Trabalho Análise Financeira

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Trabalho Prático da UC de Análise Financeira

Citation preview

  • Anlise Financeira 2012

    Trabalho Realizado por: Hlio Silva

    Antnio Leito

    Docente: Antnio Pinto

    2012/2013

    Contabilidade e Gesto Financeira

    Anlise Financeira

    2Ano 1 Semestre

  • Anlise Financeira 2012

    2

    1 - ndice

    2 - INTRODUO .......................................................................................................................................... 5

    3 - APRESENTAO DA EMPRESA ................................................................................................................ 6

    3.1 - O PRODUTO .............................................................................................................................................. 6 3.2 - LOCALIZAO ............................................................................................................................................. 7 3.3 - COMPROMISSO COM O CLIENTE ..................................................................................................................... 7

    4 - ENVOLVENTE ECONMICA ..................................................................................................................... 9

    4.1 - CENRIO MACROECONMICO-ANLISE GLOBAL SECTOR ELCTRICO ELETRNICO ................................................. 9 4.2 - EXPORTAO DE EQUIPAMENTO ELTRICO E ELETRNICO ................................................................................. 10 4.3 - PERSPETIVAS ............................................................................................................................................ 11

    5 - ANLISE ECONMICA ........................................................................................................................... 14

    5.1 - GANHOS ................................................................................................................................................. 14 5.1.1 - Estrutura dos Ganhos ................................................................................................................... 14

    5.2 - GASTOS .................................................................................................................................................. 16 5.2.1 - Estrutura dos Gastos .................................................................................................................... 16

    5.3 - BALANO ................................................................................................................................................ 18 5.3.1 - Correces ao balano e demonstrao de resultados ............................................................. 19

    5.4 - MEDIDAS DE EFICINCIA DA GESTO ............................................................................................................. 23 5.5 - COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL ................................................................................................................. 26 5.6 - O PONTO CRITICO DAS VENDAS ................................................................................................................... 29 5.7 - RENDIBILIDADE E CRESCIMENTO DA EMPRESA ................................................................................................. 32

    6 - ANLISE FINANCEIRA ............................................................................................................................ 40

    6.1 - EQUILBRIO FINANCEIRO ............................................................................................................................. 41 6.1.1 - Fundo de maneio patrimonial ...................................................................................................... 41 6.1.2 - Liquidez ........................................................................................................................................ 42 6.1.3 - Anlise funcional do equilbrio financeiro .................................................................................... 44

    6.2 - INDICADORES DO CICLO DE EXPLORAO ....................................................................................................... 45 6.2.1 - Indicadores da Estrutura Financeira ............................................................................................ 48

    6.3 - ANLISE DOS FLUXOS FINANCEIROS .............................................................................................................. 51 6.3.1 - Mapa de Origem e Aplicaes dos Fundos .................................................................................. 51 6.3.2 - Demonstrao dos Fluxos de Caixa .............................................................................................. 53

    7 - CONCLUSO .......................................................................................................................................... 55

    8 - ANEXOS ................................................................................................................................................ 56

    9 - BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................................... 56

  • Anlise Financeira 2012

    3

    ndice das Ilustraes

    Ilustrao 1-Importao exportao portuguesa (milhes de Euros) .................................... 10

    Ilustrao 2-Previses de variao do PIB .................................................................... 12

    Ilustrao 3-Saidas e Entradas por ramo de actividade (Jan/Jun) ....................................... 12

    Ilustrao 4-Estrutura do balano.............................................................................. 18

    Ilustrao 5-Balano Funcional ................................................................................. 19

    Ilustrao 6-Balano Financeiro ................................................................................ 21

    Ilustrao 7-Demonstrao de Resultados por Funes .................................................... 22

    Ilustrao 8-Grfico de indicadores econmicos ............................................................ 25

    Ilustrao 9-Grfico dos valores de Produtividade econmica ........................................... 29

    Ilustrao 10-Gfico de % dos indicadores de produtividade econmica ............................... 29

    Ilustrao 11-Calculo do Ponto de Equilbrio ................................................................ 30

    Ilustrao 12-Ponto de Equilbrio .............................................................................. 31

    Ilustrao 13-Rcios de Resultados ............................................................................ 32

    Ilustrao 14 - Rcio de resultados ............................................................................ 33

    Ilustrao 15 - ndices de Rendabilidade (em %) ............................................................ 36

    Ilustrao 16 - Alavancagem Financeira ...................................................................... 38

    Ilustrao 17 - Rendibilidade dos titulares do Cap. Social ................................................ 39

    Ilustrao 18 - Fundo de Maneio ............................................................................... 42

    Ilustrao 19 - Rcios de Liquidez ............................................................................. 43

    Ilustrao 20 - Anlise Funcional do Fundo de Maneio ..................................................... 45

    Ilustrao 21 - Indicadores do ciclo de explorao ......................................................... 48

    Ilustrao 22 - Indicadores da Estrutura Financeira ........................................................ 51

    Ilustrao 23-Demonstrao da variao dos Fundos Circulantes ........................................ 51

    Ilustrao 24-Mapa de Origens e Aplicaes de Fundos .................................................... 52

    Ilustrao 25-DFC ................................................................................................. 53

  • Anlise Financeira 2012

    4

    ndice das Tabelas

    Tabela 1-Estrutura dos Ganhos ................................................................................. 15

    Tabela 2-Estrutura dos Gastos .................................................................................. 16

    Tabela 3-Correces ao Balano ............................................................................... 20

    Tabela 4-Rcios de eficincia da gesto ...................................................................... 23

    Tabela 5-Indices de Produtividade Econmica .............................................................. 26

    Tabela 6-ndices de Rendibilidade ............................................................................. 34

    Tabela 7-Alavancagem Financeira ............................................................................. 37

    Tabela 8-Rendibilidade dos titulares do Cap.Social ........................................................ 38

    Tabela 9-Fundo de Maneio ...................................................................................... 41

    Tabela 10-Racios de Liquidez ................................................................................... 42

    Tabela 11-Anlise funcional do fundo de maneio ........................................................... 44

    Tabela 12-Indicadores do ciclo de explorao ............................................................... 45

  • Anlise Financeira 2012

    3

    2 - Introduo

    Compete Analise Financeira a apreciao crtica dos objectivos da funo

    financeira. A sua informao dada pela empresa preenche uma dupla finalidade: a sua

    utilizao externa, no apoio gesto e o seu fornecimento a terceiros (administrao fiscal,

    accionistas, mercados financeiros em geral, etc.).

    No mbito da disciplina de Anlise Financeira do 1 semestre do 2 ano de

    Contabilidade e Gesto Financeira, o docente da cadeira props-nos a elaborao de um

    trabalho que tem por objectivo proceder a uma anlise da situao econmica e financeira

    da Efapel-Empresa Fabril de Produtos Elctricos, S.A. respeitantes aos trs ltimos

    exerccios (2009, 2010, e 2011) com base na evoluo e situao que a mesma apresenta e

    outras informaes de origem interna e externa.

    A realizao desta anlise permite-nos por em prtica os contedos tericos e

    prticos leccionados na disciplina.

  • Anlise Financeira 2012

    6

    3 - Apresentao da Empresa

    Fundada em 1978 e formada exclusivamente por capital

    Portugus, a EFAPEL constituda por uma equipa de

    cerca de 300 colaboradores repartidos por 3 modernas

    unidades industriais com uma superfcie total de

    18.750m2.

    A EFAPEL, S.A. est certificada segundo as normas NP

    EN ISO 9001 (Gesto da Qualidade), NP EN ISO 14001

    (Gesto Ambiental) e OHSAS 18001 / NP 4397 (Gesto de

    Segurana e Sade no Trabalho).

    Foi a primeira empresa em Portugal, no seu sector de

    actividade, a ser registada no EMAS (Sistema Comunitrio

    de Eco-Gesto e Auditoria) e a quinta empresa a nvel

    nacional.

    Actualmente, exporta para mais de 45 pases de todo o Mundo, estando presentes nos

    quatro cantos do mundo (Alemanha, Frana, Rssia, Blgica, Holanda, Grcia, Singapura,

    Vietname, Mxico, Costa Rica, Argentina, Chile, Per, Angola, Cabo Verde, Moambique,

    ...)

    3.1 - O Produto

    A Empresa desenvolve e fabrica produtos de qualidade para instalaes elctricas de

    baixa tenso, tais como, aparelhagens de Embeber, Estanque e Saliente, Calhas Tcnicas,

    Som Ambiente, DVI (Dados, Voz e Imagem) e Aparelhagem Modular para Quadros

    Elctricos.

    A equipa de Investigao, Desenvolvimento e Inovao dedica-se pesquisa, concepo e

    desenvolvimento de solues que melhor correspondam s necessidades dos Clientes, tendo

    em mente trs princpios orientadores:

  • Anlise Financeira 2012

    7

    Boa relao Qualidade/Preo;

    Facilidade e Rapidez de Instalao;

    Segurana e Comodidade para o utilizador.

    O nosso objectivo oferecer aos nossos clientes uma gama completa de produtos que

    lhes permita projectar e executar uma instalao elctrica completa.

    3.2 - Localizao

    Sediada em Serpins, a 30 Km de Coimbra, a empresa tem uma localizao privilegiada no

    Centro de Portugal, permitindo-nos despachar de um modo rpido e eficaz as encomendas

    dos nossos clientes quer para o Norte, quer para o Sul do pas.

    3.3 - Compromisso com o Cliente

    O compromisso da empresa para com o cliente assenta em trs pilares que desde sempre

    regeram a poltica da EFAPEL: o Produto (conceber e fabricar produtos de Qualidade que

    correspondam s necessidades e expectativas dos nossos clientes), o Servio (Servir o

    nosso Cliente do modo mais rpido e eficaz) e a melhor relao Qualidade/Preo. Deste

    modo, a empresa pretende ser conhecidos pela sua competitividade, fiabilidade dos

    produtos e eficincia dos servios que prestamos aos seus clientes.

    Viso

    Ser uma empresa de excelncia no domnio das solues elctricas.

    Misso

    Criar e produzir as melhores opes de aparelhagem e acessrios para instalaes

    elctricas e de dados, voz e imagem, com o compromisso de satisfao de Clientes,

    Colaboradores, Fornecedores, Accionistas e Sociedade ...

  • Anlise Financeira 2012

    8

    ... garantindo valor para o Cliente, satisfazendo as suas necessidades e expectativas ...

    ... desenvolvendo os produtos e processos com eficincia e eficcia, perseguindo a

    eliminao de todos os desperdcios ...

    ... desenvolvendo o talento dos nossos colaboradores, assegurando a sua motivao e

    incentivando criatividade, zelando pela sua segurana e sade ...

    ... contribuindo activamente para a sociedade, melhorando continuamente o

    desempenho ambiental e participando no desenvolvimento local e nacional ...

    ...para garantir o crescimento sustentado da EFAPEL.

    Valores

    tica Honestidade e seriedade.

    Rigor Cumprimento dos compromissos assumidos com todas as partes

    interessadas.

    Simplicidade O que simples genial.

    Dinamismo Orientao para a mudana e aprendizagem.

    Criatividade Procura de solues inovadoras.

    Poltica

    Cliente em Primeiro Lugar.

    Fazer bem Primeira.

    O Fornecedor um Parceiro de Negcio.

    Melhorar Continuamente o Desempenho da Organizao.

    Cumprir a Legislao e Outros Requisitos Aplicveis.

  • Anlise Financeira 2012

    9

    Promover a Informao e Formao dos Colaboradores e de Outros que trabalhem

    em Nome da EFAPEL.

    Prevenir a Poluio.

    Divulgar o Comportamento Ambiental.

    Prevenir os Riscos Profissionais.

    4 - Envolvente Econmica

    4.1 - Cenrio macroeconmico-Anlise global Sector Elctrico

    Eletrnico

    No segundo semestre de 2012 verifica-se uma recuperao no ritmo de crescimento da

    Exportao (+12%), enquanto se acentua o ritmo de quebra da Importao (-10%)

    relativamente ao trimestre anterior. So boas notcias, confirmando a aposta feita pelas

    empresas na exportao. Em resultado destas variaes na Exportao e na Importao, a

    taxa de cobertura da Importao pela Exportao sobe significativamente para 87,8%..

    A Exportao Portuguesa de Mercadorias (+9,3%) apresenta uma taxa de crescimento

    inferior do Sector elctrico e electrnico (+12%).

    Confirma-se o crescimento das vendas para Pases 3.os (+25,5%), e a consequente

    diminuio de ritmo para a UE (+3,5%). Acentua-se a quebra da Importao portuguesa (-

    6,0%) no s pela quebra das importaes da UE (-8,5%), mas tambm pela reduo

    acentuada do ritmo de crescimento das oriundas de Pases 3.os (+0,9%).

  • Anlise Financeira 2012

    10

    Ilustrao 1-Importao exportao portuguesa (milhes de Euros)

    4.2 - Exportao de Equipamento Eltrico e Eletrnico

    Veja-se quais os subsectores com melhor comportamento:

    Maquinas, Equipamentos e Aparelhagem Industrial (+58%) Mantm-se o forte

    incremento do primeiro trimestre (+56%), com a venda de Transformadores de

    Dielctrico Lquido e de Equipamentos para Energias Renovveis (geradores

    elicos).

    Aparelhagem e Sistemas de Medida Controle e Automatismo (+92%) Mantm-se

    a boa performance deste grupo, com destaque novo para os Aparelhos de Comando

    de Memria Programvel (+331%) e a continuao do crescimento ao nvel dos

    Armrios de Comando Numrico (+144%).

    Registe-se a enorme recuperao (-37%) de Aparelhagem Ligeira de Instalao

    (+34%) suportada por O. Quados de Tenso

  • Anlise Financeira 2012

    11

    Fios e Cabos Isolados (-10%) e Eletrnica de Consumo (-7%) continuam uma

    trajetria descendente, o que mau face ao seu peso no conjunto das exportaes do

    sector. Embora com pouco peso, Acumuladores e Pilhas (-6%) acusa tambm a

    crise com a inverso de uma tendncia positiva (+9%) para uma negativa.

    4.3 - Perspetivas

    A Exportao continua a surpreender por registar um andamento superior a todas as

    previses. Para tal, tem sido importante a diversificao de mercados (3.os pases),

    voltando a sobressair o dinamismo de Angola. Julgamos que esta tendncia poder manter

    se no 2.o semestre, devendo o mercado da EU retrair-se mais.

    A conjuntura europeia continua a degradar-se. Sobressai agora a Espanha, que dever pedir

    ajuda UE, depois de um resgate do seu sector bancrio que parece no vir a ser to

    volumoso como inicialmente se esperava.

    A Frana lanou recentemente um conjunto de medidas restritivas aumento de Impostos e

    reduo de Despesa procurando no entanto preservar algumas componentes da sua

    Despesa Pblica. O Centro Europeu de Investigao de Poltica Econmica informa que o

    Indicador Eurocoin (estimativo do crescimento econmico da UE) registou o nvel de

    0,32% em Setembro.

    Nos EUA registou-se um crescimento decepcionante do PIB no 2.o trimestre de 2012

    +1,5% embora sejam de sublinhar algumas melhorias no mercado de habitao. Isto

    gerou reaces no sentido do FED voltar ao programa de injeces macias de dinheiro na

    economia, o que parece que vir a concretizar-se em breve (40.000 milhes de Dlares por

    trimestre) Na China patente o abrandamento econmico, com a taxa de crescimento da

    Produo Industrial a crescer apenas 9%.Nos perodos de expanso, essa taxa ultrapassava

    15%1.

    Eis as previses econmicas (variao do PIB) de Setembro 2012:

    1 Informao econmica do sector retirada de: http://www.animee.pt/pdf/revista/

  • Anlise Financeira 2012

    12

    Ilustrao 2-Previses de variao do PIB

    Ilustrao 3-Saidas e Entradas por ramo de actividade (Jan/Jun)

    Estando altamente dependente do mercado da construo, e dada a crise que este

    atravessa a Efapel reforou o investimento na internacionalizao sendo que em 2012

    entrou em 5 novos mercados, assim com a Dinamarca, Sucia, Estnia, Lbia e Guin

    Conacri, so j 53 os pases para onde a Efapel exporta os seus produtos, com a actividade

    no mercado externo a corresponder j a mais de 30% da sua facturao global.

  • Anlise Financeira 2012

    13

    Ao fechar o terceiro trimestre com um volume de negcios acumulado de 20,3 milhes

    de euros, a empresa regista um crescimento homlogo negativo de 3,10%, decorrente,

    sobretudo, da crise no sector da Construo em Portugal. Ainda assim, a Efapel tem vindo a

    conquistar quota de mercado, ao mesmo tempo que compensa as perdas internas com o

    crescimento na exportao.

    No terceiro trimestre foi ainda marcado pelo lanamento da nova linha Animato da

    Srie LOGUS 90. Esta linha constituda por 14 novos acabamentos, aplicveis vasta

    gama de funes, desde interruptores, tomadas de corrente, reguladores de luz,

    comutadores de escada e comandos de persianas, at ao Som Ambiente.

    Recorde-se que a Efapel havia j anunciado o investimento, em 2012, de cinco milhes de

    euros na criao de novos produtos, de 800 mil euros em IDI e de 64 mil euros em

    formao.

    A Efapel lder no mercado nacional e segundo o seu lder Amrico Duarte uma das

    chaves do sucesso tem sido o facto de no serem um gigante, por vezes no conseguimos a

    mxima economia de escala, no somos quem mais produz mas podemos utilizar outras

    vantagens competitivas para anular essa desvantagem, alis muito ligeira. Essa

    desvantagem tem a ver com a estrutura de custos da empresa. Sendo mais pequena tem uma

    menor estrutura de custos e est especializada num determinado tipo de produtos, logo

    podemos conseguir uma reduo do preo de produo, investindo e desenvolvendo mais e

    melhor nos processos produtivos. Os nossos concorrentes comercializam gamas muito mais

    alargadas que a Efapel. Ns trabalhamos mais a aparelhagem para instalaes domsticas,

    dos interruptores e tomadas s calhas. Dedicamo-nos a dois sectores de produto muito mais

    restrito que a concorrncia.2

    A Legrand Multinacional Francesa e principal concorrente em Portugal facturou cerca

    de 69 milhes de euros em 2011 embora 80% se destine ao mercado externo, a marca est

    presente em mais de 180 pases, implantada em Portugal desde 2006 a empresa est a

    2 Amrco Duarte in: www.construir.pt 2009

  • Anlise Financeira 2012

    14

    atravessar algumas dificuldades ao nvel das vendas internas e vai j na terceira vaga de

    despedimentos.

    " uma situao que lamento, mas o ano passado foi muito complicado para a indstria em geral, e

    para o sector da construo, em especial. Temos trabalhado para fazer as menores redues

    possveis", sublinhou Fernando Mendes, revelando que, aps este novo processo de despedimento

    colectivo, a Legrand passar a contar com cerca de 220 a 230 trabalhadores3

    No seguimento da sua estratgia de internacionalizao a Efapel est a pensar construir

    uma fabrica no brasil que dever alimentar em exclusivo o mercado sul americano o

    Investimento deve rondar os 9 milhes de euros.

    5 - Anlise Econmica

    5.1 - Ganhos

    5.1.1 - Estrutura dos Ganhos

    Nesta subrea procura-se apreender o crescimento das principais rubricas de

    proveitos bem como a evoluo da respectiva estrutura.

    A principal tcnica utilizada para o efeito a comparao da Demonstrao

    Financeira de perodos sucessivos, a partir dos indicadores seleccionados.

    A anlise da Demonstrao Financeira de cada perodo estar tambm subjacente bem

    como a comparao com indicadores sectoriais.

    3 Fernando Mendes director geral Legrand in: Correio da manh 03/2012

  • Anlise Financeira 2012

    15

    Tabela 1-Estrutura dos Ganhos

    Rubrica 2009 % 2010 % 2011 %

    Vendas e serv. prestados 24.817.338,09 96,00% 25.839.272,87 98,23% 26.286.236,54 96,83%

    Subsdios explorao 21.905,74 0,08% 12.353,71 0,05% 16.110,64 0,06%

    Ganhos subsidirias 79.155,78 0,30% 112.952,29 0,42%

    Varia. nos inventrios 95.764,60 0,37% 531.192,36 1,96%

    Outros rend. e ganhos 902.773,25 3,49% 336.560,28 1,28% 158.825,33 0,59%

    Juros e similares obtidos 13.769,01 0,05% 36.231,83 0,14% 42.004,29 0,15%

    Total 25.851.550,69 100,00% 26.303.574,47 100,00% 27.147.321,45 100,00%

    Relativamente aos dados apresentados podemos verificar que todo o peso da estrutura

    de ganhos se encontra concentrado nas vendas e prestaes de servios, facto este que se

    apresenta como normal dado estarmos perante uma empresa que opera na rea industrial.

    Desta forma podemos concluir que a empresa depende em termos econmicos da sua

    actividade operacional e ser este o motor de crescimento da empresa. Podemos verificar

    tambm que ao longo dos exerccios em anlise existiu sempre um aumento das vendas

    assim como um no geral de todos os ganhos.

    Por fim observamos tambm que a rubrica de outros rendimentos e ganhos a segunda

    em peso percentual e que ao contrrio da evoluo geral entrou em regresso ao longo dos

    perodos analisados, sendo que no sentido inverso os rendimentos financeiros sofreram um

    incremento.

    Fonte: elaborao prpria

  • Anlise Financeira 2012

    16

    5.2 - Gastos

    5.2.1 - Estrutura dos Gastos

    O Objectivo agora prosseguido detectar eventuais alteraes do peso relativo das

    rubricas de custos ao longo do perodo em anlise.

    As tcnicas subjacentes no diferem das que se referiam na seco procedente a

    propsito da anlise da estrutura de proveitos: a anlise da estrutura das Demonstraes

    Financeiras de cada perodo e comparao das Demonstraes Financeiras de vrios

    perodos.

    Tabela 2-Estrutura dos Gastos

    Rubrica 2009 % 2010 % 2011 %

    Perdas em subsidirias 6.712,65 0,03%

    Varia. nos inventrios 325.597,09 1,32%

    CMVMC 7.982.771,35 38,06% 8.017.223,19 32,53% 9.149.548,51 36,46%

    FSE 4.327.611,94 20,64% 5.195.050,82 21,08% 4.595.819,83 18,31%

    Gastos com Pessoal 4.893.380,00 23,33% 5.132.251,50 20,82% 5.383.712,26 21,45%

    Perdas por imparidade 190.590,03 0,91% 1.251.578,38 5,08% 433.021,64 1,73%

    Redues de justo valor 1.027.900,19 4,17% 1.766.669,92 7,04%

    Outros gastos e perdas 1.385.853,33 6,61% 1.751.096,02 7,10% 1.359.246,14 5,42%

    Depreciaes 1.914.909,11 9,13% 1.835.194,33 7,45% 2.032.791,93 8,10%

    Juros e gastos suportados 269.750,32 1,29% 111.433,20 0,45% 376.435,39 1,50%

    Total 20.971.578,73 100,00% 24.647.324,72 100,00% 25.097.245,62 100,00%

    Fonte: elaborao prpria

  • Anlise Financeira 2012

    17

    Com base na tabela podemos evidenciar o seguinte:

    Em 2009 registram-se perdas na participada

    No ano 2010 verificou-se uma variao negativa nos inventrios e produo

    Os custos com as CMVMC, FSE, e gastos com o pessoal representam a quase

    totalidade dos gastos, registando em termos de valor todos um ligeiro aumento ao

    longo dos exerccios com excepo para os FSE que em 2011 representaram um

    decrscimo significativo.

    Em 2010 registaram-se perdas por imparidade acentuadas, e em 2011 tambm

    tiveram alguma relevncia.

    Em 2010 o peso dos outros gastos e perdas teve um peso superior em termos

    comparativos com o exerccio antecedente e o precedente.

    Em 2010 assistiu se a uma diminuio dos gastos com financiamento mais que

    triplicando no exerccio seguinte.

    Assistiu se ao aumento contante do valor dos gastos ao longo dos trs exerccios

    principalmente de 2009 para 2010 onde esse aumento foi bastante significativo.

    Rubrica 2009 2010 2011

    Resultado A.Impostos 4.879.971,96 1.656.249,75 2.050.075,83

    IRC -93.785,12 136.223,10 -728.700,93

    R.Liquido do Exercicio 4.786.186,84 1.792.472,85 1.321.374,90

    Atravs da anlise da tabela podemos verificar que que os resultado antes de

    impostos e o resultado liquido do exerccio caram muito em relao ao ano de 2009

    sendo que o pior ano foi mesmo o de 2010.

    Como podemos constatar nas tabelas anteriores este facto deveu-se ao substancial

    aumento do valor dos gastos em 2010 que no foi acompanhado no mesmo sentido

    por parte dos ganhos.

    Podemos verificar tambm atravs do valor do IRC que existiram muitos incentivos

    fiscais pois o valores apresentados esto muito longe ta taxa normal que de 25%

  • Anlise Financeira 2012

    18

    na regio onde a empresa detm a sua sede, dos factos repara se tambm que em

    2010 apesar dos resultados antes de impostos serem positivos a empresa teve IRC a

    recuperar o que evidncia ainda mais os referidos benefcios fiscais.

    5.3 - Balano

    Estrutura do Ativo lquido

    Valor % Valor % Valor %

    Investimentos

    Activos f ixos tangveis...7.880.064,38 27,07% 9.198.303,24 28,09% 12.705.363,20 35,77%

    Activos intangveis.268.895,26 0,92% 235.190,02 0,72% 353.265,16 0,99%

    Participaes f inanceiras - MEP. 30.896,89 0,11% 67.241,91 0,21% 5.467.241,91 15,39%

    Participaes Financeiras - outros mtodos35.082,14 0,12% 25.082,14 0,08% 25.082,14 0,07%

    Accionistas/scios 250.000,00 0,86% 250.000,00 0,76% 300.000,00 0,84%

    Outros ativos Financeiros1.312.695,81 4,51% 1.322.695,81 4,04% 342.695,81 0,96%

    Activos por Impostos diferidos 57.011,16 0,20% 239.134,88 0,73% 78.869,51 0,22%

    9.834.645,64 33,79% 11.337.648,00 34,62% 19.272.517,73 54,25%

    Ativo circulante

    Inventrios e ativos biolgicos5.580.113,10 19,17% 5.122.037,49 15,64% 5.617.016,22 15,81%

    Dbitos a curto prazo.7.947.352,25 27,31% 6.277.995,36 19,17% 7.492.035,13 21,09%

    Disponibilidades 526.721,91 1,81% 3.929.605,64 12,00% 232.240,27 0,65%

    14.054.187,26 48,29% 15.329.638,49 46,81% 13.341.291,62 37,56%

    0,00% 0,00% 0,00%

    Outros ativos ..5.215.786,26 17,92% 6.080.246,16 18,57% 2.908.379,79 8,19%

    0,00% 0,00% 0,00%

    Total do Activo 29.104.619,16 100,00% 32.747.532,65 100,00% 35.522.189,14 100,00%

    Estrutura do Capital Prprio e Passivo

    Valor % Valor % Valor %

    Capital prprio:

    Capital realizado..2.064.000,00 7,09% 2.064.000,00 6,30% 10.320.000,00 29,05%

    Outros instrumentos de capital prprio 2.563.175,87 8,81% 2.563.175,87 7,83% 0,00%

    Reservas legais 412.800,00 1,42% 412.800,00 1,26% 412.800,00 1,16%

    Outras reservas..4.915.993,56 16,89% 9.580.446,72 29,26% 5.680.095,44 15,99%

    Resultados transitados..1.118.087,26 3,84% 1.213.302,25 3,71% 1.274.636,21 3,59%

    Ajustamentos em activos f inanceiros (42.040,37) -0,14% (42.040,37) -0,13% (42.040,37) -0,12%

    Outras variaes no capital prprio68.597,84 0,24% 52.967,92 0,16% 1.883.121,02 5,30%

    Resultado lquido do perodo..4.786.186,84 16,44% 1.792.472,85 5,47% 1.321.374,90 3,72%

    Total do capital prprio 15.886.801,00 54,59% 17.637.125,24 53,86% 20.849.987,20 58,70%

    Passivo 0,00% 0,00% 0,00%

    Dividas a MLP (Passivo no corrente) 4.539.887,18 15,60% 7.914.457,31 24,17% 6.470.654,95 18,22%

    Dividas a CP (Passivo corrente) 8.677.930,98 29,82% 7.195.950,10 21,97% 8.201.546,99 23,09%

    Outros passivos ..0,00% 0,00% 0,00%

    0,00% 0,00% 0,00%

    Total do passivo 13.217.818,16 45,41% 15.110.407,41 46,14% 14.672.201,94 41,30%

    0,00% 0,00% 0,00%

    Total do Capital Prprio e do Passivo 29.104.619,16 100,00% 32.747.532,65 100,00% 35.522.189,14 100,00%

    0,00% 0,00% 0,00%

    2011

    2011

    2010

    RUBRICAS2009 2010

    RUBRICAS2009

    Ilustrao 4-Estrutura do balano

  • Anlise Financeira 2012

    19

    Da anlise estrutural do balano podemos constatar que a empresa aposta forte

    nos investimentos com este a representar 54,25 % do total do activo em 2011, de

    igual forma possvel observar que a empresa possui sempre valores elevados de

    inventrios, e primeira vista concede muitos crditos de curto prazo.

    Do lado do capital prprio e passivo podemos observar que em 2010 a empresa

    preparou reservas para proceder a um aumento de capital prprio que se viria a

    realizar em 2011 no valor de 8.250.000,00.

    Podemos tambm observar que as dvidas de ML prazo tm algum peso na

    estrutura assim como as de curto prazo, talvez devido necessidade de recorrer ao

    crdito pra fazer face ao grande investimento que a empresa realizou, e tambm

    derivado dos crditos de curto prazo concedidos a terceiros.

    5.3.1 - Correces ao balano e demonstrao de resultados

    De modo a obtermos informaes mais reais acerca da actividade econmica e

    financeira da empresa, foi necessrio proceder a ajustamentos, com base nas informaes

    recolhidas das IES, desta forma a o balano funcional apresentado em cima resulta das

    seguintes correces que se apresentam na tabela seguinte.

    Ilustrao 5-Balano Funcional

    Aplicaes Origens

    Ativo Fixo Capitais permanentes

    Activos f ixos tangveis...7.880.064,38 9.198.303,24 12.705.363,20 Capitais prprios15.886.801,00 17.637.125,24 20.849.987,20

    Activos intangveis.268.895,26 235.190,02 353.265,16 Dvidas a pagar MLP.. 4.534.727,96 6.470.654,95 5.026.852,59 (8)

    Participaes financeiras. 65.979,03 92.324,05 5.492.324,05 Outros ..

    (4) Outros ativos f inanceiros6.528.482,07 10.402.941,97 3.251.075,60

    Dividas a receber MLP..250.000,00 250.000,00 300.000,00

    (1) Outros. 4.707.105,41 4.507.499,46 4.759.716,36

    Soma ativo fixo 19.700.526,15 24.686.258,74 26.861.744,37 Soma Capitais permanentes 20.421.528,96 24.107.780,19 25.876.839,79

    Necessidades ciclicas Recursos cclicos

    (1) Inventrios e ativos biolgicos930.018,85 853.672,92 936.169,37 Fornecedores 666.723,41 813.290,22 974.775,90 (3)

    Clientes..6.169.857,95 4.712.232,23 4.345.493,90 Dividas a pagar explorao CP.. 5.726.631,49 4.236.283,21 4.704.448,07 (9)

    (6)(11) Dividas a receber explorao Curto prazo. 249.272,71 567.600,91 Outros ..1.447.103,22 2.880.077,51 2.917.697,96 (8)

    (2)(10) Outros..300.000,00 300.000,00 300.000,00

    Soma necessidades ciclicas 7.399.876,80 6.115.177,86 6.149.264,18 Soma recursos ciclicas 7.840.458,12 7.929.650,94 8.596.921,93

    Tesouraria ativa Tesouraria passiva

    (6)(11) Dividas a receber extra-explorao Curto prazo..650.252,50 659.576,32 2.174.783,06 Fornecedores748.846,96 710.101,52 319.726,49 (3)

    (2)(4)(7) Disponibilidades226.721,91 629.605,64 Dividas a pagar no explorao CP. 93.785,12 728.700,93 (9)

    (10) Outros.1.127.241,80 656.914,10 404.157,26 Outros 67.759,73 (7)

    Soma tesouraria ativa 2.004.216,21 1.946.096,06 2.578.940,32 Soma tesouraria passiva 842.632,08 710.101,52 1.116.187,15

    Total das aplicaes 29.104.619,16 32.747.532,65 35.589.948,87 Total das origens 29.104.619,16 32.747.532,65 35.589.948,87

    RUBRICAS 2010 20112010RUBRICAS2009 2011 2009

  • Anlise Financeira 2012

    20

    Tabela 3-Correces ao Balano

    Descrio N 2009 2010 2011

    Inventrio Normal 1 930.018,85

    853.672,92

    936.169,37

    Margem de segurana de tesouraria 2 300.000,00 300.000,00 300.000,00

    Dividas a Fornecedores vencidas 3 748.846,96 710.101,52 319.726,49

    Transferncia do depsitos a prazo para AF 4 3.000.000,00

    Saldo devedores de Estado OEP 6 339.061,41 585.530,73

    Correco das disponibilidades negativas 7 67.759,73

    Correco dos Pass. Diferidos e da amortizao do emprstimo relativo ao ano seguinte

    8 5.159,22 1.437.237,92

    6.564,44

    1.437.237,92

    6.564,44

    IRC a pagar 9 93.785,12 728.700,93

    Regularizao da conta de deferimentos activos (publicidade do ciclismo e futebol)

    10 1.127.241,80 656.914,10 404.157,26

    Correco dos valores de outras contas a receber (Iapmei)

    11 339.061,41 585.530,73 2.174.783,06

    Com base nas correes efetuadas anteriormente, foi possvel proceder de seguida

    elaborao do balano financeiro o qual tambm obriga a algumas correes mas que no

    caso da empresa em anlise no foi necessrio qualquer tipo de ajustamento.

  • Anlise Financeira 2012

    21

    Ilustrao 6-Balano Financeiro

    Finalmente e tal como sucedeu com o balano foi elaborada uma demonstrao de

    resultados funcional onde de forma a poder calcular posteriormente o ponto critico das

    vendas, e uma vez que no nos foi possvel apurar o valor dos gastos variveis do FSE,

    presumimos como gastos variveis o valor de 20% em relao aos gastos totais.

    1. Capital Prprio 15.886.801,00 17.637.125,24 20.849.987,20

    2. Capital alheio estvel 4.534.727,96 6.470.654,95 5.026.852,59

    3. Capitais Permanentes (1+2) 20.421.528,96 24.107.780,19 25.876.839,79

    4. Activo fixo 19.700.526,15 24.686.258,74 26.861.744,37

    5. Fundo de Maneio (3-4) 721.002,81 (578.478,54) (984.904,58)

    6. Inventrios e Ativos Biolgicos 930.018,85 853.672,92 936.169,37

    7. Clientes 6.169.857,95 4.712.232,23 4.345.493,90

    8. Adiantamento a fornecedores 249.272,71 309.403,40

    9. Estado e outros entes pblicos (a receber)

    10.Outros devedores de explorao 300.000,00 300.000,00 558.197,51

    11. Necessidades cclicas (6+7+8+9+10) 7.399.876,80 6.115.177,86 6.149.264,18

    12.Fornecedores 666.723,41 813.290,22 974.775,90

    13.Adiantamento de clientes 134.412,59 130.581,92

    14.Estado e outros entes pblicos (a pagar) 526.571,24 567.237,06 464.428,04

    15.Outros credores de explorao 6.647.163,47 6.414.711,07 7.027.136,07

    16. Recursos cclicos (12+13+14+15) 7.840.458,12 7.929.650,94 8.596.921,93

    17. Necessidades Cclicas fundo de Maneio (11-16) (440.581,32) (1.814.473,09) (2.447.657,75)

    18. Tesouraria Lquida (5-17) 1.161.584,13 1.235.994,54 1.462.753,17

    2009 2010Balano Funcional 2011

  • Anlise Financeira 2012

    22

    Ilustrao 7-Demonstrao de Resultados por Funes

    2009 2010 2011

    Rendimentos operacionais

    Volume de negcios...................................................................................................................................24.817.338,09 25.839.272,87 26.286.236,54

    Variao nos inventrios da produo....................................................................................................95.764,60 (325.597,09) 531.192,36

    Outros rendimentos operacionais 21.905,74 12.353,71 16.110,64

    Total 24.935.008,43 25.526.029,49 26.833.539,54

    Gastos operacionais

    Custo das mercadorias vendidas e das matrias consumidas..........................................................7.982.771,35 8.017.223,19 9.149.548,51

    Outros gastos variveis. 865.522,39 1.039.010,16 919.163,97

    Subtotal 8.848.293,74 9.056.233,35 10.068.712,48

    Margem Bruta 16.086.714,69 16.469.796,14 16.764.827,06

    Gastos Fixos Desembolsveis8.355.469,55 9.288.292,16 9.060.368,12

    Gastos Fixos no Desembolsveis1.914.909,11 1.835.194,33 2.032.791,93

    Subtotal 10.270.378,66 11.123.486,49 11.093.160,05

    Resultados operacionais 5.816.336,03 5.346.309,65 5.671.667,01

    Juros e rendimentos similares obtidos...................................................................................................13.769,01 36.231,83 42.004,29

    Juros e gastos similares suportados......................................................................................................269.750,32 111.433,20 376.435,39

    Subtotal (Resultados financeiros) (255.981,31) (75.201,37) (334.431,10)

    Resultado de Explorao 5.560.354,72 5.271.108,28 5.337.235,91

    Outros Rendimentos no operacionais . 902.773,25 415.716,06 271.777,62

    Outros Gastos no operacionais ..1.583.156,01 4.030.574,59 3.558.937,70

    Subtotal (Resultados Eventuais) (680.382,76) (3.614.858,53) (3.287.160,08)

    Resultado antes de impostos 4.879.971,96 1.656.249,75 2.050.075,83

    Imposto sobre o rendimento do perodo.................................................................................................93.785,12 (136.223,10) 728.700,93

    Resultado lquido do perodo 4.786.186,84 1.792.472,85 1.321.374,90

    Dividendos

    Resultados Retidos 4.786.186,84 1.792.472,85 1.321.374,90

    RUBRICASPERODOS

  • Anlise Financeira 2012

    23

    5.4 - Medidas de eficincia da Gesto

    As medidas de eficincia da gesto so calculadas a partir das demonstraes de

    resultados e permitem ao interessados avaliar economicamente a empresa do ponto de vista

    da comparao temporal espacial e estrutural, os indicadores de maior interesse so os

    seguintes:

    Tabela 4-Rcios de eficincia da gesto

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Margem Bruta 16.086.714,69 16.469.796,14 16.764.827,06

    Valor acrescentado Bruto (VAB) 12.055.082,91 10.086.698,43 9.514.811,67

    Variao do VAB -16,33% -5,67%

    Excedente Bruto de Explorao

    (EBE) 7.147.667,29 4.954.446,93 4.121.619,57

    Autofinanciamento bruto 6.891.685,98 4.879.245,56 3.787.188,47

    Autofinanciamento Liquido 6.891.685,98 4.879.245,56 3.787.188,47

    Economic Value Added (EVA) 4.365.555,48 816.579,69 1.407.943,47

    Meios Libertos Operacionais 6.328.338,70 4.754.804,24

    Relativamente aos dados apresentados na tabela podemos constatar o seguinte:

    Embora a margem bruta tenha aumentado ao longo dos exerccios, observamos que

    o VAB decresceu principalmente em 2010 onde obteve uma variao negativa de

    16,33% face ao ano anterior, isto deveu-se principalmente ao aumento dos custos

    com as mercadorias vendidas, ao aumento dos gastos com os FSE assim a empresa

    reduziu riqueza em termos de contabilidade nacional.

    VAB=G.c/Pessoal+Depreciaes+Imparidade

    s+gastos financeiros-

    rend.financeiros+impostos

    (VAB n- VAB n-1) x 100

    VAB n-1Variao do VAB=

  • Anlise Financeira 2012

    24

    Podemos verificar que o EBE decresceu de forma contnua ao longo dos perodos

    em anlise principalmente de 2009 para 2010, isto deveu-se essencialmente ao

    aumento dos gastos com o pessoal, esta situao traduziu-se numa diminuio da

    capacidade de auto financiamento da empresa.

    Tal como verificamos na anlise anterior tambm o autofinanciamento bruto e o

    lquido sofreu um decrscimo no entanto e uma vez que a empresa no distribui

    resultados o valor de ambos igual, de qualquer forma estes indicadores

    consolidam a informao anterior, ou seja a empresa perdeu capacidade

    significativa de autofinanciamento.

    Relativamente ao EVA verificamos que a remunerao do investimento lquido

    sofreu uma queda desde 2009 especialmente em 2010 este facto deveu-se no s

    alteraes do custo do capital mas sim diminuio acentuada dos resultados

    operacionais onde em 2010 decresceram 33% face ao exerccio anterior.

    Em termos de meios libertos operacionais a empresa consegue gerar tesouraria para

    solver os compromissos e financiar investimento uma vez que esta apresenta

    variaes negativas de necessidades de fundo de maneio o que significa que esta

    cria excedente de um exerccio para o outro embora se tenha assistido a uma

    diminuio da variao de 2010 para 2011.

    De um modo geral podemos concluir que em termos, econmicos, e embora os

    resultados operacionais tenham diminudo face a 2009, a empresa apresenta um grau de

    eficincia econmica satisfatrio em todos os indicadores, o que nos faz prever que esta

    se conseguiu adaptar aos condicionalismos que a crise no sector da construo, veio

    EBE = VAB - Gastos com pessoal - impostos diretos

    Autofinanciamento bruto = Resultado lquido +depreciaes+imparidades+provises

    Autofinanciamento lquido = Autofinanciamento bruto - dividendos

    Meios libertos operacionais = EBE - variao Nec.Fundo Maneio

  • Anlise Financeira 2012

    25

    trazer actividade operacional, este facto deveu-se sobretudo ao aumento das

    exportaes, que diminuiu o grau de independncia face ao mercado nacional.

    Ilustrao 8-Grfico de indicadores econmicos

  • Anlise Financeira 2012

    26

    5.5 - Competitividade Empresarial

    O VAB permite-nos ainda calcular alguns indicadores de produtividade econmica que

    ajudam a refletir melhor a eficincia da empresa.

    Tabela 5-Indices de Produtividade Econmica

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Produtividade econmica 41.857,93 34.543,49 31.402,02

    Produtividade econmica Capital(%) 41% 31% 27%

    Produtivid. dos fatores x Coeficiente

    de capital emprego) 101.057,71 112.149,08 117.234,95

    Taxa de integrao 48,58% 39,04% 36,20%

    Gasto mdio do trabalho 16.990,90 17.576,20 17.768,03

    Produtividade salarial 246,35% 196,54% 176,73%

    Intensidade tecnolgica 1,61 1,79 2,36

    Tal como podemos observar na tabela o incremento de trabalhadores que aconteceu

    desde 2009, no originou aumento na produtividade, ou seja um aumento no factor

    trabalho atravs do aumento do nmero de funcionrios no contribuiu para um

    aumento do valor acrescentado bruto, assim podemos concluir que o factor trabalho

    por si s est esgotado.

    Da mesma forma que no indicador anterior, observamos tambm que o factor

    capital tambm se encontra esgotado uma vez que um aumento do no se traduziu

    VAB

    Nmero trabalhadores (N)Produtividade econmica=

    VAB

    CProd. Econmica Capital =

  • Anlise Financeira 2012

    27

    num aumento do VAB uma vez que o indicador decresceu de 41% em 2009 para 27%

    em 2011.

    Neste indicador podemos observar que um aumento de capital conjugado com um

    aumento do factor trabalho se traduziu num incremento do resultado dos factores

    que de certa forma poderia contrariar o resultados anteriores mas, o facto que este

    incremento no produziu aumentos no VAB.

    A taxa de integrao mostra-nos a percentagem do VAB sobre o volume de

    negcios, onde podemos verificar que mesmo a empresa tendo aumentado o volume

    de negcios ao longo dos trs exerccios analisados, esses aumentos no se

    traduziram num acrscimo de valor acrescentado, aconteceu precisamente o

    contrrio.

    O gasto mdio do trabalho reflecte um dado interessante porque de 2009 para 2010

    existiu um acrscimo de 4 funcionrios onde existiu um aumento mdio do gasto de

    585,30, sendo que de 2010 para 2011 existiu um acrscimo de 11 funcionrios

    para um acrscimo mdio de gasto de 191,82.

    Este facto pode estar relacionado com a eventualidade de em 2010 a empresa ter

    contratado quadros altamente qualificados e em 2011 mo-de-obra no

    especializada, ou poderia haver eventualmente uma quantidade considervel de

    funcionrios de baixa mdica ou em tempo parcial, mas pelos valores de horas

    trabalhadas e pessoal a tempo parcial, a primeira hiptese apontada parece-nos a

    mais correcta.

    CNmero trabalhadores (N)

    Produtivid. dos fatores x coeficiente de capital emprego =

    VAB x 100

    Volume de negciosTaxa de integrao=

    Gastos com pessoal

    N trabalhadoresGasto mdio do trabalho=

  • Anlise Financeira 2012

    28

    O indicador de produtividade salarial mostra-nos um decrscimo continuo em

    termos percentuais que se deve ao facto da reduo tambm constante do VAB, uma

    vez que este foi cada vez menor e os gastos com o pessoal cada vez maiores.

    O rcio de intensidade tecnolgica mostra que o nvel de investimento em AFT

    superior ao valor do investimento em gastos com o pessoal uma vez que este

    superior unidade, e mostra-nos tambm que a empresa investiu claramente na

    modernizao do equipamento produtivo uma vez que este indicador passou de 1,61

    em 2009 para 2,36 em 2011.

    Assim tendo em conta os indicadores de anlise econmica e os indicadores de

    produtividade econmica, e dados os valores que estes apresentam, estes evidenciam

    que a empresa tem uma situao econmica relativamente estvel. Os indicadores de

    produtividade parecem informar-nos que o potencial tecnolgico e a capacidade

    humana no se encontram em velocidade cruzeiro, logo a empresa no est a produzir

    de acordo com as suas reais capacidades o que pode levar a uma perda de

    competitividade face concorrncia.

    VAB x 100

    Gastos com pessoalProdutividade salarial=

    Capital investido

    Gastos com pessoalIntensidade tecnolgica=

  • Anlise Financeira 2012

    29

    Ilustrao 9-Grfico dos valores de Produtividade econmica

    Ilustrao 10-Gfico de % dos indicadores de produtividade econmica

    5.6 - O Ponto Critico das Vendas

    O ponto Critico da vendas representa um instrumento importante, na gesto de uma

    empresa pois permite identificar qual o valor da vendas que que permite igualar o montante

  • Anlise Financeira 2012

    30

    dos encargos da estrutura dessa mesma empresa originando uma situao de lucro zero. O

    ponto de equilbrio pode ser calculado pelo valor mnimo das vendas ou pelo nmero

    mnimo de unidades vendidas, assim e porque a empresa apresenta uma grande variedade

    de produtos dos quais no possumos as unidades vendidas nem o custo industrial de cada

    um, vamos fazer o clculo com base no valor mnimo das vendas.

    Sabendo que o clculo obedece frmula apresentada em cima e com recurso aos

    valores da demonstrao de resultados funcional elaboramos a seguinte tabela onde

    apuramos o total de ganhos o total de gastos fixos e o total dos gastos variveis.

    Ilustrao 11-Calculo do Ponto de Equilbrio

    2009 2010 2011

    Gastos Fixos 3.767.815,44 5.977.202,12 5.968.165,02

    Gastos Variveis 17.203.763,29 18.344.525,51 19.129.080,60

    Valor dos Ganhos 25.851.550,69 25.977.977,38 27.147.321,45

    Ponto de Equilbrio 11.263.444,32 20.341.468,59 20.206.389,07

    Margem de Segurana 56,43% 21,70% 25,57%

    Peso dos G.Fixos 17,97% 24,58% 23,78%

    Assim e tendo em conta a informao presente na tabela podemos constatar que existiu

    um grande aumento do valor de equilbrio de 2009 para 2010, enquanto no primeiro

    bastava empresa facturar 11.263.444,31 para ter lucro zero nos dois anos seguintes o

    tecto mnimo quase que duplicou.

    Esta situao deve-se ao facto de todas a variveis sofrerem aumento, mas

    principalmente ao facto dos gastos fixos terem aumentado de forma significativa, assim

    CF

    Ponto de Equilibrio= V-CV

    V

  • Anlise Financeira 2012

    31

    gastos fixos mais elevados com volumes de ganhos idnticos originam um aumento

    substancial dos valores do ponto de equilbrio.

    Com base na anlise da margem de segurana e do peso dos gastos fixos verificamos

    precisamente o que referimos no pargrafo anterior sempre que o peso dos gastos fixos

    aumentou as margens de segurana reduziram originando pontos de equilbrio mais

    elevados.

    Em suma o investimento da empresa em gastos fixos tanto ao nvel da AFT, como nos

    gastos com pessoal, gastos de financiamento e FSE levaram que a empresa corresse mais

    riscos uma vez que ficou com margens de segurana menores, mais uma vez apercebemo-

    nos que a empresa est a laborar aqum das suas verdadeiras capacidades.

    Ilustrao 12-Ponto de Equilbrio

    Margem Segurana= V-V

    V

    Peso dos Gastos Fixos= GF

    GF+GV

  • Anlise Financeira 2012

    32

    5.7 - Rendibilidade e crescimento da empresa

    Os rcios de rentabilidade relacionam os lucros da empresa com o seu patrimnio.

    Embora existam mltiplos rcios de rentabilidade com diferentes variaes e nuances

    especficas, o princpio sempre o mesmo: comparar o lucro que a empresa foi capaz de

    gerar num determinado perodo de tempo com dados relativos dimenso da empresa, seja

    o montante investido, o valor do activo ou o valor lquido da empresa.

    Ilustrao 13-Rcios de Resultados

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Resultado operacional (RO) 5.816.336,03 5.346.309,65 5.671.667,01

    Resultado de explorao (RE) 5.560.354,72 5.271.108,28 5.337.235,91

    Resultado Antes impostos (RAI) 4.879.971,96 1.656.249,75 2.050.075,83

    Resultado Lquido (RL) 4.786.186,84 1.792.472,85 1.321.374,90

    R. Lquidos retidos 4.786.186,84 1.792.472,85 1.321.374,90

    Da anlise da tabela podemos observar que a empresa obteve sempre um resultado

    operacional bastante satisfatrio registando uma quebra em ligeiramente acentuada

    em 2010 mas recuperou logo no ano seguinte ficando ainda assim ligeiramente

    aqum dos valores de 2009.Assim podemos afirmar que o ganhos operacionais da

    empresa superaram de uma forma muito satisfatria e continua os gastos

    operacionais.

    Relativamente os resultados de explorao existe apenas uma ligeira variao para

    os operacionais que decorre dos gastos com os financiamentos dos crditos que a

    empresa constituiu para fazer face aos seus investimentos, com especial incidncia

    para o exerccio de 2009 e de 2011.

    Resultado operacional=Rendimentos operacionais - Gastos operacionais

    Resultado de explorao =RO + rendimentos financeiros-gastos financeiros

  • Anlise Financeira 2012

    33

    Existiu um decrscimo significativo nos resultados antes de imposto tal facto deveu-

    se na sua grande parte ao reconhecimento de perdas por imparidade e ao registo de

    perdas por justo valor derivadas de investimentos financeiros que advieram da

    descida das cotaes dos ttulos de que a empresa investiu.

    Pelo que nos foi possvel perceber a empresa gozou de grandes benefcios fiscais

    nomeadamente do SIFEDE, nos exerccios de 2009 e 2010 derivados de projectos

    de investimento apoiados pelo Iapmei. Em 2010 a empresa disps de IRC a

    recuperar, j em 2011 a empresa pagou uma taxa efectiva de 37% resultante no s

    do imposto do perodo como tambm de 153700,93 relativos a impostos diferidos

    do exerccio anterior.

    Nos exerccios em anlise a empresa no distribuiu quaisquer resultados e tantos

    quanto nos foi possvel verificar nas pesquisas acerca da empresa nomeadamente

    nas entrevistas do seu director a poltica da empresa canalizar os resultados para

    aplicar em investimentos futuros.

    Resultado Antes impostos =RL + Imposto sobre o rendimento

    Resultado Lquido = Resultado antes de impostos - IRC

    R. Lquidos retidos = RL - dividendos

    Ilustrao 14 - Rcio de resultados

    0,00

    1.000.000,00

    2.000.000,00

    3.000.000,00

    4.000.000,00

    5.000.000,00

    6.000.000,00

    2009

    2010

    2011

  • Anlise Financeira 2012

    34

    Tabela 6-ndices de Rendibilidade

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Margem bruta das vendas 68,22% 67,71% 67,21%

    Rendibilidade das vendas 22,41% 20,40% 20,30%

    Rendibilidade de explorao (Re) 20,52% 17,11% 16,17%

    Rendibilidade de explorao (Re)

    Rendibilidade das vendas x rotao do

    activo explorao

    22,41%

    91,58%

    20,40%

    83,89%

    20,30%

    79,63%

    Rendibilidade Econmica do activo 16,44% 5,47% 3,72%

    Rend. Econmica do ativo

    Rendibilidade das vendas x rotao do

    activo (ou capital)

    19,29%

    85,27%

    6,94%

    78,90%

    5,03%

    74,00%

    Rendibilidade do ativo econmico (RAE) 30,20% 23,38% 23,23%

    Rendibilidade do capital prprio (RCP) 30,13% 10,16% 6,34%

    A margem bruta das vendas sofreu uma ligeira descida continua ao longo dos

    perodos em anlise, mas mante-se a um nvel aceitvel e dentro daquilo que o

    normal para o sector dos componentes elctricos de baixa teno.

    Da mesma forma que MBV, tambm a rendibilidade das vendas sofreu dum

    decrscimo continuo mas estvel sendo que os resultados de explorao

    representam cerca de 20% do valor das vendas, o que parece um bom valor em

    termos lquidos.

    (Vendas+Prest.Serv.+Variao invent.prod.-cmvmc)x100

    Vendas lquidas + Prestao serviosMargem bruta das vendas =

    Resultados de explorao (RE) *100

    Vendas lquidas + Prestao serviosRendibilidade das vendas =

    Resultados de explorao (RE) *100

    Ativo de explorao (AE)Rendibilidade de explorao (Re) =

  • Anlise Financeira 2012

    35

    A rendibilidade de explorao de igual forma que os indicadores anteriores tambm

    sofreu um decrscimo continuo ao logo dos perodos em anlise, derivado ao facto

    dos aumentos em activos de explorao no gerarem aumentos nos resultados de

    explorao. Assim um aumento em activos de explorao no originou resultados

    de explorao superiores, acontecendo precisamente o inverso.

    Da anlise deste rcio podemos observar que a conjugao de resultados de

    explorao menores com rotaes de activo maiores se traduz numa reduo dos

    valores apresentados por este rcio dado que o investimento cresce em percentagem

    superior aos rendimentos que este gera.

    Tal como no indicador anterior tambm aqui activos superiores geraram resultados

    inferiores ainda que de forma mais acentuada. Este facto deveu-se sobretudo

    reduo acentuada do resultado lquido, que resultou no da diminuio dos

    resultados operacionais, mas sim do reconhecimento de imparidades e redues de

    justo valore elevadas como j verificmos anteriormente.

    Assim tendo em conta que ao longo dos exerccios se verificou um decrscimo do

    peso dos resultados lquidos nos valores das vendas liquidas, assim como os

    aumentos do activo no incrementaram aumentos proporcionais nas vendas lquidas.

    Podemos assim concluir que a rendibilidade das vendas conjugada com a

    rendibilidade de rotao dos activos se traduziu em variaes regressivas durante o

    perodo da nossa anlise.

    Rendibilidade de explorao (Re) = RE x VL

    Rendibilidade das vendas x rotao do activo explorao VL x AE

    Resultados Lquidos (RL)

    Ativo (A)Rend. Econmica do ativo =

    Rend. Econmica do ativo = RL x VL

    Rendibilidade das vendas x rotao do ativo (ou capital) VL x A

  • Anlise Financeira 2012

    36

    Podemos verificar que o activo econmico continuou a produzir resultados

    operacionais embora estes tenham diminudo substancialmente aps 2009 isto

    deveu-se no propriamente reduo dos resultados operacionais mas sim

    sobretudo incremento do investimento em activos que se registou em 2010 e 2011 o,

    passou de cerca de pouco mais de 19 milhes em 2009 pra mais de 24 milhes em

    2011.

    Da anlise do presente rcio podemos constatar que este caiu a pique desde 2009

    no s porque os resultados nos anos seguintes caram mais de 70% face ao

    primeiro perodo, como ao invs os capitais prprios registaram um incremento de

    cerca de 20% de 2009 a 2011 resultado do aumento de capital que a empresa

    efectuou.

    Ainda assim embora a empresa no se apresente to atractiva em termos

    rendibilidade do investimento como em 2009, apresar da crise do sector e do

    aumento de capital a empresa continua a apresentar uma taxa de 6,34% que ainda

    superior a qualquer depsito a prazo existente no mercado financeiro.

    Rendibilidade do ativo econmico (RAE)= Resultados operacionais (RO)

    Ativo econmico (AE)

    Resultados Lquidos (RL)

    Capitais prpriosRendibilidade do capital prprio (RCP)=

    Ilustrao 15 - ndices de Rendabilidade (em %)

    0,0010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,0090,00

    100,00

    2009

    2010

    2011

  • Anlise Financeira 2012

    37

    Tabela 7-Alavancagem Financeira

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Estrutura financeira 121,23% 129,68% 117,09%

    Efeito financeiro 95,60% 98,59% 94,10%

    Alavanca financeira 115,90% 127,86% 110,19%

    Como podemos observar a estrutura econmica apresenta valor positivo uma vez

    que o activo econmico superior ao capital prprio e como podemos verificar

    apesar de 2009 para 2010 os resultados operacionais e de explorao terem

    diminudo o facto que a estrutura financeira aumentou significativamente.

    Esta situao resultou de um aumento de 19% o valor dos AE conjugado com

    um aumento de 11% nos capitais prprios, no ano seguinte o valor da estrutura

    financeira decresceu pelo facto do capital prprio crescer 18% e o AE apenas 7%.

    Atravs dos dados obtidos a partir deste indicador observamos que o nvel de

    endividamento dos resultados operacionais reduzido onde em 2009 foi de 4,40% e

    nos anos seguintes de 1,41% e 5,90% respectivamente.

    As diferenas entre valores devem-se principalmente ao facto de em 2010 a empresa

    ter pago muito menos juros, provavelmente devido a uma reduo dos

    financiamentos obtidos. No ano seguinte a empresa atinge o custo de financiamento

    mais elevado dos exerccios em anlise, aparentemente a empresa deve ter reforado

    os financiamentos obtidos no final de 2010 ou incio de 2011.

    AE

    CPEstrutura financeira=

    RE

    ROEfeito financeiro=

  • Anlise Financeira 2012

    38

    Assim de acordo com as explicaes anteriores e com base nos dados de

    alavancagem financeira, observamos que apesar de a empresa ter diminudo os

    resultados de explorao o recurso a endividamento de terceiros continua a trazer

    retorno sensivelmente 10% em 2011, sendo assim o risco de financiamento

    reduzido para quem financiar a empresa.

    Tabela 8-Rendibilidade dos titulares do Cap.Social

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Valor Contabilstico 76,97 85,45 20,20

    Lucro por ao

    (EPS - Earnings per share)

    23,19 8,68 1,28

    Como podemos observar o valor contabilstico continua acima do valor nominal que

    10, e este s sofreu um reduo substancial porque aparentemente (no dispomos

    AE x RE

    CP x ROAlavanca financeira=

    Capital prprio

    N Aes emitidasValor Contabilstico por ao=

    Ilustrao 16 - Alavancagem Financeira

    0,00

    20,00

    40,00

    60,00

    80,00

    100,00

    120,00

    140,00

    Estrutura financeira Efeito financeiro Alavanca financeira

    2009

    2010

    2011

  • Anlise Financeira 2012

    39

    de informao acerca do nmero de novas aces emitidas, foi uma mera diviso do

    capital realizado pelo valor nominal) com o aumento de capital no foram emitidos

    prmios de emisso sendo que a empresa passou de 206.400 aes em 2010 para

    1.032.000 em 2011 a diferena absorveu grande parte do valor que existia acima do

    valor nominal.

    Se a nossa avaliao estiver correcta acerca do nmero de aces emitidas podemos

    observar que apesar de o nmero das mesma ter aumentado a empresa continua a

    oferecer um retorno bastante considervel face ao investimento.

    Em suma do ponto de vista da rendibilidade da empresa, podemos concluir que esta

    conseguiu manter a margem bruta das vendas, mas contudo e dada a conjuntura econmica

    principalmente do sector em que a empresa actua, esta no conseguiu fazer crescer os

    resultados operacionais que at decresceram.

    Ainda assim, a empresa conseguiu manter-se estvel e continuar a fazer crescer os

    activos lquidos e os capitais prprios embora com rcios mais baixos, nunca deixou de ser

    Lucro lquido

    N Aes emitidasLucro por ao=

    Ilustrao 17 - Rendibilidade dos titulares do Cap. Social

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    Valor Contabilstico Lucro por ao

    2009

    2010

    2011

  • Anlise Financeira 2012

    40

    vivel e no ltimo ano at consegui recuperar ligeiramente do ponto de vista operacional e

    da explorao.

    Do ponto de vista do crescimento a empresa embora possua capacidade capital e

    humano para fomentar o crescimento, este s vai continuar a multiplicar o retorno se

    conseguir fazer crescer significativamente as vendas, at porque a empresa possui capitais

    prprios elevados e apresenta um nvel de endividamento reduzido face aos resultados

    operacionais.

    Assim o investimento tanto de capitais prprios como alheios s produzir um retorno

    considervel se a empresa conseguir incrementar fortemente os resultados operacionais

    principalmente pelo forte aumento das vendas.

    6 - Anlise Financeira

    Ao contrrio do que se pode imaginar, a anlise financeira ou anlise de indicadores

    no serve apenas para ajudar na prpria gesto da empresa. Ela tambm pode ser

    fundamental na obteno de financiamentos, pois os bancos, em geral, analisam a

    capacidade da empresa arcar com os encargos da dvida por meio desses mesmos

    indicadores. Essa capacidade medida pelos indicadores de liquidez e de estrutura de

    capital da empresa.

    Alm disso, a anlise financeira pode ajudar a convencer os scios existentes, ou

    potenciais, a investir mais dinheiro na empresa. Afinal, um acionista que obtm ganhos

    elevados com relao ao dinheiro que investiu, o que medido por meio dos indicadores de

    rentabilidade, provavelmente ir se interessar em colocar mais dinheiro na empresa.

    No caso da gesto da empresa, os indicadores de atividade permitem que o empresrio

    consiga estimar quanto tempo leva, em mdia, para que seus estoques acabem, ou quanto

    tempo, em mdia, ele leva para receber no caso de vendas a prazo, ou at mesmo quanto

    tempo em mdia ela est demorando at pagar os seus fornecedores.

  • Anlise Financeira 2012

    41

    6.1 - Equilbrio Financeiro

    6.1.1 - Fundo de maneio patrimonial

    Tabela 9-Fundo de Maneio

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Fundo de maneio patrimonial (ptica

    da liquidez) 10.592.043 14.213.935 8.048.124

    Fundo de maneio patrimonial (ptica

    estrutural) 10.592.043 14.213.935 8.048.124

    Da anlise da tabela anterior podemos observar que pela ptica da liquidez que o

    ativo circulante consegue financiar positivamente o passivo circulante o resultado

    designa-se por fundo de maneio, uma margem de segurana constituda por

    elementos patrimoniais que se transformam com facilidade em disponibilidades.

    Por outro lado na ptica estrutural os capitais permanentes conseguem solver os

    activos fixos sendo o remanescente o fundo de maneio.

    Assim como podemos verificar no caso da Efapel que os valores so iguais, e

    observamos que existiu uma aumento de 2009 para 2010 e uma reduo de 2010

    para 2011, podemos ento afirmar que a empresa perdeu capacidade de solver os

    seus compromissos em 2011 embora mantenha uma margem de segurana razovel

    sendo a margem de segurana em 2011 de cerca de 98%.

    Fundo de maneio patrimonial=

    (ptica da liquidez)Ativo circulante - Passivo circulante

    Fundo de maneio patrimonial=

    ((ptica estrutural))Capitais permanentes - ativo fixo

  • Anlise Financeira 2012

    42

    6.1.2 - Liquidez

    Tabela 10-Racios de Liquidez

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Liquidez geral 2,22 2,98 1,98

    Liquidez reduzida 1,58 2,26 1,30

    Liquidez imediata 0,06 0,55 0,03

    Da anlise da liquidez geral constatamos que a empresa apresenta valores aceitveis

    nos dois primeiros exerccios, principalmente em 2010, j no exerccio de 2011 o

    valor caiu abaixo dos 2% o que pode causar alguns problemas em solver os

    compromissos uma vez que a empresa apresenta valores de inventrios elevados.

    Ativo circulante

    Dbitos correntes (a curto prazo)Liquidez geral=

    Ativo circulante-inventrio

    Dbitos correntes (a curto prazo)Liquidez reduzida=

    Ilustrao 18 - Fundo de Maneio

    0

    5.000.000

    10.000.000

    15.000.000

    Fundo de maneiopatrimonial (ptica da

    liquidez)

    Fundo de maneiopatrimonial (ptica

    estrutural)

    2009

    2010

    2011

  • Anlise Financeira 2012

    43

    Ao nvel da liquidez reduzida a empresa tambm se encontra sempre acima da

    mdia com valores sempres superiores a 1,1%, logo esta consegue fazer face aos

    seus compromissos de forma rpida com recurso s suas disponibilidades e crditos

    de curto prazo concedidos.

    Neste indicador podemos constatar que a empresa tem muita dificuldade em fazer

    face aos seus compromissos de curto prazo usado apenas as disponibilidades, sendo

    a mdia aceitvel 0,9% verificamos que a empresa tem dificuldades em receber

    atempadamente logo tem problemas em pagar atempadamente, em 2009 e 2011 o

    valor chega a ser preocupante tal a sua proximidade de zero.

    Disponibilidades (caixa e dep.bancrios)

    Dbitos correntes (a curto prazo)Liquidez imediata=

    Ilustrao 19 - Rcios de Liquidez

    0,00

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    2,50

    3,00

    3,50

    Liquidez geral Liquidez reduzida Liquidez imediata

    2009

    2010

    2011

  • Anlise Financeira 2012

    44

    6.1.3 - Anlise funcional do equilbrio financeiro

    Tabela 11-Anlise funcional do fundo de maneio

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Fundo de maneio funcional 721.003 -578.479 -984.905

    Necessidades de fundo de maneio -440.581 -1.814.473 -2.447.658

    Tesouraria lquida (TRL) 1.161.584 1.235.995 1.462.753

    Tesouraria lquida (TRL) 1.161.584 1.235.995 1.462.753

    Como podemos observar em 2010 e 2011 o fundo de maneio funcional apresenta

    valores negativos, esta situao pode acarretar riscos para a empresa pois os

    recursos estveis so insuficientes para financiar o ativo fixo.

    As necessidades de fundo de maneio apresentam ao longo dos exerccios valores

    negativos isso reflecte que os recursos cclicos de que a empresa disps so

    superiores s suas necessidades, assim a empresa no s disps dos recursos cclicos

    suficientes como conseguiu ter tambm capacidade para libertar fundos alm do

    facto desses terem crescido ao longo dos anos.

    Fundo de maneio funcional= Recursos estveis - ativos fixos

    Necessidades de fundo de maneio= Necessidades cclicas - recursos cclicos

    Tesouraria lquida (TRL)= Tesouraria ativo - Tesouraria passiva

    Tesouraria lquida (TRL)= Fundo de maneio - Necessidade F.Maneio

  • Anlise Financeira 2012

    45

    Da anlise da tesouraria lquida verificmos que a empresa apresentou sempre

    valores positivos elevados isto significa que esta, no s apresenta equilbrio

    financeiro como como dispe de excedentes ociosos de tesouraria com impacto

    negativo sobre a rendibilidade da empresa.

    6.2 - Indicadores do Ciclo de Explorao

    Tabela 12-Indicadores do ciclo de explorao

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Prazo mdio de recebimentos 73,77 54,12 49,06

    Prazo mdio de pagamentos 56,71 56,19 39,84

    Prazo mdio de mercadorias 255,14 233,19 224,08

    Margem bruta merc. vendidas 67,83% 68,97% 65,19%

    Necessidades financeiras 108,83 86,38 85,39

    Recursos financeiros 115,31 112,01 119,37

    Ciclo de explorao -6,48 -25,63 -33,99

    Saldo de clientes x 365

    Volume de negcios c/IVAPrazo mdio de recebimentos=

    Ilustrao 20 - Anlise Funcional do Fundo de Maneio

    -2.500.000

    -2.000.000

    -1.500.000

    -1.000.000

    -500.000

    0

    500.000

    1.000.000

    1.500.000

    Fundo de maneiofuncional

    Necessidades defundo de maneio

    Tesouraria lquida

    2009

    2010

    2011

  • Anlise Financeira 2012

    46

    Da observao da tabela apercebemo-nos que a empresa tem dificuldade em receber

    atempadamente dos seus clientes, normalmente entende-se como prazo normal de

    recebimento 30 dias. Observamos tambm que a empresa conseguiu reduzir

    significativamente o prazo de recebimento ao longo dos perodos embora em 2011 a

    empresa ainda apresente 19 dias acima do prazo normal.

    Relativamente ao pagamento a fornecedores a empresa apresenta tambm valores

    acima da mdia que tambm aqui se consideraria 30 dias, a empresa tambm

    corrigiu esse prazo e em 2011 j s pagava com 9 dias de atraso acima da mdia.

    Esta situao pode estar relacionada directamente com os prazos de

    recebimentos pois normal que uma empresa que tem dificuldade em receber

    atempadamente dos seus clientes consiga pagar atempadamente aos seus

    fornecedores.

    Para alm desse facto a situao ideal era que a empresa conseguisse maior

    tempo de crdito por parte dos fornecedores do que aquele que concede a clientes

    podendo assim reduzir as suas necessidades de fundo de maneio e aumentar a

    tesouraria lquida, na situao da Efapel acontece precisamente o inverso.

    Do ponto de vista da rotao dos inventrios apercebemo-nos que a empresa demora

    muitos dias escoar os seus inventrios, embora esta tenha conseguido algumas

    melhorias nesse aspecto ao longo dos perodos em anlise.

    Normalmente prazos elevados de rotao trazem alguma dificuldade para as

    empresas pois capital que fica parado exigindo custos de armazenamento, e de

    manuteno muitas vezes.

    Saldo de fornecedores x 365

    compras C/IVAPrazo mdio de pagamentos=

    compras C/IVA

    Custo das mercadorias vendidasPrazo mdio de mercadorias=

  • Anlise Financeira 2012

    47

    No caso da Efapel parece-nos que a situao se prende com o facto de a empresa

    ter te produzir em quantidades elevadas de forma a conseguir ser competitiva nos

    preos sem diminuir as margens.

    Da anlise deste rcio podemos constatar que a empresa vendeu as suas mercadorias

    com uma boa margem de lucro, e que embora esta tenha baixado em 2011 a

    empresa continua a vender com bastante lucro.

    Verificmos que a empresa conseguiu reduzir significativamente as suas

    necessidades financeiras ao longo dos perodos, j que esta conseguiu reduzir as

    suas necessidades cclicas e aumentou o seu volume de negcios, assim a empresa

    passou a precisar de menos dias de vendas para financiar as suas necessidades

    financeiras do ciclo de explorao.

    A Efapel conseguiu aumentar o nmero de dias de vendas financiadas pelos seus

    recursos cclicos, isto deve-se sobretudo ao aumento dos recursos cclicos do ciclo

    de explorao. A conjugao deste indicador com o anterior foi positiva pois a

    empresa conseguiu reduzir as necessidades financeiras e aumentar os recursos

    financeiros, este facto contribui para a diminuio das NFM e para o aumento da

    tesouraria lquida.

    Custo das mercadorias vendidas

    Venda de mercadoriasMargem bruta merc.vendidas=1-

    Necessidades cclicas

    Volume de negcios dirioNecessidades financeirass=

    Recursos cclicos

    Volume de negcios dirioRecursos financeiros=

  • Anlise Financeira 2012

    48

    A Efapel apresenta um ciclo de explorao negativo, isto significa que a empresa

    tem as suas necessidades de fundo de maneio negativas derivado do facto dos

    recursos serem superiores s necessidades. Assim como a necessidade de fundo de

    maneio reduziu ao longos dos perodos tambm o valor do ciclo de explorao se

    presenta negativo e evoluiu no mesmo sentido.

    6.2.1 - Indicadores da Estrutura Financeira

    RUBRICAS 2009 2010 2011

    Cobertura do Ativo Fixo 2,08 2,25 1,42

    Autonomia financeira 54,59% 53,86% 58,70%

    Taxa de endividamento 0,83 0,86 0,70

    Estrutura do endividamento 0,66 0,48 0,56

    Solvabilidade 1,20 1,17 1,42

    Estrutura de capital 3,50 2,23 3,22

    Capacidade de endividamento 4,50 3,23 4,22

    Necessidades em Fundo de maneio

    Volume de negcios dirioCiclo de explorao=

    Ilustrao 21 - Indicadores do ciclo de explorao

    -50

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    2009

    2010

    2011

  • Anlise Financeira 2012

    49

    Como podemos verificar os capitais permanentes cobrem de forma muito sustentada

    o activo fixo liquido, no entanto a empresa perdeu grande parte dessa capacidade

    em 2011 devido ao aumento verificado no valor do activo fixo liquido, ainda assim

    a empresa apresenta um valor claramente superior unidade.

    A Efapel apresenta um bom nvel de autonomia financeira pois os seu capitais

    prprios financiam sempre em mais de 50% o ativo total, em 2011 o valor chega

    mesmo aos 58,70% que resultou essencialmente do aumento de capital que se

    realizou nesse mesmo exerccio.

    Ainda que a taxa de endividamento tenha diminudo em 2011 o grau de

    endividamento continua muito bom pois o passivo s representa 70% do capital

    prprio da empresa.

    Como podemos observar o passivo corrente representa quase sempre a maior fatia

    face ao passivo total a excepo foi mesmo o ano 2010 onde s representou 48%,

    ainda assim os valores entre ambos apresentam sempre um peso mais ou menos

    equilibrado pois estiveram sempre muito prximos.

    Com base na anlise da solvabilidade podemos verificar que os valores esto

    sempre acima da unidade o que significa que os capitais prprios da empresa

    Capitais permanentes

    Ativo fixo lquidoCobertura do Ativo Fixo=

    Capitais Prprios x 100

    Ativo TotalAutonomia financeira=

    Passivo

    Capitais PrpriosTaxa de endividamento=

    Passivo Corrente

    PassivoEstrutura do endividamento=

    Capitais Prprios

    PassivoSolvabilidade=

  • Anlise Financeira 2012

    50

    conseguem solver sempre os compromissos da mesma. Tambm se verifica que em

    2011 existiu um aumento considervel do valor deste rcio que resultou

    essencialmente da do aumento de capital que a empresa realizou.

    Analisando a estrutura do capital prprio conclumos que este apresenta sempre

    bons indicadores pois consegue cobrir mais de trs vezes o valor do passivo no

    corrente, a excepo foi 2010 onde s cobria 2,33 vezes, pois a empresa registou um

    elevado aumento nos financiamentos obtidos para fazer face ao projecto de

    investimento que realizou. Podemos assim concluir que so os capitais prprios o

    motor do financiamento da actividade da empresa.

    De igual modo que no indicador anterior podemos concluir que a Efapel dispe de

    uma grande capacidade de endividamento que resulta do facto de esta financiar os

    seu activos na sua grande parte com recurso a capitais prprios. Desta situao

    resulta um endividamento reduzido face ao capital da empresa ora se o

    endividamento reduzido a capacidade de endividamento elevada.

    Em suma a Efapel apresenta no geral bons indicadores financeiros, fica o reparo

    para os prazos mdios de pagamentos e recebimentos que precisam de ser melhorados,

    pois caso isso no acontece esta ter de recorrer com frequncia a financiamentos

    bancrios de curto prazo para solver os seus compromissos financeiros.

    Capitais Prprios

    Passivo no correnteEstrutura de capital=

    Capitais permanente

    Passivo no correnteCapacidade de endividamento=

  • Anlise Financeira 2012

    51

    6.3 - Anlise dos Fluxos Financeiros

    6.3.1 - Mapa de Origem e Aplicaes dos Fundos

    Da observao do mapa anterior podemos concluir que enquanto em 2010 se

    assistiu a um aumento dos fundos circulantes resultado de um aumento elevado dos

    meios de financiamento lquidos, em 2011 aconteceu o inverso os meios financeiros

    Aplicao de Fundos Circulantes 2010 2011 Origem de Fundos Circulantes 2010 2011

    Aumentos dos inventrios 494.978,73 Diminuies dos inventrios 458.075,61

    Aumentos das dividas a receber 495.742,03 2.368.379,76 Diminuies das Dividas a receber 443.192,84 468.561,51

    Diminuies das dvidas a pagar 1.762.173,47 335.529,04 Aumento das Dvidas a pagar 280.192,59 1.341.125,93

    Aumentos dos meios financeiros lquidos 5.295.243,82 Diminuies dos meios financeiros lquidos 5.102.561,82

    Aumentos dos acrscimos activos Diminuies dos Acrscimos Activos 470.327,70 252.756,84

    Diminuies dos Acrscimos Passivos Aumento dos Acrscimos Passivos

    Subtotal 7.553.159,32 3.198.887,53 Subtotal 1.651.788,74 7.165.006,10

    Diminuio dos fundos circulantes 3.966.118,57 Aumento dos fundos circulantes 5.901.370,58

    Total 7.553.159,32 7.165.006,10 Total 7.553.159,32 7.165.006,10

    Ilustrao 23-Demonstrao da variao dos Fundos Circulantes

    Ilustrao 22 - Indicadores da Estrutura Financeira

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    2009

    2010

    2011

  • Anlise Financeira 2012

    52

    lquidos diminuram imenso o que levou ao registo de uma diminuio dos fundos

    circulantes.

    Podemos concluir que os fundos gerados tanto em 2010 como em 2011 foram

    essencialmente aplicados na aquisio de activos fixos, que que estes for

    essencialmente financiados pelos resultados da empresa e o restante atravs de um

    aumento de capital.

    Internas: Distribuies

    Resultado Liquido do Exercicio 1.792.472,85 1.321.374,90 Por aplicao de resultados

    Depreciaes e amortizaes do Exerccio 1.835.194,33 2.032.791,93 Por aplicao de reservas

    Variao de ajustamentos e provises 2.279.478,57 2.199.691,56

    5.907.145,75 5.553.858,39 Diminuio dos capitais prprios

    Externas

    Diminuies de capital e out. variaes CP 42.148,61

    Aumentos de capitais prprios

    Aumento de Capital e de outras variaes de C.Prprio 1.891.487,06 Movimentos financeiros a mdio/longo prazo

    Aumento de Prmios de emisso e Reservas

    Cobertura de prejuzos Aumento de investimentos financeiros 228.468,74 5.450.000,00

    1.891.487,06 Aumento das dividas de terceiros MLP

    Movimentos financeiros a mdio/longo prazo Diminuies das dividas a terceiros MLP 5.159,22 1.443.802,36

    Diminuies de investimentos financeiros 10.000,00 1.140.265,37 233.627,96 6.893.802,36

    Diminuies das dvidas de terceiros a MLP

    Aumento das dvidas a terceiros a MLP 3.379.729,35 Aumentos de ativos fixos

    3.389.729,35 1.140.265,37

    Diminuies de ativos fixos Trabalhos para a prprio empresa

    Cesso de ativos tangveis e intangveis Aquisio de ativos fixos 3.119.727,95 5.657.927,03

    3.119.727,95 5.657.927,03

    Diminuio dos fundos circulantes 3.966.118,57 Aumento dos fundos circulantes 5.901.370,58

    Total de Origens de Fundos 9.296.875,10 12.551.729,39 Total das aplicaes de Fundos 9.296.875,10 12.551.729,39

    2011Origens de Fundos 2011 Aplicaes de Fundos 20102010

    Ilustrao 24-Mapa de Origens e Aplicaes de Fundos

  • Anlise Financeira 2012

    53

    6.3.2 - Demonstrao dos Fluxos de Caixa

    Ilustrao 25-DFC

    Actividades Operacionais: 2009 2010 2011

    Recebimentos e clientes 28.192.950,95 29.207.708,92 30.406.168,02

    Pagamentos a fornecedores 14.040.609,30 15.136.123,82 17.232.334,11

    Pagamentos ao pessoal 4.601.937,06 4.629.608,64 4.845.426,49

    Fluxo gerados pelas operaes 9.550.404,59 9.441.976,46 8.328.407,42

    Pagamento/recebimentos do imposto sobre o redimento -390.009,46 -272.798,08 -122.942,67

    Outros receb./pag. relativos actividade operacional -8.984.109,53 -4.503.198,17 -3.501.962,41

    Fluxos gerados antes das rubricas extraordinrias -9.374.118,99 -4.775.996,25 -3.624.905,08

    Fluxos das Actividades Operacionais (1) 176.285,60 4.665.980,21 4.703.502,34

    Actividades de Investimento:

    Recebimentos provenientes de:

    Investimentos financeiros 23.174,87 0,00 0,00

    Activos fixos tangveis 15.675,00 6.420,00 7.795,12

    Activos intangveis 0,00 0,00

    Subsidios de investimento

    Juros e rendimentos similares 18.779,70 112.896,48

    Dividendos 16.462,22 92.810,76 28.876,95

    Outros 980.000,00

    Pagamentos respeitantes a:

    Investimentos financeiros 60.000,00 5.400.000,00

    Activos fixos tangveis 1.022.846,37 2.742.932,08 4.928.972,30

    Activos intangveis 86.150,00 306.490,31

    Outros 30.000,00 0,00 50.000,00

    Fluxos das Actividades de Investimento (2) -1.083.684,28 -2.684.921,62 -9.555.894,06

    Actividades de Financiamento:

    Recebimentos provenientes de:

    Financiamentos obtidos 2.557.306,71 5.950.795,21 2.647.996,97

    Pagamentos respeitantes a:

    Financiamentos obtidos 1.003.891,15 4.007.205,82 1.116.088,09

    Redues de capital/prestaes suplementares

    Juros e gastos similares 279.251,63 448.471,82 376.435,39

    Fluxos das Actividades de Financiamento (3) 1.274.163,93 1.495.117,57 1.155.473,49

    Variao de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) 366.765,25 3.476.176,16 -3.696.918,23

    Efeito das diferenas de cmbio 49.872,17 73.307,86 -447,14

    Caixa e seus equivalentes no inicio do Periodo 110.084,49 526.721,91 3.929.605,64

    Caixa e seus equivalentes no fim do Periodo 526.721,91 3.929.605,64 232.240,27

  • Anlise Financeira 2012

    54

    Com base na anlise dos fluxos de caixa podemos observar que os fluxos das

    actividades operacionais foram sempre positivos, sendo que a empesa recorre

    frequentemente a financiamentos bancrios para fazer face sobretudo aos

    pagamentos respeitantes s actividades de investimento. No ano 2011 a variao do

    Cash Flow foi mesmo negativa uma vez que a empresa no conseguiu receber

    fluxos superiores aos que teve de dispor, como consequncia consumiu quase toda

    os fluxos acumulados do ano 2010, assim a Efapel terminou o exerccio de 2011

    com cash flows muito reduzidos e caso no melhore o rcio vais ter de recorrer a

    financiamento bancrio para solver os seus compromissos de curto prazo.

  • Anlise Financeira 2012

    55

    7 - Concluso

    Ao fazermos a anlise da Efapel, SA, foi-nos possvel obter um diagnstico mais

    preciso da situao econmica e financeira da empresa.

    Relativamente anlise de curto prazo conclumos que esta est econmica e

    financeira favorvel visto que regista uma liquidez geral positiva ao longo destes trs anos,

    devendo-se isto ao facto dos seus activos serem superiores aos passivos correntes.

    Apresentando sempre uma tesouraria liquida positiva tem necessidades de fundo de maneio

    inferiores ao fundo de maneio, sendo um aspecto positivo para esta, embora a mesma deva

    ter alguns problemas de tesouraria.

    Em termos de anlise financeira a mdio e longo prazo verificamos que houve uma

    reduo gradual ao longo dos trs anos anos, sendo o ano de 2009 o que apresenta melhores

    valores. Apesar de ter mais dificuldades no ano 2010 e 2011, mesmo assim a empresa

    continuou a geral resultados operacionais e de explorao positivos apresentando uma

    situao relativamente estvel. A empesa dispe tambm de indicadores de solvabilidade

    positiva e de uma elevada capacidade de endividamento pelo que caso necessite de

    financiar-se no ter grandes problemas junto da banca.

    Assim a rendibilidade tem vindo a decrescer embora apresente valores bastante

    aceitveis, por forma a dispor de toda a sua capacidade produtiva e por forma a rentabilizar

    o seu activo econmico a empresa deve encontrar novos mercados emergentes que reduzam

    a dependncia face ao mercado nacional, e que permitam aumentar rapidamente os

    resultados operacionais atravs do aumento exponencial das vendas pois a empresa parece

    dispor de capacidade instalada para isso.

    Fazemos ainda referncia para o facto da participada da Efapel a Construes Pinheiro

    Verde SA, na qual a Efapel detm 100% do capital social, ter apresentado um prejuzo de

    cerca de 4 milhes de euros obrigando a uma injeco de capital na empresa, esta

    participada no nosso ponto de vista o maior risco que est associado Efapel, devendo a

    administrao pensar seriamente na alienao do capital desta ou at mesmo na sua

    extino por forma a minimizar os riscos da participante.

  • Anlise Financeira 2012

    56

    8 - Anexos

    Anexo 1-IES 2009

    Anexo 2-IES 2010

    Anexo 3-IES 2011

    9 - Bibliografia

    Sebenta do Professor

    http://www.portaldaempresa.pt/cve/pt

    http://efapel.pt/

    http://eco-gest.blogspot.com

    http://portal-gestao.com