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Affonso Eduardo Reidy Vida e obra -Formação Affonso Eduardo Reidy nasceu no dia 26 de outubro em 1909, França-Paris, filho de pai inglês e de mãe brasileira, se naturalizou brasileiro, e em mil novecentos e sessenta e quatro o arquiteto falece no Rio de Janeiro. Aos dezessete anos de idade se forma em arquitetura e logo em seguida começa os seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes, situado no Rio de Janeiro onde se formou. Aos vinte cinco anos de idade, ele foi o patrono da turma de Oscar Niemeyer se formou, ou seja, o arquiteto Affonso Eduardo Reidy já tinha uma grande importância na arquitetura e antes dele se formar, em mil novecentos e trinta, foi estagiário do urbanista francês Donat Alfred Agache, que foi responsável pelo plano diretor da cidade. Ainda no ano de sua formação é influenciado por Lucio Costa , assistente de Gregori Warchavchik , a primeira personalidade a contrapor o desenvolvimento da vertente neocolonial no Brasil, na Escola Nacional de Belas Artes. Em pouco tempo Reidy assumiria o cargo de professor ocupado por Warchavchik nas cadeiras de desenho e planejamento

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Affonso Eduardo Reidy

Vida e obra

-Formação

Affonso Eduardo Reidy nasceu no dia 26 de outubro em 1909, França-Paris, filho de pai inglês e de mãe brasileira, se naturalizou brasileiro, e em mil novecentos e sessenta e quatro o arquiteto falece no Rio de Janeiro. Aos dezessete anos de idade se forma em arquitetura e logo em seguida começa os seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes, situado no Rio de Janeiro onde se formou. Aos vinte cinco anos de idade, ele foi o patrono da turma de Oscar Niemeyer se formou, ou seja, o arquiteto Affonso Eduardo Reidy já tinha uma grande importância na arquitetura e antes dele se formar, em mil novecentos e trinta, foi estagiário do urbanista francês Donat Alfred Agache, que foi responsável pelo plano diretor da cidade.

Ainda no ano de sua formação é influenciado por Lucio Costa, assistente de Gregori Warchavchik, a primeira personalidade a contrapor o desenvolvimento da vertente neocolonial no Brasil, na Escola Nacional de Belas Artes. Em pouco tempo Reidy assumiria o cargo de professor ocupado por Warchavchik nas cadeiras de desenho e planejamento urbano, contribuindo para a formação de uma geração de arquitetos que ficaria conhecida como "escola carioca".

Affonso Eduardo Reidy dedicou a sua vida, as condições de vida do brasileiro, no entanto essa visão surge em mil novecentos e trinta, com a revolução de jovens que pensavam em criar um Brasil novo e que teve varias vertentes, como o caso do Estado Novo e que tinham as vertentes dos arquitetos modernistas que se inspiravam em Le Corbusier, na Bauhaus, que queriam trazer o Brasil uma nova linguagem, conduzidos por Lúcio Costa.

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-Obras:

.Albergue da Boa vontade (1931)

O Albergue da boa vontade, situado, na Praça da Harmonia, Centro do Rio de Janeiro. É considerada a primeira obra do Reidy, e ele tem justamente esse caráter de triagem, dos imigrantes que chegaram ao Rio de Janeiro, por isso que é situado na região do Cas do Porto. O fato curioso é porque é uma obra de mil novecentos e um, ante do Reidy ter o contato com o Le Corbusier, no entanto possui características muito singulares, pois se entende que como ele estava procurando um caminho de arquitetura ali, tem a preocupação em utilizar materiais baratos e industriais.

Quando, ao entrar pelo acesso principal, se depara com os pátios internos, todos os pátios, banheiros, refeitórios, lavanderias. Todos são iluminados e ventilados para fora e para o espaço dos pátios, tornando-se agradável. Na fachada possuem janelas em fitas e a volta toda do projeto, com iluminação e ventilação a vontade.

Então atendia a proposta de dentro e de fora.

Foto Atual da Obra:

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Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho)

Este artigo aborda alguns aspectos compositivos determinantes na definição e no desenvolvimento do projeto arquitetônico do Conjunto Pedregulho, de autoria do arquiteto Affonso Eduardo Reidy. Em primeiro lugar, explicitam-se algumas temáticas de projeto cuja gênese reside nas relações existentes entre o espaço natural e o objeto cultural artificial, buscando-se enfatizar a contextualização entre esses dois elementos e como essa relação desencadeia e organiza o processo de projeto. Posteriormente, são apresentados alguns antecedentes tipológicos mais representativos que contribuíram de alguma forma, como modelo para o desenvolvimento do conjunto.

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Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes, conhecido como Pedregulho, foi projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy em 1947, para abrigar funcionários públicos do então Distrito Federal. Localizado no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro, o Pedregulho compõe a fase social da arquitetura de Reidy, ao lado da Unidade Residencial da Gávea (1952) e do Teatro Armando Gonzaga (1950), em Marechal Hermes. Um dos maiores nomes da arquitetura moderna brasileira. O Pedregulho, elogiado por Max Bill, em 1953, e por Le Corbusier, em sua passagem pelo Brasil em 1962, marca um momento de reconhecimento internacional das obras arquitetônicas e urbanísticas de Reidy.

A estética e os princípios defendidos por Le Corbusier se fazem sentir nesse projeto, no cuidado com as tecnologias aplicadas na construção, na economia de meios utilizados e nas preocupações funcionais estreitamente relacionadas às soluções formais: controle da luz e da ventilação, facilidade de circulação. Na concepção arquitetônica do complexo, com 328 unidades, cada obra é definida por um volume simples, onde a forma indica a diferença de funções: o paralelepípedo destina-se aos prédios residenciais; o prisma trapezoidal aos edifícios públicos; e as abóbadas, às construções desportivas. A intenção de manter a vista da baía de Guanabara para todos os apartamentos leva Reidy a projetar uma grande construção sobre pilotis, que dribla o declive natural da área pelo uso de passarelas, e uma avenida posterior no topo do terreno, recursos que dispensam elevadores. Os pilotis de alturas variáveis constituem outra solução original empregada em função dos desníveis do solo. A peça-chave de todo o conjunto é o grande edifício construído no alto, de planta serpenteada, que acompanha as condições naturais do terreno.

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Conjunto residencial Marquês de São Vicente – Minhocão

Foto: Marta Mariano

Localizado na Avenida Padre Leonel França, 261, Gávea, foi construído em 1952 para abrigar moradores que na década de 40 foram retirados de favelas do Rio de Janeiro. O governo fez um acordo de transferi-los para habitações definitivas, então o Conjunto Residencial Marquês de São Vicente foi projetado para esse fim.

O projeto inicial de Reidy era fazer algo parecido com o Pedregulho. 748 apartamentos, creche, escola primária e secundária, playground, mercado, lavanderia, posto de saúde, Igreja, teatro, campo de esportes, administração e um departamento de serviço social, ou seja, um complexo que atendesse às necessidades dos moradores. Porém Reidy não chegou a ver o complexo residencial realizado, então diversas alterações foram feitas. Só o bloco principal, as lavanderias e o posto de saúde foram construídos. O campo de futebol e o ginásio usados como salão de festas foram doados por uma ex-vizinha, que morava no luxuoso condomínio ao lado.

Para quem não sabe, Reidy projetou, inclusive, a rua que ligaria o bairro da Lagoa ao da Barra. O equipamento, para a ligação viária Lagoa-Barra através de um túnel sob os Dois Irmãos, cuja construção já havia sido iniciada, também não foi concluído. Essa avenida cortaria o terreno do conjunto residencial com rebaixamento de pistas destinadas ao tráfego, que passaria em nível inferior ao da larga passagem de pedestres, e restabeleceria a ligação entre as duas partes do conjunto. O projeto previa absoluta separação entre as circulações de veículos e as de pedestres. Segundo declaração da esposa de Reidy, dada à diretora do Filme "REIDY, a construção da utopia", Carmen Portinho lembra

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“Reidy já tinha morrido, eu já tinha me aposentado, e aí eles fizeram o que bem entenderam ou o que mais conveniente foi para todos os demais interessados. E resolveram cortar uma parte dos edifícios e passar um túnel por lá. Mas é gente de baixa renda, ninguém quer saber de atender. Aquilo foi um crime. A rua passava em outro lugar. A rua não atravessava o conjunto. Fizeram outras coisas lá. Largaram o prédio lá sozinho. O prédio deixou de pertencer a uma “unidade de habitação”. Quer dizer, estragaram tudo. E por fim, acabaram com o departamento. O Departamento de Habitação Popular deixou mais dois conjuntos construídos, e um projeto de Reidy para os habitantes desalojados da favela do morro das Catacumbas. As curvas de Reidy, inspiradas nos edifícios “autopistas” de Le Corbusier, reinventando o meio transtornado, promovendo o bem estar social, e integrando natureza, arquitetura e urbanismo, são a síntese do possível. Elas nos lembram que a habitação é fator determinante para o futuro das cidades..” O conjunto atualmente possui 308 apartamentos, cerca de 1500 moradores, seis porteiros e não possui elevadores. Nos primeiros andares ficam pequenos apartamentos com sala, banheiro e uma pia instalada que se passa por cozinha. Variam de 25m² a 30m². Os duplexs, instalados no quarto e no sexto andares, medem em torno de 45m². Os corredores para as entradas dos apartamentos são abertos, então não há muita privacidade. Os próprios moradores consideram o local uma “grande família” e dizem que é raro ver portas fechadas. As reclamações mais fortes são sobre a poluição sonora causada pelo túnel que liga a Gávea até São Conrado e uma passagem aberta no túnel que permite a passagem de pessoas desconhecidas.