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Colégio Estadual Carlos de Almeida RODRIIGO TOCHI N°25 HIISTÓRIA DA CIÊNCIA

Trabalho de Filosofia

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Page 1: Trabalho de Filosofia

Colégio Estadual Carlos de Almeida

RODRIIGO TOCHI N°25

HIISTÓRIA DA CIÊNCIA

LONDRINA2015

Page 2: Trabalho de Filosofia

RODRIGO TOCHI

HISTÓRIA DA CIÊNCIA

Trabalho De Filosofia Apresentado ao Terceiro Colegial (3MB) do Ensino Médio do Colégio Carlos de Almeida, Londrina Paraná

Orientador: Prof. João Francisco Cossa

LONDRINA2015

Page 3: Trabalho de Filosofia

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................04

2 HITÓRIA DA CIÊNCIA ..........................................................................................05

3 REFERÊNCIAS......................................................................................................10

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1 INTRODUÇÃO

O que é a ciência? A ciência caracteriza-se como explicação

racional de fenómenos, com vista à resolução dos problemas que nos afligem.

Actualmente, estes parâmetros da ciência ainda não estão completamente definidos.

Este facto deve-se à crise que abalou a comunidade científica há cerca de meio

século, criando a difícil transição daquela que era a Ciência Moderna para a actual e

ainda pouco definida Nova Ciência.

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Page 5: Trabalho de Filosofia

2 BIOGRAFIA

Platão foi um dos principais filósofos gregos da Antiguidade. Ele

nasceu em Atenas, por volta de 427/28 a.C., foi seguidor de Sócrates e mestre de

Aristóteles. O nome pelo qual ficou conhecido era possivelmente um apelido,

aparentemente ele se chamava Arístocles.

Da Antiguidade até ao séc. XVII (aproximadamente), a ciência e a filosofia

formavam um todo (a ciência tinha, até, o nome de filosofia natural), muito

controlado pela religião. O cristianismo limitava as investigações e,

consequentemente, todo o progresso da ciência. Contudo, o aparecimento da

astronomia e física modernas fazem diminuir progressivamente o controlo da

religião sobre a ciência, permitindo que esta se torne numa entidade autónoma e

independente. É assim que a Ciência Moderna nasce no séc. XVI, quando as

sociedades ocidentais e a Igreja se viram confrontadas com a importância das

descobertas que se faziam. O renascimento cria uma profunda revolução

científica que transtorna os conceitos e as ideias fundamentais da Natureza, do

Homem, e do Universo. Estas descobertas devem-se, entre outros, a Copérnico,

Galileu, Newton e Descartes. Todos estes cientistas foram, no fundo, os

fundadores da Ciência Moderna.

Esta ciência assenta em dois grandes pressupostos, que a caracterizam. O

primeiro é a rejeição absoluta dos dados dos sentidos (experiência imediata) e do

senso comum (preconceitos). Ao duvidar desses dados, a Ciência Moderna

afirmava que estes eram úteis apenas para o conhecimento vulgar, mas que

viriam iludir e induzir em erro o conhecimento científico. A experiência seria

importante apenas como ponto de partida para uma investigação, ou como

confirmação das teorias criadas. O segundo pressuposto baseia-se na

Matemática. A Ciência Moderna só considerava verdadeiro o que era

quantificável. Assim, tudo o que não podia ser traduzido em números, utilizando a

Matemática, era cientificamente irrelevante. Hoje, considera-se que este rigor

matemático desqualificou os objetos, pois tirou-lhes as relações (parte muito

importante do seu conceito) com o seu meio envolvente.

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A Ciência Moderna também tinha um método próprio, que consistia em dividir a

realidade em porções, de modo a poder simplificá-las, entendê-las, analisá-las e

classificá-las uma a uma. De seguida, voltava a juntar todas estas porções, e

acreditava ter diante de si um estudo fiável que abrangia toda a realidade. Para

criar uma verdade absoluta, a Ciência Moderna isolava-se da realidade, num

laboratório, no qual entendia obter resultados racionais e absolutos.

O modelo desta ciência designa-se por modelo mecanicista, que encara o

Universo como uma máquina (um mecanismo de relógio, por exemplo), cujos

resultados são previsíveis através de leis físicas e matemáticas. O modelo

mecanicista baseia-se em três preconceitos, ou três premissas: a homogeneidade

da matéria, a regularidade cíclica dos acontecimentos, e a causalidade ou

racionalidade do Universo. No geral, estas premissas deixam claro que existe

ordem e estabilidade no mundo (as leis que se verificam aqui, também se

verificam em qualquer outro ponto do Universo), que os acontecimentos do

passado repetem-se no futuro, sendo assim possível a sua previsão, e que o

mundo é racional, comandado por uma força inteligente. A Ciência Moderna

defende a imutabilidade da espécie humana.

Pode dizer-se que outra característica da Ciência Moderna, resultante das

grandes descobertas que se fizeram sob a sua influência, é o facto de ter

proporcionado uma nova visão do mundo. Esta visão queria-se racional, sem

ilusões, e distinta da visão medieval do mundo que veio substituir: o nosso

planeta já não era o centro do Universo (graças a Copérnico), a vida não surge de

geração espontânea, não somos a obra de um ser divino, mas descendemos do

macaco (graças a Darwin), os impulsos inconscientes da nossa mente (graças a

Freud) e muitas outras descobertas que, de certo modo, vieram “desencantar” (ou

confundir) a sociedade.

Foi então que todo este conceito de Ciência Moderna, ao ser posto à prova,

falhou. O primeiro a contribuir para esta crise foi Albert Einstein que, ao criar a

noção de que não existe simultaneidade universal (não pode ser verificada a

simultaneidade de acontecimentos distantes), não acreditaram na existência de

espaço e tempo absolutos, defendidos por Newton. Este conceito mostrou

também que as leis da Física e da Geometria são baseadas em medições locais,

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não podendo ser universalizadas. A premissa do modelo mecanicista que

afirmava a homogeneidade da matéria estava assim posta em causa.

Ao provarem-se relativas, as leis de Newton inspiraram o Princípio da Incerteza,

de Werner Heisenberg. Este princípio traz uma nova visão do conhecimento,

assegurando que este é limitado e aproximado, e que os resultados que dele

obtemos são meramente probabilísticos, relativos e parcelares. Esta nova

caracterização do conhecimento deve-se ao facto de Heisenberg ter demonstrado

que, ao observar e analisar um objeto, o sujeito confunde-se com ele, invade-o,

influenciando assim o seu conceito . Ao provar que, mesmo quando estudamos

um objeto em laboratório, este é manipulado ou alterado pela intervenção do

sujeito, o método “extremista” da Ciência Moderna (que consistia em isolar-se da

realidade num laboratório para obter um estudo fiável dessa mesma realidade)

foi, de certo modo, posto de lado. As leis da Física foram, também elas,

consideradas probabilísticas, e conclui-se que a totalidade do real não se reduz à

soma das partes em que foi dividido para análise, inviabilizando a hipótese

mecanicista.

Outro contributo para a crise da Ciência Moderna foi Kurt Gödel, que, através das

suas investigações (baseadas na demonstração de que era possível formular

proposições individuais que não se podem demonstrar nem refutar usando a

Matemática) provou que a Matemática carece de fundamento. Ao questionar o

rigor da Matemática, o principal alicerce da Ciência Moderna (que consistia em

considerar verdadeiro apenas o quantificável e cujo conhecimento se baseava em

cálculos e no rigor de medições), desmoronou-se.

Por fim, Ilya Prigogine descobriu que, em sistemas abertos, a evolução não é

previsível, pois explica-se por variações de energia que desencadeiam reações

que, ao tornarem o sistema instável, o conduzem a um novo estado macroscópico

(esta transformação é irreversível). Surgiu então um tempo de reflexão sobre a

Ciência Moderna. Assim, esta descoberta, para além de inviabilizar o preconceito

da Ciência Moderna que assegura a regularidade cíclica e previsível das

alterações do Universo, levou a uma nova concepção da matéria e da Natureza.

O fim da Ciência Moderna foi então acelerado e marcado pela 2ª Guerra Mundial.

As consequências desta guerra, que não tinham sido previstas, levaram a

comunidade científica da altura a questionar-se sobre o quão ético e correto fora

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o lançamento das bombas nucleares no Japão. Essas consequências vieram

provar que, para além de não serem verdadeiros os pressupostos da Ciência

Moderna, a ausência de valores humanos nesses pressupostos tinha levado às

consequências nefastas que se verificaram.

Em resposta a esta crise, surge um novo movimento científico, que se destaca

pela sua oposição total às bases que sustentam a Ciência Moderna. Passou a

entender-se que as leis, para além de serem uma simplificação da realidade, têm

um carácter meramente probabilístico e provisório. Considerou-se que o modelo

matemático da Ciência Moderna, isto é, a ideia de que a Matemática pode

abranger tudo, e de que tudo é quantificável, constitui apenas uma limitação para

o nosso conhecimento e para a nossa apreensão da realidade. Isto deve-se ao

facto dos objetos não se reduzirem apenas aos seus aspectos quantificáveis, e de

a sua quantificação não ter em conta as relações complexas estabelecidas entre

o objeto e o resto do mundo. Assim, passam-se a utilizar vários métodos para

estudar a realidade, dependendo daquilo que queremos demonstrar. A incerteza

já não é considerada como uma limitação técnica, mas é um elemento

fundamental para se entender o mundo que estudamos – a ciência é agora um

esforço de eliminação de erros. Considera-se então que não existem ciências

exatas, nem verdades absolutas. O senso comum também foi aceite por esta

nova comunidade científica, tendo em conta que é visto como “sabedoria da vida”,

logo, constitui conhecimento que se pode revelar útil no entendimento de certos

aspectos do mundo. Assim, a ciência também ela, tem como objetivo transformar-

se em sabedoria da vida. Menos arrogante, esta nova forma de encarar o

conhecimento e a ciência designa-se por Ciência Pós-Moderna, ou Nova Ciência.

Mas, e sendo considerado como recente o surgimento desta Nova Ciência, esta

ainda não está completamente definida. Para que o seu conceito seja

estabelecido e aplicado internacionalmente, é necessário que haja um consenso

em toda a comunidade científica. Só desta forma poderá ser criado um novo

paradigma – conjunto de métodos e critérios que regem a atividade científica. Até

que seja definido o paradigma para a Nova Ciência, pode dizer-se que,

atualmente, o mundo científico está em crise. Naturalmente, esta crise não

impede o progresso científico e tecnológico, bem pelo contrário. Vivemos numa

época extremamente criativa e produtiva a estes níveis, em parte devido à

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ausência de paradigma, que proporciona uma maior liberdade. No entanto, esta

liberdade não implica que qualquer teoria seja considerada válida! Assim, os

cientistas têm que ver a sua tese aceite por toda a comunidade científica para que

esta possa ser vista como uma teoria válida. Para fazer aceitar a sua teoria, o

cientista já não se limita a fazer uma demonstração: o elemento argumentativo é

fundamental. Verifica-se uma maior exigência e rigor na obtenção do

conhecimento científico e das teorias consideradas válidas, levando a que se

façam menos descobertas realmente significantes, mas que estas sejam mais

fiáveis.

O avanço da tecnologia leva a que a verdade, na Nova Ciência, seja vista como

efémera. É aceite apenas enquanto que os seus argumentos são válidos, e antes

que seja substituída por outra teoria (com melhores argumentos, e menos erros).

Esta verdade resulta de uma relação dialogante entre a realidade e as

competências do homem (lógica, memória, reflexão crítica, etc.).

REFERÊNCIAS

Transcrições do livro Ágora (Editor: SantiLlana / Constância), de Carlos Pascoal, capítulo “Estatuto do Conhecimento Científico”. > Acesso em: 23 jun 2015

História da Ciência

http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/filosofia/11evolucaodaciencia.htm > Acesso

em: 24 jun 2015

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