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Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola Projecto Educação para a Saúde na Escola

Trabalho Final Armando

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Page 1: Trabalho Final Armando

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola

Projecto Educação para a Saúde na Escola

AutoresCélia Lopes Armando PenaArmando Sousa

Page 2: Trabalho Final Armando

“ Tentei ensinar-te formas de andar, mas nem

eu nem ninguém tem o direito de te levar às

costas. Poderei, apesar de tudo, acabar com

um último conselho? Já que se trata de

escolher, procura sempre escolher essas

opções que depois te permitam o maior

número de outras opções possíveis, e não as

que te deixem entalado, contra a parede.

Escolhe o que abre: aos outros, a novas

experiências, a diferentes alegrias. Evita o que

te encerra e te enterra. Quanto ao mais, boa

sorte!”

Fernando Savater

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 2

Page 3: Trabalho Final Armando

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 3

Page 4: Trabalho Final Armando

Vamos construir um projecto que:

- Represente o encontro das políticas e das práticas na construção de uma escola melhor

e com mais qualidade;

- Sirva de referência orientadora à diversidade de acções educativas a desenvolver:

- Aprender a ser (competências pessoais);

- Aprender a conviver (competências sociais);

- Aprender fazer (competências produtivas);

- Aprender a aprender (competências cognitivas);

Assim pretendemos “Envolver” todos os actores sociais, que possam estar ligados a uma

educação para a mudança de comportamentos, atitudes e valores dos nossos jovens.

É nosso propósito trabalhar com os nossos alunos, que são os principais destinatários, bem

como o corpo docente e não docente e Pais/Encarregados de Educação, sempre no respeito pelas

orientações legais.

Os nossos alunos com idades compreendidas entre os doze e os dezoito anos, caracterizam-

se por terem baixas expectativas num futuro melhor, carências ao nível sócio-económico, pais com

baixo nível de escolaridade, tradições culturais arreigadas

que dificultam a mudança de mentalidades em especial na

área da alimentação e sexualidade, bem como

dificuldades de acesso às novas tecnologias de

informação. A maioria dos nossos alunos são

provenientes do meio rural com necessidade de

percorrerem grandes distâncias até à escola.

O Concelho de Trancoso está localizado na Beira Interior e inserido no distrito da Guarda,

tendo como concelhos vizinhos: Mêda, Pinhel, Celorico da Beira e Penedono.

Ocupa uma superfície de 366 km2, localizado numa zona planáltica que varia entre os 500 e

os 900 m de altitude, o que condiciona o tipo de clima (Invernos rigorosos e verões quentes e

secos).

O Concelho é caracterizado por ser predominantemente agrícola, embora a floresta ocupe

grandes áreas. Para além da agricultura, o Concelho é dotado de uma forte componente comercial.

É de realçar a antiga feira semanal que se realiza às sextas-feiras e que corresponde a um

verdadeiro acontecimento económico na região. Destaca-se também pela sua importância as feiras

anuais de Santa Luzia (em Dezembro) e a de São Bartolomeu (em Agosto).

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 4

Page 5: Trabalho Final Armando

Trancoso como concelho rural e da raia central, sofre pela sua localização periférica,

afastado dos grandes centros do litoral, uma forte dependência do sector agrícola tradicional, pouco

desenvolvido, um sector industrial incipiente e um sector terciário debilitado. O Concelho apresenta

uma grande riqueza histórica, cultural e arquitectónica,

com potencialidades de desenvolvimento turístico

desde que se melhorem as infra-estruturas rodoviárias

que se encontram muito deficientes e degradadas.

Relativamente à problemática da saúde,

Trancoso está dotado de um novo e moderno Centro de

Saúde, com algumas extensões e um hospital da Santa

Casa da Misericórdia.

No campo da Educação, o Concelho encontra-se bem apetrechado com dois agrupamentos,

um em Vila Franca das Naves e outro em Trancoso, uma escola secundária e uma escola

profissional.

Existe um Centro Cultural, sala de cinema, uma piscina municipal, um conjunto moderno

polivalente de campos desportivos, um complexo desportivo, pavilhões gimnodesportivos, um

pavilhão multiusos e outras infra-estruturas, não acessíveis aos nossos jovens que habitam nas

aldeias, por deficiência de transportes.

Partimos da escola que somos, vamos identificar os problemas e definir o caminho

Perante a caracterização do meio e do diagnóstico feito identificou-se o seguinte grupo de

problemas / necessidades, nas seguintes áreas:

- Educação alimentar em meio escolar;

- Consumo de substâncias psicoactivas;

- Sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis.

Razão da nossa intervenção...

- Porque a educação é uma realidade viva...

- Porque a escola é diferente do que era e está a mudar rapidamente...

- Porque a tarefa de educar projecta as atitudes e os valores de uma sociedade...

- Porque cultivar a experiência cívica na escola é um dever elementar cometido a toda a

comunidade educativa...

- Porque educar é suscitar a autonomia e responsabilidade e dar resposta activa às

necessidades...

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 5

Page 6: Trabalho Final Armando

É preciso... uma Escola:

- Que esteja em sintonia com a mudança.

- Mais democrática, onde todos aprendam.

- Mais flexível em que a uniformidade dê lugar à diversidade.

- Com mais qualidade em que as aprendizagens formais sejam aprendizagens reais.

- Com identidade em que todos gostem de trabalhar.

Fundamentação

A promoção da educação para a saúde em meio escolar é um processo em permanente

desenvolvimento para o qual concorrem os sectores da Educação e da Saúde. Este processo

contribui para a aquisição de competências das crianças e dos jovens, permitindo-lhes confrontar-se

positivamente consigo próprios, construírem um projecto de vida e serem capazes de fazer escolhas

individuais, conscientes e responsáveis. A promoção da educação para a saúde na escola tem,

também, como missão criar ambientes facilitadores dessas escolhas e estimular o espírito crítico

para o exercício de uma cidadania activa.

Em Portugal, os Ministérios da Educação e da Saúde formalizaram em 1994 uma parceria,

visando a colaboração activa entre as escolas e centros de saúde e a assumpção de responsabilidades

complementares face à promoção da saúde da comunidade educativa alargada. A Rede Nacional de

Escolas Promotoras da Saúde, integrada na Rede Europeia, foi um dos resultados dessa parceria. A

avaliação dos processos e dos produtos das boas práticas desenvolvidas pelas Escolas pertencentes à

Rede Europeia, nos países membros, levaram a Organização Mundial de Saúde a considerá-las

prioritárias nas suas estratégias para os próximos anos. O programa do XVII Governo

Constitucional, no Capitulo V. Saúde, utiliza o conceito de saúde da OMS e ‘elege a escola como a

grande promotora da saúde das crianças e das suas famílias, reforçando a necessidade de trabalho

na Rede Nacional de Escolas Promotoras da Saúde’. Assim, tendo em vista o desenvolvimento de

actividades de promoção da educação para a saúde em meio escolar, as opções tomadas pelo

Ministério da Educação no sentido da clarificação das políticas educativas de educação sexual e as

opções tomadas pelo Ministério da Saúde no sentido da dinamização da promoção da saúde na

escola, celebrou-se o protocolo entre: O Ministério da Educação, e O Ministério da Saúde. O

Protocolo tem como enquadramento a legislação existente nos sectores da educação e da saúde,

nomeadamente:

a) Decreto-lei n.º 208/2002 de 17 de Outubro; lei orgânica do Ministério da Educação, que

consagra nas suas atribuições a responsabilidade da promoção e educação para a saúde;

b) Decreto-lei n.º 6/2001 de 6 de Janeiro e Decreto-lei n.º 74/2004 de 26 de Março, sobre a

revisão curricular do ensino básico e do ensino secundário, respectivamente;

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 6

Page 7: Trabalho Final Armando

c) Despachos Conjuntos nº. 271/98 de 23 de Março e n.º 734/2000 de 18 de Julho, que

formalizam o compromisso entre o Ministério da Educação e da Saúde para o desenvolvimento da

rede nacional de escolas promotoras da saúde;

d) Lei n.º 120/99, de 11 de Agosto e o Decreto-Lei n.º 259/2000 de 17 de Outubro sobre

educação sexual nas escolas;

e) Decreto-lei n.º 122/97 de 20 de Maio, lei orgânica da Direcção-Geral da Saúde que

estabelece as suas competências na coordenação das actividades de prevenção da doença e

prestação de cuidados de saúde dirigidos à população e ambientes escolares;

f) Decreto-lei n.º 210/2001 de 28 de Julho que remete para o Ministério da Saúde a tutela da

Saúde Escolar.

Finalidade

Habilitar os nossos alunos para aplicarem conhecimentos sobre saúde, na sua vida diária, de modo a

aumentar os comportamentos saudáveis e a diminuir os comportamentos de risco.

Objectivos Gerais

▪ Incentivar a formação de interpares co-responsabilizando os jovens na formação de outros jovens

▪ Proporcionar condições que possibilitem maior envolvimento dos diversos intervenientes no

processo educativo

▪ Proporcionar oportunidades diversificadas com vista à formação global dos jovens

▪ Desenvolver a consciência cívica de toda a comunidade como elemento fundamental no processo

de formação de cidadãos responsáveis, activos e intervenientes

▪ Assegurar de um modo efectivo a educação para a saúde curricular transversal (disciplinar e não

disciplinar)

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 7

Page 8: Trabalho Final Armando

TEMA - Educação alimentar em meio escolar

Identificar problemas e necessidades

Objectivos específicos ConteúdosMetodologia

AvaliaçãoCalendariza

çãoActividades Recursos

Carências

alimentares nas

famílias

Alimentação

desequilibrada

Défice de

conhecimentos

das famílias

relativamente à

alimentação

saudável

Obesidade

Identificar as famílias carenciadas

Compreender a importância de uma alimentação equilibrada

Fomentar hábitos de vida saudáveis

Informar / Formar os Pais / Encarregados de Educação das principais regras para uma alimentação saudável

Diagnosticar situações de Obesidade e pré-obesidade

Aplicar bateria de testes Fitnessgram

Encaminhar para serviços de saúde especializados

-Alimentação saudável/ equilibrada

- Distúrbios alimentares/ obesidade

Reunião da Equipa do Projecto com os Serviços Sociais da autarquia, Santa Casa da Misericórdia e SASE para inventariar as famílias carenciadas

Comemoração do Dia Mundial da Alimentação- Elaboração pelos alunos de um folheto

elucidativo da importância de uma alimentação equilibrada

- Trabalhar nas turmas a roda dos alimentos

- Caminhada organizada pelo grupo de Educação Física

Sessão de formação, orientada pelo Centro de Saúde, sobre a temática da alimentação saudável/equilibrada, em colaboração com a Associação de Pais

Medição do índice de massa corporal em colaboração com Centro de Saúde

Orientações saudáveis oriundas da Equipa de Projecto sobre produtos a adquirir pelo bufete e máquinas de venda automática

Sessão de formação, orientada pelo Centro de Saúde, sobre o tema “Distúrbios alimentares / Obesidade”, em colaboração com a Associação de Pais

Equipa do

Projecto

Câmara

Municipal

Santa Casa da

Misericórdia

SASE

Centro de

Saúde

Associação

de Pais

Observação directa: interesse, adesão e comentários dos intervenientes

Elaboração, preenchimento (pelos utilizadores) e tratamento estatístico de um questionário sobre as mudanças no Bufete

Questionários

Grelhas de observação

Número de participantes

Ao longo do ano

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Page 9: Trabalho Final Armando

TEMA - Consumo de substâncias psicoactivas

Identificar problemas e necessidades

Objectivos específicos ConteúdosMetodologia

AvaliaçãoCalendari

zaçãoActividades Recursos

Identificação de um

grupo heterogéneo

de alunos

consumidores de

tabaco que nos

intervalos das aulas

se reúnem na

entrada da escola

para fumarem

Detecção de alunos

do 9º ano

alcoolizados devido

ao consumo

excessivo, em bares,

antes do início do

período lectivo.

Informar os alunos sobre os malefícios do álcool e do tabaco

Prevenir o consumo destas drogas lícitas

Alertar os alunos para as consequências do alcoolismo e do tabagismo

Apoiar docentes e não docentes, Pais /Encarregados de Educação e alunos na cessação alcoólica e tabágica

- Tabagismo

- Alcoolismo

Sessão de esclarecimento sobre tabagismo, por ano lectivo, com debate orientado por Técnicos do Centro de Saúde e em colaboração com a Associação de Pais / Encarregados de Educação

Comemoração do Dia Mundial do Não Fumador (dinamizado pelos Directores de Turma sob orientação da Equipa de Projecto- Elaboração e afixação de

cartazes na escola, de forma a sensibilizar a comunidade escolar para importância de levar uma vida saudável sem tabaco

- Construção de um tapete gigante com maços de cigarros vazios colocado na entrada principal para ser deliberadamente pisado pela comunidade educativa

Acção sobre alcoolismo dinamizadas por Técnicos de Saúde especializados do Centro de Saúde em colaboração com a Psicóloga da escola, destinadas:alunos (9º ano, PIEF, CEF), auxiliares da acção educativa e Pais /Encarregados de Educação

Equipa do

Projecto

Centro de

Saúde

Associação de Pais

Psicóloga

Observação directa:

interesse, adesão e

comentários dos intervenientes

Questionários

Grelhas de observação

Número de participantes

Ao longo do ano

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 9

Page 10: Trabalho Final Armando

TEMA- Sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis

Identificar problemas e necessidades

Objectivos específicos ConteúdosMetodologia

AvaliaçãoCalendari

zaçãoActividades Recursos Défice de

informação nos alunos relativa a:

- Anatomia e fisiologia geral do sistema reprodutor

- Ciclo menstrual e ovulatório

- Métodos contraceptivos;

-Noção de sexualidade apenas ligada à componente biológica

Descrever a anatomia e fisiologia do sistema reprodutor

Descrever a regulação hormonal do ciclo menstrual e as suas implicações na reprodução

Conhecer os métodos contraceptivos

Conhecer as vantagens e inconvenientes dos principais métodos contraceptivos

Conhecer a forma de uso dos métodos contraceptivos

Descrever as mudanças biofisiológicas que ocorrem na puberdade

Compreender a sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da pessoa

Anatomia e fisiologia geral do sistema reprodutor

Ciclo menstrual e ovulatório

Métodos contraceptivos

Mudanças na puberdade

Valores (afectos ternura, crescimento e maturidade emocional) e dimensão ética

Planificação de actividades lectivas com os docentes que asseguram a ES curricular e o cumprimento e avaliação dos conteúdos mínimos de educação sexual

Sensibilização dos Directores de turma para planificarem ES em Conselho de Turma (e inserção no Projecto Curricular de Turma no 3º ciclo)

Sessões de esclarecimento, por ano lectivo, com debate orientado por Técnicos do Centro de Saúde subordinado aos seguintes temas:- “A adolescência/contracepção”

- “Transformações na adolescência”

- “Educação para os afectos” (realizada pela Psicóloga)

Companhia de teatro Maria Paulos “Deixemos o sexo em paz”

Equipa do

Projecto

Centro de

Saúde

Associação de Pais

Psicóloga

Observação directa- interesse, adesão e comentários dos intervenientes;

Questionários

Grelhas de observação

Número de participantes

Ao longo do ano

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 10

Page 11: Trabalho Final Armando

- Comportamentos sexuais de risco;

Necessidade de formação de professores na área da sexualidade

humana Promover

melhorias interrelacionais no domínio afectivo e sexual

Descrever as principais doenças de transmissão sexual

Descrever os sintomas mais importantes de cada uma destas doenças

Contribuir para a tomada de decisões responsáveis

Analisar as causas sociais da expansão destas doenças entre a população

Proporcionar formação no âmbito das áreas prioritárias da ES

Sexualidade/Doenças sexualmente transmissíveis

Comportamentos sexuais de risco;

Sexualidade/Doenças sexualmente transmissíveis

Sessão de esclarecimento, para o 9º ano, com debate, orientada por Técnicos do Centro de Saúde subordinada ao tema - “Sexualidade/Doenças sexualmente transmissíveis

Acção de formação dinamizada pela equipa do Projecto em colaboração com a Psicóloga da escola subordinado ao tema “Prevenção das IST’s/VIH-SIDA”

Acompanhamento individual dos alunos, pela Equipa do Projecto, quando solicitado (esclarecimento de dúvidas, resolução de problemas, facultação de preservativos…)

Acções de formação dinamizada por Técnicos da APAF subordinadas aos seguintes temas:

-Sexualidade- Doenças sexualmente transmissíveis

A lista de conteúdos mínimos segue em anexo

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 11

Page 12: Trabalho Final Armando

Avaliação do Projecto

Na avaliação, além dos intervenientes nas actividades, estarão também envolvidos o

Conselho Executivo e o Conselho Pedagógico.

A avaliação será qualitativa e contínua, efectuada antes, durante e após a execução das

actividades, predominantemente através da observação do interesse e empenho manifestado pelos

intervenientes. Relativamente a algumas actividades, nomeadamente Acções de Formação, Palestras

e Rastreios, serão utilizados questionários e ficha de avaliação da actividade. Serão solicitados

comentários e sugestões, orais e/ou escritos, aos destinatários. Alguns destes comentários serão

posteriormente utilizados para divulgação das respectivas actividades – na respectiva página da

Internet. As sugestões apresentadas constituirão importantes informações a ter em conta na

planificação e realização de outras actividades.

Assim, os parâmetros a ter em conta na avaliação serão essencialmente os seguintes:

- Interesse/Adesão/Participação;

- Empenho e envolvimento dos destinatários nas actividades;

- Atitudes e hábitos de prevenção, no âmbito da saúde;

- Reacções e comentários orais e ou escritos dos intervenientes.

Periodicamente, será feito o ponto da situação sobre o desenvolvimento do plano, em

especial no fim de cada período lectivo, quando for elaborado o relatório intermédio para apresentar

aos órgãos de gestão da Escola. No caso de se revelar necessário, esta planificação será

reformulada, de modo a permitir a consecução dos objectivos previstos. No final do ano lectivo,

proceder-se-á à avaliação final e à elaboração do respectivo relatório, com a apreciação de todo o

trabalho desenvolvido e a apresentação de sugestões para o próximo ano.

Os relatórios intermédio e final serão elaborados com base numa grelha de avaliação do

projecto.

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 12

Page 13: Trabalho Final Armando

Anexos

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 13

Page 14: Trabalho Final Armando

Fichas

Trabalho de pesquisa

Brainstorming ou“tempestade de ideias“

Resolução de problemas Debates

Estudo de Casos

Jogos de clarificação de valores ou “Barómetro de atitudes” “Histórias valorativas”

“Concordo ou discordo”

Jogo dos preconceitos

Utilização de questionários

Role play ou Dramatização

Produção de cartazes

Visita Externa

Caixa de perguntas

(Jogo do carrocel)

Exploração de Vídeos e

outros meios audiovisuais

METODOLOGIAS

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 14

Page 15: Trabalho Final Armando

Conteúdos mínimos de Educação Sexual em Meio Escolar

 Conteúdos Mínimos de Educação Sexual 7º / 8º

Anos

 9º

Ano

Compreender a fisiologia geral da reprodução humana  

Compreender o ciclo menstrual e ovulatório  

Compreender a sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da

pessoa humana, no contexto de um projecto de vida que integre valores (ex.

afectos, ternura, crescimento e maturidade emocional, capacidade de lidar com

frustrações, compromissos, abstinência voluntária) e uma dimensão ética

 

Compreender a prevalência, uso e acessibilidade dos métodos contraceptivos  

Conhecer sumariamente os mecanismos de acção e tolerância (efeitos

secundários)  

Compreender a epidemiologia e prevalência das principais IST em Portugal e

no mundo (inclusive VIH e VPH e suas consequências) bem como os métodos

de prevenção

 

Saber como se protege seu próprio corpo, prevenindo a violência e o abuso

físico e sexual e comportamentos sexuais de risco, dizendo não a pressões

emocionais e sexuais

 

Conhecer as taxas e tendências nacionais de maternidade em geral e da

adolescência em particular e compreender o respectivo significado 

Conhecer as taxas e tendências das interrupções voluntárias de gravidez, suas

sequelas e respectivo significado 

Compreender a noção de parentalidade no quadro de uma saúde sexual e

reprodutiva saudável e responsável 

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 15

Page 16: Trabalho Final Armando

Planificação Anual – Formação Cívica – 7.º AnoCompetênc

ias Transversa

is

Situações de Aprendizage

mCompetências

essenciaisTemas /

ConteúdosMetodologias / Actividades Calenda

rização Avaliação

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 16

Page 17: Trabalho Final Armando

Métodosde

Trabalhoe de

Estudo

Utilizar diferentes formas de

comunicação verbal

adequando a utilização do

código linguístico aos contextos e às necessidades

Pesquisar, organizar,

tratar e produzir

informação em função das necessidades, problemas a

resolver e dos contextos e situações

Fornecer informação sistemática e actualizada no âmbito da Direcção de Turma;

Avaliar o impacto e influência que os hábitos de cada indivíduo têm nas relações sociais e o seu papel estruturante na construção da cidadania;

Sistematizar um conjunto de comportamentos tidos como correctos ou necessários à condução, à mobilidade e ao trânsito que conduzam à reflexão e ao desenvolvimento de uma atitude individual e colectiva responsável;

Identificar um conjunto de comportamentos e atitudes que se consubstanciam na aquisição indiscriminada e impulsiva de bens e serviços;

Direcção de Turma

1. Educação para a saúde

1.1. Consumo/Comportamentos de vida saudável

Debate sobre regras a estabelecer para o funcionamento das aulas;

Efectuar a diagnose da turma; Levantamento das

potencialidades e problemas da turma;

Controlo da Assiduidade; Dar conhecimento do

Regulamento Interno, avisos, correio entre outros documentos;

Comemoração do Dia Mundial da Alimentação;

Prevenir a obesidade – medição do índice de massa corporal

Visionamento de um anúncio publicitário (publicidade comercial) a uma bebida alcoólica;

Visionamento de um anúncio publicitário (publicidade não comercial) de prevenção rodoviária;

Debate sobre os dois filmes; Comemoração do Dia Mundial

do Não Fumador; Trabalhos de grupo –

sistematização de ideias referentes a:

O comportamento na estrada (a sinistralidade em Portugal, as infracções, algumas regras);

Apresentação oral dos trabalhos;

Ao longo

do ano lectivo

Observação

directa

Participação

Interesse / Motivação

Fichas de Trabalho

Trabalhos de Casa

Trabalhos Individuais

Trabalhos individuais e de grupo

Auto e hetero avaliação

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 17

Page 18: Trabalho Final Armando

Planificação Anual – Formação Cívica – 8.º AnoCompetênc

ias Transversa

is

Situações de

Aprendizagem

Competências essenciais

Temas / Conteúdos

Metodologias / Actividades Calendarização Avaliação

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 18

Page 19: Trabalho Final Armando

Comunicação

Utilizar diferentes formas de

comunicação verbal

adequando à utilização do

código linguístico

aos contextos e

às necessidades

Fornecer informação sistemática e actualizada no âmbito da Direcção de Turma

Identificar comportamentos considerados de risco e reflectir qual a melhor forma da sua prevenção.

Compreender as várias dimensões que integram o conceito de sexualidade.

Direcção de Turma

1. Sexualidade

Debate sobre regras a estabelecer para o funcionamento das aulas;

Efectuar a diagnose da turma;

Levantamento das potencialidades e problemas da turma;

Controlo da Assiduidade; Dar conhecimento do

Regulamento Interno, avisos, correio entre outros documentos;

Discussão de ideias com vista à distinção entre sexualidade e genitalidade;

Visualização de filmes no âmbito do tema “Comportamento afectivo/sexual”;

Sessões de informação sobre:

Planeamento familiar; Doenças sexualmente

transmissíveis e sua prevenção;

Reflexão crítica oral/escrita; Realização de trabalhos

individuais ou de grupo.

Ao longo do ano lectivo

Observação

directa

Participação

Interesse / Motivação

Fichas de Trabalho

Trabalhos de Casa

Trabalhos Individuais

Trabalhos individuais e de grupo

Auto e hetero avaliação

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 19

Page 20: Trabalho Final Armando

Planificação Anual – Formação Cívica – 9.º AnoCompetênci

as Transversai

s

Situações de

Aprendizagem

Competências essenciais

Temas / Conteúdos

Metodologias / ActividadesCalendarizaçã

oAvaliação

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 20

Page 21: Trabalho Final Armando

Relacionamento Interpessoal e de Grupo

Conhecer e actuar de

acordo com as normas,

regras e critérios de actuação

pertinentes, de

convivência, trabalho, de responsabiliz

ação e de sentido ético das acções definidas

pela comunidade escolar nos seus vários contextos a

começar pela sala de aula

Fornecer informação sistemática e actualizada no âmbito da Direcção de Turma

Reflectir sobre temas (manipulação genética, aborto, eutanásia, ...) e dificuldades em articular o progresso científico com o respeito pela vida

Desenvolver nos alunos atitudes de auto-estima, respeito mútuo e regras de convivência que contribuam para a sua educação como cidadão tolerante, justo, autónomo, organizado e civicamente responsável

Direcção de Turma

1. Bioética *

1.1. Manipulação Genética

1.2. Clonagem 1.3. Transplantes 1.4.

Experimentação médica

1.5. Reprodução assistida

1.6. Eutanásia 1.7. Aborto

Debate sobre regras a estabelecer para o funcionamento das aulas;

Efectuar a diagnose da turma; Levantamento das

potencialidades e problemas da turma;

Controlo da Assiduidade; Dar conhecimento do

Regulamento Interno, avisos, correio entre outros documentos;

Leitura e interpretação de textos;

Trabalho de pesquisa documental (ex.: enciclopédias, noticias da imprensa escrita, Internet, ...);

Debates em Assembleia de Turma;

Entrevistas a pessoal especializado do Centro de Saúde;

Fichas de trabalho; Leitura e interpretação de

textos; Trabalho de pesquisa documental (ex.: notícias da Imprensa escrita e Internet);

Debates em Assembleia de turma;

Trabalho de Grupo com base em pesquisa documental (ex.: notícias da Imprensa escrita, fotografias, livros, TV e Internet).

Ao longo do ano lectivo

Observação

directa

Participação

Interesse / Motivação

Fichas de Trabalho

Trabalhos de Casa

Trabalhos Individuais

Trabalhos individuais e de grupo

Auto e hetero avaliação

* Em articulação com o Projecto “Educação para a Saúde”

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 21

Page 22: Trabalho Final Armando

CRONOGRAMA / PLANO DE ACTIVIDADES DE PROJECTO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

EDUCAÇÃO SEXUAL

DISCIPLINA TEMA/CONTEÚDOS OBJECTIVOS ACTIVIDADES CALENDARIZAÇÃO

Português

“O Amor e a Poesia…Prosa.”

Eugénio de Andrade (a importância do amor universal e da solidariedade).

Luís Vaz de Camões. (o lema do amor como valor universal)-o soneto.

“A Festa”- Miguel Torga – (o amor, a amizade, o sonho).

Desenvolver o espírito crítico dos alunos.

Explorar as características ideológicas dos autores.

Estabelecer relações intertextuais (épocas diferentes).

Compreender/identificar as diversas formas de expressão do amor.

Compreender/respeitar os outros.

Identificar/relacionar amor – sensualidade – erotismo.

Diálogo com os alunos sobre estas temáticas universais.

Actividades de leitura e escrita.

Debate no espaço de sala de aula.

Produção textual – oficina de escrita.

2º e 3º períodos

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 22

Page 23: Trabalho Final Armando

CRONOGRAMA / PLANO DE ACTIVIDADES DE PROJECTO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

EDUCAÇÃO SEXUAL

DISCIPLINA TEMA/CONTEÚDOS OBJECTIVOS ACTIVIDADES CALENDARIZAÇÃO

Francês - Enquête d’ identité

- Découvrir les transformations

physiques à l´adolescence

- Comparer les comportements

des adolescents français et portugais

envers la sexualité

- Exprimer une opinion

- Donner un temoignage

- Lecture de textes

- Analyse de textes

- Débat

2nd - trimestre

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 23

Page 24: Trabalho Final Armando

CRONOGRAMA / PLANO DE ACTIVIDADES DE PROJECTO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

EDUCAÇÃO SEXUAL

DISCIPLINA TEMA/CONTEÚDOS OBJECTIVOS ACTIVIDADES CALENDARIZAÇÃO

Física e

Química A

-Ácidos e Bases

- pH

- Carácter químico

- Utilizar o valor do pH de uma

solução para a classificar como ácida,

básica ou neutra, num processo de

investigação da química do amor

-Investigar a química dos métodos

contraceptivos

-Medir o pH da saliva

(química sexual e química

do amor)

- Análise de textos

2º Período

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 24

Page 25: Trabalho Final Armando

CRONOGRAMA / PLANO DE ACTIVIDADES DE PROJECTO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

EDUCAÇÃO SEXUAL

DISCIPLINA TEMA/CONTEÚDOS OBJECTIVOS ACTIVIDADES CALENDARIZAÇÃO

Ciências

Naturais

Reprodução Humana e

Manipulação da

Fertilidade

Vulcanismo

-Relação da adolescência com a actividade vulcânica

- A sexualidade

-Responsabilizar os alunos pelo

conhecimento e valorização do seu

corpo e da sua vida.

- Definir as suas escolhas com

conhecimento e espírito crítico

-Comparar as erupções vulcânicas com as diferentes “erupções” da adolescência-Facilitar uma atitude de conforto e valorização do corpo-Identificar os sintomas do despoletar da adolescência-Aceitar o corpo e as sensações de prazer a ele associadas-Definir sexualidade

-Trabalho de grupo

-Exposições

-Vídeos

-CD

-Debates

-Análise de textos e artigos

Ao longo do ano

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 25

Page 26: Trabalho Final Armando

CRONOGRAMA / PLANO DE ACTIVIDADES DE PROJECTO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

EDUCAÇÃO SEXUAL

DISCIPLINA TEMA/CONTEÚDOS OBJECTIVOS ACTIVIDADES CALENDARIZAÇÃO

História

História da vida privada:

afectos e sexualidade

numa perspectiva

evolutiva das referências

culturais

- Compreende a natureza estereotipada

dos padrões de beleza

- Analisa a evolução do conceito

latino – cristão de mulher: papeis e

funções

- Pesquisa aspectos da vida afectiva e

sexual dos casais no antigo regime

- Infere da importância dos

movimentos Libertários na década de

60 /70

- Recolha de dados e

fotografias que traduzam a

imagem de beleza, nos

períodos grego – romanos

- Debate sobre a relação

heterossexual segundo as

Sagradas Escrituras

- Pesquisa bibliográfica “

História da Vida Privada “

e orientada na Internet

- Análise dos movimentos

Flapper e Free love

- Produção e apresentação

de trabalhos finais

-possibilidade de ciclo de

conferências final –

apresentação de conclusões

pelos alunos

Abril

Última semana do 2º

período

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 26

Page 27: Trabalho Final Armando

CRONOGRAMA / PLANO DE ACTIVIDADES DE PROJECTO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

EDUCAÇÃO SEXUAL

DISCIPLINA TEMA/CONTEÚDOS OBJECTIVOS ACTIVIDADES CALENDARIZAÇÃO

Educação Física

- Higiene

- Noção corporal

-Respeitar o direito à diferença.

- Aceitar de forma positiva e confortável, o corpo minimizando atitudes de comparação

- Trabalho em grupo – incentivar pares mistos ou com colegas com que há menor afinidade

1º, 2º e 3º períodos

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 27

Page 28: Trabalho Final Armando

Questionário

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 28

Page 29: Trabalho Final Armando

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 29

Page 30: Trabalho Final Armando

Ficha de Avaliação da Actividade

1- Interesse da actividade

Muito interessante

Interessante

Pouco interessante

2- Motivação para o tema

Muito motivante

Motivante

Pouco motivante

3- Realização da actividade

Oportuna

Tardia

Inoportuna

4- Esclarecimento de dúvidas

Devidamente esclarecidas

Esclarecidas

Pouco esclarecidas

5- Empatia com o dinamizador

Muito dinâmico

Dinâmico

Pouco dinâmico

6- Espaço utilizado

Muito adequado

Adequado

Pouco adequado

7- O tempo ocupado com a actividade

Excessivo

Suficiente

Insuficiente

8- Divulgação da actividade

Muito divulgada

Divulgada

Pouco divulgada

Comentários críticos à sessão: _______________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Sugestões: _______________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Obrigado!

Educar para estilos de vida saudáveis: metodologias de intervenção na escola 30

Page 31: Trabalho Final Armando

Grelha de Avaliação do Projecto

Indicadores de Progresso Indicadores de Eficácia Indicadores de Eficiência

+ - + - + -

Iniciativas concretizadas Adesão e empenhamentoCumprimento da

calendarização

Actividades realizadasIncremento de convivência e de

trabalho de grupo

Realização das actividades

propostas

Grupos criados Abertura da escola à comunidade Cumprimento de orçamentos

Reuniões realizadas

Impacto sobre os grupos alvo:

- Melhoria sobre os níveis de

sucesso

Qualidade das realizações

Desistências - Redução das taxasAcessibilidade aos

destinatários

Reformulação das estratégias

Não

Sim Porque _______________________________________________________________

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