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1.Introdução Neste trabalho acadêmico o assunto abordado é Drenagem Urbana. O objetivo é mostrar como funciona os principais tipos de captação, que vão desde micro drenagem a macro- drenagem ; Pretende-se também mostrar as vantagens e desvantagem além de custo e beneficios. Cada vez mais vem aumentando a demanda para melhorar a qualidade de vida, isso juntamente com uma explosão demográfrica desordenada da população nos mostra que uma cidade bem projetada e com controle urbanisco não é so uma necessidade mas a unica forma sustentavel de se conviver. A água, além de fonte de vida, foi a origem de todas as formas de energia que o homem vem utilizando durante a história, podendo ser a resposta para muitas questão desde o abastecimento energético como também guerras futuras. Entre os vários processos de drenagem usados atualmente vemos que não há literatura em língua portuguesa suficiente para trabalhos acadêmicos diversificados e diferenciados que a cada dia que se passa a natureza nos mostra com sua grandiosidade através de chuvas torrenciais que devido à impermeabilização do solo não tem para onde escoar-se. A Drenagem Urbana não é só uma necessidade, mas uma prioridade e nesse trabalho tenho a prerrogativa de mostrar dos diversos tipos de drenagem enfatizar a drenagem urbana que se bem executado podem elevar a qualidade de vida da 1

Trabalho Drenagem

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1.Introdução

Neste trabalho acadêmico o assunto abordado é Drenagem Urbana. O objetivo é

mostrar como funciona os principais tipos de captação, que vão desde micro drenagem a

macro-drenagem ; Pretende-se também mostrar as vantagens e desvantagem além de custo

e beneficios.

Cada vez mais vem aumentando a demanda para melhorar a qualidade de vida, isso

juntamente com uma explosão demográfrica desordenada da população nos mostra que

uma cidade bem projetada e com controle urbanisco não é so uma necessidade mas a unica

forma sustentavel de se conviver.

A água, além de fonte de vida, foi a origem de todas as formas de energia que o

homem vem utilizando durante a história, podendo ser a resposta para muitas questão

desde o abastecimento energético como também guerras futuras. Entre os vários processos

de drenagem usados atualmente vemos que não há literatura em língua portuguesa

suficiente para trabalhos acadêmicos diversificados e diferenciados que a cada dia que se

passa a natureza nos mostra com sua grandiosidade através de chuvas torrenciais que

devido à impermeabilização do solo não tem para onde escoar-se.

A Drenagem Urbana não é só uma necessidade, mas uma prioridade e nesse

trabalho tenho a prerrogativa de mostrar dos diversos tipos de drenagem enfatizar a

drenagem urbana que se bem executado podem elevar a qualidade de vida da população,

diminuir os risco de doenças e conseqüentemente elevar a produtividade em geral.

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Page 2: Trabalho Drenagem

2. DRENAGEM URBANA

A maioria dos problemas ambientais sociais e economicos que o mundo de hoje

enfreta esta localizado nas megalopoles, sendo ainda pior em paises subdesenvolvidos onde

há falta de recursos.

(Fig. 1 fonte canholi 2005)

No Brasil cidades como São Paulo e Rio de janeiro e outras do mesmo porte se

deparam com grandes desafios. O padrão de vida dos moradores dessas cidades

vem decaindo rapidamente, os órgão públicos são praticamente incapazes de agir

com eficiência no planejamento, controle e execução de medidas eficazes para

alterar esse estado de coisas

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Page 3: Trabalho Drenagem

Particularmente, o saneamento básico das grandes cidades brasileira se encontra

numa situação caótica, principalmente no que diz respeito à coleta e tratamento

dos esgotos domésticos e drenagem urbana.

(CANHOLI 2005)

A ação do homem tem papel determinante para este estagio deplorável em que se

encontra o saneamento básico no pais no tocante a Drenagem urbana sendo as causas

determinante para isto a:

Remoção da cobertura vegetal nativa: o que causa o assoreamento de rios

que influência diretamente no caminho natural percorrido pela agua, além de erosão,

aquecimento e nebulosidade são fatores que não só estão ligado diretamente na drenagem

mas tambem com o meio ambiente.

Falta de profissionais qualificados:para execução e planejamento para

obras de grande e medio porte.

Impermeabilização: os terrenos antes coberto com mata hoje com os

aglomerados urbanos são cobertos com asfalto, calcadas e etc..

Conscientização da população em geral: com a falta de conscientização da

população sobre o risco que pode haver ao ocupar areas de manancias de forma irregular

além de lixo jogado em via pública que entope os bueiros e boca de lobo.

A drenagem urbana tem sido desenvolvida dentro de premissas estruturais onde os impactos são transferidos de montante para jusante sem nenhum controle de suas fontes. No escoamento esse processo tem provocado aumento da freqüência das enchentes e entupimento dos condutos e canais por sedimentos e a degradação da qualidade da água.

Dentro desse contexto o controle da erosão urbana é fundamental tanto na manutenção da capacidade de escoamento do sistema de drenagem como na qualidade ambiental. As características da produção dos sedimentos em bacias urbanas e de seu controle dentro da experiência internacional são descritas. Buscando destacar indicadores que possam ser aplicados às condições de urbanização de cidades brasileiras, são apresentadas estimativas de produção de sedimentos para bacias urbanas em algumas cidades do país. (Instituto de Pesquisas Hidráulicas - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. )

O desenvolvimento urbano brasileiro tem produzido aumento significativo na

freqüência das inundações, na produção de sedimentos e na deterioração da qualidade da

água.

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Page 4: Trabalho Drenagem

À medida que a cidade se urbaniza, em geral, ocorrem os seguintes impactos:

aumento das vazões máxima aumento devido ao aumento da capacidade de escoamento

através de condutos e canais e impermeabilização das superfícies; aumento da produção de

sedimentos devido à desproteção das superfícies e a produção de lixo; deterioração da

qualidade da água, devido à lavagem das ruas, transporte de material sólido e as ligações

clandestinas de esgoto.

2.1. REMOÇÃO DA COBERTURA VEGETAL NATIVA.

A partir do momento em que se retira a vegetação nativa a um aumento

significativo no volume do escoamento pois não há mais vegetação para drenar em parte a

agua levando em decorrencia o aumento da velocidade de escoamento que aumenta a

produção de sedimentos devido a desproteção do solo tornando-o cada vez menos

resistente a erosão isso ocorre no inicio do desmatamento para ocupação populacional e por

varias vezes acaba ocorrendo de maneira clandestina colocando em risco o meio ambiente

e a população da jusante.(exemplo da fig 1a):

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Page 5: Trabalho Drenagem

(http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sefloral.com.br/)

De acordo com (Lloret ramos 1995) um exemplo claro de deposição de sedimentos e

crescimento desordenados ocorreu com a região metropolitana de São Paulo nas bacias do

rio Tietê e Pinheiros o solo da cabeceira frágil e de topografia acidentada resultaram num

deposito de todo o material solido e de freqüentes cheias, sendo indispensável à dragagem

deste material para minimizar tais impactos.

Observa-se um sistema inapropriado de ocupação da população ribeirinha que fica devido a

estes fatores exposta a inundações de áreas que antes não eram alagáveis devido à subtração

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Page 6: Trabalho Drenagem

de espaço na várzeas. Devemos sempre lembrar que a ocupação da populacional se

desenvolve no sentido jusante montante.

3 . IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO;

Deve se lembrar que a ocupação populacional traz consigo uma demanda excessiva com

meio ambiente que na maioria das vezes e reformulada por tecnicos e engenheiros que

acabam por alterar o cursos naturais de rios, construção de galerias pluvias, canalização de

rios e tudo isso para aumentar a area construtiva para moradia populacional.

A impermeabilização do terreno impede que água pluvial se infrite no solo, dessa forma

não há um aumento no lençol freático e sim um aumento totalitário no pico da vazão a

jusante, devido ao aceleração do escoamento porem a uma drastica diminuição da

condução de sedimentos.

(Figura 2 .www.Brasilengenharia.com.br)

3.Termilógia Básica do sistema de drenagem

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Page 7: Trabalho Drenagem

Um sistema de drenagem de águas pluviais é composto de uma série de unidades e

dispositivos hidráulicos para os quais existe uma terminologia própria e cujos elementos

mais freqüentes são listados a seguir.

Greide - é uma linha do perfil correspondente ao eixo longitudinal da superfície livre da

via pública.

Guia - também conhecida como meio-fio, é a faixa longitudinal de separação do passeio

com o leito viário, constituindo-se geralmente de peças de granito argamassadas.

Sarjeta - é o canal longitudinal, em geral triangular, situado entre a guia e a pista de

rolamento, destinado a coletar e conduzir as águas de escoamento superficial até os pontos

de coleta (figura 3)

Sarjetões - canal de seção triangular situado nos pontos baixos ou nos encontros dos leitos

viários das vias públicas, destinados a conectar sarjetas ou encaminhar efluentes destas para

os pontos de coleta (Figura 4).

Galerias - são condutos destinados ao transporte das águas captadas nas bocas coletoras até

os pontos de lançamento; tecnicamente denominada de galerias tendo em vista serem

construídas com diâmetro mínimo de 400mm.

Condutos de ligação - também denominados de tubulações de ligação, são destinados ao

transporte da água coletada nas bocas coletoras até às galerias pluviais .

Poços de visita - são câmaras visitáveis situadas em pontos previamente determinados,

destinadas a permitir a inspeção e limpeza dos condutos subterrâneos (Figura 6).

Trecho de galeria - é a parte da galeria situada entre dois poços de visita consecutivos.

Caixas de ligação - também denominadas de caixas mortas, são caixas de alvenaria

subterrâneas não visitáveis, com finalidade de reunir condutos de ligação ou estes à galeria

Bacias de drenagem - é a área contribuinte para a seção em estudo.

Tempo de concentração - é o menor tempo necessário para que toda a bacia de drenagem

possa contribuir para a secção em estudo, durante uma precipitação torrencial.

Tempo de recorrência - intervalo de tempo onde determinada chuva de projeto é igualada

ou suplantada estatisticamente; também conhecido como período de recorrência ou de

retorno.

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Page 8: Trabalho Drenagem

Chuva intensa - precipitação com período de retorno de 100 anos.

Chuva freqüente - precipitação com período de retorno de até 10 anos.

Chuva torrencial - precipitação uniforme sobre toda a bacia.

Pluviômetro - instrumento que mede a totalidade da precipitação pela leitura do líquido

acumulado em um recipiente graduado - proveta.

Pluviógrafo - instrumento que registra em papel milimetrado especialmente preparado, a

evolução da quantidade de água que cai ao longo da precipitação, ou seja, mede a

intensidade de chuva.

4. Formas de micro drenagem.

O caminho percorrido pela água chuva sobre uma superfície pode ser topograficamente

bem definidos, ou não. Após a implantação das cidades, o percurso natural das enxurradas

passa a ser determinado pelo traçado das ruas e acaba se comportando da maneira que fica

mais viável ao uso ou da estrutura da cidade o que na maioria das vezes e bem diferente do

sue percurso natural.

A água originada da chuva direta sobre a via publica são escoadas pelas sarjetas que

desemboca nos bueiros e todo os dutos de pequeno a médio porte que por ventura venha a

ser desembocado em condutos secundários passam a acompanhar a topografia para

minimizar os gatos com bombas de elevação atingindo assim o chamado sistema de macro

drenagem.

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Page 9: Trabalho Drenagem

5. Tipos de drenagem.

Existem varios tipos de sistema de drenagem que vao desde localização estrategicas para

para colaborarem com o sistema de drenagem começando pela micro drenagem temos a

sarjetas(fig 3) e sarjetoes tipico de paralelepipidos (fig 4) que canaliza a agua pluvial ate a

bueiro( figura 5 e 5.1) que tem a função de mandar agua ate as galerias com

dimensionamento superior a 4,5 metros quadrados o qual e denominado de macro

drenagem.

Figura 3 - Modelo de sarjeta

Fonte DAEE/CETESB (1980)-

 

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Page 10: Trabalho Drenagem

Figura 4 - Sarjetão típico em paralelepípedos

Fonte DAEE/CETESB (1980)-

Figura 5 – Bueiro( boca de lobo)

Fonte DAEE/CETESB (1980)-

Outro tipo de boca de lobo com grade.

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Page 11: Trabalho Drenagem

 

Fonte DAEE/CETESB (1980)-

Figura 5,1

Galerias

O dimensionamento das galerias é feito através das equações de Chézy, Manning e outras expressões adotadas para o escoamento da vazão de projeto em regimepermanente uniforme. O problema principal é a determinação das declividades edimensões mais econômicas. No entanto, as normas seguintes podem orientar a escolha desses parâmetros. Os condutos devem ser calculados para escoamento permanente e uniforme à seção plena, e com velocidade não inferior a 76 cm/s.

Deve-se adotar condutos de no mínimo 30 cm de diâmetro para evitar obstruções.Nunca se deve diminuir as seções à jusante, pois qualquer detrito que venha a sealojar na tubulação deve ser conduzido até a descarga final. Para que se minimize

o volume de escavação, a declividade dos condutos deve se adaptar o mais que for possível à declividade do terreno. Os ajustes nas conexões de condutos de

seções diferentes deve ser feito pela geratriz superior interna. Porém, isto não se aplica a junções de ramais secundários que afluem em queda aos poços de visita.

Poços de Visita

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Além de proporcionar acesso aos condutos para sua manutenção, os poços de visita também funcionam como caixas de ligação aos ramais secundários. Portanto, sempre deve haver um poço de visita onde houver mudanças de seção, de declividade ou de direção nas tubulações e nas junções dos troncos aos ramais.Geralmente, os poços são construidos de concreto, tijolos, blocos de concreto ou metal corrugado. A figura 6 ilustra a forma mais usual de poços de visita de concreto ou de tijolos. O fundo do poço é, geralmente, de concreto e possui uma canaleta de seção semi-circular para o escoamento da água. Os ramais podem ser ligados diretamente ao poço, como mostrado na figura 6.a, ou pode-se, através de uma queda externa, ligá-los ao fundo do poço (figura 6.b). Quando a queda exceder 60 cm, normalmente, adota-se diâmetro superior a 1,20 m, o poço deve ser construído como esquematizado na figura 6.c. As tampas dos poços, assim como as molduras onde se encaixam, devem ser de ferro fundido com peso variando entre 90 kg ( quando submetida a tráfego leve) e 270 kg (em(vias principais). As tampas não podem ser lisas para evitar que os veículos derrapem ao trafegar sobre elas. É aconselhável que as tampas sejam aferrolhadas, se houver possibilidade de saltarem por pressão de águas refluídas ou por explosão de gás de esgoto. Fonte DAEE/CETESB (1980)- Drenagem Urbana. Segunda Edição, São Paulo (SP).

Figura 6- Poços de visita.Fonte DAEE/CETESB (1980)-

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E por fim as posições das unidades de drenagem

(fig. 6.1)

Fonte DAEE/CETESB (1980)-

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Page 14: Trabalho Drenagem

6. Medidas de controle

As medidas de correção e prevenção que visam minimizar os danos da inundações são

relacionadas de acordo com sua natureza , em medidas estruturais e medidas não

estruturais.

As medidas estruturais correspondem as obras que visam a correção e prevenção de

problemas de enchente.

As medidas não estruturais são aquelas em que se procura reduzir os danos das inundações ,

não por meio de obra mas por meio normas , regulamentos e propaganda educacional.

6.1 Medidas estruturais.

As medidas estruturais correspondem as obras de engenharia , que podem ser intensiva e

extensiva.

Medidas intensivas podem ser de quatro tipo: aceleração do escoamento; canalização da

obra ; retardamento de fluxo; restauração da calha natural.

Medidas extensiva são os pequenos armazenamento efetuados na bacia, à recomposição da

cobertura vegetal e o controle da erosão do solo ao longo da bacia.

6.2 Medidas não estruturais.

Em oposição às medidas estruturais que podem criar uma sensação de falsa segurança e até

induzir à implantação da ocupação das áreas inundáveis, as ações não estruturais podem ser

eficazes a custo mais baixo e com horizontes mais longos de atuação essas ações procuram

disciplinar a população em geral com o consumo, atividades econômicas, ocupação

territorial todas essas já relacionadas com um apoio de fundamental importância do

governo federal e população.

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7. Canalização de macro drenagem .

Canalização de córregos sem a devida análise de impactos a jusante (transferência de

inundações de um ponto a outros) (figura 7)

Figura 7(SEMADS, 2001)

A canalização de rios torna a velocidade de vazão ate 6 vezes maior do que a natural isso

devido a volume de água que chega das galerias pluviais que na maioria das vezes acaba

sendo um fator determinante na degradação das águas pluviais e de cursos receptores.(ver

figura 7.1)

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Page 16: Trabalho Drenagem

(Fig. 7.1)

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://civilport.com.br/imgs/saneamento/

rio_meier.jpg.

Com a canalização dos rios a demanda de agua cresce na jusante provocando inundações na

população que mora nas porçoes de velocidade de escoamento ou nos fundos dos vales

Foto inundação transferência de inundação de um ponto a outro.(fig 7.2)

(Fig. 7.2)

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://centraldenoticias.files.wordpress.com/2007/04/inundacao.

7.1 Retardamento da vazão Piscinões e reservatórios.

Visando primordialmente o combate às enchentes na Região Metropolitana de São Paulo,

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Page 17: Trabalho Drenagem

através de uma abordagem geral dos problemas em todas as principais sub-bacias da bacia

hidrográfica do Alto Tietê, foi elaborado o Plano Diretor de Macro drenagem da bacia

do alto Tietê, que busca complementar as obras de melhoria hidráulica dos rios Tietê e

Tamanduateí.

Esse plano em geral e denominado piscinões tem a função em face da impossibilidade

prática de aumento da capacidade de descarga de alguns dos principais rios da RMSP,

necessário aos incrementos de vazões de cheias associadas à crescente a forte urbanização,

adota como solução de curto prazo a construção de reservatórios para o amortecimento de

picos de cheias.

Ou seja , o piscinão se mostrou uma solução eficaz, uma vez que, concluído, produz efeito imediato, pois retém a água que está descendo e que iria transbordar pelo rio ou córrego.

Depois que a chuva passa, a água vai sendo liberada aos poucos, de forma controlada, a fim de evitar inundações a jusante, ou seja, para frente do reservatório construído.

O piscinão não é nada mais que a criação de uma nova várzea, uma área que possa acumular água.

UM exemplo do bom funcionamento e o piscinão do Pacaembu. (Ver fig. 7,3, 7,4 )

(fig. 7.3)

(Fonte Canholli 2005)

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( fig. 7.4) fonte Canholli 2005)

7.2 Tipos de quebra de velocidade da água para jusante.

Conduzem as águas captadas por outros dispositivos de drenagem pelos taludes de cortes e

aterros. Quando vindas de valetas de proteção de corte, deságuam na plataforma em sarjetas

de corte ou em caixas coletoras. Quando as águas provém de sarjetas de aterro, deságuam

geralmente no terreno natural. Também sangram valetas de banquetas em pontos baixos ou

ao ser atingido o comprimento crítico, e freqüentemente são necessárias para conduzir pelo

talude de aterro águas vindas de bueiros elevados.

Posicionam-se nos taludes de corte e aterro acompanhando suas declividades e também na

interseção do talude de aterro com o terreno natural e nas transições corte-aterro.

Podem ser do tipo rápido ou em degraus. A escolha do tipo é função da velocidade limite

do escoamento para não provocar erosão, das características geotécnicas dos taludes, do

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terreno, da necessidade de quebra de energia do fluxo e dos dispositivos de amortecimento

na saída.

Sendo ponto bastante vulnerável, principalmente em aterros, requer cuidados especiais para

evitar desníveis causados por caminhos preferenciais durante chuvas fortes, cujas erosões

podem destruir toda a estrutura. Por isso, deve ser "encaixada" nos taludes de aterro,

nivelada, e protegida com o revestimento indicado para os taludes.

Podem ter as formas:

Retangular, em calha (tipo rápido) ou em degraus;

Semicircular ou meia cana, de concreto ou metálica;

Em tubos de concreto ou metálicos.

      

(Fig. 7.5) fonte UFRJ/ 2008)

7.2 Restauração de áreas úmidas (várzeas)

São obras que visam recompor as áreas de inundação natural de rios e córregos. Podem

ser associadas aos parques lineares e se aplicam geralmente às áreas ribeirinhas

alteradas ainda não densamente ocupadas.

A restauração de áreas úmidas é importante para restabelecer as áreas naturais de

inundação com efeitos positivos na redução das inundações a jusante, na redução das

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cargas poluidoras de fontes difusas e à restauração do ecossistema ribeirinho um exemplo

clássico são os banhados construídos (wetlands)

Wetlands são zonas de transição situadas no trajeto das águas que escoam por uma

bacia, entre as regiões mais altas e os talvegues. Incluem pradarias úmidas, mangues,

pântanos, charcos e várzeas. As wetlands abrigam flora e fauna típicas de solos

inundados ou saturados favorecendo, por isso, o desenvolvimento de um rico

ecossistema.

As wetlands funcionam como uma espécie de filtro natural, retendo e transformando

sedimentos, absorvendo nutrientes e purificando a água. Este processo é o resultado de

dezenas de transformações físicas e biológicas, incluindo sedimentação, absorção,

adsorção, mineralização, e transformações microbiológicas. Os processos naturais de

tratamento em uma wetland são movidos pela energia solar e eólica. Para muitos

poluentes a capacidade de tratamento é renovada continuamente, o que faz com que

funcionem como sistemas ecológicos praticamente auto-sustentáveis, exigindo muito

pouca manutenção.

As wetlands construídas podem ter capacidade de assimilação de poluentes igual ou

maior que as wetlands naturais. Além disso, funcionam como bacias de retenção e de

infiltração, reduzindo as vazões e os volumes de cheia.

Entre as principais funções de uma wetland, destacam-se:

Tratamento de efluentes secundários ou de águas poluídas do sistema de drenagem,

promovendo a melhoria da qualidade da água dos corpos hídricos à jusante;

Controle de cheias;

Aumento da recarga do aqüífero;

Restauração de ecossistemas naturais;

Criação de áreas verdes e de áreas de contemplação;

Promoção de educação ambiental por meio de visitas monitoradas.

Além dessas finalidades, a implantação de wetlands é uma maneira eficiente de ocupar

regiões que sofrem forte pressão da expansão urbana.

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(Fig. 7.6) (fonte editora abril)

7.3 Coberturas ajardinadas de edifíciosA cobertura ajardinada é basicamente constituída por um jardim implantado em

uma fina camada de terra sobre o teto impermeabilizado de uma edificação. É

utilizada em lugar do telhado convencional. Portanto deve ser leve e exigir baixa

manutenção. Promove o equilíbrio do ciclo hidrológico, capturando, filtrando e

possibilitando a evaporação de parte da água da chuva.

Coberturas ajardinadas são utilizadas como um meio de se reduzir os efeitos da

impermeabilização. Reduzem os picos de cheia, melhoram a qualidade das

águas de drenagem e reduzem o fenômeno das ilhas de calor* que deterioram o

ambiente urbano. Além disso, proporcionam um melhor isolamento térmico em

relação às coberturas convencionais, melhorando o conforto dos edifícios e

reduzindo o consumo de energia de ar condicionado.

As coberturas ajardinadas são compostas das seguintes camadas:

a) Laje dimensionada para suportar o peso adicional da cobertura;

b) Membrana impermeável resistente à pressão exercida pelas raízes;

c) Dreno composto de material granular ou outro tipo de camada permeável

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Page 22: Trabalho Drenagem

que permita o escoamento livre da água em direção aos coletores prediais;

d) Solo vegetal (com cerca de 5 à 30 cm de espessura), de média

permeabilidade.

e) Vegetação com características apropriadas (resistência aos períodos de

estiagem, alta capacidade de cobertura, auto-sustentação sem a

necessidade de adubação, pesticidas ou herbicidas; resistência às variações

de temperatura e aos ventos; perenidade com auto-semeadura; baixa

necessidade de poda; resistência ao fogo).

7.4 Ampliação da Calha do Tietê

Há tempos a cidade de São Paulo sofre com as inundações provocadas pelo transbordamento do Rio Tietê, que ocorre por ocasião das grandes chuvas, por não dar vazão a grande quantidade de água que chega à sua calha. Esses eventos levam à população grandes prejuízos materiais, paralisação do tráfego das marginais, refletindo diretamente na vida econômica da cidade, além de por em risco a saúde pelas doenças de  veiculação hídrica.

O Governo do Estado de São Paulo, diante desse cenário, decidiu investir em obras para a melhoria do rio Tietê. Em 1995, através do Japan Bank for International Cooperation (JBIC), conseguiu um financiamento com o Governo Japonês dando início às obras necessárias para o combate às enchentes.

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Page 23: Trabalho Drenagem

O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), entidade responsável pelo projeto de melhorias no Tietê, está executando as obras de aprofundamento, desassoreamento e limpeza, no sentido de controlar suas inundações.

O projeto de melhorias para o Rio foi dividido em duas fases. Na fase I, o DAEE executou obras a jusante da confluência Pinheiros -Tietê, onde está localizado o complexo viário “Cebolão”. Na fase II, em execução, estão previstas obras em

24,5 quilômetros, que vão desde o Cebolão até a Barragem da Penha.

http://www.daee.sp.gov.br/cgi-bin/Carrega.exe?arq=/calha/index.htm

(fig. 7.7)

http://www.daee.sp.gov.br/cgi-bin/Carrega.exe?arq=/calha/index.htm

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Page 24: Trabalho Drenagem

8. Custo

De maneira geral o custo de um sistema de drenagem urbana é composto por três

parcela : investimento, operação e manutenção além de risco.

Os custos de investimento incluem os desembolsos para estudo, projeto ,

levantamentos, construção desapropriação, indenização e implantação da obra.

Os custo de operação e manutenção já incluem mão de obra qualificada, reparos,

inspeções e revisões necessárias durante a vida útil da obra.

De forma geral os custos podem ser associados de uma forma direta ou indireta.

Custos diretos: esses custos envolvem obras civis, equipamento elétrico e mecânicos

a relocação de pessoas , desapropriação manutenção e operação. Todos esses custos podem

ser previsionados com grande quantidade de estudo e equiparação de preço com outros

serviços já prestados por empresa especializada.

Custos indiretos: são os custos que geram danos as pessoas com valor superior a

convivência em sociedade como interrupção de tráfego, prejuízos ao comercio. Dessa

forma é possível ressaltar os benefícios inerentes ás obras que requerem menor tempo de

construção .

Com custos complexos e por vezes muito alto por vezes requer a solução mais útil

para cada processo, para determinar os custos preliminar das obras e equipamentos podem-

se utilizar tabelas de custos unitários de obras e serviço especializados , esses custos

especificados em tabela (fig 8.1) abragem materiais, mão de obra qualificada, leis sociais,

impostos, BDI de empreiteiro e despesas com instalações do canteiro de obras.

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Page 25: Trabalho Drenagem

Essa tabela de custo unitários da secretaria de infra estrutura urbana do município de

são Paulo , publicada periodicamente no diário oficial do município nessa tabela são

padronizado todos os valores para obras publicas de serviços relativos a obras de drenagem,

cujo gerenciamento em geral na cidade de São Paulo cabe a essa Secretaria.

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Page 26: Trabalho Drenagem

(Fonte:Canholi, 2005)(fig. 8.)

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Page 27: Trabalho Drenagem

9. Benefícios

A quantidade de beneficios decorrentes da implatção de uma obra bem executada de drenagem urbana é muito dificil de relacionar pois seria muito mais facil colocar a quantidade de danos evitados.As vantagens podem ser desde redução de doenças e mortalidade, melhorias na condição de vida, redução no impactos na paisagem.Porém podemos listas a redução de danos em diretos: são as perdas de bens e serviços que podem ocorrer como consequencia de contato direto com a inundação, além de custos e benficios inatingiveis como vemos na tabela ( fig. 9).

Fonte canholi 2005 ( fig 9.)

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Page 28: Trabalho Drenagem

9.1 Beneficios efetuados e demontrados com pracas auto sustentavel um exemplo desse tipo de praças é a praca victor civita.

Um espaço de reflexão, inspiração e informação sobre as questões ambientais e urbanas, originado a partir da revitalização de uma área urbana degradada

Gerida pelo Instituto Abril, em parceria com a Subprefeitura de Pinheiros, a comunidade, o Itaú, a Even Construtora e a Petrobras, a Praça Victor Civita tem como objetivo tornar-se um ponto de alerta e referência para as questões ambientais, sem deixar de ser um espaço de integração e divertimento. Este Espaço Aberto da Sustentabilidade nada mais é do que um belo complexo dotado de equipamentos e programas de lazer, educação e cultura. A diferença com relação às praças e parques convencionais está no fato de que as atividades desenvolvidas na Praça Victor Civita fazem menção à educação ambiental.

Deste modo, ao fazer seu passeio, cooper ou ginástica, o visitante pode refletir sobre a preservação ambiental e as formas de reabilitação empregadas na área, de forma que compreenda seu papel na preservação do planeta.

A Praça Victor Civita - Espaço Aberto da Sustentabilidade é resultado de um termo de cooperação firmado entre a Prefeitura do Município de São Paulo e a Editora Abril em fevereiro de 2007. Os primeiros esboços do projeto, contudo, datam de 2001, quando foi assinado um protocolo de intenções entre o governo municipal e a Editora, originando uma parceria para viabilizar a revitalização do terreno localizado na Rua do Sumidouro.

O projeto físico compreende um deck de madeira legalizada, de diferentes espécies brasileiras (ipê, garapa e sucupira). Além de pista de caminhada, o deck serve como proteção para que os visitantes não entrem em contato direto com as áreas de solo contaminado. Trata-se de uma solução pioneira no Brasil, baseada em modelos internacionais. O projeto prevê a resistência necessária para receber um alto fluxo de pessoas, já que a Praça é aberta diariamente, das 7h às 19h, com atividades gratuitas para a comunidade e visitas escolares.

Do lixo ao luxo...

Toneladas de resíduos foram processadas por mais de 40 anos no local onde hoje se localiza a Praça Victor Civita

O terreno de 13. 648 m2 que abriga a Praça Victor Civita, na Rua do Sumidouro, bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, encontra-se contaminado por metais pesados, além de outras substâncias tóxicas, resultantes da queima de resíduos domiciliares e hospitalares realizada no local entre os anos de 1949 e 1989. Cerca de 200 toneladas de lixo eram processadas diariamente no local, em duas câmaras de combustão.

Até o final de 2006, uma cooperativa de reciclagem, a Coopervivabem, fazia o trabalho de triagem de material no prédio do incinerador, sem máscaras, luvas ou

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qualquer proteção contra a contaminação da área. Após este período os cooperados foram transferidos para uma nova sede, na Vila Leopoldina.

Em 2001, a Prefeitura Municipal de São Paulo ofereceu o terreno para que o Grupo Abril implantasse uma praça pública. Mas os primeiros estudos feitos na área apontaram a presença de furanos e dioxinas acima dos níveis aceitáveis, o que levou os órgãos públicos responsáveis (Cetesb e Secretaria do Verde e Meio Ambiente, com apoio da GTZ) juntamente com as equipes da Abril responsáveis pelo projeto a encontrarem uma solução economicamente viável e ecologicamente sustentável para reabilitar a área para uso público, sem oferecer quaisquer riscos aos visitantes. Em novembro de 2008, a cidade de São Paulo recebeu a Praça Victor Civita - Espaço Aberto da Sustentabilidade. http://pracavictorcivita.abril.com.br/conhecapraca/paginageral_271300.shtml)

(fig 9.1)

http://pracavictorcivita.abril.com.br/conhecapraca/paginageral_271300.shtml)

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10. Conclusão.

Uma estratégia essencial para a obtenção de soluções eficientes é a elaboração

de planos diretores. É altamente recomendável que um plano diretor de drenagem

urbana evite medidas locais de caráter restritivo (que freqüentemente deslocam o

problema para outros locais, chegando mesmo a agravar as inundações a jusante),

através de um estudo da bacia hidrográfica como um todo; no que diz respeito às

normas e aos critérios de projeto adotados, deve-se considerar a bacia homogênea,

através do estabelecimento de período de retorno uniforme, assim como dos gabaritos

de pontes, travessias, etc. O plano diretor deve possibilitar a identificação das áreas a

serem preservadas e a seleção das que possam ser adquiridas pelo poder público antes

que sejam ocupadas, loteadas ou que seus preços se elevem e tornem a aquisição

proibitiva. É também fundamental a elaboraração do zoneamento da várzea de

inundação e o estabelecimento de um escalonamento cronológico e espacial da

implantação das medidas necessárias, de forma tecnicamente correta e de acordo com os

recursos disponíveis. O plano de drenagem deve ser articulado com as outras atividades

urbanas (abastecimento de água e de esgoto, transporte público, planos viários,

instalações elétricas, etc.) de forma a possibilitar o desenvolvimento da forma mais

harmonizada possível. Do plano deve também constar a elaboração de campanhas

educativas que visem a informar a população sobre a natureza e a origem do problema

das enchentes, sua magnitude e conseqüências. É de capital importância o

esclarecimento da comunidade sobre as formas de solução existentes e os motivos da

escolha das soluções propostas. A solicitação de recursos deve ser respaldada técnica e

politicamente, dando sempre preferência à adoção de medidas preventivas de maior

alcance social e menor custo.

Por seu caráter técnico, um plano diretor de drenagem urbana deve ser elaborado

por equipes técnicas competentes, que dominem os ferramentais tecnológicos

adequados a cada caso. É também essencial que conte com o apoio dos poderes

decisórios e da comunidade em geral, por se constituir em um documento político

importante. Entre as estratégias que podem ser utilizadas para conferir-lhe peso político,

pode-se atribuir força de lei ao planejamento, constituir fundos financeiros para garantir

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a estabilidade do fluxo de recursos e obter apoio da sociedade por meio de campanhas

de comunicação social bem conduzidas.

Nunca se pode esquecer que o sistema de drenagem não é isolado dos diversos sub-

sistemas que constituem a organização das atividades urbanas, fazendo parte de uma rede

complexa, devendo, portanto, ser articulado com os outros subsistemas, possibilitando a

melhoria do ambiente urbano de forma ampla e harmônica.

A solução mais racional é a preservação das várzeas, não apenas visando

problemas de inundação, como também no que diz respeito à preservação do

ecossistema e à criação de oportunidades de recreação.

Uma vez que as águas pluviais atinjam o solo, irá escoar, infiltrar ou ficar

armazenada na superfície, independente da existência, ou não, de um sistema de

drenagem adequado.

Estas observações são princípios essenciais à elaboração do plano diretor, e

constituem a base fundamental sobre a qual devem ser orientadas todas as fases do

processo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Drenagem urbana e controle de enchetes : Canholi, Alusio pardo 2005.

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DAEE/CETESB (1980)- Drenagem Urbana. Segunda Edição, São Paulo (SP).

SEMADS 2001 acessado via google em, 27/11/2008.

Acessado em 28/11/2008:

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://civilport.com.br/imgs/saneamento/

rio_meier.jpg

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://centraldenoticias.files.wordpress.com/2007/04/inundacao.

Fonte UFRJ. Acessado via Google em 27/11/2008:

Fonte via internet em

29/11/2008:http://www.daee.sp.gov.br/cgi-bin/Carrega.exe?arq=/calha/index.htm

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