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GUILHERME ZANIBONI TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SurFlow – Onda Artificial UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II Balneário Camboriú - SC 2006-I

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GUILHERME ZANIBONI

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

SurFlow – Onda Artificial

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II

Balneário Camboriú - SC

2006-I

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GUILHERME ZANIBONI

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

SurFlow – Onda Artificial

Trabalho apresentado ao curso de

Design Industrial, da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro

de Educação Superior II, sob a

orientação do professor:

Renato Buchele Rodrigues.

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II

Balneário Camboriú - SC

2006-I

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Dedicatória

Dedico este projeto primeiramente à Deus e à minha família, em especial aos meus pais, Cleuson e Leila, e minha irmã Roberta, que muito apoio e conforto me deram durante toda a minha vida. Em um segundo momento, dedico à todos os meus amigos e aos colegas de classe Julian (Foca), Fabrício e Rodrigo, por muito me ajudarem durante esse período de graduação, ao professor Carlos Eduardo de Borba (Duda), pelo apoio e incentivo e ao professor Renato B. Rodrigues, pela excelente orientação e apoio, sempre acreditando em meu projeto.

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SUMÁRIO:

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................07

LISTA DE GRÁFICOS ..............................................................................................13

LISTA DE TABELAS ................................................................................................14

RESUMO ...................................................................................................................15

ABSTRACT ...............................................................................................................16

1. Introdução ............................................................................................................18

1.1 Contextualização ....................................................................................18

1.2 Objetivo Geral .........................................................................................19

1.3 Objetivo Específico ................................................................................19

1.4 Justificativa ............................................................................................20

2. METODOLOGIA DO PROJETO E PESQUISA ...................................................21

2.1 Ferramentas de Projeto ..........................................................................22

2.1.1 Ferramenta de Definição do Problema ...................................22

2.1.2 Análise da Problemática ..........................................................22

2.1.3 Briefing ......................................................................................23

2.1.4 Writestorming ............................................................................23

2.1.5 Painel Semântico ......................................................................23

2.1.6 Benchmarking ...........................................................................23

2.2 Cronograma ..................................................................................23

3. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................28

3.1 Tempo Livre .............................................................................................28

3.1.1 Tempo Morto...............................................................................28

3.1.2 Tempo Comprometido ..............................................................29

3.1.3 Tempo de Lazer..........................................................................29

3.1.3.1 Atividades Culturais ...................................................30

3.1.3.2 Atividades Gastronômicas .........................................31

3.1.3.3 Atividades de Turismo ................................................32

3.1.3.4 Atividades Físicas e Esportivas .................................33

3.2 Esportes Terrestres ................................................................................34

3.3 Esportes Aéreos .....................................................................................36

3.4 Esportes Aquáticos ................................................................................37

3.4.1 Natação .....................................................................................39

3.4.2 Canoagem .................................................................................43

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3.4.3 Vela ou Iatismo .........................................................................47

3.4.4 Esportes Radicais .....................................................................48

3.4.4.1 Wakeboard ...................................................................50

3.4.4.2 Bodyboard ...................................................................52

3.4.4.3 Kitesurf .........................................................................54

3.4.4.4 Ski Aquático .................................................................57

3.4.4.5 Surf ................................................................................60

3.4.4.5.1 Histórico ................................................................60

3.4.4.5.2 Evolução das Pranchas .......................................63

3.4.4.5.3 Historico do Surf no Brasil ..................................64

3.4.4.5.4 Equipamentos Utilizados .....................................67

3.4.4.5.5 Locais para a Prática ............................................76

3.4.4.5.6 Problemas com Relação à Prática do Surf .........84

3.4.4.5.7 Problemas em Relação à Saúde do Praticante ...85

3.4.4.5.8 Benefícios do Surf .................................................92

3.4.4.5.9 Linha do Tempo .....................................................95

4. PESQUISA DE CAMPO ......................................................................................101

4.1 Modelo dos Questionários ..............................................................101

4.2 Resultados da Aplicação dos Questionários ................................101

4.3 Análise dos Resultados da Pesquisa de Campo ..........................118

5. CONCEITUAÇÃO ...............................................................................................120

5.1 Definição do Problema ....................................................................120

5.2 Conceitos do Produto .....................................................................121

5.3 Pré-Requisitos do Projeto ...............................................................125

6. CONCEPÇÃO .....................................................................................................127

6.1 Ferramentas e Técnicas de Criatividade .......................................127

6.2 Geração de Alternativas ..................................................................128

6.2.1 Alternativa I ............................................................................129

6.2.2 Alternativa II ...........................................................................131

6.2.3 Alternativa III ..........................................................................133

7. ALTERNATIVA ESCOLHIDA .............................................................................135

7.1 Considerações Finais Sobre a Alternativa .....................................135

7.2 Testes de adequação da alternativa ...............................................135

7.3 Modelo Volumétrico .........................................................................136

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7.3.1 Execução do Modelo Volumétrico ....................................136

7.3.2 Adequação do Modelo .......................................................139

8. ASPECTOS FÍSICOS..........................................................................................142

8.1 Ergonomia .............................................................................................142

8.1.1 AEP - Análise de Produtos Existentes ..................................142

8.1.2 Usabilidade ..............................................................................143

8.1.3 Adequação Antropométrica ...................................................145

8.1.4 Adequação Fisiológica ...........................................................146

8.1.5 Adequação Ambiental ............................................................146

8.1.6 Adequação Cognitiva .............................................................147

8.2 Operacional ...........................................................................................148

8.3 Estético Formal .....................................................................................149

8.3.1 Função Formal ........................................................................149

8.3.2 Sugestão de Combinações ....................................................149

9. ASPECTOS TÉCNICOS ....................................................................................152

9.1 Materiais ................................................................................................152

9.1.1 E.V.A. – Etil Vinil Acetato ......................................................152

9.1.2 Resina Estervinílica ...............................................................153

9.1.3 Fibra de Vidro ..........................................................................154

9.1.4 Aço Inoxidável .........................................................................155

9.1.5 P.V.C. - PoliCloreto de Vinila ..................................................155

9.2 Produção Industrial ..............................................................................156

9.2.1 Componentes ..........................................................................156

9.2.2 Métodos e Técnicas ................................................................160

9.2.2.1 Laminação de Fibra com Resina ..............................160

9.2.2.2 Soldagem de Aço Inoxidável ....................................161

9.2.3 Tecnologias Empregadas .......................................................162

9.2.3.1 Bomba Hidráulica ......................................................162

9.2.4 Montagem ...............................................................................164

9.4 Desenho Técnico ..................................................................................164

10. ASPECTOS ESTRATÉGICOS .........................................................................170

10.1 Informacional ......................................................................................170

10.2 Marketing .............................................................................................170

10.2.1 Produto ..................................................................................170

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10.2.2 Preço ......................................................................................171

10.2.3 Praça ......................................................................................171

10.2.4 Promoção ..............................................................................171

10.3 Ambiental ............................................................................................172

11. MODELO FINAL ...............................................................................................173

12. CONCLUSÃO ...................................................................................................174

13. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................175

14. ANEXOS ...........................................................................................................178

14.1 Anexo 1 ...............................................................................................178

14.2 Anexo 2 ...............................................................................................181

14.3 Anexo 3 ...............................................................................................184

14.4 Anexo 4 ...............................................................................................188

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Lista de Figuras

Figura 01: MD3E. .....................................................................................................21

Figura 02: Cronograma. ..........................................................................................24

Figura 03 Cronograma. ...........................................................................................24

Figura 04 Cronograma. ...........................................................................................25

Figura 05 Cronograma. ...........................................................................................25

Figura 06 Cronograma. ...........................................................................................26

Figura 07 Cronograma. ...........................................................................................26

Figura 08 Cronograma. ...........................................................................................27

Figura 09 Cronograma. ...........................................................................................27

Figura 10: Escovando os dentes. ..........................................................................28

Figura 11 Trabalho. ................................................................................................29

Figura 12: Pescando. ............................................................................................. 30

Figura 13: Assistindo TV. .......................................................................................31

Figura 14: Atividade Gastronômica. ......................................................................31

Figura 15: Turismo. .................................................................................................32

Figura 16: Atividade Física. ....................................................................................33

Figura 17: Vôlei. .......................................................................................................34

Figura 18: Rally de Velocidade. ..............................................................................35

Figura 19: Rally de Velocidade. ..............................................................................35

Figura 20: Rally de Velocidade. ..............................................................................35

Figura 21: Bungee Jump. .......................................................................................36

Figura 22: Sky Dive. ............................................................................................... 37

Figura 23: Para-Quedismo. .....................................................................................37

Figura 24: Nado Sincronizado. ...............................................................................38

Figura 25: Jet-Boating. ............................................................................................38

Figura 26: Freestyle JetSki. ....................................................................................39

Figura 27: Pólo Aquático. .......................................................................................39

Figura 28: Natação. .................................................................................................40

Figura 29: Nado de Costas. ....................................................................................41

Figura 30: Nado de Peito. .......................................................................................41

Figura 31: Nado Crawl. ...........................................................................................42

Figura 32: Nado Borboleta. ....................................................................................43

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Figura 33: Canoagem. .............................................................................................44

Figura 34: Canoagem estilo Velocidade. ...............................................................44

Figura 35: Canoagem estilo Slalon. .......................................................................45

Figura 36: Canoagem estilo Adaptada. .................................................................45

Figura 37: Canoagem estilo Descida. ....................................................................46

Figura 38: Canoagem estilo Maratona. ..................................................................46

Figura 39: Iatismo. ...................................................................................................47

Figura 40: Regata de Iatismo. .................................................................................48

Figura 41: Wakeboard. ............................................................................................49

Figura 42: Downhill. ................................................................................................50

Figura 43: Skate. ......................................................................................................50

Figura 44: Wakeboard. ............................................................................................51

Figura 45: Wakeboard. ............................................................................................52

Figura 46: Fabricação de bodyboard. ....................................................................53

Figura 47: Bodyboard. ............................................................................................53

Figura 48: Bodyboard. ............................................................................................54

Figura 49: Pipa. ........................................................................................................54

Figura 50: Kitesurf. ..................................................................................................56

Figura 51: Kitesurf. ..................................................................................................56

Figura 52: Ski Aquático. ..........................................................................................57

Figura 53: Ski Aquático estilo Slalon. ...................................................................58

Figura 54: Ski Aquático. ..........................................................................................58

Figura 55: Equipamentos. .......................................................................................59

Figura 56: Havaianas. ..............................................................................................60

Figura 57: Capitão James Cook. ............................................................................61

Figura 58: Nativo Havaiano. ...................................................................................61

Figura 59: George Freeth. .......................................................................................62

Figura 60: Duke Kahanamoku. ...............................................................................62

Figura 61: Selo homenageando Duke Kahanamoku. ...........................................63

Figura 62: Cavalo deTotora. ...................................................................................63

Figura 63: Réplica da prancha de Blake. ...............................................................64

Figura 64: Osmar Gonçalves. .................................................................................65

Figura 65: Surfistas no Arpoador. .........................................................................65

Figura 66: Affonso Freitas. .....................................................................................66

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Figura 67: Affonso Freitas. .....................................................................................67

Figura 68: Prancha de Surf. ....................................................................................68

Figura 69: Deck Antiderrapante. ............................................................................68

Figura 70: Leash. .....................................................................................................69

Figura 71: Roupa de Borracha. ..............................................................................69

Figura 72: Prancha para Tow-In. ............................................................................70

Figura 73: Fundo. ....................................................................................................70

Figura 74: Fundo. ....................................................................................................71

Figura 75: Fundo. ....................................................................................................71

Figura 76: Fundo. ....................................................................................................71

Figura 77: Rabetas Squash e Round Squash. ......................................................71

Figura 78: Rabeta Square. ......................................................................................72

Figura 79: Rabeta Swallow. ....................................................................................72

Figura 80: Rabeta Round Pin. ................................................................................72

Figura 81: Rabeta Pin. .............................................................................................72

Figura 82: Rabeta com Wing. .................................................................................72

Figura 83: Quilhas e chaves de quilha. .................................................................73

Figura 84: Capas de prancha. ................................................................................74

Figura 85: Rack para automóveis. .........................................................................74

Figura 86: Rack para bicicletas e motocicletas. ...................................................75

Figura 87: Mochila com compartimento para roupa de borracha. .....................75

Figura 88: Kit com raspador e parafina. ................................................................76

Figura 89: Surf na Pororoca. ..................................................................................77

Figura 90: Onda na Pororoca. ................................................................................77

Figura 91: Surf no Rio Isar, Alemanha. .................................................................78

Figura 92: Surf no Rio Zambezi, África. ................................................................78

Figura 93: Praia do Sonho, São Paulo-Brasil. ......................................................79

Figura 94: Zicatela-Puerto Escondido, México. ....................................................79

Figura 95: Caldeira, Portugal. .................................................................................80

Figura 96: Ilha dos Lobos-RS, Brasil. ....................................................................80

Figura 97: Indonésia. ...............................................................................................80

Figura 98: Teahupoo. ..............................................................................................81

Figura 99: Piscina de ondas. ..................................................................................81

Figura 100: Onda em piscina. .................................................................................82

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Figura 101: Sistema gerador de ondas. ................................................................82

Figura 102: Piscina de onda parada. .....................................................................83

Figura 103: Piscina de onda parada. .....................................................................83

Figura 104: Mapa do Swell. ....................................................................................84

Figura 105: Mapa do vento. ....................................................................................84

Figura 106: Hérnia de disco. ...................................................................................85

Figura 107: Esforço nos joelhos. ...........................................................................86

Figura 108: Alongamento. ......................................................................................86

Figura 109: Yoga. .....................................................................................................87

Figura 110: Corte provocado pelo equipamento. .................................................88

Figura 111: Lesão provocada por tubarão. ...........................................................88

Figura 112: Queimadura solar. ...............................................................................89

Figura 113: Protetor solar fator 60. ........................................................................90

Figura 114: Aplicação de protetor solar. ...............................................................91

Figura 115: Manchas na pele. .................................................................................91

Figura 116: Lesão Benigna. ....................................................................................92

Figura 117: Lesão Maligna. .....................................................................................92

Figura 118: Cavalo de Totora. ................................................................................95

Figura 119: Prancha Havaiana. ..............................................................................95

Figura 120: Prancha Havaiana. ..............................................................................96

Figura 121: Prancha de George Freeth. ................................................................96

Figura 122: Prancha de Tom Blake. .......................................................................96

Figura 123: Prancha de fibra. .................................................................................97

Figura 124: Prancha Mini Model. ............................................................................97

Figura 125: Prancha Biquilha. ................................................................................97

Figura 126: Prancha Triquilha. ...............................................................................98

Figura 127: Prancha de Tow-In. .............................................................................98

Figura 128: Foilboard. .............................................................................................98

Figura 129: Onda do Mar. .......................................................................................99

Figura 130 Onda de Rio. .........................................................................................99

Figura 131: Onda em piscina. .................................................................................99

Figura 132: Onda em piscina do tipo Flow-Ride. ...............................................100

Figura 133: Pororoca. ............................................................................................100

Figura 134: Conceitos do produto. ......................................................................122

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Figura 135: Público Alvo. ......................................................................................123

Figura 136: Tema visual. .......................................................................................124

Figura 137: Alternativa I. .......................................................................................129

Figura 138: Alternativa II. ......................................................................................131

Figura 139: Alternativa III. .....................................................................................133

Figura 140: Alternativa I. .......................................................................................135

Figura 141: Testes de manobras. .........................................................................136

Figura 142: Execução do modelo volumétrico. ..................................................137

Figura 143: Execução do modelo volumétrico. ..................................................137

Figura 144: Execução do modelo volumétrico. ..................................................137

Figura 145: Modelo volumétrico. .........................................................................138

Figura 146: Modelo volumétrico a ser projetado. ...............................................138

Figura 147: Modelo volumétrico a ser projetado. ...............................................138

Figura 148: Modelo volumétrico projetado na parede. ......................................139

Figura 149: Modelo volumétrico projetado na parede. ......................................139

Figura 150: Modelo volumétrico em escala. .......................................................140

Figura 151: Modelo volumétrico em escala. .......................................................140

Figura 152 Modelo volumétrico em escala. ........................................................141

Figura 153: Onda do tipo Flow Ride. ...................................................................142

Figura 154: Wave Pool. .........................................................................................143

Figura 155: Sentido do fluxo da água. .................................................................144

Figura 156: Utilização do produto. .......................................................................144

Figura 157: Utilização do produto. .......................................................................144

Figura 158: Referencial humano. .........................................................................145

Figura 159: Diferentes montagens do produto. ..................................................146

Figura 160: Tombo em piscina Flow Ride. ..........................................................147

Figura 161: Caixa de comando. ............................................................................148

Figura 162: Formas do SurFlow. ..........................................................................149

Figura 163 : Typhoon Lagoon. .............................................................................150

Figura 164: Renderização ambientada do SurFlow. ..........................................151

Figura 165: Utilização do produto. .......................................................................153

Figura 166: Utilização do produto resina ............................................................154

Figura 167: Utilização do produto. .......................................................................154

Figura 168: Utilização do produto. .......................................................................155

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Figura 169: Utilização do produto. .......................................................................156

Figura 170: SurFlow em vista explodida. ............................................................157

Figura 171: Módulo 1. ............................................................................................157

Figura 172: Módulo 2. ............................................................................................158

Figura 173: Módulo 3. ............................................................................................159

Figura 174: Módulo 4. ............................................................................................159

Figura 175: Laminação de fibra de vidro. ............................................................160

Figura 176: Retirada de bolhas de ar. ..................................................................161

Figura 177: Solda TIG. ...........................................................................................162

Figura 178: Bomba BEW. ......................................................................................163

Figura 179: Manual de montagem. .......................................................................170

Figura 180: Propaganda em sites. .......................................................................172

Figura 181: Modelo final........................................................................................173

Figura 182: Modelo final .......................................................................................173

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Lista de Gráficos

Gráfico 01 – Questionário 01 Questão 02. ..........................................................101

Gráfico 02 – Questionário 01 Questão 03. ..........................................................102

Gráfico 03 – Questionário 01 Questão 04. ..........................................................102

Gráfico 04 – Questionário 01 Questão 05. ..........................................................103

Gráfico 05 – Questionário 01 Questão 06. ..........................................................103

Gráfico 06 – Questionário 01 Questão 07. ..........................................................104

Gráfico 07 – Questionário 01 Questão 08. ..........................................................104

Gráfico 08 – Questionário 01 Questão 09. ..........................................................105

Gráfico 09 – Questionário 01 Questão 10. ..........................................................105

Gráfico 10 – Questionário 01 Questão 11. ..........................................................106

Gráfico 11 – Questionário 01 Questão 12. ..........................................................106

Gráfico 12 – Questionário 01 Questão 13. ..........................................................107

Gráfico 13 – Questionário 01 Questão 14. ..........................................................107

Gráfico 14 – Questionário 01 Questão 15. ..........................................................108

Gráfico 15 – Questionário 01 Questão 15. ..........................................................108

Gráfico 16 – Questionário 01 Questão 16. ..........................................................109

Gráfico 17 – Questionário 02 Questão 02. ..........................................................109

Gráfico 18 – Questionário 02 Questão 03. ..........................................................110

Gráfico 19 – Questionário 02 Questão 04. ..........................................................110

Gráfico 20 – Questionário 02 Questão 05. ..........................................................111

Gráfico 21 – Questionário 02 Questão 06. ..........................................................111

Gráfico 22 – Questionário 02 Questão 07. ..........................................................112

Gráfico 23 – Questionário 02 Questão 08. ..........................................................112

Gráfico 24 – Questionário 02 Questão 09. ..........................................................113

Gráfico 25 – Questionário 02 Questão 10. ..........................................................113

Gráfico 26 – Questionário 02 Questão 11. ..........................................................114

Gráfico 27 – Questionário 02 Questão 12. ..........................................................114

Gráfico 28 – Questionário 02 Questão 13. ..........................................................115

Gráfico 29 – Questionário 02 Questão 14. ..........................................................115

Gráfico 30 – Questionário 02 Questão 15. ..........................................................116

Gráfico 31 – Questionário 02 Questão 16. ..........................................................116

Gráfico 32 – Questionário 02 Questão 17. ..........................................................117

Gráfico 33 – Questionário 02 Questão 18. ..........................................................117

Gráfico 34 – Questionário 02 Questão 19. ..........................................................118

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15

Lista de Tabelas

TABELA 01 – Análise entre as perguntas 4 e 8 do questionário aplicado ao

público geral. ........................................................................................................ 118

TABELA 02 – Análise entre as perguntas 4 e 9 do questionário aplicado ao

público geral. ........................................................................................................ 118

TABELA 03 – Análise entre as perguntas 5 e 7 do questionário aplicado ao

público geral. ........................................................................................................ 119

TABELA 04 – Análise entre as perguntas 2 e 5 do questionário aplicado ao

público geral. ........................................................................................................ 119

TABELA 05 – Análise entre as perguntas 2 e 11 do questionário aplicado aos

praticantes de surf. ............................................................................................. 119

TABELA 06 – Aspectos positivos e negativos da Alternativa I. .......................129

TABELA 07 – Aspectos positivos e negativos da Alternativa II. ..................... 131

TABELA 08 – Aspectos positivos e negativos da Alternativa III. .................... 133

TABELA 09 - Utilização em função do peso e velocidade............................... 148

TABELA 10 - Materiais e processos................................................................... 152

TABELA 11 - Materiais e valores........................................................................ 171

TABELA 12 - Materiais.......................................................................................... 173

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16

RESUMO

Este relatório é um trabalho apresentado como TCC do curso de Design

Industrial da Universidade do Vale do Itajaí. Trata-se do desenvolvimento de um

produto para praticantes de surf, que propicie aos mesmos praticar a atividade

mesmo que em condições adversas, como a falta de ondas ou local adequado.

Foram feitas pesquisas bibliográficas e uma pesquisa de campo para se

identificar fatores relevantes no desenvolvimento do projeto, e com o auxílio destas

informações desenvolvidas alternativas ao problema de projeto.

Após a definição da alternativa que seria implementada, partiu-se para as

funções do produto, onde foram analisadas as funções e definidos itens

ergonômicos do projeto, e posteriormente a definição do memorial descritivo, onde

foram definidas a função formal, os aspectos técnicos, os materiais, o sistema de

produção e as tecnologias empregadas no produto. Ao final do memorial descritivo,

foram definidos os aspectos estratégicos e elaborados o desenho renderizado, o

desenho técnico e o modelo final do produto desenvolvido.

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17

ABSTRACT

This report is a work presented as TCC of the course of Industrial Design from

the Universidade do Vale do Itajai.

One is about the development of a product for practitioners of surf, that it

propitiates to the same ones to practise the same activity that in adverse conditions,

as the lack of waves or adequate place. Bibliographical research had been made and

a field research to identify excellent factors in the development of the project, and

with the aid of these information developed alternative to the project problem.

After the definition of the alternative that would be implemented, was changed

the functions of the product, where the functions and defined itens of the project had

been ergonomic analyzed, and later the petition, where the formal function, the

technician aspects, the materials, the production system and the technologies used

in the product had been defined. To the end of the petition, the strategical aspects

was defined and the renderer drawing was elaborated, the technical drawing and the

final model had been defined.

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho consiste em um desenvolvimento de produto para

praticantes de surf, que devido à inúmeros fatores muitas vezes ficam

impossibilitados de praticar o esporte. Por esse motivo foi constatado que seria uma

área de muito boa aceitabilidade, e optandou-se pela criação e desenvolvimento de

um produto que permita a prática do surf a qualquer momento que se deseje.

Os capítulos a seguir tratam do desenvolvimento do projeto e produto.

1.1 Contextualização

Para realizar a graduação no Curso de Design Industrial, da Universidade do

Vale do Itajaí – UNIVALI, o acadêmico deve realizar um trabalho de conclusão de

curso (TCC), com a finalidade de criar um produto voltado para o lazer ou turismo.

O lazer deixou de ser considerado somente como o momento de repouso,

sendo definido também como a reprodução da força de trabalho nas horas de lazer,

onde a pessoa busca divertir-se e desligar-se de todas as suas tarefas e

preocupações.

A maioria das cidades desenvolve uma preocupação com o lazer, e na sua

maioria, estão voltadas para bens e serviços ligados ao mesmo, sejam com serviços

ligados à cultura, alimentação, esporte ou somente recreação.

O lazer é uma área que está sempre em constante evolução, pois sempre tem

de existir novos produtos que despertem interesse dos usuários, que permitam a

prática de lazer escolhida, que facilitem a suas atividades ou até mesmo que

auxiliem na correção de possíveis problemas, sejam eles problemas ergonômicos ou

problemas de projeto.

Assim decidiu-se por em prática o projeto de uma onda artificial, visando

oferecer aos usuários que não tem como chegar ao mar uma experiência similar ao

surf, e mesmo aos que têm possibilidade de estar sempre em contato com o mar

uma experiência interessante.

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19

1.2 Objetivo Geral

Desenvolver um produto que permita praticantes de atividades de lazer

entreter-se e obter a experiência da prática do surf similar ao surf no mar, mesmo

que não haja condições da prática do esporte no mar.

1.3 Objetivos Específicos

Identificar as necessidades e desejos dos praticantes de surf, através da

realização de diferentes pesquisas.

Obter as informações necessárias para a elaboração de um produto que

possibilite praticar o Surf, mesmo estando distante de ondas naturais, simulando

a ação e forma de uma onda natural do mar.

Inovar o produto para obter um aspecto visual arrojado, não apenas do produto,

mas do ambiente em que é utilizado.

Possibilitar a experiência de surfar, treinar ou recrear-se, mesmo em condições

adversas, onde não seria possível a prática do surf, seja pela distância do mar,

ausência de ondas por fatores geográficos ou climáticos, ou quaisquer fatores

que impossibilitem o usuário de praticar o mesmo.

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20

1.4 Justificativa

A análise se faz necessária com o intuito de auxiliar na execução de um

produto que visa proporcionar a pessoas em atividade de lazer experiências

similares ao surf no mar, tornando o produto com características mais similares

possível com as ideais para a prática do surf.

Por ser um produto inovador, exigir tecnologia, e investimento, ficar à vista

das pessoas, sejam elas praticantes ou meros expectadores, e estar relacionado

com esportes radicais, o produto deve ter um design inovador, e que tenha uma

estética condizente com a atividade praticada.

Pode-se observar a necessidade de um produto que simule o ambiente da

prática do surf tanto pela quantidade de praticantes que muitas vezes ficam sem ter

um local adequado para a prática da atividade, e que é estimada pela ASP, a

Associação dos Surfistas Profissionais, doze milhões de praticantes, quanto pelos

benefícios proporcionados pelo esporte. Sejam eles, benefícios psicológicos como a

melhora da auto-estime e a redução do estresse, bem como benefícios físicos, como

o aumento da massa muscular, o aumento da capacidade pulmonar e a melhora no

sistema vascular, benefícios esses que fazem o corpo trabalhar corretamente e

evitam doenças e problemas de saúde.

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21

2 .0 METODOLOGIA DE PROJETO E PESQUISA

O método para a execução desse projeto foi o MD3E, desenvolvido por

Santos (2000), que consiste no desdobramento do projeto em três etapas, pré-

concepção, concepção e pós-concepção, sendo estas três etapas subdivididas em

mais três, conforme a Figura 01.

Figura 01: MD3E.

Fonte: Santos (2005).

O primeiro passo para o desenvolvimento do projeto é a Pré-Concepção,

onde é feita uma pesquisa bibliográfica para a fundamentação do projeto,

abrangendo as áreas de lazer, turismo de lazer, bem como outras áreas que são

ligadas ao lazer. Em seguida é feita uma pesquisa de lazer esportivo, esportes e

sobre Surf.

Após toda a pesquisa sobre o lazer e a área escolhida, inicia-se a pesquisa

de produtos concorrentes, existentes no mercado, onde é feita uma análise dos

produtos que o mercado oferece atualmente, chamando-se essa etapa de estado do

design.

Inicia-se a pesquisa de campo através de entrevistas com surfistas

profissionais, fabricantes de equipamentos para o surf e parques aquáticos e

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proprietários de parques aquáticos, sendo as mesmas feitas no local da fábrica ou

no próprio parque aquático, afim de que se possa aproveitar estes resultados para

uma visita ao estabelecimento. Estando as entrevistas feitas é dado

prosseguimento, feita com pessoas, praticantes de surf ou usuários de parques

aquáticos, de ambos os sexos, para identificar problemas existentes, soluções e

satisfação do cliente.

Com a coleta de todas essas informações, inicia-se a fase da fundamentação

do projeto, onde se encontra a justificativa, o briefing e a conceituação. A partir daí

tem-se toda a parte de concepção, onde alternativas para que se resolva a

problemática são geradas através de técnicas de criatividade. Alternativas estas que

sofrem análise afim de escolher-se a alternativa que melhor se encaixa e resolve os

problemas do projeto.

Então se inicia a pós-concepção, onde é fabricado o modelo volumétrico,

desenho técnico, perspectiva, renderings e ambientação e confecção do protótipo. A

partir daí, tem-se o memorial descritivo do projeto, onde são analisadas a estética,

formas, função de uso, função ergonômica, função técnica, função operacional,

função informacional e função de marketing.

2.1 Ferramentas de Projeto

São usadas várias ferramentas pra auxiliar no desenvolvimento do projeto,

ferramentas para solucionar problemas específicos, organização do trabalho,

escolher nome para o produto, gerar idéias entre outras.

2.1.1 Ferramenta de Definição do Problema

BAXTER (1995), em seu livro Projeto de Produto, sugere que na definição do

problema o designer ou pesquisador realize oito perguntas, perguntas estas que por

sua resposta auxiliam na elaboração do problema de projeto, o qual deve ser

resolvido, as suas fronteiras e o espaço do problema. Esta ferramenta será aplicada

no início do projeto.

2.1.2 Análise da Problemática

É uma análise feita com os produtos já existentes no mercado, onde se

analisam pontos positivos e negativos, vantagens e desvantagens, em todos os

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23

aspectos funcionais, ergonômicos, formais, tecnológicos, dimensionamento, estudo

de cores, acabamento e de marketing.

2.1.3 Briefing

Briefing é a ferramenta através da qual são passadas as informações do

solicitante do projeto para o designer através de um formulário de perguntas e

respostas. O briefing auxilia o designer passando resumidamente as informações

mais importantes, fazendo com que o mesmo encontre facilmente as características

e conceitos que deverá utilizar na concepção do produto.

2.1.4 Writestorming

O Writestorming é uma ferramenta que consiste em escrever conceitos e

possíveis soluções que devem ser lavados em conta e auxiliem na solução do

Problema de Projeto, executado em tempo pré determinado.

2.1.5 Painel Semântico

Segundo Baxter (1995), o painel semântico serve para transmitir sentimentos

e emoções. É um painel com imagens que podem representar estilo de vida,

expressão do produto, resistência, conceitos que sejam relevantes na criação do

produto, entre outros.

2.1.6 Benchmarking

O Benchmarking é uma ferramenta que auxilia na obtenção das informações

necessárias para que se obtenha vantagens competitivas, auxiliando a estabelecer

metas, padrões de qualidade e liderança. É uma ferramenta que dá um grande

auxilio de melhoria contínua, fazendo com que se compreenda processo, auxilia a

analisar os pontos positivos dos produtos das empresas concorrentes e implantar o

que é viável ao próprio produto desenvolvido.

2.2 Cronograma

Cronograma é uma ferramenta composta por um calendário onde são

pré-definidas as datas em que cada etapa do projeto deve ser realizada, ferramenta

esta que auxilia o projetista para de que não se deixe partes do projeto a serem

realizadas sem o tempo necessário, facilitando assim o desenvolvimento do mesmo.

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24

Com essa finalidade, foram desenvolvidos cronogramas contendo todas as

etapas do projeto.

2005

Dia-Agosto 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Metodologia *

PB - Livros * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

PB - Internet * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

PB - Revistas * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Figura 02: Cronograma.

Fonte: Arquivo pessoal.

Dia-

Setembro 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

PC – Elab.

dos Quest. * * * *

PC – Aplic.

dos Quest. * * * * * * * * * * * * * * * *

PC - Análise

dos Quest. * * * * *

Ferramentas

def.

problema

* * *

Análise da

problemática * * *

Figura 03: Cronograma.

Fonte: Arquivo pessoal.

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25

Dia-Outubro 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Briefing * *

Painel

Semântico * *

Análise * *

Pré-banca I * * *

Conceituação * * * * * * * * * * * * *

Concepção * * * * * * * *

Escolha das

alternativas * * * *

Figura 04: Cronograma.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Dia-

Novembro 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Detalhamento * * * * * * *

Pré-banca II * * *

Finalização * * * * * * * * * * * *

Figura 05: Cronograma.

Fonte: Arquivo pessoal.

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26

2006

Dia-Março 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Definição

da

alternativa

*

Modelo

volumétrico

e

adequação

* * * * * * * * *

Aspectos

físicos do

produto -

Ergonomia

* * * * * * * * * * * * * * * * *

Figura 06: Cronograma

Fonte: Arquivo pessoal.

Dia-Abril 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Aspectos

físicos do

produto -

Operacional

* * * * * * * * *

Aspectos

físicos do

produto -

Estético-

Formal

* * * * * * * * * *

Aspectos

técnicos * * * * * * * * * * *

Figura 07: Cronograma

Fonte: Arquivo pessoal.

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27

Dia-Maio 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Aspectos

estratégicos * * * * * * * * * * * * *

Ajustes * * * * *

Desenho

Técnico * * * * *

Correção * * * * * * * *

Contrução

do modelo * * * * *

Figura 08: Cronograma

Fonte: Arquivo pessoal.

Dia-Junho 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Contrução do

modelo * * * * * * *

Montagem da

apresentação * * * * * * * * * * * *

Ajustes finais * * * * * *

Entrega

relatório *

Apresentação *

Figura 09: Cronograma

Fonte: Arquivo pessoal.

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3.0 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Com a finalidade de se obter a fundamentação teórica necessária para o

desenvolvimento do projeto, obtendo resultados a respeito de todos os aspectos que

possam estar envolvidos e possam ser relevantes ao mesmo, é feita uma análise

bibliográfica, pesquisando-se sobre esses assuntos em livros, periódicos e internet,

em data pré-estabelecida no cronograma.

3.1 Tempo Livre

Segundo Giraldi (1993, p.75): “Tempo Livre é a parcela de tempo linear

marcado pelo relógio e que cada um de nós possui para si, após o cumprimento das

atividades profissionais e sócio familiares”. Ainda segundo Giraldi(1993, p75): ”o

Tempo Livre pode ser classificado em Tempo Morto, Tempo Comprometido e Tempo

de Lazer”.

3.1.1 Tempo Morto

Segundo a classificação de Giraldi (1993, p.75): “a primeira divisão do Tempo

Livre é o Tempo morto, que pode ser considerado como o tempo gasto para

satisfazer as necessidades biológicas da pessoa, o tempo que obrigatóriamente

deve ser gasto para manter o bem estar e a saúde da pessoa.”

Atividades como dormir, comer, escovar os dentes, dentre tantas outras que

são executadas diariamente pelas pessoas afim de manter a saúde e higiene, e que

não devem ser dispensadas são consideradas como Tempo Morto.

Figura 10: Escovando os dentes.

Fonte: http://www.seinenabc.blogger.com.br.

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29

3.1.2 Tempo Comprometido

Outra divisão sugerida por Giraldi (1993) para o Tempo Livre é o Tempo

comprometido, que é o tempo utilizado para desempenhar a função de cada

indivíduo.

Na sociedade atual praticamente todos desempenham uma função, as

pessoas que não desempenham uma função para com a sociedade, ao menos

desempenham uma função para si próprias, pois tem que no mínimo conseguir

comida e suprir suas necessidades básicas. Esse tempo gasto nas funções sociais,

como o trabalho, nas obrigações para com a família e religião são considerados

Tempo Comprometido, pois nesse tempo a pessoa não poderá executar atividades

de lazer.

Figura 11: Trabalho.

Fonte: http://www.apcdpiracicaba.org.br.

3.1.3 Tempo de Lazer

Ainda segundo Giraldi (1993, p.75): ”a terceira divisão possível para o Tempo

Livre é o Tempo de Lazer, que compreende o tempo que o indivíduo dispõe para

praticar atividades de descanso e divertimento.”

Mesmo que seja considerado por grande parte da população como uma

atividade de recreação, a atividade de lazer pode ter conteúdos de lazer dos mais

variados.

Atividades de descanso e divertimento são atividades de lazer que são

consideradas higienizadoras mentais, pois quebram a rotina e liberam a imaginação,

bem como outras atividades trazem um desenvolvimento social e cultural, fazendo

com que o lazer se torne uma ocupação altamente educativa.

Lazer pode ser considerado então como o conjunto de ocupações que o individuo

pratica por livre vontade, seja para divertir-se, repousar, recrear ou entreter-se,

diferenciadas das ocupações familiares, profissionais e sociais.

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Muitas vezes o tempo de lazer é utilizado na prática de atividades físicas,

devido à crescente ligação feita entre a atividade física e o bem estar pessoal feita

pela mídia e profissionais do ramo.

Por este motivo o tempo de lazer está situado dentro do Tempo Livre, o

tempo que a pessoa esta livre de suas obrigações. Não pode ser considerado como

tempo livre o tempo gerado pelo desemprego, que deve ser tratado como tempo

desocupado, pois a pessoa estando nessas circunstancias não tem condições de

desenvolver atitudes que auxiliem no desenvolvimento do lazer.

Figura 12: Pescando.

Fonte: http://www.flyfishing-argentina.com.

O tempo de lazer tem muitas subdivisões, muitas atividades compreendidas dentro

do mesmo, porém, foram escolhidas para a pesquisa de fundamentação teórica

atividades que tivesse algum tipo de influência ou ligação com o tema escolhido,

como Atividade Cultural, Atividades Gastronômicas, Atividades de Turismo e

Atividades Físicas e Esportivas.

3.1.3.1 Atividades Culturais

Sempre foi de conhecimento geral que as pessoas dispensam boa parte do

seu tempo em frente à televisão, e com a globalização atual, a vida cada vez mais

atribulada e com menos tempo livre, as pessoas passam a procurar atividades de

lazer próximas de si, e que ocupem o menor tempo possível.

Com essa procura crescente por atividades de lazer rápidas, as atividades

culturais ganham cada vez mais força, pois é muito mais fácil para uma pessoa que

mora em uma cidade grande dispensar 2 horas do seu descanso indo ao cinema, ou

15 minutos de seu dia em frente à televisão, do que se deslocar até algum lugar

distante para praticar alguma outra atividade.

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Mesmo pessoas que praticam outras atividades de lazer, como atividades

esportivas ou turismo, nas horas que sobram acabam tendo o lazer cultural, visto

que na maioria das vezes é um lazer contemplativo, em que a pessoa está

descansando e por muitas vezes nem se dá conta que está praticando esta

atividade.

Figura 13: Assistindo TV.

Fonte: http://www.multirio.rj.gov.br.

Existem ainda as pessoas que praticam a atividade cultural de lazer, sem

somente presenciá-la, mas participando da criação, estas estarão também

praticando atividade física e mental, e por isso terão o enriquecimento da mente,

integrada com o exercício da escolha individual.

3.1.3.2 Atividades Gastronômicas

Uma importante vertente da atividade de lazer é o Lazer Gatronômico, no qual

o praticante prepara comidas e bebidas pelo simples prazer de “acertar” a receita,

seja ela uma receita indicada ou uma receita criada na hora, o que transforma o

Tempo Comprometido em Tempo de Lazer. Neste tipo de lazer o principal atrativo é

propiciar a si mesmo e aos convidados a degustação do alimento feito, integrando

as pessoas tanto no momento do preparo quanto da degustação.

Figura 14: Atividade Gastronômica.

Fonte: http://graaffloris.com.

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Existe ainda um outro tipo de Lazer Gastronômico, onde o praticante ao invés

de preparar o alimento somente vai ao local para fazer a degustação, transformando

o Tempo Morto, no Tempo de Lazer, como pode-se citar o exemplo de apreciadores

de queijos e vinhos, que vão à vinícolas e cantinas para fazer a degustação de

vinhos e queijos.

3.1.3.3 Atividade de Turismo

Graças ao desenvolvimento dos transportes, as facilidades de financiamento

e o barateamento dos mesmos, a Atividade de Lazer de Turismo deixou de ser uma

atividade elitizada para se tornar um fenômeno de massa.

Visitar lugares novos e conhecer novas culturas são pontos que muito atraem

as pessoas, e em vista da vida estressante do mundo globalizado, sair do local onde

passa a maior parte do tempo para conhecer lugares novos, ou até mesmo um lugar

conhecido, mas onde a pessoa possa se “desconectar” dos problemas diários é um

meio de lazer muito utilizado.

A atividade de lazer voltada ao turismo é a que atividade que mais invade e

se conecta com as outras, pois para se praticar todos os outros tipos de atividade de

lazer pode-se fazer uso do turismo, como podemos observar no exemplo de alguém

que vai praticar esportes em um local longe de casa, alguém que assistir à uma

peça de teatro em uma cidade vizinha ou alguém que vai em viagem a um país

estranho e degusta das novas bebidas e comidas conhecidas.

Figura 15: Turismo.

Fonte: http://www.mpa-garching.mpg.de/~jcuadra.

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33

3.1.3.4 Atividades Físicas e Esportivas

A pratica da atividade física no esporte é feita levando-se em conta alguns

critérios, como sexo, idade, condições sócio-econômicas e a habilidade do

praticante. Pode-se tomar como exemplo o surf, que deixa de atender grande parte

da população, pois demanda de habilidade do praticante e um local próprio para a

pratica do mesmo.

Um critério considerado de suma importância é a idade, pois algumas

atividades físicas dependem da idade e condicionamento físico do praticante, como

pode ser observado no exemplo de uma criança pequena, que terá dificuldade de

praticar atividades que lhe exijam forca física, ou de uma pessoa idosa terá

dificuldade de praticar alguma atividade que lhe exija equilíbrio.

Pode se finalmente considerar este tipo de lazer como sendo algo que não

decorre de imposição, pois o esforço exigido pela atividade física como lazer pode

ser considerado como sendo o próprio objetivo da atividade desenvolvida.

Outra vertente da atividade física é o ato de assistir a prática esportiva, o que

é praticado por uma parcela bem maior da população, e deve ser respeitado da

mesma forma. Porém ambas as hipóteses devem ser consideradas como

importantes formas de lazer, seja pela quantidade de adeptos ou mesmo pelo papel

positivo que desempenham na sociedade.

As modalidades esportivas costumam ser classificadas de acordo com o

ambiente no qual são praticadas, tanto no Brasil como no exterior, como aéreas,

aquáticas e terrestres. (UVINHA, 2003).

Figura 16: Atividade Física.

Fonte: http://www.quid.fr.

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34

3.2 Esportes Terrestres

De acordo com a classificação de Uvinha (2003), a primeira classificação

possível para as Atividades Físicas e Esportivas é os Esportes Terrestres, que

compreendem as atividades praticadas em terra.

Graças à terra ser o ambiente do Homem, ele passa a maior parte do seu

tempo nela, e por isso tem maior capacidade de criar coisas relacionadas à terra, e

com os esportes não pode ser diferente.

Existem milhares de esportes e jogos terrestres criados pelo homem, variando

de lutas a jogos, de esportes onde usa-se somente a força física até esportes à

motor.

Os Esportes Terrestres podem ter estas muitas divisões e subdivisões, como

nos Esportes onde se usa equipamentos com rodas, onde há diversas ramificações

e podem varias dos radicais como o skate, onde a propulsão é humana até o

automobilismo, onde a propulsão acontece por motor à combustão. Esportes da

Natureza, como o tracking, e Esportes Acrobáticos como o Ginástica e In-Line

Patins. É importante que se cite também os esportes de grupo, como o vôlei,

basquete, e tantos outros praticados em terra.

De acordo com o esporte que se deseja praticar existe o local certo, que pode

ser natural, como as florestas e cannions do tracking e cannioning, os pouco

modificados, como as trilhas para o DownHill de Bicicletas e Mountain Bike, e os

totalmente construídos, como as pistas de Skate, de automobilismo e as quadras

para esportes de grupo, como o Vôlei e o Basquete.

Figura 17: Vôlei.

Fonte: http://www.cob.org.br.

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Figura 18: Rally de Velocidade.

Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt.

Figura 19: Bicicross.

Fonte: http://www.cbbx.com.br.

Figura 20: Ginástica.

Fonte: http://www.prof2000.pt.

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3.3 Esportes Aéreos

A segunda classificação para as Atividades Físicas e Esportivas proposta por

Uvinha (2003) é os Esportes Aéreos, que são os esportes praticados no ar.

Apesar de o Ar não ser o ambiente onde o homem passa a maior parte do

seu tempo, após a invenção do avião e de equipamentos de segurança mais fortes e

adequados aos esportes, os Esportes Aéreos tiveram uma grande expansão.

Este tipo de esporte pode ser ainda dividido entre as modalidades que partem

de uma base fixa, como no caso do Bungee Jump, o Rappel e a Asa Delta, e os que

partem de uma base móvel, como é o caso do Skydive e o Paraquedismo, devido à

necessidade de se partir de uma maior altitude para que haja tempo de se executar

todas as manobras acrobáticas e de pouso com segurança.

Figura 21: Bungee Jump.

Fonte: http://www.toys4kids.com.mx.

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Figura 22: Sky Dive.

Fonte: http://www.skydiveorange.com.

Figura 23: Para-Quedismo.

Fonte: http://ruggedelegantliving.com.

3.4 Esportes Aquáticos

A terceira e última classificação proposta por Uvinha (2003) para as

Atividades Físicas e Esportivas é os Esportes Aquáticos, que são todas as

atividades esportivas praticadas em meio aquático.

Os Esportes Radicais Aquáticos, apesar de serem praticados em local

diferente do que vivemos, a água, apresentam inúmeras modalidades, que são

praticadas em diferentes locais.

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Existem tipos de Esportes Aquáticos que são praticados exclusivamente no

mar, em água salgada, como Surf de Ondas Gigantes, e também modalidades que

são praticadas somente em água doce, corredeiras de rios e cachoeiras, como no

caso do Nado Sincronizado, Rafting, Kayaking, e o Bóia Cross, porém, em geral os

esportes aquáticos podem ser praticados em água doce ou salgada, em piscinas,

rios, lagoas ou no mar, dependendo exclusivamente da modalidade praticada para

que se faça a escolha do ambiente.

Para a escolha do ambiente, leva-se em conta a profundidade necessária, a

correnteza no caso de rios, a força das ondas no caso de mar e o tamanho da

piscina, lago ou lagoa, no caso de modalidades onde há a utilização de

embarcações, ou que se deseje uma área delimitada precisamente.

Existem ainda as adaptações, como no caso do Surf e Bodyboard na

Pororoca e em piscinas, em que o equipamento sofre modificações afim de obter

uma melhor adaptação às condições do ambiente que não são as ideais para a

prática dos mesmos.

Figura 24: Nado Sincronizado.

Fonte: http://www.foresight.com.br.

Figura 25: Jet-Boating.

Fonte: http://www.tracymoseley.com.

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Figura 26: Freestyle JetSki.

Fonte: http://360graus.terra.com.br.

Figura 27: Pólo Aquático.

Fonte: http://www.clubepaineiras.com.br.

3.4.1 Natação

Na antiguidade, saber nadar era uma importante arma que o homem

dispunha para sobreviver. E muitos dos nados de cometição foram baseados nos

estilos de nado praticados pelos indígenas. Como a natação é um exercício que

trabalha a maioria dos grupos musculares do corpo, e a cultura grega cultuava a

beleza física, a prática da natação tornou-se importante para o desenvolvimento

harmonioso do corpo. Acredita-se que já nesta época a competição era praticada, e

os melhores nadadores eram homenageados com estátuas. O esporte também era

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incluído no treino dos guerreiros, os romanos tinham na natação um importante

aliado para obter uma melhor preparação física.

Com a queda do império Romano, a natação praticamente desapareceu até a

idade média, onde a natação era vista com temor, por haver suspeitas que a sua

prática disseminasse epidemias, comuns na época, que foram desmentidas na

época do renascimento, quando surgiram piscinas públicas, a partira da construída

em paris, por Luis XIV.

A natação começou a ser difundida somente após a primeira metade do

século XIX quando começou a progredir como desporto, a partira das primeiras

provas realizadas em Londres, porém em um único estilo, com uma braçada de

peito, executada de lado, que passou mais tarde a ser executada de frente, levando-

se os dois braços por cima da água.

A partir desta modificação, a natação passou por inúmeras adaptações, até

chegar aos estilos existentes hoje em dia, o Crawl, Costas, Peito, e Borboleta, sendo

que o Crawl é o estilo mais rápido.

Figura 28: Natação.

Fonte: http://www.cdof.com.br.

Funcionamento:

De acordo com os sites da Federação Amazonense de Natação e com a

Enciclopédia virtual Wikipédia, a natação é dividida em quatro estilos básicos, são

eles.

-Nado de Costas

Neste tipo de nado, o nadador permanece todo o percurso com o abdome

voltado para fora da água. A batida de pernas é semelhante à do Crawl. Os braços

alongam-se por sobre a cabeça alternadamente entram na água passando junto à

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orelha, com a palma da mão virada para fora, de tal forma que o dedo mínimo seja o

primeiro a penetrar na água. Em seus movimento até o quadril, o braço empurra a

água e impulsiona o corpo na direção contrária.

Figura 29: Nado de Costas.

Fonte: http://www.terra.com.br.

-Nado de Peito

Este é o mais lento dos estilos, é executado com o corpo e os braços

estendidos, as palmas das mãos voltadas para fora e o rosto dentro da água. As

pernas são trazidas para junto do corpo, com os joelhos dobrados e abertos

enquanto os braços se abrem e recolhem à altura do peito. em seguida, as pernas

são impelidas para trás, para impulsionarem o nadador, num movimento parecido

com o da rã,ao mesmo tempo em que os braços são estendidos para frente. A

inspiração de ar é feita no final da puxada do braço, quando o nadador ergue a

cabeça para fora da água.

Figura 30: Nado de Peito.

Fonte: http://www.atarde.com.br.

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-Nado Crawl

No crawl, o nadador começa a prova do bloco de partida. Para mergulhar, ele

deve imaginar que está caindo em um buraco. Dessa forma, seu corpo cria menos

atrito com a água e, conseqüentemente, consegue ir mais longe com o mergulho.

Para o realizar o mergulho correto, recomenda-se aos iniciantes observarem bem a

posição do corpo na hora da saída. Os joelhos devem ser bem flexionados, os

braços esticados à frente, sempre na altura das orelhas. No momento em que ouvir

o sinal de partida, o nadador salta e mantém esse posicionamento. Dessa forma,

além de executar uma saída correta, o atleta está protegendo a sua própria cabeça.

O estilo Crawl, é considerado estilo livre, onde o nadador poderá usar um

estilo próprio, porém o estilo mais usual é o que o nadador movimenta os braços e

as pernas alternadamente para cima e para baixo, mantendo-se de barriga para

baixo.

Figura 31: Nado Crawl.

Fonte: http://cpj.planetaclix.pt.

-Nado Borboleta

O nado borboleta assemelha-se ao crawl. As pernas e os braços movem-se

de modo parecido, com a diferença de que as pernas e os braços se mexem ao

mesmo tempo.

Nesse estilo, também não há um a compensação de ombros, isto é, o

nadador não realiza o movimento rotatório dos ombros e dos quadris, quando

ocorrer a passagem da água. Por isso, ele exige do nadador mais força para

enfrentar a resistência da água e é também bastante cansativo.

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Figura 32: Nado Borboleta.

Fonte: http://www.aoa.com.br.

Equipamentos:

Sunga ou roupa extremamente leve e que tenha pouco atrito com a água,

óculos para natação e touca.

3.4.2 Canoagem

Há 6000 anos já se usava a canoa como meio de transporte, sendo na época

uma necessidade dos povos, principalmente dos esquimós, os pioneiros, que faziam

suas embarcações de madeira e peles, tornando estas embarcações leves e

rápidas..

Com o passar dos séculos, transformou-se em esporte, através do esforço do

inglês John McGregor, que fundou em 1865 o Clube Real de Canoagem, em

Londres, enquanto que a canoa era utilizada por indígenas no interior do continente

americano para sua locomoção, e o caiaque era utilizado pelos esquimós para

pescar e transportá-los entre dois pontos da costa. Esses caiaques rudimentares

eram formados por uma estrutura de madeira, revestida com pele de foca e

calafetada com a gordura das articulações dos animais.

O interesse pelo esporte foi crescendo e a partir de 1936, nos Jogos Olímpicos de

Berlim, passou a constar do programa oficial dos jogos olímpicos, onde se passou a

utilizar canoas, e novamente na Alemanha, nos Jogos Olímpicos de Munique, em

1972, a modalidade "Slalom" surgiu como esporte de demonstração, vindo a figurar

no quadro de medalhas somente nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992.

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Hoje a Canoagem é um dos esportes aquáticos mais praticados do mundo em

diversas modalidades distintas, entre elas Oceânica, Águas Brancas, Onda,

Velocidade e Pólo.

Figura 33: Canoagem.

Fonte: http://360graus.terra.com.br.

Funcionamento:

De acordo com a Confederação Brasileira de Canoagem, a canoagem é

dividida entre muitas categorias, onde se destacam as seguintes:

-Velocidade

Velocidade é uma modalidade essencialmente de competição, que é

praticada em rios ou lagos de águas calmas com 9 raias demarcadas nas distâncias

de 1.000, 500 e 200 metros, em canoas de 1, 2 ou 4 pessoas.

Figura 34: Canoagem estilo Velocidade.

Fonte: http://360graus.terra.com.br.

-Slalom

O Slalom é praticado em rios com corredeiras, num percurso que varia entre

250 e 400 metros onde através de arames suspensos são penduradas até 25 portas

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que devem ser ultrapassadas na seqüência numérica e no sentido indicados. Cada

toque do canoísta, embarcação ou remo em qualquer uma das balizas acrescenta 2

segundos ao seu tempo, e a não passagem pela porta implica em 50 segundos a

mais no tempo final, vencendo o competidor que fizer o menor tempo.

Figura 35: Canoagem estilo Slalon.

Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt.

-Adaptada

Canoagem Adaptada é a canoagem executada por pessoas portadoras de

necessidades especiais, onde o praticante pode ou não usar de equipamentos

extras que o auxiliem a desenvolver o seu melhor rendimento com segurança e

saúde. As adaptações podem ser nos barcos ou externas, ou seja, gestos e

comunicação por sons especiais e até adaptações nas regras.

Figura 36: Canoagem estilo Adaptada.

Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt.

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-Descida

O competidor tem que demonstrar o controle sobre seu barco em águas

rápidas enquanto percorre uma pista pré-definida no menor tempo possível.

Figura 37: Canoagem estilo Descida.

Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt

-Maratona

Nas competições de maratona o competidor percorre uma distância longa

designada, levando em conta possíveis obstáculos que possa vir a enfrentar e até

mesmo ter que sair do barco para transpor.

Figura 38: Canoagem estilo Maratona.

Fonte: http://cardoso.com.sapo.pt.

Equipamentos:

Embarcação de acordo com a modalidade escolhida, remo, colete salva vidas

e capacete.

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3.4.3 Vela ou Iatismo

Visto que o homem é um animal terrestre, vencer a água foi um dos seus

maiores desafios, desde a antiguidade o homem constroi embarcações dos mais

diferentes tipos e materiais afim de fazer travessias em rios ou mares.

A Vela, como esporte, surgiu no século 17. Originada na Holanda, foi

introduzida na Inglaterra pelo rei Carlos II, em 1860, e se tornou esporte olímpico em

1900, no entanto saiu das olimpíadas em 1904, retornando em 1908 e

permanecendo até os dias de hoje. Algumas fontes afirmam que a origem do Iatismo

se deu por uma aposta feita entre Carlos II e seu irmão, o duque de York, afim de

determinar qual de suas embarcações seria a mais veloz.

Iatismo na época atual se entende por competições esportivas envolvendo

barcos movidos unicamente às custas do vento. As competições da vela envolvem

os mais diferentes tipos de embarcações, que são separadas de acordo com as

categorias, conhecidas como classes.

Figura 39: Iatismo.

Fonte: http://rio2002negocios.com.br.

Funcionamento:

As competições da Vela são formadas por séries de regatas, que são as

corridas do iatismo. Em cada regata o barco soma determinado números de pontos

de acordo com sua posição de chegada. Vence a competição aquele que somar o

menor número de pontos ao final da série de regatas.

A vela é um esporte olímpico desde 1900 e as classes que participarão dos

próximos Jogos Olímpicos, em Pequim, no ano de 2008 são a Tornado, 49er,

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Yngling, Star, 470 masculina e feminina, Finn (masculina), Laser masculina e

feminina e a Prancha à Vela masculina e feminina.

Figura 40: Regata de Iatismo.

Fonte: http://www.portoseguro.org.br.

Equipamentos:

Embarcações, com todo o aparato próprio de cada modelo e coletes salva

vidas.

3.4.4 - Esportes Radicais

De acordo com Cortez (2003): “Esportes Radicais são os esportes que

buscam o limite, o estremo da aventura, dificuldade e desafio.”

Tempos atrás facilmente se distinguia os diversos tipos de esportes

existentes. Com a proximidade cada vez maior entre o homem e a natureza, e a

busca por novas emoções, surgiram os esportes radicais.

Os esportes radicais nasceram com a vontade das pessoas de superar seus

limites e de provar uma carga maior de adrenalina, desenvolvendo habilidades

específicas em cada tipo de atividade.

Há esportes para a superação pessoal, como o Rappel. Outros são ideais

para desenvolver a capacidade de enfrentar riscos, como o Pára-Quedismo existem

também esportes adequados para formação de times porque exige integração

perfeita da tripulação, como o Iatismo.

Todo atleta praticante, profissional ou não, sempre respeita as regras e

normas de segurança em suas atividades, além de usar equipamentos específicos

adequados, analisar as condições ambientais como o tempo e a intensidade dos

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ventos, fazendo uso de técnicas corretas, e respeito ao patrimônio ambiental e

sociocultural.

Todas essas preocupações com a segurança transformam os Esportes

Radicais em atividades que podem ser praticadas por homens e mulheres de

quaisquer idades, em grupos ou individualmente, sem nenhum risco. A intenção

maior é testar a resistência física e mental dos praticantes em atividades ora

competitivas, ora não.

Com o crescimento da segurança na prática destes esportes, o aumento da

qualidade dos equipamentos de cada modalidade e os equipamentos de segurança

levou ao crescimento exponencial deste tipo de esporte, crescimento este que pode

ser observado pela criação de jogos conhecidos como Olimpíadas Radicais, o X-

Games, que ocorre desde 1995 incluindo diversas modalidades de esportes radicais

e o Gravity Games que é patrocinado por várias empresas independentes.

São compreendidos entre os esportes radicais algumas das diversas

modalidades de esporte com bicicleta, como o BiciCross, o Downhill, o 4x e o Cross

Country, Esportes aquáticos como o Surf, Wakeboard e o Bodyboard, e esportes

terrestres como o Skate e o Street Luge.

Figura 41: Wakeboard.

Fonte: http://www.harrydeweijer.com.

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Figura 42: Downhill.

Fonte: http://web.mit.edu.

Figura 43: Skate.

Fonte: http://www.scout-out.ch.

3.4.4.1 Wakeboard

Não existe um caminho bem definido da trajetória do esporte, porém existem

algumas pessoas e eventos importantes que ajudaram ao wakeboard tomar a forma

que tem hoje.

Se existir um pioneiro no esporte essa pessoa é o surfista de San Diego, Tony

Finn. Ele misturou o surf com o esqui aquático para inventar o "skurfer". O skurfer

era basicamente uma prancha pequena com nenhuma cinta ou sapata em que o

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esportista ficava em pé. Sem cinta para prender os pés na prancha era sinistro para

levantar e o esportista ficava limitado às cavadas. Mas no verão de 1985, dois

amigos de Tony que praticavam o windsurf, Mike e Mark Pascoe deram uma enorme

contribuição ao esporte. Eles adaptaram cintas e fizeram a furação na prancha de

Tony. A partir deste momento, o praticante já podia saltar e executar manobras.

Essa nova mudança teve suas desvantagens também, pois com isso se tornava

difícil começar a andar em águas profundas, pois era difícil manter a prancha na

superfície. O esporte estava passando por uma fase difícil, precisava de alguém

para solucionar esses novos problemas. Foi aqui que apareceu Herb O`Brien, dono

da H.O. Sports e com um enorme conhecimento em esportes aquáticos.

Em 1990 ele se juntou com alguns dos melhores shapers do Havaí e fez o

primeiro wakeboard , o Hyperlite. A grande sacada foi usar um material que flutua

mas que pode ser submergido sem muito esforço, ao contrário de uma prancha de

surf. Essa nova etapa foi espetacular para o esporte, levando a novos níveis nunca

antes imaginado. O nome "skiboarding" ainda durou algum tempo, mas

wakeboarding logo se tornou nome oficial. Herb O'brien continuou a melhorar a

prancha e pesquisando descobriu que um shape "twin tip" era melhor porque o

praticante podia facilmente trocar de base. A partir daí, Jimmy Redmon, que fundou

a Associação Mundial de Wakeboard (WWA), começou fazer regras e formatos para

as competições. O esporte estourou em 1992 quando começou a ter uma divulgação

na grande mídia com direito a reportagens até no canal esportivo ESPN.

Figura 44: Wakeboard.

Fonte: http://www.robinhoodcamp.com.

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Funcionamento:

O praticante é rebocado por uma lancha esquiando sobre a prancha de wakeboard,

tentando executar as manobras desejadas.

Figura 45: Wakeboard.

Fonte: http://www.genetics.wayne.edu.

Materiais:

Embarcação com motor potente (Recomenda-se no mínimo um motor de

30Hps), corda com manopla para o reboque, Prancha de Wakeboard, Colete Salva-

Vidas e Roupa de Borracha para os dias frios.

3.4.4.2 Bodyboard

O bodyboard é um esporte derivado do Surf, criado, nos moldes existentes

hoje em dia por Tom Morey. Tom Morey não é responsável pela invenção da arte,

ou esporte, ou estilo descer ondas deitado sobre uma pequena prancha, pois

existem relatos datados do século XV mostrando polinésios surfando deitados em

pequenas tábuas. Essas pequenas tábuas rudimentares eram consideradas

pranchas do povo, já que apenas à realeza era permitido surfar em pé, o que se por

lado realmente confere ao surf Stand-up o status de esporte dos reis, por outro

comprova que há mais de quinhentos anos o bodyboarding é a maneira mais

divertida de correr a onda. De volta ao século XX, mais ainda antes de Morey,

diversos tipos de belly boards (pranchas de barriga, literalmente) foram usados: as

planondas de madeira, pranchas de isopor, colchões plásticos infláveis, dentre

outros materiais. Porém coube a Tom Morey o mérito de transformar uma

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brincadeira de praia em um esporte ultra-radical com centenas de milhares de

praticantes por todo o mundo e uma indústria que movimenta muitos milhares de

dólares em equipamentos, campeonatos e mídia. Em 1971, Morey deixou a indústria

de pranchas na Califórnia e mudou-se para o Hawaii, disposto a seguir a carreira de

baterista de jazz. Ao mesmo tempo, Tom não parava de pensar na criação de algo

que fosse a prancha mais veloz, mas que pudesse ser surfada de outra maneira.

Não havia muitas opções naquela época. Ou você comprava uma prancha de isopor

de valor muito baixo que quebrava num segundo ou então um colchão de ar que

dobrava e não fazia curvas.

Figura 46: Fabricação de bodyboard.

Fonte: http://waves.terra.com.br.

Tom Morey fez muitas tentativas até chegar ao que se tornou ideal,

começando por pranchas de 6 pés até chegar às pequenas bodyboards, moldando

blocos de polietileno com um ferro de passar quente até chegar à forma desejada, o

mais largo possível e plano, com bordas inspiradas em um tipo de prancha chamada

Hot Curl, que eram feitas em um ângulo de 45 graus, o que fez com que a prancha

tomasse os moldes ideais para o bodyboard e garantisse o sucesso do esporte.

Figura 47: Bodyboard.

Fonte: http://waveblasters.com.

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Funcionamento:

O praticante deve tentar deslizar a onda executando manobras, utilizando-se

do impulso gerado pelos seus pés-de-pato para conseguir entrar na onda e auxiliar

na execução das manobras.

Figura 48: Bodyboard.

Fonte: http://www.janoszphotos.com.

Materiais:

Prancha de Bodyboard, Leash (Corda utilizada para prender a prancha ao

pulso, afim de que não se perca a prancha), Pés de Pato e Roupa de Borracha para

os dias frios.

3.4.4.3 Kitesurf

A maioria das versões sobre o surgimento das pipas (kites, em inglês) aponta

a China, a mais de dois mil anos atrás como seu lugar de origem, onde até teriam

ajudado a navegação de barcos e o transporte de pesados materiais de construção.

Figura 49: Pipa.

Fonte: http://www.hiflykites.co.za.

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0 explorador italiano Marco Polo teria sido o responsável por levar a invenção

asiática para a Europa, em 1295.

Domina Jalbert, dos EUA, criou em 1964 a primeira pipa que era inflada de ar.

Na década de 70, alguns americanos começaram a usar pára-quedas para puxá-los

sobre esquis aquáticos. Em 1977, o holandês Gijsbertus Panhuise consegue

patentear um equipamento em que uma pessoa em uma prancha é puxada por um

pára-quedas e, em 1978, um catamarã movido à pipa desenvolvido pelo americano

Ian Day ultrapassa a velocidade de 40 Km/h.

Na década de 80, foram feitas várias tentativas esporádicas - bem ou mal sucedidas

- de combinar pipas com canoas, patins, patins de gelos, esquis, esquis aquáticos,

entre outros. Uma delas foi a do suíço Andreas Kuhn, que, sobre uma prancha

similar à de wakeboard e impulsionado por um equipamento de parapente de

aproximadamente 25 metros quadrados, levantava da água. Mostrado pela TV

européia, ele foi provavelmente o primeiro a saltar a alturas elevadas com ventos

fracos.

Mas foi o trabalho de duas famílias, uma americana e uma francesa, também na

década de 80, que iniciou a cronologia para que o kiteboard chegasse à forma que

tem atualmente:

0 americano Bill Roeseler, um projetista da Boeing, e seu filho, Cory, usam

uma espécie de asa delta de estrutura rígida de fibra de carbono para puxá-los

sobre esquis aquáticos. Ao mesmo tempo em que isso ocorria, os irmãos franceses

Bruno e Dominique Legaignoux, navegadores, surfistas e windsurfistas,

desenvolvem uma pipa com câmaras de ar. Uma vez infladas, o ar não mais

escaparia delas, permitindo que fossem erguidas novamente da água sempre que

caíssem, sem precisar da ajuda de terceiros. A invenção é patenteada e

posteriormente esta pipa de estrutura inflável começam a ser vendidas no mercado.

Em 1995, os surfistas americanos Laird Hamilton e Mike Waltze deixam o

Kiteski em evidência ao testar as pipas rígidas com suas pranchas de surfe presas

aos pés. É preciso que, enquanto um está na prancha, o outro ajude a reerguer a

pipa sempre que ela cai na água. 0 windsurfista francês Manu Bertin, radicado em

Maui, chega da Europa com as pipas infláveis dos irmãos Legaignoux e causa

tamanha revolução que é até considerado o inventor do kiteboard. As primeiras

pranchas específicas para o esporte também começam a ser desenvolvidas.

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Após esse desenvolvimento, é disputado em Maui o que foi chamado de I

Campeonato Mundial, nas modalidades Longa Distância, Wave e Slalom. Dos 24

competidores, entre homens e mulheres, 22 usam as pipas infláveis e apenas dois

optam pelos kiteski. 0 americano Marcus Flash Austin é o campeão na classificação

geral, com a pipa inflável. Cory Roeseler, com seu Kiteski, fica em segundo.

Figura 50: Kitesurf.

Fonte: http://www.windthings.co.uk.

Funcionamento:

O praticante deve esquiar sobra a água utilizando-se da prancha para

executar curvas e manobras, sendo puxado pela Pipa que por sua vez é

movimentada pelo vento.

Figura 51: Kitesurf.

Fonte: http://itopwww.epfl.ch.

Materiais:

Prancha de Kitesurt, Colete Salva-Vidas, Pipa e Roupa de Borracha para os

dias frios.

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3.4.4.4 Ski Aquático

Muitas são as lendas a respeito do surgimento do esqui aquático, mas a mais

"aceita" é a que fala do esquiador suiço, que após descer uma montanha gelada, já

em sua base, acabou por terminar sua "performance" nas águas de um lago, graças

à inércia da decida. Passou-se a adaptar uma corda a um barco, para "puxar" os

esquiador sobre as águas. Evidentemente que o mais longe possível das montanhas

geladas.

Os primeiros esquis a surgirem por aqui no Brasil, vieram pelas mãos de

pessoas da sociedade paulistana (por volta dos anos 40/50) importados dos EUA.

Eram todos fabricados em madeira que, depois de tratada, era empenada para ter a

"forma" correta.

Por esta época, esquiava-se sempre com os dois pés (um em cada esqui), e

as evoluções se limitavam à algumas "acrobacias" ousadas para a época, tais como:

pular a marola, ficar agachado, tirar um esqui fora d’água, etc. Foi a partir dos anos

sessenta, que o esqui aquático passou a ser praticado tal como o conhecemos hoje:

quatro modalidades designadas por slalom, saltos na rampa, truques e sola.

No Brasil, o grande introdutor do esqui, e que ainda participa ativamente de

seu desenvolvimento é o paulista Paulo Weigand. Detentor de inúmeros títulos

internacionais, Paulo é hoje um dos melhores veteranos do mundo, participando da

Diretoria da Confederação Brasileira de Esqui Aquático - CBEA.

Figura 52: Ski Aquático.

Fonte: http://www.tarsomarques.com.br.

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A princípio, qualquer pessoa está apta à esquiar, desde que se disponha a

fazer duas coisas: molhar-se e equilibrar-se. Após algumas tentativas, deve-se

insistir, pois será apenas tentando ficar em pé e caindo, que o iniciante irá conseguir

esquiar.

A grande vantagem de se esquiar como forma de recreação, é que se pode

praticá-lo com qualquer embarcação, com motorização suficiente. De um "Jet Ski" à

uma lancha "off-shore" de 36 pés, pode-se esquiar tranquilamente. A rigor, um barco

ou lancha de 12 pés, como motor a partir de 25 HP, já são suficientes para tirar da

água um adulto de 70 kg, com dois esquis nos pés.

Figura 53: Ski Aquático estilo Slalon.

Fonte: http://www.skiclube-alentejo.com.

Dependendo do objetivo do esquiador (e da sua aptidão), pode ele dedicar-se

ao esqui aquático, encarando-o como um esporte competitivo (o Campeonato

Brasileiro é disputado há mais de 20 anos, nas modalides slalom, truques e rampa),

ou como uma mera diversão.

Figura 54: Ski Aquático.

Fonte: http://www.cacador.com.br.

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Funcionamento:

O praticante deve equilibrar-se sobre o esqui e deslizar sobre a água,

executando ou não manobras na parte plana da água ou nas marolas formadas,

sendo puxado por alguma embarcação.

Materiais:

Prancha de Ski, Embarcação com motor potente (Recomenda-se no mínimo

um motor de 25Hps), corda com manopla para o reboque, Colete Salva-Vidas e

Roupa de Borracha para os dias frios.

Figura 55: Equipamentos.

Fonte: http://www.canoa.com.br.

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3.4.4.5 Surf

3.4.4.5.1 Histórico

Para descrever a história do surf, deve-se recorrer à antigas publicações de

navegadores e exploradores, visto que o Surf é um esporte milenar e praticado por

antigas civilizações.

Thor Heyerdahl (escritor e navegador) escreveu um livro chamado Expedição

Kon-Tiki contando sobre a origem dos Polinésios (descendentes de índios peruanos

e considerados os primeiros imigrantes do Pacífico). Thor participou de uma

expedição em 1947, similar ao que os polinésios faziam muitos anos antes, eles

viajavam pelas correntes do Oceano Pacifico até aportarem nas atuais ilhas

Polinésias.

O que se sabe é que estes polinésios viviam do mar, eram amantes do mar,

ótimos pescadores e construtores de embarcações resistentes, para com elas

enfrentarem quaisquer condições que o oceano lhes propunha. Esses nativos foram

navegadores por obrigação, opção ou tradição, e em algum momento algum destes

polinésios resolveu que o trabalho podia virar diversão, deslizando nas ondas com

tábuas de madeira. Porém, o que eles realmente buscavam, era a conquista do

Pacífico, de norte a Sul.

Figura 56: Havaianas.

Fonte: http://www.todito.com.

Por volta do século X, resolveram conquistar novas ilhas, sendo que numa

destas viagens encontraram um arquipélago de vegetação abundante e ondas

maravilhosas, o Havaí. Não se sabe ao certo quando começou a prática do surfe

(lembrando que nesta época não tinha este nome), porém o primeiro registro desta

atividade foi feita pelo Capitão da Marinha Real Britânica, James Cook, em 1778.

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Figura 57: Capitão James Cook.

Fonte: http://www3.leradome.com.

No diário de bordo, este explorador dos mares descreveu cenas de vários

indígenas nus deslizando em alta velocidade sobre ondas de quatro a cinco metros

de altura em um lugar chamado Waimea Bay, no Havaí. Partindo deste ponto, o

surfe foi se popularizando e os nativos Havaianos passavam a encarar o surf como

algo ligado a raízes culturais, artísticas e religiosas.

Figura 58: Nativo Havaiano.

Fonte: http://www2.cruzio.com/~empireacademy.

Em respeito à natureza, ao cortarem uma arvore para fazerem suas pranchas,

os antigos havaianos deixavam uma oferenda no na base dela, pois acreditavam

que outra árvore nasceria no local. As árvores havaianas eram: Koa ou WILIWILI, e

atingiam de 16 a 20 pés de comprimento. Nesta época os nativos já surfavam em

diagonal, o que fazia com que explorassem a maior parte da onda, eles usavam as

palavras LALA (surfar diagonal para direita) e MUKU (surfar diagonal para

esquerda).

Por volta de 1907. George Freeth (Principal surfista do Havaí), Jack London

(aventureiro americano escritor) e Alexandre Ford (organizador do 1º clube de surf e

canoagem das ilhas), acreditavam e lutavam para que o surf não fosse extinto, eles

queriam poder divulgar esta pratica maravilhosa pelo mundo a fora. Por obra do

destino, um americano Henry Huntington, proprietário de uma companhia de

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ferrovias na Califórnia, iria inaugurar no mesmo ano ,a famosa rota da Costa Oeste

dos Estados Unidos, entre Los Angeles e Tedonda Beach.

George Freeth foi convidado por Henry para as festas divulgando que ele

andava sobre as ondas, Freeth, chegou na Califórnia com sua Prancha havaiana e

lá ficou até sua morte em 1919.

Figura 59: George Freeth.

Fonte: http://www.surfmuseum.org.

Mais ou menos na mesma época surge o salva vidas, legítimo polinésio e

nadador recordista mundial Duke Pahoa Kahanamoku. Ele ficou sendo conhecido

como o “Pai do surf”, pois se encarregou de espalhar o surf pelo mundo como queria

Freeth e seus amigos, através de suas viagens pelas olimpíadas e competições de

natação estava ele com sua prancha debaixo do braço divulgando o surf como um

de seus treinamentos e sendo reconhecido como o embaixador do surf mundial.

Figura 60: Duke Kahanamoku.

Fonte: www.surfline.com.

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A partir da divulgação de Duke, o surf tomou grandes proporções,

espalhando-se por todos os continentes através de seus discípulos.

Figura 61: Selo homenageando Duke Kahanamoku.

Fonte: http://www.surfingleses.com.br.

3.4.4.5.2 A Evolução das Pranchas

Há cerca de 1.500 anos, os peruanos da civilização mochica descobriram que

feixes com junco bem amarrados dava uma bela embarcação, ágil o bastante para

deslizar nas forcas das ondas : nascia o “cavalo de totora”, poderíamos dizer que

eles foram às primeiras pranchas usada pelos homens. Estas pranchas tinham uma

forma “parecida” com as pranchas de hoje, tinham rabetas, parte central mais larga,

bico pontiagudo, e tinham cerca de três metros de altura.

Figura 62: Cavalo deTotora.

Fonte: http://sd71.bc.ca/sd71/edulinks/peru.

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Anos depois , no Hawai as pranchas usadas eram uma árvore talhada. A

melhoria do surf aconteceu somente quando Duke Kahanamoku conheceu Tom

Blake, em um campeonato de natação em Detroit no ano de 1913. Os dois se

tornaram grandes amigos, e Tom acabou deixando sua marca registrada na história,

criando pranchas ocas (para ficarem mais leves) e inventou a quilha em 1920, com

intuito de dar direção as pranchas (até então eles viravam a prancha em diagonal ou

com o pé ou com remo). Em 1928, as pranchas de Blake foram adotada pelo

governo americano para os salva vidas em todas as praias , notando-se sua

eficiência no auxilio de resgate para as vítimas de afogamento.

Figura 63: Réplica da prancha de Blake.

Foto: http://www.waves.com.br.

Em 1949 o surfista Bob Simons, construiu a primeira prancha inteiramente de

fibra de vidro, dando origem, com pouca variação às pranchas de Surf utilizadas

hoje em dia.

3.4.4.5.3 História do Surf no Brasil

No Brasil a prática do surf foi introduzida nos anos 50, trazido dos EUA,

entretanto o paulista OSMAR GONÇALVES descobriu o surf muito antes, em 1938,

em SANTOS. Ele foi a primeira pessoa no Brasil a pegar ondas. Seu pioneirismo

abriu o caminho para que, hoje, no limiar do terceiro milénio, alguns milhões de

brasileiros tenham o prazer de "andar sobre as águas".

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Figura 64: Osmar Gonçalves.

Fonte: http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br.

Nascido em 14 de setembro de 1922, Osmar Gonçalves tinha 16 anos,

quando entrou para história do surf ao ser o primeiro brasileiro a pegar ondas. E,

infelizmente, em 30 de abril do ano de 1999, o surf brasileiro perdeu uma parte

significativa de sua história, com a morte de Osmar, Vítima de um câncer. Bem antes

dos pranchões tomarem as ondas do Rio de Janeiro, nos dourados anos 50, o

santista Osmar Gonçalves correu as primeiras ondas de que se têm notícia no

Brasil. No Rio de Janeiro, um dos pioneiros foi Arduíno Colasanti , que veio da Itália

para o Brasil, em 1948, juntamente com seu pai, Manfredo, ator de cinema e teatro e

a irmã Marina (jornalista e escritora). Ele cresceu no Arpoador, disputando provas

internacionais de caça submarina e vendendo lagostas e cavalinhas que pescava.

Foi um dos primeiros a pegar ondas no Rio de Janeiro, na década de 60.

Figura 65: Surfistas no Arpoador.

Fonte: http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br.

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O mar, portanto, sempre esteve diretamente ligado à vida de Arduíno que até

mesmo quando virou ator de cinema, chegou a interpretar um típico garotão de

praia, o que, para ele não era nem um pouco difícil.

No final dos anos 60 e início dos anos 70, não só o país como o mundo,

atravessavam um período de mudanças de comportamento e atitudes, refletidos no

esporte, através dos cabelos compridos, o soul surfing, as primeiras pranchas ao

estilo mini-model, os primeiros campeonatos, o píer de Ipanema no Rio de Janeiro e

o lançamento da primeira revista de surf do Brasil, que não poderia ter outro nome

senão: Brasil Surf.

Nesta mesma época, já; com 37 anos, surge Affonso Freitas, um comerciante

de móveis, que para aderir ao esporte teve de enfrentar 3 grandes desafios: a idade,

o preconceito e o aprendizado. Venceu todos e transformou-se num surfista de

corpo e alma, fazendo do esporte sua filosofia de vida.

Filho de um velho lobo do mar, Affonso já possuía no sangue a paixão pelas

ondas, o que o fez mudar toda a sua vida fechando sua loja de móveis no cento do

Rio e mudando-se para o Recreio dos Bandeirantes, onde vive até hoje com sua

família e pratica religiosamente seu surf diário de 2 horas.

Figura 66: Affonso Freitas.

Fonte: http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br.

Affonso Freitas transformou o surf numa filosofia de vida, onde conseguiu,

além prazer de deslizar sobre as ondas, ter uma saúde perfeita e criar uma família

íntegra e vencedora com sustento derivado do esporte. No pontal do Recreio dos

Bandeirantes, conhecido pelos surfistas como Praia da Macumba, fundou a Surf

Center ROCKY POINT uma espécie de Clube do Surf, que há muito tempo já é

referência entre os surfistas do Rio de Janeiro. Ali, Freitas, resolveu montar a

"garagem das pranchas", onde os surfistas que moram longe e frequentam a praia,

podem se associar e através de uma mensalidade simplória, guardar suas pranchas,

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desfrutar de um vestiário para tomar banhos de ducha e trocar de roupa após a

prática do surf, e ter acesso a uma pequena lanchonete, onde são vendidos lanches

baratos, e a Surf Shop na qual os atendentes, são a própria família Freitas que se

revezam entre si.

Figura 67: Affonso Freitas.

Fonte: http://affonsofreitas.vilabol.uol.com.br.

Com toda essa dedicação ao surf, Freitas conseguiu encorajar muitas

pessoas de idade, hipertensos, diabéticos, hipocondríacos e sedentaristas, que

descobriram na pratica do surf a cura para seus antigos males, dividindo a harmonia

com jovens e crianças, ao deslizarem sobre as ondas em perfeita sintonia com a

natureza. Através do livro "Saúde em suas mãos", Freitas faz um pequeno relato das

mudanças que o esporte propiciou em sua vida. Tudo isso, nos faz reaver conceitos

da sociedade em que vivemos.

Funcionamento:

O praticante deve deslizar sobre a superfície da onda executando manobras

com a prancha, tentando aproveitando toda a extensão da onda.

Materiais:

Prancha de Surf, Leash (Corda que prende a prancha ao pé do praticante) e

Roupa de Borracha para os dias frios.

3.4.4.5.4 Equipamentos Utilizados

O surf, graças aos seus inúmeros estilos, demanda de uma gama imensa de

equipamentos utilizados na sua prática, para a escolha do equipamento correto,

deve ser levado em conta o estilo do praticante, radical, que utilizará uma prancha

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com linhas mais “quebradas” e com o tamanho mínimo necessário ou retrogrado,

que utilizará uma prancha mais larga e com linhas mais suaves, independentemente

do tamanho da prancha. A habilidade do praticante é outro item de extrema

importância, pois para uma pessoa com bastante prática a prancha pode ser mais

fina e estreita, enquanto para um iniciante a prancha deve ser mais larga e grossa,

afim de garantir uma maior flutuação.O tamanho e tipo da onda que irá surfar,

também deve ser levado em conta, pois quanto maior a onda maior deve ser a

prancha, e quanto mais “cavada” a onda, maiores devem ser as quilhas e a prancha

deve ter um design mais fino para aderir melhor a parede.

Figura 68: Prancha de Surf.

Fonte: http://www.tropicalbrasil.com.br.

Além da prancha, outros equipamentos são necessários para garantir uma

boa performance do praticante, como a parafina, ou o Deck antiderrapante, que é

aplicado sobre a prancha, no local onde o praticante irá colocar os pés.

Figura 69: Deck Antiderrapante.

Fonte: http://www.tropicalbrasil.com.br.

Para que não perca a prancha o surfista deve fazer uso do Leash, que é a

corda que prende a prancha ao pé do mesmo, que deve variar o tamanho,

aumentando de acordo com o tamanho das ondas surfadas.

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Figura 70: Leash.

Fonte: http://www.tropicalbrasil.com.br.

No caso de querer praticas o surf em locais onde a temperatura da água é

fria, podem ser utilizadas as roupas de borracha, que evitam que o calor do corpo se

dissipe na água fria e a pessoa entre em hipotermia. Estas roupas são compostas

de neoprene, que são confeccionadas com mangas e pernas longas e curtas,

podendo haver também partes separadas de camisa ou calça, o que garante ao

surfista uma maior variedade de roupas de borracha.

Figura 71: Roupa de Borracha.

Fonte: http://www.mormaii.com.br.

Diferentemente dos casos de surf normal existe o Power Surf, ou Tow-In,

como é mais conhecido, onde o praticante utiliza-se de uma prancha pequena, de

cerca de 6 pés com presilhas nos pés, sendo rebocado por um jet-ski para entrar em

ondas gigantes, de 25 a 60 pés. Estas pranchas de Tow-In são mais pesadas que as

normais e mais fortes, para agüentar a pressão das grandes ondas.

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Figura 72: Prancha para Tow-In.

Fonte: http://waves.terra.com.br.

Características das pranchas

Ao contrário do que se pode imaginar, pequenas mudanças na prancha

tornam-se grandes mudanças na hora da utilização, e para se obter diferentes tipos

de pranchas (mais soltas, mais presas, mais velozes, com a linha mais quebrada)

pode-se utilizar uma infinita gama de combinações entre rabetas, fundos e quilhas.

Abaixo pode-se conferir as características de cada tipo de rabeta, fundo e

quilha, conforme o catálogo da fábrica de pranchas Pró-ilha:

-Tipos de fundos

Figura 73: Fundo.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha.

SINGLE e DOUBLE CONCAVE: É feito um concave,

ou concavidade no fundo inteiro ou dois, um de cada

lado da longarina, terminando próximo à quilha

traseira, através desses concaves se formam uma

bolha de ar entre a prancha e a água, no qual sente-se

a prancha totalmente colada ao pé, o que permite

fazer manobras bem radicais e proporcionando maior

maneabilidade.

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Figura 74: Fundo.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha.

TRIPLE CONCAVE: Um fundo muito difundido no

mundo inteiro e muito usado pelos competidores. Este

modelo pode proporcionar manobras incríveis sem

perder velocidade e pressão do fundo em relação a

onda, dando à prancha muita projeção nas manobras

fortes sem perder a maneabilidade. São feitas 3

concavidades no fundo da prancha, dois perto das

quilhas e um central e mais à frente.

Figura 75: Fundo.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha.

“V” BOTTOM: Usado, não muito exagerado, próximo

às quilhas, ajuda bastante para que a prancha tenha

uma troca de borda muito boa, pois forma um “V” no

fundo da prancha.

Figura 76: Fundo.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha.

FLAT: Um fundo básico, reto, mas muito funcional

para qualquer tipo de prancha, no qual se consegue

um equilíbrio bem grande entre velocidade e projeção

por estar com um contato maior do fundo com a água.

-Tipos de rabetas

Figura 77: Rabetas Squash e

Round Squash.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha

SQUASH e ROUND SQUASH: Muito usada em

pranchas pequenas e médias, já que permite

uma maior sustentação da rabeta em ondas

pequenas, sendo a mais versátil de todas as

rabetas.

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Figura 78: Rabeta Square.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha.

SQUARE: Difere da Squash pela suas pontas

mais quadradas, fazem com que se tenha uma

performance de linha mais quebrada na onda

jogando muito mais água nas manobras,

assemelha-se um pouco com a Swallow. Boa em

ondas cavadas, por dar uma ótima aderência na

onda.

Figura 79: Rabeta Swallow.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha

SWALLOW: Esta rabeta foi desenvolvida para

quebrar a linha da manobra mais facilmente e

retornar à linha da onda com a mesma

facilidade, tendo assim uma resposta rápida.

Figura 80: Rabeta Round Pin.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha.

ROUND PIN: Para um surf mais seguro, com

linhas mais redondas. É muito usada para ondas

cavadas.

Figura 81: Rabeta Pin.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha.

PIN: É a rabeta ideal para as pranchas para

pranchas grandes, usada somente para ondas

grandes, possibilitando uma melhor virada na

base da onda.

Figura 82: Rabeta com Wing.

Fonte: Catálogo Pró-Ilha.

WING: Todo tipo de wing tem a finalidade de

quebrar a linha da prancha. Normalmente os

wings são usados quando se faz uma prancha

mais larga na parte da frente, havendo a

necessidade de usar esta quebra de linha para

estreitar a rabeta da prancha, deixando-a mais

solta e rápida na troca de borda.

-Tipos de Quilhas:

As quilhas podem ser do tipo fixa ou de encaixe, no caso das quilhas de

encaixe, “copinhos” são acoplados ao bloco da prancha na fase de acabamento,

onde são acopladas as quilhas através de encaixe e presas por parafusos. Na

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prática a diferença principal que se pode notar é a facilidade de transporte das

pranchas com quilha de encaixe e a possibilidade de mudar o tamanho e a posição

das quilhas (para trás, para frente, ângulo mais aberto ou mais fechado), tornando

assim a prancha mais presa á onda ou mais solta.

Quanto ao tamanho observa-se que quanto menor o tamanho da quilha, mais

solta a prancha fica em relação à onda.

Figura 83: Quilhas e chaves de quilha.

Fonte: http://www.mmsurfshop.com.br.

-Equipamentos auxiliares

Os equipamentos auxiliares são os equipamentos utilizados antes e depois da

prática do surf, sendo considerados como equipamentos para transporte os

equipamentos que o praticante faz uso para fixar e transportar o equipamento, e

qualificados como equipamentos auxiliares os equipamentos que o praticante faz

uso na manutenção do equipamento, como raspadores de parafina e chaves de

quilhas.

-Equipamentos para transporte

Devido ao surf ser um esporte praticado nas praias, as pranchas serem

frágeis, e os praticantes do esporte estarem constantemente viajando afim de

procurarem novos e melhores locais para a prática do mesmo, o surf demanda de

vários equipamentos auxiliares, a maioria deles relacionados ao transporte do

equipamento.

O equipamento auxiliar mais utilizado pelos surfistas, é a Capa de Prancha,

onde o surfista leva o equipamento é transportado com o mínimo de risco de dano,

existem capas de dois tipos, do tipo Térmico, que é a capa impermeável, estofada e

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térmica, que protege a prancha do calor e do choque, evitando ainda que alguma

água que possa ter ficado no equipamento escorra e molhe outros acessórios ou

mesmo o interior do carro. Existe também a capa do tipo “Camisinha”, que é feita de

malha ou tecido leve, que apesar de ter o peso e volume reduzidos em relação à

capa Térmica, protege menos do calor e de choques do que a capa Térmica.

Figura 84: Capas de prancha.

Fonte: http://www.mmsurfshop.com.br.

Nas andanças que o surfista realiza à procura do melhor lugar para surfar,

inúmeras são as maneiras de transportar a prancha, seja dentro do carro, na

caçamba, ou presa ao teto do carro.

Para prender a prancha ao teto do veículo, utiliza-se desde as Fitas de Nylon,

que são presas ao veículo passadas por dentro da carroceria e amarradas às

pranchas no teto. É uma maneira simples de transportar a prancha, porém tem

alguns inconvenientes, como no caso de entrar água pela fita, quando acontece

uma chuva forte.

São utilizados também os Racks de Teto para o transporte, que são barras

geralmente de alumínio, fixadas ao teto do carro por meio de parafusos, presilhas ou

ventosas, onde as pranchas são fixadas, seja por meio das Fitas de Nylon, ou

Extensores de Borracha.

Figura 85: Rack para automóveis.

Fonte: http://cmbangert.com.

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No caso de motos ou bicicletas, são utilizados Racks Laterais, que são barras

fixadas ao quadro da moto ou bicicleta, onde a prancha é presa por meio de

Extensores de Borracha e pode ser transportada com a maior segurança possível.

Figura 86: Rack para bicicletas e motocicletas.

Fonte: http://www.boardsite.com.br.

Ao término da prática do surf, impreterivelmente as roupas, sejam roupas

comuns, ou de borracha se encontram molhadas, e o praticante utiliza-se de algo

impermeável para transportá-la. Muitos praticantes utilizam uma simples sacola

plástica ou um saco de lixo, por ser um meio fácil e barato de armazenar a roupa.

Porém, nesse caso há o inconveniente de ocorrer algum furo ou rasgo e a água

presente na roupa vazar, molhando o que estiver guardado junto.

Outros praticantes optam por bolsas especiais, que são confeccionadas em

tecido de nylon, e cumprem os requisitos impostos, não deixando molhar os

pertences próximos e mantendo a roupa isolada. O inconveniente deste tipo de

bolsa, bem como das mochilas comuns, que são usadas para o transporte da roupa

é que devem ser lavadas ao término do uso.

Figura 87: Mochila com compartimento para roupa de borracha.

Fonte: http://www.mmsurfshop.com.br.

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-Equipamentos para Manutenção

Os equipamentos de manutenção, como as chaves de quilha e os

Raspadores de Parafina. As chaves de quilha servem para retirar e colocar a quilha

de encaixe na prancha, parafusando e desparafusando a mesma. Já o Raspador de

Parafina serve para remover a parafina velha na hora da troca, e fazer ranhuras na

superfície da parafina aplicada, afim de que o pé do praticante escorregue o menos

possível.

Figura 88: Kit com raspador e parafina.

Fonte: http://www.tropicalbrasil.com.br.

3.4.4.5.5 Locais para a Prática

O surf devido a ser um esporte que depende da força de uma onda, seja ela

natural ou artificial, necessita de locais específicos para a prática, pois a onda

deverá ter força e tamanho suficiente para permitir ao surfista praticar o esporte,

como deve ter a formação ideal, afim de permitir ao mesmo realizar as manobras

antes que a onda se acabe.

Deve-se levar em conta que devido à água do mar ser salgada, demanda de

uma prancha com menor flutuação, enquanto o surf de água doce demanda de uma

prancha com maior flutuação, pois além de ser uma onda mais fraca, a água doce é

mais fluida.

Rios – Pororoca

A onda da Pororoca é formada pelo encontro do rio e o mar em alguns locais

do mundo, sendo mais conhecidas para a prática do surf a Pororoca Brasileira e a

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francesa, que também é chamada de Mascaret, onde são formadas ondas de até 4

metros de altura, com uma velocidade entre 30km/h e 50km/h, e podem

proporcionar tanto bons momentos aos surfistas, quanto maus momentos aos

moradores ribeirinhos. Devido a ser uma onda de rio, em que não há bancada de

areia para sua formação, esta onda atinge longas distâncias, e pode-se observar

que o recorde mundial de distância percorrida em uma onda foi obtido na pororoca,

onde o surfista Sergio Laus percorreu 10,1 Km em uma mesma onda.

Figura 89: Surf na Pororoca.

Fonte: http://www.waves.com.br.

Devido a ser uma onda de água doce, e a haver muitos detritos na água,

como galhos e até mesmo árvores inteiras, o equipamento utilizado para a prática do

surf é diferenciado, sendo necessária a utilização de pranchas com uma maior

flutuação e equipamentos de proteção, como botinhas de neoprene.

Figura 90: Onda na Pororoca.

Fonte: http://www.waves.com.br.

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Rios – Ondas paradas

As ondas paradas em rios são formadas geralmente por uma laje de pedras

que “barra” o fluxo de água, formando uma rampa com a própria água, local onde o

atleta poderá “surfar” parado, pois a força da gravidade atuará contra a força da

correnteza mantendo o surfista na rampa.

Figura 91: Surf no Rio Isar, Alemanha.

Fonte: http://www.ganz-muenchen.de.

Figura 92: Surf no Rio Zambezi, África.

Fonte: http://www.tube6.de.

Mar – Fundo de areia

Na costa brasileira a maioria das ondas quebram sobre fundos de areia, que

apresentam melhores condições quando combinações de swell formam picos que

abrem até as valas, que são canais de retôrno da água para o outside. Uma

característica importante do beachbreak é que são modelados por correntes que se

alteram constantemente fazendo com que ajustes ideais de fundo, ondulação e

vento sejam necessárias para um dia clássico. Por ser menos previsível a onda do

beach break obriga o surfista a desenvolver maior criatividade e rapidez nos

movimentos.

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Figura 93: Praia do Sonho, São Paulo-Brasil.

Fonte: http://www.fotolog.net/session.

Figura 94: Zicatela-Puerto Escondido, México.

Fonte: http://www.waves.com.br.

Mar – Fundo de pedra

O Point break caracteriza-se por ter um fundo fixo de pedra, areia ou coral,

apresentando suas melhores condições emdias de swell grande e alinhado, pois a

onda quebra acompanhando o desenho do fundo, geralmente com grande extensão.

Outra particularidade deste tipo de fundo é de formar ondas com uma só direção,

isto é, direita ou esquerda com excelente qualidade, pois as ondas não fecham,

possibilitando ao surfista utilizar todo o repertório de manobras.

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Figura 95: Caldeira, Portugal.

Fonte: http://www.fotolog.net/session.

Figura 96: Ilha dos Lobos-RS, Brasil.

Fonte: http://www.waves.com.br.

Mar – Fundo de corais

É chamado de Reef break uma formação rochosa ou de coral, geralmente

afastada da costa, que proporciona ondas fortes e cavadas, sendo muito afetadada

pela maré, que quando cheia permite um surf mais seguro e menos tubular, e

quando vazia mais perigoso e radical.

Figura 97: Indonésia.

Fonte: http://www.fotolog.net/session.

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No arquipélago de Fernando de Noronha, encontram-se os melhores reef

breaks do Brasil. A ausência da plataforma continental faz com que a ondulação

quebre sobre o reef com toda sua força.

Figura 98: Teahupoo.

Fonte: http://i.timeinc.net/surf.

Piscinas – Onda artificial similar ao mar

As piscinas de ondas, como são conhecidas as ondas artificiais de bancada

doce, são estruturas presentes geralmente em parques aquáticos, projetadas

inicialmente apenas para divertir banhistas, sem muita força ou tamanho nas ondas,

porém com o passar dos tempos, adaptações foram feitas a fim de elevar o tamanho

e o comprimento das ondas de piscina, para que as mesmas possam ser surfadas.

Figura 99: Piscina de ondas.

Fonte: http://www.waves.com.br.

Logicamente não há tecnologia até o momento para produzir ondas como as

do mar, nem no quesito força nem no tamanho, pois além da tecnologia cara, este

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tipo de onda tem ainda o problema do espaço, já que uma piscina dificilmente

chegará ao tamanho de uma praia, por menor que esta seja. Porém as piscinas com

onda são muito procuradas nos parques aquáticos, seja por iniciantes ou

experientes que desejam experimentar uma nova sensação.

Figura 100: Onda em piscina.

Fonte: http://www.waves.com.br.

A onda é formada em piscinas com as dimensões médias de 1,8 mil metros

quadrados, e pode ser formada de duas formas. A primeira consiste em uma

espécie de pulmão de ar, onde é injetado ar através de quatro turbinas de 150 hp´s

cada, e que produz as ondas através da abertura e fechamento sincronizado de 16

valvulas, sendo essa abertura e fechamento é controlada por computador, onde

podem ser geradas 8 tipos diferentes de ondas.

Figura 101: Sistema gerador de ondas.

Fonte: http://www.waves.com.br.

O segundo tipo de onda é formado pela movimentação sincronizada de pás,

que produzem a ondulação que “quebra” ao se chocar com a bancada da piscina.

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Piscinas – Onda artificial parada

As ondas artificiais paradas são compostas basicamente por bombas de água

e uma parede inclinada de cimento ou fibra, recobertos de placas de EVA (no caso

das paredes de fibra, a onda, também chamada de Flow Ride, pode ser transportada

para outros locais, ocupando em média nove containers, por pesar 1000 toneladas).

São bombeadas em direção á rampa/parede, que tem o formato pré-definido

afim de dar a forma correta à onda, 550000 litros de água através de 2 a 4 bombas

de água de alta potência, bombeando 7 toneladas de água por segundo, formando

assim a onda com até 10 pés.

Figura 102: Piscina de onda parada.

Fonte: http://www.irieman-talma.com.

Pode-se destacar como pontos negativos o valor elevado do produto, em

torno de U$1000.000,00, e principalmente a dificuldade em se usar quilhas nas

pranchas, visto que a lâmina d´água formada entre a prancha e a parede é muito

fina, em torno de 15 cm.

Figura 103: Piscina de onda parada.

Fonte: http://www.irieman-talma.com.

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3.4.4.5.6 Problemas com Relação à Prática do Surf

Devido ao surf ser um esporte aquático e praticado principalmente no mar,

alguns problemas dificultam sua prática. A formação de ondas de qualidade exige

que uma boa ondulação (Swell) chegue à costa, e como as praias são viradas para

diferentes direções, ondulações de diferentes quadrantes “encaixam-se” em

diferentes praias.É necessário ainda que haja o vento adequado na costa para

garantir a boa formação das mesmas, pois um vento lateral, ou maral (vindo de uma

direção perpendicular à praia) pode prejudicar completamente as ondas e

impossibilitar a prática do surf.

Figura 104: Mapa do Swell.

Fonte: http://www.waves.com.br.

Além do problema da ondulação adequada e do vento, a distância das

residências dos praticantes até o local onda irá praticar o surf é outro grande

problema, pois uma pessoa que more a mais de 300 km da praia, dificilmente irá

praticar o surf com regularidade devido à distância e à dificuldade no transporte do

equipamento.

Figura 105: Mapa do vento.

Fonte: http://www.waves.com.br.

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3.4.4.5.7 Problemas com Relação à Saúde do Praticante

Devido a ser um esporte radical e aquático, e a ser praticado em várias

condições, sejam elas ideais ou adversas, alguns problemas de saúde são

observados. Estes problemas vão desde lesões e acidentes, devido à radicalidade

do esporte, passando por problemas de pele, devido à longa exposição ao sol, e

indo até problemas internos, como asma, bronquite, e outras doenças ocasionadas

por condições adversas.

Lesões musculares e em articulações

Devido às condições adversas em que é praticado, o surf demanda de alguns

cuidados e atenção redobrada em alguns casos. No caso das lesões musculares e

de articulações, deve-se atentar para alguns pontos do corpo que são mais exigidos

durante a atividade, que são a coluna cervical e lombar, os ombros e os joelhos. No

caso da coluna cervical e lombar, o esforço é exigido pelo motivo de o corpo estar

na horizontal e em hiperextensão na hora da remada, e o mesmo tem que suportar o

peso da cabeça, sobrecarregando assim as vértebras e podendo até mesmo causar

hérnias de disco.

Figura 106: Hérnia de disco.

Fonte: http://www.bestcorpus.com.br.

No caso dos ombros, estes são extremamente exigidos, pois o ate de

atravessar a arrebentação para chegar ao local onde pegará as ondas exige

extremo esforço dos mesmos, e quanto maior estiverem as ondas, e mais longe elas

estiverem quebrando, maior será esse esforço.

Já no caso dos joelhos, as manobras mais radicais e críticas exigem muito

esforço dos joelhos, comprometendo frequentemente os ligamentos e articulações,

sendo às vezes necessário fazer uma cirurgia para corrigir estas lesões.

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Figura 107: Esforço nos joelhos.

Fonte: http://www.waves.com.br.

Por todos esses tipos de lesão é extremamente necessário que o surfista

pratique uma série de alongamentos e exercícios, afim de fortalecer a musculatura e

evitar estas lesões. Com o devido alongamento para cada parte do corpo, o risco de

lesões cai muito, mesmo com condições das mais adversas, como frio intenso.

Além da importância do alongamento para evitar lesões, outros fatores são de

destaque, como o aperfeiçoamento motor e a eficiência mecânica, destacados a

seguir.

Figura 108: Alongamento.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br.

Aperfeiçoamento motor:

Uma boa flexibilidade permitira ao praticante a realização de arcos articulares

mais amplos, possibIlitando a execução de movimentos que seriam mais difíceis,

limitando a performance do atleta .

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Eficiciência mecânica:

Determinados movimentos exigem muito esforço físico; chegando á um limite

de distencibilidade nos músculos, ligamentos e tecidos conjuntivos; visto que um

bom alongamento é imprescindível antes do inicio de uma bateria de exercícios.

É um ítem de extrema importância para uma boa flexibilidade, o alongamento

antes de qualquer atividade física, sabendo seus limites e a carga que poder

suportar, e com um tempo mínimo de 15 segundos para cada exercício, além de

procurar sempre orientação especializada para exercícios específicos, muito comuns

no yoga.

Figura 109: Yoga.

Fonte: http://www.yoga-meditation.se.

Ferimentos (Cortes e batidas)

Dentre as lesões mais comuns que atingem os surfistas estão os cortes e

pancadas, sejam eles provocados pelo próprio equipamento ao errar uma manobra

ou cair da onda, ou os ferimentos provocados pela vida marinha, ferimentos estes

que podem ser provocados tanto por animais marinhos, como até pelo próprio coral

ou fundo de pedra do local onde se está praticando o surf.

No caso dos cortes provocados pelo próprio equipamento, a assepsia deve

ser feita como em ferimentos comuns, limpando-se muito bem o local e retirando

possíveis resíduos.

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Figura 110: Corte provocado pelo equipamento.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Já no caso do ferimento ter sido causado por corais, pedras ou animais

marinhos, cuidados especiais devem ser tomados, pois cada tipo de animal marinho

requer um tipo de tratamento, seja pela presença de veneno, resíduos do próprio

animal, como os espinhos de um ouriço, ou pela presença de bactérias, como no

caso dos corais e animais como o tubarão, onde há milhares de tipos de bactérias, e

onde o ferimento deve ser muito bem tratado, afim de que não haja inflamação.

Figura 111: Lesão provocada por tubarão.

Fonte: http://www.emedicinehealth.com.

Problemas de pele

Essencial para a vida, seja para o crescimento de plantas ou o equilíbrio da

vida de animais, a luz solar é um dos mais importantes elementos da natureza,

porém, tudo que é aplicado em excesso pode trazer problemas, e com a luz solar

não é diferente. Sendo composta por ondas eletromagnéticas de diferentes

comprimentos, a luz solar pode ser perigosa por seus raios causarem câncer de

pele, além de males específicos como os raios UV-A tirarem a elasticidade da pele,

fazerem aparecer rugas, manchas e causar desidratação. Segundo Steinmann

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(2003, p49): “Estes raios não produzem vermelhidão, porém são os responsáveis

pela pigmentação da pele, enquanto os raios UV-B são os responsáveis pelas

queimaduras na pele”.

Figura 112: Queimadura solar.

Fonte: http://www.ufrrj.br.

Ainda segundo Steinmann (2003, p49): ”diferentes tipos de pele tem

diferentes reações à exposição solar”. Abaixo pode-se observar algumas

reações comuns à determinados tipos de pele:

Tipo 1- PELE ULTRA-SENSIÍVEL

A pele queima muito fácil, mas nunca se bronzeia. São os “ branquelas “. A

pele é muito clara e com algumas pintas.; frequentemente os cabelos são

ruivos e olhos azuis.

Tipo 2- PELE MUITO CLARA

A pele queima facilmente , havendo mínimo bronzeamento. São os de pele

branca levemente pigmentada. Geralmente os são olhos claros e os cabelos

louros.

Tipo 3- PELE CLARA

A pele queima moderadamente e se brônzea graduamente. Geralmente são

surfistas de cabelos e olhos castanhos. Já toleram melhor o sol.

Tipo 4- PELE CLARA, MAS RESISTENTE/ MORENA-CLARA

A pele queima um mínimo e sempre se brônzea. São os atletas de cabelos e

olhos castanhos mais escuros.

Tipo 5- PELE MORENA MUITO-ESCURA

A pele raramente queima, mas bronzeia-se intensamente . São aqueles de

olhos e cabelos escuros.

Tipo 6 – PELE NEGRA

A pele virtualmente não queima . São os surfistas de pele negra altamente

pigmentada.

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Para o tratamento destas queimaduras utiliza-se praticamente o mesmo

princípio. No caso de queimaduras de primeiro grau, vermelhidão moderada da pele,

o tratamento deve ser feito aplicando-se água fria no local e evitando exposição ao

sol. Já no caso de queimaduras de segundo grau, onde a vermelhidão é intensa e

podem ser observadas bolhas, devem ser aplicados cremes à base de aloe-vera, e

deve-se evitar furar as bolhas, aplicando-se gaze untada com vaselina nos locais

mais críticos.

Fator de Proteção Solar (FPS)

O fator de proteção solar (FPS ), indica quanto tempo se pode expor ao

sol sem que haja queimadura. Um fator 30, por exemplo, permite que uma

pessoa se exponha ao sol , sem se queimar , pôr um período 30 vezes maior

do que seria se não estivesse usando o produto. Supondo que sem proteção

a pele comece a queimar em 5 minutos, com um FPS 30 a pele vai resistir

sem se queimar cerca de 150 minutos (30x5).

Figura 113: Protetor solar fator 60.

Fonte: http://www.sundown.com.br.

Além dos filtros solares UVA,UVB e UVC o protetores solares de

primeira linha incluem filtros infravermelhos e agentes hidratantes e

emolientes para corrigir compensar a desidratação e o ressecamento da

pele,além de vitaminas anti-oxidantes como as vitamina E e C que impedem a

formação e combatem os radicais livres .

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Os protetores solares devem sempre ser aplicados em pele seca, 20

minutos antes de entrar na água.

Figura 114: Aplicação de protetor solar.

Fonte: http://www.mol.org.br.

Tipos de lesão de pele

O site http://www.projetomarazul.com.br traz a classificação dos tipos de

manchas(nevos) decorrentes da exposição à luz solar, onde constam as seguintes

descrições:

Manchas

Manchas na pele, também conhecida como nevos, que comece a crescer,

mudar de cor, de forma ou a sangrar ou coçar, devem ser investigadas, um médico

deve ser procurado, pois a mancha pode ser um câncer de pele em fase inicial, e

pode ser necessário fazer uma biópsia afim de apurar melhor o caso.

Figura 115: Manchas na pele.

Fonte: http://www.ufrrj.br.

Lesões Benignas

Os nevos comuns são redondos e simétricos, tem bordas regulares , um

único tom de cor e um tamanho inferior a 6mm, sendo considerados benignos.

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Figura 116: Lesão Benigna.

Fonte: http://www.saudeparavoce.com.br.

Lesões Malignas

Os nevos com caracteristicas malignas geralmente são assimétricos, tem

bordas irregulares e dois ou mais tons de cores, tendo ainda um diametro superior a

6mm.

Figura 117: Lesão Maligna.

Fonte: http://www.ufrrj.br.

3.4.4.5.8 Benefíícios do Surf

O Surf, antes de uma simples atividade de lazer é um esporte, uma atividade

física, e como toda atividade física, Surf proporciona vários benefícios aos

praticantes, como os descritos por Godoy(2002, p. 125):

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Aumento de:

Circulação colateral.

Tamanho dos vasos (luz ).

Eficiência cardíaca.

Retorno venoso.

Conteúdo de oxigênio no sangue.

Massa de eritrócitos e volume sangüíneo.

Capacidade fibrinolítica.

Melhora a função tireoídeana.

Produção de HGH (hormônio do crescimento).

Tolerância ao estresse.

Redução de:

Intolerância à glicose.

Níveis de lipídios.

Obesidade.

Pressão arterial sistêmica.

Freqüência cardíaca.

Arritmia.

Ação neuro-hormonal exagerada.

Estresse psíquico.

Depressão isquêmica.

Produção crônica de catecolaminas.

Manifestação clínica para o mesmo esforço.

Gorduda corporal.

Graças à ser um esporte extremamente radical, aeróbico e de explosão

muscular, o surf é um esporte que traz inúmeros benefícios aos praticantes. Pelo

contato com a natureza que o esporte proporciona, se obtém o relaxamento das

tensões do dia-a-dia e afastamento do estresse. Proporciona ao praticante uma

grande melhora na auto-estima, visto que a cada nova onda o atleta busca superar

seus limites, e a cada “caldo” sofrido o mesmo se supera e vê que conseguiu

superar seus limites. Esses benefícios são proporcionados devido à liberação de

substâncias que melhoram o funcionamento do sistema nervoso central.

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Além dos benefícios psicológicos proporcionados, destacam-se também os

benefícios físicos, visto que a remada é um exercício que se for feito corretamente

corrige a postura, melhora a coordenação motora e a resistência física. Por ser um

exercício aeróbico, ajuda a fortalecer a massa muscular, aumenta a resistência física

por estimular o desenvolvimento das fibras musculares, reduz o risco de

osteoporose por estimular o crescimento dos osteoblastos, que são as células que

contribuem para o crescimento ósseo e aumenta a capacidade pulmonar, visto que o

exercício aumenta a rede de pequenos vasos que irrigam os alvéolos pulmonares

melhorando o aproveitamento do oxigênio nos pulmões.

O contato com a água aliado ao exercício aeróbico auxilia ainda para a

prevenção e tratamento de doenças como asma, bronquite, hipertensão e doenças

do coração, pois estimula a ação de aminoácidos que melhoram a ação protetora do

organismo, bem como estimulam a vascularização, garantindo um melhor

funcionamento do sistema vascular, reduzindo a formação de placas de gordura nas

artérias, e reduzindo fatores de risco para as mesmas, como o colesterol e a

hipertensão.

Um fator que faz com que o surf seja um esporte propício a qualquer ser

humano é a nossa própria constituição física. Segundo a professora Fátima

Oliveira(2005): "O fato da densidade do corpo humano ser semelhante à da água,

resulta em um peso corporal menor quando está submerso. Esta característica do

meio líqüido o torna propício à iniciação da prática de atividades aquáticas em

qualquer idade, assim como também possibilita que indivíduos com limitações, como

por exemplo, os obesos, beneficiem-se da diminuição de peso hidrostático tendo

maior facilidade para exercitarem-se".

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3.4.4.5.9 Linha do Tempo

Afim de se descrever a evolução dos produtos relacionados ao tema do TCC,

foram elaboradas duas “Linhas do Tempo”, uma relativa às pranchas, que são o

principal equipamento utilizado no surf, e outra relativa às ondas e tipos de surf

criados pelo homem.

Linha do Tempo de Pranchas

Cavalo de Totora

O primeiro modelo de prancha, de 500 d.C. Foi

criado pelos polinésios para descer as ondas. Feita de

junco amarrado em feixes tinha uma boa flutuação e era

utilizada também para pesca.

Figura 118: Cavalo de Totora.

Fonte: http://www.llampanet.com.

Tábuas Havaianas

Prancha utilizada pelos Havaianos no século XVII, era

feita de madeira maciça a partir de uma árvore inteira. Com

este tipo de prancha os nativos deslizavam nas ondas de

joelhos e deitados.

Figura 119: Prancha Havaiana.

Fonte: http://www.surfingmuseum.org.

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Tábua Havaiana

Prancha utilizada pelos Havaianos no final do século XVII, era feita

de madeira maciça a partir de uma árvore inteira. Com este tipo de

prancha os nativos já deslizavam nas ondas em pé.

Figura 120: Prancha Havaiana.

Fonte: http://www.surfingmuseum.org.

Prancha Havaiana

Com a popularização do surf no século XVIII foram

criados novos tipos de prancha, como a utilizada por

George Freeth, onde as pranchas deixavam de ser uma

peça única e passavam a ser tábuas unidas pro pregos

ou encaixes.

Figura 121: Prancha de George Freeth.

Fonte: Fonte: http://www.surfmuseum.org.

Prancha de Surf Oca

Com o crescimento exponencial do surf, os praticantes tentaram

várias inovações para tentar melhorar a performance nas ondas, e em

1920 Tom Blake, depois de conhecer e trocar informações com Duke

Kahanamoku, criou pranchas ocas, com um “esqueleto”, chapas de

madeira coladas, e uma quilha, para dar direção à prancha.

Figura 122: Prancha de Tom Blake.

Fonte: http://www.surfingmuseum.org.

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97

Prancha de fibra de vidro

Em 1949 o surfista Bob Simons, construiu a primeira prancha

inteiramente de fibra de vidro, já dotada de quilhas, dando origem às

pranchas atuais.

Figura 123: Prancha de fibra.

Fonte: http://www.surfingmuseum.org.

Mini Models

No final da década de 60, as pranchas começaram

a ter seu tamanho reduzido, visando uma maior

facilidade em se executar as manobras, porém

continuaram dotadas de uma quilha apenas.

Figura 124: Prancha Mini Model.

Fonte: http://www.malibulongboards.com.

Biquilhas

No começo da década de 70, visando uma melhor

estabilidade da prancha em relação à onda, foram criadas as

Biquilhas, pranchas dotadas de duas quilha, uma em cada lado da

longarina(madeira central da prancha).

Figura 125: Prancha Biquilha.

Fonte: http://www.waves.com.br.

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98

Triquilhas

Durante a década de 70, quando houve uma explosão no

desenvolvimento do surf, várias inovações foram testadas, e a que deu

mais certo foi o uso de três quilhas nas pranchas, o que se utiliza até os

dias de hoje.

Figura 126: Prancha Triquilha.

Fonte: http://www.pro-ilha.com.br.

Prancha de Tow-In

As pranchas de Tow-In, nasceram junto com a evolução do surf

em ondas grandes no final da década de 90, criadas pela necessidade

dos atletas de uma prancha mais forte, pesada e firme, para que

agüentasse a força das ondas giganges esta prancha foi elaborada com

barras de ferro na parte inferior e laminação mais reforçada.

Figura 127: Prancha de Tow-In.

Fonte: http://www.waves.com.br.

Foilboard

A prancha do estilo foilboard nasceu no

Havaí, no ano 2000, quando foi adaptada à

uma prancha normal um hidrofólio, uma

espécie de aerofólio que fica submerso e pela

própria força da onda mantém a prancha

“suspensa” no ar, fazendo com que o

praticante adquira uma velocidade maior.

Figura 128: Foilboard.

Fonte: http://www.waves.com.br.

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99

Linha do tempo das Ondas

Ondas do Mar

Em 500 d.C. os polinésios descobriram

que podiam deslizar nas ondas do mar

utilizando-se dos Cavalos de Totora,

embarcação feita de junco.

Figura 129: Onda do Mar.

Fonte: http://www.fotolog.net/session.

Ondas de Rio

No fim da década de 80, os havaianos,

entediados pela falta de ondas, resolveram represar a

água do Rio Waimea, e soltar a água em direção à uma

bancada de areia, afim de formar uma onda estática.

Com pranchas de surf, esses atletas conseguiram

surfar a onda por um bom tempo até que a água do rio

levasse a bancada de areia embora.

Figura 130 Onda de Rio.

Fonte: http://surfline.com.

Onda em piscina

Com a criação de grandes

parques aquáticos e o investimento de

grandes empresários, no começo dos

anos 90 foram criadas as piscinas de

onda, tanto do tipo Flow-Ride(Parada),

como as piscinas com onda similar ao

mar.

Figura 131: Onda em piscina.

Fonte: http://www.waves.com.br.

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100

Figura 132: Onda em piscina do tipo Flow-Ride.

Fonte: http://www.standingwave.com.

Pororoca

O surfista paranaense Sérgio Laus,

encantado pela Pororoca na Amazônia, faz

uma expedição no final dos anos 90 para

com sucesso, surfar na Pororoca.

Figura 133: Pororoca.

Fonte: http://www.waves.com.br.

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101

4. PESQUISA DE CAMPO

Para obter-se maiores informações a respeito do público-alvo, informações

estas que possam ser relevantes ao projeto, e elucidar questões que devam ser

exploradas na elaboração do produto, é feita a pesquisa bibliográfica, com aplicação

dois diferentes tipos de questionários, um específico aos praticantes do surf, e outro

ao público geral, possíveis freqüentadores de parques aquáticos.

4.1 Modelo dos Questionários

A Pesquisa de Campo foi aplicada à praticantes de surf (vide anexo 1) e

pessoas que fossem possíveis frequentadoras de parques aquáticos (vide anexo 2),

nas cidades de Brusque, Balneário Camboriú, e via e-mail, entre os dias 07 e 27 de

setembro de 2005.

4.2 Resultados da Aplicação de Questionários

Com as pesquisas feitas e os resultados obtidos são executadas análises das

respostas. Tendo a análise sido encerrada são elaborados gráficos “Pizza” para

melhor apreciação dos resultados. Pode se observar abaixo o resultado dos

questionários.

Questionário aplicado ao público em geral

Qual sua idade?

Gráfico 01 – Questionário 01 Questão 02.

Fonte: Arquivo pessoal.

A grande maioria dos entrevistados tinha entre 15 e 30 anos.

Até 10 anos Entre 10 e 15 anos Entre 15 e 20 anos Entre 20 e 30 anos Entre 30 e 50 Anos Mais de 50 anos

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102

Qual seu sexo?

Gráfico 02 – Questionário 01 Questão 03.

Fonte: Arquivo pessoal.

Foram entrevistados na maioria homens.

Qual o local onde reside?

Gráfico 03 – Questionário 01 Questão 04.

Fonte: Arquivo pessoal.

A maioria dos entrevistados morava no interior, porém próximo ao litoral.

Masculino Feminino

Praia Interior até 50 km da Praia

Interior de 50 até 100 km da praia

Interior mais de 100 km da praia

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103

Com que freqüência vai à praia?

Gráfico 04 – Questionário 01 Questão 05.

Fonte: Arquivo pessoal.

A maioria dos entrevistados surfa mais de uma vez ao mês.

No verão, passa as férias na praia ou no interior?

Gráfico 05 – Questionário 01 Questão 06.

Fonte: Arquivo pessoal.

Todos os entrevistados passam as férias na praia.

Qual é o maior empecilho para ir à praia?

Mais de uma vez por mês Uma vez por mês Uma vez a cada três meses Uma vez a cada seis meses Uma vez por ano Menos de uma vez por ano

Praia

Interior

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104

Gráfico 06 – Questionário 01 Questão 07.

Fonte: Arquivo pessoal.

Os empecilhos para ir à praia foram dos mais variados, sendo constatado que

não há problema com relação a data das férias, a distância da residência, o clima e

a falta de férias tiveram uma porcentagem de escolhas semelhantes, e a maior parte

dos entrevistados não vê problemas para ir á praia.

Você pratica algum esporte relacionado com a praia?

Gráfico 07 – Questionário 01 Questão 08.

Fonte: Arquivo pessoal.

A maior parte dos entrevistados pratica algum esporte relacionado à praia.

Distância da residência Falta de férias Problemas com a data das férias Clima Não há problemas para ir à praia

Sim Não

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105

Gráfico 08 – Questionário 01 Questão 09.

Fonte: Arquivo pessoal.

Dos entrevistados que praticam esportes relacionados à praia, a grande

maioria pratica surf, porém foi observado que os usuários praticam também

bodyboard, beach soccer, dentre outros, pouco mencionados.

Qual o maior problema que você encontra durante a prátide deste esporte?

Gráfico 09 – Questionário 01 Questão 10.

Fonte: Arquivo pessoal.

Os maiores problemas encontrados na prática do esporte esclhido são a

habilidade, a distância do local e as condições climáticas.

Com que freqüência vai à parques aquáticos ?

Surf Bodyboard Longboard Sandboard Kitesurf windsurf Kaiaking Beach Volei Beach Soccer Outros

Habilidade Custo Distância do local Condições Climáticas Nenhum

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106

Gráfico 10 – Questionário 01 Questão 11.

Fonte: Arquivo pessoal.

A freqüência que os entrevistados vão à praia, na maioria dos questionários

coletados foi na maioria das entrevistas uma ou menos de uma vez por mês.

Você costuma freqüentar parques aquáticos em que época?

Gráfico 11 – Questionário 01 Questão 12.

Fonte: Arquivo pessoal.

A grande maioria dos entrevistados respondeu que costuma freqüentar

parques aquáticos no verão.

Você costuma praticar alguma atividade física em especial nos parques aquáticos?

Mais de uma vez por Mês Uma vez por Mês Uma vez a cada três meses Uma vez a cada seis meses Uma vez ao ano Menos de uma vez ao ano

Verão Inverno Ano todo

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107

Gráfico 12 – Questionário 01 Questão 13.

Fonte: Arquivo pessoal.

Dos entrevistados, a grande maioria não costuma praticar alguma atividade

física em especial nos parques aquáticos.

Qual?

Gráfico 13 – Questionário 01 Questão 14.

Fonte: Arquivo pessoal.

Dos entrevistados que praticam alguma atividade em especial nos parques

aquáticos, a maioria respondeu que pratica natação, alguns responderam que

praticam futebol, e alguns que praticam outros esportes, porém nenhum dos

entrevistados respondeu que pratica surf.

O que vc gostaria que melhorasse na infra-estrutura dos parques aquáticos?

Sim Não

Natação Surf Voleyball Futebol Outros

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108

Gráfico 14 – Questionário 01 Questão 15.

Fonte: Arquivo pessoal.

Quanto à questão que perguntava o que o entrevistado gostaria que

melhorasse na infra-estrutura dos parques aquáticos, o destaque foi para a

radicalidade, com um pouco mais de respostas que os outros itens, a diversidade, a

integração, a emoção e a qualidade.

Qual a atração dos parques aquáticos que mais aprecia?

Gráfico 15 – Questionário 01 Questão 15.

Fonte: Arquivo pessoal.

As atrações mais apreciadas pelos entrevistados nos parques aquáticos

foram os tobogâns e as piscinas com ondas.

Diversidade Qualidade Emoção Radicalidade Integração

Tobogãns Piscina com ondas Rio artificial Piscina de hidromassagem Piscinas Normais Outras atrações

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109

Quais os problemas você identifica nos parques aquáticos?

Gráfico 16 – Questionário 01 Questão 16.

Fonte: Arquivo pessoal.

Os problemas de maior relevância identificados nos parques aquáticos pelos

entrevistados foram o difícil acesso e problemas com respeito à higiene.

Questionário aplicado aos praticantes de surf

Qual sua idade?

Gráfico 17 – Questionário 02 Questão 02.

Fonte: Arquivo pessoal.

A maioria dos entrevistados tinha entre 15 e 30 anos.

Material Obsoleto Difícil acesso Problemas com respeito à higiene Falta de segurança Burocracia para entrar Falta de locais para alimentação Outros

Até 10 anos Entre 10 e 15 anos Entre 15 e 20 anos Entre 20 e 30 anos Entre 30 e 50 anos Mais de 50 anos

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Qual seu sexo?

Gráfico 18 – Questionário 02 Questão 03.

Fonte: Arquivo pessoal.

Todos os entrevistados era homens.

Qual o local onde reside?

Gráfico 19 – Questionário 02 Questão 04.

Fonte: Arquivo pessoal.

A grande maioria dos entrevistados morava no interior, porém até 50 km da

praia.

Masculino Feminino

Praia Interior até 50 km da praia Interior até 100 km da praia Interior mais de 100 km da praia

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111

Com que freqüência vai à praia?

Gráfico 20 – Questionário 02 Questão 05.

Fonte: Arquivo pessoal.

A grande maioria dos entrevistados vai à praia mais de uma vez ao mês, e

todos os entrevistados vão à praia no mínimo uma vez a cada três meses.

Você pratica surf?

Gráfico 21 – Questionário 02 Questão 06.

Fonte: Arquivo pessoal.

Todos os entrevistados eram praticantes de surf.

Mais de uma vez ao mês Uma vez ao mês Uma vez a cada três meses Uma vez a cada seis meses Uma vez por ano Menos de uma vez por ano

Sim Não

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112

Qual a freqüência que pratica surf?

Gráfico 22 – Questionário 02 Questão 07.

Fonte: Arquivo pessoal.

Metade dos entrevistados pratica surf entre uma e quatro vezes por semana.

Qual o principal problema para a prática do surf?

Gráfico 23 – Questionário 02 Questão 08.

Fonte: Arquivo pessoal.

O principal problema para a prática do surf descrito pelos entrevistados são

as condições climáticas, seguido pela distância.

Mais de quatro vezes por semana

Uma vez por semana Uma vez a cada duas semanas Uma vez ao mês Menos de uma vez ao mês

Condições Climáticas Distância Condições Físicas Condições Financeiras Limites Psicológicos Outros

Entre quarto e duas vezes por semana

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113

Quanto à competições...

Gráfico 24 – Questionário 02 Questão 09.

Fonte: Arquivo pessoal.

Quanto à participação em campeonato, houve uma divisão bastante

equivalente entre os entrevistados que nunca participam e os que já participaram,

porém não costumam participar, sendo que poucos responderam que são

participantes assíduos.

Quanto à sua performance ...

Gráfico 25 – Questionário 02 Questão 10.

Fonte: Arquivo pessoal.

Quanto à performance, pôde-se observar que houve uma grande divisão

entre os entrevistados, sendo que muito poucos responderam que são profissionais.

Nunca participo Já participei, porém não costumo Sou participante assíduo

Iniciante Iniciante-Intermediário Intermediário Intermediário -Experiente Experiente Profissional

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114

Qual sua preferência por ondas?

Gráfico 26 – Questionário 02 Questão 11.

Fonte: Arquivo pessoal.

A preferência por ondas entre os entrevistados foi para as médias, sendo que

uma grande parte gosta também de ondas grandes.

Qual sua preferência quanto ao tipo de onda?

Gráfico 27 – Questionário 02 Questão 12.

Fonte: Arquivo pessoal.

A grande maioria dos entrevistados prefere as ondas normais, porém um

quarto dos entrevistados prefere ondas cavadas.

Pequenas Médias

Grandes Gigantes

Todas

Cavadas Normais Cheias

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115

Qual sua preferência quanto ao tipo de fundo?

Gráfico 28 – Questionário 02 Questão 13.

Fonte: Arquivo pessoal.

Quanto ao tipo de fundo onde a onda se forma, a grande maioria dos

entrevistados prefere o fundo de areia.

Qual a época que prefere surfar?

Gráfico 29 – Questionário 02 Questão 14.

Fonte: Arquivo pessoal.

A época em que os entrevistados preferem surfar foi na grande maioria dos

casos o verão, com uma grande soma de pessoas que preferem surfar durante o

inverno.

Fundo de pedra Fundo de areia Fundo de corais

Outono Inverno Primavera Verão Indiferente

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116

Já surfou em ambientes diferentes do mar?

Gráfico 30 – Questionário 02 Questão 15.

Fonte: Arquivo pessoal.

Apenas uma pequena parte dos entrevistados já surfou em ambientes

diferentes do mar.

Se já surfou, em quais?

Gráfico 31 – Questionário 02 Questão 16.

Fonte: Arquivo pessoal.

Dos entrevistados que afirmaram já terem surfado em ambientes diferentes

do mar, metade afirmou ter surfado em ondas paradas em piscinas e metade em

ondas paradas em rios.

Sim Não

Rios-Pororoca Rios-Onda Parada Piscina-Tipo Mar Piscina-Onda parada

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117

Se não surfou, em quais gostaria de surfar?

Gráfico 32 – Questionário 02 Questão 17.

Fonte: Arquivo pessoal.

A questão que tratou de qual ambiente o entrevistado gostaria de surfar teve

uma divisão muito homogênea, com leve vantagem para piscinas que formam ondas

similares ao mar e desvantagem para ondas paradas em rios.

Estaria disposto a pagar para frequentar um local com ondas artificiais?

Gráfico 33 – Questionário 02 Questão 18.

Fonte: Arquivo pessoal.

Uma pequena parte dos entrevistados estaria disposto a pagar para

freqüentar um local com ondas artificiais.

Piscina –Tipo mar

Rios-Pororoca Rios-Onda Parada

Piscina-Onda parada

Sim Não

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118

Quanto por hora?

Gráfico 34 – Questionário 02 Questão 19.

Fonte: Arquivo pessoal.

Dos entrevistados que estariam dispostos a pagar para freqüentar um local

com ondas artificiais, o item mais escolhido foi o que os usuários pagariam entre

R$10,00 e R$20,00.

4.3 Análise dos Resultados da Pesquisa de Campo

De acordo com os resultados obtidos são feitas análises com cruzamento dos

resultados, afim de obter informações que auxiliem na elaboração e

desenvolvimento do projeto.

Prática de esportes aquáticos por pessoas que moram até 50 km do litoral:

Praticam Sim Não Total

Número de pessoas 38 33 71

Porcentagem 53,52% 46,47% 100%

TABELA 01 – Análise mista entre perguntas.

Fonte: Arquivo pessoal.

Esportes aquáticos praticados pelas pessoas que moram até 50 km do litoral:

Praticam Surf Outros Total

Número de pessoas 33 4 37

Porcentagem 89,18% 10,81% 100%

TABELA 02 – Análise mista entre perguntas.

Fonte: Arquivo pessoal.

Até R$10,00 Entre R$10,00 e R$20,00 Entre R$20,00 e R$30,00 Entre R$30,00 e R$50,00 Mais de R$50,00 Não pagaria

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Entre as pessoas que vão à praia em média uma vez por mês, os maiores

empecilhos observados são:

Praticam Distância Clima Total

Número de pessoas 13 15 28

Porcentagem 46,42% 53,57% 100%

TABELA 03 – Análise mista entre perguntas.

Fonte: Arquivo pessoal.

Entre as pessoas que vão à praia mais de uma vez por mês, as idades mais

observadas com respeito aos mesmos são:

Praticam Entre 15 e 20 anos Entre 20 e 30 anos Total

Número de pessoas 14 18 32

Porcentagem 43,75% 56,25% 100%

TABELA 04 – Análise mista entre perguntas.

Fonte: Arquivo pessoal.

Das pessoas que constam na faixa etária entre 15 e 20 anos, a preferência

por ondas, quanto ao tamanho é:

Praticam Médias Grandes Total

Número de pessoas 7 7 28

Porcentagem 50% 50% 100%

TABELA 05 – Análise mista entre perguntas.

Fonte: Arquivo pessoal.

Apesar de o esporte aquático mais praticado entre os entrevistados que

moram até 50km da praia ser o surf, apesar de a maioria dos entrevistados serem

maiores de idade, a distância, juntamente com os fatores climáticos são fatores que

extrema importância para os mesmos. E apesar de a maioria dos entrevistados

serem adultos, somente metade deles preferem ondas grandes.

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120

5. CONCEITUAÇÃO

A conceituação vem, através dos dados obtidos pelas pesquisas, tanto a

bibliográfica quanto a de campo, atribuir os conceitos pertinentes ao produto. A fase

de conceituação é iniciada com a análise da problemática, quando são atribuídos

conceitos ao produto, afim de solucionar os problemas identificados na análise da

problemática. Para encerrar a conceituação, são estabelecidos os pré-requisitos do

projeto, através de um Briefing contendo as características e especificações

necessárias para o desenvolvimento do produto.

5.1 Definição do Problema

Para se fazer a análise da problemática é utilizada a ferramenta de Mike

Baxter (2000), conhecida como As 8 perguntas de Baxter, perguntas estas que

orientam de forma dinâmica e objetiva a interpretação dos resultados obtidos

através das pesquisas realizadas.

A análise da problemática tem por função o esclarecimento do problema de

projeto, o porque da existência desse problema, qual seria a solução ideal para esse

problema e o que caracteriza essa solução ideal.

Das oito perguntas sugeridas por Baxter, foram eliminadas as perguntas que

não trariam informações relevantes ao projeto, e utilizadas apenas as perguntas que

trariam respostas importantes. São elas:

Qual é exatamente o problema que você está querendo resolver?

“Como proporcionar à praticantes de surf a possibilidade de surfar mesmo em

condições adversas e falta de ondas, sejam por condições climáticas ou distância do

litoral.”

Por que esse problema existe?

O problema existe pois os praticantes de surf dependem de um local

específico para a prática do esporte. Bem como condições climáticas favoráveis.

Qual é a solução ideal para o problema?

Desenvolver um produto que reúna as características necessárias para o

surfista praticar as manobras do esporte, em condições o mais próximas das

naturais possível.

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121

O que caracteriza essa solução ideal?

Um produto que crie ondulações, sejam elas similares ao mar ou estáticas,

que permitam ao usuário utilizar os equipamentos utilizados no surf normalmente.

Quais são as restrições que dificultam o alcance dessa solução ideal?

Um produto que simule uma onda terá obrigatoriamente dimensões elevadas,

o que acarreta em custos elevados e componentes de alta performance.

5.2 Conceitos do Produto

Os conceitos do produto são gerados tendo como base as respostas dos

entrevistados em ambas as pesquisas de campo, além de uma análise de mercado

identificando as tendências e os anseios dos consumidores.

Para definir esses conceitos, é utilizado como ferramenta a elaboração de

painéis semânticos que segundo Baxter(2000), transmitem através de imagens e

palavras-chaves sentimentos e emoções que auxiliam na elaboração dos valores

que devem ser agregados ao produto, além de apresentar o público alvo e o tema

visual que todo o projeto irá seguir.

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122

A Figura 134 da conceituação, faz referência às palavras chaves que trazem

o conceito que deve estar implícito no produto, agregando os valores pertinentes ao

mesmo. Esses conceitos respondem diretamente aos problemas observados nas

pesquisas. No caso do painel elaborado, constata-se que o produto deve ser

funcional, descontraído, divertido e deve utilizar-se do princípio da biônica.

Figura 134: Conceitos do produto.

Fonte: Arquivo pessoal.

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123

A Figura 135 diz respeito ao público alvo levantado segundo a pesquisa. A

mesma informa que o público alvo explorado são homens e mulheres, praticantes de

surf, ou esportes em ondas, de todas as idades, porém joviais e abertos à novas

experiências.

Figura 135: Público Alvo.

Fonte: Arquivo pessoal.

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124

A Figura 136 é referente ap tema visual que o produto deve explorar. Como o

produto desenvolvido trata-se de um produto relacionado à esportes radicais e

aquáticos, busca-se um tema futurista, com linhas limpas, porém sempre

relacionado à natureza (biônica), item muito prezado pelos praticantes do surf.

Figura 136: Tema visual.

Fonte: Arquivo pessoal.

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125

5.3 Pré-requisitos do Projeto – Briefing

Para se sejam estabelecidos os pré-requisitos do projeto é de suma

importância a elaboração de um Briefing, tendo como base as informações

levantadas pelas pesquisas. O Briefing tem como finalidade a especificação das

informações pertinentes ao projeto.

1- PRODUTO

Nome: SurFlow

Categoria: produtos esportivos e de lazer.

Ocasião de uso: lazer e prática de atividades físicas em parques aquáticos ou

locais especializados em lazer e esportes aquáticos.

Qual será a principal função de uso: utilizar o produto como uma onda natural,

praticando manobras sobre uma prancha de surf.

Quais serão as possíveis funções secundárias do produto: utilizar o produto

como uma onda natural, porém utilizando o mesmo para a prática de outras

atividades aquáticas, como o bodyboard, o flowride e o skimboard.

Imagem do produto no mercado: equipamento para prática de surf, similar à uma

onda natural.

Principais características promocionais do produto em relação à concorrência:

funcionalidade, baixo custo e a possibilidade de utilizar uma prancha de surf comum.

Pontos positivos: beleza, interação, funcionalidade.

Pontos negativos: Alto custo de produção, devido ao emprego de componentes de

alta performance como as bombas de água.

2-MERCADO

Tamanho do mercado: médio. Apesar de abranger o a indústria do turismo, o

produto terá dimensões elevadas, o que faz necessária a instalação em um local

amplo e específico para o mesmo.

Principais mercados: nordeste, por contar com uma grande quantidade de parques

aquáticos e locais que se encontram longe do litoral, por não dispor de locais para a

prática do surf.

Sazonalidade: a procura pelo uso do produto está relacionada às condições

climáticas, como temperatura e condições marítimas.

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3- CONSUMIDOR

Sexo: masculino e feminino

Classe social: classe predominante A

Faixa etária: entre 10 e 40 anos.

Hábitos e costumes dos consumidores em relação ao produto: necessitam de

locais para a prática do surf, praticam o esporte por motivos profissionais ou por

entretenimento.

Influencias ambientais e culturais a que o usuário está exposto:

Quem adquire o produto: Parques aquáticos, e locais ou empresas especializados

em esportes aquáticos.

4- RAZÕES DE COMPRA DO PRODUTO

Por quê os empreendimentos adquirem este produto? Para oferecer mais uma

opção de lazer e pratica esportiva aos clientes, bem como oferecer a prática do surf,

mesmo em condições adversas, como a falta de ondas no mar ou a distância do

mesmo.

Benefícios que o consumidor espera do produto: interação, descontração,

prazer, diversão, usabilidade, aprendizado, treinamento.

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6. CONCEPÇÃO

No tópico relativo à concepção, serão especificadas as técnicas utilizadas na

etapa de concepção, como o MESCRAI, o Pricípio da Biônica, Brainstorming e

Thumbnails. Através destas técnicas é iniciado o processo de geração de

alternativas. Posteriormente, há a seleção da melhor alternativa, com as melhores

características que atendem os pré-requisitos de projeto e tornam a melhor solução

para o problema de projeto.

6.1 Ferramentas e Técnicas de Criatividade

Para o desenvolvimento das soluções criativas para o projeto foram utilizadas

quatro ferramentas: o MESCRAI, o Princípio da Biônica e o Brainstorming aliado aos

Thumbnails. O MESCRAI é fundamentado em sua própria sigla, onde cada letra

representa uma ação no desenvolvimento do produto. O “M” significa modifique, o

“E” elimine, o “S” substitua, o “C” combine, o “R” rearranje, o “A adapte e por fim

temos o “I” que significa inverta. O MESCRAI, além de ser utilizado na geração de

alternativas, é também utilizado nas posteriores etapas do projeto.

O Princípio da Biônica consiste em buscar em elementos da natureza,

soluções orgânicas e estruturais que possam ser transformados soluções para

problemas de projeto, sejam problemas de forma ou estruturais.

O Brainstorming consiste quando um ou mais participantes reúnem-se para,

no sentido literal da palavra, realizar uma tempestade de idéias, não havendo

qualquer tipo de restrições ou preconceitos. Ele pode ser utilizado na geração de

alternativas tanto na estética do produto, através de desenhos, quanto ao nome que

se dará ao mesmo.

Já os Thumbnails são uma versão miniaturizada de uma imagem sem

redução, que como elemento do projeto, permite que se insira vários desenhos em

uma única folha, facilitando a visualização e comparação.

O Brainstorm foi utilizado aliado aos Thumbnails afim de unir os benefícios

proporcionados por ambas as técnicas, quando as representações do Brainstorm

foram feitas através de Thumbnails (vide anexo 03).

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6.2 Geração de Alternativas

Com as ferramentas e técnicas de criatividade definidas, partiu-se então para

a geração de alternativas, que se baseou nos resultados das pesquisas de campo e

bibliográfica para a definição dos atributos e auxílio ao desenvolvimento. Na geração

de alternativas foram seguidos três ramos distintos de alternativas, cada ramo

baseado em um tipo de onda. Primeiramente foram desenvolvidas alternativas

baseadas em ondas do mar, ondas que não fossem estáticas, posteriormente foram

desenvolvidas alternativas baseadas em ondas paradas e rios, e finalmente foram

geradas alternativas integrando os diferentes tipos de formação de ondas que

podem existir, como o mar, rios, ventos, terremotos, ondas formadas por

embarcações e tsunamis.

Com trinta e cinco alternativas definidas, foram escolhidas três para

detalhamento, onde uma alternativa de cada ramo foi detalhada em possíveis

grafismos/conceitos para o ambiente, funcionamento do produto e detalhamento da

onda, onde foi inserido um referencial humano para comparação.

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6.2.1 Alternativa I

Figura 137: Alternativa I.

Fonte: Arquivo pessoal.

Pontos Positivos Pontos Negativos

Tamanho variável. Sistema hidráulico de médio porte.

Baixo gasto de energia.

Baixa quantidade de água necessária

para o funcionamento.

Necessita de bomba hidráulica forte ou

múltiplas de pequeno a médio porte.

Onda formada contínuamente.

Possibilidade de instalação de múltiplas

rampas formadoras de ondas.

Dificuldade na modificação de

formação das ondas depois de

implementado.

Alta possibilidade de ambientação.

TABELA 06 – Pontos positivos e negativos da Alternativa I.

Fonte: Arquivo pessoal.

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130

Considerações sobre alternativa I:

Inspirada nas ondas formadas em rios, onde há uma pedra como base para a

formação da onda, a Alternativa I utiliza uma espécie de duto onde a água é

bombeada formando um rio artificial, que quando passa pelas rampas especiais

dispostas forma uma onda estática e surfável com uma prancha de surf normal.

Foram detalhadas a onda estática formada com referencial humano, o

sistema de funcionamento, onde a água é movimentada através de bombas

formando o rio, e um possível conceito/ambientação agregado ao produto, onde se

simularia um rio natural, com uma ilha central, e dutos de água saindo de pedras

falsas.

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131

6.2.2 Alternativa II

Figura 138: Alternativa II.

Fonte: Arquivo pessoal.

Pontos Positivos Pontos Negativos

Ondas formadas similares ao mar. Necessita de pistão hidráulico forte.

Baixo gasto de energia. Dimensões elevadas.

Possibilidade formação de diferentes

tipos de ondas.

Elevada quantidade de água

necessária para funcionamento.

Onda de pequena a média duração. Possibilidade de formação de poucas

ondas simultâneas.

Alta possibilidade de ambientação.

TABELA 07 – Pontos positivos e negativos da Alternativa II.

Fonte: Arquivo pessoal.

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132

Considerações:

A segunda alternativa teve como inspiração as ondas formadas no mar, onde

o vento cria ondulações que viajam até encontrar algum obstáculo, onde o atrito com

o fundo mais raso faz com que a onda se “quebre”. No caso da Alternativa II, uma pá

de dimensões elevadas é empurrada contra a água criando a ondulação, que

percorre um tanque de água até chegar à sua bancada (parte mais rasa, projetada

para que a onda quebre comperfeição) e estourar, permitindo neste momento que o

surfista utilize a onda para manobras.

Foram detalhadas a onda formada na bancada artificial, com referencial

humano, o sistema de funcionamento, onde a pá é empurrada contra a água

formando a ondulação e um possível conceito/ambientação agregado ao produto,

onde se simularia uma praia natural, com grafismos na lateral do tanque simulando

um píer na parte superior e animais marinhos na parte submersa.

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133

6.2.3 Alternativa III

Figura 139: Alternativa III.

Fonte: Arquivo pessoal.

Pontos Positivos Pontos Negativos

Tamanho reduzido. Possibilidade de formação de no

máximo duas ondas simultâneas.

Gasto de energia regular. Dificuldade na modificação do

sistema.

Onda formada continuamente. Dificuldade na modificação de

formação das ondas.

Boa possibilidade de ambientação. Possibilidade regular de ambientação.

TABELA 08 – Pontos positivos e negativos da Alternativa III.

Fonte: Arquivo pessoal.

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Considerações:

A terceira alternativa teve como inspiração as ondas formadas embarcações

em movimento, onde a embarcação corta a água, empurrando-a para os lados,

criando uma ondulação, que chega a “quebrar” quando encontra um local mais raso.

Na Alternativa III, uma espécie de hélice gira, empurrando a água em um sentido

tangente ao movimento circular da mesma, criando uma ondulação oblíqua à

bancada desenvolvida circularmente ao redor da hélice, fazendo com que a onda

“quebre” com perfeição.

Foram detalhadas na Alternativa III onda formada na bancada artificial, com

referencial humano, o sistema de funcionamento, onde a hélice empurra a água

formando a ondulação e um possível conceito/ambientação agregado ao produto,

onde se simularia algo industrial, visto que é um produto bem diferente dos outros, e

traz um conceito de maior tecnologia implícito.

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7. ALTERNATIVA ESCOLHIDA

Figura 140: Alternativa I.

Fonte: Arquivo pessoal.

7.1 Considerações Finais sobre a Alternativa

Foi selecionada como alternativa final a Alternativa I, por buscar similaridade

às ondas estáticas, formadas em rios, onde o praticante pode surfar a onda por um

tempo infinitamente maior do que as ondas de piscina, de mar, ou até mesmo das

outras alternativas. Além do tempo elevado de duração da onda, a alternativa

selecionada apresenta um menor custo de produção, e seu sistema de

funcionamento é bastante simples, necessitando apenas de uma bomba d´agua

para cada rampa instalada no rio artificial que forma o produto.

7.2 Testes de Adequação da Alternativa

Afim de que se fosse possível verificar a adequação do projeto ao usuário e

às funções a que se propõe a desempenhar, é feita a adequação, estudando

funções e dimensões do produto, com o auxílio de modelos volumétricos e de

funcionamento.

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136

Antes de definir as medidas e de fazer o modelo volumétrico, foram feitos

cálculos com auxílio de imagens para determinar o espaço necessário para fazer a

manobra de retorno (Cute-Back), que faz com que o surfista volte do fim para mais

perto do início da onda, e com isso, concluiu-se as dimensões necessárias para

garantir a utilização de toda a onda formada sem problemas de espaço físico.

Figura 141: Testes de manobras.

Fonte: Arquivo pessoal.

7.3 Modelo Volumétrico

Para a realização do teste dimensional do produto, foram confeccionados dois

tipos de modelo volumétrico, um primeiro em papelão, em escala 1:20, pois devido

às grandes dimensões do produto final, se tornaria inviável a construção de um

modelo em maior escala. O modelo em escala 1:20 foi construído para que se

pudesse observar a disposição das partes e formas do produto. E um segundo

modelo onde foram projetadas as formas e medidas do produto em uma parede, em

escala 1:1, pois serviria para análises de acordo com o referencial humano, onde

com o auxílio de um modelo humano e uma prancha de surf de tamanho real, se

verificou a adequação das medidas e formas do produto.

7.3.1 Execução do modelo volumétrico

Para a execução do modelo volumétrico de papelão em escala, foi utilizado

papelão, cola, fita adesiva, estilete, lápis e régua. Para a confecção do modelo o

papelão foi riscado com as pedidas de todas as partes necessárias à montagem do

modelo, e posteriomente cortado. Primeiramente foram montadas as duas rampas

onde as ondas se formam, e coladas à base de papelão, com o formato oval. Após a

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colagem das rampas na base, foram feitas as paredes laterais na base, formando

um a piscina circular, que foi revestida inteiramente de fita adesiva.

Figura 142: Execução do modelo volumétrico.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 143: Execução do modelo volumétrico.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 144: Execução do modelo volumétrico.

Fonte: Arquivo pessoal.

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138

Figura 145: Modelo volumétrico.

Fonte: Arquivo pessoal.

Para a execução do modelo em escala real, foi utilizado apenas fita isolante,

fita métrica e lápis, pois foram feitos desenhos em CorelDRAW da alternativa

(somente a rampa formadora da onda artificial) em vista frontal e lateral, onde o

usuário estaria interagindo, e posteriormente estas medidas foram passados para

uma parede com o auxílio fita isolante preta, para marcar as formas corretamente.

Figura 146: Modelo volumétrico a ser projetado.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 147: Modelo volumétrico a ser projetado.

Fonte: Arquivo pessoal.

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139

7.3.2 Adequação do Modelo

Tendo como base um referencial humano de percentil 95% e o modelo

volumétrico em escala 1:1, verificou-se que o dimensionamento do modelo em

relação referencial humano estava correta, tanto na altura como na largura.

Figura 148: Modelo volumétrico projetado na parede.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 149: Modelo volumétrico projetado na parede.

Fonte: Arquivo pessoal.

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Durante a análise do modelo de papelão em escala 1:20, foi utilizado um jato

d´agua direcionado para a rampa, como aconteceria no produto final, onde foi

analisado que para um melhor funcionamento do produto, e um melhor fluxo de

água através da rampa, deveria haver uma maior distância entre a rampa e a parede

oposta à rampa, que foi a única mudança requerida no projeto para o bom

funcionamento do mesmo.

Figura 150: Modelo volumétrico em escala.

Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 151: Modelo volumétrico em escala.

Fonte: Arquivo pessoal.

Relacionando o modelo ao ambiente, foram feitas análises com relação à

disposição de equipamentos, controles e ambientação. Analisando o espaço central

do modelo, foi constatado que o mesma tem 68 metros quadrados, onde se dispões

de um espaço de 18 metros de extensão por quatro metros de largura e dois metros

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de altura, onde as extremidades são em forma de semi-circulo. Através dessa

análise, pode-se concluir que este espaço seria suficiente para acomodar as duas

bombas hidráulicas definidas no projeto, com dimensões de 2 metros por 1,5 metros

quadrados. Para que esta parte do sistema de funcionamento não fique à mostra, foi

analisado a possibilidade da instalação de uma cobertura na parte central do

produto, onde pode ser feito um trabalho de paisagismo, fazendo este espaço

parecer uma ilha, com árvores e pedras, e transformando a parte interna desta ilha

numa casa de máquinas.

Figura 152 Modelo volumétrico em escala.

Fonte: Arquivo pessoal.

Quanto à instalação da central de comando, foi deixada em aberto, visto que

a mesma se resuma à uma caixa de comando, e muitos dos locais onde o produto

pode ser instalado tem seus próprios locais de instalação, sendo que alguns utilizam

apenas um pedestal com a central instalada, alguns preferem a utilização de uma

cabine de comando, e outros tem seus próprios centros de comando. Por este

motivo foi considerado que a instalação da central de comando ficaria à disposição

de que fosse utilizá-lo.

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8. ASPECTOS FÍSICOS

Através dos aspectos físicos do produto, é pretendido mostrar a configuração

visual do produto. Estes aspectos englobam itens como ergonomia, operações e

antropometria no produto, sendo este denominado de SurFlow. As características do

nome e conceito denominado serão abordados a seguir na função informacional do

memorial a ser descrito bem como a parte estético-formal do mesmo.

8.1 Ergonomia

A parte dos estudos ergonômicos do produto avalia ergonomicamente o

mesmo, verificando se está adequado.

8.1.1 AEP - Análise de Produtos Existentes

Para que se obtenha informações de modificações, ajustes e diferenciais do

produto em relação à produtos existentes, foram pesquisados produtos que já se

encontram em funcionamento, similares ao produto desenvolvido.

O Flow-Ride é uma espécie de rampa onde é formada uma onda estática em

seu local de formação. O produto é composto por uma rampa inclinada,

confeccionada em fibra de vidro ou cimento, por onde é bombeada água através de

no mínimo 4 bombas de alto fluxo e potência, que não podem ser desligadas

enquanto se quer surfar a onda, e tem um alto consumo de energia. A lâmina de

água produzida por esse tipo de equipamento é bastante fina, não permitindo a

utilização de pranchas de surf comuns.

Figura 153: Onda do tipo Flow Ride.

Fonte: http://www.waves.com.br.

Quanto ao custo do equipamento, este é bastante elevado sendo necessário

um investimento mínimo de um milhão de reais. Este valor foi calculado com base

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143

em pesquisas feitas com outros equipamentos similares dentro desta categoria de

esporte.

Já a Wave Pool, nome dado às piscinas com ondas móveis, é uma piscina

onde o fundo é inclinado e tem diferenças de profundidade, e as ondas são

formadas através de bombas e comportas.

Figura 154: Wave Pool.

Fonte: http://www.waves.com.br.

No sistema onde a onda se forma pela ação das bombas, é criado um

compartimento que serve como um pulmão, onde o ar é armazenado sob pressão.

No momento em que o ar é liberado, é formada uma onda similar ao mar, que se

locomove através da piscina até encontrar uma barreira (a parte mais rasa da

piscina), onde a onda ganha tamanho e pressão, quebrando e proporcionando uma

parede onde é possível surfar. Apesar de ser possível a utilização de pranchas de

surf comuns, as ondas dificilmente atingem um tamanho razoável para a prática do

surf (1m), e o motor deve permanecer ligado por 15 minutos, com intervalos de 15

minutos, afim de que se reduza as marolas da piscina.

O investimento necessário para a implantação da Wave Pool é um tanto

elevado, girando em torno de um milhão e quinhentos mil reais.

8.1.2 Usabilidade

Quanto ao funcionamento do produto, este foi desenvolvido tendo como base

as ondas artificiais estáticas do tipo flow ride, e as ondas estáticas que se formam

em rios. O produto é composto por rampas, dispostas em uma piscina em forma de

rio, formando um circuito fechado por onde é bombeada água, formando uma

corrente com um fluxo contínuo de água, com uma lâmina de 30 cm de espessura.

Para conseguir surfar a onda formada, o usuário tem dois meios distintos.

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Figura 155: Sentido do fluxo da água.

Fonte: Arquivo pessoal.

A primeira maneira de entrar na onda é descer da parte superior da rampa,

em direção á lâmina d´água, deitado ou em pé.

Figura 156: Utilização do produto.

Fonte: Arquivo pessoal.

A segunda maneira é entrar na água próximo a rampa, deitado na prancha,

remando contra a correnteza até se posicionar em baixo da rampa, onde devido à

pressão d´água ficará parado na onda, sobre o fluxo, d´água, quando deve ficar em

pé para poder executar as manobras.

Figura 157: Utilização do produto.

Fonte: Arquivo pessoal.

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145

8.1.3 Adequação Antropométrica

A aptidão física é fundamental para a utilização do produto desenvolvido, e o

desempenho atlético é a soma de fatores como constituição física, capacidades

metabólicas, aeróbicas e anaeróbicas, habilidades, técnicas e táticas utilizadas no

esporte escolhido. Por esse motivo é importante verificar se os praticantes de surf,

profissionais ou amadores, tem condições físicas para utilizar o produto. De acordo

com um estudo realizado pela Universidade UNIPRAN, onde se estudou uma

amostra de 12 praticantes de surf, obtendo resultados onde os praticantes estão

perfeitamente aptos ao esporte e a composição corporal dos mesmos está

antropométricamente adequada e de acordo com a prática de esportes.

O produto foi desenvolvido tendo em vista o referencial antropométrico 95%

masculino, visto que a dificuldade na utilização do produto diminui

proporcionalmente à estatura do usuário. Como a utilização do produto se dá com

uma postura diferenciada da população geral, por ser uma prática esportiva e exigir

uma postura diferenciada, além do usuário utilizar-se de uma prancha para a

utilização do produto, a altura do usuário fica redimensionada de acordo com

postura podendo gerar uma distorção no referencial antropométrico estabelecido

pela teoria ergonômica. Sendo assim, com base no referencial masculino 95%, e

uma prancha de surf comumente utilizada por pessoas desta estatura, definiu-se a

altura do percentil 95% masculino como sendo a de 160 cm (distorção gerada pela

prática), e o tamanho da prancha para o percentil 95% masculino como 180 cm.

Associando o percentil 95% masculino ao teste de adequação da alternativa,

onde se testou o espaço necessário para realizar manobras, pode-se definir o

tamanho exato necessário para uma utilização otimizada do produto.

Figura 158: Referencial humano.

Fonte: Arquivo pessoal.

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8.1.4 Adequação Fisiológica

Para que o produto possa proporcionar a prática do surf de forma plena, e

com os desafios e esforços físicos que demanda, foi dimensionado de acordo com a

ergonomia dinâmica, que refere-se aos movimentos realizados pelos segmentos

corporais, afim de permitir que o usuário permaneça o tempo que desejar, podendo

fazer pausas para evitar que haja exaustão muscular, o que faz com que haja

demora na recuperação do usuário.

A fisiologia estima a demanda energética do coração e dos pulmões, exigida

por um esforço muscular. Para evitar a fadiga muscular deve ser respeitado o tempo

de duração do esforço contínuo, que no caso do produto Surf Flow, foi calculado

através do gasto energético.

De acordo com Dul (1995), devem haver pausas na tarefa quando o gasto

energético ultrapassar 250W, isto é 3,57 Kcal/Min, afim de que se evite o

esgotamento físico. No caso do surf, enquanto o praticante está manobrando sobre

a parede da onda, o valor estimado para a prática é de 670W, portanto devem

haver várias pausas periódicas durante a utilização do produto, de acordo com a

aptidão física do usuário.

8.1.5 Adequação Ambiental

Apesar de a sugestão para montagem do produto ser em uma piscina em

forma de rio oval, as rampas formadoras de onda podem ser dispostas em vários

formatos de piscina, desde que a mesma seja em forma de rio e um circuito fechado.

Porém, no caso de se utilizar mais rampas no circuito deverá ser testado o fluxo de

água e implementadas mais bombas hidráulicas no circuito, para garantir que a

velocidade e fluxo de água se mantenha adequado ao funcionamento do produto.

Figura 159: Diferentes montagens do produto.

Fonte: Arquivo pessoal.

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147

O produto foi desenvolvido para ser utilizado em qualquer ambiente,

respeitando o espaço mínimo de 13 metros de largura por 28 metros de

comprimento, e por isso os locais mais indicados para a implementação do projeto

são parques aquáticos e locais onde se cria um ambiente específico para o produto,

como feiras de surf.

Como o surf é um esporte onde o praticante tem contato com a água, é

interessante que o produto seja utilizado em locais onde o clima seja agradável ou

com climatização no ambiente e aquecimento na água, evitando assim a

necessidade de utilização de roupas de borracha.

No caso de não haver climatização no ambiente, aquecimento da água e

ainda o clima da região ser frio, pode-se utilizar tranqüilamente roupas de borracha,

o que trás a vantagem de proporcionar uma maior proteção contra impactos na hora

das quedas.

Figura 160: Tombo em piscina Flow Ride.

Fonte: Captura do vídeo FlowRide.

8.1.6 Adequação Cognitiva

Quanto à adequação cognitiva, pode-se observar que o manejo e controle do

produto não demanda de mecanismos e sistemas complexos, pois os únicos

comandos presentes no produto são: Liga/Desliga, que estão instalados na caixa de

controle, sendo identificados pelas palavras liga e desliga nos respectivos botões,

que encontram-se nas cores verde e vermelha, respectivamente. A alavanca de

velocidades, que varia entre Baixa/Média/Forte, identificados na escala com a

velocidade e as cores azul, amarela e vermelha respectivamente. Estes comandos

são dispostos conforme a freqüência de utilização e não são utilizados portanto

pedais, nem outros comandos.

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Figura 161: Caixa de comando.

Fonte: Arquivo pessoal.

8.2 Função Operacional

Quanto à função operacional, o produto é de simples operação, pois o

operador terá apenas que ligar a bomba hidráulica e ajustar a velocidade. Na

esquerda da caixa de controle estão dispostos os botões de Liga e Desliga, em

verde e vermelho respectivamente, e na esquerda a alavanca de velocidades da

bomba hidráulica, que conta com três graduações, de velocidade alta, média e

baixa, com uma escala de cores variado de vermelho, para velocidade alta, amarelo

para velocidade média, e verde para velocidade baixa.

Para que o SurFlow funcione e possa ser utilizado corretamente, deve-se

seguir o procedimento abaixo descrito:

1º Ligar o produto no botão verde e a alavanca de velocidade na velocidade baixa.

2º Regular a velocidade da bomba hidráulica conforme a velocidade que se deseja

na onda e o peso do usuário, a velocidade correta de funcionamento deve ser

escolhida em função das tabelas xx abaixo.

3º Quando terminar o uso, o operador deve voltar a alavanca de velocidade para a

velocidade baixa e desligar o SurFlow pressionando o botão vermelho.

Até 50 kg Entre 50 e 85 Mais de 85Kg

Velocidade baixa Ideal Onda lenta Difícil utilização

Velocidade média Onda rápida Ideal Onda lenta

Velocidade alta Difícil utilização Onda rápida Ideal

Tabela 09 : Utilização em função do peso e velocidade.

Fonte: Arquivo pessoal.

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149

8.3 Função Estético Formal

A função estético formal trata da forma do produto, utilização da Gestalt, e a

escolha das cores e formas utilizadas.

8.3.1 Função Formal

Quanto à função formal, o produto é constituído por linhas mistas, sendo

predominante as formas geométricas na piscina em forma de rio, e linhas

geométricas e orgânicas na rampa formadora de ondas. Traz ainda consigo um

conceito de produto arrojado, sem esquecer de que foi obedecida a mais poderosa

das leis da gestalt, a de que “os produtos devem ser simétricos e ter uma linha

simples, assemelhando-se a figuras geométricas” ( BAXTER, 2001, p.33 ). Além

desta, outras leis como similaridade e proximidade estão presentes no produto. O

conjunto destas leis transmite uma maior harmonia visual do produto. Seu

acabamento possui uma textura agradável ao toque, conferida pelo material com

que é revestido, o E.V.A..

Figura 162: Formas do SurFlow.

Fonte: Arquivo pessoal.

8.3.2 Sugestão de Combinações

Muitos produtos similares ao SurFlow, que se propõem a formar algum tipo de

onda artificial são instalados em parques de diversão ou parques aquáticos, e para

que tenham uma melhor ambientação e associação com o que se indicam a oferecer

são pintados e modelados para que façam referência a algum ambiente, como

praias ou locais específicos, como demonstra a figura XX onde o ambiente é criado

para lembrar uma praia antiga com píers e pirataria.

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Figura 163 : Typhoon Lagoon

Fonte: http://www.islandwatersports.com

Para o produto SurFlow, a sugestão de cores e detalhes foi definida de

acordo com a ambientação utilizada na definição de alternativas, onde o fundo da

piscina e a rampa são pintados de azul em dois tons, lembrando um fluxo contínuo

de água, e as paredes internas são pintadas em tons de marrom, com grafismos

lembrando rochas, o que remete a lembrança dos usuários a um rio selvagem. E

para completar a ambientação, na ilha artificial central é feito um paisagismo para

que se pareça o máximo possível com uma ilha real.

Apesar da sugestão dada para as cores e detalhes, o produto pode ser

confeccionado nas cores desejadas, com ou sem ambientação ou paisagismo,

sendo definidos esses quesitos pelo responsável do local onde será instalado o

produto, seja ele um parque aquático, parque de diversões ou um local qualquer.

Sendo assim, deve-se escolher as combinações que fazem com que o SurFlow

melhor se adapte ao ambiente onde será inserido.

Na imagem 164 tem-se uma renderização do SurFlow ambientado como em

local de uma represa, com pedras, animais e árvores.

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Figura 164: Renderização ambientada do SurFlow.

Fonte: Arquivo pessoal.

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9. ASPECTOS TÉCNICOS

Para que fossem esclarecidos todos os aspectos técnicos, definindo

materiais, produção e tecnologias utilizadas no produto foram feitos estudos

definindo o que seria mais viável se empregar no produto, conforme demonstra a

tabela 10.

Peça Material Processo

Módulos I a IV Fibra de Vidro e Resina Estervinílica Laminação de fibras.

Estrutura metálica Aço Inox Soldagem tipo TIG

Tabela 10: Materiais e processos.

Fonte: Arquivo pessoal.

9.1 Materiais

Para que o produto apresente as características técnicas desejadas, foram

feitos estudos à respeito de vários materiais que pudessem ser utilizados no

produto, e finalmente os materiais que apresentavam maior viabilidade de utilização,

bem como estariam melhor relacionados com o projeto foram definidos. São eles:

9.1.1 E.V.A. – Etil Vinil Acetato

A Borracha E.V.A., ou Etil Vinil Acetato é um composto microporoso

constituído por Resina de E.V.A., agente de expansão, agente reticulante, cargas

ativadores e auxiliares de processo, além de outros polímeros como a borracha. O

E.V.A. é utilizado há muito tempo na indústria calçadista, para trabalhos acadêmicos

e artesanais. Apesar de absorver uma quantidade moderada de água, o E.V.A., por

suas características é o tipo de material mais indicado para cobrir a superfície do

produto, visto que é um material de fácil manuseio e limpeza, e tem uma ótima

durabilidade. O E.V.A. utilizado no projeto será o E.V.A. de células fechadas, com

densidade de 20 grs/cm³, que é um material comumente usado em tatames, pois

tem a densidade ideal para absorver impactos, e quando aplicado ao produto,

ajudará a evitar contusões por parte dos praticantes. Quanto à sua instalação no

produto, a placa é simplesmente colada com cola de contato, e pode ser encontrado

em placas de 1,5m por 2m e 15 mm de espessura.

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153

Figura 165: Utilização do produto.

Fonte: http://www.evatecnica.com.br.

9.1.2 Resina Estervinílica

A resina estervinilica é similar à resina à resina poliéster que reage com

estireno, e seu processo de cura é feito por um catalisador e um acelerador, porém

ao contrário da resina poliéster, a reação da molécula ocorre apenas no final da

terminação da cadeia, ao invés de ocorrer em vários pontos intermediários. Isso

torna a resina muito mais flexível, possibilitando absorver choques em maiores

quantidades. De acordo com o site da empresa Barracuda, “Laminados fabricados

com resina estervinílica apresentam uma menor absorção de água e menor

hidrólise, que nada mais é do que a quebra da cadeia molecular pela ação da água,

quando comparada com as resinas convencionais de laminação. Isto ocorre

principalmente devido a dois fatores: menor polaridade das resinas estervinílicas e

reduzidos pontos de ataque químico.” A resina estervinílica está situada em termos

de propriedades mecânicas entre a resina de poliéster e a epóxi, resiste bem à

corrosão, tração, e flexão. Devido às suas propriedades, e ao custo-benefício que

proporciona, a resina estervinílica foi escolhida para constituir junto com a fibra toda

parte estrutural que dá forma ao produto, como as rampas e paredes do produto.

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Figura 166: Utilização do produto resina

Fonte: http://www.resepox.com.br.

9.1.3 Fibra de Vidro

A fibra de vidro é um material sintético produzido a partir de finíssimos

filamentos de vidro, que unidos com certos tipos de resinas e catalisadores se

transformam em um material altamente resistente, e que permite a utilização em

vários tipos de produtos e com diferentes formas. A fibra de vidro apesar de possuir

propriedades mecânicas inferiores às do tecido de fibra de carbono, tem um custo

relativamente menor, e se utilizada em camadas, no número adequado, se torna

mais viável do que a fibra de carbono, pois se utilizada da forma adequada tem suas

características físicas melhoradas, e se torna mais resistente, tanto à tração como à

flexão. Para que se aumente mais ainda essas características, são utilizados no

produto tecidos de fibra de vidro triaxiais, que são formadas pela superposição de

fibras unidirecionais, o que garante as propriedades mecânicas citadas, além de

reduzir o consumo de resina e facilitar o manuseio.

Figura 167: Utilização do produto.

Fonte: http://www.barracudatec.com.br.

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9.1.4 Aço Inoxidável

O aço inoxidável é uma liga composta principalmente de ferro e cromo,

contendo pelo menos 11% de cromo, também ligado ao níquel e molibdênio.

Apresenta apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns,

sendo a alta resistência a oxidação atmosférica a sua principal característica. A sua

elevada resistência a corrosão é atribuída a uma película de óxido de cromo que se

foma na superfície exposta ao meio. Para isto, é necessário a quantidade mínima de

11% de cromo em sua composição. Esta película é aderente e impermeável,

isolando o metal abaixo dela do meio agressivo. Este processo é denominado

passivação. Por ser muito fina, a película torna-se transparente e permite que o

material continue apresentando seu brilho característico. Além da resistência à

corrosão, o aço inoxidável apresenta ainda relativa facilidade de conformação, boa

relação custo benefício e resistência mecânica adequada para ser utilizado como

reforço estrutural interno no produto.

Figura 168: Utilização do produto.

Fonte: http://www.oficinadopensamento.com.br.

Além destes atributos físicos e mecânicos importantes para o projeto, o aço

inox é um material de fácil conservação. Através da limpeza adequada e rotineira, é

possível manter inalteradas as suas características originais, preservando sua

beleza, higiene e durabilidade.

9.1.5 P.V.C. - PoliCloreto de Vinila

O P.V.C. ou PoliCloreto de Vinila é um derivado do sal marinho e do petróleo,

sendo o segundo termoplástico mais consumido no mundo, tento sua maior

utilização em tubos e conexões. Possui uma grande versatilidade de aplicações, que

vão desde artigos rígidos até flexíveis. Tem como características principais a leveza,

que facilita o manuseio e aplicação, resistência à reagentes químicos, insetos,

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bactérias e roedores, bom isolamento térmico, elétrico e acústico, impermeabilidade,

resistência ao choque, e durabilidade com vida útil superior à 50 anos.

Figura 169: Utilização do produto.

Fonte: http://www.oficinadopensamento.com.br.

Além das características físicas favoráveis do P.V.C., o mesmo pode ser

reciclado, e sua reciclagem vem acontecendo desde o começo de sua produção, e

tem diversas aplicações, dependendo do tipo de reciclagem. Na reciclagem química,

o P.V.C. é reciclado voltando às matérias primas de origem, na reciclagem mecânica

o material é utilizado na confecção de outros produtos, e na reciclagem energética é

recuperada a energia contida no resíduo plástico.

Por suas características físicas e químicas aliadas ao baixo custo do material

e à facilidade em se encontrar peças feitas em P.V.C., o mesmo se torna um

material de extrema viabilidade para emprego nos tubos e conexões utilizados no

produto SurFlow.

9.2 Produção Industrial

Na parte de produção industrial, serão abordados itens referentes à produção

do SurFlow, como métodos e técnicas de produção, equipamentos utilizados na

produção e tecnologias empregadas no produto.

9.2.1 Componentes

O SurFlow é um produto que é desenvolvido para montagem por módulos,

onde podem ser utilizados de três a quatro tipos diferentes de módulos, que são

unidos por uma peça específica para a união dos mesmos através de parafusos.

Estes módulos podem ser utilizados repetidamente, formando diferentes circuitos

para a piscina em forma de rio. Após montados esses módulos são utilizadas

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lâminas de E.V.A. para revestir a parte interna dos mesmos. Na imagem 165 temos

uma vista “explodida” do SurFlow, onde pode-se observar os diferentes tipos de

módulos, e um exemplo de sua disposição no circuito fechado.

Figura 170: SurFlow em vista explodida.

Fonte: Arquivo pessoal.

Módulo 1: Curva

O módulo de curva é constituído de uma peça em fibra de vidro e

resina com um ângulo de curva de 90º e uma espessura de 1 cm, o que faz com que

esse módulo possa ser utilizado para formar curvas em qualquer direção na piscina

em forma de rio, fazendo o Surflow ter maior ou menor comprimento.

Figura 171: Módulo 1.

Fonte: Arquivo pessoal.

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Módulo 2: Reta com Rampa de Direita

O módulo 2 constitui as retas e a rampa onde a onda quebra para o lado

direito de quem está remando na onda. É construído em fibra de vidro e resina, com

uma espessura de 1 cm e um reforço estrutural interno de aço inoxidável. Serve

para unir as curvas e tem espaço suficiente antes da rampa para que a água se

estabilize. O módulo 2 é instalado com a rampa na parte interna do SurFlow quando

a água circula no sentido horário, e na parte externa do SurFlow quando a água

circula no sentido anti-horário.

Figura 172: Módulo 2.

Fonte: Arquivo pessoal.

Módulo 3: Reta com Rampa de Esquerda

O módulo 3 constitui as retas e a rampa onde a onda quebra para o lado

esquerdo de quem está entrando na onda. É construído em fibra de vidro e resina,

com uma espessura de 1 cm e um reforço estrutural interno de aço inoxidável,

servindo para unir as curvas. Bem como o módulo 2, tem espaço suficiente antes da

rampa para que a água se estabilize. O módulo 3 é instalado com a rampa na parte

externa do SurFlow quando a água circula no sentido horário, e na parte interna do

SurFlow quando a água circula no sentido anti-horário.

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Figura 173: Módulo 3.

Fonte: Arquivo pessoal.

Módulo 4: União de Módulos

O módulo 4 é uma peça de união entre módulos, podendo unir qualquer um

dos módulos que compõem o SurFlow firmemente, evitando desencaixe das partes

e conseqüentes vazamentos de água. É uma peça feita em fibra de vidro e resina,

também com 1 cm de espessura.

Figura 174: Módulo 4.

Fonte: Arquivo pessoal.

Revestimento de E.V.A.

As placas de E.V.A. são cortadas de acordo com a ficha técnica para facilitar

o revestimento do produto.

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9.2.2 Métodos e Técnicas

Neste tópico serão abordados os métodos e técnicas construtivas utilizados

na produção do SurFlow.

9.2.2.1 Laminação de Fibra com Resina

Todos os quatro módulos utilizados no SurFlow serão confeccionados pelo

método de laminação de fibra de vidro com resina estervinílica. A laminação é um

processo relativamente barato, e que permite uma produção reduzida. Para se

realizar a laminação de peças é necessário um molde. No caso do SurFlow será

utilizado um molde “Positivo”, ou “Macho”, o que garante um melhor acabamento

superficial com menor trabalho, pois se não houver rugosidades na superfície do

molde, a superfície da peça moldada também não terá.

Figura 175: Laminação de fibra de vidro.

Fonte: http://www.barracudatec.com.

Na laminação com fibra de vidro deve-se cobrir o molde com o tecido ou

manta de fibra, impregnada com resina catalisada corretamente, na quantidade mais

próxima possível à saturação. Quanto à catalisação da resina estervinílica, ela se dá

com catalisador de estireno. O catalisador deve ser misturado à resina para que se

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dê a cura da mesma, que deve ser aplicada imediatamente na fibra. O tempo de

cura da resina varia conforme a temperatura ambiente.

Deve-se observar a quantidade certa de resina para a fibra, afim de que não

haja resina em excesso, o que faz com que a peça se torne quebradiça, e nem que

haja falta de resina, o que ocasiona excesso de flexibilidade e porosidade na peça.

Deve-se observar ainda a presença de bolhas, onde se deve compactar até a

impregnação da resina. Esta compactação deve ser feita com rolo de metal molhado

em resina, afim de que a fibra não grude no rolo, conforme demonstra a imagem

171.

No momento que a resina atinja o estado de gel, qualquer trabalho com a

mesma deve ser interrompido, ou o laminado poderá se mexer, ocasionando

espaços vazios e defeitos de laminação. Após a cura completa da resina é possível

lixar, pintar ou colar a peça.

Figura 176: Retirada de bolhas de ar.

Fonte: http://www.barracudatec.com.

9.2.2.2 Soldagem de Aço Inoxidável

O tipo de soldagem definida para as partes em aço inoxidável no SurFlow foi

a solda TIG, ou solda por arco gasoso de tungstênio. A soldagem TIG é um

processo de soldagem estabelecido entre um eletrodo não consumível e a peça a

ser soldada, onde a poça de fusão é protegida por um gás inerte, e pode ser feito

externamente, manual ou automatizado. Foi o tipo de soldagem definida por ser o

processo mais amplamente usado devido à versatilidade, qualidade e ótimo

acabamento estético que proporciona. De acordo com o site www.metálica.com.br,

“A capacidade de soldar em baixa corrente e portanto entrada de pouco calor, mais

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a capacidade de adicionar o arame de adição necessária, é ideal para materiais

finos e a raiz corre em um dos lados da soldagem de chapa e tubo, mais grossa”.

Figura 177: Solda TIG.

Fonte: Apostila de soldagem ACESITA.

A soldagem de aço inoxidável demanda de alguns cuidados, como utilizar um

material de adição com a composição química o mais próximo possível do aço a ser

soldado, utilizar as ferramentas somente em aço inoxidável, limpar as juntas com

escova, esmerilhadeira ou processos químicos.

9.2.3 Tecnologias Empregadas

O tópico sobre tecnologias empregadas aborda todos os mecanismos que

demandam de tecnologias terceirizadas a serem implantados no produto, como

mecanismos eletrônicos e bombas hidráulicas.

9.2.3.1 Bomba Hidráulica

Para que o fluxo de água no SurFlow atinja a velocidade ideal, é necessária a

instalação de um sistema de bombas hidráulicas de alto fluxo. De acordo com as

pesquisas realizadas a bomba mais adequada para o SurFlow é a bomba BEW da

marca HidroVector. A bomba BEW é uma bomba multiestágio que consegue o

bombeamento de aproximadamente 140 litros por segundo, pois são indicadas para

o abastecimento de água, irrigação, alimentação de caldeiras e combate à incêncios.

A bomba BEW pode ser acionada com motores diesel ou elétricos, ficando a

escolha do tipo de motor de acionamento à critério do comprador do produto.

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163

Figura 178: Bomba BEW.

Fonte: http://www.hidrovector.com.br.

Características Técnicas de acordo com o site do fabricante:

-Construção robusta, mancais nas duas extremidades do eixo, elevadas Alturas

Manométricas em 1800 RPM, especialmente adequada para acionamento com

motores diesel ou motores elétricos em 4 pólos.

-.Bomba Horizontal, multi-estágios, com corpos de estágios verticalmente

seccionados, vedados entre si por meio de anéis “O” e unidos às carcaças de

sucção e recalque através de tirantes.

-O Eixo é vedado por meio de gaxetas na execução standard, e opcionalmente por

selo mecânico. É dotado de buchas protetoras na região do engaxamento e possui

luvas distanciadoras.

-O Rotor é fechado, radial e de fluxo único, possui equilíbrio de empuxo axial através

de furos de alívio no lado dianteiro e traseiro.

-Os Anéis de Desgaste são montados nos lados dianteiro e traseiro do Rotor,

alojados nos corpos de sucção, recalque, estágios e difusores.

-Os Mancais são lubrificados a graxa e situados nas duas extremidades da bomba,

com rolamentos de rolo cilíndrico no lado do acionamento e de esfera de duplo

contato angular no lado do recalque.

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9.2.4 Montagem

A montagem do SurFlow se dá pela união dos módulos e instalação do motor

e parte hidráulica. Para maior entendimento sobre o processo de montagem foi

elaborado um Manual de Instrução, conforme demonstra a Função Informacional.

9.4 Desenho Técnico

O desenho técnico compreende os desenhos de todos os módulos e do

produto inteiro com as respectivas cotas, em escala, e tem a função de informar as

dimensões e ângulos corretos do produto.

A seguir foram desenvolvidos os desenhos técnicos do SurFlow, iniciando

pelo desenho do produto inteiro, e seguido dos desenhos dos módulos que

compõem o produto, todos com a imagem da peça representada para melhor

visualização.

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10. ASPECTOS ESTRATÉGICOS

Os Aspectos Estratégicos abordam todas as estratégias de venda,

comercialização, distribuição e marketing que atuarão juntos para o sucesso do

produto.

10.1 Informacional

Quanto à função informacional, foi elaborado um manual de montagem para

facilitar a instalação do SurFlow, conforme demonstrado na imagem 174 e em maior

escala em anexo.

Figura 179: Manual de montagem.

Fonte: Arquivo pessoal.

10.2 Marketing

Para uma melhor compreensão dos aspectos de marketing que englobam o

SurFlow, foi utilizada a ferramenta MIX de Marketing, de Kothler (2001), que

implementa a estratégia de marketing através de quatro áreas, produto, preço, praça

e promoção, detalhadas a seguir.

10.2.1 Produto

A área que diz respeito ao produto aborda a adequação do produto ao

público. Essa adequação é o objetivo de todo o processo de design, e portanto os

benefícios oferecidos pelo produto já foram mencionados.

As decisões e implementações foram tomadas para que o SurFlow atenda as

necessidades de praticantes de surf. Assim sendo, o produto deve proporcionar uma

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onda artificial com condições de se praticar o surf em toda sua plenitude, podendo-

se fazer todas as manobras e acrobacias que se faz em ondas naturais.

10.2.2 Preço

O preço do SurFlow foi baseado nos custos de produção e no valor cobrado

para a implementação de um sistema concorrente, que gira em torno de

USD$1.000.000,00. Como o projeto foi desenvolvido para que o preço final do

produto fosse bastante inferior aos concorrentes, essa meta foi atingida, visto que o

custo de produção gira em torno de R$100.000,00, Como pode-se verificar na tabela

abaixo. Componentes Valor

Fibra e resina R$25.000,00

Aço Inox R$ 2000,00

Motores R$10,000,00

Equipamentos elétricos R$ 4.000,00

E.V.A. R$ 1.500,00

Encanamento R$ 400,00

Outros R$ 1500,00

Total R$43.900,00

Tabela 11: Materiais e valores.

Fonte: Arquivo pessoal.

10.2.3 Praça

A forma de venda do produto se dará pela Internet e posteriormente através

da visita de representantes.

10.2.4 Promoção

Como os principais meios de venda são a Internet e as visitas de

representantes, deve-se estar atento para que as pessoas saibam da existência do

produto, questão que deverá ser resolvida com propagandas em sites relacionados

com surf, esportes radicais e lazer conforme indica a seta demonstrada na imagem

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175 e ainda visitas bem estruturadas, e com apresentação de fotos e vídeos do

produto.

Figura 180: Propaganda em sites.

Fonte: Arquivo pessoal.

Em um segundo momento é interessante que se faça a divulgação do produto

em feiras e eventos esportivos e de lazer.

10.3 Ambiental

Como o SurFlow é um produto que necessita de uma estrutura ambiental ao

seu redor, foi elaborada a função ambiental para definir esta estrutura.

De acordo com a estrutura do produto, ele não terá nenhum resíduo ou sobra,

como fumaça ou fuligem, visto que os motores funcionam utilizando energia elétrica.

Já a água, que deve ser trocada regularmente, pode ser utilizada para irrigar plantas

ou pode ser descartada em esgotos comuns, por não haver substâncias tóxicas na

sua composição.

O ambiente que o produto ocupará fica a critério do proprietário do

estabelecimento, ficando o mesmo encarregado do paisagismo e arquitetura do

local. Uma proposta para utilização do produto é o paisagismo imitando uma

represa, com pedras, animais e arvores em torno do produto, conforme demonstra a

figura 164, representada no capítulo 8.3.2 Sugestão de Combinações.

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11. MODELO FINAL

Afim de que se obtivesse uma melhor compreensão do produto, foi

confeccionado um modelo do SurFlow em escala 1:20, conforme demonstram as

figuras 181 e 182, com os materiais e processos descritos abaixo:

Material Parte Processo

MDF Pisos Corte/Colagem

Papel cartão couro Paredes/Rampa Corte/Colagem

EVA Revestimento Corte/Colagem

Tinta Vinil Revestimento Pintura

Areia Revestimento do piso Colagem

Cola Branca Revestimento do piso Colagem

Tabela 12 – Materiais.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Para os processos acima descritos foram utilizadas ferramentas específicas,

são elas: Serra-fita, estilete, lápis, régua, trena, prego, martelo, prensa e lixas 80,

120 e 240.

Figura 181 – Modelo Final.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 182 – Modelo Final.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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12. CONCLUSÃO

Para realizar um projeto,criar um produto, é necessário ter uma boa idéia,

mas tão importante quanto a idéia é realizar uma boa pesquisa aprofundada sobre o

assunto.

Com a Pesquisa de Bibliográfica, pode-se observar os caminhos que ligavam

o Tempo Livre ao Surf, que é a atividade que será praticada no produto

desenvolvido. Pesquisando-se a respeito do surf, foram obtidas todas as

informações relevantes ao projeto, como funciona o esporte, como é dada a prática,

histórico, materiais e equipamentos, benefícios e problemas causados,

comprovando-se que o surf é um esporte saudável, e que se praticado

adequadamente traz inúmeros benefícios e muito poucos problemas. Foram

identificados ainda nesta etapa os tipos de ondas existentes e como acontece sua

formação, bem como a prancha utilizada em cada tipo de onda.

Na etapa da Pesquisa de Campo, pode-se constatar os diferentes perfis de

praticantes de surf, bem como seus gostos e preferências, a freqüência que

praticantes ou não praticantes vão à praia e à parques aquáticos, e a possível

aceitação de um produto que gere uma onda artificial por parte do público alvo.

Com as pesquisas completas em mãos pode-se desenvolver a conceituação,

definindo os atributos que o produto e o projeto devem ter, e posteriormente,

desenvolver e definir alternativas para a solução do problema de projeto.

Alternativas estas que unem vários conceitos e informações conseguidas através

das pesquisas feitas e ferramentas utilizadas, e que são devidamente detalhadas.

Com a alternativa definida e detalhada, pode-se observar que a “Onda

Estacionária”, formada traz a solução ideal ao problema, pois tem o custo de

produção e implementação muito menor que a concorrência, podendo ainda ser

utilizado com pranchas de surf comuns, o que faz com que a onda formada se

aproxime o máximo possível da realidade e seja a solução ideal para o projeto, e

uma ótima solução para a dificuldade dos praticantes do surf em encontrar as locais

com as condições ideais para a prática do esporte no momento em que desejarem,

trazendo com isso a possibilidade de praticar o surf em países onde não existam

ondas artificiais, e facilitando assim o processo de tornar o surf um esporte olímpico.

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SANTINI, Rita de Cássia Giraldi. Dimensões do lazer e da recreação. São Paulo,

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HEYERDAHL, Thor. Expedição Kon-Tiki. São Paulo, José Olímpio, 1999.

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14. ANEXOS

14.1 Anexo1

Questionário

Prezado(a) Amigo(a),

Este questionário faz parte da pesquisa de conclusão de curso de design industrial e

tem como objetivo, com as informações obtidas, identificar novas formas de prática de atividade de

surf. Para o controle do pesquisador quanto ao retorno dos questionários, pedimos que identifique

seu nome, mas na análise e apresentação da pesquisa estes dados serão suprimidos, sem identificar

o nome participante. Agradecemos antecipadamente a sua valiosa contribuição.

1- Qual seu nome?

2- Qual sua idade?

a) Até 10 anos ( ) b) Entre 10 e 15 anos ( ) c) Entre 15 e 20 anos ( )

d) Entre 20 e 30 anos ( ) e) Entre 30 e 50 anos ( ) f) Mais de 50 anos ( )

3- Qual seu sexo?

a) Masculino ( ) b) Feminino ( )

4- Qual o local onde reside?

a) Praia ( ) b) Interior até 50 km da praia ( )

c) Interior até 100 km da praia ( ) d) Interior mais de 50 km da praia ( )

5- Com que freqüência vai à praia?

a) Mais de uma vez por mês ( ) b) Uma vez por mês ( ) c) Uma vez a cada três

meses ( ) d) Uma vez a cada seis meses ( ) e) Uma vez por ano ( ) f) Menos de

uma vez por ano ( )

6- Você pratica surf?

a) Sim ( ) b) Não ( )

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7- Qual a freqüência que pratica surf?

a) Mais de 4 vezes por semana ( ) b) Entre 4 e 2 vezes por semana ( )

c) Uma vez por semana ( ) d) Uma vez a cada duas semanas ( )

e) Uma vez ao mês ( ) f) Menos de uma vez ao mês( )

8- Qual o principal problema para a prática do surf?

a) Condições climáticas(Falta de ondas) ( ) b) Distância ( )

c) Condições Físicas ( ) d) (Condições financeiras ( )

e) Limites psicológicos ( ) f) Outros ( )

9- Quanto à competições...

a) Nunca participo ( ) b) Já participei, porém não costumo participar ( )

c) Sou participante assíduo ( )

10- Quanto à sua performance ...

a) Sou Iniciante ( ) b) Sou Iniciante-Intermediário ( ) c) Intermediário (

)

d) Intermediário-Experiente ( ) e) Experiente ( ) f) Profissional ( )

11- Qual sua preferência por ondas?

a) Pequenas ( ) b) Médias ( ) c) Grandes ( ) d) Gigantes ( )

e) Todas ( )

12- Qual sua preferência quanto ao tipo de onda?

a) Cavadas ( ) b) Normais (nem cheias nem cavadas) ( ) c)

Cheias ( )

13- Qual sua preferência quanto ao fundo?

a) Fundo de pedra ( ) b) Fundo de areia ( ) c) Fundo de

corais ( )

14- Qual a época que prefere surfar?

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a) Outono ( ) b) Inverno ( ) c) Primavera ( ) d) Verão ( ) e)

Indiferente ( )

15 – Já surfou em ambientes diferentes do mar?

a) Sim ( ) b) Não ( )

16- Se já surfou, em quais?

a) Rios–Pororoca ( ) b) Rios–Onda parada ( ) c) Piscina–Tipo mar ( ) d) Piscina-

Onda parada ( )

17- Se não surfou, em quais gostaria de surfar?

a) Rios–Pororoca ( ) b) Rios–Onda parada ( ) c) Piscina–Tipo mar ( ) d) Piscina-

Onda parada ( )

18- Por que?

19- Estaria disposto a pagar para frequentar um local com ondas artificiais?

a) Sim ( ) b) Não ( )

20- Quanto por hora?

a) Até R$10,00 ( ) b) Entre R$10,00 e R$20,00 ( ) c) Entre R$20,00

e R$30,00( )

d) Entre R$30,00 e R$50,00 ( ) e) Mais de R$50,00 ( ) f) Não pagaria ( )

Ok.

Obrigado

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14.2 Anexo 2

Prezado(a) Amigo(a),

Este questionário faz parte da pesquisa de conclusão de curso de design industrial e

tem como objetivo, com as informações obtidas, identificar novas formas de prática de atividade de

surf. Para o controle do pesquisador quanto ao retorno dos questionários, pedimos que identifique

seu nome, mas na análise e apresentação da pesquisa estes dados serão suprimidos, sem identificar

o nome participante. Agradecemos antecipadamente a sua valiosa contribuição.

1- Qual seu nome?

2- Qual sua idade?

a) Até 10 anos ( ) b) Entre 10 e 15 anos ( ) c) Entre 15 e 20 anos ( )

d) Entre 20 e 30 anos ( ) e) Entre 30 e 50 anos ( ) f) Mais de 50 anos ( )

3- Qual seu sexo?

a) Masculino ( ) b) Feminino ( )

4- Qual o local onde reside?

a) Praia ( ) b) Interior até 50 km da praia ( )

c) Interior de 50 até 100 km da praia ( ) d) Interior mais de 100 km da praia ( )

5- Com que freqüência vai à praia?

a) Mais de uma vez por mês ( ) b) Uma vez por mês ( ) c) Uma vez a

cada três meses ( ) d) Uma vez a cada seis meses ( ) e) Uma vez por

ano ( ) f) Menos de uma vez por ano ( )

6- No verão, passa as férias na praia ou no interior?

a) Praia ( ) b) Interior ( )

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7- Qual é o maior empecilho para ir à praia?

a) Distância da residência ( ) b) Falta de férias ( ) c) Problemas

com a data das férias ( )

d) Clima ( ) e) Não há problemas para ir à praia ( )

8- Você pratica algum esporte relacionado com a praia?

a) Sim ( ) b) Não ( )

9- Qual?

a) Surf ( ) b) Bodyboard ( ) c) Longboard ( ) d) Sandboard ( ) e)

Ski ( )

f) Kitesurf ( ) g) Windsurf ( ) h) Kaiaking ( ) i) Beach Volei ( ) j) Beach

Soccer ( )

l) Outros ( )

10- Qual o maior problema que vc encontra durante a prátide deste esporte?

a) Habilidade ( ) b) Custo ( ) c) Distância do local ( ) d) Condições Climáticas

( )

e) Nenhum ( )

11- Com que freqüência vai à parques aquáticos ?

a) Mais de uma vez por mês ( ) b) Uma vez por mês ( ) c) Uma vez a cada três

meses ( )

d) Uma vez a cada seis meses ( ) e) Uma vez por ano ( ) f) Menos de uma

vez por ano ( )

12- Você costuma freqüentar parques aquáticos em que época?

a) Verão ( ) b) Inverno ( ) c) Ano todo ( )

13- Você costuma praticar alguma atividade física em especial nos parques

aquáticos?

a) Sim ( ) b) Não ( )

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14- Qual?

a) Natação ( ) b) Surf ( ) c) Voleyball ( ) d) Futebol ( )

e) Outros ( )

15- O que vc gostaria que melhorasse na infra-estrutura dos parques aquáticos?

a) Diversidade ( ) b) Qualidade ( ) c) Emoção ( ) d) Radicalidade ( )

e) Integração ( )

16- Qual a atração dos parques aquáticos que mais aprecia?

a) Tobogans ( ) b) Piscina com ondas ( ) c) Rio artificial ( )

d) Piscina de hidromassagem ( ) e) Piscinas normais ( ) f) Outras atrações ( )

17- Pq?

18- Quais os problemas você identifica nos parques aquáticos?

a) Material obsoleto ( ) b) Difícil Acesso ( ) c) Problemas com

respeito à higiene ( )

d) Falta de segurança ( ) e) Burocracia pra entrar ( ) f) Falta de locais para

alimentação ( )

g) Outros ( ) Quais?

Ok!

Obrigado(a),

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14.3 Anexo 3

Thumbnails

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14.4 Anexo 4