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Índice

Introdução ................................................................................... Erro! Marcador não definido.

Formas alotrópicas (Diamante e Grafite) ................................ Erro! Marcador não definido.

Propriedades dos alótropos do carbono: ....................................... Erro! Marcador não definido.

monóxido de Carbono .............................................................. Erro! Marcador não definido.

Óxido de carbono (monóxido e dióxido de carbono) ............... Erro! Marcador não definido.

Monóxido ................................................................................. Erro! Marcador não definido.

Sua utilização ....................................................................... Erro! Marcador não definido.

Fontes de exposição ............................................................. Erro! Marcador não definido.

Dióxido de carbono .................................................................. Erro! Marcador não definido.

A importância do Dióxido de Carbono no Papel biológico . Erro! Marcador não definido.

Sua utilização ....................................................................... Erro! Marcador não definido.

Hidrocarboneto (graxa e parafina) ........................................... Erro! Marcador não definido.

Nomenclatura dos hidrocarbonetos .......................................... Erro! Marcador não definido.

Os principais objectivos ....................................................... Erro! Marcador não definido.

Consistência de Graxa .......................................................... Erro! Marcador não definido.

Parafina ................................................................................ Erro! Marcador não definido.

Propriedade físico-ocular ..................................................... Erro! Marcador não definido.

Parafina líquida .................................................................... Erro! Marcador não definido.

Na saúde e natureza .............................................................. Erro! Marcador não definido.

Óleo mineral ............................................................................... Erro! Marcador não definido.

.................................................................................................. Erro! Marcador não definido.

Tipos de óleos minerais ............................................................ Erro! Marcador não definido.

Plásticos e borrachas .............................................................. Erro! Marcador não definido.

Plásticos ................................................................................ Erro! Marcador não definido.

Classificação ........................................................................ Erro! Marcador não definido.

Tipos ..................................................................................... Erro! Marcador não definido.

Métodos de processamento ...................................................... Erro! Marcador não definido.

Usos e aplicações ..................................................................... Erro! Marcador não definido.

Propriedades dos plásticos ....................................................... Erro! Marcador não definido.

Composição .............................................................................. Erro! Marcador não definido.

Borracha ............................................................................... Erro! Marcador não definido.

Aplicação da Borracha Natural ................................................ Erro! Marcador não definido.

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Óxidos de silício e silicatos ......................................................... Erro! Marcador não definido.

Óxido de silício ........................................................................ Erro! Marcador não definido.

Características .......................................................................... Erro! Marcador não definido.

Tipos ......................................................................................... Erro! Marcador não definido.

Utilização ou aplicação do óxido de silício .............................. Erro! Marcador não definido.

Óxido de silicatos ................................................................. Erro! Marcador não definido.

Rede: Silícico ............................................................................... Erro! Marcador não definido.

Silício como semi-condutor ........................................................ Erro! Marcador não definido.

Os semicondutores mais utilizados .......................................... Erro! Marcador não definido.

Processo de contaminação ou dopagem ................................... Erro! Marcador não definido.

Semicondutor tipo p ............................................................. Erro! Marcador não definido.

A industria Vidreira: tipos de vidro ......................................... Erro! Marcador não definido.

Tipos de vidro .......................................................................... Erro! Marcador não definido.

Os principais tipos de vidro e suas utilidades........................... Erro! Marcador não definido.

A Industria cimenteira: tipos de cimentos ............................... Erro! Marcador não definido.

Cimento .................................................................................... Erro! Marcador não definido.

Aplicações dos tipos de cimento .............................................. Erro! Marcador não definido.

Propriedades físicas do cimento: .............................................. Erro! Marcador não definido.

Factores que influenciam na Pega do Cimento: ....................... Erro! Marcador não definido.

Propriedades químicas do cimento ........................................... Erro! Marcador não definido.

O processo de clinquerização divide-se em ......................... Erro! Marcador não definido.

A industria cerâmica: tipos de cerâmica .................................. Erro! Marcador não definido.

Cerâmica .................................................................................. Erro! Marcador não definido.

A origem da cerâmica .............................................................. Erro! Marcador não definido.

Tipos de cerâmica .................................................................... Erro! Marcador não definido.

Cerâmicos tradicionais ......................................................... Erro! Marcador não definido.

Cerâmicas industrial/técnica ............................................... Erro! Marcador não definido.

Cerâmica artística ................................................................. Erro! Marcador não definido.

Propriedades mecânicas dos cerâmicos .................................... Erro! Marcador não definido.

Conclusão .................................................................................... Erro! Marcador não definido.

Referência Bibliográfica ............................................................ Erro! Marcador não definido.

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Introdução

Química é a ciência que estuda a composição, estrutura, propriedades da matéria, as

mudanças sofridas por ela durante as reacções químicas e sua relação com a energia. O

desenvolvimento desta ciência teve como base as observações de experimentos, sendo

portanto, considerada uma ciência experimental. O cientista irlandês Robert Boyle é

tido por muitos como o iniciador da química moderna, já que, em meados do século

XVII, ele executou experimentos planejados, estabelecendo através deles

generalizações. Apesar dos méritos de Boyle, muitos consideram o francês Antoine

Laurent Lavoisier, que viveu no século XVIII, o pai da química, especialmente devido

ao seu trabalho sobre o conceito de conservação da massa, sendo este considerado o

marco do estabelecimento da química moderna, ocasionando a chamada Revolução

Química. Os estudos de Lavoisier foram referência para que fosse proposto por John

Dalton, no início do século XIX, o primeiro modelo atómico.

Sendo assim, ao intenso estudo realizado pelo terceiro grupo de Química da turma 2°

AED, apresentamos a seguir a existência dos compostos químicos e sua utilização,

conforme estes serão apresentados, veremos que por exemplo, O Monóxido de Carbono

(CO), um gás levemente inflamável, incolor, inodoro e muito perigoso devido à sua

grande toxicidade, tem sido usado para a produção de bombas, tanto como na II Guerra

Mundial foi usado para esses fins. Alem de serem utilizados para fins destrutivos os

compostos químicos podem serem úteis para o dia a dia dos homens, por exemplo o

Dióxido de carbono CO2, biologicamente permite nos viver, e outros elementos são

importantes conforme é nos apresentado no trabalho a seguir…

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Formas alotrópicas (Diamante e Grafite)

Alotropia é definida como a propriedade que os átomos têm de originar uma ou mais

substâncias simples e diferentes, através do compartilhamento de electrões. As formas

alotrópicas dos elementos químicos se diferenciam pela atomicidade ou estrutura

cristalina.

Vejamos os seguintes exemplos:

a) Carbono: As formas alotrópicas do carbono são diamante e grafita. Essas substâncias

se diferem através da estrutura cristalina, que é a maneira dos átomos de carbono se

unirem.

b) Oxigénio: O gás oxigénio e ozónio se diferem pela quantidade atómica, ou seja, o

gás ozónio (O3) possui três átomos de oxigénio e o gás oxigénio (O2) apenas dois.

Dizemos então, que o gás oxigénio e o ozónio são as formas alotrópicas do elemento

químico oxigénio.

c) Enxofre: O elemento químico enxofre possui formas alotrópicas, como, por

exemplo, enxofre rômbico e enxofre monoclínico, que diferem um do outro pela

estrutura cristalina. Essas duas variações são formadas por moléculas com oito átomos e

são representadas pela fórmula S8, embora os cristais das duas variedades sejam

diferentes.

d) Fósforo: as variedades alotrópicas deste elemento são o fósforo vermelho e o fósforo

branco, que diferem entre si pela atomicidade.

Como já definiu-se a alotropia como um fenómeno em que um mesmo elemento

químico forma substâncias simples diferentes, os átomos de Carbono sofrem alotropia,

eles podem se unir de várias formas diferentes formando inúmeras substâncias, é o que

chamamos de Alotropia por arranjo geométrico.

O diamante, o grafite e o fulereno são alótropos do carbono e se diferem pela forma que

os átomos são unidos (arranjo molecular). Essas três formas são substâncias simples

formadas apenas por carbono.

Fig.1: Diamante e Grafite - alótropos do carbono

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Propriedades dos alótropos do carbono:

O diamante é um isolante eléctrico e térmico, transparente e duro. Essa última

característica permite que seja utilizado para cortar blocos de granito. Sua densidade é

3,51g/cm3.

O grafite constitui um sólido macio e cinza, é um bom condutor de calor e electricidade,

e possui densidade = 2,25 g/cm3.

O fulereno é uma forma alotrópica produzida artificialmente, possui forma

tridimensional composta apenas por ligações insaturadas. Esse composto orgânico

apresenta propriedades que são exploradas em várias áreas da bioquímica e da

medicina, na composição de medicamentos.

Monóxido de Carbono

Representado pela fórmula química CO, o monóxido de carbono é um gás incolor e

inodoro proveniente da combustão incompleta de combustíveis fósseis (carvão mineral,

petróleo e gás natural). Tal substância apresenta um ponto de fusão de -205,07 °C,

ponto de ebulição de -191,55 °C, é parcialmente solúvel em água e em alguns solventes

orgânicos (clorofórmio, etanol, ácido acético, hidróxido de amónio, entre outros) e

ligeiramente inflamável.

O monóxido de carbono é muito utilizado industrialmente como agente redutor,

removendo o oxigénio de alguns compostos, como ocorre na produção do ferro e do

níquel metálico. Muito se utiliza esse óxido também na síntese de diversas substâncias

orgânicas, em especial, metanol, ácido acético, ácido fórmico, plásticos e outros. Essa

substância foi largamente empregada como gás de síntese, uma solução gasosa

produzida a partir da reacção do vapor d’água com carvão súper aquecido e muito usada

como combustível.

O monóxido de carbono é um óxido neutro extremamente letal: se inalado em altas

concentrações (acima de 400 partículas por milhão) pode matar por asfixia. Isso ocorre

porque, ao ser inspirado, o monóxido de carbono é capaz de estabelecer ligações

químicas altamente estáveis com a hemoglobina das hemácias, formando a

carboxiemoglobina (HbC), o que as impossibilita de transportar oxigénio em todo o

processo de respiração. Por isso, esse óxido foi muito utilizado na Segunda Guerra

Mundial pelos nazistas para extermínio dos judeus nas câmaras de gás. Como é

desprovido de cheiro e cor, a presença do monóxido de carbono não é facilmente

percebida, por isso, o gás é comummente taxado como assassino silencioso.

A inalação de pequenas doses do monóxido de carbono, em geral, pode causar dores de

cabeça, vertigens, tontura, fraqueza, irritação aos olhos, distúrbios de visão e perda da

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aptidão manual. A exposição a quantidades moderadas pode acometer os sistemas

nervoso e cardiovascular e levar o indivíduo ao coma. O monóxido de carbono é

incompatível com oxigénio, cloro, óxido nitroso, acetileno e fluorine, e forma

carbonilas tóxicas e inflamáveis ao reagir com metais.

Óxido de carbono (monóxido e dióxido de carbono)

1. Monóxido

O Monóxido de Carbono (CO) é um gás levemente inflamável, incolor, inodoro e

muito perigoso devido à sua grande toxicidade. É produzido pela queima em condições

de pouco oxigênio (combustão incompleta) e/ou alta temperatura de carvão ou outros

materiais ricos em carbono, como derivados de petróleo.

Apesar de possuir o elemento carbono, ele é um composto inorgânico, pois pertence ao

grupo dos óxidos e é classificado como óxido neutro ou indiferente. Isso significa que

ele não reage com água e nem com ácidos ou bases.

Mas isso não significa que ele não participe de outras reacções. Por exemplo, o CO é

bastante inflamável, reagindo com o oxigênio do ar, entrando em combustão e formando

o gás carbónico (dióxido de carbono) como mostrado na equação química abaixo:

2 CO + O2 → 2 CO2

O monóxido de carbono está presente na atmosfera, sendo proveniente principalmente

de reacções de combustão incompletas dos combustíveis fósseis. Por exemplo, a

combustão completa de um combustível fóssil (como a gasolina, óleo diesel, gás natural

e carvão) ou qualquer combustível orgânico (como o etanol) produz gás carbónico e

água. Mas ocorre também a combustão incompleta desses compostos, que é quando não

há oxigênio suficiente ou quando há um grande número de átomos de carbono no

combustível, consumindo grande quantidade de oxigênio com muita rapidez. Nesses

casos, há a formação do monóxido de carbono e água. ( Veja mais no tópico anterior

Monóxido de Carbono).

Sua utilização

O monóxido de carbono é um agente redutor, retirando oxigênio de muitos compostos

em processos industriais (formando CO2), como na produção de ferro e outros metais a

partir de seus minérios e hidrogénio a partir da água. Também se combina com o níquel

metálico produzindo um composto volátil que é usado na purificação deste metal

(processo Mond). Também é usado na síntese de vários compostos orgânicos, como

ácido acético (processo Monsanto), plásticos, metanol e formatos.

Foi utilizado na Segunda Guerra Mundial para a eliminação sistemática daqueles

alemães que os nazistas consideravam "indignos de viver" devido a alguma deficiência

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física ou mental. Seis instalações foram criadas com esse objectivo: Bernburg,

Brandenburg, Grafeneck, Hadamar, Hartheim e Sonnenstein. Estes campos de

extermínio utilizavam o monóxido de carbono em sua forma pura, produzido

quimicamente.

Também já foi muito usado como combustível, sob o nome de gás de síntese, que é

feito passando-se vapor de água sobre carvão superaquecido, formando uma mistura de

CO, hidrogénio, nitrogénio e dióxido de carbono.

Fontes de exposição

O monóxido de carbono é formado quando os combustíveis (gás, derivados do petróleo,

combustíveis sólidos e solventes) não são queimados completamente. É produzido ainda

quer por fontes naturais quer por fontes produzidas pelo Homem. É comum encontrar

em grandes concentrações em incêndios, no fumo libertado pelos automóveis e na

indústria siderúrgica. Dentro de casa, as principais fontes são os fornos, os fogões a

lenha e as ligações de gás mal efectuadas.

2. Dióxido de carbono

O dióxido de carbono (também conhecido como anidrido carbónico ou anidrido

carbônico e gás carbónico ou gás carbônico é um composto químico constituído por

dois átomos de oxigénio e um átomo de carbono. A representação química é CO2. O

dióxido de carbono foi descoberto pelo escocês Joseph Black em 1754.

Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e

de carácter apolar. Por isso as atracões intermoleculares são muito fracas, tornando-o

um gás nas condições ambientais. Daí o seu nome comercial gás carbónico. Esse gás é

exalado dos seres humanos e dos animais e é aceitado pelas plantas.

A importância do Dióxido de Carbono no Papel biológico

O dióxido de carbono é essencial à vida no planeta. Visto que é um dos compostos

essenciais para a realização da fotossíntese - processo pelo qual os organismos

fotossintetizantes transformam a energia solar em energia química. Esta energia

química, por sua vez é distribuída para todos os seres vivos por meio da teia alimentar.

Este processo é uma das fases do ciclo do carbono e é vital para a manutenção dos seres

vivos.

O carbono é um elemento básico na composição dos organismos, tornando-o

indispensável para a vida no planeta. Este elemento é estocado na atmosfera, nos

oceanos, solos, rochas sedimentares e está presente nos combustíveis fósseis. Contudo,

o carbono não fica fixo em nenhum desses estoques. Existe uma série de interacções por

meio das quais ocorre a transferência de carbono de um estoque para outro. Muitos

organismos nos ecossistemas terrestres e nos oceanos, como as plantas, absorvem o

carbono encontrado na atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2). Esta absorção

se dá através do processo de fotossíntese. Por outro lado, os vários organismos, tanto

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plantas como animais, libertam dióxido de carbono para a atmosfera mediante o

processo de respiração. Existe ainda o intercâmbio de dióxido de carbono entre os

oceanos e a atmosfera por meio da difusão.

Sua utilização

O CO2 é utilizado em bebidas (bebidas carbonatadas) para dar-lhes efervescência. É

utilizado em extintores durante os incêndios para isolar o oxigénio do combustível. É

utilizado em cilindros para a prática de Paintball. É Utilizado em aquariofilia na

regulação do pH da água. Pode ser utilizado numa concentração de 30 a 40% com gás

oxigênio para produzir efeito anestésico em pequenos animais. A reacção de mudança

do vapor de água é um processo que gera compostos para uso industrial e combustíveis.

Hidrocarboneto (graxa e parafina)

Os hidrocarbonetos são compostos formados apenas por átomos de hidrogénio e

carbono. São substâncias apolares e consequentemente não conduzem corrente e

eléctrica, além de serem os compostos mais simples da Química Orgânica.

As principais propriedades físicas desses compostos são:

Insolubilidade em água e solubilidade em solventes orgânicos apolares;

Todos os alcanos tem densidade menor que 1,0 g/mL portanto flutuam na água;

Os alcanos não apresentem cor, odor e sabor;

Os compostos com até 5 átomos de carbonos estão no estado gasoso à

temperatura ambiente;

Os compostos com de 5 a 17 átomos de carbonos são líquidos à temperatura

ambiente;

Compostos que apresentam mais de 17 átomos de carbonos possuem forma de

cera, ou seja, são sólidos.

Nomenclatura dos hidrocarbonetos

Para nomeá-los devemos considerar três partes:

Prefixo + intermediário + O

Lista de prefixos:

Número de Carbonos Prefixo

1 met

2 et

3 prop

4 but

5 pent

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6 hex

7 hept

8 oct

9 non

10 de

Tipo de ligação Intermediário

Somente simples an

Dupla en

Tripla in

Duas duplas dien

Por exemplo o composto usualmente conhecido como etileno e é utilizado inclusive

como anestésico, possui a seguinte nomenclatura conforme a IUPAC:

ET (2 carbonos) + EN (uma dupla ligação) + O (eteno).

Graxa

Graxa (português brasileiro)

ou massa consistente (português europeu)

lubrificante é o nome

genérico e popular dado a lubrificantes pastosos compostos (semiplásticos) ou de alta

viscosidade, compostos de misturas de óleos lubrificantes minerais (de diversas

viscosidades) e seus aditivos e especialmente do ponto de vista químico, sais de

determinados ácidos graxos com cálcio, sódio, lítio, alumínio, bário e magnésio

(geralmente chamados de sabão que formam com os óleos de origem mineral uma

emulsão, que actuam como agente espessado

Os principais objectivos são:

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redução de desgaste

redução de atrito

protecção contra corrosão

diminuir ruídos

reduzir as vibrações

Menos: Eliminar o calor gerado

Mais: Vedação contra o meio ambiente (poeira, água, etc.).

Evitar fugas do lubrificante (do óleo).

A maioria dos mancais de rolamentos é lubrificada com graxa, especialmente

devido aos poucos problemas de vedação dos rolamentos.

Graxas com lubrificantes sólidos são, na sua maioria, previstas para condições de

atritos mistos em baixas velocidades ou elevadas cargas. Estas massas com lubrificantes

sólidos, como por exemplo graxas grafitadas ou com bissulfêto de molibdénio, podem

aumentar a vida útil dos rolamentos consideravelmente.

O primeiro passo para escolher a graxa adequada é a informação da velocidade (rpm)

e o diâmetro médio do rolamento para poder calcular o factor DN.

Tendo esta informação podemos indicar a consistência adequada:

Consistência de Graxa

Classe - NLGI Descrição Valor (mm | min)

00 graxa fluida 1 até 1,2 x 106 (Max. 1,5 x 106)

0 a 1 rotação elevada até Max. 1x 106

2 normal até Max. 800.000

3 normal até Max. 400.000

4 graxa vedante até Max. 50.000

Parafina

A parafina é um derivado do petróleo descoberto por Carl Reichenbach. Conhecida por

sua alta pureza, excelente brilho e odor reduzido, também pode ser usada como

combustível. Possui propriedades termoplásticas e de repelência à água e é usada

amplamente para a protecção de diversas aplicações, como em embalagens de papelão

para a indústria alimentícia e revestimento de queijos e frutas. Por sua propriedades de

combustível, é a matéria prima essencial na fabricação de velas. Outras aplicações

comuns à parafina incluem cosméticos, giz de cera, adesivos termo fusíveis (hot melt),

papel carbono, tintas, pinturas, etc.

Propriedade físico-ocular

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É comummente encontrada com aparência de cera sólida branca, sem odor, sem gosto e

com ponto de fusão típico entre 58 °C e 62 °C. É insolúvel em água, porém solúvel em

dietil-éter, éter, benzeno e em certos ésteres. A parafina não reage com a maioria dos

reagentes químicos mais comuns, mas queima rapidamente.

Parafina líquida

A parafina líquida recebe uma variedade de designações incluindo parafina líquida, óleo de

parafina e óleo mineral. É frequentemente utilizada em espectroscopia infravermelha uma vez

que possui espectro IR descomplicado. Ela é muito usada na produção de massa corrida e

texturas para melhorar a aplicação.

Na saúde e natureza

Como a parafina é constituída de hidrocarbonetos (carbono e hidrogénio) saturados, seu

ponto de fulgor é confiável, mas ela pode ser muito inflamável, funcionando com um

combustível. Seu ponto a favor é o fato de não ser tóxica, e possuir um grande leque de

usos. A parafina também é usada em balões artesanais.

Óleo mineral

Óleo mineral, também designado por parafina líquida (veja Hidrocarbonato-parafina),

petrolato líquido pesado, óleo branco ou vaselina líquida é um produto secundário

derivado do crude através do beneficiamento por aditivos. É um óleo transparente,

incolor e quimicamente quase inerte. É um produto de baixo custo, produzido em

grandes quantidades.

Tipos de óleos minerais

Óleo mineral parafínico - são relativamente estáveis e resistentes e não podem

ser modificados facilmente com influências químicas. Contém em sua

composição química hidrocarbonetos de parafina em maior proporção,

demonstra uma densidade menor e é menos sensível a alteração de

viscosidade/temperatura. A grande desvantagem é seu comportamento em

temperaturas baixas: as parafinas tendem a sedimentar-se.

Óleo mineral naftênico - os naftênicos em geral são usados quando necessitamos

produzir lubrificantes para baixas temperaturas. Desvantagem dos naftênicos é

sua incompatibilidade com materiais sintéticos e elastômeros.

Óleo mineral misto - a maioria dos óleos minerais é misturada com base

naftênico ou parafínico em quantidades variadas. Existem óleos minerais de grau

técnico e de grau medicinal. Possui diversas aplicações, como óleo para

refrigeração e isolamento de transformadores elétricos de potência; para

transporte e armazenagem de metais alcalinos (evitando a reacção destes com a

humidade atmosférica); como laxante (ao lubrificar as fezes e não permitindo a

absorção excessiva de água nos intestinos); como hidratante (em cremes e

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loções), lubrificante etc. É também usado em forma de emulsão (mistura de

água, sabão e óleo mineral) no combate a pulgões e colchonilhas em plantas.

Plásticos e borrachas

Plásticos

Em química e tecnologia, os plásticos são materiais orgânicos poliméricos sintéticos, de

constituição macromolecular, dotada de grande maleabilidade (que apresentam a

propriedade de adaptar-se em distintas formas), facilmente transformável mediante o

emprego de calor e pressão, e que serve de matéria-prima para a fabricação dos mais

variados objectos: vasos, sacola, toalhas, embalagens, cortinas, bijuterias, carrocerias,

roupas, sapatos.

A matéria-prima dos plásticos geralmente é o petróleo. Este é formado por uma

complexa mistura de compostos. Pelo fato de estes compostos possuírem diferentes

temperaturas de ebulição, é possível separá-los através de um processo conhecido como

destilação ou craqueamento.

Classificação

Podem ser subdivididos em termoplásticos e termofixos.

Termofixos são polímeros de cadeia ramificada, para os quais, o

"endurecimento" (polimerização ou cura) é consequência de uma reacção

química irreversível.

Termoplásticos, tem como vantagem sua versatilidade e facilidade de utilização,

desprendendo-se, geralmente, da necessidade de máquinas e equipamentos

muito elaborados (e financeiramente dispendiosos).

Dentre os termofixos conhecidos, destaca-se o poliéster. As resinas poliésteres

constituem a família de polímeros resultantes da condensação de ácidos carboxílicos

com glicóis, sendo classificados como resinas saturadas ou insaturadas, dependendo da

cadeia molecular resultante.

Tipos

Os plásticos são divididos em dois grupos diferentes: os termoplásticos e os

termorrígidos. Esta classificação se baseia nas características de fusão desses materiais.

Os termoplásticos podem ser aquecidos e moldados; quando reaquecidos, eles

amolecem e podem ser moldados novamente. Este ciclo reversível de amolecimento e

endurecimento é o que permite a reciclagem, uma vez que o processo pode ser repetido

numerosas vezes. A maioria dos plásticos é de termoplásticos. Celulóide é um

termoplástico.

Já os plásticos termorrígidos (ou termofixos) podem ser moldados apenas uma única

vez. Depois de moldados o reaquecimento poderá provocar a decomposição do material,

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e não sua fusão. Por este motivo, a reciclagem é muito difícil. Quando comparados aos

termoplásticos eles apresentam maior estabilidade dimensional, mantêm suas

propriedades em uma mais larga faixa de temperaturas, são mais resistentes aos

solventes e muito convenientes para usos externos. Exemplos de plásticos termorrígidos

são baquelite, poliuretanos – PU, epóxi e as resinas fenólicas.

Os plásticos são muito diferentes entre si, mas todos têm algumas características em

comum: podem ser muito resistentes a agentes químicos presentes nos produtos de

limpeza doméstica; podem ser isolantes térmicos e elétricos, embora já existam

polímeros condutores de electricidade; em geral são leves e possuem graus variáveis de

resistência; podem ser processados de diversas formas para produzir fibras finíssimas ou

objectos complexos (de garrafas a componentes de carros e adesivos); são materiais

que, com diferentes aditivos e cores, podem ser usados em um sem número de

aplicações, para reproduzir as características de materiais como algodão, seda e fibras

de lã, porcelana e mármore, filmes flexíveis e isolantes térmicos para prédios. Os

polímeros são normalmente produzidos a partir de petróleo, mas alguns podem ser

produzidos a partir de gás natural ou carvão.

Métodos de processamento

Existem vários métodos de processamento para a fabricação de produtos plásticos.

Quatro são os mais usados para fabricar produtos de uso quotidiano, como filmes

plásticos, garrafas, sacolas e embalagens:

Extrusão: o termoplástico previamente aquecido é compactado, amolecido e, na forma

de fluido viscoso, é inserido em uma matriz, onde se solidifica por meio de ventiladores

ou água. Este método permite a fabricação de peças plásticas de boa qualidade, sendo a

técnica mais utilizada actualmente. É um processo contínuo, com alta produtividade.

Filmes plásticos e sacolas são fabricados pelo processo de extrusão.

Moldagem por injecção: a parte mais importante da máquina é o molde, que tem a

forma oca do objecto a ser formado. O termoplástico, usualmente na forma de grânulos,

é aquecido e empurrado por alta pressão para dentro do molde. O contacto com as

paredes resfriadas do molde provoca a solidificação do material na forma desejada.

Quando o plástico resfria, o molde é aberto e o objecto pronto é ejectado. Este processo

é usado para fabricar produtos como embalagens de manteiga, potes de iogurtes e

tampas.

Moldagem por sopro: é um processo usado em conjunto com a moldagem por extrusão

ou a moldagem por injecção. Permite a fabricação de peças ocas, como garrafas. Sua

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vantagem é a capacidade de produzir peças de paredes finas sem a necessidade de unir

duas ou mais partes moldadas.

Moldagem por compressão: é o método mais antigo. Uma quantidade determinada de

polímeros e aditivos é colocada entre a fêmea e o macho de um molde; o molde é

fechado e submetido a aquecimento e pressão. Este método é usado para produzir

plásticos termorrígidos.

Usos e aplicações

Artesanato

Brinquedos

Construção civil

Decoração

Design

Embalagem/ Indústria de

Embalagens.

Indústria aeroespacial

Indústria agrícola

Indústria alimentar

Indústria automotiva

Indústria farmacêutica

Indústria Fonográfica/

Gravadora (Disco de 78

rotações, LP, Compacto Simples

Tape, VHS, Betamax, CD,

DVD, DAT).

Indústria têxtil

Odontologia

Propriedades dos plásticos

As propriedades dos plásticos são definidas principalmente pela química orgânica do

polímero. Tais como dureza, densidade e resistência ao calor, solventes orgânicos,

oxidação e radiação ionizante. Em particular, a maioria dos plásticos irão derreter com o

aquecimento em torno de algumas centenas de graus célsius.

Composição

Petróleo e gás natural são as principais matérias primas para a produção dos plásticos.

O processo de produção normalmente começa com o tratamento de componentes do

óleo cru ou do gás natural em um processo de craqueamento. Este processo resulta na

conversão destes componentes em monómeros de hidrocarbonetos, como etileno e

propileno.

Outras etapas de processamento levam a uma ampla gama de monómeros, como

estireno, cloreto de vinila, etilenoglicol, ácido tereftálico e muitos outros. Estes

monómeros são então quimicamente unidos em cadeias, formando os polímeros. As

diferentes combinações de monómeros levam a uma ampla gama de plásticos, com

grande variação de propriedades e características.

Muitos plásticos são constituídos de monómeros de hidrocarbonetos. Eles são formados

pelas ligações de muitos monómeros entre si em longas cadeias, que formam uma

estrutura, dando origem a tipos diferentes de plásticos, como polietileno, polipropileno e

poliestireno. Embora muitos plásticos sejam constituídos somente de carbono e

hidrogénio, outros elementos podem estar presentes em sua estrutura, como oxigênio,

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cloro, flúor e nitrogénio. O PVC, ou poli(cloreto de vinila), contém cloro; o nylon

contém nitrogénio; o teflon contém flúor; o poliéster e os policarbonatos contêm

oxigênio

Borracha

A borracha é um polímero que pode ser natural ou artificial. A borracha natural é obtida

por meio do látex, que é produzido em muitas espécies vegetais tropicais. Mas

praticamente toda a produção mundial de borracha natural vem da extracção de látex da

seringueira (Hevea brasileiensis).

Realizam-se incisões no caule dessa árvore e o líquido branco escorre, sendo colectado

em tigelas e devendo ser recolhido com frequência a fim de evitar contaminação e

putrefacção

Fig2. Planta que produz a borracha (método de extracção).

O polímero da borracha é um polímero de adição, conhecido como poli-isopreno pois é

formado pela adição de 1,4 de monómeros de isopreno (metilbut-1,3-dieno):

Essa reacção está aqui de um modo simplificado, pois nas árvores elas são bem mais

complexas e necessitam de enzimas actuando como catalisadores. O valor de n na

fórmula do poli-isopreno acima é na ordem de 5000 e a borracha natural é formada por

cerca de 35% desse polímero.

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No entanto, a borracha natural possui algumas propriedades que dificultam a sua

utilização. Por exemplo, no frio, ela torna-se dura e quebradiça, enquanto, no calor, ela

fica mole e pegajosa.

As borrachas sintéticas mais comuns actualmente são as obtidas por meio da

polimerização do acetileno (buta-1,3-dieno), que forma o polibutadieno, e a partir do

cloropreno (2-clorobut-1,3-dieno), que produz o policloropreno, ou polineopreno, ou,

simplesmente, neopreno:

Actualmente, as borrachas sintéticas são mais utilizadas do que a borracha natural.

Tanto a natural quanto as sintéticas são consideradas elastômeros, isto é, substâncias

que, quando são submetidas à tensão, passam de rearranjos desordenados a arranjos

lineares, de maneira reversível.

A borracha usada nos pneus é sintética, conhecida como Buna-S, sendo formada pelo

eritreno (but-1,3-dieno) e pelo estireno (vinilbenzeno), que, em inglês, escreve-se

styrene, por isso, o “S” no final. O “na” também vem da actuação do sódio (Na – do

latim natrium) como catalisador:

Aplicação da Borracha Natural

1) Pneus em geral: Os pneus radiais são fabricados com Borracha Natural, pois somente ela proporciona a

necessária resistência nos flancos e a melhor qualidade de adesão para as cintas de aço.

Nos Estados Unidos, país que importa mais de 1 milhão de toneladas/ano de Borracha

Natural, as vendas de pneus radiais atingem 95% do total do mercado pneumático.

Os pneus radiais são mais seguros, mais resistentes, mais duradouros e de melhor

performance (economia de combustível) que os pneus convencionais, feitos a base de

borracha sintética.

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Em 1996 a Borracha Natural respondeu por 40‰ do mercado internacional de

elastômeros, enquanto que a fatia de mercado da Borracha Sintética tem caído

sucessivamente nos últimos anos.

2) Sexo e Saúde

Com o surgimento da AIDS, tornou-se vital a utilização destes produtos, feitos 100% a

base de Borracha Natural.

Luvas cirúrgicas

Preservativo

O consumo de Borracha Natural na indústria médica dobrou nos últimos anos

Tubos Cirúrgicos

Cateteres

Outros produtos farmacêuticos

A Borracha Natural, devido a sua habilidade de aderência em aço e vidro e de suportar

calor e vapor em esterilização, é a matéria-prima básica utilizada na fabricação destes

produtos.

3) Artefactos de Borracha

Solado de calçados

Camel back – para recauchutagem de pneus

Correias transportadoras

Artefactos leves

Autopeças.

Óxidos de silício e silicatos

Óxido de silício

O silício (Si) é um elemento químico de número atómico igual a 14 e pertence ao 3º

período da família VI A ou 16 da tabela periódica, a mesma família do carbono.

Inclusive, por essa razão, ele possui estrutura semelhante à do diamante (um dos

alótropos naturais do carbono) e suas reacções químicas também são semelhantes às do

carbono.

O silício foi descoberto em 1824, pelo químico sueco Jöns Jacob Berzelius, por meio do

aquecimento de tetrafluoreto de silício com potássio.

O silício é o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre (27,7%), ficando atrás

somente do oxigênio. Ele é encontrado em praticamente todas as rochas, areias, barros e

solos.

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O silício não é encontrado isolado na natureza e, inclusive, combina-se com o oxigênio

para formar a sílica (SiO2 - dióxido de silício). Combina-se também com outros

elementos para formar principalmente o quartzo – SiO2, os asbestos – H4Mg3Si2O9, a

zeolita – Na2(Al2Si3O10).H2O e a mica – K2Al2(Al2Si3O10).H2O.

Características

Em sua forma sólida, o dióxido de silício é branco e quebradiço, com densidade de 2,2

g/cm³. É composto de um átomo de silício e dois átomos de oxigênio. Sua forma mais

comum na natureza é em areia ou em cristais de quartzo, e ele é famoso por sua rigidez.

É um mineral altamente resistente ao calor, com ponto de fusão de 1.650º C.

Tipos

Existem dois tipos básicos de dióxido de silício encontrados na natureza. A composição

química dos dois tipos é exactamente igual, e as propriedades são geralmente as

mesmas, mas como são formados sob diferentes condições, são levemente diferentes. O

primeiro tipo é o dióxido de silício granular, que é comummente conhecido como areia.

As partículas são bem pequenas, mas ainda duras. O outro tipo é o dióxido de silício

cristalino. Esses são amontoados maiores que são cristais de quartzo e têm coloração

parecida com a do leite

Utilização ou aplicação do óxido de silício

Sílica fundida é produzida em fornos de arco, de plasma ou outros tipos. Pode ter pureza

de até 99,9% de SiO2. Usada principalmente na indústria eletro-eletrônica.

É matéria-prima básica para a produção de vidro. Misturada com cal e carbonato de

sódio produz os vidros comuns para janelas, garrafas, lâmpadas, etc., (a maior parte dos

vidros planos são fabricados pela deposição em uma cuba com estanho fundido sob

atmosfera controlada). Com óxido de boro produz vidros resistentes a altas temperaturas

e choques térmicos, muitas vezes conhecidos pelo nome comercial pirex. A sílica

fundida de alta pureza pode por si ser usada para vidros de alta resistência térmica e

mecânica (usados em naves espaciais).

A areia é extensivamente usada como agregado na construção civil. Também na

indústria de fundição, refratários, etc.

Óxido de silicatos

Por definição, um silicato trata-se de um composto constituído pelos elementos

químicos silício (Si) e oxigênio (O), derivado do ácido salicílico, que pode ser um sal ou

um éster. Deste grupo destacam-se os silicatos formados pelos metais alcalinos,

elementos constituintes da Família IA da tabela periódica, que são o lítio (Li), sódio

(Na), potássio (K), rubídio (Rb), césio (Cs) e frâncio (Fr), uma vez que estes são

hidrossolúveis e possuem várias aplicações na indústria e no laboratório. Exceptua-se

desta lista os dois últimos elementos mencionados, por seu elevado peso molecular e

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sua radioactividade. Torna-se ainda de relevância informar que o ácido salicílico é um

dos derivados do segundo elemento químico de maior abundância na crosta terrestre, da

ordem de 27 %, o silício (Si).

Os silicatos são muito comuns na natureza mineral, e seus cristais são constituídos por

sua unidade fundamental, o tetraedro SOi4, onde cada cátion Si4+

liga-se de forma

covalente, por compartilhamento de electrões, a quatro ânions O2-

situados nos vértices

de um tetraedro. Essa estrutura admite a possibilidade de cada oxigênio ligar-se a outro

átomo de oxigênio situado no vértice de outro tetraedro. Dessa forma, pode-se formar

longas estruturas mono, di ou tridimensionais, dando origem a compostos com diferente

proporção entre os elementos Si e O. A classe mineral dos silicatos representa em torno

de 30% de todos os minerais conhecidos, tornando-se uma das mais importantes e

pesquisadas, onde sua capacidade polimerização está directamente vinculada a sua

diversidade.

“Em geologia e astronomia, o termo silicato é usado para denotar um tipo de rocha que

consiste de silício e oxigênio (geralmente como SiO2 ou SiO4), um ou mais metais e

possivelmente hidrogénio. Tais rochas variam de granito a gabro. A maioria da crosta

da Terra é composta de rochas de silicato, assim como as crostas de outros planetas

rochosos” ¹.

“Do ponto de vista técnico são silicatos importantes o vidro, a porcelana, o esmalte, o

vidro solúvel, a argila, o asbeto, o cimento e outros” ².

O silicato de sódio é conhecido como vidro solúvel, e é utilizado como abrasivo, como

carga na indústria do sabão, como agente impermeabilizante, antiincendiário e na

fabricação de revestimentos cerâmicos, onde actua como agente defloculante da argila,

aumentando a densidade da solução. Já os demais silicatos alcalinos são comummente

adicionados a detergentes por aumentarem o poder tenso-ativo dos mesmos.

Os silicatos de sódio ainda apresentam uma vasta aplicação no tratamento da água de

origem industrial, onde sua adição pode reduzir índices de ferro e manganês sob a forma

de hidróxidos que precipitam nas tubulações. Por sua capacidade de selectividade e

adsorção, são também empregados no tratamento de efluentes de natureza diversa.

Rede: Silícico

O silício é um elemento com propriedades eléctricas e físicas de um semi-metal,

desempenhando no reino mineral um papel cuja importância pode ser comparável ao do

carbono nos reinos vegetal e animal. Semelhante a este, porém de modo menos intenso,

o Si possui a capacidade de formar longas cadeias, muitas vezes ramificadas.

A palavra silício provém do latim sílex, rocha constituída de sílica (dióxido de silício)

amorfa hidratada e sílica microcristalina, a qual era utilizada, pela sua dureza, na

confecção de utensílios e armas na Era Pré-Metálica (Paleolítica).

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O ciclo do silício

O ácido monossilícico [(H4SiO4 ou Si(OH)4], também denominado de ácido ortosilícico

ou simplesmente ácido silícico, ocorre na solução do solo, nas águas doces e oceanos de

todo o mundo. Em pH próximo da neutralidade, o ácido silícico tem solubilidade de

2mM. Acima desta concentração ocorre poli condensação, produzindo ácido silícico

oligomérico e, eventualmente, partículas coloidais de sílica hidratada (SiO2.xH2O). A

dissolução e deposição de sílica em água pode ser representada como: (SiO2)x+ 2H2

O (SiO2)x-1

+ Si(OH)4. A reacção para a direita ocorre em condições de hidratação, e

para a esquerda em condições de desidratação (BIRCHALL, 1995). Da mesma maneira

como ocorre com o P, Ca e Mg, o ciclo do Si possui um elevado dreno abiótico,

impedindo uma alta abundância na biosfera. Um dos drenos abióticos no solo é a

reacção do ácido silícico com o Al, formando hidroxialuminossilicatos (HAS). Os HAS

podem ser considerados como precursores amorfos da imogolita, um aluminossilicato

mineral encontrado em diferentes tipos de solos. A condensação de ácido silícico e a

polimerização subsequente, formando a sílica biogénica, representa uma perda elevada

de ácido silícico da biosfera. O surgimento e o aumento de organismos formadores de

sílica têm contribuído com uma redução significativa na concentração de ácido silícico

no meio ambiente, pois a reacção reversa é ordens de magnitude menor (EXLEY,

1998). Estas perdas substanciais do ácido silícico biosférico, para os drenos bióticos e

abióticos, podem ser compensadas pela natureza, de modo global, por meio de sua

abundância na crosta terrestre. Entretanto, em ecossistemas específicos, o problema da

diminuição do Si pode se tornar economicamente importante. Solos utilizados

intensivamente, principalmente com culturas acumuladoras de Si, podem tornar-se

paulatinamente deficientes no elemento, pois a exportação do Si não é compensada, via

de regra, com a fertilização silicatada.

Silício como semi-condutor

Quando um electricista vai fazer uma instalação eléctrica, ele costuma usar cabos e fios

condutores. Esses fios condutores são assim chamados porque são bons condutores de

electricidade, ou seja, possuem electrões livres.

Na maioria das vezes esses cabos são feitos de cobre, que é um óptimo condutor de

electricidade e um material de custo não elevado.

Outros materiais são classificados como isolantes, pois não possuem electrões livres.

Por isso não servem para serem usados para a condução de electricidade. Temos vários

exemplos de materiais com essas características, por exemplo, o isopor, a madeira e a

borracha.

Os condutores e os isolantes são bastante conhecidos. Basta lembrar que, para não

tomar um choque, calçamos sapatos e chinelos com solado de borracha, que promovem

um isolamento do chão.

O que muitos talvez não saibam é que existe uma terceira categoria de materiais. São

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aqueles que estão numa situação intermediária, ou seja, em determinada situação são

isolantes e em outra são condutores. Esses materiais são classificados como

semicondutores.

Os semicondutores mais utilizados

O silício e o germânio são os semicondutores mais utilizados no mercado. Vamos tomar

como exemplo o silício. Em estado sólido, ele é sempre ligado a quatro outros átomos

de silício. Em cada ligação, são compartilhados dois electrões. Como pode ser

observado na figura 1, o silício é um isolante, pois não sobram electrões livres.

Esse estado pode ser modificado com o aumento da temperatura do silício. Isso faz

com que alguns electrões consigam escapar dessas ligações, tendo como consequência

uma diminuição da resistividade. Quanto maior a temperatura, maior a quantidade de

electrões livres e, consequentemente, menor a resistividade.

Processo de contaminação ou dopagem

Outro modo de diminuir a resistência do cristal de silício é introduzir de maneira

uniforme impurezas, que podem ser átomos de arsénio ou de boro. Quando

introduzimos o arsénio, o semicondutor é chamado de semicondutor de tipo n e quando

é introduzido o boro, ele é chamado de semicondutor de tipo p.

Na proporção pré-definida de um átomo em um milhão, são introduzidos de maneira

uniforme átomos de arsénio no cristal de silício. O arsénio tende a estabelecer cinco

ligações com os átomos vizinhos, enquanto o silício estabelece quatro ligações. O

resultado é que teremos um electrão livre que poderá se mover pelo cristal. Isto significa

que teremos transportadores de cargas negativas. Por isso que é chamado de

semicondutor tipo n.

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Semicondutor tipo p

Em vez de arsénio, agora serão introduzidos átomos de boro na mesma proporção

anterior. Esse elemento tende a estabelecer três ligações com os átomos vizinhos e,

quando ele é introduzido no cristal de silício, acaba faltando um electrão. Observe a

figura.

Pela figura, observa-se que a falta desse electrão criou uma lacuna. Se esse cristal for

submetido a uma diferença de potencial, o electrão que está a mais no átomo de silício

irá se movimentar para o lado de maior potencial, enquanto que a lacuna irá se

movimentar para o de menor potencial. Resumindo: essa lacuna se comporta como se

fosse uma carga positiva, e por isso esse semicondutor recebe o nome de semicondutor

tipo p.

A grande vantagem de se utilizar os semicondutores é que com eles podemos controlar

o número de cargas positivas e negativas por unidade de volume. Esses materiais são

muito utilizados em um componente presente nos aparelhos electrónicos, como a

televisão e o rádio. Esse componente é conhecido como transistor.

A industria Vidreira: tipos de vidro

Os trabalhadores da indústria vidreira estão, de um modo geral, em contacto com

factores de risco para a saúde, tais como, a exposição a agentes químicos (ex. Sílica), a

exposição a temperaturas elevadas e a ruído intenso.

A utilização de diferentes recursos tecnológicos com diversas formas de controlo e

organização tem como consequência a exposição dos trabalhadores a diferentes

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modalidades e intensidades de riscos, condicionados pelas particularidades dos diversos

processos industriais.

Tipos de vidro

Em ciência dos materiais o vidro é uma substância sólida e amorfa, que apresenta

temperatura de transição vítrea. No dia a dia o termo se refere a um material cerâmico

transparente geralmente obtido com o resfriamento de uma massa líquida à base de

sílica.

Em sua forma pura, o vidro é um óxido metálico super esfriado transparente, de elevada

dureza, essencialmente inerte e biologicamente inactivo, que pode ser fabricado com

superfícies muito lisas e impermeáveis. Estas propriedades desejáveis conduzem a um

grande número de aplicações. No entanto, o vidro geralmente é frágil, quebra-se com

facilidade. O vidro comum se obtém por fusão em torno de 1.250 °C de dióxido de

silício, (SiO2), carbonato de sódio (Na2CO3) e carbonato de cálcio (CaCO3).

Os principais tipos de vidro e suas utilidades

As principais qualidades dos vidros são a transparência e a dureza. Devido a essas

características eles são itens utilizados para diferentes objectivos, porém existem

diversos tipos de vidro disponíveis no mercado e cada um atende a necessidades

específicas.

Apresentamos de seguida os tipos de vidro e sua utilização:

Vidro comum: também conhecidos como vidro float e vidro monolítico, esse é

um dos tipos de vidro mais antigo no mercado e possui um processo de

produção mais simples. O vidro comum é transparente, incolor ou colorido, com

uma espessura uniforme, sendo uma excelente opção para aplicações onde é

necessária uma ampla visibilidade, pois ele não provoca distorção óptica.

Vidro espelho: essa é a opção mais procurada por arquitectos e decoradores. O

vidro espelho não é somente um item essencial para os ambientes, mas também

é uma óptima opção de decoração. Esse vidro proporciona a sensação de

amplitude de espaços, e ainda torna os ambientes muito mais modernos. Ele é

uma óptima opção para residências, comércios, empresas, entre diversos outros

ambientes.

Vidro laminado: é uma excelente opção para ambientes que precisam de

segurança, controle acústico e controle de calor quando são compostos por

vidros reflectivos. Ele é composto por uma ou mais placas de vidros, que são

unidas por camadas de EVA (Etileno Vinil Acetato). Devido a sua alta

resistência, o vidro laminado é indicado para portas, janelas, divisórios, vitrines,

sacadas, pára-brisas de carro, entre outros.

Vidro temperado: esse é um dos tipos de vidro mais procurados no mercado,

ele recebe um tratamento térmico onde é aquecido e resfriado rapidamente, o

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tornando muito mais rígido e resistente. Ele também é considerado um vidro de

segurança, pois em caso de quebra ele se fragmenta em pequenos pedaços com

bordas menos cortantes. Ele é indicado para box, varandas, sacadas, divisão de

ambientes, portas, entre outros.

Vidro reflectivo: esse tipo de vidro é composto por uma aplicação de camada

metalizada em umas das faces de um vidro float. O vidro reflectivo bloqueia a

entrada de calor e controla a luz dos locais. Além disso, ele proporciona maior

privacidade para os ambientes internos, sendo uma óptima opção para fachadas

de prédios, janelas, sacadas, empresas, etc.

Vidro fantasia: também conhecido como vidro impresso, esse tipo de vidro

possui uma das faces impressas por um cilindro. Ele é produzido com o mesmo

material do vidro comum, porém ele passa por um processo de impressão de

textura, podendo ser adquirido em diferentes desenhos em relevo. O uso dele é

comum para decorações de ambientes, portas, janelas, box, entre outros.

Os diferentes tipos de vidros são feitos a base de outros materiais, como pode ser visto

na seguinte tabela.

Vidros de elementos: Enxofre, selénio, Telúrio e fósforo

Vidros Óxidos

Charutos: SiO2, Bo2Ou3, Pb2Ou5, As2Ou5

Misturas com alguns dos anteriores:

A o2Ou3, Ga2Ou3, TiO2; alcalinos e

alcalinoterreos: cal e CaO; soda, Na2Ou

Inorgânicos Sulfuros Sulfuro de Arsénico, As2S3

Haletos

Fluoruro de Berílio, BeF2, Cloreto de Zinco,

ZnCl2

Nitratos Misturas de Nitrato de Sódio e de Cálcio

Sulfatos Sulfato de Potássio, K2S2Ou7

Carbonatos

Misturas de Carbonato de Potássio e

Magnésio

Fluoruros

Fluoruro de Alumínio, AlF2 e fluoruro de

Berílio, BeF2

Vidros Moléculas simples Eter etílico, glicerina, álcool metálico,

glicose e sacarose

Orgânicos Polímeros Polietileno e outros materiais plásticos

Vidros Metálicos

Ligas de silicatos de ouro e de paládio, ligas

de telúrio cobre e ouro, ligas do grupo de

platino com outros metais

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A Industria cimenteira: tipos de cimentos

A indústria de cimento está distribuída por quase todos os países do mundo, com

actuação marcante tanto de empresas locais como de grandes grupos internacionais

integrados e com desempenho global. A indústria sistematicamente implanta novas

unidades integradas, com investimentos situando-se em torno de US$ 150,00/t/ano de

clínquer, englobando somente equipamentos e construção, não sendo computados

terrenos, jazidas e capital operacional. No total, o investimento situa-se entre US$

180,00 e US$ 200,00/ton/ano de cimento ou clínquer.

A produção mundial de cimento em 2013 foi um pouco superior a 4.000 Mton, ou seja,

um crescimento próximo a 8,1% em relação ao montante produzido em 2012, que foi de

aproximadamente 3.700 milhões de toneladas.

Cimento

O cimento pode ser definido como um pó fino, com propriedades aglomerantes,

aglutinantes ou ligantes, que endurece sob a acção de água. Na forma de concreto,

torna-se uma pedra artificial, que pode ganhar formas e volumes, de acordo com as

necessidades de cada obra. Graças a essas características, o concreto é o segundo

material mais consumido pela humanidade, superado apenas pela água. O Cimento

Portland Comum é referência para comparação com as características e propriedades

dos 8 tipos básicos de cimento Portland disponíveis no mercado. São eles:

Cimento Portland Comum (CP I)

Cimento Portland Composto (CP II)

Cimento Portland de Alto-Forno (CP III)

Cimento Portland Pozolânico (CP IV)

Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)

Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)

Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)

Cimento Portland Branco (CPB).

Esses tipos se diferenciam de acordo com a proporção de clínquer e sulfatos de cálcio,

material carbonático e de adições, tais como escórias, pozolanas e calcário,

acrescentadas no processo de moagem. Podem diferir também em função de

propriedades intrínsecas, como alta resistência inicial, a cor branca etc. O próprio

Cimento Portland Comum (CP I) pode conter adição (CP I-S), neste caso, de 1% a 5%

de material pozolânico, escória ou fíler calcário e o restante de clínquer. O Cimento

Portland Composto (CP II- E, CP II-Z e CP II-F) tem adições de escória, pozolana e

filler, respectivamente, mas em proporções um pouco maiores que no CP I-S. Já o

Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) e o Cimento Portland Pozolânico (CP IV)

contam com proporções maiores de adições: escória, de 35% a 70% (CP III), e pozolana

de 15% a 50% (CP IV).

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Aplicações dos tipos de cimento

1. Cimento Portland Comum CP I e CP I-S (NBR 5732)

Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado como

retardador da pega) é muito adequado para o uso em construções de concreto em geral

quando não há exposição a sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. O Cimento

Portland comum é usado em serviços de construção em geral, quando não são exigidas

propriedades especiais do cimento. Também é oferecido ao mercado o Cimento

Portland Comum com Adições CP I-S, com 5% de material pozolânico em massa,

recomendado para construções em geral, com as mesmas características.

2. Cimento Portland CP II (NBR 11578)

O Cimento Portland Composto é modificado. Gera calor numa velocidade menor do que

o gerado pelo Cimento Portland Comum. Seu uso, portanto, é mais indicado em

lançamentos

maciços de concreto, onde o grande volume da concretagem e a superfície relativamente

pequena reduzem a capacidade de resfriamento da massa. Este cimento também

apresenta melhor resistência ao ataque dos sulfatos contidos no solo. Recomendado para

obras correntes de engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto simples, armado

e protendido, elementos pré-moldados e artefactos de cimento. Veja as recomendações

de cada tipo de CP II:

a- Cimento Portland CP II-Z (com adição de material pozolânico) – Empregado em

obras civis em geral, subterrâneas, marítimas e industriais. E para produção de

argamassas, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados e

artefactos de cimento. O concreto feito com este produto é mais impermeável e por isso

mais durável.

b- Cimento Portland Composto CP II-E (com adição de escória granulada de alto-

forno) – Composição intermediária entre o cimento portland comum e o cimento

portland com adições (alto-forno e pozolânico). Este cimento combina com bons

resultados o baixo calor de hidratação com o aumento de resistência do Cimento

Portland Comum. Recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de

calor moderadamente lento ou que possam ser atacadas por sulfatos.

c- Cimento Portland Composto CP II-F (com adição de material carbonático – fíler) –

Para aplicações gerais. Pode ser usado no preparo de argamassas de assentamento,

revestimento, argamassa armada, concreto simples, armado, protendido, projectado,

rolado, magro, concreto-massa, elementos pré-moldados e artefactos de concreto, pisos

e pavimentos de concreto, solo-cimento, dentre outros.

3. Cimento Portland de Alto Forno CP III – (Com escória – NBR 5735)

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Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de hidratação,

assim com alta resistência à expansão devido à reacção álcali-agregado, além de ser

resistente a sulfatos. É um cimento que pode ter aplicação geral em argamassas de

assentamento, revestimento, argamassa armada, de concreto simples, armado,

protendido, projectado, rolado, magro e outras. Mas é particularmente vantajoso em

obras de concreto-massa, tais como barragens, peças de grandes dimensões, fundações

de máquinas, pilares, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para condução

de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados

reactivos, pilares de pontes ou obras submersas, pavimentação de estradas e pistas de

aeroportos.

4. Cimento Portland CP IV – 32 (Pozolânico – NBR 5736)

Para obras correntes, sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido,

elementos pré-moldados e artefactos de cimento. É especialmente indicado em obras

expostas à acção de água corrente e ambientes agressivos. O concreto feito com este

produto se torna mais impermeável, mais durável, apresentando resistência mecânica à

compressão superior à do concreto feito com Cimento Portland Comum, a idades

avançadas. Apresenta características particulares que favorecem sua aplicação em casos

de grande volume de concreto devido ao baixo calor de hidratação.

5. Cimento Portland CP V ARI – (Alta Resistência Inicial – NBR 5737)

Com valores aproximados de resistência à compressão de 26 MPa a 1 dia de idade e de

53 MPa aos 28 dias, que superam em muito os valores normativos de 14 MPa, 24 MPa e

34 MPa para 1, 3 e 7 dias, respectivamente, o CP V ARI é recomendado no preparo de

concreto e argamassa para produção de artefactos de cimento em indústrias de médio e

pequeno porte, como fábricas de blocos para alvenaria, blocos para pavimentação,

tubos, lajes, meio-fio, mourões, postes, elementos arquitectónicos pré-moldados e pré-

fabricados. Pode ser utilizado no preparo de concreto e argamassa em obras desde as

pequenas construções até as edificações de maior porte, e em todas as aplicações que

necessitem de resistência inicial elevada e desforma rápida. O desenvolvimento dessa

propriedade é conseguido pela utilização de uma dosagem diferente de calcário e argila

na produção do clínquer, e pela moagem mais fina do cimento. Assim, ao reagir com a

água o CP V ARI adquire elevadas resistências, com maior velocidade.

6. Cimento Portland CP (RS) – (Resistente a sulfatos – NBR 5733)

CP-RS oferece resistência aos meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de

águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos. Pode ser usado

em

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concreto dosado em central, concreto de alto desempenho, obras de recuperação

estrutural e industriais, concretos projectado, armado e protendido, elementos pré-

moldados de concreto, pisos industriais, pavimentos, argamassa armada, argamassas e

concretos submetidos ao ataque de meios agressivos, como estações de tratamento de

água e esgotos, obras em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. De acordo com a

norma NBR 5737, cinco tipos básicos de cimento – CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V-

ARI – podem ser resistentes aos sulfatos, desde que se enquadrem em pelo menos uma

das seguintes condições:

Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições carbonáticas de

no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente;

Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória

granulada de alto-forno, em massa;

Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material

pozolânico, em massa;

Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou

de obras que comprovem resistência aos sulfatos.

7. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) – (NBR 13116)

O Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) é designado por siglas e classes

de seu tipo, acrescidas de BC. Por exemplo: CP III-32 (BC) é o Cimento Portland de

Alto-Forno com baixo calor de hidratação, determinado pela sua composição. Este tipo

de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande

massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao

calor desenvolvido durante a hidratação do cimento.

8. Cimento Portland Branco (CPB) – (NBR 12989)

O Cimento Portland Branco se diferencia por coloração, e está classificado em dois

subtipos: estrutural e não estrutural. O estrutural é aplicado em concretos brancos para

fins arquitectónicos, com classes de resistência 25, 32 e 40, similares às dos demais

tipos de cimento. Já o não estrutural não tem indicações de classe e é aplicado, por

exemplo, em reajustamento de azulejos e em aplicações não estruturais. Pode ser

utilizado nas mesmas aplicações do cimento cinza. A cor branca é obtida a partir de

matérias-primas com baixos teores de óxido de ferro e manganês, em condições

especiais durante a fabricação, tais como resfriamento e moagem do produto e,

principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila. O índice de brancura deve ser

maior que 78%. Adequado aos projectos arquitectónicos mais ousados, o cimento

branco oferece a possibilidade de escolha de cores, uma vez que pode ser associado a

pigmentos coloridos.

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Obs: As recomendações de uso de determinado cimento, baseia-se em critérios

técnicos e económicos. Não significa que um determinado tipo de cimento não possa ser

utilizado para um determinado tipo de obra, quase todos poderão ser utilizados para

quaisquer obras, desde que hajam estudos de dosagem e procedimentos específicos

Propriedades físicas do cimento:

Pega do Cimento: A pega pode ser entendida como a evolução das propriedades

mecânicas da pasta de cimento no início do processo de endurecimento, a partir do

processo químico de hidratação.

Início de Pega: Tempo disponível para trabalhar a pasta ( Mistura, Transporte,

Lançamento, Adensamento.)

Fim de Pega: Tempo mínimo para se transitar sobre o cimento e prazo mínimo para o

início do processo de cura.

Falsa pega: o cimento adquire dureza, mas não tem resistência suficiente.

Endurecimento: período de fenómenos físicos entrelaçamento dos cristais.

Factores que influenciam na Pega do Cimento:

Finura do cimento – Cimentos mais finos dão inicio de pega mais rápido e fim

de pega mais demorado.

Maiores quantidades de água diminui o tempo do inicio de pega.

O aumento de temperatura diminui o tempo do inicio de pega.

Temperaturas próximas de 00C retardam as reacções e temperaturas abaixo

desta as paralisam.

Propriedades químicas do cimento:

Durante a calcinação das matérias-primas, ocorrem combinações químicas,

principalmente no estado sólido, que conduzem à formação dos constituintes principais

do cimento Portland:

silicato tricálcico (3CaO.SiO2);

silicato bicálcico (2CaO.SiO2);

aluminato tricálcico (3CaO.Al2O3);

ferro aluminato tetracálcico (4CaO.Al2O3.Fe2O3).

As propriedades do cimento são directamente relacionadas com as proporções dos

silicatos e aluminatos.

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A composição potencial do cimento Portland varia em função das condições de

operação do forno e do subsequente resfriamento do clinker.

O conhecimento das proporções dos constituintes do cimento reside na correlação

existente entre estes e as propriedades finais do cimento e também do concreto.

O silicato tricálcico é o maior responsável pela resistência em todas as idades,

especialmente até o fim do primeiro mês de cura. O silicato bicálcico adquire maior

importância no processo de endurecimento em idades mais avançadas, sendo

largamente responsável pelo ganho de resistência a um ano ou mais. O aluminato

tricálcico também contribui para a resistência, especialmente no primeiro dia. O ferro

aluminato de cálcio em nada contribui para a resistência.

O aluminato de cálcio muito contribui para o calor de hidratação, especialmente no

início do período de cura. O silicato tricálcico é o segundo componente em importância

no processo de liberação de calor. Os dois outros componentes contribuem pouco para a

liberação de calor.

O aluminato de cálcio, quando presente em forma cristalina, é o responsável pela

rapidez de pega. Com a adição de proporção conveniente de gesso, o tempo de

hidratação é controlado. O silicato tricálcico é o segundo componente com

responsabilidade pelo tempo de pega do cimento. Os outros componentes se hidratam

lentamente, não tendo efeito sobre o tempo de pega.

Processo de fabricação do cimento

Os componentes que mais interessam na fabricação do cimento são: CaO SiO2 Fe2O3

Al2O3. O Calcário e a argila são misturados e moídos a fim de se obter uma mistura

crua para descarbonatação e clinquerização. No processo de moagem o material entra

no moinho encontrando em contra corrente o ar ou gás quente (~220°C), propiciando a

secagem do material. O material que entra com humidade em torno de 5% sai com

humidade em torno de 0,9% a uma temperatura de final de 80 graus. Depois de moído o

material é estocado em silos onde pode ser feito a homogeneização do mesmo;

Clinquerização: É o processo de cozedura do cimento cru onde a temperatura pode

chegar a 1450°C. Para que ocorra o aquecimento do material cru, o mesmo é lançado

numa torre de ciclones onde em fluxo contrário, correm os gases quentes da combustão.

Nos ciclones ocorrem a separação dos gases e material sólido. Os gases são lançados na

atmosfera após passarem por um filtro onde as partículas, ainda presentes dos gases são

precipitadas e voltam ao processo.

O processo de clinquerização divide-se em:

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1. Evaporação da água livre: H2O (líquido100°C) → H2O (vapor,100°C) ΔH = - 539,6

cal/g

2. Decomposição do carbonato de magnésio MgCO3 (sólido340°C) → MgO (sólido) +

CO2 (gasoso) ΔH=- 270 cal/g

3. Decomposição do carbonato de cálcio CaCO3 (sólido)→ CaO (sólido)+ CO2 (gás)

ΔH= - 393 cal/g

4. Desidroxilação das argilas

5. Formação do 2CaO.SiO2 2CaO + SiO2 (1200°C) → 2CaO.SiO2 = silicato dicálcico

(C2S)

6. Formação do 3CaO.SiO2 2CaO.SiO2 + CaO (1260a1450°C) →3CaO.SiO2 = silicato

tricálcico (C3S) 7. Primeiro e segundo resfriamento.

Termoquímica da calcinação: A formação dos compostos do clínquer consomem

pouca caloria e os principais valores da formação a 1300°C são:

• 2CaO + SiO2 → 2CaO.SiO2 ΔH=- 146 cal/g

• 3CaO + SiO2 → 3CaO.SiO2 ΔH=- 111 cal/g

• 3CaO + Al2O3 → 3CaO.Al2O3 ΔH=- 21 cal/g = aluminato de tricalcio (C3A)

• 4CaO + Al2O3 + Fe2O3 → 4CaO. Al2O3.Fe2O3 ΔH=- 25 cal/g = aliminoferrito de

tetracálcio (C4AF).

A industria cerâmica: tipos de cerâmica

Indústria de cerâmica é a actividade industrial envolvida na fabricação de

instrumentos e objectos a partir da cerâmica.

A indústria cerâmica é responsável pela fabricação de pisos, azulejos e revestimento de

larga aplicação na construção civil, bem como pela fabricação de tijolos, lajes, telhas,

entre outros. Ainda, o sector denominado cerâmica tecnológica, é responsável pela

fabricação de componentes de alta resistência ao calor e de grande resistência à

compressão. Actualmente a cerâmica é objecto de intensa pesquisa tendo em vista o

aproveitamento de várias das propriedades físicas e químicas de um grande número de

materiais, principalmente a semicondutividade, supercondutividade e comportamento

adiabático

Cerâmica

A cerâmica é a arte ou a técnica de produção de artefactos de objectos tendo a argila

como matéria prima. Qualquer classe de material sólido inorgânico, não metálico que

seja submetido a altas temperaturas (aproximadamente 540 °C) na manufactura.

Geralmente uma cerâmica é um oxido metálico, boreto, nitreto, ou uma mistura que

pode incluir aniões. A cerâmica é um termo genérico, que inclui a porcelana, o barro

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vidrado, o grés, a louça… Existem igualmente cerâmicas técnicas, utilizadas na

industria pelas suas propriedades térmicas ou mecânicas.

A origem da cerâmica

A palavra cerâmico deriva da palavra grega “Karamica’’ que esta associado à palavra

“Kéramos”, liga, por sua vez, à “ arte dos vasos cozidos”, ou seja, produtos aquecidos

que contêm argila. Apesar do termo cerâmica reter o sentido original de produtos feitos

com argila, ao longo dos tempos começou a abranger outros produtos processados de

forma idêntica (Carter e Norton 2007).

As primeira cerâmicas conhecidas datam do final do Paleolítico (Boch e Nièpce 2007).

Os exemplos mais antigos de barro cozido, que incluem mais de 1000 fragmentos de

estatuetas foram descobertos na Morávia, actual República Checa.

A primeira evidência da produção de cerâmica de olaria remota a 10 000 AC com a

descoberta de fragmentos perto de Nagasaki, no Japão. Esta cerâmica produzida a partir

de argila, fibras orgânicas e mica, era denominada de “Jamon” devido aos motivos

traçados no seu padrão. Estes vasos, assim como os produzidos no próximo oriente, há

cerca de 10 000 anos, eram queimados a baixa temperatura (Carter e Norton 2007).

Durante o período final da idade da pedra (Neolitico) a arte dos vasos cozidos tornou-se

uma actividade importante (Carter e Norton 2007). Na Mesopotâmia há vestígios de

fragmentos cerâmicos de artefactos que datam de 8 000 anos AC (Margueron 1991).

Revestimentos de piso e de parede em ladrilho e estruturas de calcários e gesso foram

encontradas na Palestina (8300-7600 AC) e depois no Iraque, Síria, Anatólia e Jericó

(Kingery e tal 1992).

Por volta de 7000-6000 AC, especialmente no próximo oriente, foi observado um

grande impulso na cerâmica, resultante da sedentarização das populações (Boch e

Nièpce 2007). As primeiras cerâmicas eram muito porosas e grosseiras e os artesãos

depressa perceberam que existia necessidade de alterar as propriedades da matéria-

prima (Boch e Nièpce 2007). As primeiras cerâmicas eram muito porosas e grosseiras e

os artesãos depressa perceberam que existia necessidade de alterar as propriedades da

matéria-prima (Boch e Nièpce 2007). Assim, eram adicionadas partículas não plásticas

para construir o esqueleto do artefacto (partículas minerais, orgânicas, e fragmentos de

cerâmica). Em cerca de 6400 AC a olaria já era relativamente desenvolvida, existindo

um melhor aperfeiçoamento nas técnicas de decoração e processamento térmico. Por

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exemplo, já se dominava o controlo das atmosferas de oxidação e redução requeridas

durante a queima dos produtos cerâmicos (Carter e Norton 2007).

As primeiras decorações de cerâmica eram inclinações e marcas feitas por paus, ossos e

unhas. Mas tarde as cerâmicas passaram a ser pintadas com base em pigmentos de

origem mineral (óxidos metálicos, culmite, calcite), podendo se executados antes ou

após o fogo. Investigações recentes revelam o aparecimento de vidrados no norte do

Iraque e no nordeste da Síria, em cerca de 1600 – 1500 AC (Boch Nièpce 2007). Esta

técnica foi depois estendida ao médio oriente na decoração arquitectónica, olaria e

estatuária. (…) Apenas no final do século XVIII, com a melhor compressão científica

da cerâmica (análise química da matéria – prima) aliado ao impulso proporcionado pela

revolução industrial, a produção e processamento da cerâmica sofreu um grande

desenvolvimento (Carter e Norton 2007).

Tipos de cerâmica

Existem quatro tipos de cerâmicos:

Cerâmica tradicional;

Cerâmicas industrial;

Cerâmica técnica;

Cerâmica artística.

Cerâmicos tradicionais

Os cerâmicos tradicionais estão geralmente associados aos matérias silicatadas,

fazendo normalmente parte da sua constituição três componentes básicos a argila, a

sílica e o feldspato. A argila é responsável pelas propriedades plásticas necessárias à

moldagem do material antes de este endurecido por cozedura. A sílica é o esqueleto não

deformável dos cerâmicos e o feldspato tem a importante função de reduzir a

temperatura de fusão da mistura. Os cerâmicos tradicionais incluem os matérias típicos

de olaria e os matérias e os matérias utilizados usualmente na construção. Alguns

exemplos destes matérias são tijolo, a telha, o grés e o azulejo utilizados na indústria da

construção ou a porcelana eléctrica com forte aplicação na indústria eléctrica.

Cerâmicas industrial/técnica

A indústria cerâmica é responsável pela fabricação de pisos, azulejos e cerâmica de

revestimento de larga aplicação na construção civil, bem como pela fabricação de

tijolos, lajes, telhas, entre outros. Ainda, o sector denominado cerâmica tecnológica, é

responsável pela fabricação de componentes de alta resistência ao calor e de grande

resistência à compressão.

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Os cerâmicos técnicos são formados normalmente por compostos puros ou quase puros,

tais como a alumina (Al2 O3), o carboneto de silício (SiC), a zircônia (ZrO2) ou nitreto

de silício novos matérias, como cerâmicas piezoeléctricas, fibras ópticas, capacitadores,

combustível nucleares, biomatérias (próteses), produtos de alta resistência (abrasivos,

ferramentas, de corte SiC, Al2 O3, carboneto de tungsténio), de alta temperatura

(refractários para industria cimentícias, metalúrgica, e vidro) de alta resistência e

temperatura (compósitos termo estruturais).

Cerâmica artística

Com possível excepção do fabrico de tijolos e telhas, geralmente utilizados na

construção desde a antiguidade na Mesopotâmia, desde muito cedo a produção cerâmica

deu importância fundamental à estética, já que seu produto, na maioria das vezes,

destinava-se ao comércio. Talvez por esta razão a maioria das culturas, desde seus

albores, acabou por desenvolver estilos próprios que com o passar do tempo

consolidavam tendências e evoluíam no aprimoramento artístico, a ponto de se poder

situar o estado cultural de uma civilização através do estudo dos artefactos cerâmicos

que produzia. Afora a cerâmica para a construção, a cerâmica meramente industrial só

ocorreu na Antiguidade em grandes centros comerciais, iniciando vigorosa etapa com a

Revolução industrial. Com a utilização da porcelana, a cerâmica alcançou níveis

elevados de sofisticação. Um exemplo notório da cerâmica artística em Portugal é a

barrista Rosa Ramalho que usou a argila para criar as figuras surrealistas do seu

imaginário.

Propriedades mecânicas dos cerâmicos

A resistência mecânica dos matérias cerâmicos é afectada por vários factores incluindo

a composição química, a microestrutura e as condições de superfície. A temperatura, o

tipo de tensão e o modo como é aplicada também são factores importantes.

A resistência à tracção diverge consideravelmente em função do tipo de material

cerâmico, podendo variar entre valores inferiores a cerca de 0,7 MPa até cerca de 7GPa.

Porém, poucos são os cerâmicos que possuem resistências à tracção superior a 170

MPa, estando usualmente associados a cerâmicos técnicos. Em geral a resistência à

compressão é cerca de 5 a 10 vezes superior à resistência à tracção.

Devido às suas ligações iónicas e covalentes, muitos matérias cerâmicos são duros e

possuem uma baixa resistência ao impacto. Devido à elevada dureza dos matérias

cerâmicos é difícil e custoso manufacturá-los. No entanto, há excepções. Por exemplo, a

argila é um material cerâmico que é macio e deformável, devido às forças das ligações

secundárias que existem entre as camadas de átomos fortemente ligados de forma iónico

e covalente.

A elevada dureza de alguns matérias cerâmicos torna-os úteis para funcionarem como

abrasivos para corte desbaste e polimento de matérias de menor dureza. A alumina e o

carboneto de silício são dois dos abrasivos mais utilizados.

A resistência dos matérias cerâmicos é afectada por defeitos existentes na estrutura. As

principais fontes de fractura são fendas superficiais originadas durante o processo de

acabamento, poros, inclusões e grãos grandes durante o processamento térmico.

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Nos poros aparecem tensões concentradas que quando excedem um dado valor crítico,

forma-se uma fenda que se propaga. Uma vez criadas as condições para início da

propagação, as fendas continuam a crescer até ocorrer a rotura. Os poros são também

prejudicais porque diminuem a área de distribuição de tensões no cerâmico. Logo, o

tamanho e a fracção dos poros nos cerâmicos afectam a sua resistência.

Conclusão

Portanto, como vimos nesse trabalho alem de destrutivos muitos compostos químicos

são realmente úteis na vida diária dos seres vivos. Vimos a importância e a larga escala

da aplicação dos compostos, sim podíamos afirmar com certeza que sem a Química (ou

sem os compostos químicos) não haveria vida, porque essa é de extrema importância.

Tendo terminado o presente trabalho, agradecemos ao nosso querido professor pela

estimada tarefa de pesquisa que nos habilitou com vários conhecimentos da utilização

de alguns compostos principalmente na área da Construção de Edifícios, citamos como

exemplo: O dióxido de silício (SiO2), que é utilizado para a produção de vidros os quais,

nós como futuros construtores iremos aplicar e o cimento.

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Referência Bibliográfica

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