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O IMPACTO DOS EFEITOS DA OCUPAÇÃO SOBRE A SAÚDE DE TRABALHADORES. I. MORBIDADE René Mendes* MENDES, R. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde de trabalhadores. I — Morbidade. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 22:311-26, 1988. RESUMO: Realizou-se revisão bibliográfica crítica, com o propósito de estimar o impacto dos efei- tos da ocupação sobre a morbidade de trabalhadores para, a partir de tal exercício, inferir as implicações sobre o setor saúde. As repercussões sobre a morbidade foram medidas através dos dados sobre acidentes do trabalho, intoxicações agudas profissionais e doenças profissionais. Foram ainda incluídas outras "doenças relacionadas com o trabalho", exemplificadas com a hipertensão arterial, doenças respiratórias crônicas, doenças do aparelho locomotor, distúrbios mentais e estresse. UNITERMOS: Doenças ocupacionais. Acidentes do trabalho. Saúde ocupacional. Riscos ocu- pacionais. * Centro Latino-Americano de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho (CLASET) da Organização Internacional do Trabalho (OIT) — Rua Capote Valente, 710 — 05409 — São Paulo, SP — Brasil. O presente estudo visa a facilitar o exercício de quantificação do impacto dos efeitos deleté- rios do trabalho sobre a saúde dos trabalhado- res. Ainda que limitada na extensão, tal tentati- va tem por propósito chamar a atenção para a importância do trabalho/ocupação como causa de doença e/ou de morte, e desta forma, para o necessário envolvimento do setor saúde que de- ve apreender o significado deste impacto e, de forma coerente, passar a ter um papel mais ati- vo nesta questão, visando interceptar, prevenir, controlar e erradicar as grandes causas de doen- ça e morte de trabalhadores, relacionadas com o trabalho. ACIDENTES DO TRABALHO E INTOXICAÇÕES AGUDAS PROFISSIONAIS Dentre as várias formas de classificar os des- vios da saúde relacionados com o trabalho, não como escapar daquela que os agrupa em efeitos ou respostas a curto prazo, ou abruptos, ou ''agudos", e em efeitos a médio e longo pra- zo, ou "crônicos". Entre os efeitos a curto pra- zo destacam-se os acidentes do trabalho (tipo) e as intoxicações agudas, de origem profissional. A tentativa de quantificar os acidentes do trabalho em nosso meio passa necessariamente pela obrigação de citar as fontes oficiais, ainda que estes dados padeçam de uma série de limita- ções quantitativas e qualitativas, como tem sido largamente denunciado. Mesmo assim, serão apresentados os dados oficiais divulgados pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) (Tabela 1), sem se deter excessivamente em sua análise, mesmo porque outros já o têm feito.

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O IMPACTO DOS EFEITOS DA OCUPAÇÃO SOBRE A SAÚDE DETRABALHADORES.

I. MORBIDADE

René Mendes*

MENDES, R. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde de trabalhadores. I — Morbidade.Rev. Saúde públ., S. Paulo, 22:311-26, 1988.

RESUMO: Realizou-se revisão bibliográfica crítica, com o propósito de estimar o impacto dos efei-tos da ocupação sobre a morbidade de trabalhadores para, a partir de tal exercício, inferir as implicaçõessobre o setor saúde. As repercussões sobre a morbidade foram medidas através dos dados sobre acidentesdo trabalho, intoxicações agudas profissionais e doenças profissionais. Foram ainda incluídas outras"doenças relacionadas com o trabalho", exemplificadas com a hipertensão arterial, doenças respiratóriascrônicas, doenças do aparelho locomotor, distúrbios mentais e estresse.

UNITERMOS: Doenças ocupacionais. Acidentes do trabalho. Saúde ocupacional. Riscos ocu-pacionais.

* Centro Latino-Americano de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho (CLASET) da Organização Internacional doTrabalho (OIT) — Rua Capote Valente, 710 — 05409 — São Paulo, SP — Brasil.

O presente estudo visa a facilitar o exercíciode quantificação do impacto dos efeitos deleté-rios do trabalho sobre a saúde dos trabalhado-res. Ainda que limitada na extensão, tal tentati-va tem por propósito chamar a atenção para aimportância do trabalho/ocupação como causade doença e/ou de morte, e desta forma, para onecessário envolvimento do setor saúde que de-ve apreender o significado deste impacto e, deforma coerente, passar a ter um papel mais ati-vo nesta questão, visando interceptar, prevenir,controlar e erradicar as grandes causas de doen-ça e morte de trabalhadores, relacionadas como trabalho.

ACIDENTES DO TRABALHO E INTOXICAÇÕESAGUDAS PROFISSIONAIS

Dentre as várias formas de classificar os des-vios da saúde relacionados com o trabalho, nãohá como escapar daquela que os agrupa emefeitos ou respostas a curto prazo, ou abruptos,ou ''agudos", e em efeitos a médio e longo pra-zo, ou "crônicos". Entre os efeitos a curto pra-zo destacam-se os acidentes do trabalho (tipo) eas intoxicações agudas, de origem profissional.

A tentativa de quantificar os acidentes dotrabalho em nosso meio passa necessariamentepela obrigação de citar as fontes oficiais, aindaque estes dados padeçam de uma série de limita-ções quantitativas e qualitativas, como tem sidolargamente denunciado. Mesmo assim, serãoapresentados os dados oficiais divulgados pelo

Instituto Nacional de Previdência Social(INPS) (Tabela 1), sem se deter excessivamenteem sua análise, mesmo porque outros já o têmfeito.

A Tabela 1 mostra que entre os trabalhadorescobertos pelo sistema urbano da PrevidênciaSocial (INPS), os acidentes do trabalho, cujaincidência vem aparentemente caindo a partirde 1973, ainda atingem mais de um milhão detrabalhadores por ano. Se for levado em contao provável sub-registro e os significativos con-tingentes da população economicamente ativanão incluídos nesta estatística (por exemplo, ostrabalhadores rurais, os do setor informal e/ouos que não contribuem para a Previdência), nãoé fora de propósito ter de triplicar estes núme-ros, para poder assim estimar a provável inci-dência de acidentes do trabalho no país. Istoelevaria à casa dos três milhões o número deacidentes por ano, com as suas óbvias repercus-sões médicas, sociais e econômicas, fartamenteanalisadas em outros estudos.

Parte destas repercussões podem ser exempli-ficadas através da Tabela 2, onde aparecem osacidentes do trabalho administrativamente li-quidados pelo INPS, segundo a conseqüência,de 1980 a 1985.

Chama a atenção, na Tabela 2, o número detrabalhadores que se incapacitam permanente-mente e o número dos que morrem devido a aci-dente do trabalho.

A epidemiologia dos acidentes do trabalhoem nosso meio, se por um lado é pobrementeconhecida quando se analisam as estatísticasoficiais, por outro foi recentemente enriquecidaatravés de vários estudos que serviram para elu-cidar importantes aspectos. Entre estes estudos,destacam-se o de Segre e Páscoa127, apresenta-do em 1974, e dedicado a analisar o problemados acidentes do trabalho incapacitantes e mor-tais numa região pouco i n d u s t r i a l i z a d a(Botucatu-SP); o de Mendes103,104 que analisa aepidemiologia de acidentes graves na capital deSão Paulo, porém com interesse voltado à sua

distribuição em relação ao tamanho da empre-sa; o de Nogueira e col.110, também dedicado aoestudo dos acidentes graves ocorridos na capitalde São Paulo; o de Ferreira e Mendes47, queanalisa a epidemiologia dos acidentes fataisocorridos em Campinas-SP, a partir de regis-tros no INPS; o de Olivan Fo e col.113, que ana-lisa os acidentes do trabalho fatais, na GrandeSão Paulo, no período de 1979 a 1982, a partirde laudos técnicos de acidentes encontrados noInstituto de Criminalística de São Paulo; o deTeixeira133 que analisa todos os acidentes dotrabalho fatais, ocorridos em Santa Catarina,em 1981; os de Lopes92,93,94, voltados ao proble-ma dos acidentes no trabalho rural, em Botuca-tu e em Lençóis Paulista, e a excelente contri-buição de Vieira e col.141 que analisa detida-mente a epidemiologia dos acidentes do traba-lho rural no Estado do Paraná. Entre as maisinteressantes contribuições nesta linha de traba-lhos, situam-se os estudos de Faria e col.45,46 queserviram para elucidar aspectos poucos conhe-cidos da epidemiologia dos acidentes do traba-lho. Todos estes estudos evidenciam com muitaclareza o impacto que os acidentes causam natrajetória dos trabalhadores e o ônus social eeconômico naturalmente associado.

As intoxicações agudas de origem profissio-nal são tipicamente exemplificadas pelas intoxi-cações por agrotóxicos, as quais têm sido obje-to de inúmeros estudos em nosso meio2,3,98,107,130,135.Os programas de vigilância epidemiológica deagrotóxicos ou pesticidas, recentemente desen-volvidos em nosso país, revelam que o proble-ma alcança dimensões seguramente alarmantes.O problema dos agrotóxicos extrapola os limi-tes da saúde ocupacional, entrando no campoda saúde ambiental, porém com dimensões taisque o caracterizam como um verdadeiro pro-blema de saúde pública*.

* São condições para que um problema de saúde seja considerado um "problema de Saúde Pública": a) seja causa co-mum de morbidade e mortalidade; b) que existam métodos eficazes de prevenção e controle; e c) que estes métodos nãoestejam sendo utilizados pela comunidade129.

DOENÇAS PROFISSIONAIS

Por definição e segundo o conceito legal, asdoenças profissionais ou tecnopatias não ocor-rem na população geral. Somente esta caracte-rística já é suficiente para afirmar que a ocor-rência destas doenças criadas pelas condiçõesde trabalho ou pelos ambientes e/ou pelos pro-cessos de produção, por mais baixa que seja, édeplorável. Em outras palavras: são doençastotalmente evitáveis, como aliás vem sendomostrado em países desenvolvidos15,120,125,139,143

e em estabelecimentos de trabalho que zelampela integridade física e psíquica de seus empre-gados.

Em relação à ocorrência das doenças profis-sionais em nosso país, ocorre um fenômeno co-mum a outros países em mesmo estádio de de-senvolvimento, ou seja, sua incidência, a julgarpelas estatísticas oficiais, é extremamente bai-xa. A Tabela 3 mostra a incidência das doençasprofissionais no Brasil, de 1970 a 1986.

Verifica-se que a incidência de doenças pro-fissionais está em torno de um a dois casos em10 mil trabalhadores por ano, freqüência que,se fosse verdadeira, estaria entre as mais baixasno mundo, já que mesmo em países desenvolvi-dos a incidência anual de doenças profissionaisestá na faixa de 40 a 60 casos em cada 10 miltrabalhadores120,139,140.

Contudo, não é difícil suspeitar que a verda-deira situação não é favorável assim. Devemestar ocorrendo tanto a falta de diagnósticoquanto o sub-registro dos casos diagnosticados,

a julgar por algumas evidências que, a título deexemplo, a seguir mencionaremos:a) "O Inquérito Preliminar de Higiene Industrial

no Município de São Paulo "128, realizado pe-lo SESI em 1953-55, mostra, por exemplo,que 20,3% de todos os trabalhadores indus-triais do Município de São Paulo estavam ex-postos a agentes produtores de dermatosesocupacionais; 7,3% de todos os trabalhado-res estavam expostos a solventes orgânicos;5,5%, a poeiras de sílica; 5,4%, a chumbo, eassim por diante (o Inquérito menciona cercade 35 agentes ou grupos de agentes de doen-ças profissionais). Embora já tenham decor-rido vários anos desde aquele Inquérito128,não existem indicadores que permitam afir-mar que as condições de trabalho tenham ra-pidamente evoluído para melhor. Assim,embora não seja conhecida a proporçãoexpostos/doentes, é lícito suspeitar que, ape-nas neste município, o número de casos dedoenças profissionais supere em muito o nú-mero de casos registrados para o país todo,por ano.

b) Inquérito similar realizado no Estado do Riode Janeiro, por Gondim e Latge67 mostra,por exemplo, que 25,6% de todos os traba-lhadores industriais daquele Estado estavamexpostos a poeiras orgânicas; 15,6%, a tem-peraturas elevadas; 10,7%, a poeiras silico-sas; 10,5%, a gases e vapores tóxicos, entreoutros. Idêntico raciocínio permitiria inferirque a magnitude dos problemas das doençasprofissionais no Rio de Janeiro deve assumirdimensões não imaginadas.

c) O exemplo do barulho — Através de um in-quérito epidemiológico transversal realizadopor Pereira116, foi mostrado que, a julgar pe-la prevalência encontrada pelo autor, devemexistir atualmente cerca de 40.000 portadoresde graus variados de surdez profissional, so-mente nas indústrias do Estado de são Paulo.

d) O exemplo das dermatoses profissionais —Inquérito epidemiológico realizado no meioindustrial de São Paulo por Belliboni e col.16,mostrou que em 2.138 trabalhadores exami-nados, 221 eram portadores de afecções cu-tâneas, das quais 73 foram consideradas denatureza ocupacional (33% de todas as afec-ções 3,5% de todos os trabalhadores exami-nados). Se for levada em conta a "instanta-neidade" do inquérito transversal, é lícito su-por que a prevalência de 3,5% encontrada,no correr de um ano, eleva-se a uma incidên-cia aproximada de 10%. Assim, somente emrelação às dermatoses profissionais, a inci-dência anual entre os trabalhadores indus-triais seria de 500 a 1.000 vezes superior

àquela registrada no INPS, para as doençasprofissionais como um todo.

e) O exemplo da silicose — Estudo epidemioló-gico realizado por Mendes101,102 permitiu esti-mar que, somente na região Sudeste do Bra-sil, existem atualmente de 20 a 30 mil porta-dores de silicose pulmonar nos seus diferen-tes estádios. Estudos mais recentes confir-mam a gravidade do problema ent renós108,112.

f) O exemplo do cromo — Gomes64,65, em seuclássico estudo realizado em trabalhadoresde galvanoplastias sindicalizadas no Estadode São Paulo, mostrou a presença de perfu-ração do septo nasal em 24% dos trabalha-dores examinados; 38,4% dos trabalhadorestinham ulceração de septo. Em conjunto, aslesões do septo nasal atingiam a mais de 50%dos trabalhadores. Por outro lado, mais dametade dos que lidavam com ácido crômicoa quente apresentavam tosse e expectoração;mais de 60% tinham prurido nasal intenso;mais de 70% tinham espirros freqüentesquando expostos a névoas ácidas; mais de60% apresentavam rinorréia e 30% tinhamepistaxes freqüentes. O próprio autor faz es-timativas da magnitude do problema em nos-so país, a julgar pela elevada prevalência en-contrada em seu estudo.

g) O exemplo do asbesto — O asbesto constitui-se atualmente em um dos riscos ocupacio-nais/ambientais que maior preocupação vemtrazendo aos países industrializados. Emnosso país, após a contribuição importantede Nogueira e col.111, em 1975, apareceramnovos estudos dedicados a estimar a magni-tude dos problemas de saúde relacionadoscom a exposição ao asbesto38,39. Nesta linhade trabalhos destaca-se a contribuição deCosta37, que, a partir do levantamento deprontuários de sintomáticos respiratórios naPrevidência Social no Município de Leme-SP, conseguiu detectar significativo númerode casos de asbestose. Acredita-se que a utili-zação da mesma técnica em outras áreas on-de existem em funcionamento indústrias quemanipulam o amianto, mostraria a presençado mesmo problema, e em breve, tambémcasos de câncer de pulmão e de mesoteliomade pleura e/ou de peritônio, como tem sidolargamente observado nos países desen-volvidos.Cotejando-se os dados oficiais — que, aliás,

se ressentem da falta de dados qualitativos —com os estudos clínicos e epidemiológicos que,de forma dispersa e fragmentada, mas irrefutá-vel, mostram ângulos específicos do problemadas doenças profissionais, torna-se forçoso re-

conhecer a existência de uma notável carênciade dados mais próximos à realidade, e que per-mitam uma visão de conjunto sobre a verdadei-ra magnitude desse problema em nosso país.Verifica-se, infelizmente, que, onde estas doen-ças começam a ser procuradas, graças a algumprojeto específico de pesquisa ou, preferente-mente, graças à implantação de programas devigilância epidemiológica135 e/ou de atendimen-to de trabalhadores portadores de doenças pro-fissionais48,79,87, o problema dessas doenças sur-ge e adquire dimensões não imaginadas, assu-mindo, em certos casos, características de ver-dadeiros "problemas de Saúde Pública", naacepção há pouco conferida ao termo.

Seria necessário esperar que se multipliquemos projetos de pesquisa com fins imediatos e asiniciativas isoladas de implantação de serviçosou ambulatórios de doenças profissionais, afim de reforçar estas observações, para somenteentão entender que as doenças profissionaisexistem, e que são causa importante de morbi-dade, de incapacidades e até de morte? Já étempo de o setor de saúde incorporá-las noelenco de suas preocupações e, coerentemente,assumir o seu papel, executando as ações que serequerem, e coordenando aquelas que outrospodem e devem fazer, para interceptar, preve-nir, controlar e, quiçá, erradicar estas doenças.

DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO

Além da contribuição das doenças profissio-nais específicas, e sem dúvida ainda mais im-portante é a contribuição inespecífica do traba-lho ou da ocupação à morbidade de trabalha-dores. São as doenças em que o trabalho é fatorcontributivo (categoria II da classificação deSchilling125) e as doenças em que o trabalho éprovocador ou agravador de distúrbios ou dedoenças pré-existentes (categoria III da classifi-cação de Schilling125) — mais flexivelmente,"doenças relacionadas com o trabalho", se-gundo o Comitê de Especialistas da OMS145. Aseguir, serão mencionados alguns exemplos, natentativa de apreender a "força" desta contri-buição. O critério de escolha destes exemplos,leva em conta sua freqüência, ou seja, estão en-tre as causas mais comuns de morbidade, e al-guns constituem também causa importante deincapacidade.

Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial constitui um problemade saúde da mais significativa relevância, já queafeta 10% ou mais da população adulta. Essaalta prevalência acarreta graus variáveis de in-

capacidades e uma diminuição na expectativade vida do hipertenso, principalmente devido àinsuficiência cardíaca e/ou à insuficiência vas-cular cerebral, coronariana e renal89,144,146.

Entre os fatores de risco da hipertensão arte-rial, são tidos como relativamente bem conheci-dos a obesidade, a ingestão excessiva de sal, ainatividade física, o tabagismo, a ingestão deálcool, e um grupo um tanto impreciso de "fa-tores psicológicos", incluindo o estresse144,146.Por outro lado, alguns trabalhos fazem mençãoà possível influência do barulho excessivo, devibrações localizadas e de corpo inteiro, assimcomo de exposição ao calor excessivo10,11,63,84.Esses estudos ainda se ressentem da falta deuma fundamentação científica mais sólida, enão é por este caminho que a contribuição dofator ocupação tem sido enfocada, no proble-ma da hipertensão109.

A possível contribuição da ocupação comofator de risco na hipertensão tem sido entendi-da como associada aos "fatores psicológicos"ou "fatores psicossociais" geradores deestresse109. Em situações de estresse "agudo"aumentam os níveis de adrenalina, de noradre-nalina e de cortisol. Contudo, não está suficien-temente comprovado que a repetição continua-da de situações de estresse "agudo" acompa-nhadas de elevação transitória da pressão arte-rial, por si só provoca a elevação permanenteda pressão144,145,146.

Alguns estudos epidemiológicos, contudo, le-vam a sugerir que isto efetivamente ocorre. As-sim, por exemplo, Kasl e Cobb77 descreveram aassociação entre hipertensão arterial e perda doemprego. Cobb e Rose32 citaram elevada pre-valência de hipertensão em controladores detráfego aéreo, quando comparados com seuspróprios exames admissionais e com um grupocontrole de colegas em outras atividades demais baixo nível de exigência psíquica. Aliás,mostraram também que a prevalência da hiper-tensão arterial entre controladores de tráfegoaéreo em torres de grande movimento era 1,6vezes a prevalência de seus colegas em torres depequeno movimento.

A provável influência de fatores estressoresocupacionais na produção da hipertensão arte-rial vem sendo detectada no Brasil, e alguns es-tudos podem ser mencionados como exemplodeste tipo de preocupação. Assim, Ribeiro ecol.119, da Escola Paulista de Medicina, estuda-ram os níveis pressóricos de 5.500 trabalhado-res no Município de São Paulo, distribuídos em57 diferentes estabelecimentos de trabalho.Além da influência da idade, do sexo e do gru-po racial, estes autores encontraram significati-va diferença na prevalência da hipertensão,

quando os trabalhadores foram agrupados se-gundo o ramo de atividade econômica. Assim,os ramos econômicos onde a prevalência da hi-pertensão foi mais elevada em seus trabalhado-res foram: a indústria metalúrgica (17,3% deprevalência), o setor bancário e securitário(18,6%), o setor de transportes públicos(18,9%) e de empresas jornalísticas e publicitá-rias (21,0%); os níveis mais baixos foram en-contrados em empregados da indústria automo-bilística (11,4%), no comércio (12,1%), em tra-balhadores têxteis (12,9%) e entre profissionaisliberais (11,0%). Foi detectada pelos autores119

uma tendência de existirem níveis pressóricosmais elevados em trabalhadores que excediam amédia de 48 horas de trabalho/semana, quandocomparados com os que trabalhavam menosque aquele limite. Acreditam aqueles autoresque essas diferenças podem ser associadas a fa-tores ocupacionais, ligados à organização dotrabalho, ao ritmo e duração do trabalho e aoestresse inerente a algumas destas ocupações.

Outros pesquisadores em nosso meio têmtentado analisar o problema da hipertensão ar-terial a partir de sua distribuição na comunida-de, porém em grupos sócio-ocupacionais maisamplos, tendendo a agrupá-los segundo classesocial. Araújo13, por exemplo, ao analisar oproblema da hipertensão arterial em VoltaRedonda-RJ, chegou à conclusão que a preva-lência é da ordem de 10,1%, porém "a distribui-ção não é igualitária, os maiores danos ocorren-do nos grupos de ocupações dos estratos sociaisinferiores". Aquele autor observou que entreos profissionais técnico-científicos e adminis-tradores, a prevalência foi de 2,9%, enquantoque em trabalhadores de prestação de serviçosfoi 16,0%. No intervalo entre os extremos, ob-servou prevalência de 6,2% entre "pequenosburocratas" e comerciários, 9,4% entre pessoasque nunca trabalharam e 11,1% em trabalha-dores da indústria de transformação. Baseadonesses dados, o autor conclui que "fatores quepermeiam os estratos sociais estão fortementeassociados à gênese da hipertensão arterial emVolta Redonda, e a associação dá-se no sentidoinverso do gradiente de classe social" (sic).

Klein82, por sua vez, ao estudar a hipertensãoarterial em estratos geoeconômicos do RioGrande do Sul, observou importantes diferen-ças entre os quatro estratos analisados, ou seja,9,25% em adultos do "interior rural", 11,45%em adultos do "interior urbano", 12,32% nacidade de Porto Alegre, e 13,76% no que cha-mou de "cinturão metropolitano". Aqui tam-bém o autor concluiu que a hipertensão pareceser fortemente influenciada pelo setor de ativi-dade econômica e pela posição social, definida

pela relação de trabalho e grau de educação dosindivíduos, retirados os efeitos de idade e sexo.As taxas mais baixas de hipertensão arterial sãoas dos indivíduos das camadas superiores do se-tor secundário e terciário, de donos de empre-sas e profissionais de nível superior, enquantoque as mais elevadas ocorrem nas camadas so-ciais inferiores dos mesmos setores, de assala-riados, autônomos, auxiliares e biscateiros demédio ou baixo grau de educação.

Carvalho29 estudou a prevalência da hiper-tensão arterial em 1773 indivíduos do sexo mas-culino, de 20 a 70 anos, pertencentes a sete gru-pos sociais e profissionais: 200 médicos, 167trabalhadores rurais, 151 índios, 218 operáriosde indústria, 205 presidiários, 669 praças e 163oficiais da Marinha. A maior taxa de hiperten-são foi observada em presidiários (26,3%) e amenor em oficiais. Concluiu o autor que "osgrupos pertencentes a escalas sociais economi-camente desfavorecidas e os submetidos a ele-vado nível de repressão evidenciaram maiorprevalência de hipertensão arterial".

Para completar a apresentação dos estudosbrasileiros que seguem esta linha de trabalho,devem ser mencionados a tese de Costa34, o re-latório de pesquisa apresentado por Costa eKlein35, e os trabalhos mais recentes de Costa eKlein36 e o de Klein e Araújo83.

Esses estudos, e outros inumeráveis publica-dos na literatura estrangeira, permitem que se-jam delineadas algumas conclusões relativas àinfluência do trabalho ou ocupação na determi-nação da hipertensão arterial, a saber:

• os estudos epidemiológicos transversais ou deprevalência são unânimes em demonstrar umexcesso de risco ou um risco atribuível ao tra-balho em determinadas ocupações, o qualpode ser estimado através da diferença entreprevalência normal na população adulta, e aencontrada em algumas ocupações ou em al-guns ramos de atividade, após correção paramesma idade e sexo;

• o excesso de risco atribuível à ocupação pare-ce ser devido mais a fatores estressores decor-rentes da organização do trabalho, incluindoo ritmo, a duração da jornada, o trabalho emturnos, a sobrecarga psíquica, que propria-mente à presença de agentes físicos ou quími-cos (ainda que sejam conhecidos agentes quea longo prazo podem produzir hipertensão,como é o caso do chumbo, por exemplo);

• a complexidade das inter-relações entre ocu-pação e hipertensão ultrapassa o limite dasaúde ocupacional, estrito senso, passa pelasaúde ambiental um tanto mais ampla, atéadquirir uma dimensão social, ou até política

e ideológica, como propõem Schnall eKern126 e alguns outros;

• qualquer que seja a forma de entender o pro-blema, a hipertensão arterial constitui exem-plo típico de doença relacionada com o tra-balho que tem de ser abordada pelo setorsaúde de forma integral e integrada. Seu pa-pel não pode permanecer limitado ao trata-mento dos hipertensos e ao pagamento da in-capacidade provocada pela hipertensão.

Doenças Respiratórias Crônicas

Além das pneumoconioses, cujo nexo causalcom a exposição a poeiras de origem ocupacio-nal está definitivamente estabelecido, algumasdoenças respiratórias crônicas não específicas— notadamente a bronquite crônica, o enfise-ma pulmonar e asma brônquica — já de hámuito têm sido consideradas como relacionadascom o trabalho. Sua incidência e prevalênciaem determinadas ocupações são inequivoca-mente superiores àquelas na população geral deadultos, ou em outras ocupações. A evidência éfundamentalmente epidemiológica, e está ba-seada em estudos transversais que comparam aprevalência de sintomas ou achados funcionaisem grupos expostos com grupos não expostos,tomados como testemunhas.

A razão de escolher as doenças respiratóriascrônicas como exemplo da influência inespecífi-ca do trabalho sobre a saúde prende-se a três as-pectos importantes. O primeiro, relaciona-se àextraordinária importância das doenças respi-ratórias crônicas como causa de morbidade, deincapacidade, de absentismo e de mortalidade,como é sobejamente conhecido pelos que traba-lham em saúde pública88. O segundo aspecto,tal como no caso da hipertensão arterial, é por-que se trata de um grupo de doenças onde os fa-tores etiológicos e agravadores se interpenetramcom tamanha complexidade que se torna quaseimpossível desentranhá-los para isolar a contri-buição estritamente ocupacional. O terceiro, naverdade uma decorrência do segundo, diz res-peito à invasão que freqüentemente ocorre emrelação aos agentes etiológicos destas doençasque, ignorando muros ou cercas, atingem a co-munidade geral, caracterizando a assim chama-da poluição ambiental.

Com tal pano de fundo, tomaremos destegrupo de doenças apenas o exemplo da bron-quite crônica, conscientes da controvérsia queexiste sobre a existência ou não, da bronquiteocupacional, ou bronquite industrial105,106,145.(Entre nós, o assunto já foi tema de tese deLivre-Docência, elaborada por Campos26, em1966). A bronquite crônica tem sido definida

como "uma síndrome crônica caracterizadapor tosse com expectoração mucosa ou muco-purulenta, com duração de pelo menos três me-ses durante dois anos consecutivos, não resul-tando de outra causa aparente, como tubercu-lose, bronquiectasia e outras"4,31,99.

A bronquite crônica não depende de um fa-tor etiológico único e determinado, mas da so-ma de vários fatores, entre os quais se destacamo fumo, a poluição atmosférica, as infecções e aocupação. A bronquite crônica simplesmanifesta-se pela persistência de tosse com ex-pectoração, na ausência de doenças respirato-rias específicas. A bronquite crônica obstruti-va, freqüentemente incluída no termo genéricode doença pulmonar obstrutiva crônica(DPOC) (que abrange o enfisema pulmonar e abronquite), é definida pela presença adicionalde obstrução das vias aéreas, traduzida clinica-mente pela dispnéia, e funcionalmente pela re-dução da razão entre o Volume ExpiratórioForçado no 1o segundo (VEF1) e a CapacidadeVital Forçada (CVF). Em contraste com a merapresença de tosse e expectoração, a presença deobstrução pode ter importante impacto sobre amorbidade e a mortalidade105,106,138.

Isto posto, mencionaremos alguns exemplosda magnitude da influência da ocupação na"história natural" da bronquite crônica, lem-brando que vapores, gases, fumos e poeiras,originados nos ambientes e nos processos detrabalho, podem exercer importante efeito con-tributivo.

Assim, já se tornaram clássicos os estudos emmineiros do carvão, que mostraram a produçãode bronquite crônica independente ou concomi-tantemente com a pneumoconiose dos trabalha-dores do carvão106. Em estudos realizados emcomunidades de mineiros do carvão e de ex-mineiros, foi encontrado aumento da prevalên-cia de bronquite crônica, de 1,2 a 6,4 vezes, emrelação aos não-mineiros68,69.

Por outro lado, em estudos transversais reali-zados em 847 trabalhadores da indústria de ci-mento, comparados com os realizados em 460trabalhadores não expostos a riscos ocupacio-nais, foi observado que 19,0% dos expostos aocimento tinham bronquite crônica simples, en-quanto que entre os controles, a prevalência foide apenas 9,62%. Outrossim, entre os trabalha-dores da indústria do cimento, não fumantes, aprevalência encontrada foi de 11,7%, enquantoque entre os controles, também não-fumantes,foi de apenas 2,2%. Entre os expostos fuman-tes, 21,2% tinham bronquite crônica simples,enquanto os expostos não-fumantes mostraramuma prevalência equivalente à metade daquelaencontrada em seus colegas fumantes. Estes

achados mostram de forma inequívoca o exces-so de risco atribuível à ocupação, bem como oefeito aditivo entre a poeira de cimento e ofumo74,75,76.

Dosman e col44, no Canadá, investigaram asqueixas respiratórias em trabalhadores que li-dam com silagem de grãos, tomando para tanto90 trabalhadores que nunca haviam fumado, ecompararam seus sintomas respiratórios comos de 90 trabalhadores considerados não expos-tos, igualmente não fumantes, e devidamenteemparelhados por idade. Verificaram aquelesautores que 23,1% dos trabalhadores daqueleramo tinham tosse e expectoração, enquantoque entre os controles a prevalência foi de ape-nas 3,3% — diferença que dá idéia de um riscorelativo de oito vezes, e de um risco atribuívelde 19,8%, ou seja, 86% do risco de bronquitecrônica simples corre por conta da natureza daocupação (garantida a eliminação de variáveisde confundimento). Outrossim, quando os tra-balhadores foram agrupados segundo o tempono emprego, os autores verificaram que a pre-valência de bronquite crônica simples entre osque tinham menos de cinco anos foi de 14,3%,enquanto que entre os que tinham mais de 20anos de trabalho, a prevalência foi de 35,7%.Este achado reforça a idéia de causalidade entrea exposição a poeiras de cereais e a produção debronquite crônica.

Estudos realizados com soldadores mostramtambém os efeitos de gases irritantes (dióxidode nitrogênio, ozone, fosgênio e outros) de fu-mos metálicos (cádmio, zinco, ferro e outros) ede poeiras, sobre o trato respiratório desses tra-balhadores. Por exemplo, Antti-Poika e col.12,do Instituto de Saúde Ocupacional de Helsin-que, na Finlândia, investigaram sintomas respi-ratórias em 157 soldadores a arco, sem sinaisradiológicos de siderose, e em 108 trabalhado-res de oficinas mecânicas, tomados como con-troles, emparelhados segundo idade, hábito defumar e classe social. Sintomas que caracteriza-ram bronquite crônica simples foram encontra-dos em 24% dos soldadores, enquanto que en-tre os controles a prevalência foi de 14%.

Oxhoj e col.114 investigaram a sintomatologiarespira tór ia de 119 soldadores a arco,comparando-a com a de 90 trabalhadores emoutras funções. A prevalência entre soldadorese seus controles (ambos os grupos não-fumantes) foi de 31% e 11%, respectivamente.A comparação entre soldadores fumantes econtroles fumantes foi de 77% para os primei-ros, contra 43% para os últimos.

Em nosso meio, Gomes66 estudou a saúde detrabalhadores soldadores, porém os instrumen-tos utilizados em sua investigação não lhe per-

mitiram detectar o problema da bronquite crô-nica na população estudada.

Buscando detectar os efeitos da exposição aodióxido de enxofre, Archer e Gillam14 compa-raram 953 trabalhadores de uma fundição decobre com 252 controles tomados de uma ofici-na de manutenção da mesma empresa, e anali-saram a sintomatologia respiratória. A preva-lência de bronquite crônica simples entre expos-tos — fumantes e não-fumantes — foi 15,8%,enquanto entre os controles foi 9,5%.

Por outro lado, Fine e Peters49, ao investiga-rem a presença de queixas respiratórias em tra-balhadores da cura de borracha, encontraramem 25,8% dos empregados desse setor a refe-rência a tosse crônica com produção de escarro;entre os controles a prevalência foi de 14,3%.

Por último, uma curta menção a trabalhado-res de coqueria, expostos a emissões de fornosde coque. Quando 312 trabalhadores direta-mente expostos às emissões foram comparadoscom 464 colegas da mesma área, porém não di-retamente expostos às emissões, verificou-seque existia entre os fumantes uma diferença de32% para 23% quanto à prevalência de bron-quite crônica simples. Entre não-fumantes, estadiferença foi de 9% para 6%. Estes dados ser-vem para mostrar, além do excesso de riscoatribuível à exposição às emissões dos fornos decoque, um provável efeito potencializador entreeste risco e o provocado pelo fumo142.

Doenças do Aparelho Locomotor

As afecções do aparelho locomotor (ou siste-ma músculo-esquelético-ligamentar) consti-tuem importante causa de morbidade e de inca-pacidade de adultos, e sua importância médico-social e econômica tem chamado a atenção deplanejadores e administradores de saúde e deseguridade social, no mundo inteiro5,20,40,81,123,145.Este grupo de afecções é aqui mencionado, tan-to por sua notória importância em termos desaúde pública, como também para exemplificaro extraordinário impacto que a ocupação (ou otrabalho) exerce sobre a história natural destasafecções. A compreensão de tal contribuiçãoservirá para mostrar, mais uma vez, a complexainterpenetração de fatores causais ditos ocupa-cionais. Servirá, para chamar a atenção das au-toridades sanitárias para o pesado impacto eco-nômico e de demanda a serviços de saúde, que aocupação, direta ou indiretamente, acarreta en-quanto determinante de morbidade da popula-ção. Por último, este grupo de afecções presta-se bem para exemplificar doenças relacionadascom o trabalho, passíveis de controle, através,

principalmente, das contribuições da ergono-mia, da organização racional do trabalho e daeducação para a saúde.

Neste grupo de afecções estão incluídas asdores de coluna (dor lombar, lombalgias, doresnas costas, e outros), as osteoartroses6, ascérvico-branquialgias7, as tenossinovites eperitendinites86,124 entre outras; apesar de suaimportância, não serão incluídos os traumatis-mos agudos que resultam em fraturas, luxa-ções, amputações, perda de substância, entreoutras, mencionados implicitamente sob a ru-brica dos acidentes do trabalho. Servirá de pa-radigma das doenças do aparelho locomotor, ador lombar.

A importância da dor lombar pode ser medi-da através de diferentes indicadores, que in-cluem: sua incidência e prevalência na popula-ção geral de adultos e em comunidades de tra-balhadores; a magnitude da sua participaçãonas causas de absentismo ao trabalho, de inca-pacidade temporária ou permanente, e mesmode invalidez; o custo econômico sobre os siste-mas de seguridade social; a posição relativa en-tre as doenças profissionais (nos países em queelas podem ser assim caracterizadas), além deoutros. Todos estes indicadores, isoladamenteou de forma combinada, põem em destaque aextraordinária importância da dor lombar, sobqualquer ângulo que o problema foranalisado1,8,9,17,62,121,122,137,147,148.

Assim, em termos de prevalência,Magora95,96,97, em Israel, detectou a presença dedor lombar em 12,9% de todos os trabalhado-res investigados, pertencentes a oito diferentesramos de atividade. Brown22, através de ques-tionário enviado a trabalhadores da indústriade transformação, observou que 35% dos ho-mens e 46% das mulheres faziam referência adores na coluna lombar. Rowe121, através de umestudo retrospectivo sobre os motivos que leva-ram trabalhadores a procurar atendimento mé-dico no período dos últimos dez anos, observouque a dor lombar foi mencionada por 47% dosempregados em trabalhos pesados e por 35%dos que exerciam atividades sedentárias. Gib-son e col.62, ao acompanharem durante 12 me-ses uma coorte de trabalhadores de indústria si-derúrgica, observaram queixas de dor lombarem 60% dos trabalhadores. Anderson5, no Rei-no Unido, cita uma investigação sobre proble-mas músculo-esqueléticos, realizada em 2.648trabalhadores, sorteados a partir de uma gran-de variedade de ocupações. Foi observado quemais da metade dos trabalhadores (52%) afir-maram ter tido problemas reumáticos durantesua vida laboral; destes, 805, ou seja, 30% dostrabalhadores estudados fizeram referência a

dores nas costas durante o tempo em que traba-lharam.

Quanto a dados de prevalência no Brasil, sãoconhecidas as estimativas feitas por reumatolo-gistas como Samara123 e Bonomo20, segundo osquais existem de oito a dez milhões de pacientesreumáticos, senso lato.

A importância da dor lombar pode tambémser ilustrada quando é analisada sua contribui-ção como causa de incapacidade e/ou invalidezpara o t r aba lho 8 7 , 1 4 7 , e como causa deabsentismo122.

Buscando conhecer melhor a importância dasdoenças de coluna em nosso país, Knoplich85

utilizou os dados de perícias médicas do INPS,que normalmente traduzem a importância dasdoenças que provocam incapacidade temporá-ria ou permanente para o trabalho. Assim, em1976, as doenças reumáticas — principalmenteas doenças da coluna — ocupavam o terceirolugar entre as doenças incapacitantes, supera-das somente pelas neuroses e pela hipertensãoarterial. Já nos dados relativos a 1978, essasdoenças passaram para o segundo lugar (supe-radas apenas pelas neuroses).

A Tabela 4, extraída do trabalho deMedina100, resume a importância relativa dasprincipais doenças incapacitantes, registradaspela perícia médica do INPS.

Face à não uniformidade de terminologia uti-lizada por reumatologistas e ortopedistas, e de-vido a mudanças nos critérios de classificaçãoutilizados pelo INPS, Knoplich85, reordenou di-ferentes grupos de doenças, na tentativa de me-lhorar a estimativa do significado das doençasde coluna. Após este tratamento, o autor che-gou à conclusão de que a prevalência da os-teoartrose de coluna pode ser estimada em 3,8casos por mil segurados. Segundo Knoplich85,"de cada 100 segurados com incapacidade tem-porária, mantidos no Auxílio-Doença do INPS,

em 1978, 4,83 casos são devidos a doenças reu-máticas e, dentre estes, 3,8 apresentam proble-mas de coluna, perfazendo, portanto, 82% detodos os pacientes com problemas crônicos desistema osteo-músculo-ligamentar''85.

Entre nós, a importância do problema tem si-do confirmada através de outros estudos, queranalisando a experiência de determinadaempresa28,115, quer de determinado setor daecônomia54,55, quer como casuística de proces-sos judiciais que chegaram às Varas de Aciden-tes do Trabalho50,51,70.

A questão da dor lombar apresenta facetasextremamente interessantes, que enriquecem es-ta discussão sobre o impacto da ocupação sobrea morbidade de trabalhadores, e as implicaçõespara o Setor Saúde. Excluídas causas específi-cas de dor lombar (causas inflamatórias, dege-nerativas, neoplásicas, e outras), e levados emconsideração fatores de risco (defeitos congêni-tos, fraqueza da musculatura, predisposiçãoreumática e sinais de degeneração da coluna oudos discos intervertebrais), a causa mais co-mum é não-específica, de patologia indetermi-nada, e freqüentemente associada a problemasergonômicos ou traumáticos145.

Efetivamente, a dor lombar aparece com fre-qüência mais elevada em trabalhadores queexercem atividades pesadas, de ritmo intensivo,e em condições antiergonômicas, tais como esti-vadores, trabalhadores de transportes e cargas,mineiros em trabalhos subterrâneos, serventesde pedreiro na construção civil, além de traba-lhadores expostos a vibrações de corpo inteiro,como é o caso de motoristas de caminhão,t ra tor is tas e operadores de veículos pesa-dos1,25,41,55,73,80,131,136

Numerosos estudos chamam a atenção para aimportância do esforço de flexão, principal-mente pela posição incorreta de erguimento depesos, em geral associado ao t rabalhopesado18,22,23,24,28,30,58,73,96,97,115. Estes fatores agra-vadores ou precipitantes têm sido identificadosna imensa maioria dos casos, ainda que dificil-mente possa ser evidenciada a lesão que corres-ponde ao trauma agudo desencadeador do qua-dro. Desta forma, a evidência inequívoca de ne-xo entre dor lombar e atividade ocupacional é afreqüência significativamente elevada nas ativi-dades que exigem grande esforço físico, em rit-mo ou intensidade excessivos e em condiçõesclaramente não ergonômicas. A evidência éfundamentalmente epidemiológica, isto é,detecta-se um excesso de risco atribuível à ocu-pação, como aliás ficou mostrado há pouco,quando as diversas taxas de prevalência forammencionadas.

Em geral, 80% dos casos de dor lombar me-lhoram com o repouso e tratamento em duas atrês semanas, embora 10 a 15% dos casos pos-sam requerer tratamento que dure um ano, oumais145. Knoplich85 menciona que, de acordocom os dados dos relatórios da Perícia Médicado INPS, as doenças reumáticas necessitam emmédia de 240 dias, ou seja, oito meses para umarecuperação. Resulta daí uma perda anual demais de 25 milhões de dias de serviço para se-rem pagos pela Previdência Social, referindo-seaos dados de 1975.

Distúrbios Mentais e Estresse

Os desvios da saúde mental, em graus varia-dos de complexidade e duração, contribuemsignificativamente no peso da morbidade dapopulação geral, a julgar pelos indicadores deprevalência em inquéritos de morbidade, pelonúmero de atendimentos médicos e de interna-ções hospitalares e pela importância das doen-ças mentais como causa de incapacidade para otrabalho.

Assim, estima-se que nas áreas metropolita-nas brasileiras, à semelhança do que ocorre emoutros países, cerca de 18% da população ne-cessita de algum tipo de ajuda psiquiátrica, epara estes, estima-se a necessidade de duas con-sultas médicas por ano, o que por si só demons-tra a repercussão desses problemas sobre ainfra-estrutura de serviços de saúde132.

Por outro lado, tem sido estimado que 5 a10% da força-de-trabalho ocupada sofre deproblemas de saúde mental considerados sérios,e que cerca de 30% sofre de algum tipo de des-conforto psíquico, de menor proporção21,145

Como já foi mencionado a propósito das cau-sas de incapacidade temporária e de incapacida-de permanente entre segurados da PrevidênciaSocial no Brasil, as assim rotuladas "psiconeu-roses" ocupam o primeiro lugar entre as causasde incapacidade temporária, e o segundo e oterceiro lugar entre as causas de incapacidadepermanente e invalidez85,118. Saliente-se que otempo médio de afastamento do trabalho con-cedido pelo INPS para as psiconeuroses é dedez meses132.

É bem provável que estas estatísticas, impres-sionantes como são, venham carregadas degrandes imprecisões, umas decorrentes de crité-rios de classificação dos desvios da saúde men-tal, outras decorrentes da diversidade de instru-mentos para medi-los. Assim, a "família" dosdistúrbios mentais pode estar englobando desdeas psicoses (esquizofrenia, psicose maníaco-depressiva, psicose senil, psicose orgânica e ou-tras), passando pelos distúrbios psiconeuróticos

(estados de ansiedade, de depressão, de histeriae outros), até o estresse. Naturalmente são pro-blemas que recebem enfoques terapêuticos e ad-ministrativos muito diferentes e que não podemser postos, indiscriminadamente, sob um mes-mo denominador. Por outro lado, existe grandediversidade quanto às fontes de informação,que vão desde inquéritos baseados em entrevis-tas domiciliárias até dados de atendimento emambulatórios e consultórios especializados, deinternação em hospitais psiquiátricos e de ca-suísticas de Serviços Médicos de Empresa, queàs vezes incluem dados de absentismo. Como élargamente conhecido, entram em cena nãoapenas aspectos médicos, porém, muito espe-cialmente, aspectos administrativos, políticos eideológicos, como aliás muito bem salientaTimio134, a propósito das internações psiquiátri-cas na União Soviética.

Qual a influência do trabalho ou da ocupa-ção sobre a morbidade devida aos distúrbiosmentais e ao estresse? Naturalmente, difícil seráresponder com precisão, já que esta resposta es-tará baseada sobre o ponto de confluência dedois territórios de difícil delimitação: o do con-ceito e extensão de trabalho, e o de conceito eextensão de distúrbios mentais, como foi co-mentado. Contudo, alguns aspectos já têm sidoesclarecidos, e serão sucintamente mencionadoscom o propósito de salientar, mais uma vez, a"força" da ocupação (ou do trabalho) na mor-bidade e a respectiva repercussão sobre o setorsaúde, particularmente os serviços de saúde.

Assim, num primeiro nível, podem ser men-cionadas as intoxicações profissionais cuja açãosobre o sistema nervoso central, particularmen-te sobre as funções psíquicas, já tem sido farta-mente descrita a nível experimental e clínico-epidemiológico. Exemplificam este grupo, ochumbo (encefalite e suas seqüelas), o monóxi-do de carbono (seqüelas pós-intoxicaçãoaguda), o sulfeto de carbono, os pesticidas or-ganofosforados e organoclorados, o mercúrio,os efeitos agudos causados pela inalação de sol-ventes clorados e aromáticos, o estireno, alémdas seqüelas de t raumatismos crânio-encefálicos52,53,117. Nos últimos anos, vem rece-bendo crescente atenção o campo da toxicolo-gia comportamental, quer pelo número de subs-tâncias químicas que agem sobre o comporta-mento de trabalhadores expostos, quer pelasensibilidade introduzida nos métodos semioló-gicos, e a conseqüente importância que vemsendo atribuída a alterações discretas, que nãoeram suficientemente valorizadas pela saúdeocupacional nos países do ocidente19,59,72.

Num segundo nível, a relação trabalho-distúrbio mental faz-se indiretamente. Existin-

do fatores predisponentes que fazem com queumas pessoas sejam mais vulneráveis a distúr-bios emocionais do que outras (personalidade,estado geral de saúde, qualidade geral de vida*,e outros), o trabalho ou a ocupação podemcontribuir como fatores precipitadores. Estessão eventos ou experiências que rompem oequilíbrio emocional e têm um relacionamentotemporal muito próximo ao distúrbio, quandode sua manifestação. Poderão coexistir outrosfatores precipitadores, tais como doenças pes-soais, problemas familiares, problemas finan-ceiros, entre outros. Os distúrbios de personali-dade e os sintomas neuróticos que mais comu-mente se manifestam são a ansiedade, a depres-são e a reação histérica.

Num terceiro nível situa-se o intrincado pro-blema do estresse e sua relação com o trabalho.O estresse — "algo que ocorre quando um indi-víduo se comporta em situações para as quaissua maneira habitual de enfrentar torna-se in-suficiente"78 — tem sido abordado sob diferen-tes perspectivas.

. Um dos enfoques predominantes é o do"ajustamento pessoa—meio-ambiente"("person—environment fit"), segundo o qual oestresse seria um "desbalanço" entre a deman-da e a capacidade de resposta, em condiçõestais que a falha para atender a demanda temimportantes conseqüências. Sob este enfoque, enum nível mais limitado de compreensão, o es-tresse traduz situações em que a demanda supe-ra a capacidade de resposta, e em relação aotrabalho, explicitaria situações de sobrecargaou de superestimulação. Numa visão maisabrangente, o ajustamento inadequado entrepessoa e meio-ambiente envolveria não apenasvariáveis quantitativas, do tipo demanda vs. ca-pacidade de resposta, mas também necessida-des pessoais, emocionais e fontes de satisfaçãono trabalho. Assim, o estresse poderia originar-se, igualmente, de situações opostas às anterio-res, ou seja, de situações de subutilização,de carga inferior às possibilidades (under-load).27,33,60,61,71.

Levi90,91, um dos pesquisadores suecos quemais se destacam nos estudos sobre estresse eseus fatores psicossociais, identifica como"principais estressores psicossociais no traba-lho", os seguintes:

• sobrecarga quantitativa: muita coisa para fa-zer, em pouco tempo;

• carga qualitativa inferior às possibilidades(underload): atividades pouco estimulantesou desafiadoras, que não exigem criativida-de, monótonas e repetitivas;

• conflitos de papéis e responsabilidades: "notrabalho, somos filhos, pais, cônjuges, ami-gos, membros de clubes, entidades, sindica-tos, e nem sempre podemos cumprir bem es-tes diferentes papéis, simultaneamente"90;

• falta de controle sobre a sua própria situa-ção: outros decidem pelo trabalhador o quefazer, onde, e como, inclusive ritmos e velo-cidades;

• falta de apoio social: chefias, colegas de tra-balho e outros;

• estressores físicos: barulho, calor ou frio ex-tremos, iluminação deficiente ou excessiva,odores incômodos e outros;

• estressores específicos da indústria: tecnolo-gia de produção em massa, processos de tra-balho altamente automatizados, e trabalhoem turnos**90,91

Levi90 discute os tipos de reações que ocor-rem em decorrência ao estresse, agrupando-asem a) reações emocionais: ansiedade, depres-são, histeria e outros; b) reações comportamen-tais: alcoolismo, tabagismo excessivo, depen-dência de drogas, aumento do absentismo e, emcasos extremos, o suicídio; c) reações fisiológi-cas: alterações hormonais e farmacológicas queprovocam taquicardia, sudorese, hipertensãoarterial, aumento de lipídios sangüíneos, alémde outras.

Os três níveis aqui tomados para exemplificara influência do trabalho sobre a morbidade de-vida aos distúrbios e às doenças mentais — asintoxicações profissionais, os distúrbios psico-neuróticos precipitados pelo trabalho, o estres-se — tipificam a interpenetração, de fatoresetiológicos ditos "ocupacionais" e daqueles"não ocupacionais''. Mais: ampliam a com-preensão da necessidade da abordagem integrale integrada, e mostram, de forma inquestioná-vel, o quanto ainda falta para que o setor saúdeassuma seu papel de executar ou coordenar pro-gramas que ajudem a interceptar a "história na-tural" desses desvios da saúde, deixando de selimitar a tratar, internar, ou pagar a conta.

* Os trabalhos de Dohrenwend42,43, em psiquiatria social, muito contribuíram neste campo.

** Sobre os problemas relacionados com o trabalho em turnos, vide as contribuições feitas entre nós por Fischer56,57.

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ABSTRACT: A review is made to estimate the impact of occupation on workers' health, as part ofthe rationale with regard to the integration of Occupational Health into the Health Sector. In this firststudy, based on a critical review of the literature, the repercussions on morbidity are discussed, throughthe analysis of Brazilian data on occupational accidents, acute occupational intoxications, occupationaldiseases and other "work-related diseases" such as cardiovascular diseases (hypertension being taken as amodel), chronic respiratory diseases, musculoskeletal disorders, (low-back pain serving as a paradigm)mental disorders and stress.

UNITERMS: Occupational diseases. Accidents, occupational. Occupational health. Occupations.Working risks.

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Recebido para publicação em 18/1/1988Aprovado para publicação em 15/4/1988