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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ KÊNNIA KÁTIA GOMES DE OLIVEIRA
Trabalho de Conclusão de Estágio DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA
EMPRESA SERV-NAV SERVIÇOS NAVAIS LTDA.
ITAJAÍ 2012
2
KÊNNIA KÁTIA GOMES DE OLIVEIRA
Trabalho de Conclusão de Estágio DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA
EMPRESA SERV-NAV SERVIÇOS NAVAIS LTDA.
Trabalho de conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.
ITAJAÍ
2012
3
Agradeço a Deus pelo dom da vida, e por ter me dado força e sabedoria para concluir essa etapa. Aos meus pais João e Euseli, e meu irmão Willian por terem me apoiado e incentivado, nunca mediram esforços para me ajudar, sem vocês não teria conseguido, e também ao meu namorado, amo vocês! Às minhas amigas, companheiras nessa jornada: Danielle, que o destino sempre acaba nos juntando, obrigada por sua amizade e paciência. Deise, com seu jeitinho “Deise de ser” desde o primeiro semestre junto comigo, assim como a Geisy, que pra mim é mais que uma amiga, é uma irmãzona! Obrigada por sempre estar do meu lado tanto nos momentos alegres, que demos muitas gargalhadas, até naqueles tristes que você com seu lindo coração me ajudou. Palavras não demonstram meu amor e admiração por você! E a última (e não menos importante), Meyre que com seu jeito espontâneo de ser e suas caretas, sempre me divertiu, além de ser uma amigona! Amo vocês queridas amigas, sem vocês esses quatro anos não seriam os mesmos. Não poderia deixar de dedicar também este trabalho para as pessoas especiais em minha vida: Aliandra, Paula e tia Elisa, Vanessa, Sarah, Ana Paula, Alessandra, Andréia, Elizandro, Fernanda e Sinara a vocês dedico meu carinho e amor. Á minha orientadora Ligia e todos os professores que contribuíram para minha formação acadêmica, meu agradecimento, pois vocês são mais que mestres, são exemplos de profissionais e de caráter. A todos meus amigos e pessoas que fazem parte da minha vida, dedico este trabalho. Obrigada por tudo!
4
“A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.”
(Peter Drucker)
5
EQUIPE TÉCNICA
a) Nome da estagiária
Kênnia Kátia Gomes de Oliveira
b) Área de estágio
Administração Geral
c) Supervisor de campo
Willian Gomes de Oliveira
d) Orientadora de estágio
Ligia Ghisi
f) Professor responsável pelo estágio
Prof. Eduardo Krieger da Silva
6
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
a) Razão social
SERV-NAV SERVIÇOS NAVAIS LTDA
b) Endereço
Av. Normando Tedesco, 1350 anexo 3, 2° piso sl2
Barra Sul – Balneário Camboriú – SC.
c) Setor de desenvolvimento do estágio
Administrativo
d) Duração do estágio
240 horas
e) Nome e cargo do orientador de campo
Willian Gomes de Oliveira – Sócio gerente comercial
f) Carimbo e visto da empresa
7
RESUMO
A necessidade das empresas de se adequar ao mercado faz com que o Diagnóstico Organizacional – D.Oseja uma ferramenta que possibilita prover informações estratégicas para os administradores decidirem que atitudes tomarem a favor da empresa. Com ela é possível verificar a existência de
problemas ou disfunções que estão afetando os resultados da organização. A utilização do D.O para a
empresa Serv-Nav Serviços Navais Ltda., proporciona uma análise estratégica oferecendo informações necessárias para um suporte administrativo a fim de desenvolver ações de crescimento compatível com outras empresas que atuam na mesma área, podendo aprimorar e melhorar seu desempenho,consolidando-a e tornando-a mais competitiva. Com o D.O foi possível detectar e analisar com maior eficiência os problemas e falhas, resultando em informações que dão suporte necessário no processo decisório. Para atender tal necessidade foi desenvolvido um trabalho de pesquisa que teve como objetivo geral: analisar o ambiente externo e interno da empresa Serv-Nav Serviços Navais Ltda. para a realização do diagnóstico organizacional, possibilitando ações de desenvolvimento competitivo. Como metodologia de pesquisa foi utilizada a abordagem qualitativa e quantitativa por meio de entrevistas, questionários e checklist de observação tornando possível a análise do ambiente interno e externo. A técnica utilizada foi a análise de conteúdo quando houve a interpretação e classificação dos dados qualitativos e agrupamentos estratégicos para os dados quantitativos, com as quais foi elaborada a matriz SWOT.A Serv-Nav, apesar de estar reativando suas atividades, possui indicações favoráveis ao desenvolvimento deste negócio, quando as oportunidades e forças são maiores que as fraquezas e ameaças. Os itens investigados mostram indicadores da avaliação interna e externa compondo assim, as métricas do Diagnóstico Organizacional, sinalizando a importância de estudar detalhadamente a tomada de decisão e composição de um Planejamento Estratégico.Para tópicos que merecem atenção, apresentou-se um plano de ação baseado na metodologia 5W2H.
Palavras-chave: Diagnóstico organizacional. Análise SWOT. Metodologia 5W2H
8
LISTA DEQUADROS
Quadro 1 – Temas, autores e síntese das idéias utilizadas no projeto............. 15
Quadro 2 – Tipos de estratégia corporativas....................................................... 23
Quadro 3 – Exemplo de aplicação do 5W2H....................................................... 41
Quadro 4 – Avaliação interna do módulo mercadológico.................................... 46
Quadro 5 – Avaliação interna do módulo administração..................................... 47
Quadro 6 – Avaliação interna do módulo financeiro............................................ 48
Quadro 7 – Pesquisa com clientes da Serv-Nav................................................. 50
Quadro 8 – Avaliação externa do módulo mercadológico................................... 51
Quadro 9 – Avaliação externa do módulo administração.................................... 51
Quadro 10 – Avaliação externa do módulo financeiro......................................... 51
Quadro 11 – Comparativo análise da concorrência e Serv-Nav – módulo
mercadológico.................................................................................................... 52
Quadro 12 – Comparativo análise da concorrência e Serv-Nav – módulo
administração...................................................................................................... 53
Quadro 13 – Comparativo análise da concorrência e Serv-Nav – módulo
financeiro............................................................................................................. 53
Quadro 14 – Aplicação da matriz SWOT............................................................. 54
Quadro 10 – Aplicação do método 5W2H........................................................... 57
9
LISTAS DE FIGURAS
Figura 1 – Fatores do ambiente externo............................................................. 28
Figura 2 – Cinco forças de Porter........................................................................ 33
Figura 3 – Representação gráfica análise SWOT............................................... 34
Figura 4 – Exemplo de matriz SWOT com cruzamentos .................................... 35
Figura 5 – Matriz BCG......................................................................................... 37
Figura 6 – Ciclo de vida do produto..................................................................... 39
Figura7 – Logomarca Serv-Nav.......................................................................... 59
Figura 8– Cartão de visitas Serv-Nav................................................................. 59
Figura9 – Papel timbrado Serv-Nav.................................................................. 60
Figura 10 – Envelope timbrado Serv-Nav............................................................ 60
Figura11 – Capa para apostila de cursos Serv-Nav........................................... 61
Figura12 – Camiseta Serv-Nav.......................................................................... 61
Figura13 – Crachá Serv-Nav.............................................................................. 62
Figura14 – Chaveiro Serv-Nav........................................................................... 62
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................11 1.1 Objetivo geral ............................................................................................... 12 1.2 Objetivos específicos .................................................................................... 12 1.3 Justificativa da realização do estudo ............................................................ 12 1.4 Aspectos metodológicos ............................................................................... 13 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados ....................................................... 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... .16 2.1 Administração ............................................................................................... 17 2.1.1 Planejamento ............................................................................................... 17 2.1.2 Organização ................................................................................................. 19 2.1.3 Direção ......................................................................................................... 20 2.1.4 Controle ........................................................................................................ 22 2.2 Administração estratégica ............................................................................ 23 2.3 Diagnóstico Organizacional - DO.................................................................. 25 2.3.1 Ambiente externo.......................................................................................... 27 2.3.2 Ambiente interno........................................................................................... 30 2.4 Ferramentas do diagnóstico ......................................................................... 30 2.4.1 Cinco forças competitivas ............................................................................. 30 2.4.2 Análise SWOT .............................................................................................. 34 2.4.3 Matriz BCG ................................................................................................... 36 2.4.4 Ciclo de vida do produto ............................................................................... 38 2.4.5 Método 5W2H ............................................................................................... 40 3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ................................................... 42 4 RESULTADOS DA PESQUISA .................................................................... 43 4.1 Identificação dos fundamentos filosóficos da empresa ................................. 43 4.2 Avaliação dos fatores internos que interferem nos negócios ........................ 45 4.2.1 Módulo mercadológico .................................................................................. 45 4.2.2 Módulo administração ................................................................................... 47 4.2.3 Módulo financeiro ......................................................................................... 48 4.3 Avaliação das principais características do ambiente externo ...................... 50 5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO ...................................................... 57 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 63 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 65 APÊNDICES .............................................................................................................. 68 APÊNDICE A –Entrevista com os gestores da Serv-Nav .......................................... 69 APÊNDICE B–Questionário dos clientes da Serv-Nav .............................................. 71 APÊNDICE C–Checklist e ficha de observação ........................................................ 72 APÊNDICE D– Documentos e melhorias realizadas pela pesquisadora ................. 73 DECLARAÇÃO .......................................................................................................... 79 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ...................................................................... 80
11
1 INTRODUÇÃO
O ambiente empresarial tem se tornado cada vez mais competitivo, e as
mudanças e incertezas se tornam cada vez mais presentes. Essas mudanças do
ambiente exigem das organizações a capacidade contínua de resposta rápida e
eficaz. Tendo em vista esse contexto, a necessidade de se adequar ao mercado, o
Diagnóstico Organizacional – D.O é uma das ferramentas que auxiliam as empresas,
poispossibilita prover informações estratégicas para os administradores decidirem que
atitudes tomarem a favor da empresa. Com ela é possível verificar a existência de
problemas ou disfunções que estão afetando os resultados da organização.
O diagnóstico é a primeira fase no processo de consultoria, possibilitando
compreender e observar o comportamento, habilidades e desempenhos, a fim de
proporcionar o devido prognóstico, dando condições de desenvolvimento e melhorias
internas na empresa.
Tal diagnóstico é de suma importância para empresa Serv-Nav, que possui a
necessidade de se atualizar, pois o mercado ao qual está inserida se encontra em
constantes mudanças e é necessário que a organização o acompanhe.
O D.Opara a empresa em estudo proporcionauma análise estratégica
oferecendo informações necessárias para seu desenvolvimento e aprimoramento de
modo que o seu desempenho atinja níveis satisfatórios de eficiência e eficácia. A
importância deste projeto configura-se em um suporte administrativo que possibilita
desenvolver ações de crescimento compatível com outras empresas queatuam na
prestação de serviços navais, assim pretendendoaprimorar e melhorar seu
desempenho, tornando-a mais competitiva, consolidando-a e podendo assim obter o
retorno financeiro desejado pelos seus sócios.
Diante do exposto, este trabalho tem como questão norteadora: Como se
apresenta o ambiente interno e externo da empresa Serv-Nav Serviços Navais Ltda.
para elaboração de um Diagnóstico Organizacional que possibilitará ações de
desenvolvimento competitivo?
12
1.1 Objetivo geral
De acordo com Roesch (2006, p.89) ”o objetivo geral define o propósito do
trabalho,” que neste caso é analisar o ambiente externo e interno da empresa Serv-
Nav Serviços Navais Ltda. para a realização do Diagnóstico Organizacional,
possibilitando ações de desenvolvimento competitivo.
1.2 Objetivos específicos
“Os objetivos específicos operalizam e especificam o modo como pretende
atingir um objetivo geral” (ROESCH, 2006, p.90). Neste trabalho foram identificados
os seguintes objetivos específicos:
1. Identificar os fundamentos filosóficos da empresa;
2. Avaliar osfatores internos que interferem no negócio;
3. Avaliar as principais características do ambiente externo por meio da
análise da concorrência.
1.3 Justificativa
No processo do diagnóstico organizacional foi possível detectar e analisar com
mais cuidado os problemas e as falhas, que impedem que os objetivos traçados pelos
gestores sejam alcançados. Este diagnóstico resultou em informações que irão dar
suporte necessário no processo decisório.
Segundo conversa com o gestor, a empresa Serv-Nav encontra-se atuando
parcialmente, porém para este ano pretende reiniciar suas atividades integrais. A
empresa pretende estar mais qualificada para a realização das atividades de
despachos marítimos e serviços navais, tornando-se competitiva e sustentável.
13
Para tanto, o Diagnóstico Organizacional constitui-se um passo importante para
a administração estratégica da empresa. A intenção do projeto foi pontuar os pontos
fracos e fortes, e através dessas informações determinarem atitudes que deverão ser
tomadas e que poderão viabilizar processos, determinar mudanças e futuro
crescimento para a organização. Deste modo, o presente estudo, tornou-se um
instrumento valioso para evidenciar a realidade da organização e o cenário na qual
está inserida.
Para a acadêmica, este projeto colocou em prática as teorias estudadas no
decorrer do curso, tornando sua visão de negócios mais ampla. O projeto ajudou e
muito a organização pesquisada, que futuramente poderá ser administrada pela
acadêmica, assim como o mesmo representará uma contribuição técnico - cientifica
para o curso de administração, pois este trabalho tem aspecto científico quando
busca fundamentação teórica de autores consagrados da administração e apresenta
uma metodologia de pesquisa, porém este oportuniza o exercício da consultoria na
qual potencializa a acadêmica em conhecimento prático e necessário para a atuação
no mercado de trabalho.
Esta pesquisa por nunca ter sido realizada na empresa foi de grande valia, e de
fácil aplicação. Possui uma alta viabilidade por ter baixos custos, e seu prazo de
aplicação será de um ano para a elaboração do projeto, tempo compatível com a
primeira fase do funcionamento da empresa.
1.4 Aspectos metodológicos
Para a tipologia deste trabalhofoi utilizada a pesquisa-diagnóstico, que de
acordo com Roesch (2006) é um tipo de pesquisa que propõe levantar e definir
problemas, explorar o ambiente e a situação organizacional através da coleta e
análise dos dados, levantando os problemas encontrados.
A abordagem será realizada através de métodos qualitativos e quantitativos. O
método qualitativo segundo Gil (1999) busca descrever o objeto e a subjetividade do
sujeito que não pode ser traduzido em números. Minayo (2000) acrescenta que a
abordagem qualitativa realiza uma aproximação fundamental e de intimidade entre
sujeito e objeto. Já na quantitativa a atenção está voltada para as generalizações,
14
conclusões e os fins, tendo sua origem no empirismo, ou seja, sem levar em conta as
teorias preexistentes e utilizando a dedução para a formulação das hipóteses.
Roesch, Becker e Mello (1999) explicam que a combinação dos métodos é
possível porque na fase exploratória de uma pesquisa utiliza-se a postura qualitativa
para ouvir as pessoas, e na etapa seguinte é apoiada por medidas objetivas com o
propósito do método quantitativo para conseguir mensurar as respostas colhidas.
Os objetivos/fins do projeto são por meio de pesquisa exploratória, que para
Reis (2008, p.55) “é o primeiro passo de qualquer pesquisa, que acontece quando o
tema escolhido é pouco explorado e o pesquisador precisa incorporar características
inéditas e buscar novas abordagens.”
Para a realização desse estudo e definição dos procedimentos de pesquisa, a
pesquisadora optou por levantamento de dados, que segundo Gil (1999) é a mais
adequada quando se pretende obter informações diretas das pessoas envolvidas com
a organização.
1.5 Técnicas de coletas e análise dos dados
A coleta foi feita pelos dados primários, que foram coletados pela primeira vez
junto à população em estudo, que consiste nos dois sócios, dez clientes e três
concorrentes. Percebeu-se um obstáculo na identificação da população desta
pesquisa pelo fato da empresa não possuir um controle de seus clientes, para tanto
foi escolhido pela amostra aleatória simples dez clientes, que realizaram
recentemente curso de Arrais amador e fizeram documentação de embarcação junto
á empresa. E apenas três concorrentes estiveram dispostos a participar da pesquisa.
Esses dados obtiveram-se através de entrevistas, questionários fechados e
checklist de observação.
Campos (2008) afirma que a entrevista deve ser planejada antecipadamente,
através de um roteiro preestabelecido, conforme o objetivo da pesquisa. Ainda de
acordo com o mesmo autor, a observação é um instrumento que fornece uma visão
geral do tema em estudo, servindo de complemento ao levantamento de dados. O
uso de questionários deve levar em consideração os objetivos fixados e,
15
eventualmente, as hipóteses formuladas. O questionário fechado é aquele que as
perguntas são objetivas e diretas, com alternativas definidas para o entrevistado.
A técnica utilizada para o levantamento dos dados com abordagem quantitativa
foi realizada com questionários em forma de escalas juntamente com os clientes, e
para o levantamento dos dados qualitativos foi elaborado um roteiro de questões
que auxiliaram a realização das entrevistas abertas com os sócios e checklist de
observação que serviu para os registros dos eventos que foram encontrados. O
checklist utilizado anteriormente, também serviu como ferramenta para mensurar os
dados dos concorrentes.
As informações foram obtidas a partir de dados primários, qualitativos e
quantitativos, a extração destes dados ocorreu por meio do posicionamento
empresarial dos sócios e a análise do ambiente interno e externo.
A técnica utilizada foi a análise de conteúdo que segundo Roesch (2006)
consiste num conjunto de instrumentos metodológicos cada vez mais sutis, em
constante aperfeiçoamento, que se aplicam a discursos muito diversificados, houve a
interpretação e classificação dos dados qualitativos e agrupamentos estratégicos para
os dados quantitativos.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O objetivo deste capítulo é apresentar termos técnicos e teóricos que facilitem
a compreensão da funcionalidade do diagnóstico organizacional.
De acordo com Roesch (2006, p.105), “a revisão da literatura permite entre
outros propósitos, levantar soluções alternativas para tratar de uma problemática”.
O Quadro 1 mostra a síntese dos temas abordados na fundamentação teórica.
Temas Autores Síntese das idéias
Administração Certo (2003)
Chiavenato (2001; 2004)
Oliveira (2001)
Conceito
Funções do administrador
Administração Estratégica Harrison (2005)
Mintzberg (2006)
Conceito
5P‟s da estratégia
Tipos de estratégias
corporativas
Diagnostico
Organizacional
Cavalcante (2009)
Churchill (2003)
Maximiano (2006)
Oliveira (2003)
Conceito
Analise Ambiental
Ambiente Externo
Ambiente Interno
Ferramentas do
Diagnostico
Daychoum (2007)
Herrero Filho (2005)
Oliveira (2007)
Porter (1999)
Vantagem competitiva
Análise SWOT
Matriz BCG
Ciclo de vida do produto
Método 5W2H
Quadro 1 - Temas, autores e síntese da idéias utilizadas no projeto. Fonte: Elaborado pela acadêmica
Percebe-se que o fio condutor deste trabalho, pelos temas apresentados na
fundamentação teórica, é a Administração e a aplicação de funções administrativas
voltadas para o planejamento em uma organização.
17
2.1 Administração
Enquanto ciência, a administração estuda as necessidades sócio-técnicas da
organização, seu conjunto de diretrizes, cultura, processos, recursos e capital,
possibilitando a realização de seu negócio de forma estruturada, integrada e
consolidada.
Para Bateman e Snell (1998, p.27) “administração é o processo de trabalhar
com pessoas e recursos para realizar objetivos organizacionais”. Cury (2000, p.23)
complementa que a “administração é um tipo de esforço humano cooperativo que
possui um alto grau de racionalidade.”
O exercício da administração está diretamente relacionado com as
organizações, que são instituições que precisam ser administradas de maneira
adequada por pessoas que gerenciem conhecimentos, recurso físico e materiais,
financeiros, mercadológicos, tecnológicos, entre outros. (CHIAVENATO, 2003)
Na concepção sistêmica, a administração é entendida como um
mecanismoestruturador e articulador de processos e recursos empresariais para a
consecução dos resultados almejados: geração de bens, lucro e promoção do bem-
estar social. Para Robbins e DeCenzo (2004) administração é o processo de
execução tarefas com eficiência e eficácia, que de acordo com Chiavenato (2006, p.
207) “A eficiência é o meio: baseia-se no método, no procedimento, na rotina e no
caminho para se chegar a alguma coisa. [...] A eficácia é o resultado: baseia-se no
alcance dos objetivos propostos e na conseqüência final do trabalho.”
Segundo Maximiano (2007) o planejamento, a organização, a liderança, a
execução e o controle são considerados decisões e/ou funções, sem as quais o ato
de administrar estaria incompleto.
2.1.1 Planejamento
Planejaré basicamente ter ou criar um esquema para agir. De acordo com
Ferreira et al (2002), planejamento significa o ato ou efeito de planejar; o trabalho de
preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados,
18
e ainda, a elaboração por etapas com bases técnicas de planos e programas com
objetivos definidos.
Oliveira (2001, p.33) conceitua o planejamento como “um processo
desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente,
eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa.”
A divisão do planejamento ocorre como a estrutura da organização, através de
níveis hierárquicos, pode-se dividir em: planejamento estratégico, planejamento tático
e planejamento operacional.
Segundo Oliveira (2001, p.43) “o planejamento estratégico relaciona-se com
objetivos de longo prazo e com maneiras e ações para alcançá-los que afetam a
empresa como um todo.”
O planejamento estratégico se constitui numa forma de pensar e agir: a partir
dacriação e do desenvolvimento de um fluxo sistêmico, estabelecem-se ações e
recursos que visem atingir as metas e os objetivos com o intuito de otimizare alcançar
resultados (KUAZAQUI; LISBOA; GAMBOA, 2005).
De acordo com Kotler e Armstrong (2003) o planejamento estratégico é o
processo de desenvolver e manter um ajuste estratégico entre os objetivos,
habilidades e recursos de uma organização e as oportunidades de marketing em um
mercado em constantes mudanças. O planejamento estratégico é a base do
planejamento da empresa. Ele conta com uma clara definição da missão da empresa,
o estabelecimento dos objetivos dela, o desenvolvimento de um bom portfólio de
negócios e a coordenação de estratégias funcionais. (LACOMBE; HEILBORN, 2003).
Através do planejamento o gestor e sua equipe estabelecem parâmetros que irão
direcionar a organização, quanto as ações que deverão ser realizadas, levando em
conta as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada.
(OLIVEIRA, 2001)
Para Certo (2003, p.165) “o planejamento tático é um planejamento de médio
prazo que enfatiza as atuais operações de várias partes da organização”. Oliveira
(2001) complementa que o planejamento tático tem como objetivo otimizar
determinada área de resultado, sua principal finalidade é utilizar com eficiência os
recursos disponíveis para a execução dos objetivos pré-estabelecidos.
Segundo Silva (2005) o planejamento tático é definido para cada divisão ou
departamento, ou ainda para cada função. Como exemplo: marketing, produção,
vendas, ou ainda, para cada produto ou serviço.
19
O planejamento tático é um desdobramento para cada divisão, departamento
ou função organizacional do planejamento estratégico.
Pode-se dizer que o planejamento tático é o processo de detalhamento dos
meios necessários à implementação das metas das unidades funcionais, dentro de
um prazo determinado. (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNE, 2004)
De acordo com Oliveira (2001, p.46) o planejamento operacional “pode ser
considerado como a formalização, principalmente através de documento escritos, das
metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas.” Compreende os
planos de ação e a determinação de quem realizara cada tarefa(LUPETTI, 2006). Os
planos operacionais segundo Silva (2005, p.162) “correspondem aos procedimentos
para execução das tarefas e envolvem métodos, orçamentos, programas e tempo.”
Este tipo de planejamento controla toda a execução das tarefas e procura
corrigir os desvios em relação às propostas sugeridas. Permite visualizar as ações
futuras num contexto operacional em termos de hierarquia funcional. (OLIVEIRA,
2001). Deverá ser realizado em todos os setores subordinados ao planejamento tático
(LUPETTI, 2006).
2.1.2 Organização
Organizar é dividir tarefas, responsabilidades, e a autoridade para
tomardecisões. Na administração de um projeto, a tarefa de organizar compreende a
montagem da equipe e definição dos papeis de seus integrantes. Normalmente, o
processo de organizar antecede o de planejar (PALMISANO; ROSINI, 2003)
Esse processo utiliza todos os recursos da administração e enfatiza o alcance
dos objetivos, de modo a contribuir para o desenvolvimento da organização. Lacombe
e Heilborn (2003) definem organizar como o processo de identificar e agrupar
logicamente as atividades da empresa.
A função de organizar tem grande importância dentro da administração, pois é
através dela que são postos os planos em ação. Esta ferramenta indica quais
recursos serão utilizados para atividades especificas, quando, onde e como serão
utilizados (CERTO, 2003).
20
A estrutura organizacional é o meio utilizado para se realizar o processo de
organizar. Ela pode ser definida como resultado de um processo através do qual a
autoridade é distribuída, as atividades desde os níveis mais baixos até a alta
administração são especificadas e um sistema de comunicação e delineado
permitindo que as pessoas realizem as atividades e exerçam a autoridade que lhes
compete (VASCONCELLOS; HEMSLEY, 2002).
2.1.3 Direção
A principal característica da organização são as pessoas, e através
delasobtém-se o resultado pretendido. Nesse sentido a direção é a função
administrativa que se refere relação entre administrador e subordinado, e é necessário
que seja efetuada a devida liderança, por meio da comunicação, obtendo a motivação
dos colaborados, que por sua vez serão responsáveis pelos rumos da organização.
(CHIAVENATO, 2006).
O processo de direção envolve o desempenho de três atividades gerenciais:
Liderar;
Motivar;
Comunicar.
Para Certo (2003), liderar é “o processo de direcionar o comportamento
dosoutros para a realização de algum objetivo”.
Segundo Adair (1989) a liderança é especifica a situação particular
sobinvestigação. O líder de um determinado grupo engajado em uma atividade
particular e as características no determinado caso existe em função da situação
especifica. De acordo com o mesmo autor, pontua que há três tipos de autoridade no
trabalho:
Autoridade da posição – título de trabalho, distintivos e posto, cargo;
Autoridade da personalidade – as qualidades naturais de influencia;
Autoridade do conhecimento – técnico e profissional.
21
A liderança pode ser considerada como um processo que
influênciageralmenteuma pessoa, através do qual um indivíduo ou grupo é orientado
para estabelecimento e atingir de metas (BOWDITCH ; BUONO, 2004).
Motivação segundo Certo (2003) é um conjunto psicológicos de motivos e
causas que faz com que o indivíduo se porte de modo que assegure a realização de
alguma meta.
Estimular a motivação também significa estabelecer metas, realizar concepção
das metas objetivando pertinência com os valores pessoais dos empregadores, as
metas devem ser desafiadoras, embora não impossíveis.
Para Chiavenato (2006) a motivação esta relacionada com três
aspectosobjetivos organizacionais, esforço e necessidades individuais. A motivação é
um continuo processo de satisfação individual, necessidadecaracteriza-se uma
carência interna da pessoa, envolvendo o impulso que busca gerar o comportamento
demodo a satisfazer essa necessidade.
Segundo Certo (2003) a comunicação é o processo de compartilhar
informações com outras pessoas. Em geral a comunicação envolve uma mensagem
emitida por uma pessoa para uma ou mais pessoas, resultando no entendimento
comum da mensagem.
Comunicação para Bateman e Snell (1998 p. 402) "é a transmissão de
informação e significado de uma parte para outra através da utilização de símbolos
partilhados".
Para a realização de um processo de comunicação pode-se destacar:
Fonte - pessoa, processo ou equipamentos que fornece as mensagens;
Transmissor - processo ou equipamento que codifica a mensagem e a
transmite ao canal;
Canal - equipamento ou espaço intermediário entre transmissor e receptor;
Receptor - processo ou equipamento que recebe e decodifica a
mensagem;
Destino - a pessoa, processo ou equipamento a quem é destinada a
mensagem;
Ruído - perturbações indesejáveis que tendem a alterar, de maneira
imprevisível, a mensagem.
22
Para Matos et al (2007, p.17) “o retorno (feedback) é o que garantirá a
realimentação da comunicação e o prosseguimento do fluxo de mensagens.” De
acordo com o mesmo autor, a comunicação é um ato que precisa e envolve
compreensão mútua entre emissor e receptor. A comunicação só pode ocorrer se
houver feedback. Sem ele, o emissor não terá como conferir a adequação e eficácia
da transmissão da sua mensagem.
2.1.4 Controle
Para Certo (2003, p. 417) “de maneira simples, controlar é fazer com que algo
aconteça do modo como foi planejado.”
O Controle é a observação dos processos que serão realizados de acordo
com o planejamento, a fim de serem bem executados para o possam alcançar os
objetivos estabelecidos.
Oliveira (2005, p. 427) explica que “controlar é comparar o resultado das
ações com padrões previamente estabelecidos, com a finalidade de corrigi-las se
necessário.”
O controle pode ser classificar quanto ao tempo (antecedente, concomitante
ou subseqüente), quanto a duração (permanente ou temporário) e ainda quanto ao
processo (estabelecimento de padrões, avaliação de desempenho, correção dos
desvios).As organizações usam como ferramentas de controle no seu o orçamento,
formulando planos ou programas em termos numéricos, para um exercício futuro.
Tabelas e planilhas estáticas, relatórios, observação pessoal e auditoria interna e
externa (CHIAVENATO, 2006).
Para Certo (2003, p.429) “o controle pode ser uma função detalhada e
complexa especialmente à medida que o tamanho da empresa aumenta”.
23
2.2 Administração estratégica
Estratégia é um termo que remonta aos antigos gregos, que usavam a palavra
strategos, da qual deriva, para designar o magistrado-chefe ou comandante-chefe
militar. A adaptação da estratégia a um contexto comercial, entretanto, aparece
durante a Segunda Revolução Industrial, neste período os Estados Unidos,
considerou o surgimento da estratégia como uma maneira de moldar as forças de
mercado e influenciar o ambiente competitivo (GHEMAWAT, 2007).
Uma estratégia é o padrão ou plano que integra as principais metas, políticas
e seqüências de ação da organização em um todo coeso (MINTZBERG,et al, 2003,
p. 29).
Dentre os muitos conceitos de estratégia, um dos mais utilizados é o de Wright,
Kroll e Parnell (2000,p.24), que a definem como “planos da alta administração para
alcançar resultadosconsistentes com a missão e os objetivos gerais da organização.”
Mintzberg et al (2003) apresenta cinco definições de estratégia, conhecida como 5P‟s:
plano, pretexto, padrão, posição e perspectiva.
Estratégia como Plano: são criadas antes das ações às quais vão se
aplicar e são desenvolvidas consciente e propositalmente. As
organizações desenvolvem planos e criam estratégias pretendidas para o
futuro.
Estratégia como Pretexto: uma manobra especifica com a finalidade de
enganar o concorrente ou oponente.
Estratégia como Padrão: especificamente um padrão em fluxo de ações. A
estratégia é consistência no comportamento, quer seja pretendida ou não.
Estratégia como Posição: meio de localizar uma organização no ambiente.
O local no ambiente onde os recursos estão concentrados.
Estratégia como Perspectiva: seu conteúdo consistindo não apenas de
uma posição escolhida, mas também de uma maneira fixa de olhar o
mundo.
A Estratégia é a direção e o escopo de uma organização a longo prazo, que
atinge vantagem num ambiente mutante através de sua configuração de recursos e
24
competências, com o objetivo de atender as expectativas dos stakeholders
(JOHNSON; SCHOLES; WHITTINGTON, 2007).
Segundo Hrebiniak (2005, p. 54) a estratégia corporativa “se preocupa com toda
a organização, enfocando áreas como a gestão de portfólios, a diversificação e a
alocação de recursos nas varias empresas ou unidades operacionais que compõem o
empreendimento como um todo.”Para Wright, Kroll e Parnell (2000), a estratégia
corporativa é a “estratégia que a alta administração formula para toda a empresa”.
O Quadro 2 detalha os tipos de estratégia corporativa segundo Wright, Kroll e
Parnell (2000):
Estratégia Corporativa
Tipos
Definição / Execução
Crescimento
Interno
Aumento das vendas e da capacidade de produção da força de trabalho.
Integração Horizontal
Expansão da empresa por meio da aquisição de outras que atuam na mesma unidade de negócios.
Diversificação Horizontal Relacionada
Aquisição de outra empresa de um setor externo a seu campo de atuação atual, mas relacionada a suas competências essências para aproveitar sinergias e criar valor
Diversificação Horizontal não Relacionada
Aquisição de outra empresa de um setor não relacionado, geralmente por motivo de investimento financeiro, para aproveitar oportunidades de investimento.
Integração Vertical de Empresas Relacionadas
Aquisição de empresa por meio da transferência ou partilha de competências essências semelhantes ou complementares no canal de distribuição vertical.
Integração Vertical de Empresasnão Relacionadas
Aquisição de empresa com diferente competências essenciais, o que limita a sua transferência ou partilha.
Fusões
União de duas empresas por meio de uma permuta de ações, com o objetivo de partilha ou transferência de recursos e ganho em força competitiva.
Alianças Estratégicas
Parcerias em que duas ou mais empresas realizam um projeto específico ou cooperam em determinada área de negócio.
Estabilidade
Para empresas que atuam em mais de um setor: manutenção do conjunto atual de empresas. Para uma empresa que atua em um único setor: manutenção das mesmas operações sem busca de um crescimento significativo nas receitas ou no tamanho da empresa.
25
Redução
Reviravolta (turnround)
Visa a tornar a empresa mais enxuta e eficaz, ao eliminar resultados não lucrativos, diminuir ativos, reduzir o tamanho da força de trabalho, cortar custos de distribuição e reconsiderar as linhas de produtos e os grupos de clientes da empresa.
Desinvestimento
Ocorre quando uma empresa vende ou faz um spin-off(segregação parcial) de uma das suas unidades de negócio, se esta apresentar um desempenho ruim ou deixar de se adequar ao perfil estratégico da empresa.
Liquidação ou Fechamento
Venda de ativos indicada somente quando nem a reviravolta nem o desinvestimento forem viáveis, em virtude de suas perdas e impactos negativos.
Quadro 2 – Tipos de estratégias corporativas Fonte: Adaptado de Wright, Kroll e Parnell (2000).
A empresa deve desenvolver uma metodologia deidentificação de
oportunidades atraentes denegócios que agreguem valor e enriqueçam aestratégia
corporativa.
Conforme Harrison (2005) a administração estratégicaconsiste na análise
dosambientes internos e externos da companhia para descobrir os pontos fortes,
pontos francos, oportunidades e ameaças da organização. A administração
estratégica é uma visão sistêmica da situação, integrando o planejamento e controle
com a gestão de mudança, considerando a inovação, aprendizagem e a busca da
eficiência e eficácia organizacionais.
2.3 Diagnóstico Organizacional - DO
O diagnóstico organizacional é uma atividade que os gestores das empresas
executam visando determinar quais as questões mais relevantes que precisam ser
resolvidas. Diagnósticos podem ser feitos para quaisquer tipos e tamanhos de
empresas.
Pina (1987, p.14) conceitua o Diagnóstico Organizacional como sendo “um
método de levantamento e análise (...) com vista à elaboração de um programa de
reorganização e a facilitar a tomada de decisões”.
Acrescentando o conceito, Hesketh (1979) define diagnóstico como sendo a
primeira fase do processo de intervenção, consultoria ou assessoria técnica, visando
proporcionar à empresa as condições necessárias para seu desenvolvimento e
aprimoramento de modo que seu desempenho atinja níveis satisfatórios de eficiência
e eficácia.
26
Na visão de Matos et al (2007, p.105) o “Diagnóstico Organizacional procura
responder a seguinte pergunta qual a real situação da empresa quanto aos seus
aspectos internos e externos?”, verificando o que a empresa tem de bom, de regular o
de ruim no seu processo administrativo.
O mesmo autor ainda afirma que o diagnóstico deve considerar a interação da
empresa com seu ambiente interno e externo, e deve ter o apoio da alta
administração para poder obter uma maior colaboração e envolvimento de todos os
segmentos da organização de modo a suprir as demandas do estudo do diagnóstico.
O DO consiste em entender cada vez mais o papel e a função do
administrador dentro das organizações, conhecer a realidade organizacional e
orientar os administradores a compreenderem o mercado e manter a sobrevivência de
suas empresas, permitindo assim medidas de ações adequadas
Para Pina (1987) o diagnóstico estácentrado naexperiência do indivíduo, na
cultura organizacional e na dificuldade de absorção de novosconhecimentos, para que
a empresa possa retomar ou continuar seu crescimento, seja nomercado interno ou
externo.
De uma forma geral, fazer um diagnóstico organizacional é examinar a
situação da empresa e determinar seus pontos fortes e fracos em relação à sua
organização, sua capacidade de produção e de distribuição, suas perspectivas
mercadológicas e resultados e perspectivas econômico-financeiras, emitindo em
parecer com conclusões sobre cada um desses aspectos e sugestões que se deve
fazer (LACOMBE, 2003).
Cavalcante (2009, p. 110) conceitua que “análise ambiental é basicamente
identificar capacidades internas da empresa relativas a produtos e serviços que
oferece, ou planejar desenvolver, e estabelecer uma visão geral do setor e das
condições de competição.”
Lenzi, Kiesel e Zucco (2010) acrescentam que a análise ambiental leva em
consideração os fatores situacionais internos e externos da empresa, e é considerado
o ponto de partida para a elaboração de uma estratégia empresarial.
De acordo com Matos et al (2007) Nenhuma organização é autossuficiente por
si só. Ela necessita de recursos humanos, capital financeiro e informações do
ambiente externo para transformá-los nos produtos e serviços dirigidos ás partes
interessadas. As organizações e os seus processos produtivos que caracterizam o
27
ambiente interno devem sincronizar-se com as mudanças do ambiente externo, para
viabilizar as suas atividades corporativas.
Os mesmos autores ainda consideram o meio ambiente como o conjunto de
aspectos naturais, sociais e organizacionais que rodeia a organização e pode ser
afetado por ela. Deve-se levar em consideração tanto o ambiente externo, quanto o
ambiente interno.
2.3.1 Ambiente externo
A análise externa tem como objetivo estudar a relação existente entre a
empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças (OLIVEIRA, 2007).
Daychoum (2007) explica que o ambiente externo está totalmente fora de
controle da organização, pode afetar positiva ou negativamente a o seu desempenho.
As mudanças ocorridas neste ambiente afetam as demais organizações da mesma
área geografia o num mesmo mercado, por iguais.
O mesmo autor, também cita como é importante à organização ser ágil e se
adaptar a mudanças no ambiente externo, por assim aproveitará melhor as
oportunidades e sofre menos com as conseqüências das ameaças. Toda análise de
ambiente externo deve ser acompanhada da análise do grau de probabilidade de que
um determinado evento ocorra.
Apesar de não poder controlar o ambiente externo, a empresa deve conhecê-lo
e monitorá-lo com freqüência, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as
ameaças (SANTOS, 2008).
Para Maximiano (2007) a análise do ambiente externo é fundamental para
planejamento estratégico, pois quanto mais competitivo, instável e complexo o
ambiente maior a necessidade de analisá-lo. Esta definição é verdadeira, assim que
assume-se as organizações como sistemas abertos, ou conjunto de partes
interdependentes entre si, que sofrem influência do meio externo.
28
Organizações
Ambiente Econômico
Ambiente Competitivo
Ambiente Tecnológico
Ambiente Natural
Ambiente Social
Ambiente Político e
Legal
Os fatores do ambiente externo que influenciam as organizações estão
apresentados na Figura 1.
De acordo com Churchill (2003), aprender sobre o ambiente econômico ajuda a
determinar se os clientes estarão dispostos a gastar dinheiro com produtos e serviços.
Os padrões de gastos estão vinculados ao ciclo de negócios, que é definido como o
padrão do nível de atividade econômica, que para este autor possui as etapas de
prosperidade, recessão e recuperação.
Durante períodos de prosperidade, a produção e o emprego atingem altos
níveis. Maisconsumidores irão demandar mais bens eserviços, além de gastar não só
com produtosbásicos (de necessidade), mas também emartigos de luxo. Já durante o
período de recessão, osconsumidores cuidam mais de suas reservasfinanceiras, e a
produção cai, e o desempregoaumenta. A demanda do consumo levainclusive as
empresas a gastar menos, já queestas também dependem da renda de seusclientes.
Os clientes, neste período, ficampreocupados não só em comprar apenasprodutos
básicos, mas procuram também fazero melhor negócio, o que acaba por pressionara
Figura 1: Fatores do ambiente externo Fonte: Adaptado de Churchill, 2000.
29
margem de lucro das organizações. Numa situação destas, a saída é
procurartrabalhar os preços dos produtos mais baixos, pelo menos para os produtos
essenciais, ou aomenos procurar “congelar” os preços, paraminimizar o impacto na
percepção dos clientes (CHURCHILL, 2003).
Segundo o mesmo autor, a etapa derecuperação, compreende no momento
entre otérmino da recessão, a caminho daprosperidade. O ponto mais importante é
que, mesmo com uma melhoria nas condições derenda dos clientes, a lembrança da
recessãocausa um receio nos consumidores.
O ambiente político e legal interferem nas organizações, pois as leis e
regulamentações podem influenciar diversos aspectos de uma organização,
entreeles: embalagem do produto, política de preços, divulgação, relações
trabalhistas, entre outros. Essas limitações legais devem ser vistas não só como uma
limitação da empresa, mas ser também uma fonte de oportunidades, já que manter-
se dentro das leis não só ajuda a evitar multas e processos, mas promove uma boa
relação de confiança com os clientes. (CHURCHILL, 2003)
O mesmo autor ainda cita que além dos aspectos econômicos e políticos legais
a empresa deve também estar atenta aos processos e mudanças sociais, analisando
os valores, crenças e comportamentos de uma sociedade. Mudanças no ambiente
social podem apresentar grandes desafios às empresas, principalmente em um
mundo globalizado como hoje em dia.
Outro fator externo que influenciam as organizações é o ambiente natural, que
envolve os recursos naturais disponíveis para a organização, ou ofertados por ela.
Além disso, a organização pode também influenciar o ambiente natural, quando gasta
ou repõe recursos, aumentando ou diminuindo a poluição.
Já o conhecimento científico, a pesquisa, as invenções e as inovações que
resultem em bens e serviços novos ou aperfeiçoados constituem o ambiente
tecnológico (CHURCHILL, 2003).
Hoje em dia a internet faz parte integrante de qualquer negócio, e cada
organização, na análise do ambiente externo, deve ter muito claro qual a função da
internet para seus negócios. Assim, as organizações devem utilizar a tecnologia como
forma de criar valor para seus clientes.
30
2.3.2 Ambiente interno
Maximiano (2007) define a análise interna como a identificação de pontos
fortes e fracos dentro da organização anda em paralelo com a análise do ambiente. O
estudo dos pontos fortes e fracos da organização é realizado através da análise das
áreas funcionais de uma organizaçãoe a comparação do desempenho destas áreas
com empresas de destaque.
Segundo Oliveira (2001, p.94) “a análise do ambiente interno tem por
finalidade colocar em evidência as deficiências e qualidades da empresa que esta
sendo analisada”.
De acordo com Cavalcante (2009) um ponto forte é evidenciado quando a
empresa faz algo bem ou apresenta uma característica que lhe proporciona uma
capacidade importante. Diz respeito também a recursos e habilidades que podem
servir de base para desenvolver a estratégia da empresa, implementar planos ou
favorecer o alcance de objetivos e metas competitivos.
Ferramentas que auxiliam a análise interna são elas: vantagem competitiva,
análise SWOT, matriz BCG, ciclo de vida do produto e o método 5W2H.
2.4 Ferramentas do Diagnóstico
Neste tópico serão apresentadas as ferramentas de diagnóstico: cinco forças
competitivas, análise SWOT, matriz BCG, ciclo de vida do produto e 5W2H.
2.4.1 Cinco forças competitivas
A vantagem competitiva de uma empresa deve ser analisada observando as
diferentes atividades executadas na organização, desde a parte do projeto, da
produção, marketing, na entrega e no suporte de seu produto/serviço. Se ganha
31
vantagem competitiva, executando estas atividades estrategicamente importantes de
uma forma mais barata ou melhor do que a concorrência (PORTER, 1999).
Michael Porter desenvolveu um modelo que ajuda os gerentes a avaliarem a
concorrência em seu setor. São elas, cinco forças que determinam em grande parte o
tipo e o nível de concorrência em um setor, essa forças incluem: clientes,
fornecedores, barreiras de entrada, produtos ou serviços substitutos e rivalidade entre
concorrentes já existentes (HARRISON, 2005, P.61).
Segundo Porter (1999) “a potência coletiva dessas forças determina, em última
instância, as perspectivas de lucro do setor.” O autor ainda afirma que o objetivo
desta estratégia é encontrar uma posição na qual a empresa seja capaz de melhor se
defender contra estas forças ou de influenciá-las em seu favor.
Oliveira (2007) cita que a rivalidade entre as empresas do setor intensifica-se
na presença de certos fatores estruturais. Entre eles estão a quantidade e equilíbrio
entre os concorrentes, crescimento baixo do setor, custos fixos altos em relação ao
valor adicionado como exemplo, quando o produto fabricado tem estocagem difícil ou
cara, fazendo com que as empresas baixem seus preços para agilizarem as vendas.
De acordo com Porter (1999) ameaça de entrada consiste no ingresso de
novas empresas, que podem dominar ou perturbar a ação da empresa diante ao
mercado. O autor cita que uma as ferramentas que podem barrar essas entradas é a
diferenciação do produto onde a empresa estabelece vínculos com os clientes, sua
principal meta é tornar seu produto ou serviço único, dificultando a penetração de
novos entrantes. Em situações de elevada rivalidade os concorrentes procuram
ativamente captar clientes, as margens são esmagadas e a atuação centra-se em
cortes de preços e descontos de quantidade.
Porter (1999) cita seis princípios sustentáculos das barreiras de entrada:
1 – Economia de Escala: Bloqueiam a entrada, forçando os aspirantes a ingressar em
grande escala ou aceitar uma desvantagem de custo.
2– Diferenciação do produto: Devido a identificação que muitos possuem com certa
marca, os entrantes precisam de grande investimentos para superar a lealdade dos
clientes. Os principais fatores que diferem os produtos são o marketing, serviço aos
clientes, pioneirismo no setor e as peculiaridades do produto.
32
3 - Exigências de capital: O grande volume de capital investido também representa
uma barreira de entrada, como por exemplo, despesas irrecuperáveis com
propagandas de lançamentos, instalações físicas e crédito aos clientes.
4 – Desvantagens de custo, independentes do tamanho: Empresas estabelecidas
possuem vantagem que não estão disponíveis aos entrantes, como a tecnologia que
pode ser muitas vezes exclusiva, acesso as melhores matérias-primas, subsídios
governamentais, e até algumas protegidas por lei, no caso de patentes.
5 – Acesso a canais de distribuição: Essa barreira é tão elevada que para superá-la, o
novo concorrente precisa criar os próprios canais de distribuição.
6 – Política Governamental: O governo é capaz de limitar e até mesmo bloquear a
entrada em certos setores, através de controles como exigências de licença prévia e
limitações ao acesso às matérias-primas.
Segundo Herrero Filho (2005, p. 52) “o sucesso dos novos entrantes irá
depender fundamentalmente das barreiras existentes e da reação esperada das
empresas existentes contra esse novo player” .
De acordo com Porter (1999) os produtos ou serviços substitutos limitam o
potencial de um setor por imporem um teto aos preços. A pressão dos produtos
substitutos; produtos similares, ou que desempenham a mesma função, reduzem os
lucros da empresa, se analisado esses acontecimento, é possível a realização de
estratégias considerando os produtos substitutos como modo de ascensão.
Segundo o mesmo autor, os produtos substitutos entram em cena se algum
acontecimento aumenta competição no setor e provoca uma redução no preço ou
melhoria no desempenho.
Para Herrero Filho (2005) os produtos afetam a rentabilidade os produtos e
especial as empresas com elevada lucratividade, porém, a disposição de uma
empresa para utilizar uma nova solução depende dos custos de mudança, do tempo e
dos investimentos necessários para a força de trabalho e também de os clientes
aprenderem a utilizar o novo produto.
“Os fornecedores são capazes de exercer o poder de negociação sobre os
participantes de um setor através da elevação dos preços ou da redução da qualidade
dos bens e serviços” (PORTER, 1999, p. 34).
33
Empresa poder da concorrência
Novos entrantes
Produtos substitutos
Poder dos consumidores
Poder dos fornecedores
Fornecedores para as organizações não só pelos recursos fornecidos, mas
também pelo poder de barganha, eles podem recusar-se a trabalhar com a empresa
ou, por exemplo, cobrar preços excessivamente elevados para recursos únicos. O
poder de negociação neste último caso, quando a empresa depende apenas de um
fornecedor. Os fornecedores podem reduzir os lucros de uma organização (PORTER,
1986).
Para Oliveira (2007) um grupo de fornecedores é poderoso quando: poucas
empresas dominam o setor; seu produto ou serviço é um insumo importante no
negócio do comprador.
As cinco forças de Porter auxiliam na estratégia e análise da organização e
ajuda a compreender o ambiente externo, como mostra a Figura 2.
Figura 2: Cinco forças de Porter Fonte: Adaptado de Porter, 1999.
As forças de clientes, fornecedores, as barreiras de entrada, produtos ou
serviços substitutos e rivalidade entre concorrências já existentes são forças que
determinam em grande parte o tipo e o nível de concorrência em um setor e, no final,
o seu potencial de lucro.
34
2.4.2 Análise SWOT
A análise SWOT é um instrumento muito útil no diagnóstico organizacional. Por
intermédio dela pode-se relacionar em um gráfico, quais são as forças, as fraquezas,
as oportunidades e as ameaças que rondam a empresa, ajudando a gerenciá-las para
melhorar o desempenho.
Conforme Daychoum (2007), a análise SWOT é uma ferramenta utilizada para
fazer análises de ambiente (interno e externo), sendo usada como base para a gestão
e o planejamento estratégico de uma organização. O mesmo autor explica o
significado da sigla SWOT, que origina do idioma inglês. Significa um anagrama de
Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e
Ameaças (Threats). Esta análise de cenário se divide em ambiente interno (forças e
fraquezas) e ambiente externo (oportunidade e ameaças).
O ambiente interno pose ser controlado pelos dirigentes da organização, uma
vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos seus próprios
membros. Durante a análise SWOT, for percebido um ponto forte, ele deve ser
ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto franco, a organização deve
agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito (DAYCHOUM, 2007).
De acordo com Chiavenato e Sapiro (2003) a função do modelo SWOT é
cruzar as oportunidades e ameaças externas à organização com os pontos fortes e
fracos. Esse cruzamento forma uma matriz com quatro células, e para cada célula
haverá uma indicação de que rumo tomar.
A Figura 3 ilustra a estrutura da Matriz SWOT.
Figura 3: Representação gráfica da Análise SWOT Fonte: adaptado pela Chiavenato e Sapiro (2003)
35
O cruzamento entre oportunidades e fraquezas, estabelece as bases para
modificações no ambiente interno, de modo a poder aproveitar melhor as
oportunidades. Já o cruzamento entre ameaças e forças pode representar a
possibilidade de se investir na modificação do ambiente, de torná-lo favorável à
organização. Se no cruzamento entre ameaças e fraquezas estiverem situações de
alta relevância para a organização, provavelmente trata-se de uma ocasião para
modificações profundas, incluindo a viabilidade de sua manutenção no próprio
negócio (DAYCHOUM, 2007).
A Figura 4 apresenta um exemplo da Matriz SWOT com cruzamentos.
Figura 4 – Exemplo de matriz SWOT com cruzamentos. Fonte: adaptado de Daychoum (2007)
O mesmo autor ainda conclui que a correlação entre o ambiente externo e
oambiente interno formam quatro tipos de situações:
Oportunidades X Ponto Forte = Alavanca (oportunidade encontra um conjunto
de pontos fortes para proveitos)
Oportunidade X Ponto Fraco = Restrição (oportunidade não pode ser
aproveitada pela empresa devido a seus pontos fracos).
36
Ameaça X Ponto Forte = Defesa (existe ameaça, mas a empresa possui pontos
fortes para amenizá-la).
Ameaça X Ponto Fraco = Problema (a ameaça do ambiente torna a empresa
mais vulnerável devido a seus pontos fracos).
A análise das oportunidades e ameaças reflete a realidade externa da
organização, as oportunidades estarão ligadas a lucratividade da empresa, pois
poderão ampliar as receitas. As ameaças podem estar ligadas aos concorrentes e
novos cenários, e a análise dos pontos fortes e fracos apresenta a realidade interna, o
nível de qualidade das atividades.
2.4.3 Matriz BCG
“A Matriz BCG - Boston Consulting Group - é um modelo para análise de
portfólio de produtos ou de unidades de negócio baseado no conceito de ciclo de vida
do produto”(DAYCHOUM, 2007, p. 62).
A Bouston Consulting Group é uma empresa de consultoria de gestão,
especializada em questões de políticas e estratégias empresariais, e desenvolveu
esta matriz no início da década de 1970. (OLIVEIRA, 2007)
Segundo o mesmo autor, a matriz BCG está baseada em duas variáveis:
Participação relativa de mercado;
Crescimento do mercado.
A matriz BCG é baseada no crescimento da indústria e da parcela de mercado
relativa. A organização com maior parcela relativa é aquela com menor custo.
37
A Figura 5 ilustra a Matriz BCG.
Figura 5: Matriz BCG Fonte: Adaptado de Daychoum (2007)
Segundo Daychoum (2007), as figuras na matriz classificam os produtos da
seguinte maneira:
Vacas leiteiras – Negócios com parcela relativa alta em mercados de baixo
crescimento (pouco investimento exigido). Produzem bons fluxos de caixa, que
podem financiar outros empreendimentos;
Abacaxi – São negócios com parcela relativa baixa em mercados de baixo
crescimento. São usuários modestos de fluxos de caixa, armadilhas de caixa devido a
sua fraca posição competitiva;
Estrelas – São lideres no mercado. Negócios com parcela relativa alta em
mercados de alto crescimento exigem muitos recursos, provenientes de fluxos de
caixa, para sustentar o seu crescimento.
Em questionamento – Proporciona pouco retorno devido a exigir investimentos
e ter baixa participação de mercado, e sua posição competitiva em geral não é muito
sólida (DAYCHOUM, 2007).
O gráfico da matriz BCG deve ter adequado equilíbrio interno pela distribuição
otimizada dos segmentos ou dos produtos em cada um dos quatro quadrantes. Os
produtos com vendas maiores devem aparecer como „estrelas‟ ou „vacas leiteiras‟,
poucos devem aparecer no quadrante „em questionamento‟, pois exigem elevado
comprometimento de caixa para se transformarem em estralas e podem tornar-se
grandes perdedores se algo não der certo. A maior parte dos produtos devem
aparecer como „vacas leiteiras‟, pois dão suporte aos demais produtos e pouco devem
38
aparecer como „abacaxis‟ pois produzem pouca entrada de caixa e exige
reinvestimento (OLIVEIRA, 2007)
De acordo com Daychoum (2007) a matriz BCG proporciona mais de uma
estratégia para diferentes produtos, entretanto a alta participação de mercado não é o
único fator de sucesso da organização e o crescimento de mercado não é o único
indicador de atratividade.
2.4.4 Ciclo de vida do produto - CVP
Desenvolvida pela empresa de consultoria Arthur D. Little, a estratégia do ciclo
de vida do produto faz um comparativo com as fases de vida de uma pessoa e os
ciclos que um negócio ou produto passa pela organização (OLIVEIRA, 2007)
Um produto continuará vivo no mercado desde que esteja atendendo às
necessidades impostas pelos consumidores, sendo elas facilmente perceptíveis ou
não tão claras, mas que o delimitam dentro de um grupo ou estilo de vida.
Segundo Kotler e Keller (2006), ao dizer que um produto possui um ciclo de
vida faz-se necessário aceitar os seguintes fatores:
1 – Os produtos têm vida limitada;
2 – As vendas dos produtos passam por estágios distintos, cada um deles com
desafios, oportunidades e problemas diferentes para as empresas;
3 – Os lucros sobem e descem nos diferentes estágios do CVP;
4 – Os produtos necessitam de diferentes estratégias de produção, financeira,
marketing, compras e recursos humanos de acordo com cada estágio o seu ciclo de
vida.
Ainda de acordo com os mesmos autores, a curva do CVP é dividida em quatro
estágios: Introdução ou lançamento do produto, crescimento, maturidade e declínio.
A introdução ou lançamento do produto é o período de baixo crescimento das
vendas e alto custo de produção associado, já que o volume de produção/vendas não
permite economia de escala. Nesta fase, o produto requer altos investimentos em
tecnologia, propaganda, distribuição e embalagem/design. O lucro é negativo.
39
O crescimento é o período em que uma significativa parcela dos consumidores
toma conhecimento da existência do produto o que eleva seu volume de vendas.
Nesta fase, a empresa recupera todos os investimentos e o lucro aumenta.
A Maturidade é o período caracterizado por baixa no crescimento das vendas,
já que os consumidores potenciais já foram conquistados. Os lucros diminuem ou se
estabilizam no final deste estágio em função o aumento da concorrência.
Por fim Kotler e Keller (2006) define que o declínio é quando o produto atinge
sua obsolescência e é substituído pelo concorrente mais inovador. Neste momento a
empresa para de investir em distribuição, propaganda e desenvolvimento e começa a
discutir qual o melhor momento de retirar o produto do mercado ou reposicioná-lo em
outro nicho.
A Figura 6 apresenta o gráfico do CVP:
Figura 6: Ciclo de vida do produto Fonte: Adaptado de Kotler e Keller (2006)
Para Porter (2004), a duração dos estágios varia de empresa para empresa e
não está claro em que estágio do ciclo de vida está a organização. Esse problema
reduz a utilidade do conceito como um instrumento de planejamento. O crescimento
sempre atravessa o padrão em formato de S.
40
2.4.5Método 5W2H
O método 5W2H é uma sigla que vem do inglês, e são as iniciais das
perguntas a serem respondidas: What (o Quê), Why (Por quê), Where (Onde), Who
(Quem), When (Quando), How (Como) eHowMuch (Quanto). Literalmente, cinco „W‟s
e dois „H‟s.
Daychoum (2007, p.73) refere-se ao método como “uma regra que consiste
basicamente em fazer perguntas no sentido de obter as informações primordiais que
servirão de apoio ao planejamento de uma forma geral”
O autor sugere algumas perguntas que poderão servir de base para um melhor
entendimento da funcionalidade desta metodologia.
O que? / Que? / Qual? (What?)
Que serviço o processo produz?
Quais os resultados dessa atividade?
Quais são os métodos e a tecnologia empregada?
Quem? (Who?)
Quem executará determinada atividade?
Quem depende da execução dessa atividade?
Quem são os envolvidos neste processo?
Quem deveria executar o processo?
Por quê? (Why?)
Por que essa atividade é necessária?
Por que esse processo existe?
Por que deve ser feito dessa maneira?
Onde (where?)
Onde a atividade será executada?
Onde o processo é planejado, executado e avaliado?
Onde o processo deveria ser executado?
Quando (When?)
Quando será o início da atividade?
41
Quando providencias a aquisição?
Quando o processo deve ser avaliado?
Quando o processo deve ser executado?
Como? (How?)
Como essa atividade será executada?
Como o processo é planejado, executado e avaliado?
Como está o desempenho do processo?
Quanto? (HowMuch?)
Quanto custará essa atividade?
Quanto disponibilizar de recursos financeiros?
Esta ferramenta pode ser utilizada de acordo com o Quadro 3 que apresenta a
devida utilização.
O Quê? Por quê? Onde? Quem? Quando? Como? Quanto?
Quadro 3 – Exemplo de aplicação do 5W2H Fonte: Adaptado de Daychoum (2007)
Não há uma regra básica nem perguntas prontas, dependerá de cada projeto e
suas atividades, porém sua aplicabilidade facilita no desenvolvimento das idéias e
sistematiza as necessidades da elaboração de um planejamento.
42
3. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
A partir de 2001, João Gomes da Silva, Sub-Oficial da Marinha do Brasil,
nasceu à vontade de empreender em negócios náuticos devido a sua experiência e
relação próxima com o mar. Logo em 2003 resolveu investir em seu próprio negócio,
juntamente com seu filho, criou a Serv-Nav que iniciou na cidade de Navegantes e
logo após mudou-se para Balneário Camboriú, na Avenida Normando Tedesco na
Barra Sul, em uma das lojas da área da Marina Tedesco. Ficou instalada neste local
até medos de 2010, e até o presente momento encontra-se atuando diretamente com
seus parceiros sem uma sede própria.
A empresa presta serviços nas áreas de despachos de embarcações de pesca,
serviços e documentação de lanchas de esporte e recreio, como também legalização
de Marina, terrenos de Marinha e da União e cursos de arrais amador, mestre amador
e capitão amador, seguro obrigatório e total para barcos, assessoria marítima para
navegantes.
Suas maiorias atividades concentram-se na realização de despachos e
documentação de embarcações se curso de navegação atuando no litoral
Catarinense, sendo que seus clientes são pessoas físicas e jurídicas. A empresa está
cadastrada como Despachante Marítimo na Delegacia da Capitania dos Portos em
Itajaí.
Hoje a empresa Serv-Nav conta com 3 funcionários, sendo 1 despachante, 1
gerente comercial/ instrutor de cursos e 1 assistente administrativo/financeiro. Possui
cerca de 1.200 clientes cadastrados, parcerias com entidades empresarias do ramo
náutico: Marina Tedesco, Marina Atlântica, Marina Porto do Rio, que estão sediadas
nas cidades de Porto Belo, e Balneário Camboriú. Tem como fornecedores lojas de
artigos marítimos, cartas náuticas, botes e equipamentos de salvatagem.
43
4. RESULTADOS DA PESQUISA
Para realizar esta pesquisa a respeito do diagnóstico organizacional, foi feita a
pesquisa com os clientes por meio de questionário afim de obter a análise do
ambienteinterno, aplicou-se uma entrevista com os gestores para se obter dados
sobre a empresa e fez-se uma observação interna dos processos para entender o
funcionamento da mesma. Para a análise do ambiente externo, foi realizada uma
avaliação dos concorrentes através de um checklist.
Neste seguimento serão apresentados os resultados da pesquisa nos quais
atenderam os objetivos específicos:
Identificar os fundamentos filosóficos da empresa;
Avaliar os fatores internos que interferem no negócio;
Avaliar as principais características do ambiente externo por meio da
análise da concorrência.
Com estes dados foi possível formar a matriz SWOT e por último a
interpretação destes dados.
4.1 Identificação dos fundamentos filosóficos da empresa
Através da entrevista com os gestores da empresa Serv-Nav e a observação,
tornou-se possível obter dados sobre os princípios organizacionais, tais como:
objetivos e vocação da empresa, plano para o futuro e conscientização pela
valorização de alguns princípios internos.
Os gestores têm consciência que os objetivos organizacionais são de grande
importância para a empresa, porém não possuem objetivos formalizados. Perguntado
se a empresa sabe aonde quer chegar, ambos os sócios responderam que pretendem
crescer na área marítima, sendo a melhor opção de serviços na área em que atuam.
Entre a natureza de seus serviços estão: documentação de barcos de pesca,
lazer e moto aquática (Jet Ski) e seguros obrigatórios dos mesmos, cursos de
navegação, legalização de documentação de marinas e terrenos de Marinha,
compensação de agulhas magnéticas e acessórios para navegação.
44
Perguntado para que a empresa existe, teve-se como resposta de um dos gestores:
Como qualquer empresa, visamos o lucro, contudo o princípio da empresa é prestar serviços com aquilo que mais gostamos que é a área marítima. Trabalho há 30 anos na área, está é a minha paixão, tanto que mesmo depois de aposentado, estou na ativa com a empresa, é praticamente meu hobby.
Responde João Gomes que é um dos sócios e Sob-oficial da Reserva da
Marinha do Brasil.
Observou-se que a empresa possui grande potencial a ser explorado além de
quea sustentabilidade econômica da empresa, em grande parte provem da realização
de cursos de navegação. A sustentabilidade ambiental é exercida pela empresa
através destes cursos oferecidos, pois é ensinado aos alunos sobre a preservação do
ambiente marítimo, derramamento de óleo no mar e combate a incêndios. Em relação
à sustentabilidade social a Serv-Nav divulga para a comunidade (geralmente
trabalhadores da pesca), cursos gratuitos oferecidos pela Marinha do Brasil que
ajudam a profissionalizar esses trabalhadores e também ensinam primeiros socorros
e salvaguarda da vida humana.
Foi perguntado aos gestores qual a visão de futuro da Serv-Nav, e prontamente
obteve-se a informação de que esta empresa pretende criar uma escola náutica
credenciada pela DPC (Delegacia de Portos e Costas), com maior variedade de
cursos, promover mais parcerias estratégicas e conseqüentemente aumentar o
alcance de clientes na região de Santa Catarina.
Procurou-se investigar sobre os princípios éticos que esta empresa prática para
com os seus colaboradores, fornecedores, parceiros estratégicos e clientes, e a
resposta é que empresa presa pela honestidade, ética e transparência dos serviços
prestados junto a Marinha do Brasil, trabalha sempre com parcerias que agregam
qualidade aos serviços, junto com a agilidade e sempre oferecendo comodidade e
segurança para seus clientes.
Desta forma foi possível elaborar junto aos gestores a missão, visão e valores,
apresentados a seguir:
Missão - Fornecer soluções e serviços náuticos a fim de oferecer tranqüilidade,
segurança e bem-estar para nossos clientes e parceiros. Fazendo o tramite de
documentação de embarcações e de habilitações nas Capitanias dos Portos e
Delegacias da Marinha.
45
Visão -Ser a primeira opção de escolha de despachante marítimo e serviços
náuticos da região de Navegantes, Itajaí, Balneário Camboriú, Porto Belo e toda a
região do litoral de Santa Catarina, sendo reconhecida pela sua excelência de seu
desempenho, ética e agilidade.
Valores -A Serv-Nav busca constantemente valorizar:
Pessoas em primeiro lugar.
Qualidade de nossos serviços.
Segurança e comodidade para nossos clientes.
Responsabilidade em toda decisão.
Ao elaborar estes fundamentos filosóficos acredita-se que a empresa possa
utilizar na prática e divulgar a todos os seus stakeholders, visando reforçar seus
objetivos organizacionais.
4.2 Avaliação dos fatores internos que interferem nos negócios
Foram identificadas variáveis que interferem no negócio por meio da análise
interna, nos quais se utilizou os seguintes instrumentos de pesquisa: entrevista com
os gestores, questionário com os clientes e checklist da observação.
A entrevista e o checklist permitiu identificar o perfil interno da empresa, por
meio de três módulos: mercadológico, administrativo e financeiro.
4.2.1Módulo mercadológico
A entrevista apontou no módulo mercadológico que os serviços oferecidos são
de qualidade, pois são realizados por profissionais capacitados com cursos
específicos na área marítima, realizados com rapidez e de acordo com as normas da
Marinha do Brasil - MB, isto é, existe uma preocupação em manter a padronização
dos serviços segundo a MB, a satisfação do cliente é medida pelos resultados que ele
obtém pós-treinamento, realizando a prova na Marinha e podendo ser aprovado para
46
ter a habilitação que permite navegar, ou quando é realizado serviço de
documentação e é entregue corretamente no prazo para o cliente, e quando os
mesmos retornam para fazer outros serviços.
É reconhecida a sazonalidade dos serviços quando os clientes procuram com
maior freqüência a Serv-Nav no verão. A concorrência não atrapalha a aceitação dos
serviços porque o mercado é amplo e como atrativo a empresa concede descontos
quando grupos desejam fazer cursos ou quando clientes indicam outros clientes.
Quando o movimento é menor, a empresa costuma a promover visitas aos parceiros e
marinas, mas também divulgam porrádio, possuem cartão de visitas e folders, site
embora este esteja temporariamente fora de atividade. Contudo, os depoimentos dos
sócios apontam unanimemente que essas ações não são suficientes.
Como critério para o preenchimento do cheklist, atentou-se para as respostas
dadas pelos gestores na entrevista realizada e pela observação da acadêmica
durante o período de estágio na empresa pesquisada, assim pode-se apresentar uma
situação quantitativa para este módulo, quando foi atribuída uma nota de 1 a 5 em
cada questão, sendo 1 menor valor e 5 maior valor. O resultado desta avaliação está
no Quadro 4.
Mercadológico Nota
Padronização do Serviço 4
Transparência da formação de preço 4
Políticas promocionais e divulgação 2
Propaganda e força de venda 2
Qualidade dos serviços 5
Atendimento 5
Quadro 4. Avaliação interna do módulo mercadológico Fonte: Elaborado pela acadêmica
Percebe-se que a empresa obteve nota máxima nos quesitos, qualidade dos
serviços e atendimento, devido ao know-how e experiência dos sócios sobre os
serviços prestados. Sobre a padronização do serviço, apesar de seguirem as normas
estabelecidas pela Marinha, precisam melhorar internamente a padronização, e o
registro do fluxo desses serviços. Os quesitos que obtiveram as menores notas foram
os relacionados à propaganda e força de vendas, devido a empresa estar retornando
suas atividades é necessário investir nesta parte de divulgação.
47
4.2.2 Módulo administrativo
Como gerenciamento das informações a empresa possui um cadastro de
clientes e outros contatos, e afirma, pelos seus sócios que está disposta a investir em
Tecnologia da Informação para uma eficiente gestão estratégica. Assim como
afirmam que o planejamento é fundamental, embora a empresa não possua um
claramente definido, mas enxerga sua necessidade.
A gestão de recursos humanos está no estágio inicial, quando poucos
funcionários ainda são suficientes para suprir as necessidades internas, mas os
sócios reconhecem que a demanda têm aumentado na baixa temporada, havendo
necessidade futura, de aumentar o quadro de funcionários. As pessoas sentem-se
motivadas a estar trabalhando na empresa, porque é uma área em constante
crescimento, quando um de seus sócios afirma que traz alto padrão financeiro. Sua
equipe necessita de treinamento periódico, porque devem estar atualizados sobre as
normas da MB e atender o credenciamento da Capitania dos Portos.
Como critério para o preenchimento do cheklist, atentou-se para as respostas
dadas pelos gestores na entrevista realizada e pela observação da acadêmica
durante o período de estágio na empresa pesquisada, assim pode-se apresentar uma
situação quantitativa para este módulo, quando foi atribuída uma nota de 1 a 5 em
cada questão, sendo 1 menor valor e 5 maior valor. O resultado desta avaliação está
no Quadro 5.
Administração Nota
Experiência dos funcionários 5
Comprometimento com os objetivos da empresa 5
Trabalho em equipe 5
Coordenação de esforços – funcionários 5
Capacidade técnica operativa 5
Formalização contratual 5
Rotatividade de pessoal 5
Motivação dos trabalhadores 5
Quadro 5. Avaliação interna do módulo administração Fonte: Elaborado pela acadêmica
48
Observa-se que a empresa obteve maiores notas neste módulo, os poucos
funcionários que possuem estão capacitados para os serviços que a empresa presta,
assim como estão comprometidos com a empresa. Não há rotatividade, e há grandes
possibilidades de crescimento nesta área.
4.2.3 Módulo financeiro
A entrevista apontou que este tipo de negócio, é uma excelente atividade
rentável em que há retorno porque o custo de investimento é muito reduzido.
Não há um critério financeiro para a remuneração dos sócios, isto é, o lucro é
divido entre os sócios e não há reinvestimento na empresa. Não existe atividade de
risco, pois os serviços são realizados conforme a demanda.
Como critério para o preenchimento do cheklist, atentou-se para as respostas
dadas pelos gestores na entrevista realizada e pela observação da acadêmica
durante o período de estágio na empresa pesquisada, assim pode-se apresentar uma
situação quantitativa para este módulo, quando foi atribuída uma nota de 1 a 5 em
cada questão, sendo 1 menor valor e 5 maior valor. O resultado desta avaliação está
no Quadro 6:
Quadro 6. Avaliação interna do módulo financeiro Fonte: Elaborado pela acadêmica
Percebe-se que os quesitos investimento da empresa e comprometimento
fiscal e tributário foram os que obtiveram menores notas, isto se deve ao fato da
empresa estar prestando serviços parcialmente, sem uma sala atual (pois presta
serviços diretos com seus parceiros) e sem muito fluxo de serviço. Porém a
lucratividade obteve nota máxima, pois segundo os gestores é uma atividade que
Financeiro Nota
Investimento da empresa 2
Lucratividade 5
Comprometimento fiscal e tributário 2
Preços justos 5
Formas de pagamento 3
Prazos de pagamento 3
49
gera bastante lucro e pouco investimento. Quanto as formas e prazos de pagamentos,
segundo gestores são fatores que deverão ser melhorados na empresa para que
possam ter maior margem de negociação com seus clientes.
A pesquisa com os clientes permitiu concluir a avaliação do ambiente interno,
no qual apresentou informações sintéticas dispostas no Quadro 7.
Quadro 7. Pesquisa com clientes da Serv-Nav Fonte: Elaborado pela acadêmica
O questionário aplicado contou com 14 perguntas, conforme Apêndice B,
distribuídas em 3 itens que analisaram as áreas de atendimento, comercial e o pós-
venda e as notas para avaliação eram de 1 a 5, sendo 1 menor nota e 5 maior nota.
Todas as médiasgiraram em torno de 4. A maior média total foi na questão
atendimento, que contava com perguntas relacionadas: à cortesia no atendimento se
Item Avaliado Critérios Média Desvio
padrão
Media Total
ATENDIMENTO
1 – Cortesia 4,60 0,49
4,66
2 – Receptividade 4,60 0,49
3 – Qualidade 4,70 0,46
4 – Cordialidade e
agilidade
4,70 0,46
5 – Presteza 4,70 0,46
COMERCIAL
6 – Prazo 4,10 0,83
4,40
7 – Auxilio e
desenvolvimento
4,50 0,81
8 – Contato 4,00 0,77
9 – Conhecimentos
técnicos
4,60 0,49
10 – Desempenho 4,80 0,40
PÓS-VENDA
11 – Contato 4,10 0,70
4,30
12 – Reclamações 4,40 0,66
13 – Assistência
técnica
4,50 0,67
14 – Rapidez 4,20 0,75
50
são realizados com a educação e cordialidade; receptividade, se responde as
solicitações, reclamações e sugestões; a qualidade do atendimento, se é feito com
rapidez e eficácia; a cordialidade e a presteza dos atendentes em ajudar
principalmente em atendimentos de emergência. A média atribuída neste quesito foi
de 4,66 , pode ser considerado que o atendimento da Serv-Nav está de acordo com
as perspectivas dos clientes, estando capacitados a dar informações e motivados a
estarem trabalhando, e atendendo com eficiência e eficácia.
No item comercial, as perguntas realizadas tiveram o objetivo de analisar:
quanto a conclusão do serviço prestado, se é concluído no prazo combinado; se o
desenvolvimento do serviço demonstra rapidez e conhecimentos técnicos e domínio
dos assuntos tratados; se são realizados contatos com freqüência e o desempenho
do serviço prestado.
Considerando as perguntas analisadas, o critério referente ao contato teve a
menor média com 4,0 e o desempenho teve maior média com 4,80, e obtendo uma
média geral de 4,40, o que fortalece o conceito dos gestores que seus serviços e
atendimento são de qualidade, devido ao know-how dos mesmos.
O item serviço pós-venda contou com perguntas relacionadas ao contato, para
saber a satisfação e expectativas pós-venda; se as reclamações são atendidas e
resolvidas; se há assistência técnica e atende aos requisitos exigidos; e a rapidez
para solucionar problemas seja por visitas ou via telefone. A média geral apresentou o
valor de 4,30, o que pode ser melhorada, principalmente no critério contato que
obteve a menor nota com 4,10. Contudo as médias gerais são consideradas dentro da
realidade esperada pela empresa, e o desvio padrão de todos os itens representaram
valores menores de 1% o que demonstram que não há divergências significativas nas
opiniões dos participantes da pesquisa, clientes da Serv-Nav.
4.3 Avaliação das principais características do ambiente externo através da
análise da concorrência
A estratégia aplicada para a análise da concorrência foi a investigação via
telefone com os principais concorrentes da região e o instrumento de pesquisa foi o
mesmo utilizado para observar a empresa estudada por meio de checklist.
51
O cheklist foi preenchido conforme a auto-avaliação dos concorrentes e
apresentou uma situação quantitativa para este módulo, quando foi atribuída uma
nota de 1 a 5 em cada questão, sendo 1 menor valor e 5 maior valor. O resultado
desta avaliação está no Quadro 8.
Mercadológico
Média
Desvio
padrão
Padronização do Serviço 4,67 0,47
Transparência da formação de preço 4,67 0,47
Políticas promocionais e divulgação 3,33 0,47
Propaganda e força de venda 3,00 0,00
Qualidade dos serviços 5,00 0,00
Atendimento 5,00 0,00
Quadro 8. Avaliação externa do módulo mercadológico Fonte: Elaborado pela acadêmica
A concorrência declara quanto a padronização do serviço a média de 4,67,
média também praticada para a transparência da formação de preço. A menor média
obtida neste módulo é de 3,00, para a questão propaganda e força de venda, e o
valor máximo (5,00) foram aplicados para a qualidade dos serviços e atendimento.
As respostas do módulo administração é apresentado no Quadro 9.
Administração Média Desvio
padrão
Experiência dos funcionários 4,67 0,47
Comprometimento com os objetivos da empresa 4,00 0,82
Trabalho em equipe 4,00 0,82
Coordenação de esforços – funcionários 4,00 0,82
Capacidade técnica operativa 5,00 0,00
Formalização contratual 5,00 0,00
Rotatividade de pessoal 3,67 0,47
Motivação dos trabalhadores 4,00 0,00
Quadro 9. Avaliação externa do módulo administração. Fonte: Elaborado pela acadêmica
52
O módulo administração, segundo a auto-avaliação da concorrência aponta a
menor média para o quesito rotatividade de pessoal com o valor de 3,67, e as médias
de valor máximo são: capacidade técnica operativa e formalização contratual.
Na avaliação do módulo financeiro, o Quadro 10
mostra as médias das 6 questões preenchidas pela
concorrência.Financeiro
Média
Desvio
padrão
Investimento da empresa 3,67 0,47
Lucratividade 5,00 0,00
Comprometimento fiscal e tributário 3,33 0,47
Preços justos 4,67 0,47
Formas de pagamento 2,33 0,47
Prazos de pagamento 2,33 0,47
Quadro 10. Avaliação externa do módulofinanceiro, dados primários (2012) Fonte: Elaborado pela acadêmica
Observa-se que o módulo financeiro apresenta as menores médias, e que o
valor máximo (5,00) foi atribuído para a questão lucratividade, e as menores médias
(2,33) correspondem a situação de formas e prazos de pagamentos.
Ao finalizar a análise da concorrência esta pesquisa permitiu traçar um
comparativo entre a situação destas empresas e a realidade da Serv-Nav observada
pela pesquisadora, na qual utilizou o mesmo instrumento de pesquisa.
O Quadro 11,apresenta tais comparações.
Mercadológico Concorrência Serv-Nav Hiato
Padronização do Serviço 4,67 4,00 - 0,67
Transparência da formação de preço 4,67 4,00 - 0,67
Políticas promocionais e divulgação 3,33 2,00 - 1,33
Propaganda e força de venda 3,00 2,00 - 1,00
Qualidade dos serviços 5,00 5,00 0,00
Atendimento 5,00 5,00 0,00
Quadro 11 – Comparativo análise da concorrência e Serv-Nav – módulo mercadológico Fonte: Elaborado pela acadêmica
Pelo Quadro 11, percebe-se que o módulo mercadológico demonstra carências
em relação a concorrência, nos quais os quesitos, padronização do serviço,
53
transparência na formação de preços, políticas promocionais, propaganda e força de
venda por apresentarem valores superiores que a empresa estudada.
O Quadro 12, mostra a comparação entre a auto-avaliação da concorrência e a
avaliação da Serv-Nav, quanto à administração.
Administração Concorrência Serv-Nav Hiato
Experiência dos funcionários 4,67 5,00 0,33
Comprometimento com os objetivos da empresa 4,00 5,00 1,00
Trabalho em equipe 4,00 5,00 1,00
Coordenação de esforços – funcionários 4,00 5,00 1,00
Capacidade técnica operativa 5,00 5,00 0,00
Formalização contratual 5,00 5,00 0,00
Rotatividade de pessoal 3,67 5,00 1,33
Motivação dos trabalhadores 4,00 5,00 1,00
Quadro 12 – Comparativo análise da concorrência e Serv-Nav – módulo administração Fonte: Elaborado pela acadêmica
No Quadro 12, mostra o resultado do módulo administração, no qual
demonstra os pontos positivos em relação a concorrência, nos quais todos os
quesitos deste módulo apresentaram valores superiores a concorrência. Neste caso
consideram-se como forças para a Serv-Nav.
O Quadro 13, mostra a comparação entre a auto-avaliação da concorrência e a
avaliação da Serv-Nav, quanto ao módulo financeiro.
Financeiro Média Serv-
nav
Hiato
Investimento da empresa 3,67 2,00 - 1,67
Lucratividade 5,00 5,00 0,00
Comprometimento fiscal e tributário 3,33 2,00 - 1,33
Preços justos 4,67 5,00 0,33
Formas de pagamento 2,33 3,00 0,67
Prazos de pagamento 2,33 3,00 0,67
Quadro 13 – Comparativo análise da concorrência e Serv-Nav – módulo financeiro Fonte: Elaborado pela acadêmica
Observa-se que o Quadro 13 mostra o resultado do módulo financeiro, no qual
apresenta uma variação entre as médias. Os pontos positivos para a Serv-Nav são:
preços justos, formas de pagamento e prazos de pagamento, enquanto que
concorrência é superior nos quesitos investimento da empresa e comprometimento
54
fiscal e tributário. Com base nas informações compiladas, pode-se aplicar uma matriz
SWOT de acordo com Chiavenato e Sapiro (2003) com tais dados, conforme
apresentado no Quadro 14.
FORÇAS
FRAQUEZAS
AM
BIE
NT
E I
NT
ER
NO
Não há índices de rotatividade de funcionários, todos estão comprometidos com os objetivos da empresa e possuem a devida experiência na função.
Os profissionais possuem conhecimentos técnicos, e um ótimo desempenho.
A empresa possui qualidade no atendimento, atuando com cordialidade, agilidade, presteza, e receptividade.
A empresa possui grande perspectiva de lucratividade
Padronização dosserviços internamente;
Políticas promocionais e divulgação;
Investimento na empresa;
Comprometimento fiscal e tributário;
Maior flexibilidade de formas e prazos de pagamentos;
Contato comercial e pós-venda.
OPORTUNIDADES
AMEAÇAS
AM
BIE
NT
E E
XT
ER
NO
A região que a empresa está
inserida encontra-se em constante crescimento e desenvolvimento nas áreas náuticas.
Em Itajaí está localizada a
Capitania dos Portos, o que facilita os trâmites de despachos.
Surgimento de escolas náuticas na
região.
O uso da TI utilizada pelos concorrentes, como portais de serviços online e sistemas de gerenciamentos.
Quadro 14 – Aplicação da Matriz SWOT Fonte: Elaborado pela acadêmica
Por meio da análise SWOT, pode-se perceber que a empresa apresenta como
Forças itens relacionados a qualidade do atendimento, com os devidos profissionais
55
capacitados com conhecimentos técnicos na área marítima, comprometidos com os
objetivos da organização. Além de atender os clientes com cordialidade, agilidade,
presteza e receptividade, tornando um atendimento com qualidade e eficiência. Outro
ponto definido como Força é referente a perspectiva de lucratividade da organização,
que bem administrado poderá ser revertido em investimento para a mesma e maior
posicionamento no mercado.
Na matriz SWOT, as Fraquezas da organização foram apontadas como sendo
a falta de investimento na empresa, pois a organização esteve com seus serviços
inativos por um determinado período, e está em fase de recolocação no mercado.
Assim como a falta de comprometimento fiscal e tributário, por estar atuando
parcialmente, sem muito fluxo de serviços. Outros fatores são: a falta de padronização
dos serviços internamente,a falta de investimento no marketing da empresa, as
formas e prazos de pagamentos e o contato comercial e pós-venda da empresa.
Com relação ao ambiente externo, as oportunidades foram observadas como
sendo a região que a empresa está inserida, pois existem grandes perspectivas de
crescimento e desenvolvimento náutico/marítimo, principalmente por ser uma área
portuária e com atividades pesqueiras, de lazer e esportes náuticos. Outra vantagem
é a Capitania dos Portos de Itajaí, que possibilidade maior integração e agilidade nos
processos de despachos e outros serviços oferecidos pela empresa.
Foram detectadas como ameaças, o surgimento de escolas náutica na região,
que oferecem além dos cursos de navegação (os mesmo que a Serv-Nav), cursos de
salvatagem, capacitação para trabalhar em plataformas e outros cursos de
profissionalização.
O uso de ferramentas da Tecnologia da Informação, também é outro fator de
ameaça para a Serv-Nav, pois seus concorrentes utilizamesta ferramenta para
modernizar seus serviços e também para divulgá-los.
Observa-se que a Serv-Nav, apesar de estarreativando suas atividades, em
ritmo lento de crescimento as indicações são favoráveis ao desenvolvimento deste
negócio, quando as oportunidades e forças são maiores que as fraquezas e ameaças.
Os itens investigados mostram indicadores da avaliação interna e externa compondo
assim, as métricas do Diagnóstico Organizacional, sinalizando a importância de
estudar detalhadamente a tomada de decisão e composição de um Planejamento
Estratégico.
56
Conforme Daychoum (2007), o cruzamento entre oportunidades e fraquezas
mostra que o ambiente interno precisa sofrer modificações, destacando os quesitos
das oportunidades. E o cruzamento entre as ameaças e forças, sinalizam o
investimento e concentração de ações para modificar este ambiente.
5. SUGESTÕES PARA A EMPRESA
A partir do Diagnóstico Organizacional, pode-se observar alguns pontos
estratégicos que podem ser potencializados que colocados em práticavisam melhorar
o funcionamento da organização. Foi utilizada a técnica 5W2H de acordo com
Daychoum (2007), para apresentar as sugestões, como mostra o Quadro 15.
O Quê? Por quê? Onde? Quem? Quando? Como? Quanto?
Aplicar e divulgar os aspectos filosóficos da empresa
A empresa não possuía missão, visão e valores, como foi apresentado neste trabalho, sugere-se que seja utilizado na prática.
Na empresa e mercado.
Funcionários da empresa, seus clientes, fornecedores e parceiros.
Junho a Setembro de 2012
Reuniões internas, mural interno e posteriormente divulgação no site
Sem custo
Logomarca da empresa
A empresa apresenta pouca identificação e diferenciação frente ao mercado
Na empresa
Projeto desenvolvido pela pesquisadora
Junho de 2012
Utilização na comunicação interna e institucional.
Sem custo
Cartão de visitas
Utilização de uma nova imagem empresarial, aplicando a nova logomarca.
Na empresa
Projeto desenvolvido pela pesquisadora
Agosto de 2012
Impressões em gráfica
R$ 250,00 (milheiro)
Nova Sede para a empresa
Não possui sede, pois a empresa está retornando as atividades
Na região de Navegantes ou Itajaí
Sócios Agosto de 2012
Alugar uma sala comercial
R$
10.000,00 (valor inicial
para montagem e + valor do
aluguel mensal
R$1.000)
57
Papel e envelope timbrado
Busca da padronização na comunicação institucional
Na empresa
Projeto desenvolvido pela pesquisadora
Agosto de 2012
Impressões em gráfica
R$ 300,00 (500 unidades)
Apostila de
cursos com
logomarca da
empresa
Necessidade de
em diferenciar o
produtoe
mostrar
organização da
empresa
Na
empresa
Projeto
desenvolvido
pela
pesquisadora
Agosto de
2012
Impressões e
encadernação
em gráfica para
material inicial
R$ 300,00
(20
unidades)
Camisetas e
crachás
Necessidade de
Identificar os
funcionários
Funcionário
s da
empresa
Projeto
desenvolvido
pela
pesquisadora
Agosto de
2012
Estamparia e
gráfica
R$ 200,00
( 6
camisetas
e 3
crachás)
Reativação do
site da
empresa com
repaginação
Nenhuma
divulgação na
Web
Na
empresa
Sócios e
profissionais de
T.I
Agosto a
Setembro
de 2012
Terceirização
para elaboração
do site
R$ 500,00
Investir em
marketing
Falta divulgação
e necessidade
de aumentar as
vendas
Em todo o
município
de Itajaí e
região
Sócios e
empresa de
marketing
Setembro
de 2012
Divulgação em
jornais, revistas,
rádios,
outdoors, flyers
por período
R$
2.000,00
Participar de
feiras náuticas
Necessidade de
divulgação para
um público
específico
Na região
de Santa
Catarina
Sócios e
promotores de
eventos
A qualquer
tempo
Negociando um
Stand na feira e
usando
materiais de
divulgação
Custo
variável
Investir em
equipamentos
de cartões
crédito/débito
Ampliação das
formas e prazos
de pagamentos
para os clientes
Na
empresa
Sócios e
intuições
financeiras
Outubro
de 2012
Bancos/
Instituição
financeira
Custo
variável
Adquirir um
sistema de
Informação
Necessidade de
obter
informações
para fidelização
do cliente
Na
empresa
Empresa
especializada em
desenvolvimento
de sistemas
Outubro
de 2012
Estudo do
sistema que se
adapte a
necessidade da
empresa
R$ 2000,00
Quadro 15 – Aplicação do método 5W2H Fonte: Elaborado pela acadêmica
58
O primeiro passo observado pela acadêmica foi a necessidade de divulgar os
aspectos filosóficos da empresa: missão, visão e valores, que de acordo com Certo
(2003) a comunicação é importante para compartilhar informações com as pessoas.
O segundo foi criação de uma logomarca para a empresa, visto que a
empresa utilizava de imagens relacionadas aos serviços prestados, porem não eram
exclusivos ou não eram utilizados propriamente como marca da empresa. Para
Mitzberg (2006) a estratégia como posição é a forma de localizar uma organização no
ambiente, que neste caso é a sua referência visual. Assim a Figura 7 mostra a nova
logomarca da Serv-Nav.
Figura 7 – Logomarca Serv-Nav Fonte: Elaborado pela acadêmica
Para a criação da logomarca, utilizou-se as inicias do nome da empresa e
como símbolos foram o timão e desenhos abstratos que lembram velas de barcos,
representam as atividades da empresa.
A Serv-Nav já possuia cartão de visitas, porém foi elaborado um novo cartão
com a utilização da logomarca criada, o que fortalece a marca,diferenciando-a e
trazendo visibilidade da organização no mercado. Como mostra a Figura 8
59
Figura 8 – Cartão de visitas Serv-Nav Fonte: Eaborado pela acadêmica
Para a padronização foram criados também, papel timbrado, envelope e capa
para as apostilas dos cursos oferecidos. Como ilustram as Figuras 9, Figura 10 e
Figura 11, respectivamente.
Figura 9 – Papel timbrado Serv-Nav Fonte: Elaborado pela acadêmica
60
Figura 10 – Envelope timbrado Serv-Nav Fonte: Elaborado pela acadêmica
Figura 11 – Capa para apostila de cursos Serv-Nav Fonte: Elaborado pela acadêmica
Para a identificação dos funciónarios foram criadas os modelos para camiseta
e crachá, além de um chaveiro para dar como brinde aos clientes. De acordo com a
Figura 12, Figura 13e Figura 14, respectivamente.
61
.
Figura 12 – Camiseta Serv-Nav Fonte: Elaborado pela acadêmica
Figura 13 – Crachá Serv-Nav Fonte: Elaborado pela acadêmica
Figura 14 – Chaveiro Serv-Nav Fonte: Elaborado pela acadêmica
62
Além das sugestões proposta pela pesquisadora sobre a identificação visual
da empresa, as demais concentram-se nas mudanças internas, investindo com maior
ênfase na estrutura e expediente da empresa, como rege a estratégia corporativa
para Hrebiniak (2005), afirmando que deve-se focar na alocação de recursos ou
outras ações que componham o empreendimento como um todo.
63
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com embasamento nas obras estudadas, foi elaborado um Diagnóstico
Organizacional que possibilitou identificar a realidade empresarial e a necessidade de
mudanças para empresa Serv-Nav. Por meio deste trabalho, nota-se a necessidade
de diagnosticar a realidade interna e externa de uma empresa, pois deste modo
temos uma noção exata de seu estado.
O diagnóstico organizacional realizado não teve como finalidade apontar
somente forças e fraquezas, oportunidades e ameaças, mas também orientar nos
fundamentos filosóficos da empresa, a criação da logomarca, identificação para os
funcionários e materiais de expediente.
A questão norteadora da pesquisa foi: como se apresenta o ambiente interno e
externo da empresa Serv-Nav Serviços Navais Ltda para elaboração de um
diagnóstico organizacional que possibilitará ações de desenvolvimento competitivo?
A partir desta problemática foi possível apresentar uma leitura organizacional
capaz de mostrar variáveis do ambiente interno e externo que influenciam a empresa
estudada, de tal modo que as ações de melhorias internamente devem estar voltadas
ao investimento na estrutura da organização, bem como no marketing e na área
comercial um melhor aproveitamento do contato com seus clientes e maior
flexibilidade nas formas e prazos de pagamentos.
No ambiente externo, o surgimento de escolas náutica na região e o uso de
ferramentas da Tecnologia da Informação são ameaças no momento para a Serv-
Nav, porém podem ser revertidas como oportunidades, pois a empresa tem a
capacidade de futuramente se tornar uma escola náutica e também fazer uso tais
tecnologias.
O Diagnóstico Organizacional foi um trabalho totalmente viável, pois os
gestores deram as informações, assim como os clientes e também e os concorrentes
apontaram fatores com seriedade, quando em todos os momentos houve aderência
da idéia da pesquisa, participando com empenho.
Os resultados foram satisfatórios, pois com as opiniões de todos os stakholders
foram possíveis compilar informações para o diagnóstico da empresa.
Propõe-se para trabalhos futuros nesta organização o desenvolvimento de um
estudo de viabilidade para ampliar o portfólio de produtos/serviços que objetiva a
64
conquista de novos mercados e clientes, e para outros trabalhos do curso de
administração indica-se a realização e pesquisa de satisfação ao cliente externo com
maior especificidade, utilizando métodos voltados para a qualidade em serviços.
65
REFERÊNCIAS
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APÊNDICES
69
APÊNDICE A - Entrevista com os gestores da Serv-Nav Serviços Navais Ltda.
1) A Serv-Nav tem objetivos organizacionais claramente definidos? Se sim, quais são eles?
Se não, aonde a empresa quer chegar?
2) Os colaboradores têm conhecimento que os planos organizacionais refletem nas tarefas
que executam?
3) Qual a natureza das suas atividades?
4) A Serv-Nav quer atingir qual mercado?
5) Onde está o mercado?
6) Pra que a empresa existe?
7) A empresa vai atrás do cliente ou o cliente que procura a empresa?
8) De que forma a empresa se mantém financeiramente?
9) A empresa possui procedimentos de sustentabilidade ambiental?
10) Quais os planos para o futuro da empresa?
11) Onde a empresa pretende chegar no mercado em que atua?
12) No futuro, os objetivos organizacionais da empresa poderão mudar?
13) Quais os princípios éticos que esta empresa pratica para com os seus colaboradores,
fornecedores, parceiros estratégicos e clientes?
14) Os serviços oferecidos são de qualidade, porque?
15) Existe uma preocupação em padronizar os serviços? Como é feito? Qual o critério?
16) Como vocês identificam a aceitação dos serviços? O cliente fica satisfeito? Como a
empresa sabe sobre a satisfação do cliente?
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17) A concorrência atrapalha a aceitação destes serviços?
18) Sua empresa concede descontos ou preços casados?
19)Quais as situações mais comuns em relação à negociação?
20) Existe sazonalidade na procura de serviços?
21) Nos períodos de menos movimento, a empresa costuma desenvolver alguma campanha
para aumentar a venda de serviços?
22)Como a empresa divulga o seu negócio e seus produtos? Estas ações são suficientes?
23) A empresa possui um cadastro de clientes e outros contatos?
24) A empresa investe ou está disposta a investir em tecnologia de informação?
25) Como é a política de divulgação da empresa? Site? Propaganda? Cartão? Folder?
26) Suas ações gerenciais são sempre planejadas? O planejamento é uma necessidade
básica?
27) Você considera o seu tipo de negócio uma atividade rentável?
28) Como é feita a remuneração dos sócios? Esta prática você julga eficiente?
29) Em que situações você identifica como sendo atividade de risco?
30)O número de funcionários é suficiente para manter a demanda? Existe um planejamento
para ampliar o quadro de funcionários?
31) As pessoas sentem-se motivadas a desenvolver atividades na empresa? O que as
motivam?
32) As pessoas receberam treinamentos, ou buscaram informação externas para a realização
de tarefas internas?
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APÊNDICES B - Questionário com o cliente - Serv-Nav
Pessoa Física ( ) Pessoa Jurídica ( )
Serviço prestado: ____________________________________________________
ITEM
A Serv-Nav tem atendido as
suas necessidades?
Nível de satisfação
1 menor – 6 maior
ATENDIMENTO
1 2 3 4 5 6
CORTESIA: Demonstra educação
e cordialidade
RECEPTIVIDADE: Responde as
solicitações, reclamações e
sugestões
QUALIDADE: Rápida e eficaz
CORDIALIDADE: Agilidade e
simplicidade no atendimento de
emergência
PRESTEZA: Deseja nos ajudar
COMERCIAL
PRAZO DE CONCLUÃO DO
SERVIÇO: Na data combinada
AUXILIO E DESENVOLVIMENTO:
Com conhecimento e rapidez
CONTATO: A freqüência de
contato é satisfatória
TECNICA: Nossos representantes
demonstram conhecimento e
domínio dos assuntos tratados
DESEMPENHO: Atende a todas as
necessidades
SERVIÇO PÓS-
VENDA
CONTATO: Satisfatório as
expectativas pós-venda
RECLAMAÇÕES: São atendidas e
resolvidas
ASSISTÊNCIA TECNICA: Atende
aos requisitos exigidos
RAPIDEZ: Os problemas são
resolvidos em visita ou por telefone
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APÊNDICES C - Checklist e ficha de observação
Empresa:
Checklist Nível de satisfação
1 menor – 5 maior
Mercadológico 1 2 3 4 5
Padronização do Serviço
Transparência da formação de preço
Políticas promocionais e divulgação
Propaganda e força de venda
Qualidade dos serviços
Atendimento
Administração
Experiência dos funcionários
Comprometimento com os objetivos da empresa
Trabalho em equipe
Coordenação de esforços - funcionários
Capacidade técnica operativa
Formalização contratual
Rotatividade de pessoal
Motivação dos trabalhadores
Finanças
Investimento da empresa
Lucratividade
Comprometimento fiscal e tributário
Preços justos
Formas de pagamento
Prazos de pagamento
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APÊNDICE D – Documentos e melhorias realizadas pela pesquisadora.
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75
76
77
78
79
SERV – NAV
Serviços Navais Ltda.
DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO
A Organização cedente de estágio Serv-Nav Serviços Navais LTDAdeclara, para os
devidos fins, que a estagiária Kênnia Kátia Gomes de Oliveira aluna do Curso de
Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão, da Universidade do Vale do
Itajaí - UNIVALI, deagosto-2011 a maio-2012, cumpriu a carga horária de estágio prevista
para o período – 240 horas, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto deEstágio
e respeitou nossas normas internas.
Itajaí, 17 de maio de 2012.
_________________________________
Willian Gomes de Oliveira
80
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS
Kênnia Kátia Gomes de Oliveira Estagiária
Lígia Ghisi Orientadora do Estágio
Willian Gomes de Oliveira Supervisor de Campo
Prof. Eduardo Krieger da Silva Responsável pelos Estágios em Administração