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Pesquisa Mensal de Emprego Trabalhadores por Conta Própria Perfil e Destaques Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre Março de 2008

Trabalhadores por Conta Própria Parte1 · Os trabalhadores por conta própria estavam assim ... mar/02 mai/02 jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04

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Pesquisa Mensal de Emprego

Trabalhadores por Conta PrópriaPerfil e Destaques

Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro,São Paulo e Porto Alegre

Março de 2008

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro do Planejamento, Orçamento e GestãoPaulo Bernardo Silva

INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICA - IBGE

PresidenteEduardo Pereira Nunes

Diretor-ExecutivoSergio da Costa Côrtes

ORGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES

Diretoria de PesquisasWasmália Socorro Barata Bivar

Diretoria de GeociênciasGuido Gelli

Diretoria de InformáticaLuiz Fernando Pinto Mariano

Centro de Documentação e Disseminação de InformaçõesDavid Wu Tai

Escola Nacional de Ciências EstatísticasSergio da Costa Côrtes (interino)

UNIDADE RESPONSÁVEL

Diretoria de Pesquisas

Coordenação de Trabalho e Rendimento

Marcia Maria Melo Quintslr

Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

Diretoria de PesquisasCoordenação de Trabalho e Rendimento

Pesquisa Mensal de Emprego

Trabalhadores por Conta PrópriaPerfil e Destaques

Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, SãoPaulo e Porto Alegre

Março de 2008

Rio de Janeiro

2008

1

RESUMO

Em março de 2008, no agregado das seis Regiões Metropolitanas cobertas

pela Pesquisa Mensal de Emprego, havia 21,3 milhões de trabalhadores em toda a

população ocupada. Deste total, 4,1 milhões eram trabalhadores por conta própria,

que representavam 19,2% do contingente de ocupados.

Do total de trabalhadores por conta própria, 54,5% eram brancos e 44,5%

eram pretos e pardos.

Com relação ao sexo, verificou-se que os homens eram maioria nesta forma

de inserção (60,8%). Embora a participação feminina fosse menor (39,2%),

constatou-se que houve crescimento desta participação em todas as Regiões

Metropolitanas, desde 2002. A Região Metropolitana de Salvador foi a que

apresentou a maior participação de mulheres trabalhando por conta própria (42,2%).

Os grupos de idade mais jovens são menos numerosos nesta forma de

inserção no mercado de trabalho, que tem sua maior incidência no grupo de 50 a 59

anos de idade (22,4%).

Os níveis de instrução mais freqüentes entre os trabalhadores por conta

própria são: fundamental incompleto e o médio completo.

Com relação ao indicador que aponta o tempo de permanência no trabalho,

verificou-se que 81,1% dos trabalhadores por conta própria estavam há dois anos ou

mais no trabalho, percentual bem mais elevado que aquele registrado para a

população ocupada (68,6%) para a mesma faixa de tempo de permanência no

trabalho.

Os trabalhadores por conta própria estavam assim distribuídos: grupamentos

do Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e

domésticos e comércio a varejo de combustíveis (27,0%), Outros serviços

(25,0%) e da Construção (18,0%).

No agregado das seis Regiões Metropolitanas, 20,7% dos trabalhadores por

conta própria contribuíam para a previdência. Este indicador assume valores bem

menores em Recife e Salvador.

O número médio de horas trabalhadas semanalmente pelos trabalhadores por

conta própria foi estimado em 41,3 horas. Esta estimativa ficou próxima daquela

observada para a população ocupada (41,5 horas).

2

O rendimento médio dos trabalhadores por conta própria foi estimado em

R$ 1.013,50. Aproximadamente 68,0% dos trabalhadores por conta própria recebiam

abaixo de 2 salários mínimos.

O rendimento das mulheres trabalhadoras por conta própria (agregado das

seis regiões) era inferior ao dos homens em 32,7%, enquanto na população ocupada

esta diferença era de 29%. Os trabalhadores por conta própria de cor preta ou parda

recebiam 49,8% a menos que os brancos. Na população ocupada esta diferença era

de 48,2%.

O rendimento dos trabalhadores por conta própria que contribuíam para a

previdência foi estimado em R$ 1920,80, já para os trabalhadores que não

contribuíam, o rendimento foi estimado em R$ 776,40.

3

I- Pesquisa Mensal de Emprego

A Pesquisa Mensal de Emprego - PME - implantada em 1980, produz indicadores para

o acompanhamento conjuntural do mercado de trabalho nas regiões metropolitanas de Recife,

Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Trata-se de uma

pesquisa domiciliar urbana realizada através de uma amostra probabilística, planejada de

forma a garantir os resultados para os níveis geográficos em que é produzida.

As grandes transformações ocorridas no mercado de trabalho brasileiro desde a

implantação da pesquisa impuseram uma revisão completa, vigente desde março de 2002,

abrangendo seus aspectos metodológicos e processuais. A modernização da Pesquisa Mensal

de Emprego visou possibilitar a captação mais adequada das características do trabalhador e

de sua inserção no sistema produtivo, fornecendo, portanto, informações mais adequadas para

a formulação e o acompanhamento de políticas públicas. No que diz respeito a conceitos e

métodos, ocorreram atualizações de forma a acompanhar as recomendações da Organização

Internacional do Trabalho (OIT).

O objetivo desta publicação é traçar o perfil dos trabalhadores por conta própria,

apontando algumas características específicas destes trabalhadores, além de mostrar a

evolução desta forma de inserção desde de março de 2002 a março de 2008.

4

II - Trabalhadores por conta própria

Os trabalhadores por conta própria constituem foco principal deste estudo, portanto, é

necessário elucidar quem é considerado como trabalhador por conta própria na Pesquisa

Mensal de Emprego, que segue a classificação recomendada pela Organização Internacional

do Trabalho.

Classifica-se como “conta própria” a pessoa que trabalha explorando o seu próprio

empreendimento, sozinha ou com sócio, sem ter empregado e contando, ou não, com ajuda de

trabalhador não remunerado de membro da unidade domiciliar em que reside.

Durante este estudo faremos comparações com trabalhadores alocados em outras

formas de inserção, os empregadores e os empregados, por esta razão, faz-se necessário

caracterizá-los também.

Classifica-se como “empregador” a pessoa que trabalha explorando o seu próprio

empreendimento, tendo pelo menos um empregado e contando, ou não, com ajuda de

trabalhador não remunerado de membro da unidade domiciliar.

Classifica-se como “empregado” a pessoa que trabalha para um empregador (pessoa

física ou jurídica), geralmente obrigando-se ao cumprimento de uma jornada de trabalho e

recebendo em contrapartida uma remuneração em dinheiro, mercadorias, produtos ou

benefícios (moradia, comida, roupas, treinamento etc.). Nesta categoria inclui-se a pessoa que

presta serviço militar obrigatório, o clérigo (sacerdote, ministro de igreja, pastor, rabino,

frade, freira e outros) e, também, o aprendiz ou estagiário que recebe somente aprendizado ou

treinamento como pagamento.

Existem muitas diferenças entre estas formas de inserção no mercado de trabalho,

tendo em vista que o trabalhador por conta própria desenvolve suas atividades em seu próprio

empreendimento, não sendo obrigado a cumprir uma jornada de trabalho previamente

estabelecida e sem subordinar o seu trabalho a outrem. Seu rendimento pode ser variável, em

função da inconstância de seu trabalho. Outra característica desta forma de inserção é que no

exercício de sua atividade não emprega trabalhador remunerado.

Ao estudar esta forma de inserção no mercado de trabalho, o pesquisador se depara,

então, com um universo muito diversificado, uma vez que existem características

extremamente heterogêneas diante da variedade de atividades desenvolvidas.

Este estudo buscou conhecer, através das informações captadas pela Pesquisa Mensal

de Emprego, algumas características básicas dos trabalhadores por conta própria, tais como:

5

faixa etária, sexo, cor, escolaridade, incluindo os grupamentos de atividade, além de outras

características que são de suma importância na construção do perfil destes trabalhadores.

Para uma maior compreensão, buscou-se fazer comparações entre as diversas

características dos trabalhadores por conta própria e as da população ocupada1 total.

1Define-se população ocupada pelo conjunto de pessoas consideradas ocupadas (são classificadas como ocupadas na semana de referência aspessoas que exerceram trabalho, remunerado ou sem remuneração, durante pelo menos uma hora completa na semana de referência, ou quetinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana. Considera-se como ocupada temporariamenteafastada de trabalho remunerado a pessoa que não trabalhou durante pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo deférias, greve, suspensão temporária do contrato de trabalho, licença remunerada pelo empregador, más condições do tempo ou outros fatoresocasionais. Assim, também, foi considerada a pessoa que, na data de referência, estava afastada: por motivo de licença remunerada porinstituto de previdência por período não superior a 24 meses; do próprio empreendimento por motivo de gestação, doença ou acidente, semser licenciada por instituto de previdência, por período não superior a três meses; por falta voluntária ou outro motivo, por período nãosuperior a 30 dias).

6

III - Principais Indicadores

Em março de 2008, o contingente de trabalhadores por conta própria atingiu 4,1

milhões no total das seis Regiões Metropolitanas pesquisadas pela PME, enquanto que no

mesmo período, a população ocupada totalizou 21,3 milhões de pessoas. A seguir, são

mostrados gráficos com a evolução da taxa de crescimento da população ocupada e do

contingente de trabalhadores por conta própria.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

Evolução da taxa de crescimento anual da População Ocupada - em %

6,2

4,5

6,5

7,6

5,76,1

8,0

3,52,7

4,34,7

0,61,0

4,3

-2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

Total 6 RegiõesMetropolitanas

Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

mar/03 mar/04 mar/05 mar/06 mar/07 mar/08

8,56,4

11,5

6,1

1,03,42,5

7,2

-0,9-1,5

4,1

-0,6

2,11,7

-15,0

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

Total 6 RegiõesMetropolitanas

Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

mar/03 mar/04 mar/05 mar/06 mar/07 mar/08

Evolução da taxa de crescimento anual dos trabalhadores por Conta Própria - em %

7

Em termos do contigente (em milhares) de trabalhadores nessa forma de posição na

ocupação, o crescimento foi de 22,3% na comparação de março de 2008 contra março de

2002 para o total das seis regiões metropolitanas. Em Recife o crescimento deste contingente

foi de 7,8%, Salvador 25,9%, Belo Horizonte 16,7%, Rio de Janeiro 19,2%, São Paulo 30,7%

e Porto Alegre 15,1% .

A despeito do crescimento do número de trabalhadores por conta própria, não houve

aumento de sua participação na população ocupada, correspondendo, em março de 2008 a

19,2 % dessa população no total das seis regiões metropolitanas. Esse percentual foi de 19,3%

em março de 2002. O gráfico a seguir mostra a evolução da participação dos trabalhadores

por conta própria na população ocupada no total das seis regiões metropolitanas.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

Evolução da participação dos trabalhadores por Conta Própria na População Ocupada no total das seis Regiões Metropolitanas (%)

19,3

19,5

21,0

19,2

17,5

18,0

18,5

19,0

19,5

20,0

20,5

21,0

21,5

mar

/02

mai

/02

jul/0

2

set/0

2

nov/

02

jan/

03

mar

/03

mai

/03

jul/0

3

set/0

3

nov/

03

jan/

04

mar

/04

mai

/04

jul/0

4

set/0

4

nov/

04

jan/

05

mar

/05

mai

/05

jul/0

5

set/0

5

nov/

05

jan/

06

mar

/06

mai

/06

jul/0

6

set/0

6

nov/

06

jan/

07

mar

/07

mai

/07

jul/0

7

set/0

7

nov/

07

jan/

08

mar

/08

Total das 6 RM Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegremar/02 3.345 276 265 342 998 1.184 280mar/03 3.585 283 274 345 1.058 1.321 304mar/04 3.954 318 300 385 1.150 1.487 315mar/05 3.834 289 308 382 1.188 1.376 292mar/06 3.796 288 323 383 1.118 1.365 318mar/07 4.020 279 327 402 1.197 1.487 328mar/08 4.090 297 333 399 1.190 1.548 323

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

Trabalhadores por Conta Própria por região metropolitana nos meses de março de 2002 a 2008 - emmilhares

8

O maior percentual (21,0%) foi observado em março de 2004, que sucedeu um

movimento de crescimento dessa categoria de trabalhadores ao longo do ano de 2003. Um ano

após, em março de 2005, esse percentual retornou ao patamar de 2002, atingindo 19,6%,

prosseguindo praticamente constante até março de 2008.

Na análise regional, a participação dos trabalhadores por conta própria na população

ocupada apresentou dois patamares, sendo o mais elevado observado em Recife (22,5%),

Salvador (22,5%) e Rio de Janeiro (22,8%), e o mais baixo, em Belo Horizonte (17,0%), São

Paulo (17,0%) e Porto Alegre (17,7%), como ilustra o gráfico a seguir.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

A taxa média das participações dos trabalhadores por conta própria considerados todos

os meses do período de março de 2002 a março de 2008 foi de: 19,6% para o total das seis

regiões metropolitanas, 22,8% para Recife, 22,9% para Salvador, 18,6% para Belo Horizonte,

22,9% para o Rio de Janeiro, 17,0% para São Paulo e 18,7% para Porto Alegre.

No período de março de 2002 a março de 2008, a maior participação dos trabalhadores

por conta própria foi verificada em Salvador, (26,7%) no mês de outubro de 2004. Em Recife,

(26,3%) no mês de janeiro de 2004, Belo Horizonte (20,4%) em novembro de 2003, Rio de

Janeiro (24,1%) em abril de 2004 e março de 2005, São Paulo (18,9%) em março de 2004 e

em Porto Alegre (20,5%) no mês de novembro de 2002.

Conta Própria - participação na população ocupada (em %)

19,3

23,122,2

19,6

22,2

16,3

18,919,2

22,5 22,5

17,0

22,8

17,017,7

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Total 6 RMs Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

mar-02 mar/08

9

Os gráficos a seguir mostram a distribuição da população ocupada nas diversas formas

de inserção em março de 2002 e em março de 2008. Em ambos os anos, com relação às

demais formas de ocupação, pôde-se observar que a participação dos trabalhadores por conta

própria em março de 2008, para o total das seis regiões metropolitanas pesquisadas, superou

todas as outras, exceto a dos trabalhadores com carteira assinada no setor privado - os quais

corresponderam a cerca de 44% da população ocupada, em 2008.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

Também, em cada uma das seis regiões metropolitanas, a participação dos

trabalhadores por conta própria só foi inferior a dos trabalhadores com carteira assinada no

setor privado, sendo seguida pelos trabalhadores sem carteira assinada no setor privado.

Distribuição percentual das pessoas ocupadas por posição na ocupação,

nasno total das seis regiões metropolitanas em março de 2002

14,7%

7,3%

4,9%

7,7% 5,3%

19,3%

40,8%

Emp. com carteira no setor privado

Emp. sem carteira no setor privado

Militar ou Func. Público estatutário

Conta Própria

Empregador

Trabalhador doméstico

Outros

Distribuição percentual das pessoas ocupadas por posição na ocupação

l d i R iõ

19,2%

4,6%

7,7%

13,2%

43,9%

3,8%

7,6%

Emp. com carteira no setor privado

Emp. Sem carteira no setor privado

Militar ou Func. Público estatutário

Conta Própria

Empregador

Trabalhador doméstico

Outros

no total das seis regiões metropolitanas em março de 2008

10

Nos casos das regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Porto Alegre, as distribuições das

posições na ocupação são semelhantes a do total das seis regiões metropolitanas.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

Distribuição da Posição na Ocupação - março 2008 (em %)

38,339,6

44,3

39,6

47,445,7

7,4 8,36,0

7,9

22,5 22,5

17,0

22,8

17,0 17,7

4,0 3,75,1 4,5 4,6 4,8

8,59,6

8,5 7,9 7,0

3,95,0 4,4 3,6 3,2

11,8 12,2 12,514,8

11,912,411,0 9,7

6,54,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

Emp. com carteira no setor privado Emp. Sem carteira no setor privado Militar ou Func. Público estatutário Conta PrópriaEmpregador Trabalhador doméstico Outros

11

IV- Características

1- Sexo

O trabalho da mulher tem sido objeto de inúmeros estudos, por se constituir num

segmento do mercado de trabalho com características muito próprias e que tem passado por

muitas transformações ao longo dos anos. Diante disto, foi feita uma análise do perfil do

trabalhador por conta própria segundo o sexo, no sentido de observar o comportamento da

presença feminina nesta forma de inserção. Dos 4,1 milhões de trabalhadores por conta

própria, em março de 2008, 60,8% eram homens e 39,2%, mulheres, acusando uma

participação das mulheres menor do que na população ocupada (44,1%). No período de março

de 2002 a março de 2008, para o total das Regiões Metropolitanas, houve um incremento de

4,9 pontos percentuais na participação feminina nos trabalhadores por conta própria e 1,7

ponto percentual na população ocupada.

Entre os homens, em março de 2008, no agregado das regiões metropolitanas

pesquisadas, 20,9% eram trabalhadores por conta própria. Entre as mulheres, este percentual

foi de 17,1%.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Considerando ainda o percentual de trabalhadores por conta própria entre homens e

mulheres, verificou-se que houve um comportamento de incremento, ao longo do tempo, da

participação destes para o sexo feminino. Já para os homens o comportamento é oposto.

Trabalhadores por conta própria na população ocupada, por sexo, segundo as Regiões Metropolitanas

23,9 24,2

18,4

23,7

19,1 20,020,5 20,5

15,4

21,5

14,4 15,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Recife Salvador BH RJ SP PoA

homemmulher

12

Verificou-se, de 2007 para 2008, que para as Regiões Metropolitanas de Recife e

Salvador houve um acréscimo dos trabalhadores por conta própria entre os homens. A tabela a

seguir, mostra este resultados para os meses de março de 2002, 2007 e 2008 para todas as

regiões metropolitanas.

Participação dos trabalhadores por conta própria, por sexo, segundo as regiões metropolitanas nos meses de março de 2002, 2007 e 2008.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Entre os trabalhadores por conta própria, os homens participaram, em março de 2008,

com 60,8% e as mulheres com 39,2%. As Regiões Metropolitanas de Salvador, Belo

Horizonte e Rio de Janeiro acusaram proporção masculina em patamares um pouco mais

baixos, respectivamente, 57,8%, 58,8% e 59,2%, a tabela que segue mostra estes indicadores.

Participação feminina na população ocupada total, segundo as regiões metropolitanas, nosmeses de março de 2002, 2007 e 2008

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Observa-se claramente, pelo gráfico abaixo, um aumento da participação feminina em

todas as Regiões Metropolitanas, no período considerado, com exceção de Recife e Salvador,

onde houve uma retração de março de 2007 a março de 2008. Já na população ocupada, o

aumento da participação feminina só acontece nas Regiões Metropolitanas de São Paulo e

Porto Alegre. Assim esse aumento da participação das mulheres, aconteceu para os

trabalhadores por conta própria de forma mais abrangente, tendo em vista, as Regiões

Metropolitanas. Ainda, na comparação com a população ocupada, observa-se que embora as

Total Recife Salvador BH RJ SP PoA2002 42,4 42,5 45,2 43,2 42,5 41,6 43,12007 44,3 44,0 47,4 45,6 43,8 43,7 44,82008 44,1 42,4 46,3 45,6 43,2 44,0 44,8

Ano Participação das população feminina na população ocupada total (%)

Total Recife Salvador BH RJ SP PoA2002 22,0 25,2 24,1 22,2 24,9 19,3 21,82007 21,6 22,1 23,4 20,0 25,1 19,4 22,52008 20,9 23,9 24,2 18,4 23,7 19,1 20,02002 15,6 20,2 19,9 16,2 18,4 12,2 15,12007 16,9 20,1 20,9 15,4 21,5 14,0 14,32008 17,1 20,5 20,5 15,4 21,5 14,4 15,0

Homem

Mulher

AnoSexo Participação dos trabalhadores por conta própria por RM, segundo o sexo e ano

13

trabalhadoras por conta própria tenham um patamar mais baixo de participação, este se

transforma mais.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento.

Participação feminina nos trabalhadores por conta própria, por ano, segundo as Regiões Metropolitanas

34,3

35,735,2

31,1

41,6

44,5

39,1

37,2

40,5

34,3

38,4

40,0

36,0

34,1

39,2

38,7

42,2

41,2

40,8

37,3

37,9

30,0

36,0

42,0

48,0

Total Rec Sal BH RJ SP PoA

Março de 2002

março de 2007

Março de 2008

14

2- Distribuição etária

Para o total das Seis Regiões Metropolitanas, os trabalhadores por conta própria nos

grupos de 40 a 44 anos, 45 a 49 anos, 50 a 59 anos e 60 anos ou mais têm percentuais de

participação acima daqueles verificados na população ocupada total.

A faixa de idade de 50 a 59 anos é a de maior concentração entre os trabalhadores por

conta própria.

D is t r ib u iç ã o e t á r ia d o s t r a b a lh a d o r e s p o r c o n t a p r ó p r ia , p o p u la ç ã o o c u p a d a e p o p u la ç ã o e m id a d e a t iv a , e m m a r ç o d e 2 0 0 8 , p a r a o

t o t a l d a s S e is R e g iõ e s M e t r o p o l i t a n a s

1 ,0

5 ,7

9 ,2

1 1 ,3

1 2 ,1

1 4 ,8

1 3 ,5

2 2 ,4

1 0 ,1

2 ,0

1 5 ,2

1 4 ,3

1 3 ,4

1 2 ,4

1 2 ,6

1 0 ,7

1 4 ,5

5 ,0

1 4 ,8

1 3 ,8

1 0 ,0

9 ,0

8 ,5

8 ,7

7 ,9

1 3 ,0

1 4 ,2

0 ,0 5 ,0 1 0 ,0 1 5 ,0 2 0 ,0 2 5 ,0

1 0 a 1 7 a n o s

1 8 a 2 4 a n o s

2 5 a 2 9 a n o s

3 0 a 3 4 a n o s

3 5 a 3 9 a n o s

4 0 a 4 4 a n o s

4 5 a 4 9 a n o s

5 0 a 5 9 a n o s

6 0 a n o s o u m a is

P IAP OC P

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

15

Distribuição etária da população ocupada e trabalhadores por conta própria, no agregado das seis Regiões Metropolitanas - Março de 2008

2,0

15,2 14,3 13,4 12,4 12,610,7

14,5

5,0

1,0

5,7

9,211,3 12,1

14,813,5

22,4

10,1

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

10 a 17anos

18 a 24anos

25 a 29anos

30 a 34anos

35 a 39anos

40 a 44anos

45 a 49anos

50 a 59anos

60 anosou mais

População Ocupada Conta Própria

3- Nível de Instrução

Uma proporção alta dos trabalhadores por conta própria (40,6%) não completaram o

ensino fundamental e 14,0% deles têm o ensino fundamental completo. Encontrou-se ainda,

16,3% da população ocupada com nível superior, enquanto para os trabalhadores por conta

própria este percentual ficou em 12,6%.

Numa análise temporal, no início do período observado, março de 2002, 42,6% dos

trabalhadores por conta própria tinham o nível de instrução fundamental incompleto contra

32,7% na população ocupada. Este percentual dos trabalhadores por conta própria apresentou

uma tendência à queda, chegando a março de 2008 com 37,6%.

Pelas distribuições das duas populações de trabalhadores, verificou-se que o

trabalhador por conta própria tinha nível de instrução mais baixo que do total da população

ocupada. No entanto, numa observação de 2002 a 2008, verificou-se tendência de crescimento

dos grupos com médio completo e superior completo, entre os trabalhadores por conta

própria.

16

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Emprego e Rendimento.

Níveis de Instrução da população ocupada e trabalhadores por conta própria em março de 2008, para o Total das seis Regiões Metropolitanas

12,6

3,0

24,6

4,8

14,0

37,6

3,0

16,3

6,3

32,7

5,7

12,1

24,8

1,7

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

Sem

inst

ruçã

o

Fund

amen

tal

inco

mpl

eto

Fund

amen

tal

com

plet

o

Méd

io in

com

plet

o

Méd

io c

ompl

eto

Sup

erio

r inc

ompl

eto

Sup

erio

r com

plet

o

CPPO

17

4- Cor

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Em março de 2008, dos 4,1 milhões de trabalhadores por conta própria no total das

seis áreas metropolitanas pesquisadas pela PME, 54,5% eram brancos e 44,5% pretos ou

pardos2, totalizando 99,0%.

Considerando as pessoas ocupadas segundo a cor, verificou-se que, em março de

2008, 18,8% dos brancos ocupados e 19,7% dos pretos ou pardos ocupados eram

trabalhadores por conta própria.

Percentual dos trabalhadores por conta própria no total da população ocupada, por cor,segundo as regiões metropolitanas nos meses de março de 2002, 2007 e 2008

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

2 As populações preta e parda foram agregadas num só grupo de forma ser possível a realização das análises.

Distribuição dos trabalhadores por conta própria por Região Metropolitana, segundo a cor - março de 2008

0102030405060708090

100

Brancos Pardos e pretos

TotalRecSalBHRJSPPoA

Ano Total Recife Salvador BH RJ SP PoA

2002 18,9 20,6 19,7 20,1 23,3 16,4 19,6

2007 18,8 18,5 19,9 17,8 23,4 16,7 18,9

2008 18,8 19,8 18,3 17,6 22,8 17,2 18,2

2002 19,6 24,1 22,6 19,3 20,9 15,8 14,7

2007 20,5 22,7 22,6 18,0 23,7 17,7 18,2

2008 19,7 24,0 23,4 16,6 22,7 16,5 14,8

Percentual dos trabalhadores por conta própria populaçãoCOR

Branco

Preto/Pardo

18

5- Grupamentos de atividade

Considerando os totais de ocupados nos grupamentos de atividade, em março de 2008,

verificou-se que 45,1% dos que estavam na Construção eram trabalhadores por conta própria.

Percentuais que superam 40% foram observados na maioria das Regiões Metropolitanas. Este

patamar aparece em todas as seis Regiões Metropolitanas, com a exceção de Belo Horizonte,

onde esta contribuição foi de 37,4%.

Quando se colocou em foco a participação dos trabalhadores por conta própria nos

grupamentos de atividade, verificou-se que eles estão presentes no grupamento da

Construção (45,1%), Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e

domésticos e comércio a varejo de combustíveis (28,0%), Outros serviços, (Alojamento e

alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades

associativas, recreativas, culturais e desportivas, serviços pessoais) (26,9%), seguidos da

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (15,6%).

Nas atividades de Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e

seguridade social, a participação fica bastante reduzida, chegando, para o total das Regiões

Metropolitanas, em março de 2008, a 5,7%.

Percentual de trabalhadores por conta própria, por grupamentos de atividade, segundo asregiões metropolitanas - março de 2002, 2007 e 2008

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Participação dos conta própria por grupamento de atividade, meses de março

Ano Total Recife Salvador BH RJ SP PoA2002 14,6 19,3 21,7 18,9 21,8 10,3 14,7

2007 16,2 21,7 25,0 18,0 26,2 12,2 12,0

2008 15,6 20,9 24,1 16,1 26,2 11,6 12,0

2002 42,2 28,5 39,8 36,2 49,9 41,0 40,0

2007 45,9 31,6 40,1 39,0 48,4 48,8 49,6

2008 45,1 41,7 46,0 37,4 44,2 47,8 46,9

2002 29,6 38,0 36,2 29,7 31,4 25,1 31,1

2007 29,3 35,6 37,7 23,5 32,2 26,2 28,5

2008 28,0 37,5 37,1 23,6 32,2 23,9 24,7

2002 14,7 20,1 14,5 12,9 16,8 12,8 17,9

2007 14,2 16,7 10,3 12,5 15,8 13,3 17,3

2008 13,8 13,1 8,6 11,0 18,2 12,2 17,3

2002 5,9 6,9 4,6 6,1 6,8 5,4 4,4

2007 5,2 4,3 5,0 3,8 7,0 4,6 5,1

2008 5,7 4,9 4,6 5,4 7,1 5,1 5,1

2002 25,2 31,9 28,2 27,8 27,7 21,5 21,8

2007 27,0 30,7 31,4 27,9 34,2 20,7 25,1

2008 26,9 31,9 32,3 25,6 31,5 23,4 22,8

Atividade

Indústria extrativa e de transformação eprodução e distribuição de eletricidade,

gás, água

Construção

Comércio, reparação de veículosautomotores e de objetos pessoais edomésticos e comércio a varejo de

combustível

Serviços prestados a empresa,aluguéis, atividades imobiliárias e

intermediação financeira

Educação, saúde, serviços sociais,administração pública, defesa e

seguridade social

Outros Serviços

19

O gráfico a seguir aponta a distribuição dos trabalhadores por conta própria segundo

os grupamentos de atividade. O comércio é o grupamento com maior percentual destes

trabalhadores.

Distribuição dos trabalhadores por conta própria, segundo os grupamentos de

atividade, em março de 2008

FONTE:: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Emprego e Rendimento.

construção17,5%

interm11,0%

adm publ4,7%

outros serviços24,7%

industria13,8%

comércio28,3%

20

Nas Regiões Metropolitanas de Recife e Salvador, estavam os maiores percentuais de

trabalhadores por conta própria no grupamento referente ao Comércio, reparação de veículos

automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis. Isto

não aconteceu na população ocupada que apresentou participações homogêneas nas seis

Regiões Metropolitanas.

A Construção também é um ramo de atividade muito expressivo para os trabalhadores

por conta própria, ocupando 17,4%, em março de 2008, do contingente desta forma de

inserção. Este percentual é de 7,4% da população ocupada.

A Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água

ocupa 13,7% destes trabalhadores por conta própria, percentual abaixo dos 16,8% da

população ocupada.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Uma diferença que também se faz sentir entre os trabalhadores por conta própria é a

baixa proporção daqueles ocupados na Educação, saúde, serviços sociais, administração

Trabalhadores por conta própria na Indústria, Construção e Com ércio, em m arço de 2008, por Região M etropolitana

13,7

10,1 11,5

16,4

13,6 13,9 14,7

17,4

12,2

17,418,5

13,4

20,3 21,3

28,1

41,5

34,4

24,0

26,6 26,6 26,7

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

Total Rec Sal BH RJ SP PoA

Industria

Construção

Comércio

21

pública, defesa e seguridade social, 4,7% em março de 2008 contra 15,8% do total da

população ocupada.

Ainda em março de 2008, os trabalhadores por conta própria tinham 10,9% de seu

contingente em Serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e

intermediação financeira, registrando as maiores participações as Regiões Metropolitanas de

Porto Alegre (13,0%), Rio de Janeiro (12,8%) e São Paulo (11,4%). A população ocupada,

para o agregado das seis Regiões Metropolitanas, em março de 2008, tinha 15,1% dos

trabalhadores por conta própria neste grupamento de atividade, não havendo grandes

variações entre as Regiões Metropolitanas.

6- Tempo de permanência

No que se refere ao tempo de permanência no trabalho, 81,1% dos trabalhadores por

conta própria tinham, em março de 2008, dois anos ou mais de permanência no trabalho. Este

indicador apresenta resultado expressivo em todas as Regiões Metropolitanas, tendo

apresentado ainda, nos seis primeiros anos desta observação, crescimento deste contingente.

A área metropolitana do Rio de Janeiro registrou aumento no mesmo período, chegando a

março de 2008 com 82,9% destes trabalhadores com mais de dois anos de trabalho, seguido

de São Paulo com 82,0%.

Permanência de 2 anos ou mais dos trabalhadores por conta própria e ocupada, por região metropolitana

68,6 70,7 67,361,6

74,767,4 65,8

81,1 77,7 76,8 7882,9 82,0 81,2

0,010,0

20,030,0

40,050,0

60,070,0

80,090,0

Total Rec Sal BH RJ SP POA

População ocupada Conta Própria

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

22

Comparando-se com a população ocupada, observou-se que os percentuais dos

trabalhadores que têm mais de dois anos de trabalho é bem inferior na população ocupada,

tendo representado 68,6% para o agregado das seis áreas metropolitanas, em março de 2008.

7- Contribuição à previdência

Verificou-se, para o conjunto das seis regiões metropolitanas, que em março de 2008,

20,7% os trabalhadores por conta própria contribuíram para a previdência, enquanto na

População Ocupada este percentual foi de 65,9%.

Porto Alegre foi a Região Metropolitana com maior contribuição (26,5%), seguido por

São Paulo (24,0%), Belo Horizonte (21,4%) e Rio de Janeiro (21,3%). Estavam num patamar

muito inferior as Regiões Metropolitanas de Salvador (9,1%) e Recife (7,0%).

20,7

65,9

7,0

57,8

9,1

58,8

21,4

68,1

21,3

64,6

24,0

67,6

26,5

70,4

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

Total Rec Sal BH RJ SP PoA

Contribuição para a previdência da população ocupada e trabalhadores por conta própria, por Região Metropolitana - março de 2008 (%)

ContaPrópriaPopulaçãoOcupada

23

8- Número médio de horas trabalhadas3

No agregado das seis regiões metropolitanas, em março de 2008, a média das horas

habitualmente trabalhadas semanalmente, para os trabalhadores por conta própria, foi

estimada em 41,3 horas. Esta estimativa sofreu queda de março de 2002 para março de 2008.

A maior diferença foi observada na Região Metropolitana de Recife, que passou de 42,6 horas

semanais em março de 2002, para 39,4 horas semanais em março de 2008. Na Região

Metropolitana de Salvador, os trabalhadores por conta própria, apresentaram o menor número

médio de horas trabalhadas para março de 2008 (38,8 horas). Vale ilustrar que na população

ocupada, nos meses de março dos anos 2002, 2007 e 2008, esta estimativa ficou em: 42,4,

41,7 e 41,5 horas, respectivamente, para o conjunto das seis regiões. O comportamento de

queda observado de 2002 para 2008 foi similar ao apresentado pelos trabalhadores por conta

própria.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

3 Horas habitualmente trabalhadas são aquelas que a pessoa tem o hábito ou costuma dedicar ao trabalho. As horas habitualmentetrabalhadas referem-se a um período típico de trabalho e não devem ser confundidas com as horas normais de trabalho, já que estas últimasrelacionam-se a condições contratuais, que podem não retratar a situação típica do trabalho.

N úm ero m édio das horas habitualm ente trabalhadas, para os trabalhadores por conta própria , por ano, segundo as reg iões m etropolitanas

41,2

39,640,3

40,9

40,7

42,3

42,6

40,5

40,3

41,7

43,5

43,1

38,6

42,1

43,5

41,5

41,9

42,8

38,8

39,4

41,3

36,0 38,0 40,0 42,0 44,0

Total

R ecife

Salvador

Belo H orizonte

R io de Janeiro

São paulo

Porto A legre

m ar-08m ar-07m ar-02

24

9- Subocupação 4

Dos trabalhadores por conta própria, no agregado das seis Regiões Metropolitanas,

6,7% foram classificados como subocupados, contra 3,3% da população ocupada.

Em março de 2008, 19,4% dos trabalhadores por conta própria na Região

Metropolitana de Salvador, 15,2% de Belo Horizonte e 11,8% em Recife gostariam de

trabalhar mais horas. Ao lado disso, 16,4% de Salvador também tomaram alguma providência

para conseguir trabalho.

No agregado das seis regiões metropolitanas, estas duas características estavam

tendendo a queda, durante o período analisado. O mesmo acontece com as regiões

metropolitanas, com exceção de Salvador, onde entre 2002 e 2007, houve um incremento

tanto para os trabalhadores por conta própria que gostariam de trabalhar mais horas, como

para aqueles que tomaram alguma providência.

Percentual de trabalhadores por conta própria que gostariam de trabalhar e que tomaram algumaprovidência para conseguir trabalho, segundo as regiões metropolitanas

RegiõesMetropolitanas Gostariam de trabalhar Tomaram alguma providência

mar/02 mar/07 mar/08 mar/02 mar/07 mar/08

Total 15,8 8,7 9,1 11,4 8,4 7,3Recife 24,9 14,2 11,8 13,9 11 7,1Salvador 13,6 18,6 19,4 13,9 19,9 16,4Belo Horizonte 23,1 21,2 15,2 13 13,2 8,6Rio de Janeiro 14,6 4,5 5,0 13,9 6,6 5,9São Paulo 11,3 5,7 7,9 8 6 6,7Porto Alegre 23,8 7,7 9,6 10,4 5,9 4,5

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

4 Pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas - define-se como subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas aspessoas que trabalharam efetivamente menos de 40 horas na semana de referência, no seu único trabalho ou no conjunto de todos os seustrabalhos, gostariam de trabalhar mais horas que as efetivamente trabalhadas na semana de referência e estavam disponíveis para trabalharmais horas no período de 30 dias, contados a partir do primeiro dia da semana de referência.

25

V. Rendimento

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores por conta própria foi estimado

para março de 2008 em R$ 1.013,50 para o agregado das seis regiões pesquisadas pela PME.

Em março de 2002, estes trabalhadores recebiam R$ 1.103,73, entretanto, no ano seguinte,

em conseqüência dos fatores que ocorreram na economia, que abalaram sensivelmente o

mercado de trabalho, foi verificada redução expressiva no rendimento dos trabalhadores nesta

forma de inserção. Esta redução ocorreu, principalmente, em função da entrada em massa de

novos trabalhadores no mercado de trabalho nesta forma de inserção, em conseqüência da

queda no rendimento familiar. Apesar de não terem recuperado o rendimento que recebiam

em março de 2002, as remunerações dos trabalhadores por conta própria vêm, desde março de

2005, apresentando expressiva recuperação. O gráfico a seguir compara as estimativas de

rendimento dos sete meses de março, desde o início da pesquisa em 2002 até 2008.

Comparando o rendimento dos trabalhadores por conta própria de março de 2008 com

o da população ocupada total, no conjunto das seis áreas pesquisadas pela PME, verificou-se

uma defasagem relativa de aproximadamente 15,0%. Vale ressaltar que ao longo da série, esta

diferença chegou a 24,5% (abril de 2003).

Rendimento médio real habitual da população ocupada e dos trabalhadores por conta própria,para o agregado das seis regiões (a preços de março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

A análise regional mostrou que em março de 2008, em todas as regiões, o rendimento

médio real da população ocupada era superior ao estimado para os trabalhadores por conta

própria. Salienta-se que a diferença entre as duas estimativas era maior nas regiões

metropolitanas da Região Nordeste, onde os trabalhadores por conta própria tinham um poder

26

de compra inferior ao das demais regiões. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi a que

apresentou a menor diferença entre o rendimento da população ocupada e dos trabalhadores

por conta própria (6,6%).

Rendimento médio real habitual da população ocupada e dos trabalhadores por conta própria,por região metropolitana (março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

27

Rendimento médio real habitual da população ocupada e dos trabalhadores por contaprópria, por região metropolitana (a preços de março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

A distribuição dos trabalhadores por conta própria, por faixa de salário mínimo,

mostrou ainda que, em março de 2008, no conjunto das seis regiões, 35,2% ganhava de menos

que 1 salário mínimo. Para a população ocupada total esta estimativa era de 18,7%.

28

Distribuição da população ocupada e dos trabalhadores por conta própria, por classes derendimento mensal, para o agregado das seis regiões (março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Foi verificado ainda, através da distribuição dos trabalhadores por conta própria, por

faixa de salário mínimo, que 68,0% destes trabalhadores ganhava abaixo de dois salários

mínimos. Para a população ocupada esta mesma estimativa era de 63,7%.

Distribuição da população ocupada e dos trabalhadores por conta própria, por classes derendimento mensal, para o agregado das seis regiões - valores acumulados

(março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

A análise regional mostrou que nas regiões nordestinas, em março de 2008, o maior

percentual de trabalhadores estava concentrado na faixa de ½ a menos de 1 salário mínimo.

29

Nas demais regiões, a concentração maior estava na faixa seguinte (de 1 a menos de 2 salários

mínimos).

Distribuição da população ocupada e dos trabalhadores por conta própria, por classes derendimento mensal, por regiões metropolitanas (março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Analisando os decis de rendimento real habitual, conferiu-se que 70% ganha pouco

menos que mil reais, e apenas 10% ganha acima de R$ 1.988,90. Para a população ocupada

esta última estatística foi estimada em aproximadamente R$ 2.500,00.

Decis de rendimento real habitual da população ocupada e dos trabalhadores por contaprópria, para o agregado das seis regiões (março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

30

Decis de rendimento real habitual da população ocupada por região metropolitana(março de 2008).

Populaçãoocupada Total Recife Salvador Belo

HorizonteRio deJaneiro São Paulo Porto Alegre

1º decil 359,80 196,00 199,70 343,90 375,10 395,10 392,602º decil 414,50 325,20 377,10 414,40 397,80 479,20 448,003º decil 499,10 410,90 412,40 448,60 475,60 549,10 497,704º decil 599,10 413,90 414,90 499,60 559,50 599,90 598,605º decil 699,20 477,30 499,40 599,80 667,50 749,40 699,706º decil 799,60 579,30 596,70 759,70 795,30 885,10 798,407º decil 999,20 699,30 789,10 899,70 990,70 1.198,20 999,408º decil 1.496,50 983,30 1.184,00 1.280,40 1.466,90 1.499,50 1.458,209º decil 2.492,70 1.521,50 1.989,40 2.142,10 2.390,50 2.928,60 2.399,40

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Decis de rendimento real habitual dos trabalhadores por conta própria por regiãometropolitana (março de 2008).

Conta própria Total dasseis Recife Salvador Belo

HorizonteRio deJaneiro São Paulo Porto

Alegre1º decil 197,00 110,50 115,80 191,20 193,50 244,10 194,702º decil 296,40 192,50 189,30 284,00 297,30 380,60 326,403º decil 394,20 246,90 291,70 375,10 383,70 483,70 397,404º decil 483,80 299,20 339,60 431,00 481,40 591,10 497,305º decil 592,20 376,40 394,70 556,10 572,00 687,90 598,806º decil 697,40 399,10 481,80 695,30 670,20 795,10 782,607º decil 922,00 498,00 577,90 835,50 842,70 993,30 954,008º decil 1.263,80 750,40 775,10 1.315,00 1.216,10 1.465,00 1.406,009º decil 1.984,20 1.164,20 1.340,90 1.966,20 1.961,90 2.311,00 1.968,20

A pesquisa permitiu, também, fazer comparações entre o rendimento dos trabalhadores

por conta própria e o rendimento dos trabalhadores de outras formas de inserção. O gráfico a

seguir, mostra que o rendimento desses trabalhadores, ainda que com grandes diferenças, só

era superior aos rendimentos auferidos pelos trabalhadores sem carteira de trabalho assinada

no setor privado e pelos trabalhadores domésticos. O quadro a seguir mostra, em percentuais,

as diferenças existentes entre os rendimentos dos trabalhadores por conta própria e as demais

formas de inserção no mercado de trabalho.

31

Rendimento médio real habitual da população por categorias de posição na ocupação, para oagregado das seis regiões (a preços de março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Quadro de diferença percentual do rendimento médio real habitual dos trabalhadores porconta própria em relação as demais formas de inserção, nos meses de março de 2002 a 2008,

para o agregado das seis regiões

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Ao analisarmos os rendimentos dos trabalhadores por conta própria, levando em conta

a escolaridade até o ensino médio, percebe-se claramente que, à medida que aumenta a

escolaridade reduz-se a diferença de rendimento entre a população ocupada e os trabalhadores

por conta própria. Na faixa dos que têm menos de um ano de estudo o rendimento da

população ocupada total era superior em 11,9%, quando comparado ao rendimento dos

trabalhadores por conta própria, na faixa dos que tinham 11 anos ou mais de estudo, o

rendimento era praticamente o mesmo. Levando em conta aqueles com trabalhadores curso

superior completo foi verificada diferença de 4,6%.

Empregado

Privado PúblicoMarço/ano População

ocupadaCom

carteiraSem

carteiraFuncionário

público emilitares

Trabalhadoresdomésticos Empregadores

2002 -9,4 -6,2 42,8 -32,9 168,5 -68,62003 -22,9 -23,6 19,5 -45,5 138,1 -71,12004 -18,5 -20,7 28,6 -41,5 147,2 -70,12005 -22,1 -23,4 19,5 -44,5 131,4 -72,32006 -21,2 -21,3 23,9 -42,4 129,1 -71,82007 -18,3 -17,0 22,6 -42,4 125,9 -70,82008 -14,8 -11,0 33,5 -39,1 135,3 -70,0

32

Rendimento médio real habitual da ocupada e dos trabalhadores por conta própria, por gruposde anos de estudo, para o agregado das seis regiões em março de 2008.

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

Diferença percentual entre o rendimento médio real habitual da população ocupada e dostrabalhadores por conta própria, por grupos de anos de estudo, para o agregado das seis

regiões (em março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

33

Rendimento médio real habitual da população ocupada e dos trabalhadores por conta própriacom nível superior concluído, por região metropolitana

(março de 2008).

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

34

Rendimento por SEXO

Os homem que trabalhavam por conta própria recebiam em média, por mês, cerca de

R$ 1.162,40, enquanto as mulheres que trabalhavam por conta própria recebiam R$ 782,70,

ou seja, inferior ao dos homens 32,7%. Na população ocupada esta diferença era de 29%.

Os rendimentos das mulheres trabalhadoras por conta própria da região metropolitana

de Belo Horizonte foram as que apresentaram o maior defasagem de rendimento na

comparação com o recebido pelos homens. Foi em Belo Horizonte onde se verificou, também,

a maior diferença de rendimento entre homens e mulheres na população ocupada total,

conforme mostra ao quadro a seguir.

1.16

2,40

613,

70 715,

80

1.17

4,60

1.28

1,10

1.28

2,90

1.07

6,00

782,

70

469,

50

498,

70

676,

70 784,

50

934,

70

821,

60

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1.000,00

1.200,00

1.400,00

Total das Seis Recife Salvador BeloHorizonte

Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

Homem Mulher

35

Diferença percentual entre os rendimentos de homens e mulheresMarço de 2008

Total das

Seis Recife Salvador BeloHorizonte

Rio deJaneiro São Paulo Porto

Alegre

População Ocupada -29,0 -25,3 -26,9 -33,7 -25,4 -30,2 -29,4

Conta Própria -32,7 -23,5 -30,3 -42,4 -38,8 -27,1 -23,6

Rendimento por COR

A pesquisa mostrou ainda discrepâncias de rendimento nas análises por cor, tanto

quanto se observa na população ocupada total. Enquanto os trabalhadores por conta própria de

cor branca recebiam em média, em março de 2008, a quantia R$ 1.295,20, os de cor preta ou

parda recebiam R$ 649,80, ou seja, os pretos e pardos recebiam 49,8% a menos que os

brancos. Na população ocupada esta diferença era de 48,2%.

Ressalta-se que, embora as diferenças percentuais verificadas entre os rendimentos dos

trabalhadores brancos e pretos/pardos entre a população ocupada total e a população de

trabalhadores por conta própria seja insignificante, em algumas regiões as diferenças foram

significativas conforme mostra o quadro abaixo.

1.29

5,20

785,

90

1.18

5,80

1.23

3,30 1.

445,

20

1.34

0,00

1.02

3,90

649,

80

452,

50

537,

00

772,

50

655,

40

729,

00

657,

50

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1.000,00

1.200,00

1.400,00

1.600,00

Total das Seis Recife Salvador BeloHorizonte

Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

Branco Preto/Pardo

36

Total das

Seis Recife Salvador BeloHorizonte

Rio deJaneiro São Paulo Porto

Alegre

População Ocupada -48,2 -45,7 -55,8 -47,7 -47,2 -49,7 -38,9

Conta Própria -49,8 -42,4 -54,7 -37,4 -54,6 -45,6 -35,8

Rendimento por CONTRIBUIÇÃO À PREVIDÊNCIA

O rendimento dos trabalhadores que contribuíam para previdência foi estimado em R$

1920,80, já para os trabalhadores que não contribuíam o rendimento foi estimado em R$

776,40.

Enquanto na população ocupada a diferença de rendimento entre os trabalhadores que

contribuíam e os que não contribuíam ficou em 49,1%, para os trabalhadores por conta

própria a diferença foi de 59,6%.

Total das

Seis Recife Salvador BeloHorizonte

Rio deJaneiro São Paulo Porto

Alegre

População Ocupada -49,1 -50,0 -55,4 -45,0 -46,0 -49,5 -47,4

Conta Própria-59,6 -65,3 -58,0 -60,7 -53,7 -60,8 -47,4

1.92

0,80

1.42

1,50

1.32

0,80

1.85

4,70

1.86

8,80 2.

144,

30

1.50

3,60

776,

40

492,

80

554,

80 728,

40 864,

60

839,

90

790,

90

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

Total das Seis Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

Contribuintes Não contribuintes

37

Rendimento por GRUPAMENTO DE ATIVIDADE

O gráfico a seguir mostra o rendimento da população ocupada total e dos

trabalhadores por conta própria nos grupamentos de atividade. Comparando os rendimentos

dos grupamentos de atividades (população ocupada x trabalhadores por conta própria)

verificou-se que no grupamento dos Serviços prestados à empresas, aluguéis,

atividades imobiliárias e intermediação financeira, o rendimento dos trabalhadores por

conta própria era fortemente superior ao verificado na população ocupada, conforme esclarece

o gráfico abaixo e as diferenças eram na ordem de 60%.

No grupamento da Indústria extrativa, de transformação e distribuição de

eletricidade, gás e água observou-se a maior diferença relativa a favor dos rendimentos da

população ocupada

1.17

1,00

935,

60

958,

20

1.65

4,70

1.66

4,20

1.06

5,70

633,

10

649,

00

794,

30

2.64

6,80

1.67

5,80

902,

00

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

Indústria Construção Comércio Serviçosprestados a

empresa

Saúde, admpublica

Outros Serviços

População Ocupada

Tralhadores por contaprópria

38

Evolução do Rendimento

O rendimento da população ocupada total sofreu desníveis significativos desde 2002.

Para os trabalhadores por conta própria, este quadro não foi diferente. Em 2003 e 2004,

período de crise no mercado de trabalho, foi observada queda significativa nos rendimento da

população ocupada total. A estimativa que aponta as médias de rendimento real de março a

março de cada ano, desde 2002, revelou que o rendimento dos trabalhadores por conta

própria foram os que mais caíram no período crise no mercado de trabalho conforme aponta

os gráficos a seguir.

39

Total das seis regiões

-10,8

1,74,5

2,8

-16,4

0,22,7

5,7 5,4-0,1

-20,0

-15,0

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

março de 2003 amarço de 2004

março de 2004 amarço de 2005

março de 2005 amarço de 2006

março de 2006 amarço de 2007

março de 2007 amarço de 2008

População Ocupada Conta Própria

40

Recife

-12,9

3,65,4

1,4

-18,8

4,2 3,9

0,9

8,1

-0,1

-25,0

-20,0

-15,0

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

março de 2003 amarço de 2004

março de 2004 amarço de 2005

março de 2005 amarço de 2006

março de 2006 amarço de 2007

março de 2007 amarço de 2008

População Ocupada Conta Própria

Salvador

-7,1

3,74,6

3,4

-13,5

1,0

5,1

2,41,4

-0,8

-15,0

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

março de 2003 amarço de 2004

março de 2004 amarço de 2005

março de 2005 amarço de 2006

março de 2006 amarço de 2007

março de 2007 amarço de 2008

População Ocupada Conta Própria

Belo Horizonte

-8,1

0,62,0

5,0

2,7

-11,3

1,8

-0,3

8,0

3,7

-15,0

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

março de 2003 amarço de 2004

março de 2004 amarço de 2005

março de 2005 amarço de 2006

março de 2006 amarço de 2007

março de 2007 amarço de 2008

População Ocupada Conta Própria

Rio de Janeiro

-12,3

-0,4

1,83,5

5,3

-16,1

0,3

3,7 4,1

8,4

-20,0

-15,0

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

março de 2003 amarço de 2004

março de 2004 amarço de 2005

março de 2005 amarço de 2006

março de 2006 amarço de 2007

março de 2007 amarço de 2008

População Ocupada Conta Própria

São Paulo

-11,1

0,01,7

5,5

1,4

-19,3

0,12,4

5,7 4,7

-25,0

-20,0

-15,0

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

1 2 3 4 5

População Ocupada Conta Própria

Porto Alegre

-5,9

-0,5 -0,6

4,1 4,6

-8,8

-2,4

3,3

12,5

-1,4

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

março de 2003 amarço de 2004

março de 2004 amarço de 2005

março de 2005 amarço de 2006

março de 2006 amarço de 2007

março de 2007 amarço de 2008

População Ocupada Conta Própria