordinria riqueza da sensibilidade grega, mas o processo permanece necessariamente de forma emprica e intuitiva, irredutvel a regras racionais. Nos edifcios gregos, a liberdade das relaes externas relaciona-se com a eventual rigidez das composies internas, promovendo um dilogo entre o racional e o irracional perifrico. Esta relao envolve todo o campo da arquitetura, sem exceder a validade das regras racionais, ajudando a conservar o carter de uma conquista continuamente renovada, evitando que se transformem em hbitos convencionais. Talvez isso possa ser a explicao de como a arquitetura grega se apresenta imune ao perigo do formalismo, enquanto que as pocas posteriores, que recebem dos gregos o formulrio das ordens, correm sempre o risco de cair neles.

Atualmente o Novo Museu da Acrpole est situado na cidade de Atenas, na zona histrica de Makrygianni. Ele est localizado na encosta sudeste da colina da Acrpole, na velha estrada que conduz "rocha sagrada" em tempos clssicos.

Localizado a 280 metros em linha reta, descendo a colina, o Partenon, na entrada de uma rede de caminhos que ligam os stios arqueolgicos e monumentos da Acrpole.

Este local foi cuidadosamente escolhido para permitir um dilogo entre os espaos expositivos do museu e edifcios da Acrpole. A entrada para o prdio est em Dionysiou Areopagitou Street.

O impacto visual do edifcio enorme ao ponto que mudou a face de uma parte inteira da cidade. De edifcios altos pode ser visto distncia como uma massa geomtrica inserido prximo ao p do rochedo da Acrpole, no lado sul, em frente ao teatro de Dionsio. noite, o efeito ainda mais forte, porque sua iluminao distrai do maravilhoso skyline da montanha sagrada.

Projetado para acomodar as esculturas mais dramticos da antiguidade grega, localizado em frente ao Parthenon, um dos edifcios mais influentes na civilizao ocidental, em um site com escavaes arqueolgicas sensveis, combinado com o clima quente em uma regio de terremotos.

LOCALIZAO NO TEMPO E NO ESPAO

Local: Sede da ONU

Arquitetura Moderna Nova Iorque EUA Ano 1949

A Sede da Organizao das Naes Unidas est localizada em Nova Iorque, Estados Unidos. Foi construda entre 1.949 e 1.952, com a ajuda do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer e est localizada no setor leste de Manhattan.

A ONU no anunciou um concurso para o projeto do complexo das Naes Unidas, mas sim, montou uma equipe de arquitetos de diversos pases para a composio do projeto. O arquiteto americano Wallace Harrison foi o diretor de planejamento e os governos dos pases indicaram seus representantes. A equipe de arquitetos consistiu em N.D. Bassov (Unio Sovitica), Gaston Brunfaut (Blgica), Ernest Cormier (Canad), Le Corbusier (Frana), Liang Ssu-cheng (China), Sven Markelius (Sucia), Oscar Niemeyer (Brasil), Howard Robertson (Reino Unido), G.A. Soilleux (Austrlia) e Julio Villamajo (Uruguai). O comit apreciou 50 estudos diferentes antes de chegar a uma deciso.

AUTORES DO PROJETO ESTRUTURAL E ARQUITETNICO

Apesar do projeto do complexo de edifcios das Naes Unidas ter sido oficialmente resultado de um esforo de colaborao de uma equipa multinacional de arquitetos liderada por Wallace K. Harrison, convico geral de que a elegncia arquitetnica resultou da viso de um homem, Oscar Niemeyer. Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho nasceu na cidade do Rio de Janeiro a 15 de Dezembro de 1907. Licenciou-se em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes, da mesma cidade, em 1934 e comeou a trabalhar sem remunerao num gabinete de arquitetura local. Em 1936, Niemeyer conheceu Le Corbusier, que se tornou sua grande influncia e professor. Em 1939, Niemeyer chefiava uma equipa que tinha sido encarregada de criar o primeiro arranha-cus modernista financiado pelo estado. O reconhecimento mundial de Niemeyer foi confirmado em 1947, quando o ento arquiteto de 40 anos foi convidado a fazer parte da equipe de trabalho desse projeto.

A deciso final e a base do desenho final foram decididas pelos jurados em favor de proposta de Niemeyer e Corbusier.

So de Le Corbusier algumas contribuies importantes na formulao da nova linguagem arquitetnica do sculo XX e que podem ser percebidas no projeto da sede da ONU em Nova Iorque:

- a construo sobre piloti, com as construes suspensas, foi criada no ambiente urbano uma perspectiva nova, uma indita relao "interno-externo" entre o observador e usurio;

- o terrao-jardim que, com o avano tcnico do concreto-armado, se pode aproveitar a ltima laje da edificao como espao de lazer/descanso e no mais como os telhados do passado;

- planta livre da estrutura - as definies dos espaos internos tornam-se independentes da concepo estrutural, pois o uso de sistemas viga-pilar, em grelhas ortogonais, promove a flexibilidade necessria para a melhor definio espacial interna;

- fachada livre da estrutura - com os pilares projetados internamente s construes criam-se recuos nas lajes de forma a tornar o projeto das aberturas o mais flexvel, abolindo quaisquer resqucios de ornamentao;

- e a janela em fita - de um ponto ao outro da fachada, de acordo com a melhor orientao solar.

SISTEMA E CARACTERSTICAS DO SISTEMA ESTRUTURAL

A contextualizao histrico-arquitetnica dessa Arquitetura Moderna uma designao genrica para o conjunto de movimentos e escolas arquitetnicos que vieram a caracterizar a arquitetura produzida durante grande parte do sculo XX (especialmente os perodos entre as dcadas de 10 e 50), inserida no contexto artstico e cultural do Modernismo. O termo modernismo , no entanto, uma referncia genrica que no traduz diferenas importantes entre arquitetos de uma mesma poca. No h um iderio moderno nico. Suas caractersticas podem ser encontradas em origens diversas como a Bauhaus, na Alemanha; em Le Corbusier, na Frana; em Frank Lloyd Wright, nos EUA, ou nos construtivistas russos, alguns ligados escola Vuthemas, entre muitos outros. Estas fontes to diversas encontraram nos CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) um instrumento de convergncia, produzindo um iderio de aparncia homognea resultando no estabelecimento de alguns pontos comuns. Alguns historiadores da arquitetura (como Leonardo Benevolo e Nikolaus Pevsner) traam a origem histrica do moderno em uma srie de movimentos ocorridos em meados do sculo XIX, como o movimento Arts & Crafts.

Um dos princpios bsicos do modernismo foi o de renovar a arquitetura e rejeitar toda a arquitetura anterior ao movimento; principalmente a arquitetura do sculo XIX expressa no Ecletismo.

Com o incio da utilizao do concreto e do ao nas construes os edifcios passaram a ficar mais altos, com vos mais extensos, possibilitando maior flexibilizao do ambiente. As construes passaram a ter o mnimo de ornamentao, de modo a simplificar ao mximo sua arquitetura. Esse rompimento com a histria fez parte do discurso de alguns arquitetos modernos, como Le Corbusier e Adolf Loos. Esse aspecto - na sua forma simplificada - foi criticado pelo ps-modernismo, que utiliza a revalorizao histrica.

A historiografia tradicional da arquitetura moderna costuma dividir tal movimento em duas grandes vertentes:

- o organicismo (tendo em Frank Lloyd Wright seu principal nome) e;

- o funcionalismo.

Do funcionalismo surgem novas tendncias, sendo a mais abrangente o international style. As razes do international style se encontram nas obras e ideias de Le Corbusier e da Bauhaus.

Como o modernismo, de uma forma geral, nega referncias histricas na arquitetura (considerando-as principalmente como ornamento, e portanto, desnecessrio), a produo que comeou a ser realizada pelos arquitetos modernos podia facilmente se adaptar s necessidades de todos os pases (o que efetivamente aconteceu), da o carter internacional do movimento.

importante tambm destacar que, apesar do style, este movimento no pretendia revestir-se de um estilo (com um conjunto de elementos que poderiam ser exaustivamente copiados). Crticos contemporneos do funcionalismo, no entanto, alegam que, com o passar do tempo o international style tornou-se um estilo de fato, contrariando seus ideais originais:

- o fenmeno da estilizao do modernismo, ocorrido principalmente nas dcadas fenmeno da estilizao do modernismo, ocorrido principalmente nas dcadas de 60 e 70.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

- ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. Companhia das Letras. So Paulo, 1992

- BENEVOLO, Leonardo. Histria de La Arquitectura Moderna. Editorial Gustavo Gili, SA. Barcelona, 1974.

- BENEVOLO, Leonardo. Introduo arquitetura. Editora Mestre Jou. So Paulo, 1972.

- BOLTSHAUSER, Joo. Histria da Arquitetura. Bliblioteca de Arquitetura da

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- BRANDO, Carlos Antonio Leite. A formao do homem moderno vista atravs

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- DUBY, Georges. O Tempo das Catedrais. Editora Estampa, 1978.

- Teoria da Arquitetura Do renascimento at aos nossos dias. Editora

Taschen, 2006.

- ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. Martins Fontes. So Paulo, 2002.

- www.brasilescola.com

- www.historiadomundo.com.br