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FERIDAS A pele é o maior órgão e a mais importante proteção do nosso organismo em se tratando de extensão, contra qualquer tipo de agressão física e biológica, sendo também indispensável para um perfeito funcionamento dos processos fisiológicos do organismo. Mas ao mesmo tempo em que a pele é tão necessária, ela também está sujeita a agressões, as quais podem mudar a sua constituição, caracterizando uma ferida, fazendo com que a mesma venha a sofrer uma incapacidade de suas funções. (SANTOS, et al – 2010). Fonte: http://www.bellafloresthetichair.com Funções da pele: 1- Proteger o organismo contra as ações de agentes externos (físicos, químicos e biológicos); 2- Impedir a perda excessiva de líquidos; 3- Manter a temperatura corporal (termorregulação); 4- Sintetizar a vitamina D; 1 Poros, pêlos, camada queratinizada e terminações nervosas. Glândulas sudoríparas e sebáceas, músculo ereter do pêlo e folículos pilosos. Veias, artérias e tecido adiposo.

Trabalho Centro Cirurgico_pronto

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FERIDAS

A pele o maior rgo e a mais importante proteo do nosso organismo em se tratando de extenso, contra qualquer tipo de agresso fsica e biolgica, sendo tambm indispensvel para um perfeito funcionamento dos processos fisiolgicos do organismo. Mas ao mesmo tempo em que a pele to necessria, ela tambm est sujeita a agresses, as quais podem mudar a sua constituio, caracterizando uma ferida, fazendo com que a mesma venha a sofrer uma incapacidade de suas funes. (SANTOS, et al 2010).Veias, artrias e tecido adiposo.Glndulas sudorparas e sebceas, msculo ereter do plo e folculos pilosos.Poros, plos, camada queratinizada e terminaes nervosas.

Fonte: http://www.bellafloresthetichair.com

Funes da pele:1- Proteger o organismo contra as aes de agentes externos (fsicos, qumicos e biolgicos);

2- Impedir a perda excessiva de lquidos;

3- Manter a temperatura corporal (termorregulao);

4- Sintetizar a vitamina D;

5- Agir como rgo dos sentidos.

De acordo com o Manual de Avaliao e Tratamento de Feridas Orientaes aos Profissionais de Sade, 2011, para que ocorra uma ferida, necessrio que ocorra uma descontinuidade do tecido epitelial, a qual pode ser causada por fatores extrnsecos (cirurgia, trauma) ou intrnsecos (infeces). Neste momento imprescindvel enfermagem uma avaliao criteriosa e efetiva dessas feridas, devendo ser considerados fatores como causa e tempo da existncia da ferida, se existem ou no presena de infeco, avaliar a dor, presena de edema, extenso e a profundidade, bem como as caractersticas do leito da ferida, da pele e do processo cicatricial.Caractersticas das feridasAs feridas podem ser classificadas quanto causa, ao contedo microbiano, ao tipo de cicatrizao, ao grau de abertura e ao tempo de durao.QUANTO CAUSA1- Cirrgicas: feridas provocadas intencionalmente e se dividem em:1.1- Incisa: quando no h perda de tecido e as bordas so geralmente fechadas por sutura;1.2- Por exciso: quando h remoo de uma rea de pele (exemplo: rea doadora de enxerto);1.3- Puno: quando resultam de procedimentos teraputicos diagnsticos (cateterismo cardaco, puno de subclvia, bipsia, etc).2- Traumticas: feridas provocadas acidentalmente por agentes:2.1- Mecnico: conteno, perfurao ou corte;2.2- Qumico: iodo, cosmticos, cido sulfrico, etc;2.3- Fsico: frio, calor ou radiao.3- Ulcerativas: feridas escavadas, circunscritas na pele (formadas por necrose e expulso de tecido), resultantes de traumatismo ou doenas relacionadas com o impedimento do suprimento sanguneo. As lceras de pele representam uma categoria de feridas que incluem lceras por presso, de estase venosa, arteriais e diabticas.QUANTO AO CONTEDO MICROBIANO1- Limpas: feridas em condies asspticas, sem microorganismos;2- Limpas contaminadas: feridas com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminao significativa;3- Contaminadas: feridas ocorridas com tempo maior que 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem sinal de infeco;4- Infectadas: feridas com presena de agente infeccioso no local e com evidncia de intensa reao inflamatria e destruio de tecidos, podendo conter pus.QUANTO AO TIPO DE CICATRIZAO1- Cicatrizao por primeira inteno: feridas fechadas cirurgicamente com requisitos de assepsia e sutura das bordas; nelas no h perda de tecidos e as bordas da pele e os seus componentes ficam justapostos. 2- Cicatrizao por segunda inteno: feridas em que h perda de tecidos, com presena ou no de infeco e as bordas da pele ficam distantes. As feridas so deixadas abertas e se fecharo por meio de contrao e epitelizao. Nelas a cicatrizao mais lenta do que nas de primeira inteno;3- Cicatrizao por terceira inteno: designa a aproximao das margens da ferida (pele e subcutneo) aps o tratamento aberto inicial. Isto ocorre principalmente quando existe infeco na ferida, a qual deve ser tratada primeiramente, para ento depois ser suturada posteriormente. (TAZIMA, et al, 2008).QUANTO AO TEMPO DE DURAO1- Ferida aguda: quando so feridas recentes;2- Feridas crnicas: quando tem um tempo de cicatrizao maior que o esperado devido a sua etiologia. So feridas que no apresentam a fase de regenerao no tempo esperado, havendo um retardo na cicatrizao.QUANTO AO GRAU DE ABERTURA1- Abertas: feridas em que as bordas da pele esto afastadas;2- Fechadas: feridas em que as bordas da pele esto justapostas.Fases do processo cicatricialAinda de acordo com o manual acima citado, a pele quando lesada, inicia uma srie de fases denominada cicatrizao, a qual ocorre por meio de um processo dinmico, interdependente, contnuo e complexo, cuja finalidade restaurar os tecidos lesados.A este processo, d-se a seguinte subdiviso em fases: inflamatria, exsudao, proliferativa, reparao e maturao. (CCIH - Manual de Curativos 2005).1- Fase inflamatria: Inicia-se no momento da leso e a durao de 3 a 5 dias. o processo que ocorre no organismo como defesa leso tecidual que envolve reaes neurolgicas, vasculares e celulares que destroem ou barram o agente lesivo e substituem as clulas mortas ou danificadas por clulas sadias. Tem a funo de ativar o sistema de coagulao, promover o debridamento da ferida e a defesa contra microorganismos. Apresentam os sinais flogsticos (rubor, calor, tumor, dor e perda da funo). Quanto maior a rea da ferida, maior ser a durao desta fase. Problemas como infeco, corpos estranhos, permanncia das fontes causais, podem exacerbar esta resposta e prolonga-la. 2- Fase de exsudao (ou de limpeza): tem incio imediato aps o surgimento da ferida. Em termos clnicos, estamos diante de um local com inflamao que conduz a um exsudato. Nesta fase o organismo inicia a coagulao, limpa a ferida e protege-a de infeco, os tecidos danificados e os germes so removidos por fagocitose.2.1- Tipos de exsudato: 2.1.1- Sanguinolento: fino, vermelho brilhante;2.1.2- Serosanguinolento: fino, aguado, vermelho plido para rseo;2.1.3- Seroso: fino, aguado claro;2.1.4- Purulento: fino ou espesso, de marrom opaco para amarelo;2.1.5- Purulento ptrido: espesso, amarelo opaco para verde, com forte odor.3- Fase proliferativa, granulao ou revascularizao: so geradas novas clulas e forma-se o tecido de granulao (uma espcie de tecido temporrio para o preenchimento da ferida). Fibroblastos penetram na ferida em grandes quantidades, inicia-se a sntese de colgeno e os capilares move-se para o centro da ferida. Enquanto estas transformaes ocorrem, reduz-se a quantidade de exsudato. A forma como se apresenta agora de tecidos vermelhos com um fluxo bom de sangue (tecido de granulao).4- Fase de reparao ou epitelizao: fase de cobertura da ferida pelas clulas epiteliais. A diferena entre os tecidos torna-se cada vez mais evidente. As bordas da ferida deslocam-se para o centro da ferida, a qual fica gradualmente coberta de tecido epitelial. medida que a ferida se contrai, o tecido vai se formando e o processo de cicatrizao fica concludo.5- Maturao: nesta fase diminui a vascularizao, o colgeno se reorganiza, o tecido de cicatrizao se remodela e fica igual ao normal (mas se houver um desequilbrio da ao da colagenase, ter a formao de cicatrizes hipertrficas e queloides). A cicatriz assume a forma de uma linha fina e branca. Aumenta a fora de distenso local.FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE CICATRIZAOTabela 01: Os fatores gerais esto relacionados s condies clinicas do paciente e estas podem alterar a capacidade da ferida de cicatrizar com eficincia:FATORES GERAISCONSEQUNCIAS

IdadeNos extremos de idade, o funcionamento do sistema imunolgico est alterado, por imaturidade ou por declnio de funo do colgeno;

Infeco provavelmente a causa mais comum de atraso na cicatrizao.

Hiperatividade do pacienteA hiperatividade dificulta a aproximao das bordas da ferida. O repouso favorece a cicatrizao.

Oxigenao e perfuso dos tecidosDoenas que alteram o fluxo sanguneo normal podem afetar a distribuio dos nutrientes das clulas, assim como dos componentes do sistema imune do corpo, afetando a capacidade do organismo de transportar clulas de defesa e antibiticos, dificultando o processo de cicatrizao;

FumoReduz a hemoglobina funcional e leva disfuno pulmonar, o que reduz o aporte de O2 para as clulas e dificulta a cura da ferida;

NutrioUma deficincia nutricional pode dificultar a cicatrizao, pois deprime o sistema imune e diminui a qualidade e a sntese de tecido de reparao. As carncias de protenas e vitaminas C so as mais importantes, pois afetam diretamente a sntese de colgeno. A vitamina A inibe a contrao da ferida, a vitamina B aumenta o numero de fibroblastos, a vitamina D facilita a absoro de clcio e a E melhora a resistncia da cicatriz;

Diabetes MellitusPrejudica a cicatrizao de ferida em todos os estgios do processo. O paciente diabtico com neuropatia associada e aterosclerose e propenso isquemia tecidual, ao traumatismo repetitivo e infeco;

MedicamentosOs corticosteroides, os quimioterpicos e os radioterpicos podem reduzir a cicatrizao de feridas, pois interferem na resposta imunolgica normal leso, tornando a cicatriz mais frgil;

Estado imunolgicoNas doenas imunossupressoras, a fase inflamatria esta comprometida pela reduo leucocitria, com consequente retardo da fagocitose e da lise de restos celulares. Pela ausncia de moncitos a formao de fibroblastos deficitria;

Longos perodos de internao e tempo cirrgico elevadoSo aspectos complicadores importantes para o processo de cicatrizao (lcera de presso, infeco de sitio cirrgico, etc).

Fonte: http://revista.fmrp.usp.br/2008/VOL41N3/SIMP_2Biologia_ferida_cicatrizacao.pdfTabela 02: Os fatores locais so relacionados s condies da ferida e como ela tratada cirurgicamente (tcnica cirrgica):FATORES LOCAISCONSEQUENCIAS

Vascularizao das bordas da feridaA boa irrigao das bordas da ferida essencial para a cicatrizao, pois permite aporte adequado de nutrientes e O2. Entretanto, a boa vascularizao depende das condies gerais e co-morbidades do paciente, bem como do tratamento dado a esta ferida;

Grau de contaminao da feridaUma inciso cirrgica realizada com boa tcnica e em condies de assepsia tem melhor condio de cicatrizao do que um ferimento traumtico ocorrido fora do ambiente hospitalar. O cuidado mais elementar e eficiente a limpeza mecnica, remoo de corpos estranhos, detritos e tecido desvitalizados;

Tratamento das feridasAssepsia e antissepsia, tcnica cirrgica correta (direse, hemostasia e sntese), escolha de fio cirrgico (que cause mnima reao tecidual), cuidados ps-operatrios adequados (curativos e retiradas de pontos), so alguns dos aspectos importantes a serem observados em relao ao tratamento das feridas.

Fonte: http://revista.fmrp.usp.br/2008/VOL41N3/SIMP_2Biologia_ferida_cicatrizacao.pdf

RECOMENDAES PARA O CONTROLE DE INFECO NO AMBIENTE CIRRGICO

As infeces do Stio Cirrgico (ISC), de acordo com o Manual para Cirurgia Segura da OMS - 2009 so infeces que ocorrem em pacientes cirrgicos (no local da operao) aps procedimentos invasivos nas camadas superficiais ou profundas da inciso, no rgo ou espao que foi manipulado ou traumatizado (espao peritoneal, pleural, mediastino ou articular) em at 30 dias aps a realizao do procedimento ou at em um ano, em caso de implante de prtese. As ISC so consideradas problemas srios e de alto custo, as quais esto associadas ao aumento das morbimortalidades, assim como s hospitalizaes mais prolongadas. Recentemente, sua prevalncia tem sido usada como indicador da qualidade dos hospitais e cirurgies. De acordo com o SOBECC 2009, pacientes que desenvolvem ISC, quando comparados aos sem infeco, tm: 1,6 vezes mais chances de darem entrada em Unidades de Terapia Intensiva (UTI); 5,5 vezes mais riscos de serem readmitidos no hospital (tempo mdio de permanncia de 12 dias); Risco duas vezes maior de morrer; 4,3% de mortalidade atribuda.A incidncia de ISC muito varivel e pode estar relacionada principalmente s condies clnicas do paciente, ao tempo de cirurgia, ao potencial de contaminao do procedimento realizado e ao tipo de vigilncia realizada na instituio. Antes de tudo, obrigao da equipe que assistem ao paciente e da instituio hospitalar, saber com exatido, como prevenir e ou diminuir a ocorrncia de ISC.FisiopatogeniaO procedimento cirrgico desencadeia uma srie de reaes sistmicas no organismo, favorecendo o surgimento de um processo infeccioso. Em busca pela sobrevivncia e manuteno da homeostasia, desencadeia, uma reao inflamatria, revascularizao e deposio de tecido cicatricial, causando imunossupresso , favorecendo a invaso do microorganismo presente no prprio campo operatrio, em outro procedimento invasivo ou num foco distncia (SOBECC 2009). Ainda de acordo com o autor acima, para a ANVISA, so consideradas as principais fontes de transmisso de infeco no Centro Cirrgico: O prprio paciente; Os funcionrios da unidade; O ambiente; Os materiais e os equipamentos cirrgicos.

Figura 01: Principais fontes de ISC:Tempo cirrgico

Equipe tcnicaManipulao de tecido contaminadoAbertura da pele do paciente e microbiota residual da peleDisperso de bactrias suspensas

Fonte: http://sdcidad.blogspot.com.br/2011_04_01_archive.htmlAgentes infecciosos causadores da ISC: em geral, qualquer agente infeccioso pode ser responsvel pela ISC, sendo causada por microorganismos que colonizam a pele ou as mucosas do prprio paciente, sendo frequentemente: Polimicrobiana: em especial aps cirurgias abdominais; Cocos Gram-positivos: mais isolados em cirurgias limpas; Bactrias Gram-negativas aerbias e anaerbias: mais comuns aps cirurgias contaminadas ou potencialmente contaminadas; Staphylococcus aureus: mais comumente isolado, principalmente em procedimentos que no exponham os tecidos microbiota visceral, sendo considerado um patgeno oportunista ; As infeces mais comuns envolvem a pele (celulite, impetigo) e feridas em stios diversos. Staphylococcus coagulase negativo: infeces relacionadas a cateter, prtese e outros dispositivos implantveis. Fungos (Candida albicans ou Candida tropicalis): so mais comuns pelo aumento de pacientes imunodeprimidos submetidos aos procedimentos cirrgicos.Fatores de predisposio: a ocorrncia ou no de infeco vai depender de muitos aspectos, mas principalmente da quantidade do agente inoculado e da sua virulncia, alm da capacidade de defesa do hospedeiro. De acordo com a Portaria n 2.616 de 12/05/1998 do Ministrio da Sade, que traa diretrizes e normas para preveno e controle de infeco hospitalar, as cirurgias podem ser classificadas segundo o potencial de contaminao.

Tabela 03: De acordo com o risco de infeco ao qual o paciente exposto so classificadas em (SOBECC 2009):Cirurgias limpas Realizadas em tecidos estreis ou passveis de descontaminao, na ausncia de processo infeccioso e inflamatrio local; Cirurgias eletivas no traumticas; Fechamento por primeira inteno; Sem penetrao do trato respiratrio, digestrio e genitourinrio; Ausncia de falha na tcnica assptica e sem drenos. Exemplo: herniorrafia, safenectomia, mamoplastia.

Cirurgias potencialmente contaminadas Realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana residente pouco numerosa ou em tecidos de difcil descontaminao; Abertura do trato respiratrio, digestrio e geniturinrio sob condies controladas, sem contaminao significativa. Exemplo: gastrectomia, colecistectomia, prostatectomia.

Cirurgias contaminadas Realizadas em tecidos colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminao difcil; Inciso na presena de inflamao no purulenta aguda; Quebra grosseira da tcnica assptica; Trauma penetrante h menos de 4 horas; Feridas abertas cronicamente; Exemplo: amigdalectomia, colectomia, apendicectomia.

Cirurgias infectadas Realizadas em qualquer tecido ou rgo quando h presena de secreo purulenta; rea necrtica ou corpo estranho; Perfurao de vsceras; Trauma penetrante h mais de 4 horas; Feridas traumticas com tecido desvitalizado; Contaminao fecal; Exemplo: cirurgias de reto com fezes ou pus, ceco perfurado/apendicectomia supurada, debridamento em escaras.

Cirurgia limpa1 a 5%

Fonte: SOBECC 2009

Figura 02: Classificao das ISC:ISC:ISC:ISC:

Fonte: www.cve.saude.sp.gov.br1- ISC incisional superficial: envolve somente a pele ou o tecido subcutneo no local da inciso. Exemplo: celulite peri-incisional.2- ISC incisional profunda: envolve estruturas profundas da parede, a fscia e a camada muscular. Exemplo: fascete ps-operatria.3- ISC em rgo ou espao/cavidade: envolve qualquer parte da anatomia (rgo ou cavidade) aberta ou manipulada durante o procedimento cirrgico, com exceo da inciso da parede. Exemplos: meningite aps manipulao do sistema nervoso central, peritonite aps cirurgia abdominal e a endocardite aps troca de vlvula cardaca.

RECOMENDAES PARA UTILIZAO DE EQUIPAMENTOS CIRRGICOSRecomendaes gerais Elaborar um programa de manuteno preventiva e corretiva, em conjunto com a engenharia clnica;

Fonte: www.edcentaurus.com.br

Desenvolver mecanismos de acompanhamento sistemtico do desempenho de equipamentos, acessrios e insumos; Os equipamentos devem ser manipulados apenas por pessoal habilitado; Para os equipamentos que requerem acoplamento de torpedos de gases, h necessidade de dispor de local apropriado, bem como dispositivo de transporte que oferea segurana contra riscos de incndio, danos ergonmicos ou acidentes por queda; Figura 03: kit porttil de O2 - 680 litros com carrinho:

Fonte: www.hospitalbaiasul.com.br Executar o transporte de equipamentos com bastante cuidado, evitando choques contra a parede, pois os componentes internos podem ser desalinhados ou danificados. Manter os equipamentos secos durante a sua utilizao; frascos contendo lquidos no devem ser apoiados sobre os equipamentos para evitar danos por acidentes; No utilizar aparelhos celulares na sala cirrgica, pois estes podem acarretar interferncia eletromagntica com monitores e tambm potencialmente contribuir para a transmisso de microrganismos;

Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2012

Adotar cuidados para a limpeza e desinfeco dos artigos, de maneira a obter eficincia na remoo de patgenos e manter ao mximo a vida til do equipamento; Limpar e desinfetar equipamentos e acessrios, utilizando mtodos e produtos de acordo com as recomendaes do fabricante e da Comisso de Controle de Infeces Hospitalares - CCIH.

Execuo doServio

RecomendaesFabricante

RecomendaesCCIH

Efetuar a limpeza somente depois de ter desligado o equipamento da rede eltrica; Efetuar a limpeza da superfcie externa dos aparelhos com produtos que no danifiquem a pintura ou produzam corroso metlica; Efetuar a limpeza com mtodo apropriado e que no permita que as solues ou os germicidas penetrem nas partes internas do equipamento; No utilizar produtos abrasivos para limpeza de equipamentos e acessrios; Abrasivos: so substncias naturais ou sintticas empregadas para desgastar, polir, ou limpar outros materiais. Utilizar, quando possvel, algum tipo de proteo impermevel que funcione como barreira para reduzir a contaminao proveniente do procedimento operatrio, como proteger os pedais com plsticos impermeveis descartveis no estreis a cada cirurgia, para reduzir a sujidade acumulada; Quando os equipamentos no estiverem em uso, recomendvel que utilize algum tipo de cobertura lavvel ou descartvel para evitar o acmulo de poeira; No caso de algum erro inadvertido ter sido cometido no processo de limpeza ou desinfeco recomendvel encaminhar o equipamento para o servio de engenharia biomdica para assegurar que no houve dano significativo nos seus componentes.

A cada uso, os equipamentos devem ser inspecionados quanto a: Sinais de perigo de incndio ou choque e assegurar que esto funcionando adequadamente; Conexo apropriada de acessrios; Integridade de fios eltricos. Capacidade insuflatria de bales e cuffs; Fonte: http://enfermagembydiogo.blogspot.com.brBISTURI ELTRICO

Bisturi eltrico uma designao genrica para um grupo de equipamentos que permitem as funes de corte e coagulao. Estas funes podem ser realizadas por meio de diferentes formas de energia, dependendo do equipamento utilizado.As principais funes deste tipo de equipamento so: Coagulao: ocluso dos vasos sanguneos por meio da solidificao das substncias proticas e da retrao dos tecidos, Disseco: seco dos tecidos pela dissoluo da estrutura molecular e celular, havendo desidratao e fuso das clulas prximas ao eletrodo positivo. Fulgurao: coagulao superficial, indicada para eliminar pequenas proliferaes celulares cutneas e remover manchas. No manuseio deste tipo de equipamento, todo cuidado deve ser tomado no sentido de evitar riscos de incndio e queimaduras no paciente; Os acessrios devem ser conectados de modo a evitar que se soltem ou se desliguem acidentalmente. Na maioria destes equipamentos, os controles de corte, coagulao e fulgurao so acionados pelo prprio cirurgio, por meio de pedais ou de pea de mo, denominada caneta de bisturi.

Fonte: www.sevenmed.com.br

O controle da potncia feito na unidade geradora de energia do equipamento e realizado pelo prprio circulante de sala ou pelo cirurgio, dependendo do acessrio que est sendo utilizado.

PLACA DE BISTURI A placa deve ser colocada o mais prximo da inciso e em regies de grande massa muscular; O fio da placa nunca deve ser enrolado; Evitar: local com muito pelo, local com muito tecido adiposo, local com salincias sseas. Pacientes portadores de marca-passo devem ser continuamente observados, pois o aparelho pode ser desprogramado pelo uso da corrente eltrica (dar preferncia ao uso do bipolar). Exemplos: Placa para bisturi eletrnico, bipartida, em material hipoalergnico, gel adesivo, no txico, vertical, uso nico, com o cabo acoplado.

Fonte: www.enfoquehospitalar.com.br

1- Placa em silicone reusvel unipolar2- Placa em silicone reusvel bi-partida Fonte: http://www.artmedical.net/ REFERNCIAS

Tazima MFGS, Vicente YAMVA, Moriya T. Biologia da ferida e cicatrizao. Medicina (Ribeiro Preto) 2008; 41 (3): 259-64. http://sistemanervoso.com/pagina.php?secao=11&materia_id=207&materiaver=1 http://revista.fmrp.usp.br/2008/VOL41N3/SIMP_2Biologia_ferida_cicatrizacao.pdf http://www.santacasago.org.br/rotinas/ccih_manual_de_curativos.pdf Segundo desafio global para a segurana do paciente: Cirurgias seguras salvam vidas (orientaes para cirurgia segura da OMS) / Organizao Mundial da Sade; traduo de Marcela Snchez Nilo e Irma Anglica Durn Rio de Janeiro: Organizao Pan-Americana da Sade; Ministrio da Sade; Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, 2009. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirrgico. Prticas Recomendadas da SOBECC. So Paulo: SOBECC, 2009. 1