Upload
caio-albuquerque
View
238
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Tipos de erosões em barragens
Citation preview
FAPAC - FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS PORTO LTDA
ENGENHARIA CIVIL
CAIO ALBUQUERQUE SANTANA
RICARDO GOMES ARAUJO PEREIRA
WELHITO BATISTA ALVES LOPES
MATHEUS BATISTA GARCIA
FABRÍCIO RODRIGUES LIMA
GEOPROCESSAMENTOS EM OBRAS DE BARRAGENS
PORTO NACIONAL - TO
2014
CAIO ALBUQUERQUE SANTANA
RICARDO GOMES ARAUJO PEREIRA
WELHITO BATISTA ALVES LOPES
MATHEUS BATISTA GARCIA
FABRÍCIO RODRIGUES LIMA
GEOPROCESSAMENTO EM OBRAS DE BARRAGENS
Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Civil Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos Porto Ltda, como requisito parcial para obtenção da nota da N3 da Disciplina de Barragens e Obras de Terra - Professor Msc. Cleber Dercali.
PORTO NACIONAL - TO
2014
RESUMO
O geoprocessamento é um conjunto de tecnologias voltadas à coleta e o
tratamento de informações espaciais para um objetivo específico, ela é uma feramente
que contribui para solucionar problemas sendo alguns deles urbanos, rurais e
ambientais. Este trabalho visa apresentar o que é geoprocessamento, onde ele pode
ser aplicado, a aplicação do geoprocessamento no estudo de barragens e apresentar o
estudo de caso do artigo Utilização do geoprocessamento em estudo de
susceptibilidade à erosão na área de influência da UHE do Peixe/MT.
Palavras Chaves: Geoprocessamento e Barragens.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................5
2. GEOPROCESSAMENTO............................................................................6
3. ALGUMAS APLICAÇÕES DO GEOPROCESSAMENTO.........................9
3.1 - PLANEJAMENTO URBANO 9
3.2 - GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS 10
3.3 - AGRICULTURA 12
3.4RODOVIAS 13
3.5 BARRAGENS 13
4. GEOPROCESSAMENTO APLICADO A OBRAS DE BARRAGENS.......14
5. Geologia....................................................................................................20
6. Geomorfologia.........................................................................................20
7. Solos.........................................................................................................20
8. Erosão.......................................................................................................20
9. ESTUDO DE CASO...................................................................................21
9.1 Metodologia 21
9.2 Mapa geológico. 21
9.3 Mapa geomorfológico 22
9.4 Mapa do solo. 23
9.5 Mapas analíticos 24
9.6 Mapas analíticos do relevo 26
9.7 Elaboração do mapa de susceptibilidade a erosão. 27
9.8 Mapa - susceptibilidade a erosão Bacia do Rio Passa Cinco/SP28
10. Analise dos Resultados........................................................................32
11. REFERÊNCIAS.......................................................................................33
5
1. INTRODUÇÃO
O geoprocessamento é uma tecnologia que utiliza informações geradas pelo
sensoriamento remoto, essas informações são tratadas, depois do tratamento dessas
informações é possível fazer análises e conseguir resultados.
Com o geoprocessamento pode se obter informações sobre a vegetação,
ocupação humana, organização urbana, rural e hidrografia, um pais com uma extensão
de área muito grande como o Brasil é indispensável o usos dessa ferramenta, o
geoprocessamento representa um enorme potencial, ainda mais quando pautado em
tecnologias de custo relativamente baixo, onde o conhecimento possa ser adquirido
localmente, no estudo de barragens o geoprocessamento pode ser utilizado para
determinar, o relevo, tipo de solo e geologia da bacia hidrográfica de onde é construída
a barragem, ela pode ser utilizada na verificação de susceptibilidade a erosão, e na
analise da área do reservatório de uma barragem, entre outras formas.
6
2. GEOPROCESSAMENTO
A coleta de informações sobre a distribuição geográfica de recursos
minerais, propriedades, animais e plantas sempre foi uma parte importante das
atividades da sociedade. No entanto, até recentemente, isto era realizado somente em
documentos e mapas em papel, o que impedia uma análise combinatória com outros
mapas e dados (FUNDAMENTOS DO GEOPROCESSAMENTO, 2014).
Com o desenvolvimento da tecnologia pode-se unir esses dados através do
geoprocessamento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para tratar a
informação geográfica. Dessa forma, os dados utilizados no geoprocessamento são
fornecidos pelos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), quando se tratar de
processos que ocorrem no espaço geográfico (DI MAIO, 2008).
Um dado georreferenciado é aquele que possui coordenadas geográficas, ou
seja, latitude e longitude. O armazenamento, análise e apresentação de um grande
volume de dados sobre o determinado espaço geográfico, fizeram com que se
desenvolvessem ambientes que aliassem mapas digitais às informações sobre os
elementos do mapa. Esta operação só foi possível devido ao grande avanço na área de
tecnologia de informática, o que permitiu o surgimento de sistemas de gerenciamento
automatizado de banco de dados e a cartografia digital. As aplicações e usos dos SIG’s
dependem da existência de um sistema eficiente e lógico que possa transformar e
associar elementos cartográficos ao banco de dados (MARBLE, 1984).
A cartografia e o geoprocessamento andam juntos, pois a cartografia
preocupa-se em apresentar um modelo de representação de dados para os processos
que ocorrem no espaço geográfico. Enquanto o geoprocessamento consiste numa
tecnologia muito útil em diversas áreas do conhecimento, ultrapassando os limites da
cartografia e da geodésia. A necessidade da aplicação do holismo encontra no
geoprocessamento sua vertente tecnológica, onde diferentes temas são apresentados e
analisados conjuntamente (FRANCELINO, 2003).
Esses conceitos definem a relação interdisciplinar entre a cartografia e
geoprocessamento, conforme observa Di Maio (2008). Contudo, Francelino (2003)
afirma que o geoprocessamento é, de fato, uma das vertentes evolutivas do
7
sensoriamento remoto que veio suprir a carência de organização e sobreposição de
dados referentes a uma região especificamente estudada. Esta técnica é, hoje, de
ampla utilização, pois permite associar vários itens a uma mesma projeção, mostrando
verdadeiras inter-relações entre atividades de análise em um mesmo espaço físico
(compreenda-se tal tipo de análise como vegetação, ocupação humana, organização
urbana, rural, hidrografia, etc.).
Diante das informações expostas, Fundamentos de Geoprocessamento
(2014) defende que num País de dimensão continental como o Brasil e com grande
carência de informações adequadas para a tomada de decisões sobre problemas
urbanos, rurais e ambientais, o geoprocessamento representa um enorme potencial,
ainda mais quando pautado em tecnologias de custo relativamente baixo, onde o
conhecimento possa ser adquirido localmente.
Segundo (SILVA, 2014), geoprocessamento recebe como definição: um
conjunto de conceitos, métodos e técnicas que, atuando sobre bases de dados
georreferenciados, por computação eletrônica, propicia a geração de análises e
sínteses que consideram, conjugadamente, as propriedades intrínsecas e
geotopológicas dos eventos e entidades identificados, criando informação relevante
para apoio à decisão quanto aos recursos ambientais. Nesta definição estão
explicitados : a) o uso maciço de bases de dados georreferenciadas, imprescindível
para a identificação de relações geotopológicas; b) os métodos computacionais, que
estão contidos no termo “geoprocessamento”, permitem varreduras seletivas e
conjugadas de matrizes de dados, definidoras de incidências territoriais comuns de
múltiplas variáveis; c) a finalidade operacional de transformar dados em informação; d)
a finalidade formal do Geoprocessamento, que é a geração de conhecimentos para
apoio à decisão quanto aos recursos físicos, bióticos e sócioeconômicos do ambiente.
GOMES (2014) relata que o Geoprocessamento um conjunto de tecnologias
capazes de coletar e tratar informações georreferenciadas, que permitam o
desenvolvimento constante de novas aplicações. Neste sentido, as tecnologias que são
englobadas nesta concepção, e que a cada momento fazem cada vez mais parte do
nosso dia-a-dia, são o Sensoriamento Remoto (SR), o Sistema de Informação
8
Geográfica (SIG) e o Sistema de Posicionamento Global (GPS), este último mais
conhecido pela sua sigla em inglês.
GOMES (2014) define SR, SIG e GPS como: SR é a tecnologia capaz de
obter imagens e outros tipos de dados através do monitoramento da superfície
terrestre, através da captação e do registro da energia eletromagnética refletida ou
emitida da superfície; SIG processa dados gráficos (por exemplo, mapas) e
alfanuméricos (por exemplo, tabelas) com a finalidade de desenvolver análises
espaciais e modelagens da superfície. Comparativamente com o SR, existe um número
bem maior de programas desenvolvidos para o SIG, como o Sistema de Análise Geo-
Ambiental (SAGA), além do próprio SPRING; GPS é um sistema de posicionamento por
satélites utilizado para a determinação da posição de um receptor na superfície
terrestre. Este posicionamento é apresentado em coordenadas de longitude, latitude e
altitude.
9
3. ALGUMAS APLICAÇÕES DO GEOPROCESSAMENTO
A aplicação do geoprocessamento pode ser feita em tudo o que pode ser
posicionado.
Segundo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) onde for
importante para o seu negócio, a sua ferramenta de trabalho é o geoprocessamento.
O geoprocessamento pode ser uma ferramenta aliada para administração
federal, estadual e municipal praticamente em todas as áreas, para levantamento de
dados, projetos, planejamento urbano e rural, execução de ações, medição de
resultados delimitando áreas é demarcando a localização de determinados pontos que
são fundamentais para o planejamento urbano, instalação de indústrias, condomínios
ou de grandes obras, como rodovias e barragens.
Algumas aplicações do geoprocessamento:
Planejamento Urbano;
Gestão de recursos naturais;
Agricultura;
Rodovias;
Barragens
3.1 - PLANEJAMENTO URBANO
Para KOHLSDORF (1985), no Planejamento Urbano existem dois fatores
terminantes na maneira de pensar e atuar sobre a cidade. Primeiro é admitir a cidade
como um processo contínuo. Dentro dessa concepção o planejamento deve ser
entendido como um processo-subsídio para tomadas de decisões com a função de
transformar a cidade de acordo com objetivos pré-estabelecidos. O segundo é a
contribuição vinda de outras disciplinas, como a sociologia, a geografia e a economia.
Desse modo o Planejamento Urbano adquiriu característica multidisciplinar ao longo do
tempo.
10
Segundo o estatuto da cidade (2004), no planejamento urbano as principais áreas de
atuação do estado nas aglomerações urbanas são a provisão de infra-estrutura como
também a regulação do uso do espaço, visando o atendimento das necessidades dos
cidadãos quanto à qualidade de vida, à injustiça social e ao desenvolvimento das
atividades econômicas.
O papel das informações coletadas através do geoprocessamento é reduzir
incertezas sobre o ambiente em que vivemos. Para decisões de gestão e planejamento
urbano é necessário conhecimento sobre o ambiente e este conhecimento não pode
ser completo, tornando assim as decisões baseadas em informações incompletas.
Dessa forma são selecionadas as informações relevantes para gestão e planejamento
urbano (BRACKEN e WEBSTER, 1990).
FIGURA 1: Planejamento urbano Fonte : http://www.aerocarta.com.br
3.2 - GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS
De acordo com Bolfe (2006), A necessidade de conhecer os modelos atuais
de uso do solo e as modificações ocorridas ao longo dos anos constitui-se em pré-
requisitos para a gestão sustentável dos recursos naturais. Nos últimos vinte anos, as
11
áreas de conhecimento envolvendo as geotecnologias experimentaram significativo
crescimento técnico-científico sendo amplamente divulgas e aceitas pelos órgãos
governamentais e pelas empresas como fonte para tomada de decisão e planejamento
estratégico
Novo (1992), já enumerava as inúmeras aplicações do sensoriamento
remoto na avaliação dos recursos naturais. Em recursos hídricos, destacava a análise
qualitativa de imagens e fotografias aéreas, permitindo a identificação de alterações
locais da superfície líquida, padrão de drenagem, migração de canais fluviais, avaliação
do impacto regional de enchentes, qualidade de água, monitoramento de reservatórios,
cadastro de áreas irrigadas e inventário de fontes de sedimentos. Outra exemplificação
era o monitoramento do uso da terra, com informações obtidas sobre a cobertura do
solo, sua dinâmica, a área recoberta por vegetação nativa, por florestas, por culturas
agrícolas e demais usos. Destacava ainda como grande aplicação do sensoriamento
remoto, o monitoramento da vegetação, a previsão de safras e a avaliação de
pastagens degradadas.
FIGURA 2: Mapa final do tema vegetação Fonte : IBGE
12
3.3 - AGRICULTURA
Os que desejam utilizar a terra devem fazer um planejamento adequado
sobre o local. Para tal planejamento, existem técnicas para levantamento de
informações que permitem o conhecimento de toda a área rural, dessa forma os
gerenciadores não executaram tarefas de forma inadequada. Ao utilizar o
Geoprocessamento, em conjunto com técnicas de mapeamento modernas, origina a
possibilidade de quantificar as áreas a serem administradas. Ex: áreas de pastagem,
florestas nativas entre outras (PORTAL DA EDUCAÇÃO,2013).
FIGURA 3: Zoneamento agroecológico
Fonte: Embrapa
13
3.4 RODOVIAS
Com o uso de ferramentas de geoprocessamento e de software, é possível
espacializar área de estudos para implantação e controle de rodovias. Após a
espacialização da área de estudo e possível elaborar mapas técnicos de rodovias. Por
meio dos mapas gerados pode-se certificar onde existe rodovias pavimentadas e onde
a necessidade de pavimentação (SOUSA et. Al, 2009).
FIGURA 4: Coleta de dados para o geoprocessamento Fonte : elengti.wordpress.com
3.5 BARRAGENS
O uso do geoprocessamento e muito empregado pelo órgãos
governamentais e entidades privadas e não governamentais para integrar dados
espaciais e não espaciais, em projetos é estudos relacionado ao meio ambiente. No
14
caso de implantação barragens um exemplo do uso de geoprocessamento é para
manejo e conservação dos recursos naturais, como o estudo de impacto causado pela
barragem (HAMADA, E.; GONÇALVES, R. R. DO VALLE, 2007).
FIGURA 5: Construção de barragem belo monte Fonte : http://veja.abril.com.br
4. GEOPROCESSAMENTO APLICADO A OBRAS DE BARRAGENS
SCHWALM aput SILVA (2008) em seu trabalho com o tema
Geoprocessamento aplicado à análise ambiental: Estudo de caso da barragem do Rio
São Bento, Siderópolis, Santa Satarina, afirma que o geoprocessamento pode ser
conceituado como um conjunto de tecnologias voltadas à coleta e o tratamento de
informações espaciais para um objetivo específico. Essas atividades são executadas
por Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Eles são destinados ao
processamento de dados georreferenciados desde a sua coleta até a geração de
produtos como mapas, relatórios e arquivos digitais, oferecendo recursos para
15
armazenamento, gerenciamento, manipulação e análise dos dados. Na figura abaixo
define o organograma das atividades do geoprocessamento desenvolvidas em uma
obra de barragens.
FIGURA 6 – Atividades do geoprocessamentoFonte: SCHWALM aput SILVA (2008)
Segundo o mesmo AUTOR, as atividades de geoprocessamento são
dotadas de ferramentas para manipulação, transformação, armazenamento,
visualização, análise e modelagem de dados georreferenciados. Os dados da
topografia cedidos foram transformados em coordenadas X,Y,Z, ou seja, Coordenadas
Este, Coordenadas Norte e Cotas, posteriormente armazenados num arquivo do
TopoGRAFH98. Este serviu para visualização dos pontos distribuídos agora numa vista
gráfica, possibilitando o cruzamento com as informações da batimetria.
16
FIGURA 7 – Mapa hipsométrico
Fonte: SCHWALM (2008)
PAULA; CABRAL e MARTINS (2012) em seu artigo com o tema: Eixo
Temático: Geoecologia das paisagens, Bacias Hidrográficas, Planejamento Ambiental e
Territorial afirmaram que no resultado do trabalho observaram que a utilização das
técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento contribuiram significativamente
na análise da caracterização da bacia hidrográfica da Usina Hidrelétrica de Energia de
Caçu –GO.
17
FIGURA 8: Localização da área em estudo Fonte: PAULA; CABRAL e MARTINS (2012)
OS MESMO AUTORES afirmaram também que técnicas de
geoprocessamento e sensoriamento remoto tornam-se indispensáveis para obtenção
de informações da superfície terrestre, constituindo hoje um conjunto de ferramentas
aplicáveis em planejamentos e zoneamentos. A confiabilidade e a rapidez no processo
de sensoriamento permite uma maior facilidade na aquisição dos dados que são de
grande importância para o mapeamento de uso e ocupação do solo numa determinada
região.
De acordo com SCHWALM (2008), no processo de modelagem numérica do
terreno da barragem podem-se identificar três fases distintas: a aquisição de dados, a
geração de grades e as operações para gerar informações, que são definidas por
Fraga; Nadai; Giusti (2003) da seguinte forma:
18
a) aquisição do conjunto de amostras – é obtenção de informações da superfície real
que possibilita a caracterização matemática do modelo;
b) geração do modelo – é elaboração de um modelo matemático composto por
estruturas de dados e funções de interpolação que simula o comportamento da
superfície real;
c) utilização do modelo gerado – é utilização do modelo em substituição à superfície
real.
PAULA; CABRAL e MARTINS (2012) O mapa de uso da terra foi elaborado
utilizando o Software Spring 5.1.6 (Sistema de Processamento de Informações
Georeferenciadas), a partir da interpretação da imagem de agosto de 2010 (órbita
223,cenas 72), período de seca na região, utilizando as bandas 3 (vermelho), 4
(infravermelho próximo) e 5 (infravermelho médio).Esta composição justifica-se por ser
a mais adequada para diferenciação visual entre feições de vegetação, corpos d’água e
solo descoberto, visto que a contraposição entre as bandas 3 e 4 permitem a separação
entre estratos de vegetação (arbórea e rasteira) bem como os limites e margem de
corpos d’água, assim como a banda 5 permite visualizar diversos tipos de solos.
FIGURA 9: Mapa do uso do solo
Fonte: PAULA; CABRAL e MARTINS (2012)
19
Segundo TROLEIS; REGINATO; AHLET; SCHLINDWEIN DURANTI (2012)
em seu artigo com o tema: Uso de geotecnologias na definição da localização de uma
barragem e suas implicações legais, os dados de sensoriamento remoto e técnicas de
geoprocessamento foram empregados para analisar a viabilidade e a melhor
localização de uma barragem para o abastecimento público na cidade de Caxias do Sul
– RS, subsidiando um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Uma ampla variedade de
dados espaciais foi empregada, assim como uma diversidade de técnicas de análise
espacial, objetivando atender os critérios do termo de referência da Fundação Estadual
de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM) e alcançar a escala
necessária, a fim de propor efetivamente um local adequado para a locação do
empreendimento. Inevitavelmente, alguns conflitos são gerados pela diversidade de
interesses, e o uso das geotecnologias é uma ferramenta importante para tomada de
decisões, buscando a conciliação de todos os interesses.
20
FIGURA 10: Possibilidade de locação da barragem na bacia do Arroio MarrecasFonte: TROLEIS; REGINATO; AHLET; SCHLINDWEIN DURANTI (2012)
Mapa originalmente elaborado na escala 1:10.000, apresentando as quatro
possibilidades de locação do barramento.
5. GEOLOGIA
A Geologia é a ciência que estuda a composição, a estrutura e a evolução da
Terra, através dos produtos e processos geológicos que ocorrem no interior e na
superfície do planeta. Dentre os produtos, destacam-se os continentes, os fundos
marinhos, as cadeias de montanhas, as bacias sedimentares, as rochas, os solos, os
minérios; e, dentre os processos, a migração dos continentes, os terremotos, o
vulcanismo, a erosão de encostas, de vales e de praias e o assoreamento de rios e
baías, na engenharia a geologia
21
6. GEOMORFOLOGIA
A geomorfologia tem como objetivo estudar a superfície da crosta terrestre,
apresentando uma forma específica de análise que se refere ao relevo, é um
conhecimento específico, sistematizado, que tem por objetivo analisar as formas do
relevo, buscando compreender os processos pretéritos e atuais.
7. SOLOS
Produto de intemperismo físico e químico das rochas, material escavável,
que perde sua resistência em contato com a água, camada superficial da terra
possuidora de vida microbiana.
8. EROSÃO
A erosão é um fenômeno que ocorre em toda a superfície terrestre e, em
conjunto com outros processos naturais, é responsável pela modelagem das formas de
relevo.
Com o incremento da ação antrópica no meio ambiente, através da diminuição da
cobertura vegetal para a introdução de práticas agrícolas, exploração de bens minerais
e implantação de núcleos urbanos, os processos erosivos se intensificam e passam a
comprometer os principais recursos naturais terrestres, o solo e a água superficial,
(CARVALHO ET AL, 2010).
9. ESTUDO DE CASO
O estudo de caso consiste na exposição do artigo com o tema Utilização do
geoprocessamento em estudo de susceptibilidade à erosão na área de influência
da UHE do Peixe/MT feito por Emanuel U.A. Barros.
O objetivo do trabalho é utilizar o geoprocessamento para o estudo de susceptibilidade
à erosão na área de influencia da barragem de Peixe.
22
Foram elaborados mapas básicos do meio físico (geológico geomorfológico e
de solos). Que associados aos mapas de textura de solos e relevo, permitiu a
elaboração de um mapa de susceptibilidade a erosão.
9.1 Metodologia
Para elaboração do trabalho foi utilizado o software autocad para tratamento
dos dados e posteriormente os dados foram transferidos para um sistema de
informações geográfica (SIG).
As imagens para elaboração do trabalho foram feitas pelas pelo satélite
LANDSAT 5 e foram processadas por software de sensoriamento remito, que
posteriormente transferidos para o SIG.
Os mapas finais foram feitos pela conversão das imagens em formato TIF,
depois importadas para o software COREL PHOTO DRAWL e depois para o COREL
DRAW para a edição final.
9.2 Mapa geológico.
O mapa geológico foi elaborado com base em mapas já existentes e
modificado com base nas imagens de satélite.
23
FIGURA 11: Mapa Geológico Fonte: Barros (2003)
9.3 Mapa geomorfológico
O mapa geomorfológico foi obtido através de mapas pré-existentes com
algumas modificações feitas baseadas nas imagens de satélite.
24
FIGURA 12: Mapa GeomorfológicoFonte: Barros (2003)
9.4 Mapa do solo.
Os mapas do solo foram obtidos através da digitalização de mapas
preexistentes, foi colocado as classes e as subclasse predominantes.
25
FIGURA 13: Mapa de solosFonte: Barros (2003)
9.5 Mapas analíticos
Foram feitos os mapas analíticos de texturas do solo e relevo os quais foram
feitos pelo método da reclassificação, cada tipo de solo pertence a determinada classe
ou classes de textura e por sua vez esta associado a determinada classe ou classes de
relevo. O que foi feito foi reagrupar o mesmo tipo de solo que pertencia a mesma classe
de textura, constituindo dessa forma o mapa de textura de solos, e reagrupados todos
os tipos de solos que apresentava a mesma classe de relevo para dar origem ao mapa
de relevo.
A textura se reveste de uma importância muito grande por funcionar como
aceleradora ou redutora de qualquer processo erosivo. As diferenças texturais, ou seja,
as diferentes proporções de argila, areia e silte, estão intrinsecamente ligadas à
consistência, estrutura, permeabilidade, infiltração, capacidade de retenção de água e a
porosidade de um solo. A descrição adotada para as texturas de solo foi:
Dados referentes a textura:
Textura arenosa: Compreende as classes texturais com menos de 15% de argila;
Textura leve: 15 a 20% de argila e 50 a 70% de areia;
Textura média: 20 a 35% de argila e mais de 15% de areia;
Textura argilosa: 35 a 60% de argila;
26
Textura muito argilosa: Compreende classes texturais, tendo na composição
granulométrica mais de 60% de argila;
Textura indiscriminada: Foi utilizada nos casos em que não se pode
determinar uma ou mais classes texturais dominantes dentro da seção de controle do
perfil.
FIGURA 14: Mapa de textura do soloFonte: Barros (2003)
9.6 Mapas analíticos do relevo
O relevo também se constitui num fator muito importante, uma vez que, deles
dependem a velocidade de escoamento das águas superficiais, responsável direto em
qualquer processo erosivo. Estas classes estão distribuídas como se segue:
Plano: 0 a 3% de declive;
Suave Ondulado: 3 a 8% de declive;
Ondulado: 8 a 20% de declive;
27
Forte Ondulado: 20 a 45% de declive;
Montanhoso: 45 a 75% de declive;
Escarpado: >75% de declive
FIGURA 15: Mapa de relevo Fonte : Barros (2003)
9.7 Elaboração do mapa de susceptibilidade a erosão.
A suscetibilidade à erosão, objeto maior deste trabalho, diz respeito ao
desgaste que a superfície do solo poderá sofrer quando submetida a qualquer uso, sem
medidas conservacionistas. Esta depende em grande parte, das condições climáticas
(especialmente do regime pluviométrico), condições do solo (textura, estrutura,
permeabilidade, profundidade, capacidade de retenção da água, presença ou ausência
de camadas compactas), condições de relevo (declividade, extensão das encostas) e
pela cobertura vegetal.
28
Para a elaboração do Mapa de Suscetibilidade à Erosão criou-se um arquivo
de ponderação. As regras deste arquivo consideram os planos de Geologia,
Geomorfologia, Solos, Relevo e Textura dos Solos. Estes arquivos representam os
elementos necessários e responsáveis pelo entendimento por parte do computador, no
sentido de realizar as análises espaciais.
FIGURA 16: Mapa de susceptibilidade a erosão Fonte : Barros (2003)9.8 Mapa de susceptibilidade a erosão da Bacia do Rio Passa Cinco/SP
O mapa de risco de erosão da Bacia do Rio Passa Cinco/SP foi obtido no
artigo Utilização do geoprocessamento para avaliação de riscos de erosão do solo
em uma bacia hidrográfica: estudo de caso da bacia do Rio Passa Cinco/SP, feito
por Elisângela Martins de Carvalho e outros, o objetivo da introdução desse mapa e
para comparar com o mapa da figura 10, com o intuito de observar se observar se tem
alguma relação, todos os outros mapas que foram necessário para a elaboração do
mapa da figura
29
FIGURA 17: Mapa de solos Fonte : Carvalho et al (2010)
30
FIGURA 18: Mapa de Fonte : Carvalho et al (2010)
31
FIGURA 18: Mapa do relevo Fonte : Carvalho et al (2010)
32
FIGURA 19: Mapa de susceptibilidade a erosão Fonte : Carvalho et al (2010)
10. ANÁLISE DOS RESULTADOS
O reservatório da UHE – Barra do Peixe está implantada basicamente sobre
as rochas da Formação Ponta Grossa e Formação Aquidauana, totalizando 74.48% da
área; Os solos que predominam na região são os Latossolos Vermelho-amarelos, com
34.8% e secundariamente os Latossolos Vermelho-Escuros, com 14.9%; Os solos que
interferem com o reservatório tem uma tendência mais arenosa.
Sem dúvida, este fator contribui significativamente no potencial erosivo da
região; O Domo de Araguainha se constitui no maior problema relativamente à
33
suscetibilidade erosiva. Uma área bastante significativa que interfere diretamente no
reservatório apresenta classe de suscetibilidade à erosão, forte.
Este fato deve-se sobretudo ao relevo movimentado, apresentando
declividades que variam de 8 a 75% de declive; O geoprocessamento se constitui
ferramenta imprescindível no trato das questões ambientais à nível regional. A sua
visão sinótica propiciada pelo Sensoriamento Remoto, associada aos recursos do
Sistema de Informação Geográfica, diminui consideravelmente os custos empreendidos
em trabalhos dessa natureza.
Comparando os dois mapas de susceptibilidade a erosão verifica-se que em
áreas com solos mais permeáveis como a areia e o relevo com a declividade mais
acentuada, tem chances maiores de acontecer a erosão.
O georreferenciamento contribui bastante para o estudo em diversas áreas,
como no estudo de barragens, por sua vasta área de aplicação ele é uma ferramenta
ampla que atende diversos setores, sem contar na facilidade de aplicação e custo
relativamente baixo, viabilizando dessa forma a obtenção de informações que contribui
significativamente para o desenvolvimento científico, da população entre outros.
REFERÊNCIAS
BARROS, U. A. B. Utilização do geoprocessamento em estudo de susceptibilidade à erosão na área de influência da UHE do Peixe/MT. 2003. Comitê brasileiro de barragens xxv seminário nacional de grandes barragens.
CARVALHO, E. A. Et al. Utilização do geoprocessamento para avaliação de riscos de erosão do solo em uma bacia hidrográfica: estudo de caso da bacia do Rio Passa Cinco/SP. 2010. III Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação. DI MAIO, A. C. Conceitos de Geoprocessamento. 2008. 3ª Ed. Programa Nacional de Capacitação das Cidades. Disponível em:< http://www.uff.br/sigcidades/images/Download/SIGCidades_Conceitos_de_Geoprocessamento_3edio.pdf>. Acesso em: 23 nov.2014.
34
FRANCELINO, M. R. Introdução ao geoprocessamento. 2003. Disponível em:< http://correio.fdvmg.edu.br/downloads/SemanaAcademica2007/MC05_SIG/INTRODU%C7%C3O_GEOPROCESSAMENTO.pdf>. Acesso em: 23 nov.2014.
FUNDAMENTOS DO GEOPROCESSAMENTO. Disponível em:< http://www.ltc.ufes.br/geomaticsce/Modulo%20Geoprocessamento.pdf>. Acesso em: 23 nov.2014.
MARBLE, D. Geographical information system: an overview. In: Pecora 9 Conference, Sioux Falls, S. D. Proceedings... Sioux Falls, S. D. V.1, p. 18-24, 1984.
SILVA, Jorge Xavier da. Coordenador do Laboratório de Geoprocessamento (LAGEOP) da UFRJ. O que é Geoprocessamento? Disponível em: <http://www.ufrrj.br /lga/tiagomarino /artigos/oqueegeoprocessamento.pdf>. Acesso em 25 de nov. 2014
GOMES, Marcus Aurélio de Araújo. Professor do Curso de Geografia do UniFAI e Diretor da APROGEO-SP (Associação Profissional dos Geógrafos do Estado de São Paulo). Disponível em:<http://www3.unifai.edu.br/pesquisa/publicações/artigos-científicos/professores /sequenciais/o-que-é-e-para-que-serve-o>. Acesso em 25 de nov. 2014
FUNAPE.http://www.funape.org.br/geomorfologia/cap1/index.php#titulo1. Acesso em 30 de nov.2014.
SCHWALM. Hugo. Geoprocessamento Aplicado à Análise Ambiental: Estudo de Caso da Barragem do Rio São Bento, Siderópolis, Santa Catarina. Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense Criciúma, SC, 2008.
PAULA, Makele Rosa de; CABRAL, João Batista Pereira; MARTINS, Alécio Perini. Uso De Técnicas De Sensoriamento Remoto E Geoprocessamento Na Caracterização Do Uso Da Terra Da Bacia Hidrográfica Da Uhe Caçu – Go. REVISTA GEONORTE, Edição Especial, V.4, N.4, p.1482 – 1490, 2012.
TROLEIS, Adriano Lima; REGINATO, Pedro Antônio Roehe; AHLERT, Siclério; SCHLINDWEIN, Jaqueline Renata; DURANTI, Raquel Rosa. Uso de geotecnologias na definição da localização de uma barragem e suas implicações legai. Revista Sociedade e Território, Natal, v. 24, nº 2, p. 189 - 208, jul./dez. 2012.