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Transfor,ador de Potência
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TRANSFORMADORES DE POTNCIA
Prof.: Zanoni Dueire Lins, Phd
Nov/2014
Equipe: Danielle Loureno Oliveira e Silva Vincius Machado Moreira
2
NDICE
1 INTRODUO .................................................................................................................................... 6 1.1 PRINCPIO BSICO DE FUNCIONAMENTO ............................................................................. 8
2 ASPECTOS CONSTRUTIVOS .......................................................................................................... 13 2.1 ENROLAMENTOS ................................................................................................................... 13
2.1.1 TIPO CAMADA .................................................................................................................... 13 2.1.2 Tipo Panqueca .................................................................................................................... 13
2.2 FORMAS CONSTRUTIVAS ..................................................................................................... 14 2.2.2 Quanto ao Tipo de Ligao .................................................................................................. 16 2.2.3 QUANTO AO MEIO ISOLANTE .......................................................................................... 18
3 PARTES CONSTRUTIVAS................................................................................................................ 21 3.1 TANQUE ................................................................................................................................. 22 3.2 CONSERVADOR DE LEO ..................................................................................................... 22 3.3 RADIADORES ......................................................................................................................... 23 3.4 PLACAS DE IDENTIFICAO E DIAGRAMTICA ................................................................... 25 3.5 LQUIDO ISOLANTE ................................................................................................................ 26 3.6 EQUIPAMENTOS AUXILIARES (ACESSRIOS) ..................................................................... 26
3.6.1 INDICADOR DE NVEL DE LEO ....................................................................................... 26 3.6.2 TERMMETRO ................................................................................................................... 27 3.6.3 CONTROLADORES MICROPROCESSADOS DE TEMPERATURA .................................... 28 3.6.4 VLVULA DE ALVIO DE PRESSO ................................................................................... 29 3.6.5 SECADOR DE AR DE SLICA GEL ..................................................................................... 29 3.6.6 MANMETRO E MANOVACUMETRO ............................................................................. 30 3.6.7 REL DETETOR DE GS TIPO BUCHHOLZ ...................................................................... 31 3.6.8 REL REGULADOR DE TENSO ....................................................................................... 31 3.6.9 SISTEMA DE RESFRIAMENTO .......................................................................................... 32 3.6.10 MOTORES PARA VENTILAO FORADA ....................................................................... 33 3.6.11 VLVULA PARA RETIRADA DO LEO .............................................................................. 35 3.6.12 MEIOS DE LOCOMOO ................................................................................................... 36 3.6.13 PAINEL LOCAL DE CONTROLE E PROTEO ................................................................. 36 3.6.14 MEIOS DE ATERRAMENTO ............................................................................................... 37 3.6.15 SUPORTE PARA PARA-RAIOS .......................................................................................... 37 3.6.16 TOMADA PARA MEDIO DE RESISTNCIA DE ATERRAMENTO DO NCLEO ............ 37
4 ESPECIFICAO DE TRANSFORMADORES DE POTNCIA ......................................................... 37 4.1 ESPECIFICAO ELTRICA DE TRANSFORMADORES DE POTNCIA .............................. 37
5 ENSAIOS .......................................................................................................................................... 47 5.1 ENSAIOS DE ACEITAO ...................................................................................................... 47
5.1.1 Resistncia eltrica dos enrolamentos ................................................................................. 47 5.1.2 Relao de espiras .............................................................................................................. 47 5.1.3 Deslocamento angular e sequncia de fases ....................................................................... 47 5.1.4 Perdas em vazio e corrente de excitao ............................................................................. 47 5.1.5 Perdas em carga e impedncia de curto-circuito .................................................................. 47 5.1.6 Tenso aplicada e induzida ................................................................................................. 47 5.1.7 Resistncia de isolamento ................................................................................................... 47 5.1.8 Estanqueidade e resistncia presso ................................................................................ 47
3
5.1.9 Tenso aplicada fiao e aos acessrios .......................................................................... 47 5.1.10 Verificao do funcionamento dos acessrios ...................................................................... 47 5.1.11 Inspeo visual e dimensional ............................................................................................. 47 5.1.12 Ensaios no leo isolante ...................................................................................................... 47 5.1.13 Verificao da aderncia e da espessura da pintura ............................................................ 48 5.1.14 Ensaio de aderncia da galvanizao .................................................................................. 48
5.2 ENSAIOS DE TIPO .................................................................................................................. 48 5.2.1 Elevao de temperatura ..................................................................................................... 48 5.2.2 Tenso suportvel nominal de impulso atmosfrico ............................................................. 48 5.2.3 Nvel de rudo ...................................................................................................................... 48
5.3 ENSAIOS ESPECIAIS ............................................................................................................. 48 5.3.1 Medio da impedncia de sequncia zero .......................................................................... 48 5.3.2 Medio do Fator de Potncia do Isolamento do Transformador e suas Buchas .................. 48 5.3.3 Nvel de Tenso de Radiointerferncia ................................................................................ 48 5.3.4 Grau de Polimerizao ........................................................................................................ 48
5.4 ENSAIOS NOS TCS DE BUCHA ............................................................................................. 49 5.4.1 Relao de transformao de todas as derivaes .............................................................. 49 5.4.2 Tenso induzida; ................................................................................................................. 49 5.4.3 Tenso aplicada .................................................................................................................. 49 5.4.4 Polaridade; .......................................................................................................................... 49 5.4.5 Exatido; ............................................................................................................................. 49 5.4.6 Resistncia eltrica dos enrolamentos ................................................................................. 49 5.4.7 Corrente suportvel nominal de curta durao (corrente trmica nominal); ........................... 49 5.4.8 Valor de crista nominal da corrente suportvel (corrente dinmica nominal .......................... 49
5.5 ENSAIOS NAS BUCHAS ......................................................................................................... 49 5.6 ENSAIOS DO COMUTADOR DE DERIVAES ..................................................................... 49
6 NORMAS .......................................................................................................................................... 49 7 INOVAES TECNOLGICAS ........................................................................................................ 50 8 CUSTOS PRATICADOS EM AQUISIES ....................................................................................... 51 9 CONCLUSO .................................................................................................................................... 52 10 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 52
10.1 MAMEDE FILHO, JOO. MANUAL DE EQUIPAMENTOS ELTRICOS. LTC, 2005 ................................... 52 10.2 NORMAS ABNT - TRANSFORMADORES (VIDE ITEM 6) ................................................................... 52 10.3 STIOS INTERNET ABB, SEIELECTRIC, CELECTRA ................................................................ 52 10.4 MANUAL DE MANUTENO E INSTALAO DE TRANSFORMADORES LEO - WEG ........................... 52 10.5 ARTIGO DO PROF. HANNY GUIMARES O SETOR ELTRICO ......................................................... 52
4
LISTA DE FIGURAS
Fig. 1 - O transformador de Stanley ...................................................................................... 6 Fig. 2 - Uma fotografia histrica do Adams Power Station Niagara Falls New York. ..................... 7 Fig. 3 - Esquema de gerao, transmisso, subtransmisso e distribuio de energia eltrica ..... 8 Fig. 4 Representao simplificada do transformador bsico .................................................. 9 Fig. 5 Transformador Ideal sem perdas .............................................................................. 9 Fig. 6 Transformador Ideal com carga ............................................................................... 9 Fig. 7 Transformador Real .............................................................................................. 10 Fig. 8 Circuito equivalente do transformador real .............................................................. 11 Fig. 9 Transformador de baixa potncia ........................................................................... 11 Fig. 10 Aspecto construtivo de um transformador simples de baixa tenso .......................... 12 Fig. 11 - Transformador monobucha (MRT) ......................................................................... 14 Fig. 12 - Transformador Bifsico ......................................................................................... 15 Fig. 13 - Ligao em estrela ............................................................................................... 17 Fig. 14 - Ligao em ziguezague ......................................................................................... 18 Fig. 15 Transformador trifsico a seco ............................................................................. 20 Fig. 16 Aplicao de transformador a seco diretamente na mquina ................................... 20 Fig. 17 Partes Componentes de um transformador a leo .................................................. 21 Fig. 18 Vista de um tanque de um transformador de potncia ............................................ 22 Fig. 19 Transformador de potencia com conservador de leo ............................................. 23 Fig. 20 - Transformador de potncia com radiadores tipo aleta ............................................. 24 Fig. 21 - Placa de identificao de um transformador ........................................................... 25 Fig. 22 Indicador de nvel de leo .................................................................................... 26 Fig. 23 - Termmetro com capilar para transformadores de foa ........................................... 27 Fig. 24 Termmetro do enrolamento com imagem trmica e seu esquema diagramtico ..... 28 Fig. 25 Controlador de temperatura microprocessado e seu sensor de temperatura ............ 28 Fig. 26 Vlvula de alvio de presso .................................................................................. 29 Fig. 27 Secador de ar de slica gel .................................................................................... 30 Fig. 28 Manmetro, esquerda, e manovacumetro, direita ........................................... 30 Fig. 29 Rel Buchholz ..................................................................................................... 31 Fig. 30 Rel regulador de tenso ..................................................................................... 32 Fig.31 Circuito eltrico dos ventiladores de resfriamento do transformador ......................... 34 Fig. 32 Transformador de fora com ventilao forada ..................................................... 35 Fig. 33 Vlvula tipo gaveta ................................................................................................. 35 Fig. 34 Rodas para transformadores. Fonte: SEIELECTRIC ................................................... 36 Fig. 35 Manuteno em painel local de controle e proteo. Fonte: TREETECH ..................... 36 Fig. 36 Transformador ABB 15MVA - 50kV/6,6kV [6]. Fonte: ABB ........................................ 51
5
LISTA DE TABELAS
Tab. 1 - Caractersticas dimensionais de transformadores trifsicos ....................................... 16 Tab. 2 - EXEMPLO DE ESPECIFICAO TCNICA ................................................... 40
6
TRANSFORMADORTRANSFORMADORTRANSFORMADORTRANSFORMADORESESESES DE POTNCIADE POTNCIADE POTNCIADE POTNCIA
1111 INTRODUOINTRODUOINTRODUOINTRODUO
Transformador um equipamento de operao esttica que por meio de induo eletromagntica
transfere energia de um circuito, chamado primrio, para um ou mais circuitos denominados,
respectivamente, secundrio e tercirio, sendo, no entanto, mantida a mesma frequncia, porm com
tenses e correntes diferentes.
A partir da inveno do transformador de potncia, que remonta o fim do sculo XIX, tornou-se possvel o
desenvolvimento do moderno sistema de alimentao em corrente alternada, com subestaes de
potncia frequentemente localizadas a muitos quilmetros dos centros de consumo (carga). Antes disto,
nos primrdios do suprimento de eletricidade pblica, estes eram sistemas de corrente contnua, com a
fonte de gerao, por necessidade, localizados prximo do local de consumo.
Fig. 1 - O transformador de Stanley
Indstrias pioneiras no fornecimento de eletricidade foram rpidas em reconhecer os benefcios de uma
ferramenta a qual poderia dispor alta corrente, normalmente obtida a baixa tenso de sada de um
gerador eltrico, e transform-lo para um determinado nvel de tenso possvel de transmiti-la em
condutores de dimenses prticas a consumidores que, naquele tempo, poderiam estar afastados a um
quilmetro ou mais e poderiam fazer isto com uma eficincia e que, para os padres da poca, era nada
menos que fenomenal.
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Fig. 2 - Uma fotografia histrica do Adams Power Station Niagara Falls New York.
Crdito: American Memories Collection
Atualmente, sistemas de transmisso e distribuio de energia so, claro, vastamente mais extensos e
totalmente dependentes de transformadores os quais, por si s, so muito mais eficientes que aqueles de
um sculo atrs; dos enormes transformadores elevadores, por exemplo, 23,5 kV (19.000 A) em 400 kV,
assim reduzindo a corrente a valores prticos de transmisso de 1.200 A, ou ento, aos milhares de
pequenos transformadores de distribuio, as quais operam quase continuamente, dia-a-dia, com menor
ou maior grau de importncia, provendo suprimento para consumidores industriais ou domsticos.
Para que os aparelhos consumidores de energia eltrica sejam utilizados com segurana pelos usurios,
necessrio que se faa sua alimentao com tenses adequadas, normalmente inferiores a 500 V.
No Brasil, as tenses nominais, aplicadas aos sistemas de distribuio secundrios das concessionrias de
energia eltrica, variam em funo da regio. No Nordeste, a tenso padronizada de 380 V entre fases e
de 220 V entre fase e neutro. J na Regio Sul, a tenso convencionalmente utilizada de 220 V entre
fases e 127 V entre fase e neutro. No entanto, em alguns sistemas isolados, so aplicadas tenses
diferentes destas, como, por exemplo, a de 110 V.
Em um sistema eltrico, os transformadores so utilizados desde as usinas de produo, onde a tenso
gerada elevada a nveis adequados para permitir a transmisso econmica de potncia, at os grandes
pontos rurais, onde novamente reduzida para, enfim, ser utilizada com segurana pelos usurios do
sistema, conforme j mencionado.
Os transformadores so adjetivos em funo da posio que ocupam no sistema, conforme a Fig. 1.1, que
trata de um esquema de gerao, transmisso, subtransmisso e distribuio de energia eltrica.
8
Existem diversos tipos de transformadores, mas todos adotam o mesmo princpio que a utilizao do
campo magntico como forma de acoplamento.
As exigncias tcnicas e econmicas impem a construo de grandes usinas eltricas, de forma geral as
localizadas fora dos grandes centros de aproveitamento, pois devem utilizar a energia hidrulica dos lagos
e rios das montanhas. Surge assim a necessidade do transporte de energia eltrica por meio de linhas de
comprimento notvel.
Devido a fatores econmicos e de construo, as sees dos condutores destas linhas devem ser
limitadas, o que torna necessria a limitao da intensidade das correntes nas mesmas. Assim sendo, as
linhas devero ser construdas para funcionar com uma tenso elevada, que em certos casos atinge a
centenas de milhares de volts.
Estas realizaes so possveis em virtude da corrente alternada poder ser transformada facilmente de
baixa tenso para alta tenso e vice-versa, por meio de uma mquina esttica, de construo simples e
rendimento elevado, que o transformador.
1.11.11.11.1 PRINCPIO BSICO DE PRINCPIO BSICO DE PRINCPIO BSICO DE PRINCPIO BSICO DE FUNCIONAMENTOFUNCIONAMENTOFUNCIONAMENTOFUNCIONAMENTO
Como dito anteriormente, um transformador um dispositivo com a finalidade de transmitir energia
eltrica ou potncia de um circuito a outro, convertendo tenses, correntes ou de modificar os valores da
impedncia eltrica de um circuito. Trata-se de um dispositivo de corrente alternada que opera baseado
nos princpios eletromagnticos da Lei de Faraday e da Lei de Lenz.
Fig. 3 - Esquema de gerao, transmisso, subtransmisso e distribuio de energia eltrica
9
Se aplicarmos uma tenso U1 ALTERNADA ao PRIMRIO, circular por este enrolamento uma CORRENTE I1 alternada, que por sua vez dar condies ao surgimento de um FLUXO MAGNTICO tambm
alternado (m). A maior parte deste FLUXO ficar confinado ao ncleo, uma vez que e este o caminho de MENOR RELUTNCIA. Este FLUXO dara origem a uma FORCA-ELETROMOTRIZ induzida (f.e.m) E1 no primario e E2 no secundrio (Lei de Faraday) proporcionais ao NMERO DE ESPIRAS dos respectivos enrolamentos, N1 e N2.
PRIMRIO PRIMRIO PRIMRIO PRIMRIO o lado que RECEBE ENERGIARECEBE ENERGIARECEBE ENERGIARECEBE ENERGIA.
SECUNDRIO SECUNDRIO SECUNDRIO SECUNDRIO o lado que ALIMENTA ALIMENTA ALIMENTA ALIMENTA a CARGACARGACARGACARGA.
Fig. 4 Representao simplificada do transformador bsico
Fig. 5 Transformador Ideal sem perdas
Fig. 6 Transformador Ideal com carga
10
Equao fundamental dos transformadores (monofsicos):Equao fundamental dos transformadores (monofsicos):Equao fundamental dos transformadores (monofsicos):Equao fundamental dos transformadores (monofsicos):
Se a >1, a >1, a >1, a >1, o trafo e ABAIXADOR ABAIXADOR ABAIXADOR ABAIXADOR de tensao. Se a < 1a < 1a < 1a < 1, o trafo e ELEVADOR ELEVADOR ELEVADOR ELEVADOR de tensao. Se a = 1a = 1a = 1a = 1, o trafo e ISOLADORISOLADORISOLADORISOLADOR.
onde: aaaa: relacao de transformacao. V1, V2V1, V2V1, V2V1, V2: tensao eficaz nos enrolamentos primario e secundario, [V].[V].[V].[V]. N1, N2N1, N2N1, N2N1, N2: numero espiras nos enrolamentos primario e secundario. I1, I2I1, I2I1, I2I1, I2: correntes nos enrolamentos primario e secundario, [AAAA].
PERDAS NO COBRE: PERDAS NO COBRE: PERDAS NO COBRE: PERDAS NO COBRE: devido a resistencia dos fios nos enrolamentos (P=RI2); PERDAS NO FERRO:PERDAS NO FERRO:PERDAS NO FERRO:PERDAS NO FERRO: Perdas por Perdas por Perdas por Perdas por HistereseHistereseHistereseHisterese: devido a energia para alinhar os dominios magneticos e inverter o alinhamento com a inversao da corrente. Perdas por corrente parasitaPerdas por corrente parasitaPerdas por corrente parasitaPerdas por corrente parasita: devido a corrente induzida que flui no nucleo (para evitar utiliza-se um nucleo laminado ou chapas).
Fig. 7 Transformador Real
11
O circuito equivalente do transformador real e constitudo de elementos de circuito: resistncias resistncias resistncias resistncias e indutnciasindutnciasindutnciasindutncias.
Onde: R1, R2R1, R2R1, R2R1, R2: resistencia das bobinas, [] (representam as perdas perdas perdas perdas Joule, cobrecobrecobrecobre); X1, X2X1, X2X1, X2X1, X2: indutancia de dispersao, [] (representam as perdas perdas perdas perdas de fluxofluxofluxofluxo); RCRCRCRC: resistencia de perdas perdas perdas perdas no ferroferroferroferro, []; XmXmXmXm: reatancia de magnetizacao, [].
Fig. 9 Transformador de baixa potncia
Fig. 8 Circuito equivalente do transformador real
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Quando o indutor conectado a uma fonte de alimentao em corrente alternada ocorre o surgimento
de um campo magntico induzido. Quando um segundo indutor imerso sobre este campo magntico,
ocorre o processo de induo, onde o campo magntico convertido pelo indutor em forma de tenso
induzida.
No modelo bsico de um transformador sua estrutura formada por duas bobinas isoladas eletricamente
e enroladas em torno de um ncleo comum. Para se transferir a energia eltrica de uma bobina outra
se utiliza do artifcio do acoplamento magntico. A bobina que recebe a energia de uma fonte CA recebe
a denominao de primrio. A bobina que fornece energia para uma carga CA designada como
secundrio. O ncleo dos transformadores usados em baixa frequncia feito geralmente de material
magntico, comumente se usa ao laminado. Os ncleos dos transformadores usados em altas
frequncias so feitos de p de ferro e cermica ou de materiais no magnticos. Algumas bobinas so
simplesmente enroladas em torno de formas ocas no magnticas como, por exemplo, papelo ou
plstico, de modo que o material que forma o ncleo na verdade o ar. Se considerarmos que um
transformador funcione sobre condies ideais, a transferncia de energia de uma tenso para a outra se
faz sem nenhuma perda.
A tenso induzida no secundrio de um transformador proporcional ao nmero de linhas magnticas
que transpassa a bobina do secundrio, por esse motivo as bobinas so montadas sobre um material
ferro magntico, de forma a diminuir a disperso de linhas, concentrando o campo magntico sobre a
bobina do secundrio.
Fig. 10 Aspecto construtivo de um transformador simples de baixa tenso
13
Com a utilizao de um ncleo magntico para a melhora do fluxo magntico, contudo surge o problema
de aquecimento, devido utilizao de um ncleo macio, assim utiliza-se de chapas de ferro silcio para
a construo do ncleo.
Com o ncleo laminado ocorre a reduo das perdas por histerese magntica e das correntes parasitas,
tambm conhecidas como correntes Foucault.
2222 ASPECTOSASPECTOSASPECTOSASPECTOS CONSTRUTIVOSCONSTRUTIVOSCONSTRUTIVOSCONSTRUTIVOS
Os transformadores so construdos com as mais diversas caractersticas, que dependem do tipo da carga
que se quer alimentar ou mesmo do ambiente onde se pretende instal-lo.
Atualmente existem no Brasil algumas dezenas de indstrias que fabricam transformadores de fora. O
processo de fabricao e a linha de produo destas fabricas so, de maneira geral, semelhantes,
logicamente apresentando sensveis diferenas quanto aos recursos tcnicos disponveis, o que muitas
vezes implicam na qualidade final do equipamento.
2.12.12.12.1 ENROLAMENTOSENROLAMENTOSENROLAMENTOSENROLAMENTOS
Os condutores so enrolados em forma de bobina cilndrica, que so dispostas coaxialmente nas colunas
do ncleo, em ordem crescente de tenso. Bobinas com condutores em paralelo, na direo radial,
devem ter transposio, para minimizar as perdas adicionais e os esforos mecnicos provenientes dos
curto-circuitos.
Os enrolamentos podem ser executados de trs diferentes modos:
2.1.12.1.12.1.12.1.1 TTTTIPO CAMADAIPO CAMADAIPO CAMADAIPO CAMADA
o caso mais comum na execuo dos enrolamentos dos transformadores de distribuio, onde so
empregados fios de pequena seo. Neste caso, os fios so enrolados em formao helicoidal com
espiras sucessivas e imediatamente adjacentes, podendo ter uma ou mais camadas de acordo com o
projeto. No final obtida uma bobina nica.
2.1.22.1.22.1.22.1.2 Tipo PanquecaTipo PanquecaTipo PanquecaTipo Panqueca
Tambm conhecido como disco, um enrolamento constitudo de vrias sees ou pequenas bobinas
enroladas de forma helicoidal com espiras sucessivas e imediatamente adjacentes. As panquecas so
montadas verticalmente e ligadas em srie. Normalmente, so utilizadas em enrolamentos primrios de
transformadores de distribuio. Do ponto de vista de manuteno, so economicamente viveis, j que,
para pequenas falhas internas do transformador, em geral, somente uma panqueca necessita ser
substituda, em vez do enrolamento completo da coluna correspondente.
14
2.22.22.22.2 FORMAS CONSTRUTIVASFORMAS CONSTRUTIVASFORMAS CONSTRUTIVASFORMAS CONSTRUTIVAS
2.2.1 QUANTO AO NMERO DE FASES
Considerando somente transformadores de distribuio e de fora, podem ser construdos, quanto ao
nmero de fases, de acordo com a caracterstica da carga que ir aliment-las, os seguintes tipos:
2.2.1.12.2.1.12.2.1.12.2.1.1 Transformadores MonobuchasTransformadores MonobuchasTransformadores MonobuchasTransformadores Monobuchas
So aqueles construdos para serem instalados em sistemas de distribuio rural caracterizado por
monofilar com retorno por terra MRT. So transformadores com somente uma bucha no primrio e
uma bucha no secundrio (ou, eventualmente, duas ou mais buchas secundrias). Apresentam baixo
custo e tm potncia nominal, geralmente no superior a 15KVA. Operam com terminal primrio ligado
fase e o outro terra, conforme figura abaixo:
Estes transformadores atendem a cargas rurais monofsicas de pequeno porte, na tenso padronizada
pelas concessionrias para seu sistema distribuidor. Na maioria das concessionrias do Nordeste que
utilizam sistema MRT, as tenses aplicadas so de 13,8 3 kV(7.968V) no primrio e 220V no secundrio.
Fig. 11 - Transformador monobucha (MRT)
2.2.1.22.2.1.22.2.1.22.2.1.2 Transformadores BifsicosTransformadores BifsicosTransformadores BifsicosTransformadores Bifsicos
So aqueles construdos para operar individualmente em redes de distribuio rural, ou em formao de
bancos de transformao, em poste ou em cabines, como prtica em algumas regies americanas.
Quando utilizados sozinhos atendem as cargas monofsicas. Quando operados em banco podem
alimentar cargas monofsicas e trifsicas.
15
A fig. 7 mostra um transformador bifsico de largo uso em redes de distribuio rural e em reas urbanas
de baixo consumo.
Fig. 12 - Transformador Bifsico
2.2.1.32.2.1.32.2.1.32.2.1.3 Transformadores TrifsicosTransformadores TrifsicosTransformadores TrifsicosTransformadores Trifsicos
So os mais empregados, tanto nos sistemas de distribuio e transmisso de energia eltrica das
concessionrias como no atendimento a cargas industriais.
So constitudos de um ncleo de lminas de ao empacotadas, com colunas envolvidas por um conjunto
de bobinas, normalmente de fios de cobre, que formam os enrolamentos primrio e secundrio,
iniciando uma estrutura rgida com aplicao de barrotes de madeira ou vigas de ao, devidamente
fixadas de modo que prendam o conjunto laminado. A tudo isso d-se simplesmente o nome de ncleo.
Todo esse conjunto colocado dentro de um tanque, adequadamente, cheio de um lquido isolante. O
acesso aos terminais das bobinas feito atravs de um conjunto de buchas de tenses apropriadas s
caractersticas eltricas do transformador, chamadas de buchas primrias e secundrias. Para
refrigerao do lquido isolante, so construdos sistemas de radiadores trmicos com formato e
caractersticas diversas.
16
Tab. 1 - Caractersticas dimensionais de transformadores trifsicos
2.2.22.2.22.2.22.2.2 Quanto ao Tipo de LigaoQuanto ao Tipo de LigaoQuanto ao Tipo de LigaoQuanto ao Tipo de Ligao
Os transformadores trifsicos, os mais comumente utilizados, podem ter os seus enrolamentos ligados de
trs diferente maneiras, dependendo da convenincia do sistema em que sero aplicados.
2.2.2.12.2.2.12.2.2.12.2.2.1 Ligao TringuloLigao TringuloLigao TringuloLigao Tringulo
aquela em que os terminais das bobinas so ligados entre si (um fim de uma bobina ao incio da outra),
permitindo a alimentao em cada ponto de ligao. A tenso aplicada entre dois quaisquer destes
pontos chamada de tenso de linha, e a corrente que entra em quaisquer desses pontos chamada
simplesmente corrente de linha. A corrente que circula em quaisquer das bobinas denominada corrente
de fase. Neste ponto de ligao tem-se:
=
= 3
=
=
=
=
17
2.2.2.22.2.2.22.2.2.22.2.2.2 Ligao EstrelaLigao EstrelaLigao EstrelaLigao Estrela
aquela em que os terminais das bobinas so ligadas a um ponto comum, podendo resultar esta ligao
em trs ou quatro fios. A tenso aplicada entre dois quaisquer dos fios chamada de tenso de linha, e a
corrente que circula em qualquer destes fios chamada de corrente de linha. J a tenso medida entre o
ponto comum e quaisquer dos fios chamada tenso de fase. Neste tipo de ligao tem-se:
= 3
=
A figura 8 mostra o esquema de ligao das bobinas em estrela. A ligao estrela comumente utilizada
no secundrio dos transformadores de fora e de distribuio, podendo, tambm, ser utilizada no
primrio.
Fig. 13 - Ligao em estrela
18
2.2.2.32.2.2.32.2.2.32.2.2.3 Ligao ZiguezagueLigao ZiguezagueLigao ZiguezagueLigao Ziguezague
aquela em que se ligam em srie dois enrolamentos em cada fase e, em seguida, ligam-se trs terminais
quaisquer a um ponto comum. Neste caso, as bobinas so ligadas em oposio. A figura 9 mostra o
esquema de ligao mencionado.
Este tipo de ligao atenua os efeitos dos harmnicos de 3 ordem, permitindo, ao mesmo tempo, a
possibilidade de trs tenses de utilizao, conforme pode ser visto na figura 9. No entanto, estes
transformadores apresentam custos relativamente elevados, cerca de 30% , por exemplo, em ligao
tringulo-estrela de mesma potncia e tenso nominal. No caso de transformadores estrela-ziguezague,
pode-se utilizar o neutro no secundrio, admitindo toda espcie de desequilbrio.
Fig. 14 - Ligao em ziguezague
2.2.32.2.32.2.32.2.3 QUANTO AO MEIOQUANTO AO MEIOQUANTO AO MEIOQUANTO AO MEIO ISOLANTEISOLANTEISOLANTEISOLANTE
Os transformadores so classificados quanto ao meio isolante em dois grandes grupos: transformadores
em lquido isolante e transformadores a seco.
2.2.3.12.2.3.12.2.3.12.2.3.1 Transformadores em lquido isolanteTransformadores em lquido isolanteTransformadores em lquido isolanteTransformadores em lquido isolante
So de emprego generalizado em sistemas de distribuio e fora e em plantas industriais comuns.
Existem trs tipos de lquidos isolantes que so usados em transformadores: leo mineral, silicone e
ascarel. A utilizao do ascarel em territrio nacional est proibida por lei.
19
2.2.3.22.2.3.22.2.3.22.2.3.2 Transformadores a secoTransformadores a secoTransformadores a secoTransformadores a seco
So de emprego bastante especfico por tratar-se de um equipamento de custo muito elevado,
comparativamente aos transformadores em lquido isolante.
So empregados mais especificamente em instalaes onde os perigos de incndio so iminentes, tais
como refinarias de petrleo, indstrias petroqumicas, grandes centros comerciais, em que a norma da
concessionria local probe o uso de transformadores a leo mineral, alm de outras instalaes que
requeiram um nvel de segurana elevado contra exploses de inflamveis.
A figura 10 mostra em detalhes os principais elementos construtivos de um transformador a seco.
A figura 11 mostra o emprego de um transformador a seco alimentando uma mquina, motivando uma
grande economia instalao.
Os transformadores a seco so constitudos, semelhantemente aos transformadores a lquido isolante, de
ncleo de ferro-silcio laminado a frio e sisolado com material inorgnico, e enrolamentos primrio e
secundrio.
Os enrolamentos primrios, geralmente, so constitudos de fita de alumnio, formando as bobinas, que
so colocadas no interior de um molde de ferro e , em seguida, encapsuladas em epxi em ambiente de
vcuo e sob temperatura elevada por tempo determinado, durante o qual so resfriadas sob temperatura
controlada.
Os enrolamentos secundrios, em geral, so constitudos de folhas de alumnio, com altura da chapa igual
altura da bobina. A isolao da chapa feita com produto inorgnico base de resina. O conjunto sofre
um tratamento trmico e especfico para ser obtida a polarizao da isolao, que resulta na unio das
diversas camadas, formando um bloco slido e mecanicamente robusto. No caso de bobinas primrias, a
utilizao de fitas de alumnio resulta na construo de enrolamentos mecanicamente resistentes e
isentos de absoro de umidade.
Com os enrolamentos secundrios em chapa de alumnio obtm-se uma elevada resistncia mecnica,
necessria s altas solicitaes por causa das correntes de curto-circuito.
Na montagem completa do transformador, necessrio deixar grandes canais de ventilao entre o
ncleo de ferro propriamente dito e os enrolamentos secundrios, e entre estes e os enrolamentos
primrios, com dimenses adequadas ao nvel de isolamento do transformador e reduo de ar para a
refrigerao.
Os transformadores a seco podem ser fabricados com invlucro metlico, quando destinados instalao
externa, enquanto que, quando usados em instalaes abrigadas, so fornecidos sem o respectivo
invlucro.
A figura 9 mostra os detalhes construtivos de uma bobina encapsulada primria. O encapsulamento de
transformadores a seco pode ser feito por meio de dois processos industriais.
20
Fig. 15 Transformador trifsico a seco
Fig. 16 Aplicao de transformador a seco diretamente na mquina
O encapsulamento de transformadores a seco pode ser feito por meio de dois processos industriais.
21
2.2.3.32.2.3.32.2.3.32.2.3.3 Encapsulamento ReforadoEncapsulamento ReforadoEncapsulamento ReforadoEncapsulamento Reforado
Consiste em enrolar os fios de fibra de vidro impregnados em epxi sobre os condutores montados num
cilindro base, empregando uma tranagem especial nos fios, de modo que resulte numa bobina
completamente encapsulada. As bobinas primrias so constitudas de vrias camadas, colocando-se
dutos de ventilao entre elas.
2.2.3.42.2.3.42.2.3.42.2.3.4 Encapsulamento sob vcuoEncapsulamento sob vcuoEncapsulamento sob vcuoEncapsulamento sob vcuo
Consiste em colocar os enrolamentos no interior de moldes aplicando-se, em seguida uma certa
quantidade de epxi, dosado com slica e talco, sob vcuo, que tem a funo de eliminar as bolhas e
evitar as descargas parciais.
O processo de encapsulamento reforado apresenta vantagens de custo quando se trata de
transformadores de potncia elevada e altas tenses, evitando-se, deste modo, grandes massas de epxi,
que podem apresentar descargas parciais e reduo acelerada da vida til do transformador. J para
equipamentos de potncia reduzida e baixas tenses, mais econmico o emprego do processo a vcuo.
A isolao dos enrolamentos no garante uma proteo adequada contra contatos diretos. necessrio
que o transformador seja protegido atravs de barreiras que podem consistir em cercas metlicas,
invlucros metlicos em chapa ou em tela.
3333 PARTESPARTESPARTESPARTES CONSTRUTIVASCONSTRUTIVASCONSTRUTIVASCONSTRUTIVAS
Os transformadores so constitudos de diferentes partes, cada uma com caractersticas especficas.
Fig. 17 Partes Componentes de um transformador a leo
22
3.13.13.13.1 TTTTANQUEANQUEANQUEANQUE
Destinado a servir de invlucro da parte ativa e de recipiente do lquido isolante, subdivide-se em trs
partes: lateral, fundo e tampa.
Neste invlucro encontramos os suportes para poste (at 225kVA), suportes de roda (normalmente para
potncias maiores que 300kVA), olhais de suspenso, sistema de fechamento da tampa, janela de
inspeo, dispositivos de drenagem e amostragem do lquido isolante, conector de aterramento, furos de
passagem das buchas, radiadores, visor de nvel de leo e placa de identificao.
O tanque e a respectiva tampa devem ser de chapas de ao, laminadas a quente, conforme NBR 6650 e
NBR 6663. Para transformadores de potncia maiores no h normalizao, cada fabricante escolhe as
chapas conforme a especificao do projeto mecnico.
Com referncia aos tipos construtivos, os transformadores podem ser: selados e com conservador de
leo.
3.23.23.23.2 CONSERVADORCONSERVADORCONSERVADORCONSERVADOR DEDEDEDE LEOLEOLEOLEO
O conservador de leo um acessrio destinado a compensar as variaes de volume de leo
decorrentes das variaes de temperatura e da umidade. Tem forma cilndrica, com seu eixo disposto na
horizontal e instalado a uma altura suficiente que possa assegurar o nvel mnimo permissvel para as
partes isolantes, na condio de nvel mnimo de leo. Sua construo em chapa de ao e possui
resistncia mecnica para vcuo pleno. fixado em suporte em perfis de ao estrutural.
Fig. 18 Vista de um tanque de um transformador de potncia
Fonte:http://www.energy.siemens.com/br
23
Tem como vantagem melhor controle de presso interna no tanque e possibilita o controle constante de
gases no leo atravs do rel Buccholz, que veremos mais adiante.
3.33.33.33.3 RADIADORESRADIADORESRADIADORESRADIADORES
Todo o calor gerado na parte ativa se propaga atravs do leo e dissipado no tanque (tampa e sua
lateral). As elevaes de temperatura do leo e do enrolamento so normalizadas e devem ser limitadas
para evitar a deteriorao do isolamento de papel e do leo. Dependendo da potncia do transformador,
ou melhor, de suas perdas, a rea da superfcie externa poder ser insuficiente para dissipar este calor e
ento necessrio aumentar a rea de dissipao. Para tal usam-se radiadores que podero ser de
elementos ou tubos. Para transformadores de potncia, comumente usa-se radiadores tipo aleta, como
mostrado na figura abaixo.
Fig. 19 Transformador de potencia com conservador de leo
Fonte: www.comtrafo.com.br
24
O tanque, inclusive radiadores, aps a sua fabricao, so submetidos a um tratamento de jato de
granalha de ao at o metal quase branco em instalaes automticas e manuais.
Concluindo este tratamento, imediatamente aps, as peas so pintadas com tinta primer, recebendo em
seguida duas demos de esmalte sinttico de acabamento, resistente ao tempo, em cor cinza claro.
Fig. 20 - Transformador de potncia com radiadores tipo
aleta
Fonte: www.weg.com.br
25
3.43.43.43.4 PLACASPLACASPLACASPLACAS DEDEDEDE IDENTIFICAOIDENTIFICAOIDENTIFICAOIDENTIFICAO EEEE DIAGRAMTICADIAGRAMTICADIAGRAMTICADIAGRAMTICA
A placa de identificao um componente importante, pois ela quem d as principais caractersticas do
equipamento.
No caso de manuteno, atravs dos dados contidos nela, a assistncia tcnica, independente da marca
do transformador, ser capaz de identificar exatamente o que contm a parte ativa, sem ter que abrir o
tanque, e no caso de ampliao da carga, em que o outro transformador ligado em paralelo teremos
condies de construir um equipamento apto a este tipo de operao.
O material da placa poder ser alumnio ou ao inoxidvel, a critrio do cliente.
Abaixo, um exemplo de uma placa de identificao de um transformador WEG de potncia de 200 MVA.
As informaes nela contidas so normalizadas (NBR 5356) e representam um resumo das caractersticas
do equipamento.
Fig. 21 - Placa de identificao de um transformador
Fonte: www.weg.com.br
26
3.53.53.53.5 LQUILQUILQUILQUIDODODODO ISOLANTEISOLANTEISOLANTEISOLANTE
Os leos isolantes possuem dupla finalidade: garantir isolao entre os componentes do transformador e
dissipar para o exterior o calor gerado nos enrolamentos e no ncleo.
Para que o leo possa cumprir satisfatoriamente as duas condies acima, deve ser perfeitamente livre
de umidade e outras impurezas para garantir seu alto poder dieltrico.
Os leos mais utilizados em transformadores so os minerais, que so obtidos da refinao do petrleo.
Sendo que o de base parafnica (tipo B) e o de base naftnica (tipo A) sos usados em equipamentos com
tenso igual ou inferior a 145 kV. Existem tambm, fludos isolantes base de silicone, recomendados
para reas de alto grau de segurana. Ao contrrio dos leos minerais, este tipo de fluido possui baixa
inflamabilidade, reduzindo sensivelmente uma eventual programao de incndio.
A utilizao do leo vegetal envirotemp recente no mercado. Tem por vantagem alm de ser
biodegradvel possuir alto ponto de fulgor. Tem a desvantagem de ser altamente oxidante na presena
de oxignio, sendo preferencialmente utilizado em transformadores selados.
3.63.63.63.6 EQUIPAMENTOSEQUIPAMENTOSEQUIPAMENTOSEQUIPAMENTOS AUXILIARESAUXILIARESAUXILIARESAUXILIARES (ACESSRIOS)(ACESSRIOS)(ACESSRIOS)(ACESSRIOS)
So componentes necessrios para o perfeito funcionamento do transformador. Abaixo, citaremos alguns
desses componentes.
3.6.13.6.13.6.13.6.1 INDICADOR DE NVEL DE LEOINDICADOR DE NVEL DE LEOINDICADOR DE NVEL DE LEOINDICADOR DE NVEL DE LEO
O leo isolante do transformador se dilata ou se contrai conforme a variao da temperatura ambiente e
variao da carga alimentada pelo transformador, em funo disso, haver elevao ou abaixamento do
nvel do leo. Sendo assim, a finalidade do indicador de nvel do leo mostrar com perfeio o nvel de
leo no visor e ainda servir como aparelho de proteo ao transformador.
O ponteiro do indicador de nvel de leo movimentado por meio de dois ims magnticos permanentes,
que so acoplados a um flutuador (bia). O movimento efetuado pela bia, de acordo com o nvel de
leo, que transmite indicaes precisas ao ponteiro, devido a grande sensibilidade dos magnticos.
Fig. 22 Indicador de nvel de leo
Fonte: www.weg.com.br
27
3.6.23.6.23.6.23.6.2 TERMMETROTERMMETROTERMMETROTERMMETRO
So constitudos de um bulbo, um capilar e um mostrador. O bulbo colocado na parte mais quente do
leo, logo abaixo da tampa. O mostrador constitudo de uma caixa, um visor com indicador, um
microrruptor, dois ponteiros de limite, que se movimentam apenas por ao externa, e um ponteiro de
indicao de temperatura mxima. Este ponteiro impulsionado pela agulha de temperatura, apenas
quando em ascenso desta, pois na reduo fica imvel, possibilitando assim, a verificao da
temperatura mxima atingida em um dado perodo.
Conforme a variao da temperatura do bulbo, o lquido (mercrio) em seu interior sofre dilatao ou
contrao, transmitindo a variao de temperatura at mecanismo interno do mostrador do termmetro,
no mesmo instante o ponteiro indicador acionado e, dependendo do valor da temperatura atingida, o
sistema de proteo acionar o alarme, desligando e fazendo o controle automtico do dispositivo de
resfriamento do transformador imerso em leo.
A imagem trmica a tcnica utilizada para medir a temperatura no enrolamento do transformador. Ela
denominada imagem trmica por reproduzir indiretamente a temperatura do enrolamento.
A temperatura do enrolamento, que a parte mais quente do transformador, a temperatura do leo
acrescida da sobreelevao da temperatura do enrolamento (t) em relao ao leo. O termmetro do
enrolamento com imagem trmica composto de uma resistncia de aquecimento e um sensor de
temperatura simples ou duplo, ambos encapsulados e montados em um poo protetor, imerso em uma
cmara de leo. O conjunto instalado na tampa do transformador, equalizando-se com a temperatura
do topo do leo, indicando assim a temperatura no ponto mais quente do enrolamento. A resistncia de
aquecimento alimentada por um transformador de corrente associado ao enrolamento (normalmente)
secundrio do transformador principal. Portanto, a elevao da temperatura da resistncia de
aquecimento proporcional elevao da temperatura do enrolamento alm da temperatura mxima do
leo.
Fig. 23 - Termmetro com capilar para transformadores de foa
Fonte: www.weg.com.br
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A constante do tempo do sistema da mesma ordem de grandeza do enrolamento, logo o sistema
reproduz uma verdadeira imagem trmica da temperatura do enrolamento.
3.6.33.6.33.6.33.6.3 CONTROLADORES MICROPROCESSADOS DE TEMPERATURACONTROLADORES MICROPROCESSADOS DE TEMPERATURACONTROLADORES MICROPROCESSADOS DE TEMPERATURACONTROLADORES MICROPROCESSADOS DE TEMPERATURA
Os controladores microprocessados de temperatura foram desenvolvidos para substituir, com vantagens
da tecnologia microprocessada, os termmetros de leo e enrolamento tradicionais utilizados em
transformadores e reatores de potncia.
Este equipamento recebe o valor da resistncia de um sensor e o transforma (atravs de um transdutor
incorporado) em temperatura equivalente, a qual vista em painel frontal digital, podendo ser
transmitida remotamente atravs de interface serial RS 485 ou sinal analgico.
Desempenha diversas funes de controle e acionamento de contatos, sendo que atravs de teclado
frontal podemos configurar os parmetros de sua atuao e ler os valores medidos e ajustados.
Fig. 24 Termmetro do enrolamento com imagem trmica e seu esquema diagramtico
Fonte: www.weg.com.br
Fig. 25 Controlador de temperatura microprocessado e seu sensor de temperatura
Fonte: www.weg.com.br
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3.6.43.6.43.6.43.6.4 VLVULA DE ALVIO DE PRESSOVLVULA DE ALVIO DE PRESSOVLVULA DE ALVIO DE PRESSOVLVULA DE ALVIO DE PRESSO
A vlvula de alvio de presso, de fechamento automtico, instalada em transformadores imersos em
lquido isolante, tem a finalidade de proteg-los contra uma possvel deformao ou ruptura do tanque
em casos de defeitos internos com aparecimento de presso elevada. A vlvula extremamente sensvel
e rpida (opera em menos de dois milsimos de segundo), fecha-se automaticamente aps a operao
impedindo assim a entrada de qualquer agente externo no interior do transformador.
3.6.53.6.53.6.53.6.5 SECADOR DE AR DE SLICA GELSECADOR DE AR DE SLICA GELSECADOR DE AR DE SLICA GELSECADOR DE AR DE SLICA GEL
O secador de ar de slica gel (Figura 5.37) usado nos transformadores providos de conservador de leo,
funcionando como um desumidificador de ar do transformador.
Para evitar a deteriorao do leo do equipamento ou bolsa de borracha pelas impurezas e umidade no
ar respirado, coloca-se um copo com leo e slica gel na passagem por onde o ar suspirado. Quando o
nvel do leo no conservador baixar, haver o respiro de ar atmosfrico, este ar passar primeiramente
pelo copo de leo, onde ficaro eliminadas as impurezas slidas e em seguida o ar atravessa os cristais de
slica gel, que retiram a umidade do ar, em seguida, j totalmente limpo e sem umidade, o ar penetra no
conservador.
Ao passar pela slica gel, o ar deixar na mesma a umidade, fazendo que a slica gel troque de colorao,
at a sua saturao conforme indicado abaixo:
Colorao laranja: slica gel seca;
Colorao amarela: slica gel com aproximadamente 20% da umidade absorvida;
Colorao amarelo-claro: slica gel com 100% de umidade absorvida (saturada); para regenerao
da slica gel recomenda-se colocar em estufa com temperatura mxima de 120 C de 2 a 4 horas.
Fig. 26 Vlvula de alvio de presso
Fonte: www.weg.com.br
30
3.6.63.6.63.6.63.6.6 MANMETRO E MANOVACUMETROMANMETRO E MANOVACUMETROMANMETRO E MANOVACUMETROMANMETRO E MANOVACUMETRO
O manmetro um instrumento utilizado para medir a presso interna do tanque de leo, e o
manovacumetro mede presso e vcuo.
Fig. 27 Secador de ar de slica gel
Fonte: www.weg.com.br
Fig. 28 Manmetro, esquerda, e manovacumetro, direita
Fonte: www.weg.com.br
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3.6.73.6.73.6.73.6.7 REL REL REL REL DETETOR DE GS TIPO BUCHHOLZDETETOR DE GS TIPO BUCHHOLZDETETOR DE GS TIPO BUCHHOLZDETETOR DE GS TIPO BUCHHOLZ
O rel de gs (Fig. 1.36) tem por finalidade proteger equipamentos imersos em lquido isolante, atravs
da superviso do fluxo anormal do leo ou ausncia, e a formao anormal de gases pelo equipamento.
Normalmente so utilizados em transformadores que possuem tanque para expanso de lquido isolante.
Este tipo de rel detecta de forma precisa, por exemplo, os seguintes problemas: vazamento de lquido
isolante, curto-circuito interno do equipamento ocasionando grande deslocamento de lquido isolante,
formao de gases internos devido a falhas intermitentes ou contnuas que estejam ocorrendo no interior
do equipamento.
O rel detetor de gs normalmente instalado entre o tanque principal e o tanque de expanso do leo
dos transformadores. A carcaa do rel de ferro fundido, possuindo duas aberturas flangeadas e ainda
dois visores nos quais est indicada uma escala graduada de volume de gs. Internamente encontram-se
duas bias de gs no rel, a bia superior forada a descer (isto acontece tambm caso haja vazamento
de leo). Se por sua vez uma produo excessiva de gs provoca uma circulao de leo no rel, a bia
inferior que reage, antes mesmo que os gases formados atinjam o rel. Em ambos os casos, as bias ao
sofrerem o deslocamento, acionam contatos de sinalizao ou de comando para o desligamento do
disjuntor de proteo.
3.6.83.6.83.6.83.6.8 REL REGULADOR DE TENSOREL REGULADOR DE TENSOREL REGULADOR DE TENSOREL REGULADOR DE TENSO
Tem como finalidade manter a tenso do transformador sob a mesma tenso da rede de alimentao.
Atravs de um transformador de potencial e um transformador de corrente instalados na rede de
alimentao (normalmente no lado de baixa tenso), faz um comparativo entre a tenso na rede e o valor
Fig. 29 Rel Buchholz
Fonte: www.weg.com.br
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nele ajustado da tenso e correntes nominais a serem fornecidas. Caso os valores permanecerem
divergentes por tempo maior que um pr-ajustado, o equipamento, atravs do fechamento dos seus
contatos envia sinais de elevar tap ou baixar tap ao mecanismo motorizado do comutador sob carga.
Tambm possuem proteo contra sobrecorrente, subtenso e sobretenso, bloqueando a comutao
sob carga em caso de ocorrncia.
3.6.93.6.93.6.93.6.9 SISTEMA DE RESFRIAMENTOSISTEMA DE RESFRIAMENTOSISTEMA DE RESFRIAMENTOSISTEMA DE RESFRIAMENTO
Os transformadores em operao geram internamente uma grande quantidade de calor que necessita ser
levado ao meio externo, a fim de no prejudicar a qualidade da isolao dos enrolamentos.
O calor gerador resultado das perdas hmicas nos fios dos enrolamentos, quando o transformador est
em carga, e das perdas por histerese e correntes Foucault, em qualquer condio de operao. O calor
assim gerado transferido ao meio de resfriamento interno, que o leo mineral isolante, e que em
contato com as paredes do tanque ou atravs dos radiadores conduzido ao meio ambiente. Os
processos de transferncia de calor, tanto interna como externamente, so realizados das seguintes
formas:
Conduo;
Radiao;
Conveco.
A contribuio da transferncia de calor por conduo e radiao de procura importncia e pode ser
desprezada para fins prticos. Dessa forma, o processo de conveco basicamente o responsvel tanto
Fig. 30 Rel regulador de tenso
Fonte: www.weg.com.br
33
pela transferncia de calor no ncleo para o leo como do tanque para o meio ambiente. No entanto, a
transferncia de calor do leo carcaa do transformador feita por conduo.
O processo de transferncia de calor por conveco pode ser feito por duas diferentes formas:
Conveco natural;
Conveco forada.
Na conveco natural, a massa de ar aquecida em contato com o corpo do transformador movimenta-se
para cima, sendo substituda por uma massa de ar mais frio que, ao ser aquecida, circula como a anterior,
num processo lento e contnuo. Quando a massa de leo quente atinge a parte superior do
transformador, inicia o caminho de retorno atravs dos radiadores, cedendo calor ao meio exterior,
chegando na sua parte inferior j bastante resfriada. Assim, a conveco natural apresenta baixas taxas
de transferncia de calor nos transformadores.
No caso da conveco forada necessria a utilizao de motores acoplados a ventiladores que
aceleram a movimentao das massas de ar quente que so imediatamente substitudas por massas de ar
frio, num processo rpido e contnuo. Este processo comum aos transformadores de potncia,
principalmente os de tenso nominal acima de 69 kV e acima. Apresenta um custo de valor absoluto
significativo, porem e economicamente vivel, j que obtm-se, por este processo, uma capacidade
adicional de potncia nominal do transformador. Por exemplo, um transformador de 20 MVA/69 kV pode
ser operado continuamente com at 26,6 MVA, dentro dos requisitos de expectativa de vida esperada, de
acordo com a NBR 5416, e posteriormente analisado.
Os transformadores so designados quanto ao tipo de resfriamento por um conjunto de letras que
representam as iniciais de palavras correspondentes, ou seja, transformador a:
leo natural com resfriamento natural ONAN (leo Natural, Ar Natural);
leo natural com ventilao forada ONAF (leo Natural, Ar Forado);
leo com circulao forada do lquido isolante e com ventilao forada OFAF (leo Forado,
Ar Forado);
leo com circulao forada do lquido isolante e com resfriamento a gua OFWF (leo
Forado, gua (water) Forada);
Seco com resfriamento natural AN (Ar Natural);
Seco com ventilao forada AF (Ar Forado).
3.6.103.6.103.6.103.6.10 MOTORES PARA VENTILAO FORADAMOTORES PARA VENTILAO FORADAMOTORES PARA VENTILAO FORADAMOTORES PARA VENTILAO FORADA
Os transformadores de potncia, em geral, com capacidade superior a 2,5 MVA, so dotados de
ventiladores acoplados ao seu tanque com a finalidade de refrigerao forada do equipamento. Os
ventiladores, normalmente ligados em estgios, operam medida que o transformador adquire uma
34
temperatura predeterminada nos seus enrolamentos. Desta forma, pode-se aumentar a capacidade
nominal do transformador em cerca de 25%.
Os transformadores dotados de ventilao forada so designados atravs de dois valores de potncia
nominal, como, por exemplo, 5/6,25 MVA, sendo que o primeiro valor refere-se potncia do
equipamento sem o funcionamento dos ventiladores, enquanto o segundo valor considera a capacidade
nominal do equipamento com o funcionamento de todos os estgios do sistema de resfriamento forado
de um transformador com sete ventiladores, conforme a NBR 9368/87.
A tenso de alimentao deve ser de 220 V, em sistemas trifsicos e de frequncia de 60 Hz, segundo a
NBR 9398. A proteo trmica dos motores dos ventiladores deve ser individual para cada unidade. Deve
possuir, tambm, uma proteo por falta de fase. Quando o numero de ventiladores for inferior ou igual
a sete, cada circuito dever ser protegido individualmente. Para um nmero maior de ventiladores, cada
grupo de dois ventiladores deve ter a sua proteo.
Os elementos utilizados na proteo contra curto-circuito podem ser fusveis, de preferncia do tipo NH,
ou disjuntores do tipo magntico.
Os ventiladores so fixados do lado externo dos radiadores, de forma que seja retirada a maior
quantidade de calor contida no leo circulante. A figura a seguir, mostra um detalhe da instalao de
quatro ventiladores num transformador de fora.
Fig.31 Circuito eltrico dos ventiladores de resfriamento do transformador
Fonte: Livro Manual de Equipamentos Eltricos; Mamede Filho, Joo
35
3.6.113.6.113.6.113.6.11 VLVULA PARA RETIRADVLVULA PARA RETIRADVLVULA PARA RETIRADVLVULA PARA RETIRADA DO LEOA DO LEOA DO LEOA DO LEO
Os transformadores normalmente so dotados de um dispositivo para retirada de amostra de leo, localizado na parte inferior, onde se concentra o volume contaminado do leo.
Fig. 33 Vlvula tipo gaveta
Fonte: SEIELECTRIC
Fig. 32 Transformador de fora com ventilao forada
Fonte: Acervo pessoal
36
3.6.123.6.123.6.123.6.12 MEIOS DE LOCOMOOMEIOS DE LOCOMOOMEIOS DE LOCOMOOMEIOS DE LOCOMOO
Os transformadores de fora possuem longarinas transversais fixadas em sua base, permitindo que os mesmos sejam arrastados sem afetar a sua base. A fim de permitir o deslocamento dos transformadores de potncia elevada, estes equipamentos devem ser dotados de rodas orientveis, feitas em ao, que possibilitem a sua movimentao bidirecional sobre trilhos.
3.6.133.6.133.6.133.6.13 PAINEL LOCAL DE CONTPAINEL LOCAL DE CONTPAINEL LOCAL DE CONTPAINEL LOCAL DE CONTROLE E PROTEOROLE E PROTEOROLE E PROTEOROLE E PROTEO
Os transformadores de potncia dotados de controle de temperatura, nvel de leo, etc, possuem
uma caixa metlica com grau de proteo mnima IP54, fixada rigidamente carcaa do transformador ou
atravs de um sistema antivibratrio.
Fig. 34 Rodas para transformadores. Fonte: SEIELECTRIC
Fig. 35 Manuteno em painel local de controle e proteo. Fonte: TREETECH
37
3.6.143.6.143.6.143.6.14 MEIOS DE ATERRAMENTOMEIOS DE ATERRAMENTOMEIOS DE ATERRAMENTOMEIOS DE ATERRAMENTO
3.6.153.6.153.6.153.6.15 SUPORTE PARA PARASUPORTE PARA PARASUPORTE PARA PARASUPORTE PARA PARA----RAIOSRAIOSRAIOSRAIOS
3.6.163.6.163.6.163.6.16 TOMADA PARA MEDIOTOMADA PARA MEDIOTOMADA PARA MEDIOTOMADA PARA MEDIO DE RESISTNCIA DE ATDE RESISTNCIA DE ATDE RESISTNCIA DE ATDE RESISTNCIA DE ATERRAMENTO DO NCLEOERRAMENTO DO NCLEOERRAMENTO DO NCLEOERRAMENTO DO NCLEO
4444 ESPECIFICAO DE TRAESPECIFICAO DE TRAESPECIFICAO DE TRAESPECIFICAO DE TRANSFORMADORES DE POTNSFORMADORES DE POTNSFORMADORES DE POTNSFORMADORES DE POTNCIA NCIA NCIA NCIA
Os transformadores de potncia so equipamentos de grande importncia para o sistema
eltrico, pois alm de possibilitar a interconexo de sistemas com nveis de tenso
diferentes proporciona grande economia em sistemas de transmisso. Porm, o custo de
um transformador um dos mais elevados em uma planta de subestao. Desta forma, a
escolha por uma configurao adequada de um transformador pode proporcionar melhor
eficincia, dimenses menores, maior confiabilidade e, consequentemente menor custo
na instalao, operao e manuteno.
Para auxiliar a especificao de transformadores e garantir requisitos mnimos de segurana as
normas tcnicas padronizam os principais requisitos necessrios para o emprego de um
transformador.
4.14.14.14.1 ESPECIFICAO ELTRIESPECIFICAO ELTRIESPECIFICAO ELTRIESPECIFICAO ELTRICA DE TRANSFORMADORECA DE TRANSFORMADORECA DE TRANSFORMADORECA DE TRANSFORMADORES DE POTNCIAS DE POTNCIAS DE POTNCIAS DE POTNCIA
Ao especificar um transformador de potncia, como qualquer outro equipamento
eltrico, deve-se ter informaes preliminares do sistema onde o transformador vai operar,
como: a potncia nominal que deseja-se operar, o nvel de tenso nominal, a corrente nominal, o
nmero de fases do sistema e a corrente de curto-circuito que o sistema pode produzir. A partir
destas informaes diversos detalhes sero especificados e exigidos por norma. Porm, a
escolha do tipo de ligao eltrica do transformador em sistemas trifsicos no padronizada por
norma, ficando a cargo do projetista analisar e adotar a configurao mais adequada.
Este estudo se limitar a apresentar as especificaes eltricas que devem ser fornecidas pelo
projetista ao fabricante e em conformidade com a norma que rege a sua especificao em
condies normais de operao. Para transformadores de potncia a norma correspondente
ABNT NBR 5356:2007, de posse da norma podemos listar os itens essenciais que devem ser
especificados para condies normais de operao segundo a mesma:
38
A potncia nominal do transformador, caso seja utilizado transformador de trs
enrolamentos deve ser especificado a potncia de cada enrolamento;
A corrente nominal dos enrolamentos do transformador, dada pelas equaes 4.1 e 4.2
abaixo. Devero ser indicadas as correntes de sobrecargas que o transformador poder
ser submetido, no excedendo os limites especificados pela norma NBR 5416:1997 de
150% da corrente nominal em condies normais de operao para transformadores
at 100MVA e 130% para transformadores acima de 100 MVA, e sem excederem as
temperaturas limites especificados pela norma.
I =!"
#$" Equao 4.1 (corrente nominal trifsica)
I =!"
##$" Equao 4.2(corrente nominal monofsica)
% = &'()
*% = +-&-'()
/% = & ')
Os enrolamentos do transformador, e todos respectivos comutadores e acessrios
devero ser capazes de resistir, sem apresentar nenhum dano, aos efeitos mecnicos e
eltricos causados por curtos-circuitos externos. Dever ser apresentado o pior nvel de
curto-circuito e a potncia aparente de curto- circuito do sistema, conforme presentado
na seo 4.6;
A tenso nominal ( U ) que ser adotada para cada enrolamento com as n variaes
mximas permitidas (5% da tenso nominal, com frequncia e corrente nominal, outras
variaes somente permitidas se respeitadas s condies exigidas pela a norma NBR
5356-1:2007);
O nmero de fases do sistema, geralmente adotado trs fases;
O tipo de transformador a ser adotado, trifsico ou monofsico;
A composio do transformador a ser utilizado, podendo ser de dois enrolamentos ou
trs;
A frequncia do sistema eltrico. No sistema eltrico brasileiro utilizado 60Hz, mas
existem sistemas com frequncia de 50 Hz;
Tipo de ligao a ser adotada (-, Y-Y, -Y, Y-, -Z ou outro tipo especial) e a
defasagem angular correspondente;
A polaridade a ser adotada (aditiva ou subtrativa), dando prioridade polaridade
subtrativa que apresenta defasagem de 0 entre as tenses e correntes no primrio e no
secundrio;
As derivaes existentes no enrolamento, com informaes sobre qual enrolamento se
apresenta as derivaes, o nmero de derivaes existentes, o percentual do valor de
39
cada derivao, se h comutao em carga ou desenergizado e se o comutador
automtico ou somente manual;
Deves-se especificar o meio isolante a ser adotado, ar ou lquido. Para transformadores
de potncias so geralmente utilizado leo isolante, devido melhor relao custo
benefcio para o porte do transformador;
Os limites de elevao de temperatura do transformador devero ser determinados em
conformidade com a norma NBR 5356-2:2007, apresentando a temperatura de
referncia, a temperatura dos enrolamentos e do leo no topo do tanque, apresentados
na seo 4.4. A norma NBR 5356- 2:2007 se aplica para transformadores a leo que so
usualmente empregados para grandes potncias;
O sistema de arrefecimento a ser usado. Com informaes sobre os carregamentos para
cada estgio de arrefecimento, quando existir mais de um estgio, mostrando a potncia
para cada estgio juntamente com a potncia nominal, que deve corresponder ao
arrefecimento mais eficaz;
A tenso mxima normalizada de cada enrolamento do transformador;
Os nveis de isolamento de cada enrolamento, de modo a resistir, sem apresentar sinais
de deteriorao, aos ensaios a serem aplicados de acordo com a tenso mxima do
enrolamento;
Condies de aterramento para cada enrolamento, fornecendo informao sobre a
existncia de neutro acessvel e utilizao de impedncias para reduo do nvel de curto-
circuito, quando utilizado;
Deve ser especificado o valor percentual da impedncia de curto-circuito do
transformador (impedncia equivalente srie). Com indicao dos valores de tenso e
potncia adotados como base e a temperatura de referncia adotada. Em caso de
transformadores com enrolamento tercirio devero ser especificadas as impedncias
para cada enrolamento;
Devero se especificados os valores garantidos para as perdas no ferro (ou em vazio),
em kW, e as perdas no cobre, em kW, para a temperatura adotada como referncia, de
acordo com a seo 4.4, na potncia nominal de menor estgio de arrefecimento e na
derivao principal;
A regulao e rendimento, apresentados nas sees 2.5 e 2.6, devero ser garantidas
com relao aos valores declarados, respeitando a tolerncias especificadas, para a
temperatura de referncia dos enrolamentos e fatores de potncia da carga de 1,0 e 0,8
indutivo. Estes valores podem ser apresentados para condies de diferentes
carregamentos;
O nvel de rudo audvel e vibrao devem ser o menor possvel, respeitando os valores
apresentados nas tabelas 1, 2 e 3 do anexo C correspondente a potncia adotada;
O nvel de tenso de rdio interferncia do transformador (nos terminais, enrolamentos e
buchas) dever ser projetado de forma a no causar interferncia prejudicial a sistemas
de comunicao;
A intensidade das descargas parciais, medidas durante os ensaios de tenso induzida de
longa e curta durao, no dever ultrapassar os valores recomendados pela norma NBR
5356-3:2007;
40
A especificao de transformadores de potncia para operarem em paralelo deve respeitar
as seguintes exigncias: ter polaridade das ligaes, deslocamento angular das fases, relao de
transformao e de tenses e os seus valores de impedncias equivalentes, tanto do
enrolamento principal como de todas as derivaes, iguais ou com percentual de erro aceitvel
por norma.
As condies normais de operao correspondem a: A altitude no superior a 1000 m.
Temperatura do ar ambiente no inferior a 25C negativos e no superior a 40C, e
temperatura mdia, em qualquer perodo de 24 h, no superior a 30C. No caso de
transformadores resfriados a gua, a temperatura da gua de resfriamento (temperatura
ambiente para o transformador) no superior a 30C e temperatura mdia, em qualquer perodo
de 24 h, no superior a 25C; adicionalmente, temperatura mnima da gua de resfriamento no
inferior a 1C, exceto se forem utilizados anticongelantes adequados para funcionamento com
temperatura de 20C negativos. As formas de onda da tenso de alimentao e da corrente de
carga devem ser praticamente senoidais, regra comum que a distoro harmnica total no
exceda 5%, enquanto que o contedo de harmnicos pares deve ser inferior a 1%. Para
transformadores trifsicos, as tenses de alimentao trifsicas devem ser praticamente
simtricas. Um meio ambiente com baixo grau de poluio e que no exija a adoo de medidas
particulares relativas ao isolamento das buchas ou do prprio transformador. O ambiente no
sujeito a abalos ssmicos que interfiram no projeto do transformador (quando a acelerao
vertical for inferior a 2 m/s2) [12].
Tab. 2 - EXEMPLO DE ESPECIFICAO TCNICA
Item Descrio Caractersticas Garantidas
01 Quantidade 01 pea(s)
02 Normas aplicveis
NBR 5034 Buchas para tenses alternadas superiores a 1 kV
NBR 5356 Transformador de potncia - Especificao e Mtodo de
Ensaio
NBR 6821 Transformador de corrente Especificao
NBR 6856 Transformador de corrente Especificao
NBR 10202 Buchas de tenses nominais 72,5, 145 e 242kV para
transformadores e reatores de potncia
NBR 12460 Buchas de tenses nominais 15, 24,2 e 36,2kV para
transformadores e reatores de potncia
NBR 5416 Procedimentos para Carregamento de Transformadores de
Potncia
41
NBR 5458 Transformadores Terminologia
NBR 5590 Tubos de ao-carbono com ou sem costura, pretos ou
galvanizados por imerso a quente, para conduo de fluidos
NBR 5915 Chapas finas a frio de ao-carbono para estampagem
NBR 6650 Chapas finas a quente de ao-carbono para uso estrutural
NBR 6869 Lquidos isolantes eltricos - Determinao da rigidez
dieltrica (eletrodos de disco)
NBR 7037 Recebimento, instalao e manuteno de transformadores
de potncia em leo isolante mineral
NBR 7277 Medio de nvel de rudo em transformadores e reatores
Mtodo de Ensaio
IEC 137 Bushing for alternating voltages above 1000V
IEEE C57.116 Guide for Transformers Directly Connected to Generators
NR 10 Segurana em instalaes e servios em eletricidade
03
Condies ambientais do
local de instalao e
operao
Instalao Ao tempo
Nvel de Rudo permitido 74 db
Altitude acima do nvel do mar 1000m
Temperatura mxima anual 40C
Temperatura mnima anual 0C
Umidade relativa mdia 95%
Atmosfera No Agressiva
04 Alimentaes disponveis
125Vcc (faixa operacional 105-137V) para controle, alarme e sinalizao
220Vca 10 %, 60Hz, para controle, alarme, sinalizao, iluminao e aquecedores, etc.
380Vca 10 %, 60Hz, trifsico, neutro aterrado para todos os motores.
05 Requisitos eltricos Numero de fases 03
Numero de enrolamentos 02
42
Tenso primria 69kV2x2,5%
Ligao primria Delta
Tenso secundria 13,8kV
Ligao secundria Estrela com neutro acessvel
Tenso terciria NA
Ligao terciria NA
Grupo de ligao Dyn1
Polaridade Subtrativa
Freqncia 60Hz
Impedncia percentual @ 75C 12,5%
Perdas em vazio @ 75C, com
potncia, frequncia e tenses
nominais (relao mais alta) - Base
37,5MVA
100% da tenso
nominal
110% da tenso
nominal
21,7kW 31,5kW
Perdas totais @ 75C, com
comutador na posio de relao
mais alta - Base 37,5MVA
212kW
Classe do material isolante E
Corrente de Excitao
100% de tenso nominal 110% de tenso nominal
0,5% 1,7%
Rendimento com fator de potncia unitrio (base 37,5MVA)
25% de carga 50% de carga 75% de carga 100% de carga
99,64% 99,63% 99,54% 99,44%
Rendimento com fator de potncia 0,8 (base 37,5MVA)
25% de carga 50% de carga 75% de carga 100% de carga
99,55% 99,54% 99,43% 99,30%
Regulao com fator de potncia unitrio (base 37,5MVA)
43
25% de carga 50% de carga 75% de carga 100% de carga
0,176 0,448 0,817 1,281
05 Requisitos eltricos
(continuao)
Regulao com fator de potncia 0,8 (base 37,5MVA)
25% de carga 50% de carga 75% de carga 100% de carga
2,004 4,063 6,174 8,334
Potncia mxima continua
Enrolamento primrio ONAN ONAF
37,5MVA NA
Enrolamento secundrio ONAN ONAF
37,5MVA NA
Enrolamento tercirio ONAN ONAF
NA NA
Mx. elevao de temperatura em condies nominais
No Cobre Ponto mais quente leo
65C 80C 65C
06 Suportabilidade
Nvel de isolamento
Alta Tenso Baixa tenso Tercirio
Fase Neutro Fase Neutro Fase
72,5kV NA 15kV 15kV NA
Tenso suportvel nominal frequncia industrial
Alta Tenso Baixa tenso Tercirio
Fase Neutro Fase Neutro Fase
140kV NA 34kV 34kV NA
Tenso de impulso - onda plena
Alta Tenso Baixa tenso Tercirio
Fase Neutro Fase Neutro Fase
350kV NA 110kV 110kV NA
44
Tenso de impulso - onda cortada
Alta Tenso Baixa tenso Tercirio
Fase Neutro Fase Neutro Fase
385kV NA 121kV 121kV NA
07 Requisitos construtivos
Forma construtiva Com conservador com bolsa de
borracha
Lquido isolante leo mineral
Sistema de resfriamento ONAN
Terminais AT Na tampa
Terminais BT Na lateral em caixa com flange e tampa
de inspeo com visor em acrlico
08 Acessrios
Caixa de comando na cor cinza munsell N6,5 Sim
Indicador magntico de nvel do leo com contatos -
alarme/desarme Sim 2NAF
Termmetro do leo com contatos - alarme/desarme Sim 2NAF
Termmetro do enrolamento (imagem trmica) com
contatos - alarme/desarme Sim 3NAF
Vlvula de alvio de presso com contatos -
alarme/desarme
Sim 2NAF
Rel de gs tipo Buchholz com contatos -
alarme/desarme
Sim 2NAF
Rel de imagem trmica - ANSI 49 Sim 2NAF
Comutador de tap's em vazio Sim
Transformadores de Corrente
Buchas Primrias
H1 H2 H3 H0
400-5A
10B200
--kA
400-5A
10B200
--kA
400-5A
10B200
--kA
NA
NA
NA
45
Buchas Secundrias
X1 X2 X3 X0
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
09 Estruturas e ferragens
Conectores de alta tenso para cabos CAA at 336,4MCM
Conectores de baixa tenso e neutro tipo barra com furao para at 08
cabos de 240mm2 por fase
Conectores de aterramento para cabos de cobre de 50 a 150mm
Radiadores destacveis e com vlvulas de conteno e esvaziamento
Secador de ar a base de slica gel
Apoios para macacos
Janela de inspeo do tanque
Janela de visita do tanque
Caixa lateral com flange para os terminais BT
Janela de inspeo da caixa lateral para os terminais BT
Gancho de suspenso
Placa de identificao em inox
Placa diagramtica em inox
09 Estruturas e ferragens
(continuao)
Registrador de impacto para transportador (a devolver)
Vlvulas para drenagem e coleta de leo
Base para arraste ou apoio
Rodas bidirecionais tipo trilho (no-lisas)
Bases para pra-raios prximo s buchas AT
Vlvulas para drenagem e coleta de leo no extremo inferior do tanque e no
conservador de leo
Conexo para filtro prensa inferior adequado para tubo 50mm
Conexo para filtro prensa superior tambm usado para enchimento sob
46
vcuo localizado no topo do tanque para tubo 50mm.
10 Servios
Lista e materiais sobressalentes necessrios para a energizao do
equipamento com preos unitrios
Lista e materiais sobressalentes necessrios para 2 (dois) anos de operao
com preos unitrios
Apresentao dos desenhos do equipamento para comentrios e aprovao
Frete CIF (posto na obra) na plataforma do caminho
Manuais de montagem, operao e manuteno
Inspeo dos equipamentos na fbrica e apresentao dos relatrios dos
ensaios realizados
Superviso de montagem e acompanhamento da energizao em campo com
todas as despesas inclusas
Fornecimento e enchimento do equipamento com leo no local da instalao
incluindo todos os insumos, equipamentos e despesas inclusos
Testes em campo com emisso de relatrios (anlise do leo isolante,
resistncia de isolamento, resistncia hmica dos enrolamentos, relao de
transformao e fator de potncia do isolamento) com todas as despesas
inclusas
Treinamento operacional terico e prtico nas instalaes do Cliente
incluindo itens de operao, manuteno e segurana, com todas as
despesas inclusas
Oservaes:
1. Local de entrega e instalao do equipamento: Teotnio Vilela - AL
2. Documentos de referncia
Especificao Tcnica - Transformador Elevador 1276-13F-161G-0105
47
5555 ENSAIOSENSAIOSENSAIOSENSAIOS
5.15.15.15.1 ENSAIOS DE ACEITAOENSAIOS DE ACEITAOENSAIOS DE ACEITAOENSAIOS DE ACEITAO
Todos os ensaios devem ser realizados pelo fabricante na presena do inspetor, ou no, de conformidade
com as prescries contidas no documento de aquisio do comprador. Os ensaios de recepo devem
ser realizados de acordo com a NBR 5356.
5.1.15.1.15.1.15.1.1 Resistncia eltrica dos enrolamentosResistncia eltrica dos enrolamentosResistncia eltrica dos enrolamentosResistncia eltrica dos enrolamentos
5.1.25.1.25.1.25.1.2 Relao de espirasRelao de espirasRelao de espirasRelao de espiras
5.1.35.1.35.1.35.1.3 Deslocamento angular e sequncia de fasesDeslocamento angular e sequncia de fasesDeslocamento angular e sequncia de fasesDeslocamento angular e sequncia de fases
5.1.45.1.45.1.45.1.4 Perdas em vazio e corrente de excitaoPerdas em vazio e corrente de excitaoPerdas em vazio e corrente de excitaoPerdas em vazio e corrente de excitao
5.1.55.1.55.1.55.1.5 Perdas em carga e Perdas em carga e Perdas em carga e Perdas em carga e impedncia de curtoimpedncia de curtoimpedncia de curtoimpedncia de curto----circuitocircuitocircuitocircuito
5.1.65.1.65.1.65.1.6 Tenso aplicada e induzidaTenso aplicada e induzidaTenso aplicada e induzidaTenso aplicada e induzida
5.1.75.1.75.1.75.1.7 Resistncia de isolamentoResistncia de isolamentoResistncia de isolamentoResistncia de isolamento
5.1.85.1.85.1.85.1.8 Estanqueidade e resistncia pressoEstanqueidade e resistncia pressoEstanqueidade e resistncia pressoEstanqueidade e resistncia presso
5.1.95.1.95.1.95.1.9 Tenso aplicada fiao e aos acessriosTenso aplicada fiao e aos acessriosTenso aplicada fiao e aos acessriosTenso aplicada fiao e aos acessrios
5.1.105.1.105.1.105.1.10 Verificao do funcionamento dos acessriosVerificao do funcionamento dos acessriosVerificao do funcionamento dos acessriosVerificao do funcionamento dos acessrios
5.1.115.1.115.1.115.1.11 Inspeo visual e dimensionalInspeo visual e dimensionalInspeo visual e dimensionalInspeo visual e dimensional
5.1.125.1.125.1.125.1.12 Ensaios no leo isolEnsaios no leo isolEnsaios no leo isolEnsaios no leo isolanteanteanteante
So ensaios fundamentais capazes de diagnosticar a qualidade do leo mineral isolante, com agilidade e preciso necessria, dando subsdios confiveis ao departamento de engenharia e compras da empresa para programao e planejamento da melhor forma de atuao junto ao problema encontrado no equipamento.
So exemplos a anlise fsico-qumica e cromatografia.
A Anlise Cromatogrfica dos gases determina a concentrao dos gases dissolvidos no leo mineral isolante. A sua formao no interior dos equipamentos pode ser causa de algum tipo de problema, como mau contato entre componentes internos, fugas de energia entre espiras, esforo altas correntes de curto circuito e tempo de trabalho prolongado com cargas elevadas. Atravs de um equipamento denominado cromatgrafo possvel quantificar a concentrao dos seguintes gases: H2,
48
O2, N2, CH4, CO, CO2, C2H4, C2H6, C2H2. Um diagnstico confivel de cromatografia baseado na avaliao da evoluo dos gases em relao s anlises anteriores. A anlise fsico-qumica determina a capacidade de isolao e o estado de envelhecimento do leo mineral. Os resultados so comparados aos valores pr-estabelecidos em normas. Valores fora dos limites especificados indicam necessidade de tratamento termo-vcuo, substituio ou regenerao do leo mineral. Os leos minerais nos transformadores, alm da propriedade de isolamento, tm a funo de resfriamento. Assim o elemento fludo transfere o calor desenvolvido e gerado nos circuitos magnticos dos enrolamentos e tambm no ncleo ferro magntico, atravs das correntes convectivas para a carcaa do transformador e este, por sua vez transfere este calor para o meio ambiente. Como o papel tambm um agente isolante, cabe ao leo fazer o isolamento dos enrolamentos entre eles e em relao ao circuito magntico e a carcaa.
5.1.135.1.135.1.135.1.13 Verificao da aderncia e da espessura da pinturaVerificao da aderncia e da espessura da pinturaVerificao da aderncia e da espessura da pinturaVerificao da aderncia e da espessura da pintura
5.1.145.1.145.1.145.1.14 Ensaio de aderncia da galvanizaoEnsaio de aderncia da galvanizaoEnsaio de aderncia da galvanizaoEnsaio de aderncia da galvanizao
5.25.25.25.2 ENSAIOS DE TIPOENSAIOS DE TIPOENSAIOS DE TIPOENSAIOS DE TIPO
Em geral, os ensaios de tipo so dispensados pelo comprador quando o fabricante exibe resultados de ensaios anteriormente executados sobre transformadores do mesmo projeto. So exemplos destes:
5.2.15.2.15.2.15.2.1 Elevao de temperaturaElevao de temperaturaElevao de temperaturaElevao de temperatura
5.2.25.2.25.2.25.2.2 Tenso suportvel nominal de impulso atmosfricoTenso suportvel nominal de impulso atmosfricoTenso suportvel nominal de impulso atmosfricoTenso suportvel nominal de impulso atmosfrico
5.2.35.2.35.2.35.2.3 Nvel de rudoNvel de rudoNvel de rudoNvel de rudo
5.35.35.35.3 ENSAIOS ESPECIAISENSAIOS ESPECIAISENSAIOS ESPECIAISENSAIOS ESPECIAIS As vezes, dada a importncia da instalao ou seu grau de periculosidade pode ser exigidos ensaios especiais. So exemplos destes:
5.3.15.3.15.3.15.3.1 Medio da impedncia de sequncia zeroMedio da impedncia de sequncia zeroMedio da impedncia de sequncia zeroMedio da impedncia de sequncia zero
5.3.25.3.25.3.25.3.2 Medio do Fator de Potncia do Isolamento do Transformador e suas BuchasMedio do Fator de Potncia do Isolamento do Transformador e suas BuchasMedio do Fator de Potncia do Isolamento do Transformador e suas BuchasMedio do Fator de Potncia do Isolamento do Transformador e suas Buchas
5.3.35.3.35.3.35.3.3 Nvel de TenNvel de TenNvel de TenNvel de Tenso de Radiointerfernciaso de Radiointerfernciaso de Radiointerfernciaso de Radiointerferncia
5.3.45.3.45.3.45.3.4 Grau de PolimerizaoGrau de PolimerizaoGrau de PolimerizaoGrau de Polimerizao
49
5.45.45.45.4 ENSAIOS NOS TCS DE BENSAIOS NOS TCS DE BENSAIOS NOS TCS DE BENSAIOS NOS TCS DE BUCHAUCHAUCHAUCHA
5.4.15.4.15.4.15.4.1 Relao de transformao de todas as derivaesRelao de transformao de todas as derivaesRelao de transformao de todas as derivaesRelao de transformao de todas as derivaes
5.4.25.4.25.4.25.4.2 Tenso induzida;Tenso induzida;Tenso induzida;Tenso induzida;
5.4.35.4.35.4.35.4.3 Tenso aplicadaTenso aplicadaTenso aplicadaTenso aplicada
5.4.45.4.45.4.45.4.4 Polaridade;Polaridade;Polaridade;Polaridade;
5.4.55.4.55.4.55.4.5 Exatido;Exatido;Exatido;Exatido;
5.4.65.4.65.4.65.4.6 Resistncia eltrica dos enrolamentosResistncia eltrica dos enrolamentosResistncia eltrica dos enrolamentosResistncia eltrica dos enrolamentos
5.4.75.4.75.4.75.4.7 Corrente suportvel nominal de curta Corrente suportvel nominal de curta Corrente suportvel nominal de curta Corrente suportvel nominal de curta durao (corrente trmica nominal);durao (corrente trmica nominal);durao (corrente trmica nominal);durao (corrente trmica nominal);
5.4.85.4.85.4.85.4.8 Valor de crista nominal da corrente suportvel (corrente dinmica nominalValor de crista nominal da corrente suportvel (corrente dinmica nominalValor de crista nominal da corrente suportvel (corrente dinmica nominalValor de crista nominal da corrente suportvel (corrente dinmica nominal
5.55.55.55.5 ENSAIOS NAS BUCHASENSAIOS NAS BUCHASENSAIOS NAS BUCHASENSAIOS NAS BUCHAS
5.65.65.65.6 ENSAIOS DO COMUTADORENSAIOS DO COMUTADORENSAIOS DO COMUTADORENSAIOS DO COMUTADOR DE DERIVAESDE DERIVAESDE DERIVAESDE DERIVAES
6666 NORMASNORMASNORMASNORMAS
NBR 5034 Buchas para tenses alternadas superiores a 1 kV; NBR 5356-1 Transformadores de potncia - Parte 1: Generalidades; NBR 5356-2 Transformadores de potncia - Parte 2: Aquecimento; NBR 5356-3 Transformadores de potncia - Parte 3: Nveis de isolamento, ensaios dieltricos e espaamentos externos em ar; NBR 5356-4 Transformadores de potncia - Parte 4: Guia para ensaio de impulso atmosfrico e de manobra para transformadores e reatores; NBR 5356-5 Transformadores de potncia - Parte 5: Capacidade de resistir a curtos-circuitos NBR 5416 Aplicao de cargas em transformadores de potncia - Procedimento; NBR 5458 Transformadores de Potencia - Terminologia; NBR 6323 Galvanizao de Produtos de Ao ou Ferro Fundido; NBR 6856 Transformadores de corrente; NBR 6869 Lquidos Isolantes Eltricos - Determinao da Rigidez Dieltrica dos Isolantes. Mtodos dos Eletrodos e Disco; NBR 6940 Tcnicas de Ensaios Eltricos de Alta Tenso - Medio de Descargas Parciais;
50
NBR7070 Amostragem de gases e leo mineral isolante de equipamentos eltricos e anlise dos gases livres e dissolvidos; NBR 7277 Transformadores e Reatores - Determinao do Nvel de Rudo - Mtodo de Ensaio; NBR 7289 Cabos de controle com isolao extrudada de PE ou PVC para tenses at 1 kV - Requisitos de desempenho; NBR 8667-1 Comutadores de Derivao - Parte 1: Especificao e Ensaios;