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COLÉGIO MARIA IMACULADA DR. PIERO ROVERSI VIDAS SECAS (GRACILIANO RAMOS) Naara Fatel Seixas nº13 Débora Regina Destro nº03

Trabalho de português - Vidas Secas 1

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COLÉGIO MARIA IMACULADA DR. PIERO ROVERSI

VIDAS SECAS(GRACILIANO RAMOS)

Naara Fatel Seixas nº13

Débora Regina Destro nº03

SÃO PAULO

AGOSTO, 2010

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Índice

Capítulo 1 – Mudanças.

Capítulo 2 – Fabiano.

Capítulo 3 – Cadeia.

Capítulo 4 – Sinhá Vitória.

Capítulo 5 – O Menino Mais Novo.

Capítulo 6 – O Menino Mais Velho.

Capítulo 7 – Inverno

Capítulo 8 – Festa.

Capítulo 9 – Baleia.

Capítulo 10 – Contas

Capítulo 11 – O Soldado Amarelo

Capítulo 12 – O Mundo coberto de Penas

Capítulo 13 – Fuga

Enredo.

Narrador.

Espaço.

Personagens.

Abstract.

Questões de vestibulares.

Bibliografia.

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RESUMO DA OBRA

1. Mudança

Esse capítulo de abertura conta sobre uma família de quatro pessoas e uma cachorrinha que

estão se retirando da seca do sertão nordestino.

O menino mais velho cansado de andar sem parar se deita no chão, o que causa irritação em

seu pai Fabiano, que fica lhe cutucando com uma faca para tentar fazer o menino se levantar,

o que não adianta então Fabiano o pega no colo e continua a caminhada. Eles são o tempo

inteiro acompanhados pela cachorra Baleia, assim como o papagaio que foi morto para servir

de refeição para a família, ele era estranho, não falava muito.

Depois de muito andar e errar os caminhos eles acabam encontrando uma fazendo

abandonada, logo eles tem a idéia de ficar por ali, Baleia aparece com um rato entre os dentes,

causando deixando a família contente por ter comida, Fabiano consegue água no bebedouro

dos animais o que o deixa contente, pois parecia que as coisas melhorariam para sua família.

Fabiano sai a caça, quer ser o dono da fazenda e dar uma ida melhor a sua família.

2. Fabiano  

Fabiano sai a caça de uma raposa, mas não consegue nada, mas fica orgulhoso por vencer as

dificuldades. O dono da fazenda retorna a ela e reclama a posse dela, mas tudo se resolve com

Fabiano trabalhando como vaqueiro. A situação era triste e Fabiano novamente e se sente

como um animal, não falava muito só admirava e tentava imitar as falas do pessoal da cidade.

Fabiano se irrita com o filho após uma pergunta que ele lhe faz e pensa que perguntas são

desnecessárias e decide que irá falar com Sinhá Vitória.

Ele pensou em como o patrão lhe trata como um traste, em como Sinhá Vitória queria uma

cama como a de Tomás da bolandeira, pensou que eles não poderiam ter esse luxo. Ficou

confuso pensando se era um forte ou um fraco, homem ou bicho. Lembrou dos meninos e

achou que quando a vida melhorasse eles poderiam se dar ao luxo de pensar, mas naquele

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momento o importante era sobreviver, enquanto isso falaria com Sinhá Vitória sobre a criação

dos meninos.

3. Cadeia

Fabiano vai à venda comprar mantimentos, querosene e um corte de chita vermelha.

Aborrecido com o preço e qualidade dos produtos ele resolve ir beber um pouco no bar de seu

Inácio, enquanto está no bar é convidado, pelo Soldado Amarelo, para um jogo de cartas, após

perder o soldado provoca Fabiano durante uma partida o que acaba sendo desastroso porque

ele perdeu dinheiro e não levaria de volta as compras. Fabiano pensava em como enganar

Sinhá Vitória, mas não conseguia.

O soldado fica encarando Fabiano, não o deixa passar e pisa em seu pé. Fabiano agüenta os

indultos até o máximo possível, mas acaba xingando a mãe do soldado que o humilha e lhe

põe na cadeia.

Durante o tempo que ficou na cadeia, ficou pensando por que havia acontecido tudo aquilo

com ele. Não tinha feito nada, se quisesse poderia até bater no soldado amarelo, mas tinha

ficado quieto. Durante suas indagações, ficou calmo, nervoso e disse ser inocente. Ficou de

conversa com um bêbado e uma prostituta de outra cela. Pensou na família. Se não fosse

Sinhá Vitória e as crianças, já teria feito uma besteira. Não deixaria um soldado como aquele

o humilhar tanto. Fez planos de vingança, gritou com os outros presos e sentiu como se sua

família fosse um peso que ele tinha que carregar.

4. Sinhá Vitória

Depois de mais uma noite mal dormida na cama de varas, Sinhá Vitória acordou brava e

decidiu que falaria de novo com Fabiano sobre, ela queria uma cama como a de seu Tomás da

bolandeira. Havia um tempo que discutia com Fabiano o fato de querer ter uma cama decente,

em uma das discussões, o marido lhe disse que ela ficava ridícula com seus sapatos de verniz,

parecendo um papagaio, ao dizer isso a magoou.

Agora, ela se irritava com o ronco de Fabiano ao lembrar-se de suas palavras. Fazia suas

tarefas prestava atenção no que acontecia lá fora e quase se esqueceu de pôr água na comida

lembrando-se da comparação feita pelo marido. Com isso lhe veio a cabeça o bebedouro cheio

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de lama e fico co medo da seca.

Lá fora, os meninos brincavam em meio à sujeira. Dentro de casa, Fabiano roncava o que

mostrava a Sinhá Vitória que a seca deveria estar longe. As coisas, agora, pareciam mais

estáveis, apesar de toda a dificuldade. Lembrou-se de como haviam sofrido com as longas

caminhadas. Só faltava uma cama. No fundo, até mesmo Fabiano queria uma cama nova.

5. O Menino mais novo

Tinha como imagem do pai um vaqueiro armado que domava éguas bravas com a ajuda de

Sinhá Vitória. Aquilo deixa o menino impressionado e disposto a fazer algo que

impressionasse o irmão mais velho e a cachorra Baleia. No dia seguinte, acordou disposto a

imitar o pai. Quis contar ao irmão sobre sua intenção, porém ficou com medo de ser

ridicularizado.

Depois que o menino mais velho e Baleia levaram as cabras para o bebedouro, o mais novo

teve como alvo o bode. Sentia-se como o pai quando montava. No bebedouro, o garoto foi

para cima do animal que tentou repeli-lo, mas o menino foi persistente e se ajeito, mas foi

sacudido sem dó pelo animal o que o fez cair tonto no chão. O irmão mais velho ria sem parar

do irmão, Baleia parecia desaprovar aquilo. Na certa seria repreendido pelos pais, então se

retirou, mas ainda com a idéia de ser um vaqueiro em mente, deixaria todos admirados

6. O Menino mais velho

A palavra inferno tinha chamado-lhe a atenção. Perguntou à mãe, que não lhe respondeu

muito bem, perguntou ao pai, que o ignorou então voltou a perguntar para a mãe porém dessa

vez perguntou se ela já tinha visto o inferno, acabou tomando um cascudo e fugiu na

companhia de Baleia, que tentava o alegrar.

Tentou contar uma história a Baleia, mas não sabia falar direito, Baleia era sua única amiga

naquela hora, se perguntava por que os pais haviam ficado tão bravos com uma palavra tão

bonita. Tudo culpa de Sinhá Terta que havia lhe falado aquilo.

Olhando o céu ele começou a pensar em como poderiam existir as estrelas, pensou no inferno

que deveria ser algo ruim e perigoso, intrigado se abraçou a cachorra.

7. Inverno

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O inverno chegou e todos tentavam se aquecer ficando perto do fogo da fogueira. Pai e mãe

conversavam daquele jeito de sempre, estranho, e os meninos, ficavam escutando as histórias

que o pai inventa sobre aventuras irreais, o mais velho até levou bronca por ter interrompido a

história ao se levantar para buscar lenha.

Graças a chuva que caia a família ficava mais tranqüila, pensando que a seca demoraria mais

tempo a chegar, Fabiano estava alegre, mas Sinhá Vitória tinha medo de haver uma enchente

que os fizesse subir o morro.

Depois da humilhação na cidade a chuva chegou em boa hora para deixar Fabiano a vontade

com suas histórias. Ele havia decidido que quando chegasse a seca ele deixaria a família para

ir em busca de vingança ao Soldado Amarelo e qualquer um que entrasse em seu caminho

mas a chuva tinha interrompido seus planos. Enquanto contava suas histórias Fabiano tinha

em mente que suas vidas iam melhorar a partir dali, talvez até pudesse dar a Sinhá Vitória a

tão desejada cama.

O filho mais novo não gostava da imagem do pai enquanto ele contava as histórias e o mais

velho estava desconfiado, algo não lhe parecia certo nos contos. Pensando no erro do pai e

nos bichos do lado de fora o menino mais velho dormiu.

Incomodada com o discurso de Fabiano, Baleia procurava a calma da paisagem, pois queria

dormir em paz.

8. Festa

Com trajes não muito usados pela família, suas melhores roupas que os deixavam ridículos,

eles foram a festa de Natal da cidade. A caminhada longa era mais cansativa ainda por causa

de seus trajes principalmente pelos sapatos apertados. Fabiano foi o primeiro a tirar os

sapatos, meias, gravata e paletó, voltando ao normal, após isso, os demais fizeram o mesmo,

até Baleia se juntou a eles.

Quando chegaram à cidade foram se lavar na beira de um riacho antes de ir a festa. Sinhá

Vitória carregava um guarda-chuva, Fabiano andava rígido, teso, os meninos se

maravilhavam com as luzes e o pessoal, a igreja, os encantou mais ainda com suas imagens

belas. Fabiano estava se sentindo cercado de inimigos, zombado pelas pessoas por estar

naquelas roupas não comum para ele, isso o fez lembra do Soldado Amarelo.

A família saiu da igreja e foi ver o carrossel e as barracas de jogos. Depois de Sinhá Vitória

negar uma aposta a Fabiano, o mesmo foi tomar pinga, acabou ficando valente e lembrando-

se do Soldado, queria bater nele ou em alguém, gritava no meio do povo, de vez em quando se

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interrompia para pensar, cansado de todo o alarde deitou-se no chão, fazendo de suas roupas

um travesseiro e dormiu.

Sinhá Vitória, aflita, tinha que olhar os meninos, não podia deixar o marido daquela forma.

Tomou coragem e foi fazer o que mais queria, foi a uma esquina e urinou. Depois, para

completar, fumou num cachimbo de barro pensando em uma cama igual à de seu Tomas da

bolandeira.

Os meninos também estavam aflitos, Baleia havia sumido na confusão, e o medo de que ela se

não mais voltasse era grande. Para alívio deles, a cachorrinha surgiu de repente e acabou com

aquela tensão. Agora só restava para eles ficarem maravilhados com as coisas nunca vistas

antes. O menor perguntou ao mais velho se tudo aquilo tinha sido feito por pessoas, a dúvida

do maior era se todas aquelas coisas teriam nome, como podiam guardar tantas palavras para

nomear as coisas. Enquanto isso, Fabiano estava roncando e sonhando.

9. Baleia

Com pêlos caídos, lábios inchados e feridas na boca, Fabiano pensou que Baleia estivesse

com raiva e resolveu sacrificá-la. Sinhá Vitória colocou os meninos, que estavam

desconfiados, para dentro para eles não verem a cena.

Baleia era considerada como um membro da família, então os meninos tentavam sair para não

deixar o pai matá-la. Sinhá Vitória lutava com os filhos, porque era necessário, mas quando o

marido deu o primeiro tiro, ela lamentou o fato de que ele não tivesse esperado mais para

confirmar a doença da cachorrinha.

O primeiro tiro pegou em uma perna de Baleia e as crianças começaram a chorar.

Baleia fugia de Fabiano que a estava caçando, se escondia e até teve vontade de lhe morder.

Sua visão estava embaçada e ela sentia um cheiro bom de ratos no ar. Em meio a tudo o que

estava acontecendo à cachorra tinha raiva de Fabiano, mas lembrava que ele havia sido seu

companheiro por muito tempo. Ela sentia dores, arrepios e isso era sinal de que sua morte

estava chegando.

10. Contas

Fabiano sempre tirava um pouco para si do que rendiam os cabritos e bezerros mas na hora de

fazer o acerto com o patrão sempre sentia que era enganado, acabava não conseguindo

dinheiro e ficava endividado.

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Em um dia pediu novamente para Sinhá Vitória que ela fizesse as contas. O patrão, de novo,

mostrou a ele outros números, dizendo que os juros causavam essa diferença. Fabiano

reclamou, dizendo que havia engano e o patrão se estressou, disse que se ele não confiava que

fosse procurar outro emprego, mas Fabiano acabou sendo submisso, pediu desculpas e saiu

pensando que era mesmo Sinhá Vitória quem tinha errado.

Quando estava na rua voltou a ficar com raiva lembrando-se de um dia que estava vendendo

um porco na cidade e um fiscal veio lhe cobrar o imposto, disse ao fiscal que não o venderia

mais e foi para outra rua tentar negociar, porém foi pego em flagrante e decidiu nunca mais

criar porcos.

Pensou na exploração, na dificuldade de sua vida e que não podia largar o emprego, seu

destino era trabalhar para os outros, assim como seu pai e avô.

Ficou impressionado com as notas em sua mão, achava que juros era só uma palavra difícil

para enganar os outros. Era sempre assim palavras difíceis usadas para enganar os menos

espertos. Contou e recontou o dinheiro com raiva de todas aquelas pessoas da cidade. Sinhá

Vitória é que entendia seus pensamentos.

Teve vontade de entrar na bodega de seu Inácio e tomar uma pinga.

Lembrou-se da humilhação passada ali mesmo e decidiu ir para casa. o céu, várias estrelas.

Deixou de lado a lembrança dos inimigos e pensou na família. Sentiu dó da cachorra Baleia.

Ela era um membro da família.

11. O Soldado Amarelo

Ao procurar uma égua que havia fugido, Fabiano se meteu em um caminho estreito e acabou

enroscando a “focinheira” do cavalo em um arbusto, começou então a cortar os galhos que o

impediam de continuar foi então que ele encontrou com o Soldado Amarelo que havia o

humilhado um ano antes. Cruzaram o olhar e se reconheceram em segundos, o Soldado ficou

com medo de Fabiano, também reconheceu a falta de afeto já antiga.

Fabiano se irritou com aquilo, o Soldado era uma nada. Podia matá-lo sem armas, se quisesse

e essa fragilidade do Soldado foi diminuindo a raiva de Fabiano. Pensou que ele mesmo

poderia ter evitado a noite na cadeia se não tivesse xingado a mãe do Soldado. Aproximou-se

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do outro pensando que já tinha sido mais valente, mais ousado. Na verdade, em segundos

intermináveis Fabiano foi descobrindo que estava amedrontado. Por que arruinaria sua vida

matando uma autoridade? Resolveu guardar suas forças para outro inimigo.

Sentindo que Fabiano estava amedrontado, o soldado ganhou força. Avançou firme e

perguntou o caminho. Fabiano tirou o chapéu numa reverência e ainda ensinou o caminho ao

amarelo.

12. O Mundo Coberto de Penas

A seca era avisada pela invasão das aves. Roubavam a água do gado, matariam bois e cabras.

Sinhá Vitória ficou inquieta. Fabiano quis ignorar, mas não consegui, pois a mulher tinha

razão. Caminhou até o bebedouro, onde as aves confirmavam o anúncio da seca. Eram muitas.

Um tiro de espingarda eliminou cinco, seis delas, mas eram muitas. Fabiano tinha certeza de

uma nova fuga.

Era só desgraça atrás de desgraça. Sempre fugido, sempre pequeno. Fabiano não se

conformava, pensava com raiva no soldado amarelo, se achava um covarde, um fraco. Irado,

matou mais e mais aves. Serviriam de comida, mas não sabia até quando, queria que a seca

não chegasse, mantinha a esperança, porém o céu escuro confirmava a situação. As aves

cobriam o mundo de penas, matando o gado, tocando a ele e à família dali, quem sabe os

comendo.

Pegou as aves mortas e se sentiu confuso, aquele lugar não era bom para se viver, se lembrou

de Baleia, estava tentando se convencer que não tinha feito o errado ao matá-la pensou de

novo na família e no que a chegada das aves representava. Era necessário ir embora daquele

lugar. Sinhá Vitória era inteligente, saberia entender a urgência dos fatos.

13. Fuga

Os sinais da seca, como os animais em estado de miséria e o céu muito azul, estavam

indicando que Fabiano e sua família na fazenda havia se esgotado. Em um tempo chegou só a

sobrar um bezerro, que foi morto para servir de comida na viagem que a família faria.

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Eles partiram de madrugada, deixando tudo para trás, do jeito que encontraram. Foram em

direção ao sul, Fabiano no fundo, não queria ir embora, mas a chegada da seca o expulsava de

lá.

O céu assustava Fabiano. Baleia era lembrada em pensamentos. Sinhá Vitória precisava falar,

chegou no marido e disse coisas sem sentido o que acabou em uma resposta no mesmo

nível.Fabiano gostou da atitude da mulher, ela o tentou animar, quem sabe suas vidas

melhorassem, com um novo emprego e longe dali. Ficaram se elogiando, e agüentando a

caminhada calmamente, pensando que a cidade talvez fosse melhor. Poderiam, talvez, arranjar

uma cama.

Os meninos especulavam ao casal, o que fariam e seriam quando crescessem e assim

receberam a resposta de Sinhá Vitória que desejava que eles fossem vaqueiros. Quando o

cansaço começou a chegar, ao longo da caminhada, houve uma parada para descanso. De

novo Fabiano e Sinhá Vitória conversaram, fizeram planos, temendo as aves no céu.

Sinhá Vitória acordou os meninos, que dormiam, e seguiram viagem. Fabiano admirou a

mulher por isso, por ser forte. Sinhá Vitória estimulava Fabiano, dizendo que deveria haver

uma nova terra com muitas oportunidades, longe do sertão que formaria homens fortes e

brutos como eles.

Estética da obra

O livro mostra desde o título do livro até o final que a seca causa miséria, assim como a

influência social que foi representada pelos ricos proprietários explorando os mais pobres.

Os retirantes estão com problemas pra continuar vivendo na seca do sertão, são obrigados a se

mudar para outros lugares, como o sul.

Nessa obra, Graciliano Ramos, usa uma diferente forma de escrever, um método com falta de

seqüência entre os capítulos é interessante, pois os capítulos são ligados por conseqüências,

essa obra pode até ter seus capítulos lidos independentemente.

Enredo

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A obra começa contando sobre uma família fugindo da seca nordestina. Sinhá Vitória é a mãe,

mais madura que o marido Fabiano que é o pai, um vaqueiro que tem dificuldade de se

expressar e não tem esperanças para a vida, Sinhá Vitória sonha com uma cama de couro

como a de Tomás de Bolandeira, só que assim como Fabiano, não se conforma com a sua

situação de miséria, a família também é formada por dois filhos e pela cadela Baleia.

O filho mais velho gostaria de ter um amigo, mas se conforma com a companhia de Baleia,

que se comporta como um membro da família sendo tratada com tal, já o filho mais novo

deseja ser como o pai.

A família depois de muito tempo caminhando em busca de um lugar para ficar encontra uma

fazenda abandonada e resolvem ficar por lá, porém depois do período de chuvas o dono da

fazenda retorna e acaba contratando Fabiano como seu vaqueiro.

Quando Fabiano vai a venda comprar mantimentos e começa a beber aparece o Soldado

Amarelo, um policial, que o convida pra jogar baralho porém depois de um tempo e uma

desavença Fabiano é preso, maltratado e humilhado, fazendo assim a sua insatisfação com a

vida aumentar.

Fabiano quando é solto continua a trabalhar normalmente na fazenda. Sinhá Vitória desconfia

de que o patrão está roubando do salário do marido, a família participa da festa do natal da

cidade onde se sentem humilhados pelas pessoas. Baleia fica doente e é sacrificada por

Fabiano.

Fabiano não se sentindo satisfeito e prejudicado pelo patrão resolve falar com ele, que o

ameaça de despejar Fabiano da fazenda que tenta esquecer do assunto e acaba ficando muito

indignado. Quando volta a venda encontra o Soldado Amarelo, mas se sente fraco e

impossibilitado acaba ajudando o soldado a voltar pra cidade.

Quando a seca atinge a fazenda a família foge de novo, só que dessa vez para o Sul, buscando

pela cidade grande, sem esperança para a vida e sem destino.

Narrador

A narração dessa obra é feita na terceira pessoa, o único livro de Graciliano Ramos feita dessa

forma, com todos os problemas dos personagens nenhum deles se torna narrador, fazendo

necessário o fato do uso da terceira pessoa, porém as falas dos personagens se misturam a do

narrador em algumas vezes para que eles pudessem participar também da narração.

Espaço

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É físico, se descreve com precisão e se refere ao ambiente rural e o urbano, mas

principalmente pelo sertão nordestino que é marcado pelas poucas chuvas.

Personagens

Sinhá Vitória: é a mulher de Fabiano, sofrida, mãe de dois filhos,lutadora, sonhadora e

inconformada com a miséria em que vive, trabalha muito. É a mais inteligente de todos

controlando assim as contas e os sonhos de todos.

Filho mais novo e filho mais velho: São crianças pobres sem noção da miséria em que vivem.

O mais novo quer ser igual ao pai por ser seu ídolo, já o mais velho é curioso, querendo saber

o significado da palavra inferno, desvendar a vida e ter amigos.

O dono da fazenda: É quem contrata Fabiano para trabalhar em sua fazenda, desonesto,

explorava os empregados.

O fiscal da prefeitura: É intolerante e explorador.

Baleia: É a cadela da família, tratada como gente, muito querida pelas crianças.

Tomás de Bolandeira: Aparece somente por meio de evocações, é tido como referência por

Fabiano e Sinhá Vitória.

Seu Inácio: é o dono do bar.

Fabiano: É um nordestino pobre, pai de dois filhos e marido de Sinhá Vitória. Procura

trabalho desesperadamente, bebe muito e perde dinheiro no jogo. Homem bruto com

dificuldade de se expressar, possui atitudes selvagens.

Soldado Amarelo: é um homem corrupto, oportunista e medroso, o Soldado Amarelo é

símbolo de repressão e do autoritarismo pelo qual é comandado, porém não é forte sozinho;

sem as ordens da ditadura, é fraco e covarde diante de Fabiano.

ABSTRACT

1. Change

This opening chapter tells of a family of four and a

dog who are pulling out of the dry northeastern jungle.

The older boy tired of walking non-stop lies on the ground, which

cause irritation in his father Fabiano, who is poking him with a knife

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to try to make the boy stand up, which does not help, then Fabiano

you pick him up and continues walking. They are all the time

accompanied by the dog whale, like the parrot who was killed

to serve as a meal for the family, it was weird, did not speak

much.

After much walking and miss the ways they come across a

being abandoned, so they have the idea of staying there, Whale

appears with a mouse between his teeth, causing leaving the family happy

to have food, drinking water can Fabiano see animal what

leave happy because it seemed that things would improve for your family.

Fabiano leaves the game, wants to be the owner of the farm and take a trip to his best

family.

2. Fabiano

Fabiano comes out to hunt a fox, but get nothing, but is proud to overcome the difficulties.

The farmer returns to her and claims ownership of it, but everything is solved with Fabiano

working as a cowboy. The situation was sad and Fabiano again and feel like an animal, not

just talked much admired and tried to imitate the lines of the staff of the city.

Fabiano gets angry with her son after a question he makes you think and what questions are

unnecessary and decides he will speak to Sinhá Vitória.

He thought about how the boss treats him like a bum, how Sinhá Vitória wanted a bed like

that of Tomás da bolandeira, he thought that they could not have that luxury. Was confused

thinking it was a strong or a weak man or beast. He reminded the boys and found that when

life improves if they could afford to think, but now the important thing was to survive, while

it would talk to Vitória on the creation of boys.

3. Chain

Fabiano will go on sale shop for groceries, kerosene and a cut of red calico. 

Bored with the price and quality of products he decides to drink a little at the bar of Seu

Inácio, while the bar is invited by Soldado Amarelo for a card game, after losing causes

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Fabiano soldier during a game wich ends up being disastrous because he lost money and

would not take back their purchases. Fabiano was thinking about how to cheat Vitória, but

could not.

The soldier stares Fabiano, do not let it go and step on your feet. Fabiano bears the pardons to

the maximum extent possible, but ends up cursing the mother of the soldier who humiliates

him and put him in jail.

 During his stay in prison, you wonder why everything had happened to him. Had not done

anything if he wanted to hit the soldier could even yellow, but has remained quiet. During

their inquiries, it became quiet, nervous and said he is innocent. It was a conversation with a

drunk and a prostitute from another cell. He thought of the family. If it were not Vitória and

children, would have made a mess. Do not let a soldier humiliate him like that much. Made

plans for revenge, shouted at the prisoners and the family felt like a weight had to carry.

4. Sinhá Vitória

After another sleepless night in bed of sticks, Sinhá Vitória woke up angry and decided that

she would speak again with Fabiano on, she wanted a bed like his Tomás da bolandeira. There

was a time arguing with the fact Fabiano want to have a decent bed, in one of the discussions,

the husband told her she was ridiculous with his polished shoes, looking like a parrot, saying

it hurt her.

Now she was irritated by the roar of Fabiano to remember his words. Did his chores watching

on what was happening outside and almost forgot to put water in food by remembering the

comparison made by the husband. Thus it came to the fountain head full of mud and I co fear

of drought.

Outside, the children played amid the dirt. Inside the house, Fabiano snored which pointed to

the Vitória that drought should be away. Things now seemed more stable, despite all the

difficulties. Remembered how they had suffered from the long walks. It needed only a bed. In

the background, even Fabiano wanted a new bed.

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5. The younger boy

Had the image of a cowboy father armed tamed wild mares with the help of Sinhá

Vitória. That leaves the boy impressed and willing to do something to impress his older

brother and the dog Baleia.The next day, woke up ready to imitate his father. Wanted to tell

his brother about his intention but was afraid of being ridiculed.

Once the older boy and Whale took the goats to the drinker, the latest target was the goat. He

felt like his father while he was riding. The trough, the boy was up the animal who tried to

repel them but the boy was persistent and adjust, but was shaken by the animal without pity

the fool that dropped him to the ground. The older brother laughed nonstop brother, Baleia

seemed to disapprove it. In certain would be reprimanded by their parents, then retired but

still with the idea of becoming a cowboy in mind, let everyone admired.

6. The Older boy

The word hell had called his attention. Asked his mother, who did not answer him very well,

asked his father, who ignored him then returned to ask for the mother but this time asked if

she had seen hell, ended up taking a husky and fled in the company of Baleia, which was

trying cheer.

 

Tried to tell a story to Baleia, but did not speak right, Baleia was his only friend at the time,

wondered why the parents had been so angry with such a pretty word. All because of Sinhá

Terta who had told him that.

 Looking at the sky he began to think how there could be the stars in the hell thought that

would be something bad and dangerous, intrigued hugged Baleia.

7. Winter

Winter came and everyone was trying to warm up standing near the fire the fire. Father and

mother always talked that way, weird, and the boys were listening to stories that his father

invented about unreal adventures, led by the elder scolded for interrupting the story to get up

to fetch firewood.

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Thanks to the rain that falls family was more relaxed, thinking that the drought would take

longer to arrive, but Fabiano was happy Vitória was afraid of having a flood that made them

climb the hill.

After the humiliation in the city the rain arrived in good time to leave Fabiano comfortable

with their stories. He had decided that when the drought came he would leave his family to go

in search of revenge on Soldado Amarelo and anyone who stand in their way but the rain had

interrupted his plans. While telling their stories Fabiano had in mind that their lives would

improve from there, perhaps he could give the desired Sinhá Vitória bed.

The younger son did not like the image of the father as he told stories and the oldest was

suspicious, something did not seem right in the tales. Thinking about the error of the father

and the animals outside the older boy slept.

Disturbed by the speech Fabiano, Baleia tried to calm the countryside, because he wanted to

sleep in peace.

8. Party

With costumes not much used by the family, their best clothes that made them ridiculous, they

were a Christmas party in town. The hike was even more tiring because of their costumes

mainly by tight shoes. Fabiano was the first to take off their shoes, socks, tie and jacket,

returning to normal after that, the others did the same, even Baleia joined them.

When they arrived in the city were washing in a creek before going to the party. Sinhá Vitória

carrying an umbrella, Fabiano rode hard, stiff, boys marveled at the lights and staff, the

church, even more delighted with their beautiful images. Fabiano was feeling surrounded by

enemies, being mocked by people not common in those clothes for him, that he did remember

the Soldado Amarelo.

The family left the church and went to see the carousel and games stalls. After denying a

Vitória betting Fabiano, it was taking booze, ended up being brave and remembering the

soldier, wanted to hit him or someone shouted in the midst, and again when she stopped to

think, tired of all the hype he lay on the floor, making your clothes a pillow and slept.

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Sinhá Vitória, distressed, had to watch the boys could not leave her husband that way. It took

courage and went to do what she wanted most was the one corner and urinated. Then, to

complete, smoked a clay pipe in a bed thinking matches their Tomás da bolandeira.

The boys were also afflicted, whale had disappeared in the confusion, and fear that she would

not occur again was great. To their relief, the dog came out of nowhere and ended up with that

tension. All that now remained for them to get amazed with things never seen before. The

minor asked the eldest if everything had been done by people, the biggest question was

whether they would name all those things, could save as many words to name

things. Meanwhile, Fabiano was snoring and dreaming.

9. Baleia

With fallen hairs, swollen lips and mouth ulcers, Fabiano thought whale was angry and

decided to sacrifice it. Sinhá Vitória put the boys, who were suspicious, they do inside to see

the scene. 

Baleia was considered a member of the family, then tried to leave the boys not to let his father

kill her. Sinhá Vitória struggled with their children, because it was necessary, but when her

husband fired the first shot, she lamented the fact that he he had not expected more to confirm

the disease of dog.

The first shot caught in a leg of whale and the children began to cry.

Fabiano fleeing Baleia that was hunting, hiding and even wanted to bite him. Her vision was

blurred and she felt a good smell of mice in the air. In the midst of all that was happening the

dog had rabies Fabiano but remembered that he had been his companion for a long time. She

felt pain, chills and it was a sign that his death was coming.

10. Accounts

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Fabiano always took a bit for you than the kids and yielded

calves but it's time to make the hit with the boss always felt it was

wrong, ended up not getting money and was in debt. In one day he asked again for Vitória her

to do the math. The boss, again, showed him other items, saying that the interest

caused this difference. Fabiano complained, saying there was cheating and the

boss is stressed, he said if he did not trust that would seek another job, but Fabiano was

eventually subdued, apologized and left even thinking it was Sinhá Victoria who was wrong.

When I was on the street again became angry remembering a day that

was selling a pig in the city and it has a tax levy the tax, said the tax would not sell more and

went to try another street negotiate but was caught red-handed and decided never to raise pigs.

He thought the farm, the difficulty of his life and could not drop the

employment, his destiny was to work for others, like his father and

grandfather.

He was impressed with the notes in his hand, thought that interest was only one

word difficult to cheat. It was always so words difficult used to fool the less smart. Told and

retold the money angry at all those people in the city. Vitória is who understood their

thoughts.

He wanted to get into the cellar of Inácio and his taking a drop.

He remembered the humiliation passed there and went home. heaven,

several stars. Aside the memory of the enemy and thought in

family. He felt sorry for the dog Baleia. She was a member of the family.

11. Soldado Amarelo

When looking for a mare that had escaped, Fabiano got into a narrow path and ended up screwing the "muzzle" the horse into a bush, began to cut the branches that prevented him from continuing it was then that he met the soldier who had Amarelo the humiliated a year earlier. Crossed the look and recognized in seconds, the soldier was afraid Fabiano, also acknowledged the longstanding lack of affection.

Fabiano was angry with what the soldier was a nothing. Could kill him without weapons, if he wanted and this weakness was lowering the Soldado's anger Fabiano. He thought he could have avoided the night in jail if he had not insulted the mother of the Soldado. Approached

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the other thinking they had been braver, more daring. Indeed, in seconds endless Fabiano was discovering that he was frightened. Why ruin his life by killing an authority? He decided to save his strength for another enemy.

Feeling that Fabiano was scared, the soldier got stronger. Advanced firm and asked the way.Fabiano took his hat in reverence and even taught the way to yellow.

12. World Covered in Feathers

The drought was advised by the invasion of birds. Stealing water from the cattle, kill cows

and goats.Sinhá Vitória became restless. Fabiano wanted to ignore, but could not because the

woman was right. He walked to the fountain, where birds confirmed the announcement of

drought. Were many. A shotgun blast wiped out five, six of them, but they were

many. Fabiano was sure a new trail.

It was just behind disgrace disgrace. Always fled when small. Fabiano would not give up, I

thought angrily in khaki, he was a coward, a wimp. Angrily, killed more and more

birds. Serve food, but did not know until when, wanted the drought was not enough,

maintained hope, but the dark sky confirmed the situation. The birds covered the world of

feathers, killing cattle, touching him and his family there, who knows the eating.

Picked up dead birds and felt confused, that place was not good to live, recalled Baleia, was

trying to convince himself that he had done wrong to kill her new thought in the family and

the arrival of the birds represented . It was necessary to leave that place. Sinhá Vitória was

smart, he would understand the urgency of the facts.

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QUESTÕES DE VESTIBULARES

1. (FUVEST) Um escritor classificou Vidas secas como “romance desmontável”, tendo em

vista sua composição descontínua, feita de episódios relativamente independentes e

seqüências parcialmente truncadas.

Essas características da composição do livro:

a) constituem um traço de estilo típico dos romances de Graciliano Ramos e do Regionalismo

nordestino.

b) indicam que ele pertence à fase inicial de Graciliano Ramos, quando este ainda seguia os

ditames do primeiro momento do Modernismo.

c) diminuem o seu alcance expressivo, na medida em que dificultam uma visão adequada da

realidade sertaneja.

d) revelam, nele, a influência da prosa seca e lacônica de Euclides da Cunha, em Os sertões.

e) relacionam-se à visão limitada e fragmentária que as próprias personagens têm do

mundo.

2. (PUC-SP) O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, provavelmente o

sertão ia pegar fogo. Vinham em bandos, arranchavam-se nas árvores da beira do rio,

descansavam, bebiam e, como em redor não havia comida, seguiam viagem para o Sul. O

casal agoniado sonhava desgraças. O sol chupava os poços, e aquelas excomungadas

levavam o resto da água, queriam matar o gado. (…) Alguns dias antes estava sossegado,

preparando látegos, consertando cercas. De repente, um risco no céu, outros riscos, milhares

de riscos juntos, nuvens, o medonho rumor de asas a anunciar destruição. Ele já andava meio

desconfiado vendo as fontes minguarem. E olhava com desgosto a brancura das manhãs

longas e a vermelhidão sinistra das tardes. (…)

O trecho acima é de Vidas Secas, obra de Graciliano Ramos. Dele, é incorreto afirmar-se que:

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a) prenuncia nova seca e relata a luta incessante que os animais e o homem travam na

constante defesa da sobrevivência.

b) marca-se por fatalismo exagerado, em expressão como “o sertão ia pegar fogo”, que

impede a manifestação poética da linguagem.

c) atinge um estado de poesia, ao pintar com imagens visuais, em jogo forte de cores, o

quadro da penúria da seca.

d) explora a gradação, como recurso estilístico, para anunciar a passagem das aves a caminho

do Sul.

e) confirma, no deslocamento das aves, a desconfiança iminente da tragédia, indiciada pela

“brancura das manhãs longas e a vermelhidão sinistra das tardes”.

Bibliografia

Livro Vidas Secas – Graciliano Ramos

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vidas_Secas

http://www.mundovestibular.com.br/

http://www.mundocultural.com.br/

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