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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ELDER SCHULZ VIOLIN FERNANDO RECH Trabalho de Iniciação Científica RELAÇÕES COMERCIAIS BILATERAIS ENTRE BRASIL E CHINA ITAJAÍ 2013

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ELDER SCHULZ VIOLIN

FERNANDO RECH

Trabalho de Iniciação Científica RELAÇÕES COMERCIAIS BILATERAIS

ENTRE BRASIL E CHINA

ITAJAÍ 2013

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ELDER SCHULZ VIOLIN FERNANDO RECH

Trabalho de Iniciação Científica RELAÇÕES COMERCIAIS BILATERAIS

ENTRE BRASIL E CHINA

Trabalho de Iniciação Científica desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Comércio Exterior do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.

Orientador: Prof. MSc. Júlio César Schmitt Neto

ITAJAÍ 2013

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Agradecemos aos nossos familiares e ao nosso orientador Júlio César Schmitt Neto pelo incentivo e suporte a realização deste, e todos aqueles que de forma direta ou indireta colaboraram para a superação deste desafio.

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“O homem persistente procura terminar o que quer que tenha começado”.

Dionísio Catão

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome dos estagiários Elder Schulz Violin Fernando Rech b) Área de estágio Economia Internacional c) Orientador de conteúdo Prof. MSc. Júlio César Schmitt Neto d) Responsável pelo Estágio Prof. MSc. Natalí Nascimento

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RESUMO

Este trabalho apresentou como objetivo central delinear acerca das relações bilaterais entre o Brasil e a China, bem como, mostrar como este intercâmbio comercial é importante para o crescimento e desenvolvimento econômico do mundo, as perspectivas e os benefícios que esta relação comercial traz para ambas as nações. Neste contexto, tanto o Brasil como a China, vem cada vez mais, ampliando suas relações comerciais através de acordos comerciais. Com isso a China vem se destacando como principal parceiro comercial do Brasil, pois o fluxo comercial entre estas potências vem crescendo muito nos últimos anos. Para fundamentar, foram apresentados gráficos e tabelas que mostram os índices de crescimento. O Brasil e China desempenham presentemente um papel fundamental na economia global. Constatou-se assim, que estas perspectivas são profundamente promissoras e que se deve cada vez mais investir nesta relação comercial.

Palavras-chave: Brasil. China. Relações Comerciais.

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LISTAS DE TABELAS

Tabela 1 - Peso demográfico dos países formadores do BRICS........................ 22

Tabela 2 – Evolução do PIB dos BRICS............................................................. 22

Tabela 3 – Intercâmbio Comercial Brasil – China............................................... 35

Tabela 4 – Pauta de exportações Brasil x China 2012 em comparação com

2011..................................................................................................................... 36

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LISTAS DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Formação do PIB dos BRICS e participação mundial (2010) ........... 23

Gráfico 2 – Exportação Brasileira por Fator Agregado........................................ 23

Gráfico 3 – Evolução das exportações brasileiras, por destinos selecionados... 33

Gráfico 4 – Exportações de Minério de Ferro para a China................................ 37

Gráfico 5 – Evolução da oferta do Brasil frente à demanda chinesa por minério

de ferro em 2012................................................................................................. 38

Gráfico 6 – Composição da Pauta de exportações e importações Brasil x

China (Janeiro a Dezembro 2012) ..................................................................... 40

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9

1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 10

1.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 10

1.3 Justificativa da realização do estudo .............................................................. 10

1.4 Aspectos metodológicos ................................................................................. 11

1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados ......................................................... 12

2 COMÉRCIO INTERNACIONAL ......................................................................... 13

2.1 Comércio Internacional ................................................................................... 13

2.2 Evolução Histórica do Comércio Internacional ............................................... 14

2.3 Globalização ................................................................................................... 15

2.4 Barreiras ao Comércio Internacional .............................................................. 16

2.5 Integração ....................................................................................................... 18

2.6 Organização Mundial do Comércio – OMC .................................................... 19

2.7 Conceitos Básicos a Respeito do Comércio Internacional ............................. 20

2.8 O Brasil no Cenário Internacional ................................................................... 21

3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO BRASIL E DA CHINA .................................. 25

3.1 Características gerais do Brasil ...................................................................... 25

3.2 Características gerais da China ...................................................................... 26

4 BILATERALIDADE ENTRE BRASIL E CHINA ................................................... 29

4.1 O Início e a Evolução da parceria entre Brasil e China .................................. 29

4.2 O Comércio entre Brasil e China .................................................................... 32

4.3 Expectativas das relações comerciais entre Brasil e China ............................ 42

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 46

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ...................................................................... 53

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1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa apresenta como eixo central o aprofundamento acerca do

comércio bilateral entre Brasil e China e por assim ser, optou por uma revisão

bibliográfica como caminho metodológico.

O intuito desta pesquisa vem a ser, verificar quais os resultados positivos e

negativos provenientes da reabertura de Relações Diplomáticas do Brasil com a

China e pretende também, demonstrar os benefícios do comércio bilateral entre

estas duas potências.

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial aponta a

necessidade de uma agenda que comece pela integração microeconômica entre os

países e, a partir dela, se caminhe para uma integração macroeconômica mais

ambiciosa.

Analisando a situação do Brasil no cenário internacional após a reabertura

de Relações Diplomáticas com a China no ano de 1974, levando em consideração

aumento nas exportações de alguns produtos em especial os agropecuários e queda

em outros, o avanço tecnológico, aumento de competitividade interna com entrada

de produtos chineses que possuem menor preço, dentre outros, fundamental é

saber como reagir.

A diversificação da relação entre Brasil e China é a base do memorando que

foi assinado pela presidente Dilma Rousseff e o presidente chinês, Hu Jintao, no ano

de 2001, após uma reunião no Palácio do Povo, em Pequim.

Através desta experiência de quase quarenta anos de mercado aberto com a

China, esta pesquisa pretende demonstrar a importância de uma economia aberta

produzindo ganhos de escala e permitindo o acesso a novos fatores de produção

focando na necessidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento, para que

o Brasil consiga acompanhar o mercado internacional.

O presente trabalho encontra-se estruturado da seguinte maneira: o Capítulo

1 apresenta a introdução, compreendendo os objetivos, a justificativa e os aspectos

metodológicos utilizados na realização do estudo. O capítulo 2 trata do comércio

internacional, sua evolução histórica, as barreiras que enfrenta, alguns conceitos

básicos, trata também, sobre a globalização, a integração, e sobre a Organização

Mundial do Comércio – OMC. O capítulo 3 exibe as características gerais do Brasil e

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da China, como demografia, economia, idioma falado, clima e sistema de governo.

Já o Capítulo 4 expõe acerca da bilateralidade entre o Brasil e a China, como se deu

o início e evolução desta parceria, o comércio entre estes dois países, bem como as

expectativas das relações comerciais entre ambos.

Por fim, tem-se as considerações finais sobre o trabalho e as referências

utilizadas.

1.1 Objetivo geral

Tem-se como objetivo geral desta pesquisa, resgatar a evolução histórica do

comércio entre Brasil e China, seus benefícios e perspectivas futuras.

1.2 Objetivos específicos

• Elencar dados acerca da Bilateralidade entre Brasil e China;

• Ponderar quais os resultados positivos e ou negativos provenientes da

reabertura de Relações Diplomáticas do Brasil com a China;

• Salientar os índices de desenvolvimento destes dois países.

1.3 Justificativa da realização do estudo

O assunto em tela, vem cada vez mais ganhando força, devido a sua

importância pois, países emergentes como a China, apresentam elevadas taxas de

crescimento e de oportunidades para o desenvolvimento de negócios, assim

atraindo cada vez mais empresas, inclusive brasileiras, gerando desta forma, maior

diversidade de oferta e consequentemente, maior competitividade.

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Com esta união, ambos os países envolvidos serão beneficiados, pois,

assim surgirão novas empresas tanto na China como no Brasil, o que acarretará em

uma diminuição no déficit empregatício, pois ocorrerá grande aquecimento

econômico, e assim, em consequência, serão geradas novas vagas de emprego.

Este trabalho é importante para a Universidade do Vale do Itajaí (Univali),

bem como para todos os acadêmicos do curso de Comércio Exterior, para que

possam se informar melhor sobre as excelentes oportunidades que este assunto traz

e para que de certa forma, sirva de incentivo.

Para os acadêmicos, foi fundamental para trazer maior conhecimento sobre

a relevância do assunto, sendo ele do grau de importância que é para o

desenvolvimento do país, por se tratar de um tema que vem cada vez mais

ganhando força na mídia.

1.4 Aspectos metodológicos

A aplicação do método qualitativo de pesquisa foi predominante no trabalho,

objetivando fazer uma análise de informações e dados. Conforme Roesch, (1996, p.

145), “[...] argumenta-se que pesquisa qualitativa e seus métodos de coleta e análise

de dados são apropriados para uma fase exploratória da pesquisa.”.

Como forma de pesquisa, utilizou-se a bibliográfica, Marconi e Lakatos

(2001, p. 43-44) afirmam que a pesquisa bibliográfica “trata-se do levantamento de

toda a bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas em

imprensa escrita (documentos eletrônicos).” Os autores enfatizam que “sua

finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito

sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo

na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações.”.

Da mesma forma, como segue a linha de Silva e Menezes (2001, p. 21) “a

pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, constituído

principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material

disponibilizado na Internet.”.

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Esta pesquisa teve como fins a abordagem descritiva. “As pesquisas

descritivas tem como objetivo primordial a descrição das características de

determinada população ou fenômeno, ou então, o estabelecimento de relações entre

variáveis.” (GIL, 2002, p. 42).

1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados

A fonte de dados utilizada neste trabalho de iniciação científica, foi a

secundária, na qual se utiliza dados que ja foram produzidos em outros trabalhos,

dados estes adaptados confome a interpretação dos pesquisadores.

Foi utilizada a pesquisa bibliográfica, fontes de coleta de dados, livros, sites,

órgãos governamentais e demais materiais relacionados com o tema em questão.

Os materiais foram também expostos nesta pesquisa através de tabelas,

gráficos, para facilitar o entendimento.

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2 COMÉRCIO INTERNACIONAL

Neste capítulo serão tratados temas como comércio internacional, sua

evolução história, como os blocos econômicos fazem parte da evolução do

comércio, será tratado também sobre a globalização, e a integração, justificando

assim, este trabalho de iniciação científica.

2.1 Comércio Internacional

Existem entendimentos a respeito do comércio internacional, de que este

não passaria de uma prorrogação do comércio interno, onde para a apreciação, se

utilizariam os mesmos métodos e critérios que se usam para elucidar o comércio

interno, ou seja, tanto um como o outro apresentam inúmeras semelhanças.

Segundo Ratti (2001, p. 339) “ambos encontram-se alicerçados nos desejos e nas

necessidades humanas e têm, como objetivo primordial, o atendimento dessas

necessidades e desejos.”.

Outra característica surge quando se examina os agentes que originam os

dois tipos de comércio.

[...]impossibilidade de uma região ou país produzir vantajosamente todos os bens e serviços de que tenham necessidade os seus habitantes. Isto é decorrência de fatores diversos, dentro dos quais podem ser destacados: a desigualdade, distribuição geográfica dos recursos naturais, as diferenças de clima e de solo e as diferenças de técnicas de produção. (RATTI, 2001, p. 339)

Isto gera uma troca, ou seja, o que um país não produz, o outro o faz, ou

porque não possui matéria prima, ou até mesmo mão de obra para este fim,

considera-se também as condições de clima. O que se deve levar em consideração

também, é a oscilação que isto causa do valor das mercadorias, e como

consequência, a competitividade que se acaba gerando.

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Segundo Killough (1960:3-10 apud RATTI 2001, p. 341).

Podemos afirmar que as diferenças entre o comércio interno e o comércio internacional são devidas principalmente a: variações no grau de mobilidade dos fatores de produção, natureza de mercado, existência de barreiras aduaneiras a outras restrições, longas distâncias, variações de ordem monetária e variações de ordem legal.

Ou seja, estes dois tipos de comércio, tanto um como outro fundam-se na

troca de bens e serviços, envolvendo assim, compradores e vendedores, o que gera

um benefício para os dois lados.

2.2 Evolução Histórica do Comércio Internacional

O comércio sempre esteve presente na história, desde a antiguidade até os

dias atuais, é claro que de uma forma diferente, e mais precária, que aos poucos foi

evoluindo. O objetivo fundamental era a troca de mercadorias de uma região para a

outra, assim foi evoluindo e esta troca não passou a ser apenas de uma região para

a outra e sim de um país para o outro, de um continente para outro, ultrapassando

assim, os limites e as fronteiras e dando-se início a uma nova era comercial.

O comércio internacional passou por várias fases, ao entendimento de Silber

(2006, p. 1) “O Comércio Internacional começou a ganhar as características

modernas a partir da Revolução Industrial e efetiva-se pela gradual abertura das

economias nacionais às transações comerciais internacionais.”.

Também é uma grande fonte de entrada de divisas, e constitui na grande

maioria das nações, parte significativa em seu Produto Interno Bruto.

[…] o comércio internacional é uma disciplina da teoria econômica, que, juntamente com o estudo do sistema financeiro internacional, forma a disciplina da economia internacional. A troca, nos dias atuais, ultrapassou as fronteiras, tornando-se o Comércio Internacional. O economista Venicius Dias de Oliveira define Comércio Internacional como uma via de duas mãos.

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Isso porque as vendas são representadas pelas exportações e as compras pelas importações. (MAIA, 2000, p. 26)

A partir dos anos 90, houve a criação do Mercado Comum do Sul -

MERCOSUL, que se deu com assinatura do Tratado de Assunção, entre os

governos do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, com a finalidade de ter um

comércio mais amplo e regionalizado.

Um grande marco que também foi importante na história foi quando surgiu a

Organização Mundial do Comércio - OMC, que também entrou em funcionamento no

ano de 1995, com o objetivo de assegurar a competição entre os países que faziam

parte do grupo, tinha também como objetivo, permitir o acesso de empresas ao

mercado externo.

Nos dias atuais, o Brasil está conseguindo ganhar destaque por ter um

grande potencial e crescimento econômico. Está cada vez mais procurando

aumentar a sua influência. Sendo assim, com a globalização, vários países estão

tendo a oportunidade de negociarem uns com os outros, através de acordos,

tratados, organizações, cada vez mais estão negociando diversos tipos de

mercadorias e serviços, a fim de objetivar maior crescimento e desenvolvimento.

2.3 Globalização

A globalização pode ser entendida como um processo recente, se dá pela

integração de empresas, pessoas e também governos de países diferentes possui

como finalidade diminuir as distâncias e aproximar relações ocasionando assim,

mudanças positivas para a sociedade, e também facilitar as negociações. Para

Vieira (2005, p. 72):

É normalmente associada a processos econômicos, como a circulação de capitais, a ampliação dos mercados ou a integração produtiva em escala mundial. Mas descreve também fenômenos da esfera social, como a criação e expansão de instituições supranacionais, a universalização de padrões

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culturais e o equacionamento de questões concernentes à totalidade do planeta.

Para tornarem-se mais competitivas, as economias formam blocos

comerciais, assim ganham força para enfrentar a nova realidade, para se fortalecer e

sobreviver aos concorrentes.

Globalização é um processo de integração mundial que está ocorrendo há pelo menos duas décadas nos setores de comunicação, economia, finanças e comércio. Por sua velocidade e amplitude, esse fenômeno já afetou indivíduos, empresas e nações, pois altera os fundamentos sobre os quais se organizou a economia mundial nos últimos 50 anos. (LUDOVICO, 2009, p. 4)

Alguns doutrinadores acreditam que a Globalização se deu após o término

da Primeira Guerra Mundial e o início da Segunda Guerra Mundial, pois os países

envolvidos no conflito estavam derrubados social e financeiramente. Com o fim da

Segunda Guerra Mundial, houve uma evolução no comércio internacional, o que

acabou elevando a importância da globalização e também alavancando o

crescimento da economia mundial.

Nota-se que empresas de todo o mundo estão buscando cada vez mais

tecnologias e profissionais qualificados para acompanhar as tendências mundiais e

garantir seu espaço entre a concorrência no comércio internacional que passou a ser

um assunto importante para um mercado econômico globalizado, criando assim a

integração entre empresas e países.

2.4 Barreiras ao Comércio Internacional

Apesar de ser importante e necessário, o Comércio Internacional encontra

diversos obstáculos, como por exemplo, o problema da diferença entre as moedas

correntes de cada país, o idioma, as unidades de medidas que podem ser

diferentes. Além disso, há o problema da legislação com regras diferentes na maioria

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dos países. Os esquemas protecionistas também são considerados obstáculos para

o comércio internacional, como os subsídios, as taxas múltiplas de câmbio, e as

licenças de importação e exportação. Os subsídios acontecem, em alguns casos,

onde o governo oferta benefícios para a produção de determinados produtos com o

objetivo que elas se tornem competitivas em valores com as produzidas no exterior.

No caso deste subsídio ser destinado ao mercado externo, poderá ocorrer um

dumping, onde se comercializa produtos normalmente abaixo do preço de custo de

produção.

Outras vezes o subsídio é para produção de mercadorias destinadas ao consumo interno, porque, sem esse auxílio, a produção nacional não poderia competir com a produção estrangeira. Isso onera o bolso do consumidor nacional que paga os subsídios por meio de impostos. (MAIA 1999, p. 131)

Sobre as barreiras alfandegárias:

O crescimento demográfico exige a criação de novos empregos. Para satisfazer esse problema, os governos estimulam a implantação de novas indústrias, muitas vezes sem condições de competitividade. Para mantê-las, torna-se necessário criar barreiras alfandegárias. Se essas barreiras forem temporárias e estabelecidas mediante um cronograma, com tarifas decrescentes, as indústrias locais são obrigadas a se modernizar e poderão enfrentar a concorrência externa. Se essas barreiras forem permanentes, as indústrias locais se acomodarão e continuarão a produzir artigos caros e ruins. (MAIA 1999, p. 131)

Quanto as taxas múltiplas de câmbio, acontecem quando o governo

intervém no mercado e fixa uma igualdade para a moeda que é fora da realidade.

Assim, por medo de aumento de inflação e preços de produtos importados, o

governo mantém a moeda valorizada, tornando tudo o que vem do exterior abaixo

do custo normal. Com isso o governo acaba criando duas ou até mais taxas de

câmbio para conseguir controlar a importação.

Para Labatut, (1994, p. 119) “Se o governo estabelece preços diferentes

pelas moedas estrangeiras, conforme a finalidade de sua aplicação, o sistema é

chamado “taxas de câmbio múltiplas”.”.

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As licenças de importação e exportação são uma ferramenta para o governo

controlar as entradas e saídas de divisas.

O governo designa um órgão que estuda suas necessidades e autoriza a importação dos artigos essenciais, de acordo com as disponibilidades cambiais. Como há escassez de divisas, também é necessário controlar a exportação, para que o governo tenha certeza de que toda receita de divisas foi entregue ao país”. (MAIA 1999, p. 133)

Para resolver esse problema seria necessária a implantação de um sistema

de taxas livres, porém aceleraria o processo inflacionário devido ao encarecimento

das importações.

Contudo, pode-se dizer que os obstáculos ao comércio internacional,

encarecem a produção, e acabam por assim, prejudicando a qualidade de vida da

população.

2.5 Integração

A integração é um processo de união entre países, com um propósito

estritamente econômico e visa o desenvolvimento dos países envolvidos começando

a ganhar força a partir da necessidade de criação de grupos que comercializam

entre si.

A questão que precisa ser considerada é como identificar e aproveitar as

oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais

integrada. Esta internacionalização faz com que as empresas procurem desenvolver

um trabalho em parceria com outras, facilitando assim a entrada de seus produtos

no mercado externo.

Com a rápida integração comercial dos países, associar-se a empresas estrangeiras tem sido uma maneira de conquistar mercados. Nem sempre uma empresa consegue penetrar com seus produtos em outros países, a

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não ser tendo um parceiro comercial que poderá obter um ganho maior do que simplesmente importar e vender (LUDOVICO, 2009, p. 21).

Para que esta parceria internacional seja realizada, tem que ser feito um

estudo criterioso que aborda a situação econômica, as vantagens e desvantagens,

para evitar que haja surpresas futuras vindo a gerar prejuízos, mas esta integração

pode ter diferentes configurações e formatos que são nomeados conforme seu tipo

de estratégia, podendo ser exemplificado como: a) Área ou Zona de Preferência

Tarifária; b) Área ou Zona de Livre Comércio; c) União Aduaneira; d) Mercado

Comum; e) União Econômica.

2.6 Organização Mundial do Comércio – OMC

Conforme dados da OMC, a fundação da Organização Mundial do Comércio

- OMC, teve uma grande importância na ordem internacional. A OMC foi

estabelecida em 01 de janeiro de 1995, tendo sua sede em Genebra, na Suíça e

atualmente possui 153 países membros e é a única organização internacional global

que organiza e determina as regras de comércio internacional. Atualmente é a

organização que detém a maioria dos países do mundo em sua Organização e tem

um forte poder dentre eles conforme afirma Cignacco (2009). Teve origem com o

Acordo de Tarifas e Comércio - GATT, o qual foi o único instrumento multilateral a

tratar do comércio internacional do ano de 1956 até o ano de 1970, onde foi

estabelecida a OMC.

Tem como funções gerenciar os acordos que compõem o sistema

multilateral de comércio, servir de fórum para comércio nacional (firmar acordos

internacionais), e supervisionar a adoção e implementação de acordos pelos

membros da organização.

Seu principal objetivo é maximizar o comércio, investimentos e oportunidades de desenvolvimento dos países em via de desenvolvimento e assisti-los nos seus esforços de integrar-se à economia mundial nas áreas

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financeiras, tecnológicas, e de investimentos e desenvolvimento sustentado. (KEEDI, 2005, p. 35)

Portanto os participantes do comércio internacional poderão contar com

estes órgãos para melhor desenvolver suas atividades, tendo a certeza que não

estarão desamparados ou abandonados à própria sorte, melhorando assim o próprio

desempenho facilitando assim atingir seus objetivos.

2.7 Conceitos Básicos a Respeito do Comércio Internacional

Tem-se alguns conceitos básicos que são importantes e utilizados no

comércio internacional como, Exportação:

[...] vem a ser a remessa de bens de um país para outro. Em sentido amplo poderá compreender, além dos bens propriamente ditos, também os serviços ligados a essa exportação (fretes, seguros, serviços bancários, etc.). (RATTI 2001, p. 348)

Ou seja, entende-se por exportação a saída de bens e serviços de um país

para outro. A exportação varia de um país para outro, isto é, de acordo com a sua

tecnologia e produção.

Já a importação se define pela entrada de produtos, isto de um país para

outro, este procedimento precisa da nacionalização do produto, que faz-se de

acordo com procedimentos burocráticos de cada país de destino, ligados a receita

ou a alfândega, ocorre durante o descarregamento, que pode ocorrer por via aérea,

marítima, rodoviária ou ferroviária.

A respeito da reexportação tem-se:

[...] a entrada de mercadorias em um determinado país, produzidas em outro, com a finalidade de serem, posteriormente, vendidas ao exterior, com ou sem transformação. Assim, a reexportação poderá compreender

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produtos não transformados, produtos semitransformados e produtos acabados. (RATTI 2001, p. 350)

Reimportação é quando um produto que foi importado, recebe

transformação no país de destino, e posteriormente, retorna ao seu país de origem.

Relação de troca também é conhecida como termos de intercâmbio ou

relações de intercâmbio, é relacionado com o valor em que um país vende seus

produtos e os valores que precisa pagar pelas suas importações.

2.8 O Brasil no Cenário Internacional

O Brasil destaca-se como líder da América Latina, tendo São Paulo como

seu principal centro econômico. Segundo a Câmara de Comércio Brasil-China –

CCBC, ao desenvolver com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –

EMBRAPA, uma tecnologia agrícola de alta produtividade, tornou-se um dos maiores

produtores/exportadores de commodities do mundo.

Destaca-se ainda, nas exportações de aeronaves, equipamentos elétricos,

automóveis, álcool, têxteis, calçados, minério de ferro, aço, café, suco de laranja e

carne. Seus nichos de importações são os de máquinas, produtos químicos,

equipamentos de transportes e elétricos, eletrônicos, petróleo e peças automotivas.

O Brasil faz parte de um grupo de países intitulado de BRICS que traz em

seu bojo as consoantes iniciais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Tabela 1 – Peso demográfico dos países formadores do BRICS.

País Nº Habitantes % Mundial

Brasil 192 3,2

Rússia 142 2,3

Índia 1140 19

China 1326 22,1

África do Sul 48 0,8

Total BRICS 2848 47,4 Fonte: Elaboração própria com dados retirados do IPEA/2013

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Conforme demonstrado na Tabela 1, os BRICS tem 47,4% da população

mundial, sendo um grupo de imensa importância no cenário econômico e comercial.

Baumann et al (2010, p. 3), relata que “o Brasil teve um desempenho baixo

comparativamente a outros BRICS.”.

Tabela 2 – Evolução do PIB dos BRICS Taxa Média Anual de Crescimento do PIB

País 1990-1994 1995-1999 2000-2008 1990-2008 Brasil 2,7 1,4 4,1 3,0 Rússia -10,3 -0,4 7,7 0,7 Índia 4,5 6,3 8,7 6,4 China 12,6 8,7 11,7 10,3

África do Sul 4,2 -2,3 11,7 6,0 Fonte: Elaboração própria com dados do World Development Indicators - WDI

Na Tabela 2 pode-se verificar as médias de crescimento econômico de cada

nação integrante do BRICS, nota-se que o Brasil não acompanha a evolução de

outros países emergentes, mas que contudo, mantém um desenvolvimento sólido.

Na mesma linha de entendimento destes pesquisadores, tem-se um

desenvolvimento “[...] acumulado do período entre 1990 e 2008 e o ritmo de

crescimento da Índia foi mais de duas vezes e o da China mais de três vezes

superior ao crescimento brasileiro.”. (BAUMANN ET AL, 2010, p. 3)

Gráfico 1 – Formação do PIB dos BRICS e participação mundial (2010)

Fonte: BRICS Policy Center

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Mesmo sem apresentar crescimento expressivo nos últimos anos, o Brasil

ainda assim representa uma boa fatia do PIB do grupo e também um grande

percentual do PIB mundial, conforme demonstrado no Gráfico 1.

O Brasil segue em crescimento, porém conforme dados do Gráfico 2, cresce

a preocupação quanto aos produtos exportados, quanto a ausência de tecnologia e

valor agregado as mercadorias.

Gráfico 2 - Exportação Brasileira por Fator Agregado

Fonte: O Globo (2012).

As exportações são compostas tipicamente por produtos básicos e ao invés

de uma reversão desse quadro, o Brasil apresenta uma piora no quadro. Isso, na

concepção de Neto (2012, p. 37) “[...]amplia a fragilidade econômica do Brasil, pois o

principal produto exportado pela economia nacional é de baixa tecnologia, ou seja,

de fácil substituição e sofre com a burla da lei do valor.”.

No âmbito geral, excepcionalmente no ano de 2009, decorrente do

acirramento da crise econômica, internacional, as exportações prosperaram,

confirmando, segundo Neto (2012, p. 38) “que apesar do crescimento global da

economia brasileira as commodities são cada vez mais o principal produto de

exportação.”. Isto pode ser devidamente compreendido a partir da leitura do Gráfico

2.

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24

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3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO BRASIL E DA CHINA

Neste capítulo será tratado sobre as características culturais, econômicos,

geográficos e sociais do Brasil e da China.

3.1 Características gerais do Brasil

O Brasil está localizado no centro-leste da América do Sul, sendo

considerado um verdadeiro país-continente. Sua área territorial o coloca entre os

maiores países em extensão territorial, colocado assim, em quinto lugar. Sua área é

de 8,5 milhões km². Hoje, dos treze países que formam a América do Sul, os únicos

países sul-americanos que não fazem fronteira com o Brasil são o Chile e Equador.

(BRASIL, 2011).

É cortado pela linha do Equador, onde apenas 7% está localizado no

hemisfério norte e o restante no hemisfério sul. (COLÉGIO WEB, 2012).

Conforme dados do United Nations Statistics Division – UNSD, em

dezembro de 2012, o Brasil possuía 198 milhões de habitantes, sendo o quinto país

mais populoso do mundo.

Segundo o IBGE, a densidade demográfica média é de 22,43 habitantes por

quilômetro quadrado e a taxa de urbanização no país é de 84,4%.

O Brasil possui extensão territorial, sendo que o fato das fronteiras citado

acima, é de suma importância, pois, a tendência é a formação de blocos comerciais

entre países próximos, o que facilita o processo de importação e exportação.

Aqui existem diversos tipos de clima, bem como, o tropical, equatorial, e

subtropical. Devido ao clima predominante úmido há a grande incidência de rios

torrenciais com grande abundancia de água, há também a predominância de foz, e

as variações fluviais das bacias hidrográficas dominam o tipo pluvial. Devido a essa

imensa abundância de água, excerto no sertão nordestino, o Brasil se encontra

praticamente imune a falta de água. (BRASIL ESCOLA, 2012)

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No Brasil a religião predominante é o cristianismo, onde o catolicismo é a

religião que predomina na maior parte da população. O português é a língua oficial,

com exceção das línguas indígenas faladas por pequenos grupos em algumas

reservas.

A economia brasileira é bem desenvolvida na área da agricultura, ou seja, na

produção de café, soja, arroz, carne, cana-de-açúcar, cacau, entre outros, isto

graças a vantagem da extensão territorial, que além de permitir que o Brasil seja

bem desenvolvido na agricultura, permite mais possibilidades de recursos animais,

vegetais e minerais.

Também é desenvolvido na indústria, onde se destaca na produção de

têxteis, calçados, produtos químicos, cimento, ferro, aço, dentre outros, e por fim no

setor de comércio e serviços, que cita-se as comunicações, transporte, serviços

culturais, etc. (BRASIL, 2011).

O sistema de governo do Brasil é uma República Federativa

Presidencialista, é composta por 26 Estados e um Distrito Federal, tendo Brasília

como sede de governo e capital. O poder é divido entre Executivo, Legislativo e

Judiciário.

3.2 Características gerais da China

A China é localizada no leste da Ásia, é conhecida como República Popular

da China, é considerada uma das civilizações mais antigas do mundo. Passou por

diversas mudanças sociais, econômicas e culturais até chegar no que é hoje.

Apresenta uma cultura peculiar, devido a sua filosofia, escritas e sua

organização política. Sua língua oficial é o mandarim. É uma República Comunista.

É o país mais populoso do mundo e uma das nações que mais cresce. O

número estimado da população chinesa atualmente é de 1,353 bilhões de

habitantes. (UNSD, 2012).

Historicamente, a China é considerada uma sociedade abalizada no setor

rural, porém existe um fenômeno que se deve ao rápido crescimento econômico e a

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industrialização que levaram milhões de pessoas às cidades nas últimas três

décadas.

No ano de 1990, a população urbana chinesa era da ordem de 26% e no

ano de 2000 era de 36%, esta tendência vem acelerando cada vez mais, sendo que

no final do ano de 2011, de acordo com o Centro de Pesquisas sobre

Desenvolvimento e a População da China, pela primeira vez a população urbana

superou a rural, 51% da população está morando em zonas urbanas. (G1, 2012).

É considerada o terceiro maior país do mundo, pois seu território se encontra

localizado ao leste do continente asiático, sua área corresponde a 9.561.000 km².

(BRASIL, 2011).

Possui uma grande variedade de paisagens, sendo planaltos e montanhas a

oeste e terras de menor altitude a leste, apresenta também diversos tipos de clima,

no qual se destacam: de Montanha: a sudoeste, ocasionado pela cordilheira do

Himalaia; Continental Árido: na região central e abrangendo a maior parte do

território do país, o que explica a baixa densidade demográfica e o pouco

desenvolvimento urbano dessa região; Subtropical: a sudeste; Temperado

Continental: a região nordeste, onde há cerca de 70% da concentração populacional

do país. (WIKIPÉDIA, 2013).

A China é dividida em vinte e três províncias, cinco regiões autônomas,

quatro cidades administrativas e duas zonas administrativas. É um país autônomo,

possui leis e governo próprio, tem como sistema o Político República

Parlamentarista. (BRASIL ESCOLA, 2013)

Pode-se encontrar no território chinês inúmeras tradições religiosas, bem

como o confucionismo, o taoísmo, e o budismo.

Quanto à economia, possui a segunda maior economia do mundo, ficando

atrás somente dos Estados Unidos, os dois principais setores tem sido o da

agricultura e o da indústria, produzem mais de 60% do PIB chinês. (WIKIPÉDIA,

2013a).

Devido aos investimentos do Estado em ciência e tecnologia, ao longo dos

últimos anos a produtividade das terras chinesas cresceram muito.

Na agricultura se destaca a produção de arroz, trigo, batata doce, milho,

algodão, legumes e verduras, etc., também equinos, bovinos, búfalos, suínos, dentre

outros. O setor da indústria é marcado por minérios, ferro, aço, alumínio, carvão, e

muito mais. (SUA PESQUISA, 2013)

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Graças a essa evolução econômica, a China não somente tirou milhares de

pessoas da pobreza bem como, centralizou seus objetivos no comércio Exterior, na

educação, na reforma agrária, o que resultou na importância para o mercado global.

A China hoje é um dos países que mais cresce no mundo em todos os

contextos, econômico, industrial e financeiro, tornando-se assim, uma potência

mundial.

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4 BILATERALIDADE ENTRE BRASIL E CHINA

Este capítulo versa sobre as relações comerciais entre o Brasil e a China,

destacando também, o início e a evolução da parceria, e as expectativas inerentes

aos dois países.

4.1 O Início e a Evolução da parceria entre Brasil e China

Os primeiros contatos entre Brasil e China se deram no final do século XIX,

onde o Brasil, para atender a demanda principalmente cafeeira, tinha a intenção de

trazer mão de obra da China. Segundo Altemani apud Villela (2004), houve um

obstáculo, o governo chinês se recusou a dispor desta mão de obra, pois, no Brasil

ainda existia resquícios de mão de obra escrava, o que causava, uma má impressão

da China em relação ao Brasil.

Durante um grande período a relação entre as duas nações, foi apenas

diplomática, ou seja, com reduzido volume de negociações comerciais, isto

principalmente devido à grande distância geográfica entre os dois países.

De acordo com o ex-presidente chinês Jiang Zemin (2002, p. 504), “[...]

China e Brasil, apesar de serem geograficamente tão distantes, são unidos

estreitamente pelo objetivo idêntico de vitalizar a economia nacional, elevar o nível

de vida do povo e salvaguardar a paz e a estabilidade do mundo.”.

No ano de 1961, segundo Villela (2004), através de uma missão comercial a

Pequim, o vice-presidente da época João Goulart, deu os primeiros passos para o

sucesso do governo brasileiro no processo de aproximação com a China, o qual

retrocede em 1964 face o Golpe Militar no Brasil, onde chineses que estavam no

Brasil em missão comercial acabaram sendo presos pelos militares.

Ainda de acordo com Villela (2004, p. 3) no ano de 1974, o então “presidente

Ernesto Geisel reata relações diplomáticas com a China, lançando as bases para um

convívio bilateral de sucesso que veio a se formar e a se consolidar nas décadas

posteriores.”.

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Em continuidade, do ano de 1974 até os dias atuais, o relacionamento

comercial sino-brasileiro se desenvolve e aprofunda e do ano de 1974 até o início

dos anos 90, o fluxo de comércio bilateral aumentou gradativamente e de forma

cautelosa.

Como pontua Oliveira (2002), foi na década de 90 que se processa uma

aproximação mais intensa entre Brasil e China, após a abertura econômica brasileira

e a maior inserção chinesa.

Foi a partir daí, que o comercio entre o Brasil e a China começou a ser

considerado bem sucedido, logo, começou a demonstrar valores expressivos,

evidenciando assim, como é importante este intercâmbio comercial, bem como, as

possibilidades futuras de expansão tendo em vista o potencial de crescimento de

cada país e seu mercado consumidor.

Segundo Villela (2004), Jiang Zemin, então presidente da China, visitou o

Brasil nos anos de 1993 e 2001, ao passo que por parte do Brasil, o então

Presidente Fernando Henrique Cardoso, visitou a China no ano de 1995, no ano de

2003 o Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando

Furlan, acompanhado de alguns empresários, visita a China.

No ano de 2004, o empossado Presidente Luís Inácio Lula da Silva,

juntamente com alguns políticos e empresários foram à China para tornar mais

simplificado o entendimento entre as duas nações. Com tal atitude, ambos países

foram favorecidos, e o Brasil recebeu, em forma de retribuição, uma visita no mesmo

ano do Presidente Hu Jintao.

As relações políticas transcorreram a partir de então de maneira satisfatória

e atingiram elevado nível de qualidade que fica claro mediante as várias visitas do

alto escalão de ambos os governos.

A despeito das diferenças referentes aos sistemas políticos, Oliveira (2010)

descreve que, por demonstrarem similaridades em alguns princípios da política

externa, há por ambas as nações a determinação de assegurar a autonomia

internacional, bem como a soberania nacional e a integridade territorial.

Assim, conforme Hao Su (2009, p. 37), “as parcerias firmadas pela China

compartilham algumas características essenciais”, a saber: as relações amplas entre

os parceiros, não se restringindo a relações militares; a resolução dos conflitos entre

os parceiros por meio da consulta e do diálogo; o não alinhamento por motivo de

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prevenção contra um terceiro Estado; e a ajuda mútua a fim de obter boas relações

com terceiros.

Medeiros (2009, p. 82) defende que, “para a China, a parceria estratégica

tem um significado diferente da conotação ocidental do termo” uma vez que, para o

autor, “elas não são tratadas como alianças quase-militares, envolvendo cooperação

extensiva em assuntos militares e de segurança, como implica o termo ‘estratégico’”.

(Tradução nossa).

Para este autor, no âmbito da política externa chinesa, uma parceria é

estratégica, por duas razões, a saber: ela é abrangente - incluindo todos os aspectos

das relações bilaterais (por exemplo, econômico, cultural, político e de segurança),

ambos os países concordam em estabelecer um compromisso de longo prazo para

as relações bilaterais, em que os problemas bilaterais são avaliados nesse contexto

e, sobretudo, de modo que as tensões ocasionais não os atrapalhem.

Ambos os países adotaram, segundo Villela (2004), quase sempre as

mesmas decisões e posicionavam da mesma forma nos Fóruns Multilaterais,

adotando a estratégia de ampla cooperação, defendendo assim o ponto de vista e

os interesses do mundo em desenvolvimento.

O início desta parceria se deve também, ao progresso das reformas

econômicas na China, o que abriu espaço para uma maior entrada e a adaptação

desse país para a economia internacional.

No que tange as analogias entre Brasil e China, Fujita (2003, p. 66) relata

que “[...]são dois países continentes, são dois países de economias complexas e

com grandes oportunidades, também grandes desafios e grandes problemas.”.

O estabelecimento de parcerias permite que uma nação aumente o

relacionamento com seus parceiros em um segmento especifico ou geral conforme

desejado.

Com isso, se pode dizer, com o histórico deste relacionamento bilateral, que

estes dois polos continuarão cada vez mais, apertando seus laços, pois há um

entendimento recíproco de que esta parceria fortalece suas economias diante do

mercado internacional.

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4.2 O Comércio entre Brasil e China

O Brasil está participando ativamente como emergente neste intercâmbio

comercial, que é de suma importância para o seu desenvolvimento e crescimento,

estabelecendo assim, inúmeras alianças políticas e comerciais que visam o

fortalecimento do seu papel econômico e político.

Já a China, vem se firmando como potência mundial, com uma taxa nominal

de câmbio que se mantém fixa em relação ao dólar e um mercado interno em

expansão singular.

Após a abertura econômica brasileira, o crescimento presente se tornou

mais intenso, evidenciando a importância e a possibilidade de novas expansões de

intercâmbio comercial entre brasileiros e chineses, conforme evidenciado na Figura

1 de evolução das exportações brasileiras para o país em estudo. Contribuiu para

tanto a abertura econômica do Brasil e o avanço das reformas econômicas na China.

Figura 1: Evolução das exportações brasileiras, por destinos selecionados. US$

Fonte: MDIC

Conforme demonstrado na Figura 1, a participação da China nas

exportações brasileiras, partiu praticamente da estagnação para principal parceiro no

curto período de 1990 a 2012.

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33

Gráfico 3: Evolução das exportações brasileiras, por destinos selecionados. US$

Fonte: MDIC

Fica mais fácil esta observação no Gráfico 3, onde a China ultrapassa todos

os principais parceiros comerciais do Brasil, chegando próximo ao montante total da

União Européia.

Segundo o economista do Banco Nacional de Desenvolvimento Social -

BNDES, Fernando Pimentel Puga, os países se complementam em diversos setores

como o de siderurgia e de alimentos.

O grande motor do crescimento na China é o investimento em infraestrutura. Neste momento, o Brasil é um parceiro de importância crucial pois somos fornecedores de minério de ferro. Somos fornecedores importantes para a construção e para todo setor de infraestrutura. (AGÊNCIA BRASIL, 2011, p.1)

Complementa também, que a questão alimentar é essencial, pois a China

tem poucas terras e pouca tecnologia para a agricultura e o Brasil produz em

abundância, o que favorece um dos principais pontos da exportação de produtos

brasileiros. (AGÊNCIA BRASIL, 2011)

A necessidade da China por matérias-primas é uma das razões por trás

deste crescimento, pois tem impulsionado os preços das commodities e impulsionou

a demanda pelos principais produtos de exportação brasileira, incluindo soja e

petróleo, minério de ferro, celulose e papel usado.

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Com exceção ao período equivalente entre os anos de 1996 a 2000,

destaca-se uma positividade na balança comercial fato este que gerou nos chineses

uma onda de protestos e críticas referentes ao déficit comercial exigindo, assim, que

o Brasil abra seus mercados e compre mais da China.

Afinal, se o Brasil deseja comprar da China, a mesma também deseja que

seu mercado se expanda e por assim o ser, Liu (2004, p. 96) afirma que “o Comércio

Bilateral é uma via de duas mãos. Para que as coisas deem certo, os dois países

têm que ser beneficiados e ceder um pouco também”. Liu (2004) explana que o

Brasil, além de querer crescer sua base de exportação para a China, também deve

crescer sua base de importação, tendo em vista o interesse dos chineses em

exportar para o mercado brasileiro e abrir mercado para seus produtos.

Como resultado disso tem-se o aumento das importações brasileiras de

produtos manufaturados chineses. O comércio do Brasil com a China cresceu trinta

e duas vezes no volume total entre os anos de 2000 e 2012 e a partir do ano de

2009 o país asiático tinha se tornado principal parceiro comercial do Brasil.

Segundo Amorim (2010) devido à chegada tardia dos produtos brasileiros na

China, as exportações direcionadas a esse país acaba por ser diferente do padrão

dos demais comércios direcionados a outros países e que o aumento explosivo das

exportações para a China, desde 2000, reflete a busca chinesa por produtos de

base, destacando os setores energéticos, metalúrgicos, infraestrutura e alimentício

como responsáveis por essa impulsão.

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TABELA 3 – Intercâmbio Comercial Brasil - China

A n o US$ F.O.B. Var. % Part. % US$ F.O.B. Var. % Part. % SaldoCorrente Comércio

Cobertura

(A) (**) (B) (*) (**) (A-B) (A+B) (A/B)

2000 1.085.301.597 60,51 1,97 1.222.098.317 41,25 2,19 -136.796.720 2.307.399.914 0,89

2001 1.902.122.203 75,26 3,26 1.328.389.311 8,7 2,39 573.732.892 3.230.511.514 1,43

2002 2.520.978.671 32,54 4,17 1.553.993.640 16,98 3,29 966.985.031 4.074.972.311 1,62

2003 4.533.363.162 79,83 6,19 2.147.801.000 38,21 4,44 2.385.562.162 6.681.164.162 2,11

2004 5.441.405.712 20,03 5,63 3.710.477.153 72,76 5,91 1.730.928.559 9.151.882.865 1,47

2005 6.834.996.980 25,61 5,77 5.354.519.361 44,31 7,28 1.480.477.619 12.189.516.341 1,28

2006 8.402.368.827 22,93 6,1 7.990.448.434 49,23 8,75 411.920.393 16.392.817.261 1,05

2007 10.748.813.792 27,93 6,69 12.621.273.347 57,95 10,46 -1.872.459.555 23.370.087.139 0,85

2008 16.522.652.160 53,72 8,35 20.044.460.592 58,81 11,59 -3.521.808.432 36.567.112.752 0,82

2009 21.003.886.286 27,12 13,73 15.911.133.748 -20,62 12,46 5.092.752.538 36.915.020.034 1,32

2010 30.785.906.442 46,57 15,25 25.595.419.005 60,86 14,08 5.190.487.437 56.381.325.447 1,2

2011 44.314.595.336 43,94 17,31 32.790.418.216 28,11 14,49 11.524.177.120 77.105.013.552 1,35

2012 41.227.540.253 -6,97 17 34.248.498.759 4,45 15,35 6.979.041.494 75.476.039.012 1,2

(**) PART. % => Participação percentual sobre o Total Geral do Brasil

IMPORTAÇÃO => Base ALICE - Dez/12, País de Origem. Dados definitivos até Dez/96. Dados preliminares para os meses seguintes

EXPORTAÇÃO => Base ALICE - Dez/12, País de Destino Final.

INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL – CHINA

E x p o r t a ç ã o I m p o r t a ç ã o R e s u l t a d o s

US$ F.0.B.

(*) VAR % => CRITÉRIO DE CÁLCULO: Anual = Sobre o ano anterior na mesma proporção mensal / Mensal = Sobre o mês anterior.

FONTE: Alice Web/MDIC

Tem-se então, uma China com gigantesca necessidades de produtos

primários e um Brasil sedento por tecnologia, como pode ser verificado na Tabela 3

a evolução do intercâmbio comercial entre estes países.

No que tange a produtos comercializados via exportação, Villela (2004, p. 6)

cita como “principais produtos exportados para a China nos últimos quatro anos a

soja (óleo, farelo e soja em grão), minério de ferro, laminados e semimanufaturados

de ferro e aço, automóveis, peças e acessórios para tratores e veículos, couro,

madeiras, celulose e papéis.”.

A China, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado de

São Paulo – FIESP (2013, p. 1) “[...]foi o principal parceiro comercial do Brasil em

2012[...]” com uma “[...]corrente de comércio sino-brasileira[...]” fechando o “[...]ano

no valor de US$ 75,5 bilhões, uma redução de 2,1% em bases anuais[...]”.

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Ainda segundo dados da FIESP (2013, p. 1) “[...]apesar desta contração, o

país asiático manteve o posto de maior destino das exportações brasileiras e

substituiu os EUA como principal origem das importações do Brasil”.

No ano de 2012, as commodities continuam no topo das exportações para a

China, sendo o minério de ferro, soja, petróleo e seus derivados os que representam

os maiores valores transacionais, conforme Tabela 4.

Tabela 4 – Pauta de exportações Brasil x China 2012 em comparação com 2011.

Fonte: MDIC 2013

Como se vê na Tabela 4, o minério de ferro liderou as exportações para a

China no ano de 2012, seguido da soja em grãos e do petróleo e derivados.

Campos Mello (2011, p. 6) aduz que em acordo a “Secretaria de Comércio

Exterior (Secex), a exportação brasileira por fator agregado distribui-se em 54,9% na

comercialização de produtos primários, 21% em bens semimanufaturados e 24,1%

nos manufaturados.”.

Já Oliveira (2010) comenta que as exportações do Brasil, no início dos anos

90 e mesmo até hoje, vão se concentrar em poucos produtos basicamente, minérios,

para a siderurgia chinesa, e soja. Ainda segundo o autor, apesar de ter havido uma

ampliação no leque de produtos comercializados nos últimos anos, o que representa

o maior volume de exportações continua sendo a soja e os minérios.

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Tusco (2010) relata que pelo fato de o Brasil não estar preparado para

atender a emergência econômica da China, constitui-se em uma das causas e

motivo da grande maioria das exportações brasileiras destinadas à China serem de

produtos básicos.

As exportações brasileiras para a China, ainda no ano de 2012, conforme

destaca o Conselho Empresarial Brasil-China - CEBC (2013, p. 1) “somaram US$

41,23 bilhões, apresentando um decréscimo de 7%, com relação ao ano de 2011 e a

redução no ritmo de crescimento pode ser explicada pela queda nas exportações,

em US$, de minério de ferro (-24,6%)”.

Ainda segundo a CEBC (2013, p. 1) “por outro lado, produtos como soja

(10%), óleo de soja (21%) e aeronaves (42%) apresentaram acentuado crescimento

em 2012”.

Gráfico 4 - Exportações de Minério de Ferro para a China - US$ (milhões)

Fonte: MDIC

Nos estudos apontados pela CEBC (2013) o ano de 2012 marcou a primeira

queda registrada, em 10 anos, no volume de exportações, em US$, de minério de

ferro para a China, conforme pode ser verificado no Gráfico 4.

Esta pode ser explicada pela dinâmica variação no preço da commodity em 2012, que começou o ano sendo negociada a US$ 136, chegou a um valor, em setembro, de US$ 99 e apresentou recuperação no último trimestre, fechando o ano com média de US$ 128 para o mês de dezembro. (CEBC, 2013, p. 1).

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Não obstante, torna-se primordial ressaltar que o volume exportado, em Ton.

(mil), apresentou crescimento de 3% em comparação com 2011, o que faz emergir a

recuperação ocorrida nas exportações no último trimestre de 2012.

Gráfico 5 - Evolução da oferta do Brasil frente à demanda chinesa por minério de ferro em 2012. Fonte: MDIC Elaboração: CEBC

Com aumento no volume e aliado a recuperação do preço da commodity,

este cenário no último trimestre, proporciona boas expectativas para o ano de 2013,

conforme ressalta o Gráfico 5.

O Brasil busca, além de commodities, mercados compradores para suas

tecnologias e produtos de valor agregado, levando a investimentos e acordos

bilaterais. Para o Brasil, ainda há expectativas positivas, de acordo com Furlan e

Felsberg (2005, p. 15) “[...]em relação a parcerias para desenvolvimento de software

voltado ao sistema bancário chinês, que possui sérias deficiências.”. Segundo o

autor, tendo em vista que China possui certo atraso tecnológico no campo, onde o

Brasil é altamente desenvolvido e competitivo, há considerável potencial para

comércio de máquinas e equipamentos brasileiros voltados a agricultura e

agropecuária.

Furlan e Felsberg (2005, p. 17) ainda inferem que “em novembro de 2004 o

governo brasileiro e chinês assinaram um Memorando de Entendimento para

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impulsionar a cooperação em setores industriais e, assim, promover os

investimentos e comércios.”.

A cooperação tecno-científica é estratégica e reforça os laços entre

brasileiros e chineses.

Desde os anos 80, o Brasil e a China desenvolvem o programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite) com recursos e tecnologia próprios. Esse programa objetiva produzir satélites de sensoriamento remoto para a observação de recursos terrestres (áreas ambientais, urbanas e agrícolas). O primeiro satélite foi lançado com sucesso em 1999, sendo que o lançamento de mais três já está previsto. O CBERS, por ser considerada uma iniciativa bem sucedida tanto por brasileiros como pelos chineses, levou a um aprofundamento na cooperação tecno-científica. (VILLELA, 2004, p. 4)

Fujita (2003, p. 67) reporta que “o êxito do empreendimento conjunto sino-

brasileiro foi saudado em ambos os países como uma demonstração eloquente das

virtualidades da cooperação horizontal”.

Fujita (2003) ressalta ainda, que o programa CBERS constituiu um símbolo

da parceria estratégica bilateral, após implementado em meio a muitos sacrifícios,

decorrentes de dificuldades tanto técnicas quanto orçamentárias.

Villela (2004) traduz que a produção de tecnologia é um ponto-chave para o

crescimento econômico e para a superação do atraso dos países em

desenvolvimento. A tecnologia dá a oportunidade a estes países de agregarem valor

à sua produção, lembrando que o subdesenvolvimento caracteriza-se, dentre outros

fatores, pela dependência tecnológica.

A China adotou uma estratégia para o seu desenvolvimento tecnológico que se divide em duas frentes: investir pesadamente em ciência e tecnologia; transferência de tecnologia via joint ventures. Investir em ciência e tecnologia significa destinar recursos para e melhorar a educação. O governo chinês destina vultuosas somas de dinheiro para centros e institutos de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico que, em sua maioria, estão voltados para as operações do mercado: o conhecimento que produzem é absorvido pelas empresas que concebem um novo bem ou aperfeiçoam outro já existente, ou, ainda, que otimizam os seus processos produtivos. (VILLELLA 2004, p. 15).

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Enquanto o governo chinês implementa uma série de políticas de promoção

da indústria de alta tecnologia, institutos de pesquisa mais científicos, especializados

no desenvolvimento de tecnologia agora são voltados para operações de economia

de mercado.

Gráfico 6 - Composição da Pauta de exportações e importações Brasil x China (Janeiro a Dezembro

2012). Fonte: AliceWeb/MDIC

Conforme nota-se no Gráfico 6, existe gigantesca disparidade na

composição de carteiras de importação e exportação nesta parceria. Existem

diversas oportunidades de se ampliar a exportação de produtos de valor agregado,

como é o caso dos eletrônicos, computadores, programas e serviços, tendo também

a chance de ampliar o intercâmbio de tecnologias em áreas não exploradas por falta

de conhecimentos aprofundados e mão de obra qualificada.

Em reunião realizada em maio de 2012, entre o Ministro da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, e o secretário do Comitê do

Partido Comunista da China, Hu Chunhua, o governo chinês demonstrou que

pretende investir em pesquisas, enviando pesquisadores ao Brasil para acompanhar

os estudos desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -

Embrapa. Esta mesma empresa tem planos de instalar um laboratório virtual, o

Labex, em Beijing. A missão do Labex será de fazer pesquisas estratégicas, articular

programas de cooperação com grupos chineses e monitorar estudos em áreas como

recursos genéticos vegetais, melhoramento e biologia avançada. O governo também

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possui intenção de estabelecer abertura de mercado para pescados e frutas, carnes

suínas e de frango, dentre outros. (BRASIL, 2012)

De acordo com Castilho (2007, p. 2), “[...]os acordos bilaterais trazem em

seu âmago, o fato que um país está mais bem preparado que o outro em

determinado setor para que ambos possam se beneficiar do conhecimento

desenvolvido.”.

Sendo assim, o autor destaca que “[...]os setores considerados em perigo

devem receber uma atenção especial das autoridades para que possam ser

favorecidos com a aliança que está sendo consolidada.”.

Um lócus importante para se avaliar em que medida o comércio com a China traz benefícios ou ameaças é o mercado de trabalho, visto que aí estão sendo gerados empregos em decorrência do aumento das exportações para aquele mercado, ao mesmo tempo que postos de trabalhos são potencialmente ‘ameaçados’ pela entrada dos produtos chineses. (CASTILHO, 2007, p. 2)

Neste mesmo sentido, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Sr.

Virgílio Almeida, afirma que as duas nações possuem características

complementares no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC. “No

Brasil ainda é preciso fortalecer e ampliar a indústria de componentes,

semicondutores e dispositivos, visando diminuir o déficit na balança comercial e

aumentar o número de empregos qualificados e tecnologias nesta área.”. (BRASIL,

2011).

Em contrapartida, como a China possui uma indústria avançada no setor,

pode colaborar em termos comerciais com o Brasil por meio de investimentos e

transferência tecnológica. (BRASIL, 2011).

Por outro lado, o Brasil tem um mercado de eletrônicos e computadores

muito rico e importante, é desenvolvido na área de softwares e serviços, e com

maior abertura, pode ampliar atividades neste setor com exportações para a China.

(BRASIL, 2011).

Ademais a China possui excelência em várias áreas da tecnologia da

informação e será muito importante para o Brasil treinar seus jovens em

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universidade chinesas, não só por essa excelência, mas também pelo papel que a

China tem no século 21. (BRASIL, 2011).

Com isso, pode-se ressaltar que os mercados do Brasil e da China podem

ser ainda muito explorados, esta parceria é e continuará sendo muito proveitosa,

devendo ser reforçada e estimulada, para que assim, aumente cada vez mais o

intercâmbio comercial entre a sétima e a segunda maior economia mundial.

4.3 Expectativas das relações comerciais entre Brasil e China

As expectativas que podem advir desta relação, entre Brasil e China, são

exclusivamente positivas, pois as duas nações visam um ganho mútuo, o incremento

da relação de cooperação comercial, política e social é uma ação mútua de grande

importância entre os países. As duas potências possuem fatores de sobra para fazer

esta relação ser frutífera para ambas as partes. A China é uma grande consumidora

de alimentos, petróleo e ferro, já o Brasil, é sedento por tecnologia.

O fortalecimento dos vínculos comerciais entre Brasil e China vem

aumentando ao longo dos anos. Porém, há um desequilíbrio do comércio bilateral

entre estas duas potências. Em busca de melhorar o giro entre estes dois países, a

presidente Dilma, esteve na China, aonde foram assinados vários acordos

econômicos. Dentre eles estão os seguintes atos, que foram detalhados pelo

Itamaraty: (BRASIL, 2011a): Cooperação Militar; Qualidade industrial e supervisão

de produtos; Bambu e desenvolvimento sustentável; Controle de enchentes e

combate à seca; Pesquisa e inovação em nanotecnologia; Cooperação esportiva;

Instituto de ensino.

Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior - MDIC, mostra que a China ultrapassou os Estados Unidos como o principal

parceiro comercial do Brasil. A corrente de comércio Brasil-China, no mês de abril de

2009, somou US$ 3,2 bilhões, enquanto que com os Estados Unidos foi de US$ 2,8

bilhões. (BRASIL, 2009).

Em 2012, mesmo com medidas protecionistas do governo brasileiro para

impedir a entrada de produtos chineses, devido a ameaça a indústria nacional, a

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China se tornou o principal exportador de produtos ao Brasil. No primeiro trimestre

do ano o país teve 15,5% de participação no total importado pelo Brasil, passando à

frente dos EUA com 14,6%. (O GLOBO, 2012)

O Brasil hoje é visto em alguns círculos como país em processo de

desenvolvimento econômico. A China em 2012 manteve bom crescimento em seu

PIB, 7,8%, enquanto o Brasil teve seu menor índice desde 2009, 0,9%. Somente o

tempo dirá se o crescimento elevado no Brasil retornará, mas hoje Brasil e China

estão, juntamente com os outros BRICS, entre as economias de mais rápido

crescimento global e a diferença entre eles e as economias industriais deverá se

estreitar ainda mais.

A coordenação política entre eles também se amplia, cresce também o

número de acordos bilaterais assinados por estes países, entre eles e com os

vizinhos regionais.

O Brasil é um importante e crescente parceiro comercial para a China,

porque é rico em recursos naturais e a China precisa destes recursos. Mantendo-se

as taxas de crescimento e urbanização, os chineses necessitarão cada vez mais dos

produtos agrícolas brasileiros.

Segundo o informe governamental, a população urbana chinesa deve atingir

o patamar de 800 milhões de pessoas no ano de 2020. Para o especialista em

demografia da Universidade de Nankai, Li Jianmin, “A urbanização é um processo

irreversível.”, e complementa que “Nos próximos vinte anos, a população urbana

chegará a 75% da população total [...]”. (G1, 2012).

Este êxodo terá consequências inevitáveis, exigindo grande demanda de

investimentos, seja em transporte, infraestruturas básicas, bem como, tratamento de

água, saneamento, segurança, educação.

Nesse viandar, ambos, Brasil e China, pretendem alcançar “formas de

atender suas necessidades internas promovendo crescimento de suas indústrias

nacionais, e, portanto, estão propensos a promover condições em que ambos os

lados possam obter lucros”. (SILVA, 2010, p. 19).

Na verdade, China e Brasil se constituem em dois pilares fundamentais e a

China é uma importante parceira comercial para o Brasil. Segundo projeções do

HSBC (2013), a China será o destino de 30% das exportações brasileiras no ano de

2030.

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Neste ano, as exportações e as importações da China subiram mais do que

o esperado, segundo a Administração de Alfândega, as exportações da China

subiram 14,7% em abril, enquanto as importações aumentaram 16,8%, deixando o

país com um superávit comercial de US$ 18,16 bilhões para o mês. A expectativa do

mercado era de uma alta de 10,3% nas exportações, aumento de 13,9% nas

importações e superávit comercial de US$ 15,1 bilhões. Em relação ao mês anterior,

as exportações subiram 2,7%, enquanto as importações caíram 7,7%. (REUTERS,

2013)

Conforme estudos da prestadora mundial de serviços de Audit, Tax e

Advisory KPMG, até o ano de 2018, haverá um aumento de investimentos no

BRICS, o que garantirá ao bloco até 50% de participação no mercado automotivo, o

Brasil aparece somente em 4° lugar em relação à expectativa de investimentos nos

BRICS. A expectativa de crescimento expressivo dos mercados nos BRICS e em

outros países emergentes é apontada como tendência predominante de

investimentos. Assim, estima-se que até 2018 os BRICS serão responsáveis pelas

vendas de 41% a 50% de veículos novos globalmente. (KPMG, 2013)

A China é claramente a escolha prioritária para investimentos das

montadoras internacionais, seguida pela Índia e, um pouco mais atrás nas

intenções, Rússia, em terceiro, e Brasil, na última posição entre os cinco países do

bloco. (BRASIL, 2013)

Charles Krieck, sócio líder da prática de Indústria Automotiva da KPMG no

Brasil, complementa que:

Apesar de todas as incertezas que têm mexido com o mercado automotivo mundial, o Brasil continua mostrando sua força. Tivemos agora em 2012 um novo recorde de vendas, claro que estimulado por uma política de incentivos fiscais que foi determinante para manter o segmento aquecido. O que importa, de fato, é que o Brasil possui um mercado com grande potencial de expansão de consumo, e grandes montadoras de todo o mundo, além daquelas que já estavam por aqui, têm enxergado essa oportunidade e investido no País, inclusive em novas plantas. (BRASIL, 2013, p. 1)

De acordo com o levantamento, não somente espera-se que os BRICS

experimentem um aumento nas vendas de veículos, mas as montadoras desses

países projetam ampliar exportações para novos mercados nos próximos cinco

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anos, com as maiores oportunidades de crescimento estando no Leste Europeu e

Sudeste Asiático.

Nesse viandar, ambos, Brasil e China, pretendem alcançar “formas de

atender suas necessidades internas promovendo crescimento de suas indústrias

nacionais, e, portanto, estão propensos a promover condições em que ambos os

lados possam obter lucros”. (SILVA, 2010, p. 19).

No século XXI, o desafio maior destes países será a redução das

desigualdades através da elevação da capacidade de consumo e da qualidade de

vida populacional, com melhor distribuição de renda nacional.

Com isso, se observa que o mercado brasileiro possui um grande potencial

em diversos fatores, e o que se percebe também, é que cada vez mais está tendo

um comprometimento do governo para aumentar este intercâmbio comercial entre

estes dois polos.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A China é um grande investidor internacional e o destino de fluxo de

pessoas e negócios. Tem alavancado seu desenvolvimento nas áreas de educação,

pesquisa e tecnologia. Milhões de chineses têm alcançado a prosperidade. O país

tem proporcionado o surgimento de grandes empresas transnacionais, novos

bilionários e cidades figurando na lista das mais ricas do mundo.

Brasil e China têm muitos benefícios com o incremento das exportações e

importações entre duas economias que são complementares em vários setores

como o de siderurgia e de alimentos.

Desde 2005, a China emprestou, cerca de US$ 75 bilhões para países

latino-americanos, principalmente por meio do Banco de Desenvolvimento Chinês.

Só em 2010 os créditos chineses totalizaram US$ 37 bilhões - mais do que o

total aplicado na região pelo Banco Mundial, o Banco Inter-Americano de

Desenvolvimento e o EximBank dos Estados Unidos juntos.

A maior parte desses recursos costuma ser condicionada à contratação de

construtoras chinesas e se destina a obras de infraestrutura. O risco é que os

chineses podem exigir exportações de petróleo e outros recursos naturais - como no

caso de algumas linhas de crédito para a Venezuela, em troca dos empréstimos.

Entre as obras financiadas por capital chinês estão hidrelétricas no Equador

e poços de exploração de petróleo em Cuba. Os mecanismos de Intercâmbio

Parlamentar Brasil-China consubstanciam-se em importante ação para estimular e

acelerar a implementação dos próximos acordos a serem celebrados entre os dois

países.

O mecanismo permitirá que os parlamentos discutam temas setoriais,

aperfeiçoem o funcionamento dos Legislativos de cada país a partir da experiência

vivida pela nação parceira identificando e ajustando legislações convergentes.

A primeira reunião oficial do Mecanismo Bilateral ocorreu em 08 de junho de

2012, no Grande Salão do Povo, sede da Assembleia Popular Nacional, Pequim.

Um dos primeiros temas de interesse do Brasil refere-se ao legado das Olimpíadas.

Nesta reunião foi defendida a união entre os dois países para enfrentar a

crise econômica mundial em prol da necessidade de intensificar as relações diretas

sino-brasileiras, também na ONU, na OMC e com os demais integrantes dos BRICS

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(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para ampliar a defesa dos interesses

dos países em desenvolvimento no cenário mundial. Esse acordo tem importância

estratégica para essa união.

No encontro foi discutido que o governo chinês, a partir do mecanismo

bilateral, incentivará investimentos de empresas chinesas no Brasil, principalmente

nas áreas de alta tecnologia, infraestrutura como trens de alta velocidade, portos e

energia, bem como incrementar relações culturais, na educação, saúde, turismo e

esporte.

A China é, desde 2009, o principal destino da exportação brasileira. Em

2012, as exportações para a China responderam por 17% do total. A China se

tornou o maior investidor estrangeiro na economia brasileira, superando os Estados

Unidos como o principal parceiro comercial do Brasil, com uma troca que em 2011

alcançou 77,1 bilhões de dólares, com um superávit de 11,5 bilhões a favor do

Brasil.

Há no Brasil necessidade de receber investimentos em infraestrutura,

energia e transporte, e a China, com o aumento do poder de consumo de seu povo,

oferece novas oportunidades.

A tendência agora é que o superávit que mantínhamos com a China, por

conta da grande exportação de commodities, fique cada vez menor. No ano de

2012, o Brasil exportou 7% a menos do que em 2011. A principal causa é por conta

da baixa demanda de países da Europa e da Argentina. No acumulado do ano de

2012, o saldo da balança comercial entre os dois países ficou positivo em US$ 6,979

bilhões, 39% menos que no ano de 2011.

Apesar dos avanços nas relações sino-brasileiras, especialmente durante a

primeira década do século XXI, diversos pontos frágeis subsistiram na condução das

relações bilaterais, levantando reflexões por parte de estudiosos e atores

diretamente envolvidos nestas relações.

Há ainda as atitudes chinesas, via práticas de escalada tarifária em

determinados setores, como o da soja, estabelecimento de restrições sanitárias

injustificadas, como no caso do frango, preferência dada a parceiros da região via

integração de cadeias produtivas na Ásia, benefícios governamentais dados a

empresas chinesas, gerando concorrência desleal.

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Neste ano de 2012, o resultado das relações comerciais entre Brasil e China

atingiu US$ 75,5 bilhões o que representou 16,21% do resultado do Comércio

Exterior Brasileiro.

Não restam dúvidas que o crescimento chinês propiciou a abertura de

diversos negócios para o mercado sul-americano, sobretudo o brasileiro,

principalmente nas áreas de energia, minérios e produtos agropecuários. Em 2009, a

China foi o principal destino para as exportações brasileiras e o principal investidor

do Brasil.

É certo que as relações comerciais sino-brasileiras dependerão, não apenas

de conjunturas econômicas favoráveis, mas sobre tudo de boas escolhas técnicas e

políticas. O Brasil terá como grande desafio os entraves estruturais internos,

fundamentais para que assuma uma atitude muito mais ativa em relação à China.

A partir do início da segunda década do novo século, a China se tornou um

parceiro imprescindível para o Brasil. Cabe saber se, nos próximos anos, Brasil e

China serão capazes de transformar a parceria estratégica em instrumento gerador

de benefícios mútuos, baseado na ampla reciprocidade.

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REFERÊNCIAS

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Nome dos estagiários Fernando Rech

Elder Schulz Violin

Orientador de conteúdo Prof. Júlio César Schmitt Neto

Responsável pelo Estágio Prof. Natalí Nascimento