15
Trabalho de Geografia Juan Carlos Veloso Silva Toledo – 7ª serie 1 ª Revolução Industrial e suas mudanças no mundo

Trabalho de Geografia

Embed Size (px)

Citation preview

Trabalho de Geografia

Juan Carlos Veloso Silva Toledo 7 serie

1 Revoluo Industrial e suas mudanas no mundo

2014Revoluo Industrial

Foi a transio para novos processos demanufaturano perodo entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Esta transformao incluiu a transio de mtodos de produoartesanaispara a produo por mquinas, a fabricao de novos produtos qumicos, novos processos de produo deferro, maior eficincia daenergia da gua, o uso crescente da energia a vapore o desenvolvimento dasmquinas-ferramentas, alm da substituio da madeira e de outrosbiocombustveis pelocarvo. A revoluo teve incio naInglaterrae em poucas dcadas se espalhou para aEuropa Ocidentale osEstados Unidos.A Revoluo Industrial um divisor de guas na histria e quase todos os aspectos da vida cotidiana da poca foram influenciados de alguma forma por esse processo. A populao comeou a experimentar um crescimento sustentado sem precedentes histricos, com uma boa renda mdia. Nas palavras deRobert E. Lucas Jr., ganhador doPrmio Nobel: "Pela primeira vez na histria o padro de vida das pessoas comuns comeou a se submeter a um crescimento sustentado. Nada remotamente parecido com este comportamento econmico mencionado por economistas clssicos, at mesmo como uma possibilidade terica." O incio e a durao da Revoluo Industrial variam de acordo com diferentes historiadores.Eric Hobsbawmconsidera que a revoluo "explodiu" naGr-Bretanhana dcada de 1780 e no foi totalmente percebida at a dcada de 1830 ou de 1840, enquantoT. S. Ashtonconsidera que ela ocorreu aproximadamente entre 1760 e 1830.Alguns historiadores do sculo XX, como John Clapham e Nicholas Crafts, tm argumentado que o processo de mudana econmica e social ocorreu de forma gradual e que o termo "revoluo" equivocado. Este ainda um assunto que est em debate entre os historiadores. OPIB per capitamanteve-se praticamente estvel antes da Revoluo Industrial e do surgimento da economiacapitalistamoderna.A revoluo impulsionou uma era de fortecrescimento econmiconas economias capitalistase existe um consenso entre historiadores econmicos de que o incio da Revoluo Industrial o evento mais importante nahistria da humanidadedesde adomesticaode animais e a agricultura.A Primeira Revoluo Industrial evoluiu para aSegunda Revoluo Industrial, nos anos de transio entre 1840 e 1870, quando o progresso tecnolgico e econmico ganhou fora com a adoo crescente debarcos a vapor, navios,ferrovias, fabricao em larga escala de mquinas e o aumento do uso de fbricas que utilizavam a energia a vapor.

OReino Unidofoi pioneiro no processo daRevoluo Industrialpor diversos fatores: Pela aplicao de umapoltica econmica liberaldesde meados dosculo XVIII. Antes da liberalizao econmica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rgido sistema deguildas, razo pela qual a entrada de novos competidores e a inovao tecnolgica eram muito limitados. Com a liberao da indstria e do comrcio ocorreu um enorme progresso tecnolgico e um grande aumento da produtividade em um curto espao de tempo. O processo de enriquecimento britnico adquiriu maior impulso aps aRevoluo Inglesa, que forneceu ao seucapitalismoa estabilidade que faltava para expandir os investimentos e ampliar os lucros. A Gr-Bretanha firmou vrios acordos comerciais vantajosos com outros pases. Um desses acordos foi oTratado de Methuen, celebrado com a decadncia damonarquiaabsoluta portuguesa, em1703, por meio do qual conseguiu taxas preferenciais para os seus produtos no mercado portugus. A Gr-Bretanha possua grandes reservas deferroe decarvomineral em seu subsolo, principaismatrias-primasutilizadas neste perodo. Dispunham demo-de-obraem abundncia desde aLei dos Cercamentos de Terras, que provocou o xodo rural. Os trabalhadores dirigiram-se para os centros urbanos em busca de trabalho nas manufaturas. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fbricas, adquirir matrias-primas e mquinas e contratar empregados.Para ilustrar a relativa abundncia do capital que existia na Inglaterra, pode se constatar que a taxa de juros no final dosculo XVIIIera de cerca de 5% ao ano; j naChina, onde praticamente no existia progresso econmico, a taxa de juros era de cerca de 30% ao ano.

Coalbrookdale, cidadebritnica considerada um dos beros da Revoluo Industrial.

O motor a vapor

As primeirasmquinas a vaporforam construdas naInglaterradurante o sculo XVIII. Retiravam aguaacumulada nas minas deferroe decarvoe fabricavamtecidos. Graas a essas mquinas, a produo demercadoriasaumentou muito. E oslucrosdos burgueses donos de fbricas cresceram na mesma proporo. Por isso, os empresrios ingleses comearam a investir na instalao deindstrias.As fbricas se espalharam rapidamente pela Inglaterra e provocaram mudanas to profundas que oshistoriadoresatuais chamam aquele perodo de Revoluo Industrial. O modo de vida e a mentalidade de milhes de pessoas se transformaram, numa velocidade espantosa. O mundo novo docapitalismo, da cidade, datecnologiae da mudana incessante triunfou.As mquinas a vapor bombeavam a gua para fora das minas de carvo. Eram to importantes quanto as mquinas que produziam tecidos.As carruagens viajavam a 12 km/h e os cavalos, quando se cansavam, tinham de ser trocados durante o percurso. Um trem da poca alcanava 45 km/h e podia seguir centenas de quilmetros. Assim, a Revoluo Industrial tornou o mundo mais veloz. Como essas mquinas substituam a fora dos cavalos, convencionou-se em medir a potncia desses motores em HP (do inglshorse poweroucavalo-fora).

Omotor a vapordeJames Watt, alimentado principalmente comcarvo, impulsionou a Revoluo Industrial no Reino Unidoe no resto mundo.

A partir da Revoluo Industrial, o volume de produo aumentou extraordinariamente: a produo de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquino faturada; as populaes passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. Asfbricaspassaram a concentrar centenas detrabalhadores, que vendiam a sua fora de trabalhoem troca de umsalrio.Outra das consequncias da Revoluo Industrial foi o rpidocrescimentoeconmico. Antes dela, o progresso econmico era sempre lento (levavam sculos para que arenda per capitaaumentasse sensivelmente), e aps, arenda per capitae apopulaocomearam acrescerde forma acelerada nunca antes vista na histria. Por exemplo, entre1500e1780a populao daInglaterraaumentou de 3,5 milhes para 8,5, j entre 1780 e1880ela saltou para 36 milhes, devido drstica reduo damortalidade infantil.ParaE. P. Thompson, o incremento da populao nesse perodo se sustentou principalmente por uma longa srie de boas colheitas e numa melhora do padro de vida desenvolvido nos primeiros momentos da Revoluo Industrial; com o avano da industrializao na primeira metade do sculo, no entanto, a sade da populao urbana comeou a deteriorar, principalmente devido imensa concentrao populacional nas cidades que sofreria com as epidemias, pssimas condies de habitao, deformaes e estafa causadas pelo trabalho e a alimentao insuficiente e inadequada. A medicina, nesse momento, parece ter sido pouco eficaz no combate a esses problemas.A Revoluo Industrial alterou completamente a maneira de viver das populaes dos pases que seindustrializaram. As cidadesatraram os camponeses eartesos, e se tornaram cada vez maiores e mais importantes. Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande pas, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo.Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam emsubrbiosdecasasvelhas e desconfortveis, com condies horrveis de higiene e salubridade. Conviviam com a falta degua encanada, com osratos, oesgotoformando riachos nas ruas esburacadas.Engelsrealizou um relato impressionantemente detalhado de cada regio da Inglaterra em seu "A Situao da Classe Trabalhadora na Inglaterra". Apesar das especificidades de cada cidade, possvel encontrar diversos aspectos em comum. Em geral, os operrios moravam em cortios de um ou dois andares dispostos em fila, e quase sempre construdos irregularmente. As casas mais sofisticadas, ascottages, pertenciam aos setores superiores do operariado, e possuam at quatro cmodos e cozinha. No entanto, os locais, geralmente, eram extremamente sujos, com ruas no pavimentadas, sem esgotos ou caladas, repletos de detritos humanos e animais e poas lamacentas, que s vezes chegam a cobrir at os joelhos. As habitaes quase sempre no possuam ventilao, e a falta de espaos livres fazia com que a secagem das roupas fosse feita no meio das prprias ruas. O mal cheiro era praticamente insuportvel; os muros dos bairros estavam destrudos, os vidros, inexistentes, as portas das casas eram feitas com pedaos de plantas. As casas no possuam mveis: as mesas e cadeiras, quando existiam, eram feitas com caixas; aquelas se constituem, assim como as fbricas, como domiclios escuros, midos e apertados (algumas delas chegam a ser subterrneas, em condies muito piores do que as similares encontradas no campo). medida que a Revoluo Industrial se desenvolveu, a produo manufatureira britnica saltou frente da de outras grandes economias.O trabalho dooperrioera muito diferente do trabalho do campons: tarefas montonas e repetitivas.A vida na cidade moderna significava mudanas incessantes. A cada instante, surgiam novas mquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.Estudos sobre as variaes na altura mdia dos homens no norte daEuropa, sugerem que o progresso econmico gerado pela industrializao demorou varias dcadas at beneficiar a populao como um todo. Eles indicam que, em mdia, os homens do norte europeu durante o incio da Revoluo Industrial eram 7,6 centmetrosmais baixosque os que viveram 700 anos antes, naAlta Idade Mdia. estranho que a altura mdia dos ingleses tenha cado continuamente durante os anos de1100at o incio da revoluo industrial em 1780, quando a altura mdia comeou a subir. Foi apenas no incio dosculo XXque essas populaes voltaram a ter altura semelhante s registradas entre os sculosIXeXI.A variao da altura mdia de uma populao ao longo do tempo considerada um indicador de sade e bem-estar econmico. Apesar destes dados longo prazo, a afirmao de que a condio de vida dos trabalhadores melhorara polmica, principalmente se considerarmos as condies de moradia e trabalho, que inclusive inclua o trabalho infantil. Do mesmo modo, no se pode dizer que essa possvel melhora da sade e do bem-estar sejam frutos diretos da Revoluo Industrial, tambm envolvendo a consolidao do Estado e dos servios pblicos prestados populao, como o saneamento bsico, bem como a melhora das condies de alimentao.Apesar do evidente desenvolvimento tecnolgico e da relativa melhora de condies de vida, muitas crticas so realizadas ao tipo de produo que passou a ser desenvolvida a partir da Revoluo Industrial -- quela da produo em massa e em benefcio do enriquecimento individual. Alguns desses crticos defendem uma modificao da produo e do consumo de forma a se conquistar umdesenvolvimento sustentvel, afirmando que essa forma de produo danosa ao meio ambiente. Outros, questionam a associao entre a vida urbana e industrializada com uma vida mais saudvel e superior a do campo, denunciando os altos ndices de depresso e suicdio na sociedade contempornea. o caso do filsofoSerge Latouche, que busca romper com a ideologia do "crescimento pelo crescimento" e do desenvolvimento tecnolgico sem reflexo.Na esfera social, o principal desdobramento da Revoluo Industrial foi a transformao nas condies de vida nos pases industriais em relao aos outros pases da poca, havendo uma mudana progressiva das necessidades deconsumoda populao, medida que novas mercadoriasforam sendo produzidas.A Revoluo Industrial alterou profundamente ascondies de vidado trabalhador, provocando inicialmente um intenso deslocamento da populao rural para as cidades, criando enormes concentraes urbanas. A populao deLondrespassou de 800.000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhes em 1880, por exemplo. No incio da Revoluo Industrial, osoperriosviviam em pssimas condies de vida e trabalho. O ambiente das fbricas era insalubre, assim como os cortios onde muitos trabalhadores viviam. Ajornadas de trabalhochegava a 80 horas semanais, e ossalriosvariavam em torno de 2,5 vezes o nvel de subsistncia.Para mulheres e crianas, submetidos ao mesmo nmero de horas e s mesmas condies de trabalho, os salrios eram ainda mais baixos.A produo em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, j que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produo, mas suaprodutividadeficava maior. Como a produtividade do trabalho aumentava ossalrios reaisdos trabalhadores ingleses aumentaram em mais de 300% entre1800at1870.Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrializao, em1860a jornada de trabalho naInglaterraj se reduzia para cerca de 50 horas semanais (10 horas dirias em cinco dias de trabalho por semana).Segundo ateoria marxista, osalriocorresponde ao custo de reproduo dafora de trabalho, ou seja, ao valor mnimo necessrio para que o trabalhador sobreviva. Esse nvel mnimo desubsistnciavaria historicamente. Os trabalhadores, notadamente a partir do sculo XIX, passaram a pressionar os seus patres, reivindicando melhores condies de trabalho, maiores salrios e crescentes redues da jornada de trabalho. Com maiores salrios, o conjunto dos trabalhadores pde tambm elevar o seu nvel deconsumo, tornando possvel aproduoem massadebensde consumo.

ConclusoA Revoluo tornou os mtodos de produo mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preo e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou tambm o nmero de desempregados. As mquinas foram substituindo, aos poucos, a mo-de-obra humana. Apoluio ambiental, o aumento dapoluio sonora, oxodo rurale o crescimento desordenado das cidades tambm foram consequncias nocivas para a sociedade.At os dias de hoje, o desemprego um dos grandes problemas nos pases em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substitudos por mquinas e robs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e mltiplas capacidades. Mesmo nos pases desenvolvidos tem faltado empregos para a populao.

Referncias

http://www.brasilescola.com/geografia/primeira-revolucao-industrial.htm

http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/inglaterra-foi-pioneira-revolucao-industrial-736937.shtml

http://www.suapesquisa.com/industrial/fases_revolucao.htm