11

Click here to load reader

TRABALHO DE BISSEGURANÇA (1).pdf

Embed Size (px)

Citation preview

  • ASSOCIAO TERESINENSE DE ENSINO-ATE

    FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA

    CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

    DISCIPLINA: BIOSSEGURANA

    PROFESSOR: NARA SOARES

    ESTUDO DE CASO: Surto de febre e Resumo comparativo do Artigo:

    Riscos Ocupacionais dos trabalhadores de Enfermagem

    ARYANE KELLY

    BHASSIA DE ASSIS BARROSO

    CLAUDIO SERGIO MACHADO ROCHA

    ERICA VERLLAYNE

    MARIA BARROS

    TERESINA-PI

    JUNHO/2015

  • ARYANE KELLY

    BHASSIA DE ASSIS BARROSO

    CLAUDIO SERGIO MACHADO ROCHA

    ERICA VERLLAYNE

    MARIA BARROS

    ESTUDO DE CASO: Surto de febre e Resumo comparativo do Artigo:

    Riscos Ocupacionais dos trabalhadores de Enfermagem

    Trabalho apresentado para obteno

    da 3 nota na disciplina de

    Biossegurana. Orientado pela

    professora: MSc: Nara Soares

    TERESINA-PI

    JUNHO /2015

  • Sumrio

    RESUMO ARTIGO RISCOS OCUPACIONAIS DOS TRABALHADORES DE

    ENFERMAGEM ................................................................................................................ 4

    COMPARAO COM ARTIGO ...................................................................................... 5

    ESTUDO DE CASO: Surto de febre Q .......................................................................... 6

    O CASO ............................................................................................................................ 7

    INFORMAES ADICIONAIS ........................................................................................ 9

    PERGUNTAS ................................................................................................................. 10

  • 4

    RESUMO ARTIGO RISCOS OCUPACIONAIS DOS TRABALHADORES DE

    ENFERMAGEM

    Alguns hospitais tambm j reconhecem a necessidade de oferecer

    melhores condies de trabalho, com vistas a melhorar a assistncia prestada

    a seus clientes. O trabalho de enfermagem

    executado em diversos locais, mas so os hospitais que brigam o maior

    nmero de profissionais. O ambiente hospitalar envolve a exposio dos

    profissionais de sade e demais trabalhadores a uma diversidade de riscos,

    especialmente os biolgicos. Por isso, a adoo de normas de biossegurana

    no trabalho em sade condio fundamental para a segurana dos

    trabalhadores, qualquer que seja a rea de atuao, pois os riscos esto

    sempre presentes. Segundo Mastroeni (2004, p.25).

    As doenas infecto-contagiosas se destacam como as principais fontes

    de transmisso de microrganismos para pacientes e para profissionais. Outra

    importante fonte de contaminao refere-se ao contato direto com fluidos

    corpreos durante a realizao de procedimentos invasivos ou por meio da

    manipulao de artigos, roupas, lixo e at mesmo as superfcies contaminadas,

    sem que medidas de biossegurana sejam utilizadas.

    Segundo a Norma Regulamentadora (NR-6) EPI todo dispositivo de

    uso individual destinado a proteger a sade e a integridade fsica do

    trabalhador, incluindo luvas, aventais, protetores oculares, faciais e auriculares,

    protetores respiratrios e para os membros inferiores. responsabilidade do

    empregador o fornecimento do EPI adequado ao risco e o treinamento dos

    trabalhadores quanto forma correta de utilizao e conservao. A equipe de

    enfermagem muito sujeita a exposio por material biolgico. Este nmero

    elevado de exposies relaciona-se ao fato de os trabalhadores da sade

    terem contato direto na assistncia aos pacientes e tambm ao tipo e

    freqncia de procedimentos realizados. Constatou-se que os riscos

    ocupacionais identificados pelos trabalhadores de enfermagem aparecem em

    maior nmero quando relacionados ao cuidado direto aos pacientes tais como:

    presena de sangue, secrees, fluidos corpreos por incises, sondagens,

  • 5

    cateteres, expondo os trabalhadores a esse contato. Evitar exposio

    ocupacional a sangue o principal caminho para prevenir a transmisso de

    patgenos a trabalha dores da sade.

    COMPARAO COM ARTIGO

    Os ambientes de trabalho em que atuam os profissionais de

    enfermagem, por sua natureza, concentram uma srie de riscos que podem

    trazer diversos problemas de sade aos profissionais que nele trabalham,

    especialmente aos trabalhadores de enfermagem. Esses problemas so

    gerados pela exposio dos trabalhadores aos riscos ocupacionais, entendidos

    como agentes nocivos isolados que so capazes de causar doenas.

    A Norma Regulamentadora 32 estabelece as diretrizes bsicas para a

    implementao de medidas de proteo segurana e sade dos

    trabalhadores em servios de sade em que os servios de sade qualquer

    trabalho destinado prestao de assistncia sade da populao, e todas

    as aes de promoo, recuperao, assistncia, pesquisa e ensino em sade

    em qualquer nvel de complexidade, abrangendo de uma forma geral , todos os

    Trabalhadores da Sade inclusive os que esto no Ensino e Pesquisa, no s

    os de rea hospitalar.

    Essa norma recomenda para cada situao de risco a adoo de

    medidas preventivas e a capacitao dos trabalhadores para o trabalho seguro.

    Caso acontea uma exposio, um acidente com prfuro-cortante por

    exemplo isso deve constar no PCMSO, no mnimo:

    a) procedimentos a serem adotados para prevenir a soroconverso, o

    desenvolvimento de doenas ou, se for o caso, o diagnstico precoce

    das mesmas;

    b) medidas para descontaminao do local de trabalho;

    c) tratamento mdico de emergncia para os trabalhadores expostos e

    lesionados;

    d) identificao de recursos humanos e suas respectivas

    responsabilidades;

  • 6

    e) relao dos estabelecimentos de sade que podem prestar

    assistncia aos trabalhadores acidentados;

    f) formas de transporte dos acidentados; e

    g) relao dos estabelecimentos de assistncia sade depositrios de

    soros imune, vacinas, medicamentos necessrios, material e insumos

    especiais.

    Para ocorrer uma proteo eficaz o profissional dever utilizar os EPi`s que

    so todos aquele composto por vrios dispositivos, como luvas, aventais,

    protetores oculares, faciais que o fabricante tenha associado contra um ou

    mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetveis de

    ameaar a segurana e a sade no trabalho

    A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI

    adequado ao risco, em perfeito estado de conservao e funcionamento. O

    empregador deve assegurar capacitao aos trabalhadores, antes do incio das

    atividades e de forma continuada, devendo ser ministrada: sempre que ocorra

    uma mudana das condies de exposio dos trabalhadores aos agentes

    biolgicos; durante a jornada de trabalho; por profissionais de sade

    familiarizados com os riscos inerentes aos agentes biolgicos.

    O que se pode observar que as empresas sabe de suas

    responsabilidades na questo de disponibilizar EPI`s e capacitao ,porm

    geralmente isso no acontece .O fato da no capacitao, da no educao

    continuada da utilizao correta desses dispositivos de proteo contribui

    consideravelmente para exposio e contaminao dos profissionais

    envolvidos na assistncia.

    ESTUDO DE CASO: Surto de febre Q

    A descrio do evento que se segue ocorreu em um centro mdico, que

    tinha laboratrios de pesquisa em suas instalaes. A pesquisa ali realizada

    inclua estudos sobre doenas cardacas em recm-nascidos, os efeitos dos

    hormnios no desenvolvimento fetal, e os mecanismos envolvidos no

    desenvolvimento de edema pulmonar.

  • 7

    As pesquisas faziam uso de aproximadamente 600 animais de grande

    porte por ano, com at 40 animais sendo mantidos simultaneamente no

    biotrio. Dentre a populao de animais estudada, tambm haviam fmeas

    grvidas.

    O laboratrio de pesquisa (ver figura abaixo) estava instalado no 14

    andar do Edifcio A, que ficava localizado em posio central no centro mdico.

    Os animais utilizados na pesquisa eram recebidos no Edifcio B e transportados

    atravs do corredor do 5 andar do Edifcio C, em direo aos elevadores

    localizados no edifcio D. Os elevadores foram usados para transportar os

    animais para o 14 andar. O ar circulante no edifcio C entrava via

    compartimento localizado no anexo E.

    O CASO

    No final de maro de 1979, o centro mdico foi informado que um

    funcionrio (homem de 74 anos) que trabalhava na manuteno dos

    elevadores tinha morrido de embolia pulmonar decorrente de um processo

    infeccioso. Os sintomas da infeco haviam iniciado cerca de duas semanas

    antes, quando o paciente procurou atendimento mdico. Cinco dias depois

    deste atendimento o paciente deu entrada no hospital, com queixa de dor

    torcica aguda. Aps a obteno do diagnstico sorolgico para este caso,

    amostras de outros quatro funcionrios que haviam ficado doentes nos ltimos

    seis meses foram testadas para anticorpos para o agente etiolgico do caso

    fatal. Todos os quatro apresentaram sorologia positiva para o agente. Dos

    cinco funcionrios que trabalhavam na instituio, apenas um trabalhava

    diretamente com os animais utilizados no laboratrio.

    Por conta deste cinco casos, solicitou-se a coleta e anlise de soros dos

    690 funcionrios do centro mdico. A anlise identificou 14 casos clnicos

    confirmados; 69 casos clnicos presuntivos, 6 como soro converses sem a

    doena clnica, e 50 pessoas com sorologia positiva, mas sem sintomas

    clnicos. No total dos casos (incluindo os cinco casos iniciais), concluiu-se que

    88 pessoas estiveram envolvidas em um surto de uma doena infecciosa que

    foi marcada pela morte do funcionrio da manuteno do elevador.

    Dois eventos merecem ser destacados:

  • 8

    1. Cerca de um ano antes do surto, um laboratrio que no estava

    relacionado com os projetos de pesquisa em andamento foi montado no

    5 andar do Edifcio C. O laboratrio ficava ao lado do corredor utilizado

    para o transporte dos animais de pesquisa da rea de recepo para os

    elevadores. Os animais foram transportados em carrinhos descobertos.

    Testes sorolgicos dos trabalhadores deste laboratrio mostraram que

    durante o surto, 6 de 13 funcionrios foram infectados com o agente

    etiolgico, sendo necessrio a internao de 1 deles.

    2. A lavanderia da instituio est localizada em um prdio separado

    fisicamente do prdio central. No entanto, o exame dos trabalhadores de

    lavanderia revelou que cinco tiveram sintomas da infeco e um deles

    com sorologia positiva; outros quatro funcionrios tinham apenas a

    sorologia positiva (sem sintomas).

  • 9

    INFORMAES ADICIONAIS

    Coxiella burnetii o etiolgico da febre Q, que uma zoonose de

    caprinos, ovinos e gado. Estes so reservatrios primrios da doena, mas

    vrios outros animais tambm podem ser contaminados, inclusive os

    domsticos. Qualquer um destes animais pode servir como a principal fonte de

    infeco para os seres humanos. C. burnetii muito resistente e pode

    sobreviver por longos perodos no ambiente, disseminando-se pela poeira

    contaminada.

    Infeces humanas ocorrem normalmente pela inalao da bactria,

    presente no ar, ou contato com fluidos e excretas de animais infectados, como

    sangue, leite e fezes. O agente tambm transmitido do animal infectado

    para a sua prole recm-nascida, estando presente nas membranas fetais e

    lquido amnitico. Alm disso, os animais em um rebanho infectado podem

    transportar o organismo em sua l ou pelo.

    A febre Q aguda, na maioria das vezes, oligossintomtica, semelhante

    a uma sndrome gripal. Uma minoria desenvolve pneumonia, hepatite ou febre

    prolongada, podendo requerer hospitalizao. Em alguns indivduos a infeco

    adquire uma evoluo crnica, como endocardites, osteomielites ou infeces

    vasculares. A endocardite a expresso clnica mais frequente da doena

    crnica (cerca de 70% dos casos), tem elevada letalidade quando no tratada e

    acomete sobretudo aqueles com doena valvar preexistente. Por se tratar de

    um microrganismo intracelular obrigatrio, no cultivvel nos meios

    tradicionais de hemoculturas. O uso de ovos embrionados ou tcnicas de

    cultura de clulas necessrio para a propagao de C. burnetii, o que leva a

    extensivos processos de purificao.

    As informaes adicionais que se seguem sobre o agente e a doena

    foram retiradas do livro Biossegurana em Laboratrios Microbiolgicos e

    Biomdicos" (2).

    Das riqutsias, Coxiella burnetii provavelmente apresenta o maior risco

    de infeco em laboratrios. Esta bactria altamente infecciosa e

    extremamente resistente seca e condies ambientais. A dose infecciosa (DI)

    em animais de laboratrio pode ser de um nico organismo. A DI 25-50 em

    humanos (por inalao) estimada em 10 organismos.

  • 10

    Uma ampla variedade de mamferos domsticos e selvagens so

    hospedeiros naturais para a febre Q e podem servir como potenciais fontes de

    infeco para o pessoal e animais de laboratrio. Embora raro, C. burnetii

    conhecido por causar infeces crnicas, como a endocardite ou hepatite

    granulomatosa.

    PERGUNTAS

    1. Qual a provvel fonte do agente infeccioso? (2,0)

    Coxiella burnetii o etiolgico da febre Q, que uma zoonose de caprinos,

    ovinos e gado. Estes so reservatrios primrios da doena, mas vrios outros

    animais tambm podem ser contaminados, inclusive os domsticos. Qualquer

    um destes animais pode servir como a principal fonte de infeco para os seres

    humanos. C. burnetii muito resistente e pode sobreviver por longos perodos

    no ambiente, disseminando-se pela poeira contaminada.

    2. Qual o mecanismo provvel de exposio? (2,0)

    Infeces humanas ocorrem normalmente pela inalao da bactria, presente

    no ar, ou contato com fluidos e excretas de animais infectados, como sangue,

    leite e fezes. O agente tambm transmitido do animal infectado para a sua

    prole recm-nascida, estando presente nas membranas fetais e lquido

    amnitico. Alm disso, os animais em um rebanho infectado pode transportar o

    organismo em sua l ou plos. O laboratrio ficava ao lado do corredor

    utilizado para o transporte dos animais de pesquisa da rea de recepo para

    os elevadores. Os animais foram transportados em carrinhos descobertos.

    3. Que medidas de segurana (prticas, equipamentos e instalaes)

    poderiam ter reduzido ou impedido as infeces associadas ao

    laboratrio? (2,0).

  • 11

    A lavanderia deve possuir duas reas distintas, sendo uma considerada

    suja e outra limpa, devendo ocorrer na primeira o recebimento,

    classificao, pesagem e lavagem de roupas, e na segunda a

    manipulao das roupas lavadas.

    medidas de controle que minimizem a exposio aos agentes;

    utilizao de equipamentos de proteo coletiva, individual e

    vestimentas de trabalho;