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INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA
LICENCIATURA EM TURISMO
História da arte
ANO LECTIVO 2008/2009
Da arte dascatedrais aoesplendor dos
descobrimentos
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Data: 7 de Dezembro de 2008 Docente: Gilberto Moiteiro
INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA
LICENCIATURA EM TURISMO
História da arte
ANO LECTIVO 2008/2009
Da arte dascatedrais ao
esplendor dosdescobrimentos
Nome dos alunos:
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Alexandra Ferreira
Joana Oliveira
Liliana Silva
Data: 7 de Dezembro de 2008 Docente: Gilberto Moiteiro
Índice
Introdução ...................................................................................................................... 4
Capitulo I........................................................................................................................ 5
1. Análises ...................................................................................................................... 6
1.1. Monumentos por freguesias .................................................................................... 6
1.2. Tipologia .................................................................................................................. 7
1.3. Protecção ................................................................................................................. 8
1.4. Época de construção ............................................................................................... 9
1.5. Estilo ...................................................................................................................... 10
1.6. Propriedade ........................................................................................................... 11
1.7. Enquadramento ..................................................................................................... 12
1.8. Utilidade ................................................................................................................ 12
Capitulo II..................................................................................................................... 13
1. Estilos arquitectónicos .............................................................................................. 14
1.1. Gótico .................................................................................................................... 14
1.2. Manuelino .............................................................................................................. 15
2. Enquadramento geográfico ..................................................................................... 17
3. Roteiro turístico ........................................................................................................ 18
3.1. Flyer ...................................................................................................................... 19
3.2. Descrição de monumentos que compõem roteiro ................................................. 19
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3.2.1. Igreja de São João Baptista ................................................................................. 20
3.2.2 Sinagoga .............................................................................................................. 25
3.2.3. Ermida de Nossa Senhora da Piedade ................................................................ 27
3.2.4. Capela de São Gregório ...................................................................................... 28
3.2.5. Convento de Cristo ............................................................................................. 29
Conclusão ..................................................................................................................... 35
Anexos .......................................................................................................................... 37
Introdução
No âmbito da disciplina de História da Arte e, foi solicitado pelo docente a elaboração de
um projecto tendo como objectivo principal a construção de um roteiro turístico onde o
produto alvo são os monumentos que constituem o património arquitectónico do concelho
de Tomar o grupo procedeu ao estudo pormenorizado de todos os elementos que
caracterização e classificam os monumentos em causa.
Para estudar e avaliar o património arquitectónico existente no concelho de Tomar foram
efectuados levantamentos de alguns dados relevantes, no que diz respeito aosmonumentos, de modo a apresentar diversas análises quer quantitativas quer qualitativas
que irão permitir demonstrar as disparidades entre freguesias e tipologias de
monumentos.
De modo a dar a conhecer ao leitor quais os estilos estudados, serão descritos os dois
estilos, o Gótico e o Manuelino, que predominam o roteiro turístico que o grupo de
trabalho elaborou. Estes dois estilos de Arte ocorreram na Idade Média e o estilo
Manuelino é considerado como o Gótico Português.
Relativamente aos monumentos que compõem o roteiro serão descritos os elementos
arquitectónicos que neles se encontram e a sua sinalização de modo a que o leitor possa
identificar os mesmos.
É apresentado um mapa da cidade de Tomar com a sinalização dos monumentos que
constituem o roteiro.
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Capitulo I
De modo a verificar todas as caracteristicas inerentes dos monumentos que existem no
concelho de Tomar foi efectuada uma análise gráfica tendo em conta algumascaracteristicas dos mesmos, nomeadamente; disperção geográfica, tipologia,
classificação, protecção, época e estilo predominante entre outros. Para tal efeito foram
retirados os mesmos dados das fichas de detalhe de monumentos classificados pelo
Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.
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1. Análises
Deste modo passamos a apresentar os estudos efectuados, dos bens culturais do
concelho de Tomar:1.1. Monumentos por freguesias
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Com uma análise de todos os monumentos registados no concelho de Tomar, verifica-se
que a seu concentração se localiza na freguesia São João Baptista, contendo cinquenta e
um monumentos dos oitenta e um analisados.
1.2. Tipologia
C o n t a r d e T ip o lo
Com análise de todos os monumentos, verifica-se que existe duas tipologias
predominantes; arquitectura civil residencial e arquitectura religiosa.
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1.3. Protecção
C o n t a r d e P r o t e c
Relativamente ao tipo de protecção verifica-se que a maioria dos monumentos do
concelho de Tomar não tem qualquer protecção, no entanto verifica-se que dezassete dos
monumentos estão classificados com o título de Monumento Nacional.
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1.4. Época de construção
Contar de Época de ConstNo que diz respeito ao século de construção verifica-se que a maioria das construções
estudadas foi efectuada durante o século XVI.
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1.5. Estilo
C o n t a r d e E s t i l oNo que respeita ao estilo mais representado no concelho, verifica-se a predominância de
três estilos: Gótico, Maneirista e Manuelina. No entanto verifica-se que a maioria dos
monumentos estudados não tem definido qualquer estilo a caracterizar a sua construção.
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1.6. Propriedade
Relativamente à posse dos mesmos monumentos, verifica-se que muitos destes sãopropriedade privada. No entanto verifica-se que existe vários monumentos cuja
propriedade é desconhecida, o que possivelmente justifica a sua degradação.
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1.7. Enquadramento
C o n t a r d e E n q
Relativamente à localização dos mesmos de acordo com o PDM, verifica-se que a maioria
se encontra na malha urbana do concelho.
1.8. Utilidade
A tabela apresentada, em anexo, demonstra a utilidade de cada monumento, sendo
distinguida a sua utilidade inicial e a sua utilidade actual, verificando-se que muitos dos
monumentos estudados se tornaram objecto de estudo cultural e turístico.
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Capitulo II
Neste capitulo serão apresentados os estilos selecionados para a elaboração do trabalho
proposto, assim sendo será efectuada uma contextualização do estilo Gótico e Manuelinode modo a dar a conhecer aos leitores quais as caracteristicas que definem cada estilo.
Deste modo o leitor poderá facilmente identificar os objectos presentes nos monumentos
seleccionados para a realização do roteiro, que englobam estes dois estilos.
Será apresentado um roteiro turistico cultural constituido por cinco monumentos, dos
quais serão apresentadas as caracteristicas fisicas que fazem parte dos dois estilos acima
referidos.
De modo a dar a conhecer ao leitor a localização deste roteiro será primeiramente
efectuado um enquadramento geográfico da cidade de Tomar em Portugal.
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1. Estilos arquitectónicos
1.1. Gótico
O estilo gótico, conhecido como a Arte das Catedrais, desenvolveu-se na Europa, com
maior foco em França, durante a Idade Média, dado que esta foi marcada por várias
alterações políticas, sociais, culturais e econômicas que ocorreu na Europa Ocidental
Na arquitetura surgem os primeiros sinais do nascimento do estilo gótico, estendendo-se
posteriormente às outras formas de Arte, nomeadamente no que se refere à pintura e à
escultura.
As Igreja desta época apresentam uma cabeceira copiada das que existem nas igrejas de
peregrinação – com abside, deambulatório e capelas radiantes. A arquitetura passa por
um grande avanço neste momento, colaborando com a criação de abóbadas de nervuras,
sustentadas por contrafortes externos, liberando assim o interior das igrejas, garantindo-
lhes assim uma leveza maior. Esta caracteriza-se pelo formato vertical, que substituiu o
horizontal, opção que fazia com que a construção estivesse mais próxima do céu tendo
Deus como ser supremo.
O estilo Gótico caracteriza-se por um modelo de construção iluminativo, isto é,
desaparecem os muros envolventes, apareceram os grandes vitrais que permitiam uma
maior iluminação do interior e atraiam a atenção pelas representações que continham. As
paredes cumpriam o papel de base espiritual, enquanto os pilares simbolizavam os
santos. Os arcos e as nervuras eram os caminhos que conduziam a Deus. Os vitrais
pintados e decorados instruíam o povo, com as suas cores, histórias e narrativas
extraídas da Bíblia. Houve duas novidades no campo da arquitetura que contribuíram
para isso – o arco construído em ponta e a abóbada cruzada, que propiciou recobrir
espaços quadrados, curvos ou irregulares. Mas a maior inovação deste estilo foi o arco de
ogiva.
Encontra-se a escultura gótica nas fachadas, nos tímpanos e portais das catedrais, de
modo a complementar a arquitectura. A escultura buscava expressar o ideal divino,
através de formas naturalistas. No início, as estátuas apresentavam pouco dinamismo e
predominava a verticalidade.
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A pintura tinha o objectivo de tocar as emoções dos observadores ao retratar cenas que
transmitem leveza e pureza espiritual, com cores claras e toques naturalistas e
simbolistas. A luz iconográfica foi substituída pelos fundos dourados, técnica aplicadatambém na pintura mural, nos retábulos e nas iluminuras dos livros. No apogeu da pintura
gótica destacam-se as iluminuras.
1.2. Manuelino
O estilo Manuelino, é o estilo artístico, sobretudo arquitectónico, que floresceu em
Portugal do século XVI, no reinado de D. Manuel I, na continuidade do Gótico Final em
conjugação com os regionalismos desenvolvidos nos outros países e a assinatura própria
deste novo estilo (a utlização da heráldica real e as conotações relacionadas com o
período de expansão marítima) emergem numa corrente que abrangeu a arquitectura, a
pintura e a escultura portuguesas. Mas foi sobretudo na decoração que esta arte se
afirmou, caracterizando-se pela exuberante ornamentação, que traz novos volumes e
intensifica a simbologia presente nas obras. Este caracterizou-se ainda pela transmutação
dos elementos arquitectónicos e cobriu todo o território nacional como afirmação do
orgulho português e assinatura de um Rei.
Relativamente à arquitectura, o estilo Manuelino consistíria numa tendência precoce ao
naturalismo e a um barroquismo formal diretamente inspirados pelo mar (igualmente
representado nas letras e nas artes) e, caracteriza-se pelas paredes exteriores ou
interiores que geralmente são nuas, concentrando-se na decoração em determinados
elementos estruturais, como janelas, portais, arcos de triunfo, tectos, abóbadas, pilares ecolunas, arcos, nervuras (ogivas, liernes e terceletes), frisos, cornijas, entre outras formas.
Outra de suas características foi a busca deliberada do exótico, sabiamente misturado
aos componentes mais representativos da tradição lusa, isto é, representação de grandes
eventos políticos, sociais e econômicos da vida de um povo.
As características dominantes do Manuelino são; a exuberância de formas e uma forte
interpretação naturalista-simbólica de temas originais, eruditos ou tradicionais.
Os motivos mais importantes da arquitectura manuelina são:
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Símbolos nacionais
Elementos naturalistas
Elementos fantásticos
Simbolismo cristão
Outros motivos: as cordas entrelaçadas e cabos, redes, cinturões com grandes
fivelas, meias esferas, pináculos cónicos com cogulhos de formas diversas.
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2. Enquadramento geográfico
O Concelho de Tomar pertence ao Distrito de Santarém, situa-se na zona centro do País
a 140 km a Norte de Lisboa, a 80 km e 197 km a Sul de Coimbra e do Portorespectivamente, e a 33 km a Poente de Fátima.
O melhor acesso rodoviário vindo de Lisboa, ou do Litoral Sul é pela A1, saindo em Torres
Novas pela IP6 em direcção a Tomar (25 km) e do Porto ou Litoral Norte pela mesma A1
saindo em Fátima pela EN 113 em direcção a Tomar (33 km).
Enquadramento do distrito de Santarém em Portugal, com sinalização colorida do concelho de Tomar
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3. Roteiro turístico
De modo a proporcionar ao turista um conhecimento mais específico dos estilos de arte
escolhidos (Gótico e Manuelino) foram seleccionados cinco monumentos. Para tal efeito
serão efectudas descrições aprofundadas dos edificios bem como o levantamento das
estruturas existentes e descrição das mesmas.
Serão apresentados mapas devidamente assinalados de modo a que o turista facilmente
detecta o local onde constam os elementos dos estilos seleccionados nos monumentos.
A elaboração do roteiro teve base nos seguintes critérios: o horario de funcionamento dos
monumentos, a distância entre eles, a percentagem de elementos Góticos e Manuelinos
presentes nos mesmos e a possivel duração de visita a cada monumento, foram
escolhidos os seguintes monumentos que serão visitados num dia, tendo em conta a
dimensão dos monumentos os quatro primeiros monumentos abaixo mencionados serão
visitados no periodo da manha, finalizando o mesmo com a visita ao Convento de Cristo.
Monumentos selecconados:
A – Igreja São João Baptista
B – Sinagoga
C – Ermida de Nossa Senhora da Piedade
D – Capela de São Grégorio
E – Convento de Cristo
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3.1. Flyer
Planta do centro da cidade de Tomar com sinalização dos monumentos a visitar
3.2. Descrição de monumentos que compõem roteiro
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3.2.1. Igreja de São João Baptista
A primitiva Igreja de São João Baptista de Tomar remonta ao tempo do Infante D.
Henrique, sendo referenciada na documentação coetânea como ponto de reunião local.No início do século XVI a igreja foi reconstruída e ampliada, embora o nome do autor do
projecto manuelino permaneça desconhecido.
Em 1510 documenta-se o final das obras e no ano seguinte concluía-se a estrutura da
torre sineira. No ano de 1520 o rei D. Manuel decretou que a Igreja de São João Baptista
fosse elevada a Colegiada, integrando as capelas de padroado real.
O templo manuelino desenvolve-se em planta rectangular, cuja tipologia se inspira nomodelo das igrejas mendicantes. Dividindo-se em três naves, perfeitamente demarcadas
no exterior, possui uma torre sineira de grandes dimensões edificada do lado esquerdo da
fachada.
Na fachada principal destaca-se o portal, inscrito em alfiz, cujos lavores flamejantes são
característicos da linguagem decorativa do ciclo manuelino. É formado por uma grande
ogiva lanceolada e ornada de cogulhos, flanqueada por pilastras pinaculadas, onde se
abrem nichos, ligadas por um renque horizontal de flores-de-lis. Sobre a porta rectangular,
de ângulos arredondados, desenha-se o tímpano com grilhagem de cantaria e baldaquino
rendilhado. Nas enjuntas podem ver-se a esfera armilar, a cruz de Cristo, as armas
régias, ou seja, a simbologia recorrente do período manuelino. A empena recta, sobre o
óculo, remata a fachada por outro renque de flores-de-lis, idêntico ao que encima o
tímpano do portal. É enquadrado por pináculo, com uma imagem em pedra, trajando de
armadura, sobre a qual se mantém a dúvida sobre se trata de São João Baptista ou São
Jorge. Do lado esquerdo da frontaria, ergue-se uma volumosa torre sineira, de plantaquadrangular, que passa a octogonal ao nível das ventanas, rematada por um grande
coruchéu piramidal, cintado por dois por dois anéis de pedraria. A torre ostenta um relógio
proveniente da Porta do Sol do Castelo dos Templários e aí colocado em 1523, por
decisão de D. João III. Junto à pedraria da base, a oeste, encontram-se os restos
relevados de uma pedra de forma trapezoidal, provavelmente oriunda de um tímpano,
com dois leões a ladear um ramo florido e dois cachorros salientes, também esculpidos
com animais.
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O interior, coberto por tectos de madeira, apresenta as naves divididas por arcos
quebrados. A cabeceira tripla é ladeada por capelas comunicantes com cobertura de
abóbada de nervuras cujas mísulas de apoio são decoradas com heráldica manuelina. Do
programa decorativo destaca-se o púlpito de secção poligonal repleto de relevosvegetalistas lavrado em 1513
Os altares laterais, em cantaria, foram edificados no século XVII, na mesma época em
que a cabeceira foi revestida de painéis de azulejos. Estes acabariam por ser retirados no
primeiro quartel do século XVIII, quando foi colocado no seu lugar o retábulo-mor de talha
dourada.
A Igreja de São João Baptista foi restaurada pela primeira vez em 1875, embora oito anos
depois desta data se reclamassem novas obras no templo, nomeadamente o restauro do
portal e do púlpito. Ao longo do século XX, a matriz foi sendo objecto de sucessivas obras
de beneficiação de estruturas, limpeza e restauro do programa decorativo.
Traços Manuelinos
Coruchéu piramidal sobre a torre sineira
Arco deprimido da porta
Torre dois registos:
1º- Cornija de remate 3 tabelas rectangulares dispostas em roquete
2º-arco quebrado remate em cornija com gargulas cantonais sobre cachorrada
encimada por varandim
Interior:
- Três naves de 5 tramos, com nave central de 2 registos (arcada e clerestório) os
arcos formeiros são levemente apontados apoiados nos extremos em meias-colunas e em
pilares cruciformes com 4 colunas embebidas, sendo as transversais de menor secção
com capiteis zoomórficos fitomórficos, tendo o primeiro do lado do Evangelho uma base
com cordões, nastros, folhas, esferas, conchase mascaras.
- Pia de água-benta, oitava decorada com a esfera armilar (o sol e a lua).
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- No último pilar do Evangelho púlpito poligonal com escada de caracol decorado
com heráldica manuelina sob entrançados vegetalistas.
- No lado Este da capela existe 3 arcos quebrados com capitéis vegetalistas e
antropomórficos, antecedem a capela-mor e os absidios, todos cobertos por abóbadas de
nervuras com bocetes heráldicos, apoiadas em mísulas, sobre o arco triunfal pequeno
óculo
- O revestimento da capela-mor é com azulejos enxaquetados em azul, branco e
amarelo e superiormente com painéis e molduras brancas e douradas.
- O altar é revestido por azulejos de padrão de camélias
Portal principal tem a arquivolta extrema e possui rendilhado vegetalista e cogulhos
no extradorso.
Os vãos dos andares são emoldurados por estreitos frisos vegetalistas que
enquadram num conjunto de colunelos prismáticos estriados
Planta da Igreja de São João Batista
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Este monumento apresenta de acordo com a planta acima assinalada os seguintes
elementos arquitectónicos representativos dos estilos seleccionados:
1 – Capiteis zoomórficosfitomórficos
8 – Pilar decorado comheráldica
4 – Arcos quebrados
2 – Absídilo
3 – Abside
6 – Coruchéu
7 – Janelas de arco quebrado comcorjinas
5 – Portal Manuelino
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Esfera Armilar
Arcos em ogiva
Arco Abatido
9 – Pia de água benta situada no interior à entrada.
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3.2.2 Sinagoga
A Sinagoga de Tomar é presentemente, o Templo Hebraico mais antigo de Portugal que
ainda se encontra em bom estado de conservação. Embora já houvesse uma comunidade
judaica em Tomar, pelo menos desde os primeiros anos do séc. XIV, esta só deveria vir aatingir real importância no séc. XV quando foi construída a sua Sinagoga (entre 1430 e
1460). Poucos anos foi usada como local de culto e reunião dos hebreus, pois em
Dezembro de 1496 D. Manuel mandava publicar um édito em que dava aos Judeus um
prazo, até Outubro de 1497, para se converterem ao Cristianismo ou saírem de Portugal.
Uma vez desafecta do culto hebraico, comprada por algum particular que mais tarde a
vendeu expressamente para nela ser instalada, cerca de 1516, a cadeia que, até lá, se
encontrava no castelo da Vila. Dos princípios do séc. XVII, encontramos um documentoque nos mostra nova aplicação dada à velha Sinagoga no qual ficamos a saber que
existiu na "Rua Nova" uma "Ermida de S. Bartolomeu" na qual se celebrava casamento
em 1613. A 1 de Junho de 1885 a Sinagoga era uma simples casa térrea, servindo de
palheiro. A 10 de Junho de 1920, era uma adega e armazém de mercearias. Por decreto
de 29 de Junho de 1921 foi o edifício classificado como Monumento Nacional. Cerca de 2
anos mais tarde em 5 de Maio de 1923, o investigador hebraísta, Engenheiro Samuel
Schwarz compra o edifício da Sinagoga com o fim de o preservar de um total abandono emutilação, mandando proceder à sua custa, a uma primeira obra de limpeza e desaterro.
A partir de 1933 a Comissão de Turismo local procurou conseguir por parte do Estado a
compra do edifício da Sinagoga e a sua cedência, a título gratuito, para no mesmo ser
instalado um Museu Luso-Hebraico. Este foi doado pelo seu proprietário ao Estado
Português a 29 de Março de 1939 com a condição expressa de ali ser instalado um
Museu Luso-Hebraico. A criação oficial do Museu foi homologada por despacho
Ministerial de 27 de Julho de 1939. Começou-se então a estudar a possibilidade de
instalar ali, não só o museu epigráfico, mas também um museu histórico representativo
das actividades culturais dos velhos Judeus Portugueses, credores do reconhecimento da
Nação.
Ao nível arquitectónico a sala destinada ao culto desenvolve-se num espaço de planta
quadrada, com piso inferior ao do exterior, dividido em três naves de três tramos,
apresentando uma tipologia semelhante à de outras sinagogas sefarditas quatrocentistas.
O tecto, em abóbada de tijolo de arestas vivas, é suportado por quatro elegantes colunas,com capitéis de lavores geométricos e vegetalistas, e por mísulas embebidas nas
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paredes. A disposição destes elementos encerra um significado simbólico: as doze
mísulas simbolizam as doze tribos de Israel, enquanto que as quatro colunas representam
as quatro matriarcas.
A porta virada para nascente, em arco quebrado, lanceolado do lado de fora, era a portaprincipal do templo. A entrada faz-se hoje por uma modesta porta de vão rectangular,
voltada para norte. Depois de algumas escavações feitas no local, foi encontrada uma
sala de planta rectangular, adossada ao edifício principal, destinada ao mikvah, o banho,
ritual de purificação das mulheres.
Planta da Sinagoga
Este monumento apresenta de acordo com a planta acima assinalada os seguintes
elementos arquitectónicos representativos dos estilos seleccionados:
1 – Colunas
2 – Capitéis
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3 – Abóbada de aresta
4 – Arco quebrado
5 – Mísulas
3.2.3. Ermida de Nossa Senhora da Piedade
Capela de Nossa Senhora da Piedade é a antiga Capela quatrocentista de Nossa
Senhora do Monte, quem lá vai pode apreciar a magnífica vista sobre a cidade de Tomar.
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Em 1846 é mandado construir uma escadaria devido à grande devoção da população
pela Padroeira.
Características Góticas:
- Portal é constituído por um arco quebrado.- A fachada principal é rasgada por óculo e por portal ogival.
Óculo
Arco quebrado
Características Manuelinas:
- O interior da capela-mor é revestido por azulejos azuis e brancos.- Capela-mor coberta por um corochéu cónico.
Azulejos azuis e brancos
3.2.4. Capela de São Gregório
Templo quinhentista com planta octogonal no corpo principal. É semicircundado por um
alpendre. Planta centralizada composta pelo octógono da nave e pelo rectângulo dacapela-mor. A nave é encimada por varandim, com remates nos vértices do octógono; a
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cobertura em cúpula é revestida a cimento, rematado por catavento com cruz; a sacristia
é rematada por telhado prismático quadrangular. À fachada Sul e Este adossa-se uma
galilé, de telhado facetado, assente em arquitrave apoiada em colunas toscanas de fuste
liso. A porta da capela de verga e jambas com decoração manuelina rasga-se em frenteao altar-mor.
Este abre-se para a nave por arco a meio ponto assente em pilastras. Nave e sacristia
são cobertas por abóbadas em cúpula; a capela-mor é rematada por abóbada de barrete
de clérigo. Três nichos encimam o altar, um deles com a imagem de São Gregório
Nanzianzeno. Azulejos enxaquetados e brancos com cercadura a azul, na capela-mor; na
nave, dos dois lados, painéis setecentistas, a azul e branco, representando um a missa de
São Gregório, outro uma cena conciliar.
Fachada principal da Capela de São Gregório
3.2.5. Convento de Cristo
O Convento da Ordem de Cristo e o Castelo Templário, em Tomar, formam um conjunto
monumental único no seu género. O Castelo foi fundado em 1160 por Dom Gualdim Pais,
Mestre provincial da Ordem do Templo em Portugal, e dentro das suas muralhas viveram
as primeiras gentes de Tomar. O coração da fortaleza (Alcáçova) com a torre de
Características Manuelinas:
Portal manuelino
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menagem foi construído a Oriente; a Igreja octogonal Templária foi construída a Ocidente.
Com o extermínio da Ordem pelas perseguições de Filipe, o Belo, Rei de França, os
Templários encontraram, em Portugal, a continuidade da sua sagrada missão de
Cavalaria.
A Ordem do Templo foi extinta em 1312, mas os seus bens e, em parte, a sua vocação,
foram transmitidos, em Portugal, à Ordem de Cristo, criada em 1319. Sob os auspícios de
D. Dinis é, então, fundada a "Ordem dos Cavaleiros de Cristo", a qual foi durante quatro
anos negociada pelo monarca com a Santa Sé, e veio a integrar pessoas e bens da
extinta Ordem do Templo. É com a Ordem de Cristo que a nação portuguesa se abre para
a empresa das descobertas marítimas do séc. XV. Tomar é, então, sede da Ordem, e o
Infante D. Henrique o seu Mestre.
Com a expansão da fé cristã e do reino, também a sede da Ordem de Cristo se dilata. Os
séculos e a história de Portugal vão deixando, na arquitectura do Convento, testemunhos
do tempo e dos homens que lideraram os destinos de Portugal. Durante o governo do
infante D. Henrique foram construídos dois claustros góticos no Convento. Com D.
Manuel, a igreja templária é prolongada para Ocidente por uma construção que serviria o
Capítulo da Ordem. Profusamente impregnada pela simbólica dos Cavaleiros de Cristo,
esta construção aloja na sua fachada ocidental a famosa Janela da Sala do Capítulo, de
Diogo de Arruda (cerca de 1510). Mais tarde, D. João III pretende fazer profundas
mudanças na Ordem, alterando as suas Regras e transformando os Cavaleiros em
monges contemplativos; é a partir deste reinado que se iniciam importantes trabalhos de
ampliação do Convento, com vista a consumar a Reforma da Ordem. Esses trabalhos vão
continuar através de vários reinados, até ao século XVIII, deixando marcas de diversas
tendências artísticas. O Convento de Cristo encerra no seu conjunto arquitectónico
testemunho da arte do Românico, templária, do Gótico e do Manuelino, ao tempo das
Descobertas, do Renascimento joanino, do Maneirismo, nas suas várias facetas e, por
fim, do Barroco, presente em vária ornamentação arquitectónica.
Da estrutura arquitectural do Convento, além das edificações construídas em torno da
igreja templária, há a salientar o conjunto de quatro grandes claustros articulados por dois
eixos em cruz latina, e também um aqueduto com 6 Km de extensão mandado edificar por
Filipe II. Integra os domínios conventuais uma área de floresta e cultivo conhecida por
Mata dos Sete Montes, por estar confinada por sete colinas de acentuado relevo.
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Planta do terceiro nível do Convento de Cristo
Legenda:
1 - Claustro de lavagem (gótico): constituído por arcos quebrados assentes em grossospilares chanfrados sobre murete. O arco superior
encontra-se sobre colunas agrupadas
transversalmente.
Arcos quebrados com colunasagrupadas transversalmente
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Arcos quebrados
2- Claustro do cemitério (gótico): constituído por arcadas e suportes idênticos ao anterior
mas difere nas colunas que são duplas de bases e capitéis distintos. As suas coberturas
são em abóbada de berço.
Capitéis
3- Janela manuelina: É um dos mais originais testemunhos do tardo-gótico manuelino
com a sua típica acentuação de motivos hiper-realistas e hiper-naturalistas. Simbolizando
a Árvore da Vida e a Árvore de Jessé. Possuem 2 ou 3 arquivoltas de decoração
vegetalista, grutescos e heráldica manuelina. Oremate é feito por cornija de folhagem e
platibanda rendilhada de 2 registos com esferas armilares e cruzes da Ordem de Cristo.
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4- Charola inicialmente gótica: interiormente a Charola, aberta para a nave por arco
quebrado, é centrada por corpo octogonal, vazado de 8 arcos peraltados assentes em
pilares maciços com meias colunas adossadas às faces laterais, que recebem a descarga
da abóbada anular sobre o deambulatório;
Arco Quebrado
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5- Igreja manuelina: elementos decorativos manuelinos envolventes; 2 contrafortes
salientes e emoldurados. Interiormente a Charola, aberta para a nave por arco quebrado,
é centrada por corpo octogonal, vazado de 8 arcos peraltados assentes em pilares
maciços. Na espessura dos muros exteriores rasgam-se capelas. Nave de 3 tramos
cobertos por abóbadas polinervadas de combados, descarregando em mísulas com
figurações emblemáticas
6- Dormitório: cobertos por abóbadas de berço, possui 3 janelas maineladas encimadas
por meia luneta. A intersecção dos corredores, caracterizam-se por cruzeiro sob cúpula.
7- Pórtico manuelino: entrada principal. Paredes subjacentes também têm características
manuelinas
8- Casa do capítulo: abóbada de nervuras sobre vestíbulo que comunica com a nave por
arco geminado.
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Conclusão
Com a execução deste trabalho, o grupo de trabalho pretendeu dar ao seu leitor um
retrato dos monumentos que existe no concelho de Tomar. Dos vários gráficos
apresentados pode-se verificar que a maioria dos monumentos não se encontra com
qualquer estudo, estando apenas classificado pelo Instituto da Habitação e da
Reabilitação Urbana.
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Na realização deste trabalho o grupo deparou-se com vários entraves, nomeadamente a
falta de informação existente e divulgada de quatro dos monumentos estudados. Verifica-
se que o Convento de Cristo é considerado como a atracção da cidade e que
possivelmente os monumentos circundantes não obtenham os mesmos fluxos turísticos.Uma das medidas possíveis para melhorar esta situação será desenvolver uma estratégia
de marketing em torno de roteiros turísticos como o apresentado. Para tal efeito será
necessário melhorar a publicidade e divulgação dos mesmos.
Tendo em conta que o leitor poderá não ter qualquer conhecimento dos estilos
seleccionados foram apresentadas várias plantas dos monumentos escolhidos, onde se
encontram assinalados os marcos góticos e manuelinos neles existentes, bem como uma
breve descrição dos mesmos.
Bibliografia
ALMEIDA, Carlos Alberto Ferrei, “O Gótico - História da Arte em Portugal II”, Editora:Editorial Presença
PEREIRA, Paulo "História da Arte Portuguesa", Editora: Círculo de Leitores
Fontes:
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http://pt.wikipedia.orgwww.maconaria.netwww.suapesquisa.comwww.notapositiva.com
www.monumentos.ptwww.guiadacidade.pthttp://maps.google.ptwww.cm- tomar .pt http://tomar .com.sapo.pt
Anexos
Anexo I – Caracterização de utilidade de cada monumento
Monumento Utilização inicial Utilização actual
Igreja Paroquial de Nossa Senhora da
Purificação Igreja Igreja
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Fontanário de santa Cita Fonte Fonte
Quinta do Valle Não definido Não definido
Igreja do antigo convento de santa cita Convento Igreja
Cruzeiro de santa cita Cruzeiro Cruzeiro
Igreja Paroquial de São Silvestre daBeselga Igreja Igreja
Igreja Paroquial de São Miguel Igreja Igreja
Aqueduto do convento de Cristo Aqueduto Turística
Quinta da Anunciada Velha Cultural e Agrícola Residencial e turística
Ermida de Santo António Ermida Ermida
Igreja matriz de olalhas Igreja Igreja Matriz
Capela nossa senhora da saúde Não definido Não definido
Capela nossa senhora do rosário Capela Capela
Capela de olalhas - santa luzia Não definido Não definido
Capela de nossa senhora da piedade Capela Capela
Pelourinho de Paialvo Marco jurisdicional Marco histórico-cultural
Casa da quinta da granja Residencial e agrícola Residencial
Padrão de D. João I Padrão Marco histórico-cultural
Convento igreja de santa iria Convento Cultural e turística
Despensário da assistência nacional aostuberculosos de Tomar Não definido Não definido
Ponte velha de tomar Ponte Ponte
Capela de são Lourenço Capela Marco histórico-cultural
Igreja de santa Maria do olival Igreja Igreja
Açude da fabrica de afiação de Tomar Industrial Turística-cultural
Arco denominado das freiras Cultural Residencial
Auditório Fernando Lopes graça Cultural Cultural
Antigo Hospital de São Brás Hospital Residencial e comercial
Cadeia Comarcã de Tomar Cadeia Serviços de segurança
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Casa do Arquitecto Costa Rosa Casa Residencial
Casa dos Tectos Solar Escola
Casa dos Velhos de Macedo Residencial Residencial
Casa Havaneza Comercial Comercial
Casa na R. Dr. Joaquim Jacinto nº 67 a71 Residencial Residencial
Casa Quinhentista Residencial Não definido
Casa Silva Magalhães Residencial Tribunal
Cine-Teatro Paraíso Cine-teatro Cine-teatro
Edifício Barateiro Residencial Residencial
Edifício do Café Paraíso Cultural Cultural