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T T RAJETÓRIA RAJETÓRIA L LINGUAGEM INGUAGEM F F OTOGRÁFICA OTOGRÁFICA A AVALIAÇÃO VALIAÇÃO DO DO E E STILO STILO DE DE : : M MARCELO ARCELO C CARNAVAL ARNAVAL CUSTODIO USTODIO C COIMBRA OIMBRA S EBASTIÃO EBASTIÃO S SALGADO ALGADO UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DATA: 04 de junho de 2007. CURSO: Comunicação Social – Jornalismo DISCIPLINA: Fotojornalismo – 3º PERÍODO PROF.:Moisés Pregal ALUNA: Ana Carolina Almeida MAT.: 2006.01.134871

Trabalho de Fotojornalismo - 3º período

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Biografia e breve análise da abordagem do trabalho realizado pelos fotojornalistas Marcelo Carnaval, Custódio Coimbra e Sebastião Salgado

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TTRAJETÓRIARAJETÓRIA

LLINGUAGEMINGUAGEM F FOTOGRÁFICAOTOGRÁFICA

AAVALIAÇÃOVALIAÇÃO DODO E ESTILOSTILO DEDE::

MMARCELOARCELO C CARNAVALARNAVAL

CCUSTODIOUSTODIO C COIMBRAOIMBRA

SSEBASTIÃOEBASTIÃO S SALGADOALGADO

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

DATA: 04 de junho de 2007.

CURSO: Comunicação Social – Jornalismo

DISCIPLINA: Fotojornalismo – 3º PERÍODO

PROF.:Moisés Pregal

ALUNA: Ana Carolina Almeida

MAT.: 2006.01.134871

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FFOTOJORNALISMOOTOJORNALISMO

Introdução Introdução

A paixão pela arte de fotografar é o ponto em comum entre esses profissionais que

fizeram dela seu meio de vida e pelo qual se tornaram reconhecidos no mercado. Marcelo Carnaval,

Custódio Coimbra e Sebastião Salgado transformaram suas câmeras em instrumentos de captura de

imagens, que marcaram não só suas vidas mas ilustraram artigos jornalísticos e serviram como

suporte para denúncia, ganhando o status de obra de arte levando os simples fotógrafos a salões de

exposição que reuniram seus cliques para torná-los em objetos de admiração para o público.

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Marcelo CarnavalMarcelo Carnaval

Marcelo Carnaval Valporto de Almeida, 43 anos, é conhecido pelo seu estilo

impactante característico do factual. Mas Marcelo só percebeu o seu talento enquanto estava ta

faculdade, cursava educação física e jornalismo. Na época, seu hobby era ir à praia nas horas vagas,

pra acabar com isso o pai o colocou em dois cursos: fotografia e datilografia, e foi no primeiro em

que ele encontrou seu foco na profissão, tornando se reconhecido como repórter fotográfico.

Neste 12 de junho, Marcelo Carnaval comemora os 22 anos da publicação de sua

foto tirada na Praça Nossa Senhora da Paz, em Copacabana e que foi publicada no Jornal do Brasil,

e descreve as características que considera fundamentais ao fotojornalista: — O que faz o clique

certeiro são técnica, atenção e informação. Além disso, tem que ter sorte, explica numa entrevista

quando foi perfilado por Rodrigo Caixeta para o site da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

A trajetória de Marcelo Carnaval como repórter-fotográfico inclui passagens por grandes veículos

da imprensa brasileira. Seu primeiro emprego foi no Jornal do Brasil, para onde foi em 1985 para

cobrir os fins de semana — a pedido próprio, porém, trabalhava todos os dias, embora recebesse

apenas pelos sábados e domingos. Depois de um ano e meio, foi contratado, até que, em junho de

1988, foi para a sucursal carioca da Veja. Após um ano e meio, aceitou o convite feito pelo então

Editor de Fotografia do Globo, Aníbal Philot, e está lá desde então. Prefere executar pautas que o

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leve a pensar e agir rápido como nos casos do quebra-quebra de ônibus na Av. Rio Branco, a

confusão que se tornou pancadaria no leilão de privatização da Vale do Rio Doce, da quando teve

que cobrir o drama do sequestro do ônibus 174.

Seu estilo é mais factual, o que lhe

rendeu em 2006 os prêmios Rei de Espanha e o Prêmio

ESSO com a fotografia de uma mãe com seu filho nos

braços em plena Av. Rio Branco, no Centro do Rio.

Em termos de linguagem fotográfica,

Marcelo Carnaval produz fotografias de câmara escura,

característico do registro documental que ilustram

exatamente do que se escreve num texto jornalístico. A luz

é natural, as lentes são usadas na aproximação e a escolha

do momento certo é marca registrada de suas fotos. O enquadramento destaca o assunto e não se se

fixa muito em paisagens.

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Recente confronto entre policiais e traficantes no Complexo do Alemão.

Collor, durante seu mandato, num quartel em Recife.

A mãe que ampara o filho morto a tiros. Prêmio ESSO de jornalismo 2006.

A escolha do momento certo dá movimento e dinâmica à imagem.

Presidente Itamar Franco e a modelo sem calcinha que abalou o carnaval nos 90.

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Custódio CoimbraCustódio Coimbra

Custodio Coimbra, 52 anos, é carioca do subúrbio e sua história se confunde com a

fotografia em sua vida. Começou aos 11 anos, num clube de fotografia em Quintino, subúrbio do

Rio, onde morava. Três anos depois, já considerado o mascote da turma, ele herdou uma câmera

Yashica e o laboratório que teve de abandonar quando a família se mudou para o Méier, mas a

paixão pela arte de fotografar acompanhou.

Até definir o assunto que mais lhe agradava, ele clicava tudo o que lhe despertava

interesse, de cenas de violência a casamentos, até conquistar uma vaga como colaborador da

imprensa alternativa da época no Pasquim, Bondinho, Ex e O Repórter, em 1978. Cursou as

faculdades de Belas-Artes (UFRJ, 1972), Música (Instituto Vila-Lobos, 1975) e Estudos Sociais

(IFCS, 1980) e foi um dos idealizadores do movimento Pagode Amarelo, grupo de artistas que

utilizavam os Correios como veículo de distribuição de seus trabalhos, durante o regime militar. Na

área editorial, tem fotos publicas nos livros O Rio sob as lentes de seus fotógrafos, edição da

Prefeitura do Rio de Janeiro; Retratos do Rio de Janeiro, do Centro Cultural Banco do Brasil;

Criança - Veredas da Dignidade, do Banco Interamericano de Desenvolvimento e Prefeitura do Rio

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de Janeiro; Anuário de Subjetividade e Política, do Departamento de Psicologia Social da UFF;

Guardiães Da Ordem, individual; Tons Sobre Tom, sobre a vida e a obra de Tom Jobim, Rio em

Resumo, Rio Botequim e Rio Informa, individuais, edições da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Na época pós ditadura, embarcou nos jornais sindicais, porta que o levou a ser

conhecido pela Grande Imprensa, do tablóide semanal O Repórter, ele foi para a Última Hora, que

então, em 82, já era um diário decadente, com ênfase no noticiário policial. Mas o jornal abria fotos

de página inteira e uma delas chamou a atenção no JB, onde ele ficou de 84 a 89 e posteriormente

iniciou onde trabalha até hoje, o jornal O Globo. Marcaram história suas imagens do caso

Riocentro, da volta dos exilados, da anistia, da campanha das Diretas Já, e de desastres ambientais

como a contaminação por mercúrio que atingiu a cidade de Campos dos Goytacazes, na década de

80. E acidentes que afetam o meio ambiente, foram despertando seu interesse pelas paisagens

naturais, em especial, as paisagens cariocas; Depois de ser coordenador e editor de Fotografia dos

Jornais de Bairros do Globo, de circulação semanal, Custodio passou a cuidar das matérias

especiais produzidas para as edições dominicais. Também já publicou trabalhos em vários livros,

tais como “O Rio sob as lentes de seus fotógrafos”, de

1992, “Tons sobre Tom — A vida e a obra de Tom

Jobim”, de 1996, e “Brasil 500 anos”, em 2000.

A sua linguagem na fotografia, utiliza

os elementos de forma dosada dando um ar de obra de

arte. A luz da madrugada é o momento escolhido em

função do efeito dado pelas luzes para fotografar os

famosos cenários cariocas e pontos turísticos. A cor

imita a realidade

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A arte e denúncia.

A luz da madrugada dá o tom de glamour a baía de Guanabara.

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A vista das pedras da Gávea são o ponto preferido de Coimbra.

A foto preferida, tirada no aniversário do Cristo, em 99.

Pescador na praia de Jurujuba, Niterói, 2005.Silhueta do Cristo, em 99.

Em pleno carnaval a denúncia de maus tratos com o meio ambiente.

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Sebastião SalgadoSebastião Salgado

Mineiro, de Aymorés, Sebastião Ribeiro

Salgado, aos 63 anos é um dos mais respeitados fotógrafos

brasileiros e reconhecido internacionalmente tanto que, foi

nomeado em 3 de abril de 2001 representante especial da

UNICEF e desde então passou a se colocar numa posição de

denúncia, usando suas técnicas e sua artepara mostrar o lado

dos excluídos.

Apesar de ser formado em Economia, pela USP chagando a trabalhar na

Organização Internacional do Café, em 1973, trocou a economia pela fotografia após viajar para a

Africa levando emprestada a câmera fotográfica de sua mulher, Lélia Wanick Salgado. Seu

primeiro livro, Outras Américas, sobre os pobres na América Latina, foi publicado em 1986. Na

seqüência, publicou Sahel: O Homem em Pânico (também publicado em 1986), resultado de uma

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longa colaboração de quinze meses com a ONG Médicos sem Fronteiras cobrindo a seca no Norte

da África. Entre 1986 e 1992, ele concentrou-se na documentação do trabalho manual em todo o

mundo, publicada e exibida sob o nome Trabalhadores, um feito monumental que confirmou sua

reputação como fotodocumentarista de primeira linha. De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para

o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que resultou em Êxodos e Retratos de

Crianças do Êxodo, publicados em 2000 e aclamados internacionalmente.

Na introdução de Êxodos, escreveu: "Mais do que nunca, sinto que a raça humana

é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e

reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram

para melhorar sua sorte, constróem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações

extremas…" Trabalhando inteiramente com fotos em preto e

branco, o respeito de Sebastião Salgado pelo seu objeto de

trabalho e sua determinação em mostrar o significado mais

amplo do que está acontecendo com essas pessoas criou um

conjunto de imagens que testemunham a dignidade fundamental

de toda a humanidade ao mesmo tempo que protestam contra a

violação dessa dignidade por meio da guerra, pobreza e outras

injustiças.

Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem

contribuído generosamente com organizações humanitárias

incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância

(UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os

Refugiados, (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde

(OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia Internacional.Com sua mulher, Lélia Wanick

Salgado, apóia atualmente um projeto de reflorestamento e revitalização comunitária em Minas

Gerais.

Em setembro de 2000, com o apoio

das Nações Unidas e do UNICEF, Sebastião Salgado

montou uma exposição no Escritório das Nações

Unidas em Nova Iorque, com 90 retratos de crianças

desalojadas extraídos de sua obra Retratos de

Crianças do Êxodo. Essas impressionantes

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Série Êxodus.

Limpeza de destilador em Havana Run Club.

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fotografias prestam solene testemunho a 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas

crianças e mulheres, que não têm uma residência fixa. Em outras colaborações com o UNICEF,

Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias fotografias suas para o Movimento

Global pela Criança e para ilustrar um livro da moçambicana Graça Machel, atualizando um

relatório dela de 1996, como Representante Especial das Nações Unidas sobre o Impacto dos

Conflitos Armados sobre as Crianças. Atualmente, em um projeto conjunto do UNICEF e da OMS,

ele está documentando uma campanha mundial para a erradicação da poliomielite.

Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente

todos os principais prêmios de fotografia do mundo como

reconhecimento por seu trabalho. Entre eles:

• Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária.

• Prêmio World Press Photo

• The Maine Photographic Workshop ao melhor livro

foto-documental.

• Eleito membro honorário da Academia Americana

de Artes e Ciência' nos Estados Unidos.

• Prêmio pela publicação do livro Trabalhadores.

• Medalha de prata Art Directors Oub nos Estados

Unidos

Fundou em 1994 a sua própria agência de

notícias, "a Imagens da Amazônia" , que representa o

fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia

Wanick Salgado vivem atualmente em Paris, autora do

projeto gráfico da maioria de seus livros. O casal tem dois

filhos.

Seu estilo se define na sua luta de denúncia, o preto e branco deixam mais

marcantes o sofrimento e dão mais valor a figura humana e seus traços naturais como se pode notar

na foto de uma idosa africana, no alto.

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Trabalhador na serra pelada, coberto de lama de ouro.

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O dia-a-dia dos trabalhadores.

Colheita em Cyangugu, Ruanda. Folhas de chá de alta qualidade.

Ruínas de uma construção..