Trabalho de Tec 2

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    José Pedro Café de Oliveira

    Marlon Martins Moreira

    TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO II

    Palmas, Junho de 2015.

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    EXECUÇÃO DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA

    NA OBRA DE EXPANSÃO DO CAPIM DOURADO SHOPPING

    José Pedro Café de Oliveira

    Marlon Martins Moreira

    Palmas, Junho de 2015

    Trabalho apresentado ao curso

    de Engenharia Civil do Centro

    Universitário Luterano de Palmas -

    CEULP/ULBRA, para fins de avaliação

    parcial na disciplina de Tecnologia da

    Construção II, sob a orientação do

    Professor Fabrício Bassani.

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    SUMÁRIO 

    1.INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4 

    2.OBJETIVOS .................................................................................................... 5 

    2.1.Gerais  ........................................................................................................... 5

    2.2.Específicos  ................................................................................................... 5

    3.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 5 

    3.1.Aspectos gerais sobre Impermeabilização ................................................... 5

    3.2.Projeto de Impermeabilização ...................................................................... 6

    3.3.Dados da obra de expansão do Capim Dourado Shopping ......................... 7

    3.4.A cerca da execução .................................................................................... 9

    3.5.Imprimação ................................................................................................. 11

    3.6.Instalação da Manta ................................................................................... 12

    4.CONCLUSÃO ................................................................................................ 15 

    5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 16 

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    1. INTRODUÇÃO

    O avanço do desenvolvimento tecnológico e normativo dos sistemas da

    construção civil tem possibilitado um significante volume de obras prediais para

    atender diversos elementos urbanos no território brasileiro. Esse cenário gera

    constantes investimentos no setor da construção e ao mesmo tempo requer

    melhor desempenho nas edificações, maior capacitação dos profissionais

    gestores na construção civil bem como a modernização do setor.

    Para acompanhar esse fato é necessário introduzir ações inovadoras

    nas atividades e etapas construtivas, com o intuito de selecionar produtos e

    serviços que resultem no progresso do setor, garantindo o bom desempenho

    na construção dos edifícios e o melhor aproveitamento de recursos. Contudo,

    tais ações não devem ser direcionadas somente nas metas de prazo e custo,

    mas também a devida atenção às questões de qualidade em termos de projeto,

    processo e produto acabado.

     A impermeabilização é um fator de extrema importância no que tange

    essas observações, já que a umidade é uma grande causadora de patologias

    em obras que não possuem um devido cuidado no processo de projeto e de

    execução correta das ações mitigadoras pertinentes.

    Na obra objeto de análise desse trabalho, a saber, expansão do Capim

    Dourado Shopping localizado no município de Palmas, a manta asfáltica foi

    escolhida como material para impermeabilizar a edificação.

     As mantas asfálticas possuem fácil aplicação e o material tem caráter

    uniforme, por isso é o sistema de impermeabilização mais empregado nas

    obras. Todavia, não é rara a ocorrência de infiltrações e outras patologias

    devidas à aplicação incorreta das mantas. Alguns fatores anteriores àexecução também podem ser a causa do problema, por exemplo, uma

    incorreta imprimação (aplicação do primer) do local.

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    2. OBJETIVOS

    2.1. Gerais

    Descrever aspectos a cerca da impermeabilização com emprego de

    manta asfáltica bem como seu processo de execução, tal como listar cada

    etapa usada na obra de expansão do Capim Dourado Shopping.

    2.2. Específi cos

      Explanar sobre a importância com respaldo na norma pertinente à

    impermeabilização com manta asfáltica;

      Apresentar as diretrizes fundamentais para elaboração do projeto;

      Descrever processos de imprimação, plaqueamento e instalação

    da manta que foram empregados na obra em questão;

      Pontuar as patologias detectadas in loco.

    3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

    3.1. Asp ect os gerais so bre Imp ermeabi lização

     A devida escolha do produto e/ou sistema no processo de

    impermeabilização está diretamente ligada pelas condições de uso e da

    qualidade da execução. Conforme a NBR 9575 - Impermeabilização, seleção e

    projeto (ABNT, 2003), o sistema de impermeabilização está em conforme ao

    conjunto de produtos e serviços com objetivo de conferir estanqueidade à

    determinadas partes de uma construção.

    Se essas proteções não forem devidamente previstas, ou se sua

    execução se der de forma errônea, a camada que deveria ser estanque será

    degradada conforme passe o tempo, causando uma exposição dos

    componentes da construção a agentes agressivos, diminuindo sua vida útil.Nesses casos, é necessária a intervenção prematura com manutenções que

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    contribuam para elevar o custo total da construção. Porcello (1998), afirma que

    o valor de uma impermeabilização na construção civil transita em torno de 1%

    a 3% do custo total da obra, contudo tal valor pode chegar a variar entre 5% e

    10%, quando a impermeabilização não alcançar a seu objetivo, apresentando

    defeitos. Com dados mais atuais, Lima (2012) compara esses dados por meio

    de levantamento com dez empresas construtoras de Salvador e relatou que o

    custo médio da impermeabilização é 1,06% do valor total da obra.

    O grande desafio na engenharia no que tange a impermeabilização é

    conferir a estanqueidade das partes construtivas que precisem dela, a exemplo

    de lajes expostas, calhas, muros e pisos em contato com o solo, reservatórios,

    piscinas entre outros. Nós tópicos seguintes serão discutidos aspectos básicos

    relativos às etapas de impermeabilização usadas na obra de expansão do

    Capim Dourado.

    3.2. Pro jet o de Imp erm eabi lização

     A prévia escolha do sistema de impermeabilização e o projeto são

    definidos, no Brasil, com base na NBR 9575 (ABNT, 2003). A norma tem como

    intuito estabelecer as exigências e recomendações para enquadramento das

    condições mínimas de proteção da construção contra a passagem de fluidos,

    conferindo a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram. Segundo

    a NBR 9575, o projeto de impermeabilização contém duas fases, a saber,

    projeto básico e de um projeto executivo.

     A norma em questão prescreve uma relação de detalhes construtivos

    que o projeto de impermeabilização deve atender, fazendo com que decisõesnão sejam tomadas durante o processo de execução, o que motivaria atrasos e

    perdas desnecessárias.

    Conforme Souza e Melhado (1997) abordam, em seu trabalho a cerca

    dos parâmetros para seleção e projeto do sistema de impermeabilização de

    pisos do pavimento-tipo de edifícios, um projeto tem a finalidade de agregar

    eficiência e qualidade ao produto afinal, tendo como consequência o

    atendimento dos interesses daqueles envolvidos no processo, isto é, oempreendedor, o projetista, o construtor e o usuário. Os mesmos sugerem que

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    a seleção do sistema de impermeabilização deve ter em pauta as seguintes

    diretrizes:

    I. Satisfazer aos requisitos de desempenho;

    II. Conter a máxima racionalização construtiva;

    III. Conferir à máxima construtibilidade;

    IV. Oferecer a devida adequação do sistema de impermeabilização

    aos demais elementos e componentes do edifício, dando uma

    especial atenção a laje, o piso e a alvenaria;

    V. E, por fim, ter um custo compatível com o empreendimento.

    Segundo Yazigi (2009), outro importante fator a ser levado em conta

    durante a elaboração em um projeto de impermeabilização é a simplificação

    dele, em outras, é preciso procurar estabelecer especificações contidos em um

    número limitado de opções que facilitem, futuramente, um controle de

    qualidade dos materiais.

    No projeto de expansão do Capim Dourado Shopping foi tomado às

    medidas de projeto supracitadas a fim de que os objetivos da

    impermeabilização fossem alcançados com qualidade e aproveitamento

    máximo dos recursos.

    3.3. Dados da ob ra de expansão do Capim Dourado Shop ping

     A construtora D. H. Engenharia, contratada pela administradora do

    Capim Dourado Shopping, iniciou a mobilização efetivamente em 27/01/2014.

     A obra teve início programado para 20/01/2014 e término previsto para

    30/04/2015, devido alguns imprevistos o prazo foi prorrogado.

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    Figura 1  – Vista do Shopping antes da Expansão

    Figura 2  – Demarcação, em vermelho, da área de expansão

    Para um melhor acompanhamento de todas as etapas construtivas, a

    obra foi dividida em 4 fases macro (Figura 3).

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    Figura 3  – Vista da Planta Baixa da obra com divisão dos eixos

    Os projetistas optaram por escolher a impermeabilização com manta

    asfáltica após discussões e análises da viabilidade para o empreendimento em

    questão. O responsável por acompanhar tanto na fase de projeto quanto na de

    execução foi um profissional de Engenharia de Produção com especialização e

    experiência em obras dessa magnitude.

    3.4. A cerca da execução

     A norma brasileira que trata da execução de impermeabilização é a NBR

    9574 (ABNT, 2008). A mesma estabelece as exigências e recomendações

    relativas à execução dos serviços pertinentes, a fim de que sejam atendidas as

    condições mínimas de proteção da construção contra a passagem de fluidos,

    garantindo a estanqueidade das partes construtivas. Tem os seguintesrequisitos gerais:

    (a) áreas que requerem estanqueidade devem ser totalmente

    impermeabilizadas;

    (b) deve ser garantida que a argamassa de regularização tenha idade

    mínima de sete dias para as impermeabilizações que exigem substrato seco; e

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    (c) superfícies sujeitas à água sob pressão positiva devem receber a

    impermeabilização na face de atuação da água.

     A NBR 9574 (ABNT, 2008), determina para cada tipo de sistema,

    cuidados especiais a serem tomados no que concerne à preparação do

    substrato, aplicação e proteção do tipo de impermeabilização (proteção

    mecânica). Tal proteção tem por objetivo impedir danos à impermeabilização,

    oriundas do tráfego e da evaporação dos componentes voláteis dos materiais

    responsáveis por sua elasticidade, ocasionada pela incidência direta da

    radiação solar. Segundo Yazigi (2009) a proteção mecânica só é descartada

    quando o sistema de impermeabilização adotado for autoprotegido.

     Alguns fatores podem prejudicar o processo de execução da

    impermeabilização, pode-se citar má qualidade dos materiais e má execução

    do serviço. Godóy e Barros (1997) pontuam os defeitos que podem ser

    causados pela aplicação errônea, cabe citar:

    (a) ausência de argamassa de regularização, caimento inadequado e

    possibilidade de perfuração da impermeabilização;

    (b) não arredondamento de cantos e arestas nos encontros dos planos

    horizontais e verticais;

    (c) execução da impermeabilização sobre base inapropriada,

    comprometendo a aderência;

    (d) juntas com cantos cortantes que podem agredir a impermeabilização;

    (e) uso de camadas grossas na aplicação da impermeabilização

    moldada in loco, para economia de tempo, dificultando a cura da emulsão; e

    (f) falhas nas emendas dos sistemas pré-moldados de

    impermeabilização.

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    Também foram realizados testes com lamina d´água sobre as áreas

    imprimadas, para verificar se a execução foi efetuada de maneira correta.

    Figura 4  – Laje da obra concretada pronta para receber o primer

    Figura 5  – Início da imprimação em alguns pontos

    3.6. Ins ta lação da Manta

     As mantas asfálticas possuem fácil aplicação e o material é uniforme,sendo por isso o sistema de impermeabilização mais adotado nas obras. A

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    construção da expansão do Shopping optou por esse tipo pela comodidade e

    eficácia.

    Os seguintes procedimentos foram efetuados no local: depois da cura do

    primer - sempre partindo do lado mais baixo  – a primeira manta foi desenrolada

    e verificada se o encontro com a superfície vertical (parede, platibanda) está

    perfeito. Acertada a posição da primeira manta, foi enrolada novamente. Com o

    auxílio de um maçarico, foram aquecidos simultaneamente o primer e o verso

    da manta. Enquanto ocorria o aquecimento, a manta era desenrolada e

    pressionada firmemente contra a base. Depois que a primeira manta estivesse

    soldada ao primer, desenrolava-se a segunda. Foi preciso sobrepor 10 cm.

    Houve cuidado para que a manta já aplicada e a nova ficassem perfeitamente

    paralelas. Foram enroladas e desenroladas a quantidade de vezes

    necessárias, até procedimento ser acertado. Com o maçarico, aqueceu-se

    simultaneamente o primer, uma faixa de 10 cm no início da manta já instalada

    e o verso da manta nova. Enquanto aquece, vá desenrolando a nova manta e

    pressionando-a firmemente contra a base e o topo da manta já instalada. Esse

    processo foi repetido até que toda laje proposta fosse revestida com a manta

    asfáltica.

    Na junção da laje com as paredes da cobertura foi efetuado o

    plaqueamento, que em suma, consiste em associar a manta com uma tela

    metálica em para lhe conferir sustentação, depois tanto o plaqueamento quanto

    a manta foram revestidos com concreto para realizar a proteção mecânica.

    Foram definidos que, em determinados m2 de área com manta aplicada,

    fossem feitos testes de estanqueidade para avaliar a qualidade do serviço

    prestado. Segundo a NBR 9575, o teste consiste em executar barreiras em

    todos os acessos da área impermeabilizada, inclusive nas captações. Asetapas são: encher o compartimento a ser testado com água até que o nível do

    mesmo alcance a cota 5cm acima do ponto mais alto do piso que fora

    submetido a impermeabilização; depois realiza-se a verificação de possíveis

    vazamentos, isso é feito de maneira visual, onde o consultor técnico e/ou fiscal

    procura por pontos de infiltração e vazamentos; a água deve permanecer por

    no mínimo 72 horas a fim de que tenha tempo suficiente para que percorra

    qualquer caminho onde haja alguma falha.

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    O teste de estanqueidade foi realizado na obra conforme a norma

    supracitada.

    Figura 6  –  Operário com maçarico aplicando manta na abertura do

    plaqueamento.

    Figura 7  – Aplicação de manta

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    Figura 8  – Teste de estanqueidade da expansão do Shopping

    4. CONCLUSÃO

     Após o aglomerado de informações é possível se ter uma visão geral

    dos componentes que envolvem a impermeabilização com manta asfáltica. Foi

    possível notar que todos os procedimentos e suas nuances possuem normaspara conferir a boa execução e durabilidade do serviço.

    Portanto, pôde-se que observar a obra de expansão do Capim Dourado

    Shopping teve como parte tanto do projeto quanto da execução uma

    importância a impermeabilização realizada da maneira adequada prevista nas

    normas pertinentes. É importante ressaltar que alguns erros de execução

    ocorreram, entretanto, as cabíveis correções foram efetuadas para alcançar a

    finalidade do processo.

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    5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9574:

    Execução de impermeabilização. Rio de Janeiro, 2008.

     ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575:

    Impermeabilização: seleção e projeto. Rio de Janeiro, 2003.

    GODÓY, E. H. P.; BARROS, M. B. A Avaliação de Desempenho dos

    Sistemas de Impermeabilização Com Argamassa Polimérica. In: SIMPÓSIO

    BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO, 10., São Paulo, 1997. Anais... São

    Paulo, 1997.

    LIMA, J. L. A. Processo Integrado de Projeto, Aquisição e Execução de

    Sistemas de Impermeabilização em Edifícios Residenciais: diagnóstico e

    proposição de melhorias de gestão. Salvador, 2012. Dissertação (Mestrado

    Profissional em Gestão e Tecnologia Industrial) - Programa de Pós-Graduação

    em Gestão e Tecnologia Industrial, Faculdade Cimatec, Salvador, 2012.

    SCHLAEPFER, C. B. R.; CUNHA, R. Impermeabilização e Recuperação

    Estrutural. Rio de Janeiro, Sika do Brasil, 2001.

    PORCELLO, E. C. Impermeabilização. Porto Alegre: PUCRS, 1998.

    SOUZA, R.; BAÍA, J. L.; GUNJI, H. Sistema de Gestão Para Empresas

    de Incorporação Imobiliária. São Paulo: O Nome da Rosa, 2004.

    VERÇOZA, Ênio José. Patologia das Edificações. Editora Sagra.1991

    YAZIGI, Walid. A Técnica de Edificar. Editora PINI. 1997

    YAZIGI, W. A Técnica de Edificar. 10. ed. São Paulo. Pini; Sinduscon,

    2009.