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TRABALHO DE DIREITO CIVIL

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TRABALHO DE DIREITO CIVIL

1) O que é posse e no que se distingue da detenção?

O conceito de posse, pode ser resumido a partir de duas posições: a de Savigny (posição subjetivista) e a de Ihering (posição objetivista).Dentro dessas concepções técnicas, é preciso ressaltar que ambos reconhecem e afirmam a presença, na configuração da posse, de dois elementos básicos. O primeiro é o corpus, elemento material, de índole objetiva e externo ao sujeito que exercita a posse. O segundo é o animus, elemento de cunho volitivo, subjetivo e interno. Noutras palavras, tanto Savigny como Ihering pugnam pela existência de posse a partir desses dois elementos, porém destoam quanto à definição de cada um, à relevância que projetam para a configuração da posse e ao posicionamento deles na relação estabelecida. Savigny, sustenta que a posse resulta da conjugação de dois pressupostos: a) poder de disposição física da coisa (corpus) e b) vontade de ser dono ou de ter a coisa como sua e de defende-la contra a investida de terceiros (animus). Na ausência do elemento animus, não há posse e sim mera detenção. Ihering, sustenta que para se ter posse basta apenas o corpus, entendido como o poder de fato exercido pelo sujeito sobre a coisa, pois o animus está implícito no corpus. Explicando, aquele que se porta como dono, automaticamente revelaria o comportamento necessário para o reconhecimento da sua condição de possuidor. Cumpre esclarecer que Ihering, não preconiza a supressão do animus como requisito de caracterização, mas sim a subsunção dele no corpus, aspecto que, por ser objetivo e externo, faz-se perceptível aos sentidos e juridicamente apurável. A detenção, por sua vez, é aquela situação em que alguém conserva a posse em nome de outro e em cumprimento às suas ordens e instruções. A detenção não é posse, portanto confere ao detentor direitos decorrentes desta. Se eventualmente uma ação possessória for dirigida ao detentor, este deverá nomear a autoria o proprietário ou o possuidor. A nomeação a autoria é obrigatória, sob pena por responder pelas perdas e danos. CC, Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.

Relatório:Os embargantes alegam que são possuidores de boa-fé, que desde longa data estão da posse do bem, que detêm a posse mediante cessão de direito, com isso não lhes alcançando os efeitos da reintegração ora ordenada em ação possessória.Em suas razões alegam que estão na posse do bem de longa data, que a Administração Pública foi negligente durante anos não podendo agora requerer o bem, posto que efetivaram melhorias e acessões nos bens e detêm a posse mediante cessão de diretos realizados pretéritamente. Ainda em suas razões

afirmaram que em momento algum fora lhes dado ciência da ação de manutenção de posse que culminou no respectivo mandado de reintegração que impugnaram.

ÓRGÃO : QUINTA TURMA CÍVELCLASSE : APC – APELAÇÃO CÍVELNUM. PROCESSO : 2002 01 1 108418-9APELANTE(S) : GERALDO JÚNIOR DE CARVALHO E OUTROS

1º APELADO(S) : TERRACAP – COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA2º APELADO(S) : DIVINO ALBERTO GONÇALVESRELATOR DES. : ASDRUBAL NASCIMENTO LIMAREVISOR DES. : SILVÂNIO BARBOSA

E M E N T A

CIVIL – PROCESSO CIVIL – EMBARGOS DE TERCEIRO – POSSE - DETENÇÃO – CESSÃO DE DIREITOS – ÁREA PÚBLICA – PERMISSÃO – INÉRCIA – ILEGALIDADE

A C Ó R D Ã O

ACORDAM OS SENHORES DESEMBARGADORES DA QUINTA TURMA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA - RELATOR, SILVÂNIO BARBOSA – REVISOR(A) E DÁCIO VIEIRA VOGAL, SOB A PRESIDÊNCIA DA SENHORA DESEMBARGADORA HAYDEVALDA SAMPAIO EM CONHECER. NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME, DE ACORDO COM A ATA DO JULGAMENTO E NOTAS TAQUIGRÁFICAS.

BRASÍLIA (DF), 29 DE MAIO DE 2006.

DESEMBARGADORA HAYDEVALDA SAMPAIO

PRESIDENTE

DESEMBARGADOR ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA

RELATOR

2) O que é posse indireta?É indireta a posse quando o seu titular, afastando de si por sua própria vontade a detenção da coisa, continua a exercê-lo mediatamente, após haver transferindo a outrem a posse direta. Em outras palavras, a posse indireta é a do possuidor que entrega a coisa a outrem, em virtude de uma relação jurídica existente entre eles. Não há contato físico do possuidor com a coisa.Assim, são possuidores indiretos o locador, o comodante, o nu proprietário, o depositante...Salienta o renomado mestre Silvio Rodrigues:

“Que a relação possessória, no caso, desdobra-se. O proprietário por força de seu direito dominial, exerce a posse como corolário do domínio. A essa posse dá-se o nome de posse indireta. Por outro lado, o depositário, por exemplo, exerce a posse direta e imediata por concessão do depositante. O titular da posse direta detém a coisa no desdobrar da relação possessória, reconhecendo a anterioridade do direito de seu pré-possuidor; se pretender ser ele próprio o proprietário, sua posse é imediata.”

Cumpre mencionar que o possuidor indireto pode se valer das ações possessórias para proteger a sua posse de quem quer que a ameace.

3) O que é posse justa?Posse justa é aquela desprovida de qualquer vício previsto no artigo 1200 do Código Civil. Como ensina Silvio de Salvo Venosa, "a justiça ou a injustiça é conceito de exame objetivo. Não se confunde com a posse de boa-fé ou de má-fé, que exigem exame subjetivo". Ainda, “quem tem posse justa, não tem necessidade de ocultá-la”“A posse justa é aquela a que se tem um direito qualquer, seja ela verdadeira posse jurídica ou mera detenção.”Antônio Joaquim Ribas.

Relatório:Houve o firmamamento de compromisso de compra e venda de imóvel rural de sua propriedade.Seis meses depois da celebração do referido contrato, houve o conflito, onde fulano reconhecendo já ter recebido dos promitente compradores a importância de CR$ 180.000.000,00 (cento e oitenta milhões de cruzeiros), outorgou procuração pública a terceiro (fls. 113), para o fim especial de outorgar a comprador, ou a quem este indicasse, a escritura definitiva de venda e compra do imóvel compromissado, sob a condição do pagamento pelo outorgado da quantia constante de nota promissória, no valor de CR$ 30.000.0000,00 (trinta milhões de cruzeiros), bem como a quitação de dívidas contraídas junto ao Banco XXX. Porém fora ajuizarada ação anulatória c/c indenização por perdas e danos em desfavor dos promitente compradores, ao argumento de ter sido lavrada a escritura definitiva do imóvel sem o devido cumprimento da condição estabelecida no instrumento de mandato. Referida ação foi julgada procedente, com decisão transitada em julgado, pelo que restou anulada a escritura de compra e venda, ao fundamento de ter sido a mesma outorgada por meio da procuração supra referida antes da implementação das condições estabelecidas (fls.145/151). Ocorre que, antes da anulação da escritura de compra e venda, alegou que a de ser a ocupação do imóvel ilegal, sem título e de má-fé, porquanto já estariam os mesmos cientes da anulação judicial da transferência.

RECURSO ESPECIAL No 397.788 - MG (2001/0192833-7): MINISTRO VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS): EDUARDO RUBENS MARAGLIANO E CÔNJUGE : ARISTÓTELES DUTRA DE ARAÚJO ATHENIENSE EOUTRO(S) JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN RENATO COSTA DIAS: NORBERTO ELIAS E CÔNJUGE : CARLOS ALBERTO MIRO DA

SILVA E OUTRO(S) : IZA NELY MARAO E OUTROS : JOSÉ MACEDO : JESSER ESPER E CÔNJUGE : EDMAR VOLTOLINIEMENTACIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA FUNDADA EM TÍTULO JUDICIAL. ANULAÇÃO TRANSFERÊNCIA. COISA JULGADA. POSSE DO IMÓVEL POR TERCEIROS ADQUIRENTES. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DE QUESTÕES RELEVANTES AO DESLINDE DA CONTROVÉRSIA. VIOLAÇÃO AO ART. 535 CONFIGURADA. RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM.1. É assente na Corte que o órgão julgador não é obrigado a se manifestar sobre todos os argumentos expostos pelas partes, desde que adote fundamentação suficiente para o efetivo julgamento da lide. 2. Todavia, não se manifestando o julgador sobre as questões suscitadas pelas partes, em sede de embargos de declaração, que se revelem imprescindíveis ao escorreito deslinde da controvérsia posta, resta caracterizada a omissão e, mais especificamente, a ofensa ao disposto no art. 535 do Código de Processo Civil, impondo-se, assim, o retorno dos autos à origem para saneamento do referido vício.3. In casu, verifica-se que, não obstante a oposição de embargos declaratórios pelos autores da demanda reivindicatória, ora recorrentes, buscando a integração do julgado quanto à apreciação das questões referentes à extensão dos efeitos da coisa julgada que se operou na anulatória anteriormente ajuizada, à inviabilidade da reconvenção, em face do art. 515 do CPC, ao conceito de posse justa (Código Civil, art. 524) e à amplitude da conexão, tendo em conta a declaração de prescrição do título e a validade da escritura, o Tribunal de origem houve por bem rejeitá-los, deixando de reconhecer e sanar os defeitos apontados no acórdão.4. Recurso especial provido para, tão-somente, determinar o retorno dosDocumento: 7096020 - EMENTA / ACORDÃO - Site certificado - DJe: 18/12/2009 Página 1 de

2Superior Tribunal de Justiçaautos ao Tribunal de origem para que este se manifeste sobre a íntegra dos embargos de declaração opostos pelos recorrentes.ACÓRDÃOVistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, dar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Paulo Furtado (Desembargador convocado do TJ/BA), Nancy Andrighi, Massami Uyeda e Sidnei Benetivotaram com o Sr. Ministro Relator. Dr(a). JOSÉ MARCELO MARTINS PROENÇA, pela parteRECORRIDA: NORBERTO ELIAS Brasília (DF), 03 de dezembro de 2009(Data do Julgamento)MINISTRO VASCO DELLA GIUSTINA(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS) Relator

4) É possível a posse ser injusta e, ao mesmo tempo, ser de boa-fé?Admite-se posse injusta de boa-fé (ex: comprar coisa do ladrão a posse é injusta porque nasceu da violência, mas o comprador não sabia que era roubada). Ainda, diz Serpa Lopes “Se um herdeiro investe-se na posse de uma determinada coisa, julgando ser aquela a constitutiva de seu legado, evidentemente não se pode acoimá-lo de má-fé, quando as circunstâncias indiquem realmente a escusabilidade de tal procedimento”.

Relatório:Ao acolher a reintegratória na posse intentada pelos recorrentes contra os recorridos, o Juiz de primeiro grau concluiu pela boa-fé dos réus naocupação do terreno e condenou os autores a indenizar as benfeitorias, noalor encontrado na prova pericial realizada.

TJPR - Apelação Cível: AC 140927 PR Apelação Cível - 0014092-7EmentaREIVINDICATORIA.

Ação reivindicatoria cumulada comdemarcatoria. Intencao de reaver do lote vizinho tresmetros de frente para rua, em formato triangular, no total de dezessete metros quadrados. Art. 524 do CodigoCivil. Alegacao do possuidor de um contrato verbal depermuta, e usucapiao. Ausencia de justo titulo e comprovacao da posse injusta, pelos reus. Sentenca que reconhece boa fe da posse em razao da contrato verbalde permuta. Sentenca reformada. O art. 524 do código Civil assegura ação de reivindicacao aoproprietario contra aquele que esteja possuindo injustamente o bem, posse, por exemmplo, advinda de pretensapermuta verbal. Inadmissibilidade de aquisicao dominialatraves de permuta verbal. Nao ha boa fe em pretensocontrato verbal de permuta, para fazer valer na possecontra o proprietario. DEMARCACAO CUMULADA COM REIVINDICACAO. E permitida a cumulacao de pedidos de demarcacaoe reivindicacao (art. 951 do Código de Processo Civil).Apelo provido.

Acordão

ACORDAM os Desembargadores da Seguda CamaraCivel do Tribunal de Justiça do Estado do Parana, porunanimidade de votos, em dar provimento ao apelo.

5) Tratando-se da aquisição da posse, quando que a aquisição da posse é originária e quando é derivada.Segundo Arnaldo Rizzardo, a posse é originária quando se concretiza independentemente de qualquer ato de transmissão, ou de transferência do bem do poder de uma pessoa para o de outra. Cuida-se mais de uma posse unilateral do bem do poder de fato sobre uma coisa, no interesse de quem o exerce, sem a intervenção de outra pessoa. Não há transmissão nem a união de posses. Falta um título antecedente que a justifique ou a vincule a um terceiro.E a posse derivada, que pressupõe a translatividade, pela qual há um transmitente que perde a posse e, um adquirente que a adquire. Ela é bilateral justamente por exigir a transmissão, como acontece no negócio jurídico, no testamento, ou inventário, ou na simples transferência da mera posse.

6) O que são interditos possessórios?

Interditos possessórios são as ações judiciais que o possuidor deve utilizar quando se sentir ameaçado ou ofendido no exercício de seu direito. É forma de defesa indireta da posse. São três os interditos possessórios: Ação de Manutenção de Posse; Ação de Reintegração de Posse e Interdito Proibitório. Relatório:Trata-se de ação de manutenção de posse c/c perdas e danos, contra o espólio de FULANO, alegando, em apertada síntese que são proprietários de um terreno rural, devidamente registrado no Cartório do Registro de Imóveis apontam que desde que adquiriram o imóvel, sempre se utilizaram do único acesso possível, uma servidão de passagem localizada no terreno do réu, com dimensão de 100 metros de cumprimento por três de largura,. Tendo a inventariante, comunicado os autores que não seria mais permitida a passagem por aquela trilha e que seriam fechadas as porteiras que lhe dão acesso. Aduzem que usavam a trilha para escoar a colheita, visto que nas terras dos autores existia plantio de soja e pastagem com criação de gado.

Apelação cível SC- n. 98.015350-6, de Canoinhas.

Relator: Des. Cláudio Barreto Dutra.

MANUTENÇÃO DE POSSE - FUNGIBILIDADE DOS INTERDITOS POSSESSÓRIOS (ART. 920, CPC)- REINTEGRATÓRIA - SERVIDÃO DE PASSAGEM NÃO TITULADA - ATOS DE MERA PERMISSÃO OU TOLERÂNCIA (ART. 497, CPC)- DESCARACTERIZAÇÃO ANTE A PROVA COLIGIDA (TESTEMUNHAL E INSPEÇÃO JUDICIAL) - CONSTRUÇÃO DE CERCA IMPOSSIBILITANDO O ACESSO À PROPRIEDADE DOS APELADOS - ESBULHO CARACTERIZADO - TERRENO ENCRAVADO - RECURSO DESPROVIDO.

"O encravamento, pois, para tipificar a espécie, não precisa ser absoluto. Não se exige que o fundo não disponha de nenhuma

saída para a via pública. Se uma passagem penosa, longa, estreita, perigosa ou impraticável existir, não fica afastado o direito a outra comunicação. A finalidade da lei é tornarpossível a exploração ou conveniente uso dos prédios, de sorte que o titular do domínio com uma saída insuficiente, e que para melhorá-la ou ampliá-la se impõe um dispêndio excessivo, tem direito ao acesso, pois o prédio não deixa de ser encravado ."(Arnaldo Rizzardo).

Vistos, relatados e discutidos estes autos de apelação cível n. 98.015350-6, da comarca de Canoinhas (2ª vara cível), em que é apelante o Espólio de José Nunes Figueiredo, sendo apelados (as) Benedito Leomar Linzmeier e Doris Maria Pangratz Linzmeier:

ACORDAM, em Terceira Câmara Civil, por votação unânime, desprover o recurso.

7) Pode o possuidor não proprietário manejar ação possessória contra o proprietário da coisa? Explica Jhering que a proteção possessória existe para defender os interesses do possuidor, e não os do proprietário. Assim, existem casos em que o possuidor pode proteger a posse contra o proprietário. Pressupondo-se que para haver posse é necessário que o sujeito tenha ânimo de dono sobre a coisa, nos casos de detenção, onde o proprietário concede temporariamente a posse ao detentor, este não faz jus à proteção possessória, pois sabe que a coisa não é sua. Porém, em outros tipos de posse, inclusive na posse injusta, pode o possuidor manejar ação contra o proprietário para proteger-se do esbulho ou turbação, porque tem animus domini sobre a res. Pode, então, o possuidor defender sua posse na fase possessória, cabendo ao proprietário o direito de reivindicar a coisa mais tarde, na fase petitória.

8) Em que hipóteses o possuidor pode reter a coisa, ao invés de restituí-la ao proprietário?

Explica Rizzardo, que o possuidor que fez benfeitorias necessárias e úteis, tendo exercido a posse de boa-fé, lhe assiste o direito de retenção, incidente na própria coisa, a perdurar enquanto não efetuado o pagamento do valor das mesmas.

Relatório:A indenização prevista no parágrafo terceiro do artigo 52 só será cabível quando não houver renovação do contrato por motivo de melhor proposta, proposta de terceiro, ou ainda, se o locador, nos três meses posteriores, não der o destino alegado ao imóvel, o que não é o caso dos autos.No que se refere às benfeitorias realizadas nos imóveis, dispõe o artigo 35 da Lei n° 8.245/91 que, “salvo expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador; bem como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o exercício de direito de retenção.”

AÇÃO DE DESPEJO. RECONVENÇÃO. CONTRATO DE LOCAÇÃO. DENÚNCIA VAZIA. PRELIMINAR REJEITADA. CASO CONCRETO. MATÉRIA DE FATO. DENÚNCIA IMOTIVADA. PREENCHIMENTO DOS PRESSUPOSTOS DO ART. 57 DA LEI N. 8.245/91. PROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO DESPEJATÓRIA. FUNDO DE COMÉRCIO. A LOCATÁRIA NÃO TEM DIREITO À INDENIZAÇÃO PELA PERDA DO FUNDO DE COMÉRCIO FORA DAS HIPÓTESES PREVISTAS NA LEI N. 8.245/91. INEXISTÊNCIA DE DIREITO DE RETENÇÃO E INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 335 DO STJ. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. NECESSIDADE DE READEQUADAÇÃO, TENDO EM VISTA AS PECULIARIDADES DO CASO VERTENTE. APELO DESPROVIDO E RECURSO ADESIVO PROVIDO EM PARTE. (Apelação Cível Nº 70040878480, Décima Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Vicente Barrôco de Vasconcellos, Julgado em 30/03/2011)

9) Em que momento, na compra e venda de um bem imóvel, o adquirente se torna proprietário?

Segundo o Professor Fabrício Zamprogna Matiello, a compra e venda de imóvel é regulada pela legislação de forma que só é dono aquele que adquiriu o imóvel através de Escritura. A Escritura é o contrato de compra e venda de imóvel feito pelo Cartório. Diferente de um contrato particular que pode ser levado a registro (mas não é escritura), tornando-se público, a escritura de compra e venda já é pública. Costumamos achar que só a escritura é o suficiente. Mas não é. Quem tem escritura de compra e venda não é dono (tem uma expectativa de ser dono – meio caminho). Para ser dono efetivo e presumidamente inquestionável é necessário Registar essa Escritura no Cartório de Registro de Imóvel. É a exigência da lei de Registros Públicos.

Relatório:Trata-se de Ação de reintegração na posse ajuizada onde o autor alega que adquiriu um imóvel, vendido pela ré por intermédio de seu procurador, , por escritura de data X, Segundo alega, a posse do imóvel, que se encontrava desocupado, foi transferida no ato da escritura, data 2X a vendedora, desrespeitando os termos do contrato, reocupou o bem, contratando faxineiras para limpá-lo e trocando as respectivas chaves de modo a impedir que o comprador nele ingressar.

RECURSO ESPECIAL No 1.158.992 - MG (2009/0186292-3)DIREITO CIVIL. POSSE. AQUISIÇÃO. CONSTITUTO POSSESSÓRIO. MANEJO DE AÇÕES POSSESSÓRIAS. POSSIBILIDADE. 1. O recurso especial não pode ser conhecido na hipótese em que a parte indica de maneira errônea o dispositivo supostamente violado. Inteligência da Súmula 284/STF. 2. Não é de se exigir do Tribunal que conheça de fato superveniente ao julgamento do recurso de apelação, ainda que anterior ao julgamento dos respectivos embargos de declaração. Ao julgar a causa, o Tribunal a analisa consoante os fatos ocorridos até o julgamento; os embargos de declaração se prestam apenas ao esclarecimento das questões julgadas, do modo como se manifestavam à época.3. Eventual sentença que poderia influir no julgamento da causa, proferida em outro processo, não deve ser levada em consideração se posteriormente reformada pelo Tribunal. 4. A regra do art. 129 do CPC destina-se a coibir a utilização do processo para fim ilícito, por ambas as partes, autor e réu. Na hipótese em que uma das partes alegadamente se vale do processo para pleitear direito inexistente, a norma não é aplicável.5. Na posse, o elemento corpus não demanda, para sua caracterização, a apreensão física do bem. Esse elemento, em vez disso, consubstancia 'o poder físico da pessoa sobre a coisa, fato exterior em oposição ao fato interior' (Caio Mário da Silva Pereira,

Instituições de Direito Civil). Consoante a doutrina de Ihering, a posse caracteriza-se pela visibilidade do domínio e é possível que ela tenha, historicamente, se iniciado pela ideia de poder de fato sobre a coisa, mas a evolução demonstrou que ela pode se caracterizar sem o exercício de tal poder de maneira direta.6. O adquirente de imóvel que não o ocupa por um mês após a lavratura da escritura, com cláusula de transmissão expressa da posse, considera-se, ainda assim, possuidor, porquanto o imóvel encontra-se em situação compatível com sua destinação econômica. É natural que o novo proprietário tenha tempo para decidir a destinação que dará ao imóvel, seja reformando-o, seja planejando sua mudança.7. Se na escritura pública inseriu-se cláusula estabelecendo constituto possessório, é possível ao adquirente manejar ações possessórias para defesa de seu direito. 8. Recurso especial conhecido e improvido.ACÓRDÃODocumento: 14449688 - EMENTA / ACORDÃO - Site certificado - DJe: 14/04/2011 Página 1 de

2Superior Tribunal de JustiçaVistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade, negar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Massami Uyeda, Sidnei Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino e Vasco Della Giustina votaram com a Sra. Ministra Relatora.Brasília (DF), 07 de abril de 2011(Data do Julgamento)MINISTRA NANCY ANDRIGHI Relatora

10) Em que momento, na compra e venda de um bem móvel, o

adquirente se torna proprietário?

Segundo Rizzardi, “as coisas móveis são adquiridas através da tradição, por

sucessão, por usucapião, por ocupado e outros modos, como a especificação

a comistão, a confusão e a adjunção.”

Relatório:Trata-se de ação onde o recorrente aponta alega ofensa ao artigo 134 do CTB, ao argumento de que, por não ter sido realizada pelo proprietário a comunicação de venda do veículo junto ao órgão competente, deve ser responsabilizado solidariamente com o adquirente pelas infrações por este cometidas, independentemente de sua natureza.

RELATORRECORRENTEPROCURADOR RECORRIDO ADVOGADO: MINISTROTEORIALBINOZAVASCKI: DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DETRAN RS: MARIAPATRÍCIAMÖLLMANNEOUTRO(S) : PAULOAMAROMARTINS : LUÍSFERNANDOCOSTAPINHEIROEOUTROEMENTAADMINISTRATIVO. INFRAÇÃO DE TRÂNSITO. ALIENAÇÃO DE VEÍCULO. TRADIÇÃO. AUSÊNCIA DE REGISTRO DE TRANSFERÊNCIA JUNTO AO DETRAN. 1. Ainda que inexistente a comunicação de venda do veículo por parte do alienante, restando - de modo incontroverso - comprovada a impossibilidade de imputar ao antigo proprietário as infrações cometidas, a responsabilização solidária prevista no art. 134 do CTB deve ser mitigada. Precedentes.2. Recurso especial a que se nega provimento.ACÓRDÃO

Superior Tribunal de JustiçaRECURSO ESPECIAL No 804.458 - RS (2005/0208548-9)Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia PRIMEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves (Presidente), Hamilton Carvalhido e Luiz Fux votaram com o Sr. Ministro Relator.Ausente, por motivo de licença, a Sra Ministra Denise Arruda. Brasília, 20 de agosto de 2009.MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI Relator

11) O proprietário de um terreno, que, construindo sua casa, invade o terreno lindeiro, tem direito de adquirir a parte do terreno invadido, mesmo contra a vontade do respectivo dono?

Segundo Rizzardi, “quando a construção invadir prédio alheio, em proporção não superior à vigésima parte do imóvel alheio. Se procedeu de boa-fé e o preço da construção nao excede o da área invadida, o construtor adquire a propriedade do solo invadido, mas devera responder pela indenização que envolve a desvalorização. Agora procedendo de má fé, também poderá adquirir a porção invadida, se nao exercer a construção a vigésima parte do térreo invadido se o valor da obra exceder em muito o terreno invadido e tornar-se sumamente prejudicial a demolição da parte invadida. A indenização no entanto subira para o decuplo das perdas e danos.

Relatório:A ação originária determinou a desocupação do imóvel mediante a retirada da parte da construção que avança sobre o terreno dos autores e, ainda, condenou ao pagamento de honorários e custas.

«Classe do processo#Classe do processo=2@» n. «N˙mero doprocesso#N˙mero do processo no», «Foro de origem com preposiÁ»Relator: Des. «Relator atual do processo sem tratamento»

DIREITO DAS COISAS. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. TERRENO DOS AUTORES INVADIDO PELA CASA DA RÉ, CONSTRUÍDA EM LOTE CONTÍGUO. PROCEDÊNCIA. DEMOLIÇÃO DA PARTE DA CONSTRUÇÃO QUE AVANÇA SOBRE O IMÓVEL LINDEIRO DOS REQUERENTES. INSURGÊNCIA. PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO RECHAÇADA. TESTEMUNHA DOS AUTORES MANIFESTAMENTE SUSPEITA. PROVA DOCUMENTAL QUE DEMONSTRA SER MÍNIMA A EXTENSÃO DA ÁREA INVADIDA PELA CASA. BOA-FÉ DA APELANTE EVIDENCIADA. INVASÃO NÃO VOLUNTÁRIA. DESPROPORCIONALIDADE DA MEDIDA DEMOLITÓRIA. CONVERSÃO EM INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS AOS PROPRIETÁRIOS DO TERRENO QUE PERDEM O DOMÍNIO DA PARTE INVADIDA. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO. INAPLICABILIDADE DO ART. 547 DO CC/1916. USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL. TESE NÃO DEDUZIDA NO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. INOVAÇÃO RECURSAL. APELO NÃO CONHECIDO

NESTE PARTICULAR, E, NA PARTE CONHECIDA, PARCIALMENTE PROVIDO.

1. Não se há falar em carência de ação se, a despeito de a área vindicada pelos autores não haver sido escrupulosamente individuada na inicial, a ré, de antemão, reconheceu que a casa onde reside, de fato, avança sobre pequena parte do terreno dos apelados (tendo, inclusive, apresentado idôneo levantamento topográfico planimétrico da área litigiosa).

2. O testigo que, a par de ser inimigo manifesto da ré, mantém, de outro lado, relação de notável confiança e amizade com os autores, não pode ter seu depoimento utilizado como prova decisiva ao desfecho do feito, porquanto inegavelmente suspeito.

3. Ao recorrente é defeso formular novo pedido na instância recursal ou, ainda, reprisar o pleito sob outro fundamento (arts. 515 e 517 do CPC), sob pena de supressão de instância, não devendo ser conhecida, portanto, a tese de usucapião constitucional deduzida no apelo.

4. Nas hipóteses em que a proteção a um bem jurídico implicar, incontornavelmente, a abnegação de outro igualmente tutelado, não deve o magistrado — à escusa de aplicar a regra posta — relegar o caráter normativo dos princípios gerais de direito a último plano, tanto mais se este for o único prisma capaz de produzir verdadeira justiça aos contendores.

5. Se o prejuízo econômico representado pela demolição de parte da residência em que a apelante vive com os três filhos é desproporcionalmente superior ao dano experimentado pelos apelados — consubstanciado na perda de diminuta área útil de seu imóvel — inconcebível a opção pela alternativa mais onerosa, tendo em vista que a referida casa avança sobre área pouquíssimo expressiva do terreno lindeiro.

6. Nesse contexto, se o caso focalizado não comporta subsunção ao modelo jurídico previsto na antiga codificação civilista sem que, com isso, haja indesejada ofensa ao valor da função social da posse e da propriedade — e, em última instância, ao princípio da proporcionalidade — é de se aplicar, à espécie, a orientação firmada por equânime jurisprudência autorizando a conversão de onerosa medida demolitória em indenização por perdas e danos.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de «Classe doprocesso#Classe do processo=2@» n. «N˙mero do processo#N˙mero doprocesso no», da comarca «Foro de origem com preposiÁ» («Vara de

origem#Vara de origem=5@PROC»), em que È «ParticipaÁ» «PartesAtivas#Apresenta a principal part», e «ParticipaÁ» «PartesPassivas#Apresenta a principal pa»:

12) Tratando-se de direito de vizinhança, o que representa o uso

anormal da propriedade?

Segundo Rizzardi, é a o ato que o proprietário ou o possuidor de um prédio tem para estender o conteúdo negativo de uso de imóvel, abrangendo qualquer interferência negativa, isto é, emanação, decorrência ou resultado que prejudique, mesmo que não decorra do uso. Além de limitando o direito ao proprietário e ao inquilino. Ressalta ainda, que o elemento ativo da ofensa é o mau uso da propriedade ou interferências prejudiciais emanadas dos vizinhos. AS ofensas se dirigem à segurança pessoal dos vizinhos ou de seus bens, aos sossego e à saúde.

Relatório:Trata-se de, ação onde fora instalado armário telefônico em terreno vizinho ao imóvel da autora e constatou – se um uso anormal, se bem que socialmente necessário.

COJE – COORDENAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAISTURMAS RECURSAIS ESPECIAIS

CÍVEIS E CRIMINAISFórum Ruy Barbosa, s/n, 5º Andar, Sala 526 – Praça Dom Pedro II, Largo do Campo da Pólvora/Nazaré - CEP 40047-900 – Tel

320-6707

2ª TURMA RECURSAL CÍVEL DE DEFESA DO CONSUMIDOR E CAUSAS COMUNS

1.PROCESSO Nº 58190-9/2000 - TARDE

RECORRENTE : TELECOMUNICAÇÕES DA BAHIA S.A. - TELEBAHIAADVOGADO(A) : DR(A). MARIANA ALCÂNTARA CRISTORECORRIDO(A): VALMIRA BONFIM DE QUEIROZADVOGADO (A): DR(A). MAURÍCIO JOSÉ NINHO GONÇALVESRELATOR (A):

JUIZ(A). SARA SILVA DE BRITO

EMENTA:

1. DIREITO DE VIZINHANÇA. USO ANORMAL DA PROPRIEDADE 2. AÇÃO INDENIZATÓRIA. COLOCAÇÃO DE ARMÁRIO TELEFÔNICO. DANO PROVADO. VERBA DEVIDA, TAMBÉM, PELO POSSUIDOR. 3. SENTENÇA MANTIDA. 4. RECURSO IMPROVIDO.

SÚMULA

Realizado Julgamento do Recurso, do processo e partes acima epigrafados. A 2ª Turma Recursal, composta dos Juízes de Direito, Dr. Edmilson Jatahy Fonseca Júnior, Dra. Maria da Purificação da Silva e Dra. Sara Silva de Brito, decidiu, à unanimidade de votos, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO, mantendo-se a sentença recorrida por seus próprios fundamentos, e condenando-se o recorrente vencido ao pagamento de custas e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.

Salvador, Sala das Sessões, em 23 de abril de 2002

Juíza MARIA DA PURIFICAÇÃO DA SILVAPresidente

Juíza SARA SILVA DE BRITORelatora

13) Pode o vizinho entrar no pátio do seu lindeiro para realizar alguma obra no seu imóvel?

Segundo Rizzardi, “em certas circunstancias autoriza a lei ao proprietário a entrar no prédio vizinho conforme artigo 1313 CC, porém há restrições para entrar em prédio de outrem ditada por um principio de cordialidade e de mutuas concessões que dee imperar entre vizinhos.”Ainda, que é assegurado o direito de indenização se advierem danos como garante o próprio artigo.

Relatório:Trata-se de ação ordinária de prestação negativa, cumulada com indenizatória por perdas e danos e antecipação de tutela contra Maria Ângela Marcucci, afirmando que a requerida impediu o acesso ao seu terreno para a colocação de escoras no muro divisório, como medida acautelatória, para a execução das obras no imóvel de que são proprietários. Frisaram que, conforme orientação do engenheiro da obra, é necessário o escoramento do muro divisório, porque o terreno dos requerentes encontra-se em ponto mais elevado do que o da requerida. Apresentada a resposta na forma de contestação, sustentando que o escoramento do tipo de muro dos requerentes não precisa ocorrer pelo lado do terreno do vizinho, bastando apenas a técnica de utilização de caibros e arames de apoio.

Acórdão: Apelação Cível n. 2007.042902-9, de Joinville. Relator: Des. Fernando Carioni. Data da decisão: 06.11.2007. Publicação: DJSC Eletrônico n. 355, edição de 19.12.2007, p. 87.EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE PRESTAÇÃO NEGATIVA CUMULADA COM INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS – CERCEAMENTO DE DEFESA – PRELIMINAR RECHAÇADA – EXECUÇÃO DE OBRAS – MURO DE ARRIMO – INGRESSO EM TERRENO VIZINHO – PERMISSIVIDADE DO INCISO I DO ART. 1.313 DO CÓDIGO CIVIL – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO. Não há falar em cerceamento de defesa, pelo julgamento antecipado da lide, se o Magistrado colheu

dos autos elementos suficientes para formar seu convencimento, porquanto cabe a ele analisar a viabilidade e conveniência do seu deferimento. Não é dado ao proprietário de terreno obstar o ingresso de vizinho em sua propriedade, conquanto verificado que tal ingresso destina-se apenas, e de forma temporária, construir muro de contenção. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível n. 2007.042902-9, da comarca de Joinville (2ª Vara Cível), em que é apelante Maria Ângela Marcucci, e apelados Vladimir de Avila Akcelrud e Liane Bonato Akcelrud: ACORDAM, em Terceira Câmara de Direito Civil, por votação unânime, negar provimento ao recurso. Custas legais.