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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ELEMENTOS DE ANÁLISE PROJETUAL: PROCEDIMENTOS E RECEPÇÃO ESTÉTICA BELO HORIZONTE 2015 INTRODUÇÃO O trabalho contempla análise do Edifício Montevideu 285, do escritório Vazio S/A, localizado no bairro Sion, centro sul da cidade de Belo Horizonte na rua e número que dão nome à edificação. É um edifício residencial, assim como todo o seu entorno.

Trabalho 1 - Teoria e Arquitetura Contemporânea

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Arquitetura Contemporanea em Belo Horizonte MG do escritório Vazio S/A

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ELEMENTOS DE ANÁLISE PROJETUAL: PROCEDIMENTOS E RECEPÇÃO

ESTÉTICA

BELO HORIZONTE

2015

INTRODUÇÃO

O trabalho contempla análise do Edifício Montevideu 285, do escritório Vazio S/A,

localizado no bairro Sion, centro sul da cidade de Belo Horizonte na rua e número que dão

nome à edificação. É um edifício residencial, assim como todo o seu entorno.

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Imagem: Localização do Edifício. Fonte: Google Maps modificado

A Vazio S/A foi fundada em 2001 e é comandada por Carlos Teixeira, arquiteto

formado pela UFMG em 1992. A empresa é regida por conceitos que a diferem atualmente de

outros escritórios: inspiração no mercado para fomento de indícios de novas possibilidades de

projeto e isso se reflete na produção do estúdio que se estende desde o convencional

(edifícações), à pesquisa, à partipação de concursos de mundiais. E ainda mais atípico são as

intervenções no espaço urbano por meio performances aliadas às artes cênicas.

Vazio S/A é um escritório premiado e ganha espaço com obras na Inglaterra e Canadá,

além, de claro, no Brasil.

1 NATUREZA DO LUGAR: RELAÇÃO ENTRE OBJETO E LUGAR

1.1 Topografia

As características originais do terreno de dimensões 12x40m revelam uma topografia

praticamente plana, de inclinação transversal de 8,30% vistas a partir da base da PRODABEL

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. No entanto a implantação atual desse edifício, de acordo com suas pranchas de corte,

evidencia um desnível ainda menor indicando possivelmente uma alteração no terreno em

relaçao ao levantamento original.

Imagem 1: Curvas de nível separadas em 0,20 metros. Fonte: Acervo do grupo

1.2 História e estrutura social do lugar

Bairro nobre de Belo Horizonte, Sion tem seu início com a ocupação na região

limítrofe ao Colégio Nossa Senhora de Sion, atual Santa Dorotéia. Ali, no internato religioso,

estudavam as filhas das famílias tradicionais da cidade, e estas, logicamente, eram as que

ocupavam primordialmente a região

A cidade de Belo Horizonte planejada, inicialmente, dentro da Avenida do Contorno

era circundada por um cinturão verde de chácaras responsáveis por abastecer a cidade com

produtos agrículas. Com o seu crescimento a decisão de transformar as chácaras em

loteamentos e novos bairros para além da Av. do Contorno teve de ser tomada.

O projeto original do bairro é aprovado pela prefeitura em 1928 porém sua expansão

sistematizada ocorre apenas a partir da década de 40, trazendo a chegada da rede de transporte

público ao local. Em 1946, o bairro é reparcelado, sendo dividido pelo engenheiro Lauro

Mourão Guimarães em 2406 lotes. Nessa região havia apenas uma rua pavimentada, a Grão

Mogol, e ali se encontravam as vilas operárias do Mendonça, Acaba Mundo e Anchieta onde

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moravam pessoas pobres com pouca qualidade de vida. A partir da década de 40, essa

população menos abastada se afasta e se une para surgir a favela "Acaba Mundo".

Novas mudanças ao redor do bairro nos anos 60 e 70, como a instalação de colégios, a

implantação da Avenida Afonso Pena, a expansão da BR-040, fizeram com que o bairro

virasse alvo de grandes construtoras. Logo, deu-se início à construção de vários prédios na

região mais alta do bairro, conhecida como Alto Sion, consolidando-o como uma área

próspera da zona sul de Belo Horizonte. Na última década o bairro sofre de intensa

verticalização, com uma presença marcante de apartamentos de luxo. E para atender essa

demanda surge uma infra-estrutura comercial considerável: restaurantes, bares, padarias,

supermercados, escolas, lojas, academias, veterianárias, etc. Hoje, é considerado um dos

bairros mais densos da cidade.

O bairro é uma ZAP (zona de adensamento preferencial), e está inserido numa ADE

(área de diretriz especial), não possui regulação especial por não ser uma APA (área

parcelada). Segue o quadro de parâmetros que regem o espaço:

Parâmetros Urbanísticos Atuais:

Coeficiente de Aproveitamento 1,5

Taxa de Permeabilidade 20%

Altura Máxima na divisa 5m

Afastamentos laterais e posterior 2,3m

Afastamento fronta 3m

Tabela 1: Parâmetros Urbanísticos. Fonte: Acervo do grupo

1.3 Imagem do objeto e formação da paisagem

O prédio se destaca na paisagem devido ao maior cuidado estético e funcional. É

possível perceber que seu formato e seus adornos se diferenciam da vizinhaça no entorno.

Independente disso, ele apresenta-se em uma área homogenea na qual predominam

construções residenciais.

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Imagem 2: O edifício e o entorno. Fonte: Google Earth modificado

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Imagem 3: O edifício e o entorno. Fonte: Google Earth modificado

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2 RELAÇÃO ENTRE FORMA E CÂNONES DA HISTÓRIA

2.1 Imagem inicial/diagrama/partido: influência dos cânones da história na elaboração

do processo de produção formal

A partir dos diagramas recebidos do escritório, nota-se que a forma do edificio foi

concebida a partir do polígono dado através dos afastamentos obrigatórios. A estrutura de

concreto trílitica foi posteriormente adotada a fim de manter o edifício de pé.

A estrutura trílitica foi primeiro utilizada na Grécia, com o material disponível na

época, a pedra. Com a descoberta de novos materiais por engenheiros na Revolução Industrial

inicia-se o uso do concreto armado que se estende até hoje.

Montevideu 285 faz referências ao pé-direito das casas coloniais, traz com ele as

sacadas das casas das cidades barrocas (presente no apto 501) e busca no passado elementos

arquitetônicos que pudessem melhorar a qualidade dos produtos hoje oferecidos no mercado

imobiliário local, de uma mesmice nauseabunda. (FERNANDES, 2015).

É possivel perceber uma tendencia em se construir edificios que com pequena ou

nenhuma area comum nos anos 2000. No modelo estudado é o que acontece. O predio

individualiza ao maximo os pavimentos impossibilitando a existencia de areas de

convivencia.

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3 ORGANIZAÇÃO DA PLANTA

3.1 Relação entre planta e forma: linear, blocos conectados, desarticulados

Imagem 4: Relação planta e forma. Fonte: Vazio S/A modificado

Parte-se de um retângulo, claramente visível na planta, e então extruda-se esta forma

para gerar a ideia de um paarlelepípedoa. Este sólido por sua vez é seccionado, e desloca-se

uma destas seções, saindo do prédio 3 metros para o fundo. Este balanço gerado, junto um

diferente acabamento epidérmico, é capaz de gerar um destaque significativo ao quinto andar.

Na parte superior do prédio a impressão deixada é de que o bloco como um todo foi

recortado, e ali estão as sobras.

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Imagem 5: Relação de pavimentos. Fonte: Vazio S/A

Esses pequenos ajustes aos andares utilizam do aproveitamento máximo dos

parâmetros urbanisticos para gerar personalidade aos diferentes apartamentos.

Imagem 6: Sombremento gerado pelas sacadas. Fonte: Vazio S/A modificado

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Em sua fachada oeste retira-se lateralmente uma seção do bloco principal do primeiro

ao penúltimo anda. Esse recorte gera sombra nas salas dos apartamentos no horário de

insolação crítica e permite a ventilação cruzada nestes mesmos ambientes.

3.2 Relação entre interior e exterior:

Imagem 7: Fachada Leste. Fonte: Vazio S/A

Imagem 8: Fachada Oeste. Fonte: Vazio S/A

Além do destaque dado ao 5o andar, que acaba gerando uma certa hierarquia exterior

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entre os apartamentos, há a gritante diferença entre a fachada leste e a oeste. Onde a fachada

leste exerce papel de protagonista, exibindo detalhes peculiares e propostas alternativas ao

tradicional encontrado na região.

A acessibilidade está relacionada com trazer o espaco acessível não só para pessoas

com mobilidade reduzida, mas também para aquelas pequenas parcelas da população, visando

a eliminação de suas barreiras.

Ainda exteriormente, o passeio do Edificio Montevideu é acessível, uma vez que a

inclinação das rampas não ultrapassam o limite de 8,33% e possui uma rota livre de mais de

1,20 metros em sua largura, com guia tátil de alerta. A entrada para o Hall do edifício também

é acessível, possuindo 1,20 metros de largura para passagem e porta, e existe um corrimão na

rampa de 6,83% de inclinação. O acesso ao elevador para os apartamentos também é

acessível, com 8,29% de inclinação na rampa, que possui corrimãos e largura maior que 80cm

em seu acesso.

Imagem 9: Acessibilidade Hall de Entrada. Fonte: Vazio S/A modificado

Imagem 10: Acessibilidade apartamento 201. Fonte: Vazio S/A modificado

Uma coisa marcante na não existência de acessibilidade nos apartamentos 501 e 601 é

a presença de escadas entre a sala de estar e a sala de jantar.

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Imagem 11: Acessibilidade apartamentos 301-304 e 501. Fonte: Vazio S/A modificado

Imagem 12: Acessibilidade apartamentos 601 e 701. Fonte: Vazio S/A modificado

Os apartamentos 601, 701 e 801 (cobertura) não possuem sua entrada acessíveis, uma

vez que se encontra, em cada um, uma escada de tres e sete degraus para o seu acesso.

Também não é possível o acesso do oitavo para o nono e décimo andar (no apartamento de

cobertura), sendo que esse acesso só é possível através de escadas e o elevador só vai até o

oitavo andar.

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Imagem 13: Acessibilidade apartamento 801. Fonte: Vazio S/A modificado

Imagem 14: O uso de escadas no interior dos apartamentos. Fonte: Vazio S/A

Portanto, o edifício não é considerado totalmente acessível: seu acesso pela rua é

facilitado mas a convivência nos apartamentos pode ser um problema para pessoas com

mobilidade reduzida ou necessidades mais especiais. Usuários de cadeiras de rodas não

poderiam ser usuários dos apartamentos 501, 601, 701 e 801 e usariam os demais

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apartamentos (201, 301, 401) com muita dificuldade. Desse modo, 50% dos apartamentos

podem ser considerados inacessíveis e os demais não se adequam totalmente nas regras de

dimensões de acessibilidade.

O edifício possui algumas estratégias ambientais nas quais existem jardins frontais,

que trazem uma beleza estética à fachada, contendo em sua grande porção áreas permeáveis

com algumas árvores. Ainda sobre jardins, é possível encontrar outro na área privativa do

apartamento 201, no qual possui uma ampla área de churrasqueira com dois espaços para área

permeável e plantas.

Imagem 15: Paisagismo do Edificio Montevideu em corte. Fonte: Vazio S/A modificado

Além disso, o edificio possui, em sua fachada leste, espaço para vasos de plantas,

assim como uma varanda no apartamento 501 onde é possuível o cultivo de plantas. As grades

metálicas contidas nessa fachada, além da função de brise, serve como suporte para o

crescimento de russélias.

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Imagem 16: Fachada leste e seu diferencial. Fonte: Arcoweb

Imagem 17: Grades metálicas e as Russélias (Equisetiformis russelia). Fonte: Vazio S/A e Google

O maior ponto do projeto paisagístico é o teto verde, no qual possui 50% de sua área

ajardinada e o restante é uma laje impermeabilizada. Esse teto verde faz um diferencial em

relação a área permeável do edifício, considerando que foi compensado a parte de cima

permeável com menos área com permeabilidade no primeiro pavimento. Essa cobertura

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também possui painéis solares localizados na área da laje impermeabilizada, o que trás uma

maior preocupação ambiental no uso do edificio. Estes não estão no projeto oficial, mas

existem no local atualmente.

Imagem 18: Telhado verde no Edifício Montevideu. Fonte: Vazio S/A

A seguir, os espaços azuis tendem a gerar encontro e permanência, são espaços que de

transição entre o interno e externo. As áreas roxas são áreas que tendem a neutralidade, são

espaços de trânsito. A área rosa se encontra no limite frontal do lote, é um espaço que apesar

de pertencer ao prédio e ser permeável a rua ele acaba por pertencer a ninguém, o único

usufruto é visual, e este é frio.

Imagem 19: Recorte dos espaços externos ao edifício. Fonte: Vazio S/A modificado

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Imagem 20: Entrada do prédio. Fonte: Vazio S/A

O foco dos apartamentos são os espaços de permanência prolongada, estes possuem

melhor iluminação, pé direito mais alto em alguns dos apartamentos, e suas dimensões

contrastam com os demais cômodos. É uma experiência agradável percorrer o prédio, onde a

intregração da natureza ao projeto, mesmo que não seja tão profunda, gera espaços

aconchegantes.

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Imagem 21: Vista a partir da sacada do 5o andar Fonte: Vazio S/A

Imagem 22: Vista externa a partir da área privativa do 1o andar. Fonte: Vazio S/A

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3.3 Comodidade ambiental

Imagem 23: Diagrama de ventilação e insolação. Fonte: Vazio S/A modificado

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Com foco nos cômodos de maior permanência, é incorporado a eles a ventilação

cruzada leste/oeste, o que aproveita da direção geral dos ventos na cidade. O posicionamento

destes cômodos na fachada leste, virados para o sol da manhã, os protege de alta carga

térmica ao longo dia. Os cômodos de área molhada se localizam na fachada oeste. É notável

a diferença da área das aberturas laterais entre as fachadas leste e oeste, na leste as aberturas

são maiores, possibilitando uma grande entrada de luz, que é amortecida, quando direta, pelas

grades em seu exterior imediato. E as aberturas menores, na fachada oeste, diminuem a

quantidade de carga térmica transmitida para o interior dos mesmos cômodos.

3.4 Circulação

A circulação no interior do edifício acontece basicamente por meio de escadas e

elevadores (circulação vertical), sendo o segundo mais utilizado nesse caso. O elevador leva

pessoas do térreo ao oitavo andar, sendo o acesso do apartamento de cobertura para o nono e

décimo andar realizado apenas por meio de escadas. Nos apartamentos 601, 701 e 801, além

do uso do elevador para o acesso ao hall do andar, é necessário o uso de uma escada de tres ou

sete degraus entre o hall e o apartamento.

Imagem 24: Esquema da circulação horizontal e vertical. Fonte: Vazio S/A modificado

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Quanto a circulação horizontal, essa é realizada por meio de halls e corredores, sendo

esses fora e dentro do apartamento respectivamente. Ainda dentro dos apartamentos, os de

número 501 e 601 possuem degraus entre a sala de estar e sala jantar.

Imagem 25: Vista da caixa de escada da fachada frontal. Fonte: Vazio S/A

De um olhar corriqueiro ao andarmos na rua, é imperceptível onde, no prédio, se

localiza a caixa de escada e elevador, mesmo que esta esteja presente na fachada frontal. O

prédio é minucioso e discreto em sua linguagem visual.

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4 SISTEMA ESTRUTURAL

4.1 Sistema Estrutural Adotado

Material: Concreto Armado: Trilítico

Imagem 26: Sistema estrutural trilítico. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 27: Sistema estrutural trilítico. Fonte: Acervo do grupo

4.2 – Forma Estrutural: plana

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Imagem 28: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 29: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo

4.3 Relação entre estrutura e forma: estrutura como elemento de suporte da forma

A estrutura está totalmente escondida dentro das alvenarias, sendo assim sua

localização e posição não importam muito para o conceito do projeto. Os vãos médios são de

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5,5m e cada pilar sobe até o último pavimento com as mesmas dimensões facilitando e

economizando as formas na obra.

Imagem 30: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 31. Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 32: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo

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Imagem 33: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 34: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 35: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo

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Imagem 36: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo

4.4 Relação entre planta e estrutura: o espaço interno definiu o tipo de estrutura a ser

utilizada.

Os pilares estão dentro das paredes, nascendo em posições estratégicas. No entanto, as

vigas ficam aparentes em alguns tetos, e elas passam sobre 3 salas, 17 hall de corredor, 1

quarto e 1 varanda. O jogo com o uso de escadas criam vários níveis dentro dos apartamentos,

no entanto também criam uma necessidade de instalação de entre forros nas salas, onde as

vigas passam deliberadamente no meio do ambiente, dividindo visualmente o maior espaço do

projeto. Cada uma das figuras abaixo possui sua laje de piso e de cobertura correspondente e a

área hachurada é o local onde esse bloqueio visual das vigas aparece.

Imagem 37: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo

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Imagem 38: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 39: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 40: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 41: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo

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Imagem 42: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 43: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo

Imagem 44: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo

4.5 Relação entre revestimentos externos/fachada e estrutura: mesmo plano

Tanto os revestimentos da alvenaria quanto os metálicos que aparecem como brises e

elementos de guarda corpo nas fachadas principalmente na da leste compõe o objeto dando à

sua estética um movimento maior com outros tipos de materiais. E estão nos mesmos planos

horizontal e vertical da estrutura.

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Imagem 45: Fachada e revestimento externo. Fonte: Vazio S/A

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Imagem 46: Fachada leste e revestimento externo. Fonte: Vazio S/A

Imagem 47: Fachada leste. Fonte: Vazio S/A

5 SISTEMA CONSTRUTIVO

5.1 Cobertura

- Terraço verde

- Lage plana com inclinação de 2%.

Imagem 48: Terraço verde. Fonte: Vazio S/A

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5.2 Materiais utilizados nas aberturas

Janelas:

- Vidro blindex 8mm - Projetante deslizante com caixilho de alumínio.

- Vidro blindex 8mm - Fixa.

- Veneziana de alumínio fixa.

Imagem 49: Veneziana de alumínio fixa. Fonte: Comparco indústria

- Vidro blindex 8mm - Projetante deslizante com caixilho de alumínio e guarda-corpo

de H=90 externo.

- Vidro blindex 8mm de correr com caixilho de alumínio.

- Vidro blindex 8mm de correr com caixilho de alumínio e guarda-corpo de H=90

externo.

- Vidro blindex 8mm de correr com duas folhas iguais com caixilho de alumínio.

- Vidro blindex 8mm de correr com duas folhas iguais, caixilho de alumínio e guarda-

corpo de H=90 externo.

- Vidro 8mm fixo com caixilho de alumínio.

- Vidro Blindex 8mm de correr com caixilho de aluminio.

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Imagem 50: Janela vidro Blindex 8mm de correr com caixilho de aluminio. Fonte: Vazio S/A

Portas:

- Blindex 8mm de caixilho de aluminio.

- Blindex 8mm de correr caixilho de aluminio.

- Blindex 8mm de correr de 1 a 5 folhas caixilho de aluminio.

- Corta Fogo.

- Prancheta de Agelim.

- Porta Sanfonada de PVC.

Imagem 51: Porta sanfonada de PVC. Fonte: Leroy Merlin

- Porta Veneziana de Aluminio.

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Imagem 52: Porta de vidro blindex 8mm de correr de 2 folhas de caixilho de aluminio. Fonte:

Vazio S/A

5.3 Pisos e Revestimentos

Pisos:

- Next Water 60x60 NAT RE.

- Cetim Bianco 40x40 Bold.

- Pedra Miracema - Dec de Eucalípto.

- Travertino Bianco 45x45.

- Ferrara White 40x40 Bol.

- Ladrilho Hidraulico 20x20cm.

- Cimento Desempenado Liso.

- Laminado de madeira Eucaflor.

- Grama Esmeralda.

- Ardosia 30x30cm.

- Piso da garagem pintado com tinta epox cor cinza médio.

- Marcação das vagas da garagem pintadas com tinta epox cor amarelo.

-

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Imagem 53: Ladrilho Hidraulico 20x20cm. Fonte: Vazio S/A

Revestimentos nas paredes

- Cetin Bianco 30x40 Bold.

- Frame White 30x40 Mate.

- Revestimento quartizolite ou Techino.-Tinta esmalte sintetico.

- Pintura coral esmalte sintetico brilho.

- Revestimento Marmocryl.

- Pintura coral esmalte plus super lavavel.

Imagem 54: Tinta coral esmalte plus super lavavel. Fonte: Coral

- Emassada e pintada com c/ tinta acrilica branco fosco.

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Imagem 55: Tinta suvinil acrilica branco fosco. Fonte: Suvinil

- Pintura coral plus super lavavel ou techico jeti com chuvisco.

- Nex Water 60x60 nat re.

- Pintura coral acrilica cor cinza grafite.

- Pintura suvinil acrilica cor amarelo ouro.

Imagem 56: Garagem pintada com tinta coral acrilica cor cinza grafite e suvinil acrilica cor

amarelo ouro. Fonte: Leroy Merlin

- Gesso acartonado aramado e emassado e pintado Latex PVA.

- Gesso acartonado aramado e emassado e pintado acrilico por branco neve.

- Lambris de madeira.

- Lage emassada e pintada com tinta branco neve.

- Concreto Aparente sem pintura.

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Imagem 57: Pintura externa coral acrilica cor cinza grafite e tubulção hidraulica e jardineiras

cúbica de concreto. Fonte: Vazio S/A

Rodapé:

- Marmore Branco Comum.

- Pedra Miracema.

- Tabua corrida angelim.

- Adósia 5cm.

- Ferrara White Bol.

5.4 Ornamentos/detalhes

- Tela galvanizada Metálica funcionando como brise na janelas.

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Imagem 58: Tela galvanizada metálica. Fonte: Vazio S/A

- Jardim no térreo.

- Varanda com parapeito de madeira.

Imagem 59: Parapeito de madeira. Fonte: Vazio S/A

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- Terraço jardim.

Imagem 60: Terraço jardim. Fonte: Vazio S/A

- Varanda em balanço com desnivel.

Imagem 61: Varanda em balanço e desnível. Fonte: Vazio S/A

- Tubulação hidraulica externa.

- Jardineira cúbica de concreto

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Imagem 62: Tubulção Hidraulica Aparente e jardineira em cubo de concreto. Fonte: Vazio S/A.

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CONCLUSÃO

Observa-se com o desenvolvimento do estudo que o Edifício Montevideu é fruto de

um empreendimento que segue na contramão do mercado imobiliário, segundo seu

idealizador. Isso se deve ao fato de priorizar a qualidade da unidade de habitação em

detrimento da densificação total do terreno. Ganha-se, assim, um edifício com menos

unidades, pé-direito mais alto e também desejável conforto térmico à partir dos afastamentos

laterais mais generosos. A independência entre estrutura e alvenaria confere liberdade aos

espaços internos que podem ser modificados.

É visível a preocupação do arquiteto com a estética, a qual tem grande influência da

arquitetura contemporânea. Exemplo disso são os brises de aço com telas vazadas que por

estarem localizados na fachada leste são funcionais e bastante incomuns no que se refere ao

seu material e posicionamento.

O que se observa na atual conjuntura do Edificio é exatamente o contrário sobre o tipo

de público que se imaginava. A alteração da fachada leste, possivelmente sem o

consentimento do arquiteto, representa o comportamento conservador dos moradores que

Carlos Teixeira evitava encontrar quando se propôs buscar um novo nicho imobiliário no

mercado.

Assim, após a análise da obra, vê-se um projeto que é fruto de um empreendimento

que visa atender um público diferenciado e opta por práticas projetuais não convencionais:

umas bem aceitas, como ampliação do espaço social interno (varandas, churrasqueiras e

cobertura) e outras indesejadas como a estrutura aparente de rede pluvial e brise que já foram

modificadas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORBIOLI, Nanci. Vazio Arquitetura: Edifício residencial. Disponível em:

<http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/vazio-arquitetura-edificio-residencial-31-

05-2010>. Acesso em: 01 de maio de 2015, às 15:00.

FERNANDES, Gica. Ed. Montevideu 285 / Vazio S/A. Disponível em:

<http://www.archdaily.com.br/br/01-7371/ed-montevideu-285-vazio-s-a>. Acesso em: 01 de

maio de 2015, às 14:30.

ROSSO, Silvana Maria. Arquiteto Incorporador. Disponível em:

<http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/205/arquiteto-incorporador-213252-1.aspx>.

Acesso em: 13 de maio de 2015, às 14:15.

TEIXEIRA, Carlos M. Ed montevideu 285. Disponível em:

<http://www.vazio.com.br/projetos/ed-montevideu-285/>. Acesso em: 27 de abril de 2015, às

18:00.

Pesquisa acervo Vazio S/A