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ANDRÉ BENEDET ZILLI DIEGO BITTENCOURT MACHADO GREICE DE SOUSA VALVASSORI MICHELLE MACHINSKI CITADINI MODELAGEM MATEMÁTICA E ANÁLISE GRÁFICA EM UM REATOR DO TIPO CSTR

Trabalho Final

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ANDRÉ BENEDET ZILLI

DIEGO BITTENCOURT MACHADO

GREICE DE SOUSA VALVASSORI

MICHELLE MACHINSKI CITADINI

MODELAGEM MATEMÁTICA E ANÁLISE GRÁFICA EM UM REATOR

DO TIPO CSTR

TUBARÃO, 2010

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ANDRÉ BENEDET ZILLI

DIEGO BITTENCOURT MACHADO

GREICE DE SOUSA VALVASSORI

MICHELLE MACHINSKI CITADINI

MODELAGEM MATEMÁTICA E ANÁLISE GRÁFICA EM UM REATOR

DO TIPO CSTR

Relatório apresentado à disciplina de

Análise e Simulação de Processos, do

nono semestre do curso de Engenharia

Química.

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL

Professor Maycon Cargnin

TUBARÃO, 2010

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................4

2 OBJETIVOS.............................................................................................................5

2.1 Objetivo Geral....................................................................................................5

2.2 Objetivos Específicos.........................................................................................5

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................6

4 PROBLEMA...........................................................................................................13

5 MODELAGEM E ANÁLISE....................................................................................14

5.1 Modelagem Matemática...................................................................................14

5.2 Análise Gráfica.................................................................................................16

5.2.1 Coeficiente de troca térmica......................................................................16

5.2.2 Fluxo molar de água..................................................................................18

5.2.3 Volume do reator.......................................................................................20

6 CONCLUSÃO.........................................................................................................22

7 REFERÊNCIAS......................................................................................................23

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1 INTRODUÇÃO

A análise e simulação é uma ferramenta necessária para a orientação do

processo de tomada de decisão, para análises e avaliações de sistemas e para

proporcionar soluções para a melhoria e desempenho de processos.

Com a sua utilização pode-se estudar alternativas tecnológicas para

produção de substâncias químicas através da comparação de rendimentos, uso de

energia, subprodutos e condições operacionais. Seu uso na fase de projeto básico

de uma unidade vai desde consolidação do balanço material e energético, até

dimensionamento de equipamentos e estudo de estratégias de controle. Na fase de

operação de uma unidade industrial, a simulação permite a otimização da produção

e estudo de alternativas de matérias-primas entre outras análises.

Este trabalho pretende analisar e simular o processo de produção de

Propileno Glicol em um reator CSTR (mistura perfeita) em estado transiente.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Realizar análise e simulação do processo de produção de Propileno Glicol

em um reator CSTR (mistura perfeita) em estado transiente.

2.2 Objetivos Específicos

Fazer levantamento bibliográfico;

Realizar uma análise do processo, identificando as considerações de

modelagem do problema;

Equacionar a modelagem matemática para o problema em questão;

Construir e analisar gráficos como de temperatura e concentração e

tempo e concentração;

Realizar uma análise paramétrica do reator (UA).

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Reatores Ideais

O ponto de partida para a proposta de sistemas reativos está baseada em

um grupo de equipamentos denominados reatores ideais. São assim, chamados, por

utilizarem modelos de escoamento (ou mistura) ideais.

Os reatores ideais são:

Reator Batelada, Tanque agitado ou BSTR (Batch Stirred Tank

Reactor) ou Batch;

Reator Contínuo, Tipo tanque agitado ou CSTR (Continuous

Stirred Tank Reactor) ou CFSTR (Continuous Flow Stirred Tank Reactor) ou

Back mix;

Reator Continuo Tipo Tubular com Fluxo Pistonado ou PFR

(Plug-Flow Reactor).

A aplicação do balanço molar sobre reatores químicos, requer o

conhecimento da taxa de reação, ou seja, da expressão cinética desta. A taxa de

uma reação pode ser expressa em relação a um componente j como sendo o

número de moles da espécie j que se forma ou desaparece por unidade de tempo

por unidade de volume de reação, ou seja:

A taxa de uma reação pode ser expressa em relação a:

Volume de reação;

Volume do reator;

Massa (para reações envolvendo sólido);

Massa do catalisador (para reações catalíticas)

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3.2 Reator CSTR

Um tipo de reator usado comumente em processamento industrial é o

tanque agitado operado continuamente, chamado de reator contínuo de tanque

agitado (CSTR), sendo usado principalmente para reações em fase liquida.

O CSTR é normalmente operado em estado estacionário e é considerado

estar perfeitamente misturado; consequentemente, a temperatura, a concentração

ou a velocidade de reação dentro do reator não dependem do tempo ou da posição.

Ou seja, cada variável é a mesma em cada ponto dentro do reator. Uma vez em que

a temperatura e a concentração são idênticas em qualquer ponto no interior do

tanque de reação, elas são as mesmas na saída como em qualquer outro ponto do

tanque. Assim, a temperatura e a concentração na corrente de saída são modeladas

como sendo iguais àquelas no interior do reator.

Em sistemas em que a mistura é altamente não ideal, o modelo bem

misturado é inadequado, e temos de recorrer a outras técnicas de modelagem, tais

como distribuição de tempo de residência, para obter resultados significativos.

Figura 1 – Reator CSTR

Fonte: Marcos Marcelino Mazzucco, 2009.

O termo de geração reduz-se a Gj= rj V

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Onde:

V= volume de reação

Fj=Fluxo molar de j

Cj=Concentração molar de j

V=Velocidade de fluxo volumétrico

Fj=Cj.V

A partir da tabela estequiométrica (j=A):

Para os reatores CSTR o parâmetro de projeto é o volume de reação.

Uma vez que o reator é perfeitamente misturado, a concentração na saída do reator

é idêntica à composição dentro do reator, sendo a velocidade de reação avaliada

nas condições de saída.

CSTR’s são indicados, principalmente, para reações em fase líquida, pois,

requerem agitação intensa.

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Figura 2 – Reatores CSTR’s em série e paralelo

Fonte: Marcos Marcelino Mazzucco, 2009

3.3 Estado Transiente

O aparecimento de reações químicas não implica em operações

transientes, porém o termo de reação sempre representa o consumo (reagentes) ou

formação (produtos) ao longo do tempo.

O balanço de energia transiente complementa a descrição transiente de

um sistema, juntamente com o balanço de massa.

Consideremos a equação do balanço geral de energia:

em um intervalo de tempo ∆t

O termo ∆E representa a variação do conteúdo energético do sistema ao

longo do tempo, ou seja, o acúmulo de energia. Assim, para o caso transiente

devemos considerar os fluxos ao das quantidades transferidas, ou seja:

F= fluxo de massa (massa/tempo)

E= fluxo de energia (energia/tempo)

Q= fluxo de calor (energia/tempo)

W= fluxo de trabalho (energia/tempo)

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H,K,P=W=fluxo de entalpia, energia cinética e potencial (energia/tempo)

Considerando os fluxos de energia em um intervalo de tempo ∆t, no

sistema que segue:

Figura 3 – Fluxos de energia para balanço. Fonte: Marcos Marcelino Mazzucco, 2004

Onde:

(1) = ponto de entrada de massa

(2) = ponto de entrada de massa

Q1=(+); Q2=(-)

W1=(-); W2=(+)

A quantidade de energia que entra no sistema, com o fluxo de massa no

ponto (1), na forma de entalpia, no intervalo de tempo ∆t é:

A quantidade de energia que entra através das fronteiras, na forma de

calor, no intervalo de tempo ∆t, é:

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Desta forma, rearranjando a equação anterior, para o balanço de energia

tem-se:

De uma forma geral:

Como E representa a quantidade de energia acumulada no sistema, e a

energia somente pode ser acumulada sobre a massa, E representa a soma das

quantidades de energia associadas à massa, ou seja, U,K e P. Assim:

Como U=H-pV:

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Para sistemas à pressão e volume constantes:

Como na maioria dos problemas, envolvendo processos químicos, as

variações das energias cinética e potencial são pequenas em relação à entalpia.

Assim o balanço de energia se restringe, na maioria dos casos, a:

Para sistemas fechados, pode ser simplificado para:

(Primeira lei da termodinâmica)

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4 PROBLEMA

Considere um CSTR para produção de Propileno Glicol com trocador de

calor. Inicialmente, o reator está cheio com 500gal de água (0,1% H2SO4) a 75°F. A

corrente de alimentação consiste em 80 lbmol/h de Óxido de Propileno (A), 1000

lbmol/h de água (B) (0,1% H2SO4) e 100 lbmol/h de Metanol (M). (1) Apresente a

modelagem matemática deste reator com suas condições iniciais e de contorno. (2)

Faça os gráficos da temperatura e da concentração do Óxido de Propileno em

função do tempo e da concentração do Óxido de Propileno em função da

temperatura para diferentes temperaturas de entrada e concentrações iniciais de A

no reator. (3) Faça uma análise paramétrica do reator, ou seja, avalie a influência do

coeficiente global de troca térmica (UA), do fluxo molar de água e do volume do

reator. A água de refrigeração escoa através do trocador de calor numa vazão de 5

lb/s(100 lbmol/h). As massas específicas molares do óxido de propileno puro (A),

água (B) e metanol (M) são: A0=0,932 lbmol/ft3, B0=3,45 lbmol/ft3 e M0=1,54

lbmol/ft3.

O Propileno glicol é produzido pela hidrólise de óxido de etileno:

Dados:

UA=16 000 BTU/h.°F, com Ta1=60°F

FC=1000 lbmol/h, com CP C=18 BTU/lbmol.°F

CP A=35 BTU/lbmol.°F CP B=18 BTU/lbmol.°F

CP C=46 BTU/lbmol.°F CP M=19,5 BTU/lbmol.°F

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5 MODELAGEM E ANÁLISE

5.1 Modelagem Matemática

Considerações:

Reação de primeira ordem;

k=Ae−ERT , onde:

k=16,96×1012×e−32400

1,987× (T+460 )

T0 = Temperatura inicial = 75 °F

T0 operação = 60 °F

Volume do Tanque:

V=500 gal× 17,484

V=F A 00,923

+FB 03,45

+FM 0

1,54τ= VV 0

Fluxos de Entrada:

FA0 = 80

FB0 = 1000

FM0 = 100

C A0=F A0V 0

CB0=FB0V 0CC0=0CM 0

=FM 0

V 0

N A=V ×C A

N B=V ×CB

NC=V ×CC

NM=V ×CM

Taxa de Reação:

k=16,96×1012×e−32400

1,987× (T+460 ) NCp=35×N A+18×N B+46×NC+19,5×NM

r A=−k ×CAT A1=60℉

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r B=−k×CAT A2=T− (T−T A 1 )×e−160018× 1000

r A=−k ×CAQ=mC×18× (T A1−T A2 )

dC A

dt=V 0V× (C A0

−C A )+r AdCCdt

=V 0V× (CC0−CC )+rC

dCBdt

=V 0V× (CB0−C B )+r B

d CMdt

=V 0V× (CM 0

−CM )

Não reage!

Balanço/ Modelagem:

dTdt

=Q−F A 0×Cp× (T−T0 )−36000×r A×V

N ×Cp

dTdt

=¿

mC×18× (T A1−T A 2 )× FA 0×(35+ F B0F A0×18+

FM 0

F A0×19,5)× (T−T 0 )−36000×r A×V

35×N A+18×NB+46×NC+19,5×NM

dTdt

=¿mC×18× (T A1−T A 2 )× (35×F A0+18×FB 0+19,5×FM 0 )× (T−T 0 )+36000×k×CA

35×C A+18×CB+46×CC+19,5×CM

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5.2 Análise Gráfica

Gráficos de Concentração versus Tempo e Temperatura versus Tempo.

5.2.1 Coeficiente de troca térmica

UA = 16000

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UA = 10000

UA=20000

Diminuindo UA, observa-se um consumo de CA em um tempo menor, um

aumento na conversão, porém aumenta a temperatura da reação.

Aumentando o UA, baixa conversão em relação ao tempo, porem é

necessária uma baixa temperatura.

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5.2.2 Fluxo molar de água

FB0=1000

FB0=700

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FB0=1500

Diminuindo o FB0 observa-se uma boa conversão em pouco tempo, porém

aumenta muito a temperatura.

Aumentando o FB0 baixíssima conversão, e baixa temperatura.

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5.2.3 Volume do reator

V=500 galões

V=300 galões

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V=700 galões

Diminuindo o volume, tem-se baixa conversão e baixa temperatura.

Aumentando o volume, tem-se melhor conversão, porém em uma

temperatura um pouco maior.

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6 CONCLUSÃO

A simulação de um processo químico é uma ferramenta de grande valia nos

dias de hoje. Ela permite, por exemplo, ao Engenheiro fazer uma análise prévia do

comportamento de reações.

O presente estudo teve como objetivo mostrar os resultados obtidos na

Produção de Propileno Glicol em um reator do tipo CSTR.

Com o auxilio do software GNU Octave, obteve-se a simulação gráfica sendo

possível à verificação do caminho da reação em diferentes volumes, fluxos de água

e coeficiente global de troca térmica.

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7 REFERÊNCIAS

FOGLER, H. Scott. Elementos de engenharia das reações químicas. 4. ed. Rio de

Janeiro: LTC, 2009. xxix, 853 p.

MAZZUCCO, M. Marcos. Introdução aos balanços de massa e energia. 2004.

54p. Apostila de Balanço de Massa e Energia - UNISUL – Unidade Acadêmica de

Ciências Tecnológicas, Curso de Engenharia Química, Tubarão, 2010.

MAZZUCCO, M. Marcos. Introdução à cinética química. 2009. 176p. Apostila de

Balanço de Massa e Energia - UNISUL – Unidade Acadêmica de Ciências

Tecnológicas, Curso de Engenharia Química, Tubarão, 2010.

MAZZUCCO, M. Marcos. Reatores Químicos. 2004. 176p. Apostila de Balanço de

Massa e Energia - UNISUL – Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas, Curso

de Engenharia Química, Tubarão, 2010.