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E.E Marcelo Tulman Neto
Ensino Médio
Kevin Santos Silva Nº 24
Walker Dos Santos Bento Nº 40
Trabalho de conclusão de curso
Maioridade Penal
São Paulo
2016
E.E Marcelo Tulman Neto
Ensino Médio
Kevin Santos Silva Nº 24
Walker Dos Santos Bento Nº 40
Trabalho de conclusão de curso
Maioridade Penal
Trabalho de conclusão de
curso, apresentado á banca
examinadora do E.E Marcelo
Tulman Neto com o objetivo de
obtenção do certificado de
conclusão de curso, sob a
orientação dos professores
Clayton e Cassio.
São Paulo
2016
Dedicatória
“Aos meus admiráveis professores, que estimularam que me
impulsionaram a buscar vida nova a cada dia.”
(Desconhecido)
Resumo
Reduzir a Maioridade Penal de 18 para 16 é um assunto muito complexo
para aqueles que não entendem muito do assunto na sociedade brasileira. Uma
questão que à duvidas é reduzir a maioridade penal irá diminuir os crimes? Os
assassinatos? Podemos usar vários países de exemplo, Estados Unidos, Holanda,
Alemanha, entre outros. Mas à questão é no Brasil vai funcionar? Os presídios já
não estão lotados?.
No Brasil à muitas noticias sobre presídios lotados, reduzir só ira aumentar
isso, mas já pensaram que os que cometeram crimes mão querem sair de lá limpos,
ter uma vida normal? Como uma pessoa pode dizer que o menor infrator, vai entrar
lá e sair pior. Muitos mudam de vida lá dentro mesmo, eles veem que isso não é
vida para eles, vão por moda fazer crimes.
A fundação casa no Brasil, é muito mal falada por não cumprir o que
deveria, muitas pessoas dizem que lá é uma escola de crime, um curso
profissionalizante para o crime. Você entra lá ruim e sai péssimo com as condições
atuais.
O povo de classe baixa, dizem que são a favor, porque eles cansam de
serem assaltados por menores, enquanto o de classe media, alta só reclama. Mas
quando o filho dele parte para o crime? É preso? Será que eles fazem algo, ou
continua a reclamar? Pois se os filhos deles continuar a praticar um crimes, eles vão
ter a condição de liberar por fiança.
Nem tudo que está no ECA é cumprido, nem tudo que está predito é posto
em pratica, mas será que pondo isso em pratica ira mudar o Brasil?.
Abstract
Reduce Criminal Majority 18 to 16 is a very complex issue for those who do
not understand much of the issue in Brazilian society. One question that the doubt is
to reduce the legal age will decrease crime? The murders? We can use several
sample countries, USA, Netherlands, Germany, among others. But the question is in
Brazil will work? Prisons are no longer crowded ?.
In Brazil the many news about crowded prisons, reduce only will increase it,
but I think that those who committed crimes hand want to get out of there clean, have
a normal life? How can one say that the juvenile offender, will go there and come out
worse. Many changes of life inside it, they see that this is no life for them, they will do
for fashion crimes.
The house foundation in Brazil is much maligned for failing to meet what
should, many people say that there is a school of crime, a course for the crime. You
go there and bad out bad with the current conditions.
The lower-class people, say they are in favor because they get tired of being
assaulted by smaller, while the middle class, high complainer. But when his son part
for the crime? Is arrested? Did they do something, or continues to complain? For if
their children continue to practice a crime, they will have the condition of release on
bail.
Not everything is in the ECA is fulfilled, not everything that is predicted is put
into practice, but is putting it into practice will change Brazil ?.
Sumário
1. Introdução
2. Maioridade Penal
3. O que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente
4. Argumentos a favor e contra
5. A favor
6. Contra
7. Questionários
8. Gráficos
9. Conclusão
10. Bibliografia
1. Introdução
Neste conteúdo falaremos sobre a Redução da Maioridade Penal, que gera
muita polemica e. é um caso complexo para entender-se, vai reduzir ou não?. A
redução da maioridade penal ou, não redução deve ser analisada com cuidado e
com importância, pelo lado dos que são a favor e, pelo lado dos que são contra a
redução, ao longo do ano veremos varias e varias discussões , situações e opiniões
sobre o assunto da Redução da Maioridade Penal.
1. Maioridade Penal
A história da criação de uma norma constitucional que explorasse a questão
da maioridade penal foi um verdadeiro avanço etário quanto à adoção de um
sistema de discernimento, que viesse possibilitar ao jovem a inimputabilidade penal
submetendo ao marco de 18 anos completos, considera-se um critério de
segurança. Isto não se trata de uma definição a respeito do tema calcada em
critérios científicos, mas em critérios de ordem política social. A imputabilidade penal
é o conjunto de condições pessoais atribuídas ao agente à capacidade para lhe ser
juridicamente imputada a prática de um fato punível. Subentende, então que o
menor de dezoito anos não possui maturidade suficiente para responder pelos seus
atos, ainda o seu reconhecimento depende de aptidão biopsíquica para conhecer a
ilicitude do fato quando cometido por ele para determinar esse entendimento. Assim
sendo, a responsabilização do menor de dezoito anos segundo a parte do artigo 228
caberá sobre uma legislação especial, encerrando assim uma garantia de não
aplicação do direito penal, consequentemente, todas as cláusulas pétreas garantidas
pelo artigo 60 da Constituição Federal.
No Brasil, a maioridade penal já foi reduzida: Começa aos 12 anos de idade.
A discussão sobre o tema, portanto, é estéril e objetiva, na verdade, isentar os
culpados de responsabilidade pelo desrespeito aos direitos e garantias fundamentais
da criança e do adolescente, previstos na Constituição Federal.
O maior de 18 anos de idade que pratica crimes e contravenções penais
(infrações penais) pode ser preso, processado, condenado e, se o caso, cumprir
pena em presídios. O menor de 18 anos de idade, de igual modo, também responde
pelos crimes ou contravenções penais (atos infracionais) que pratica.
Assim, um adolescente com 12 anos de idade (que na verdade ainda é
psicologicamente uma criança), que comete atos infracionais (crimes), pode ser
internado (preso), processado, sancionado (condenado) e, se o caso, cumprir a
medida (pena) em estabelecimentos educacionais, que são verdadeiros presídios.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, ao adotar a teoria da proteção
integral, que vê a criança e o adolescente (menores) como pessoas em condição
peculiar de desenvolvimento, necessitando, em consequência, de proteção
diferenciada, especializada e integral, não teve por objetivo manter a impunidade de
jovens, autores de infrações penais, tanto que criou diversas medidas
socioeducativas que, na realidade, são verdadeiras penas, iguais àquelas aplicadas
aos adultos.
3.O que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze
anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente
este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
social, em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as
crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade,
sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e
local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a
comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância
pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com
a proteção à infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que
ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e
coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento.
Dos Direitos Fundamentais
Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
Art. 8o É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às
políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento
pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 1o O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção
primária. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 2o Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua
vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será
realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher. (Redação dada pela
Lei nº 13.257, de 2016)
§ 3o Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às
mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contra
referência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de
apoio à amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à
gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou
minorar as consequências do estado puerperal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser prestada também
a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção,
bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua
preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto
imediato. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 7o A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno,
alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem
como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o
desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a
gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e
outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)
§ 9o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não
iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não
comparecer às consultas pós-parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na
primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de
liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema
Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de
ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da criança. (Incluído
pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão
condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães
submetidas a medida privativa de liberdade.
§ 1o Os profissionais das unidades primárias de saúde desenvolverão
ações sistemáticas, individuais ou coletivas, visando ao planejamento, à
implementação e à avaliação de ações de promoção, proteção e apoio ao
aleitamento materno e à alimentação complementar saudável, de forma contínua.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 2o Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor
de banco de leite humano ou unidade de coleta de leite humano. (Incluído pela
Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de
gestantes, públicos e particulares, são obrigados a:
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários
individuais, pelo prazo de dezoito anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar
e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas
pela autoridade administrativa competente;
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de
anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos
pais;
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as
intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência
junto à mãe.
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde
da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado
o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e
recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 1o A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem
discriminação ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas
de habilitação e reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 2o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que
necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas
relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de
acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 3o Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças
na primeira infância receberão formação específica e permanente para a detecção
de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o
acompanhamento que se fizer necessário. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
2016)
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades
neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar
condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável,
nos casos de internação de criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016)
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de
tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente
serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,
sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada pela Lei nº 13.010,
de 2014)
§ 1o As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus
filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à
Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 2o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os
serviços de assistência social em seu componente especializado, o Centro de
Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do
Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir
máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância
com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto
terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se necessário,
acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência
médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente
afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais,
educadores e alunos.
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à
dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,
ressalvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da
imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e
objetos pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante,
vexatório ou constrangedor.
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao
Lazer
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco
anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua
oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela
freqüência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou
pupilos na rede regular de ensino.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os
recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas
propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e
avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino
fundamental obrigatório.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais,
artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente,
garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e
facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais,
esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou
contravenção penal.
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos
às medidas previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do
adolescente à data do fato.
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas
previstas no art. 101.
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em
flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente.
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis
pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos.
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra
recolhido serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à
família do apreendido ou à pessoa por ele indicada.
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de
responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo
máximo de quarenta e cinco dias.
Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em
indícios suficientes de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade
imperiosa da medida.
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a
identificação compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para
efeito de confrontação, havendo dúvida fundada.
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido
processo legal.
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes
garantias:
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante
citação ou meio equivalente;
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e
testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
III - defesa técnica por advogado;
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da
lei;
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer
fase do procedimento.
Argumentos a Favor e Contra
Aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a proposta
que reduz a maioridade penal no Brasil de 18 para 16 anos promete colocar ainda
mais "lenha na fogueira" dessa já acalorada discussão.
Apesar da oposição de deputados ligados ao governo, a CCJ, fortemente
influenciada pela a Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como
Bancada da Bala, aprovou a constitucionalidade da PEC (Proposta de Emenda
Constitucional) nesta terça-feira (31).
Agora, a Câmara criará uma comissão especial para analisar a proposta. Só depois
de ser votada duas vezes na Câmara e de passar pelo Senado (também em duas
votações) é que poderá, se for aprovada, virar lei. A tramitação da PEC ainda pode
ser questionada no STF (Supremo Tribunal Federal).
A favor
1. A mudança do artigo 228 da Constituição de 1988 não seria inconstitucional.
O artigo 60 da Constituição, no seu inciso 4º, estabelece que as PECs não
podem extinguir direitos e garantias individuais. Defensores da PEC 171
afirmam que ela não acaba com direitos, apenas impõe novas regras;
2. A impunidade gera mais violência. Os jovens "de hoje" têm consciência de
que não podem ser presos e punidos como adultos. Por isso continuam a
cometer crimes;
3. A redução da maioridade penal iria proteger os jovens do aliciamento feito
pelo crime organizado, que tem recrutado menores de 18 anos para
atividades, sobretudo, relacionadas ao tráfico de drogas;
4. O Brasil precisa alinhar a sua legislação à de países desenvolvidos com os
Estados Unidos, onde, na maioria dos Estados, adolescentes acima de 12
anos de idade podem ser submetidos a processos judiciais da mesma forma
que adultos;
5. A maioria da população brasileira é a favor da redução da maioridade penal.
Em 2013, pesquisa realizada pelo instituto CNT/MDA indicou que 92,7% dos
brasileiros são a favor da medida. No mesmo ano, pesquisa do instituto
Datafolha indicou que 93% dos paulistanos são a favor da redução.
6. MICHELLO BUENO
Capitão Michello Bueno, da Polícia Militar do Distrito Federal
"Como policial militar, temos visto que tem aumentado bastante o índice da
participação de menores nos crimes e a reincidência entre eles também,
principalmente, por causa da impunidade. Agora, dizer que a redução da
maioridade vai resolver a questão, é muito cedo para dizer. Pode ser que a
solução não seja essa e sejam necessárias outras medidas a longo prazo. De
imediato, acho que [a redução da idade penal para alguns casos] pode
resultar em uma melhora, sim, mas também acredito que será preciso tomar
outras medidas para que a redução na criminalidade entre jovens seja efetiva.
Não adianta só prender. É preciso investir em outras medidas, como o
combate ao uso e tráfico de drogas e o aumento de investimentos em
educação para que as crianças nem entrem nesse mundo."
Contra
1. A redução da maioridade penal fere uma das cláusulas pétreas (aquelas que
não podem ser modificadas por congressistas) da Constituição de 1988. O
artigo 228 é claro: "São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos";
2. A inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro não
iria contribuir para a sua reinserção na sociedade. Relatórios de entidades
nacionais e internacionais vêm criticando a qualidade do sistema prisional
brasileiro;
3. A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos
isolados, e não em dados estatísticos. Segundo a Secretaria Nacional de
Segurança Pública, jovens entre 16 e 18 anos são responsáveis por menos
de 0,9% dos crimes praticados no país. Se forem considerados os homicídios
e tentativas de homicídio, esse número cai para 0,5%;
4. Em vez de reduzir a maioridade penal, o governo deveria investir em
educação e em políticas públicas para proteger os jovens e diminuir a
vulnerabilidade deles ao crime. No Brasil, segundo dados do IBGE, 486 mil
crianças entre cinco e 13 anos eram vítimas do trabalho infantil em todo o
Brasil em 2013. No quesito educação, o Brasil ainda tem 13 milhões de
analfabetos com 15 anos de idade ou mais;
5. A redução da maioridade penal iria afetar, preferencialmente, jovens negros,
pobres e moradores de áreas periféricas do Brasil, na medida em que este é
o perfil de boa parte da população carcerária brasileira. Estudo da UFSCar
(Universidade Federal de São Carlos) aponta que 72% da população
carcerária brasileira é composta por negros.
6. RENATO RODOVALHO SCUSSEL
Juiz da Vara da Infância e da Juventude do DF, Renato Rodovalho Scussel
"Sou contra. O que, a princípio, parece justo pode acarretar injustiça por não
se tratar de um critério objetivo. A primeira avaliação da ocorrência ou não do
dolo [intenção de cometer o crime] é da autoridade policial. Se a conduta for
considerada crime, o jovem poderá ir para a prisão. Com a apuração dos
fatos, é possível que o juiz criminal entenda se tratar de ato infracional e não
de crime e decline da sua competência ao juiz infanto juvenil. Situações
como essa geram insegurança jurídica e trazem consequências graves, até
irreversíveis, para a ressocialização do jovem. O ECA acaba de completar 25
anos e talvez seja este o momento de repensar dispositivos a fim de
aperfeiçoar e adequar o sistema de atendimento socioeducativo. Aumentar o
prazo de internação para atos mais gravosos torna mais claro o processo
socioeducativo para o adolescente. Ele compreende que sua liberdade será
restringida por mais tempo, porque praticou um ato mais grave."
Gráfico
Idade
15 a 18
19 a 25
26 a 35
36 a 45
Mais de 46
52%
10%
20%
10%
8%
Gênero
Masculino
Feminino54% 46%
Religião
64%
28%
6% 4%
Ateu 0%
Qual a idade certa para maioriade penal?
12 anos
14 anos
16 anos
18 anos
21 anos39%
20%
12%
24%
4%
Você acredita que o índice de violência diminuiria com a aprovação da redução da maioriade penal?
Sim
Não58% 42%
Em caso de estupro e a favor da redução?
Sim
Não
70%
30%
Em caso de homicídio e a favor da redução?
Sim
Não
72%
28%
Conhece alguém que já cometeu um crime sendo menor de 18 anos?
Filho (a)
Irmão
Primo
Vizinho
Não42%
22% 32%
4%
Você e a favor a Marioridade Penal?
Sim
Não
Não soube responder
44%
22% 34%
Você e a favor a Marioridade Penal?
Sim
Não
76%
24%
Conclusão
A maioridade penal é um assunto que vem gerando muita polemica na
sociedade brasileira, e no mundo todo. A justiça brasileira vem forte para decidir se
vai reduzir, ou não a maioridade penal.
A Pergunta que todos querem saber, o que leva o menor a fazer um crime?
Desde de pequeno o menor tem a família para falar com ele e distinguir o certo e o
errado, mas porque eles fazem o que crime, podemos dizer varias coisas, mas
nenhuma vai chegar ao certo e dizer o motivo certo dos menores infratores
cometerem esses crimes, não são apenas furtos leves, isso, vai de assalto ao
pedestre até queimar uma pessoa, porque ela não tem o que ele pediu.
Todo jovem sonha em ser algo na vida, sempre sonha. Mas por moda de
amigos eles parte pro crime. Mas o que disse o Senador Magno Malta “o crime não
tem mais faixa etária”. O foco da sociedade é o jovem da periferia, por falta de
assistência, muitos dizem que são tudo ladrão. Mas filhinho de rico, está lá na
madrugada assaltando, usando droga.
Na opinião do senador, menores que cometem crimes hediondos devem ser
julgados como adultos, independentemente da idade; ele sugeriu que os
adolescentes possam ser acolhidos em centros de treinamento de esportes de alto
desempenho. Sim, pois o menor que comete um crime, que, mata uma vitima por ela
não ter o que ele quer, claramente que ele tem a consciência de ter feito aquele ato,
ninguém obrigou ele a fazer aquilo, ele teve a consciência disso. Mas tem motivos
para ele fazer isso? Quando você for ver, não tem, isso tudo é por embalo de
amigos que vem só para trazer o mal na vida dos outros.
O argumento das pessoas que defende os menores infratores são, não são
responsáveis pelos seus atos e que eles não tem maturidade o suficiente para
responder pelos seus crimes, que, eles são pobres e não teve oportunidade para
sair das comunidades desestruturadas que muitos jovens crescem. Muitos menores
que cometem crimes, já sabe dos seus direitos, por isso continua a praticar.
Em suma, deveria reduzir a maioridade penal, por conta que um menor
infrator faça, isso, ele tem a consciência do que ele está fazendo, mesmo com o
ECA defendendo que o menor merece uma segunda chance, por achar que a
sociedade é opressora, que oprimi o menor, que força o menor a ir assaltar um
idoso, ou sequestrar uma pessoa para por fogo nela. Ele não merece uma segunda
chance, pois, quem morreu não tem uma segunda chance, não vão conseguir trazer
a pessoa que morreu a vida novamente. Por isso deve reduzir, entre outros motivos.
Bibliografia
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
http://www.politize.com.br/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-a-maioridade-penal/
http://www.politize.com.br/5-argumentos-a-favor-e-contra-a-reducao-da-maioridade-
penal/
http://ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13332&revista_cadern
o=12