Upload
internet
View
112
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
TRABALHO COM ALTA TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS
MENTAIS COMUNS EM MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSELETRICITÁRIOS
Autores:
Suerda Fortaleza de Souza - CHESF
Programa de Pós graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho:
Fernando Martins Carvalho - UFBA
Tânia Maria de Araújo - UEFS
Lauro Antonio Porto - UFBA
Companhia Hidroelétrica do São Francisco - CHESF – Regional Sul. Av. São Rafael, s/n. Salvador, Bahia
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS
EM ELETRICITÁRIOSEM ELETRICITÁRIOS
OBJETIVO
Investigar a associação entre aspectos psicossociais do trabalho e a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) em trabalhadores dos setores de manutenção de equipamentos e linhas de transmissão de energia elétrica de alta tensão na CHESF- Regional Sul.
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSMENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOS
MATERIAL E MÉTODOS
População do estudo Incluídos 161 trabalhadores do sexo masculino, dos
setores de manutenção de equipamentos e LT´s da CHESF- Regional Sul. Foram analisados 158 trabalhadores.
Cargos: Assistente técnico, auxiliar técnico, supervisor, engenheiro e engenheiro chefe de serviço.
Atribuição: Realizar manutenção preventiva e reparadora nos equipamentos de usinas e subestações e em linhas de transmissão de energia elétrica.
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSMENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOS
Desenho do estudo:
Estudo epidemiológico, de corte transversal.
Metodologia Para avaliar Transtornos Mentais Comuns – TMC, foi
utilizado o instrumento SRQ-20 (Self-ReportingQuestionnaire).
Os aspectos psicossociais do trabalho foram avaliados por meio do modelo Demanda-Controle.
MODELO DEMANDA-CONTROLEMODELO DEMANDA-CONTROLE
Baixa Alta
Alto
Baixa Exigência
Trabalho Ativo
Baixo
Trabalho Passivo
Alta Exigência
Con
trole sobre
o trabalh
oC
ontrole sob
re o trab
alho
Demanda psicológicaDemanda psicológica
Diagonal B
Diagonal A
Fonte: Araújo et al., 2003
Suporte Suporte SocialSocial
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSMENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOS
Metodologia A variável independente principal (exposição): Aspectos
psicossociais do trabalho, representados pelas quatro categorias do modelo demanda–controle.
A variável dependente (resposta): TMC.
Outras variáveis independentes (variáveis de confundimento): idade; escolaridade; uso de bebida alcoólica; prática de atividade física; atividade de lazer; renda; tempo na empresa; tempo na função; tempo no setor; situação conjugal; ter pais ou irmãos trabalhando ou que trabalharam na mesma empresa; morar na capital ou no interior e apoio social.
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSMENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOS
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSMENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOS
Análise estatística dos dados:
Os dados foram processados no programa Statistical Package for the Social Sciences -SPSS.
Análise da associação entre os F. Psicossociais (representados pelas dimensões do modelo D-C) e TMC Análise de regressão logística múltipla.
Medida de associação Razão de prevalências (RP) e respectivos intervalos de confiança.
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSMENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOS
RESULTADOS
Transtornos Mentais Comuns A prevalência de 20,3%.
Fatores psicossociais do trabalho:
• Alta demanda psicológica 44,3%
• Baixo controle sobre o trabalho 42,4%
• Baixo suporte social 53,8%
Razões de prevalência (RP) bruta e ajustada e respectivos intervalos de confiança (IC 95%) para Transtornos Mentais Comuns - TMC, segundo dimensões do Modelo Demanda-
Controle. Bahia-Sergipe, Brasil, 2008.
* Grupo referência.** Ajustadas por prática de atividade física, lazer e tempo na função.
Razões de Prevalência (RP) bruta e ajustada e respectivos intervalos de confiança (IC 95%) para Transtornos Mentais Comuns - TMC, segundo categorias do Modelo Demanda-
Controle, Bahia-Sergipe, Brasil, 2008.
* Grupo referência** Ajustada por prática de atividade física, lazer, escolaridade e apoio social
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSMENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOS
CONCLUSÃO
A prevalência de Transtornos Mentais Comuns - TMC estava significativamente associada ao trabalho de alta exigência (alta demanda e baixo controle), confirmando os pressupostos do Modelo Demanda-Controle.
A prevalência de TMC foi maior na categoria de trabalho ativo do que na situação de trabalho passivo.
Baixo suporte social estava fortemente associado à TMC, nesta população.
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSMENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOS
CONCLUSÃO
Limitações do estudo: Estudo de corte transversal; Efeito do trabalhador sadio; Número de indivíduos no estudo; O instrumento utilizado para medir a prevalência
de TMC (SRQ-20): possível que tenha subestimado ou superestimado o efeito.
TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS TRABALHO COM ALTA EXIGÊNCIA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOSMENTAIS COMUNS EM ELETRICITÁRIOS
CONCLUSÃO Os resultados encontrados reafirmam a adequação do
Modelo Demanda-Controle para avaliar a associação dos fatores psicossociais do trabalho e efeitos à saúde mental do trabalhador.
A despeito das limitações metodológicas, foi possível concluir que o ambiente psicossocial do trabalho atua como um dos fatores determinantes do estado de saúde mental desses trabalhadores. Tal fato indica a necessidade de realizar investigações semelhantes em outras populações de eletricitários.
REFERÊNCIAS
1. Siegrist, Johannes; Marmot Michael. Health inequalities and the psychosocial environment-two scientific challenges. Social Science & Medicine, 58 (2004) 1463–1473.
2. Internacional Labour Organization, ILO. Psychosocial factors at work. ILO/WHO, joint Comitte, 1986. 81 p.
3. Karasek, Robert; Baker, Dean; Marxer, Frank; Ahlbom, Anders; Theorell, Tores. Job decision latitude, job demands, and cardiovascular disease: a prospective study of swedish men. American Journal Public Health. 1981; 71(7):694-705.
4. Araújo, Tânia Maria; Karasek, Robert. Validity and reliability of the job content questionnaire in formal and informal jobs in Brazil. Scandinavian Journal of Work Environment & Health Suppl. 2008; 6:52-9.
5. Karasek, Robert. Job Content Questionnaire and User’s Guide: Department of Work Environment. Columbia University [published online] 1993. Disponível em: www.jcqcenter.org. Acesso em: 09 de setembro de 2007.
6. Mari, Jair de Jesus; Lacoponi, Eduardo; Williams, Paul; Simões, Oziris; Silva, João Batista Teodoro. Detection of psychiatric morbidity in the primary medical care setting in Brazil. Revista de Saúde Pública . 1987;21(6):501-7.
7 Oliveira, Nelson Fernandes; Santana, Vilma Souza; Lopes, Antonio Alberto. Razões de proporções e uso do método delta para intervalos de confiança em regressão logística. Revista de Saúde Pública 1997; 31(1): 90-9.
8. Sobrinho, Carlito Lopes Nascimento; Carvalho, Fernando Martins; Bonfim, Tárcyo Antonio Silva; Cirino, Carlos Adriano Souza; Ferreira, Isis Sacramento. Condições de trabalho e saúde mental dos médicos de Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública 2006; 22(1): 131-40.
9. Araújo, Tânia Maria; Graça, Claudia Cerqueira; Araujo Edna. Estress ocupacional e saúde: contribuições do Modelo Demanda-Controle. Ciências & Saúde Coletiva 2003; 8(3): 285-97.
10. World Health Organization, WHO, Division of Mental Health. A user's guide to the self reporting questionnaire. WHO/MNH/PSF/94.8. Geneva; 1994.
11. Siegrist J, Starke D, Chandola T, Godin I, Marmot M, Niedhammer I, Peter R. The measurement of effort–reward imbalance at work: European comparisons. Social Science & Medicine, 58: 1483-99, 2004.
12. Bourguignon D R, Milanezi E L, Colli L, Dall’Orto M S C, Paiva M D, Nascimento R N, Bastos R B, Honório W P H. Perfil dos eletricistas do setor energético da região metropolitana de Vitória–ES: um estudo de base ergonômica . Vitoria: Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, CRST; 2003. Disponível em: http://www.saude.es.gov.br/download/sinergiatrabalhofinal.doc.