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UIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. CETRO DE CIÊCIAS EXATAS E TECOLOGIA. DEPARTAMETO DE EGEHARIA QUÍMICA. FLOTAÇÃO. DISCIPLIA: Operações Unitárias I TURMA: A0 PROFª.: Rodrigo Ferreira Silva ALUOS: LEILTO SATOS SOARES GEADERSO DOS SATOS São Cristóvão-SE, Fevereiro de 2009

Trabalho Flotação

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Foltação

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U�IVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. CE�TRO DE CIÊ�CIAS EXATAS E TEC�OLOGIA. DEPARTAME�TO DE E�GE�HARIA QUÍMICA.

FLOTAÇÃO.

DISCIPLI�A: Operações Unitárias I TURMA: A0

PROFª.: Rodrigo Ferreira Silva ALU�OS: LE�ILTO� SA�TOS SOARES

GEA�DERSO� DOS SA�TOS

São Cristóvão-SE, Fevereiro de 2009

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1 – I�TRODUÇÃO

A flotação é uma técnica de separação de misturas que consiste na introdução de bolhas

de ar a uma suspensão de partículas. Com isso, verifica-se que as partículas aderem às bolhas,

formando uma espuma que pode ser removida da solução e separando seus componentes de

maneira efetiva. O importante nesse processo é que ele representa exatamente o inverso daquele

que deveria ocorrer espontaneamente: a sedimentação das partículas. A ocorrência do fenômeno

se deve à tensão superficial do meio de dispersão e ao ângulo de contato formado entre as bolhas

e as partículas. Esse processo, conhecido a mais de cem anos, teve sua origem na indústria de

processamento mineral e atualmente é o processo mais importante na recuperação e/ou

concentração de minerais, além de apresentar aplicações nas mais diversas áreas, por exemplo:

Tratamento de Minérios (Separação diferencial de partículas minerais):

� Minérios sulfetados: Cu, Pb, Zn, Mo, Fe, Ni;

� Oxi-Minerais: Óxidos de Mn, Nb, Mn, Cr, Ti, Fe, Al, Si, Argilas etc.;

� Minerais semi-solúveis (não metálicos industriais): Fosfatos, CaF2 (fluorita),

CaWO4 (chelita),

� Magnesita (MgSO4), Barita (BaSO4), Calcita (CaCO3);

� Metais nativos: Au, Ag, Hg;

� Carvão “metalúrgico”;

� Sais solúveis: KCl, NaCl;

� Beneficiamento (adequação) de matérias primas (remoção de impurezas em

feldspatos, caulim, argilas para cerâmicos, tintas e outros);

� Outros: Iodo, Ácido Bórico.

Meio Ambiente (separação sólido/líquido, sólido/líquido/líquido ou líquido/líquido):

� Efluentes de usinas de tratamento por flotação de minérios, espessadores ou de

concentração gravimétrica de finos (ciclones, espirais, mesas concentradoras).

� Tratamento de compostos orgânicos (plantas de extração por solvente), óleos,

graxas e corantes (ágatas).

� Tratamento de efluentes contendo metais pesados (Ag+1, Sn+2, As+3, Cr+3 / Cr+6,

Au+2/Au+4, Be+2, Cd+2, Co+2, Ga+2, Ge+4, Hg+2, Pb+2, Mn+2, Ni+2, Cu+2, Zn+2, Sb+3,

Se+2) e ânions (CN, CrO4, S-2 AsO4, SO4, PO4, MoO4, F

-1).

� Reciclo de águas (filtros): Remoção de ânions e íons cálcio.

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� Tratamento de DAM – Drenagens Ácidas de Minas

Processos Industriais

� Separação de proteínas;

� Impurezas na indústria do açúcar de cana;

� Separação de óleos, graxas, tensoativos (surfactantes, detergentes), remoção de odor

e resíduos sólidos de indústria alimentícia;

� Reciclo de plásticos, pigmentos, corantes e fibras;

� Separação tinta-papel, borracha, resinas, pigmentos dos “tonners” de impressoras;

� Remoção de óleos emulsificados (emulsionados) na indústria química e

petroquímica;

� Espessamento (adensamento) de lodos ativados;

� Reuso (reciclo) de águas de processo (PET, lavagem de veículos, aviões)

Outros

� Separação-remoção de microorganismos (algas, fungos, bactérias);

� Separação de íons de metais em química analítica;

� Tratamento de solos: remoção de pesticidas, óleos e elementos radioativos;

� Tratamento de águas de processo no controle de corrosão, remoção de detergentes;

� Tratamento de águas para uso industrial e doméstico;

� Tratamento de esgotos domésticos (remoção de flocos biológicos, sólidos

suspensos).

No tratamento de minérios, a flotação (“froth flotation”) é sem dúvida a técnica

mais importante e versátil, e seu uso e aplicação vêm sendo continuamente expandidos,

com o objetivo de tratar grandes quantidades de minério e para abranger novas áreas.

Originalmente patenteado em 1906, o processo de flotação tem permitido o

beneficiamento de minérios de baixos teores e finamente disseminados, antes classificados

como economicamente inviáveis. Esse processo possibilita a separação seletiva de minerais

complexos como chumbo-zinco, cobre-zinco, etc. Inicialmente desenvolvido para o

processamento de sulfetos de cobre, chumbo e zinco, o campo da flotação no contexto do

tratamento de minérios tem se expandido, e inclui atualmente o processamento de prata;

níquel; sulfetos de ouro; óxidos, tais como hematita e cassiterita; minerais oxidados, como

malaquita e cassiterita; e minerais não metálicos, como fluorita, fosfatos e carvão.

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No cenário mineral brasileiro atual a flotação é responsável pelo beneficiamento

de minérios de ferro, fosfato, grafita, magnesita, talco, sulfetos de cobre, sulfetos de

chumbo-zinco, óxidos de zinco, níquel, ouro, nióbio, fluorita, carvão, feldspato, silvita e

resíduo hidrometalúrgico contendo prata. Sendo que os minérios de ferro e fosfato

dominam esse cenário, tanto com relação à tonelagem processada quanto em número de

usinas em operação (Araújo et al., 2005).

2 – MÁQUI�AS DE FLOTAÇÃO

Células mecânicas convencionais – Células FAI

O sistema FAI (Flotação por Ar Induzido) consiste de uma câmara de flotação com um

sistema impeller-edutor (associado a um estator) de alta velocidade de rotação, que cisalha o ar

formando bolhas com diâmetro entre 400 e 2000 µm (Figura 1). A relação volumétrica gás/água

(hold up) pode ser incrementada pela injeção de um volume maior de ar. O regime hidrodinâmico

turbulento, a alta cinética de flotação (resultando no curto tempo de retenção) e a elevada razão

gás/líquido são as principais características do processo FAI.

Figura 1. Células de flotação por ar induzido - FAI.

Colunas de Flotação

Embora tenham sido desenvolvidas diferentes concepções para as colunas de flotação, o

tipo comumente conhecido como “Coluna Canadense” apresenta as características básicas

utilizadas em unidades industriais (Aquino et al., 2002). A alimentação da polpa, previamente

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condicionada, é feita aproximadamente a 2/3 da altura da coluna a partir de sua base. Na zona de

coleção, as partículas provenientes da alimentação da polpa são contatadas em contracorrente

com o fluxo de bolhas de ar produzido pelo aerador instalado na parte inferior da coluna. As

partículas hidrofóbicas colidem e aderem às bolhas ascendentes, sendo transportadas até a zona

de limpeza, constituída por uma camada de espuma que pode alcançar até 1 metro de espessura.

Por outro lado, as partículas hidrofílicas ou pouco hidrofóbicas e, portanto, não aderidas

às bolhas, são removidas na base da coluna (Ityokumbul et al., 1995; Yianatos, 2002; Yianatos et

al., 2005). Na parte superior da coluna é adicionada água de lavagem, com auxílio de dispersores

(aspersores), visando permitir uma adequada distribuição de água no interior da camada de

espuma. A água de lavagem desempenha um papel de fundamental importância neste processo

para eliminação de partículas arrastadas pelo fluxo ascendente e para a estabilização da espuma

(Aquino et al., 2002; Yianatos, 2002).

A coluna de flotação difere da célula mecânica convencional nos seguintes aspectos

básicos:

- Geometria (relação altura/diâmetro);

- Água de lavagem da fase espuma;

- Ausência de agitação mecânica;

- Captura de partículas por bolhas: contracorrente, no caso de colunas de flotação;

- Sistema de geração de bolhas;

- Controle dos níveis da espuma (interface) e dos distintos fluxos (bias);

- As colunas de flotação apresentam velocidades superficiais definidas em todos os

pontos de entrada e saída (alimentação, concentrado e rejeito).

As colunas industriais têm um diâmetro efetivo de seção transversal variando entre 0,3 a

4,5 metros, podendo ser seções retangulares ou circulares. Colunas com diâmetro efetivo superior

a 1,5 metros são normalmente divididas por meio de defletores (“baffles”) verticais, com o

objetivo de minimizar os efeitos de turbulência interna. A altura total das colunas pode variar em

função das características operacionais requeridas, notadamente pelos tempos de residência

exigidos (Aquino et al., 2002). A maioria das colunas industriais tem uma altura variando entre

10-14 m (Yianatos, 2002). A Figura 2 apresenta um desenho esquemático deste equipamento,

considerando um contato em contra-corrente entre a polpa e o leito de bolhas ascendentes (Finch

e Dobby, 1990; Yianatos, 2002; Bergh e Yianatos 2003).

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A Figura 2 mostra duas zonas distintas nas colunas de flotação:

- Zona de coleção: também chamada de zona de recuperação, coleta ou zona de

concentração, localizada entre a interface polpa/espuma e o sistema de aeração;

- Zona de limpeza: também conhecida como zona de espuma entre a interface

polpa/espuma e o transbordo (Aquino et al., 2002).

Figura 2. Esquema básico de uma coluna de flotação.

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3 – PRI�CIPIOS BASICOS DA FLOTAÇÃO

A teoria da flotação é complexa, envolvendo três fases (sólido, líquido e gás) com

muitos subprocessos e interações. O processo de flotação é compreendido por basicamente três

mecanismos:

i. Colisão e adesão (“attachment”) seletiva de partículas a bolhas de ar (flotação “real” –

“true flotation”);

ii. Resistência ao cisalhamento e transferência de partículas à zona de espuma;

iii. Resistência da unidade bolha-partícula na espuma e transferência ao concentrado.

A adesão de partículas a bolhas de ar é o mecanismo mais importante e é responsável

pela maior quantidade de partículas que são reportadas ao concentrado, mecanismo esse

denominado flotação “real” (“true flotation”). Embora a flotação “real” seja o mecanismo

dominante na recuperação seletiva de partículas minerais, a eficiência de separação entre o

mineral de interesse (a ser flotado) e a ganga é também dependente do grau de resistência da

unidade bolha-partícula ao cisalhamento dentro da célula (“entrainment”) e a resistência dessa

unidade na espuma e posterior transferência ao concentrado (“entrapment”). Diferentemente da

flotação “real”, que é seletiva (adesão bolha-partícula) às propriedades superficiais das partículas

minerais, tanto as partículas de mineral de interesse quanto às de ganga, podem ser recuperadas

por arraste hidrodinâmico, arraste por oclusão em agregados, ou arraste por “slime coating” ou

recobrimento por ultrafinos ou “lamas”.

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4 – TIPOS DE FLOTAÇÃO

Flotação por ar dissolvido (Dissolved-air Flotation – DAF) Em sistemas DAF, o ar é dissolvido na água residual sob pressão de várias atmosferas,

seguido por descompressão para a pressão atmosférica. Em sistemas pequenos, todo o fluxo pode

ser pressurizado por meio de uma bomba até a pressão de 275 a 350 kPa, com ar comprimido

sendo adicionado na seção de bombeamento. Todo o fluxo é mantido em um tanque de retenção

sob pressão (2 a 4 atm) para permitir que o ar se dissolva.

O fluxo pressurizado é então admitido através de uma válvula redutora de pressão para o

tanque de flotação, aonde o ar é liberado na forma de pequenas bolhas por todo o volume do

líquido.

Em unidades maiores, uma parte do efluente do DAF (15 a 120%) é reciclado,

pressurizado, e semi-saturado com ar. O fluxo de reciclo é misturado com o fluxo principal não

pressurizado imediatamente antes da admissão ao tanque de flotação, onde o ar é liberado da

solução em contato com a matéria particulada na entrada do tanque.

Estes tipos de sistema têm sido usados principalmente no tratamento de efluentes

industriais e na concentração de lodos.

Flotação por ar (Air Flotation).

Em sistemas de flotação por ar, as bolhas de ar são formadas pela introdução da fase

gasosa diretamente na fase líquida através de um propulsor ou difusores. A aeração sozinha por

um curto período não é efetiva na flotação de sólidos. A provisão de tanques de aeração para

flotação de graxas e outros sólidos do efluente líquido normal normalmente não é garantido.

Flotação a vácuo (Vacuum Flotation).

A flotação a vácuo consiste na saturação do efluente com ar tanto diretamente em um

tanque de aeração, como permitindo que ar entre na sucção da bomba de efluente. Um vácuo

parcial é aplicado, que provoca a liberação do ar dissolvido como bolhas minúsculas. As bolhas e

as partículas sólidas ligadas sobem para a superfície para formar uma espuma, que é removida

por um mecanismo de “raspagem”.

A unidade consiste de um tanque cilíndrico coberto no qual o vácuo parcial é mantido. O

tanque é equipado com mecanismos de remoção de espuma e lodo. O material flutuante é retirado

continuamente para a periferia do tanque, e descartado automaticamente e removido da unidade

por uma bomba também sob vácuo parcial.

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5 – FATORES DO PROJETO

Como a flotação depende do tipo de superfície da matéria particulada, testes de

laboratório e em plantas piloto são usualmente realizados para verificar os critérios de projeto.

Os fatores que devem ser considerados no projeto de unidades de flotação incluem a

concentração do material particulado, quantidade de ar usado, velocidade de ascensão da

partícula e a taxa de alimentação de sólidos.

O desempenho de uma flotação por ar dissolvido depende primariamente da relação

entre o volume de ar e massa de sólidos (A/S) necessária para atingir um dado grau de

clarificação. Esta razão vai variar com cada tipo de suspensão e pode ser determinada

experimentalmente usando uma célula de flotação em escala de laboratório. Razões A/S típicas

encontradas no abrandamento de lodo em plantas de tratamento de efluentes variam de 0, 005 a 0,

060.

As equações que permitem dimensionar os sistemas de flotação por ar dissolvido sem e

com reciclo:

Sem Reciclo:

Com Reciclo:

Sendo que:

Sa é a solubilidade do ar em cm3/L de água residuária (a Patm);

Temperatura (ºC) Sa (cm3/L)

0 29,2

10 22,8

20 18,7

30 15,7

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f é a fração de ar dissolvido, considerando-se a saturação incompleta (valores entre 0,5 e

0,8);

P é a pressão de funcionamento em atmosfera (atm);

X0 é a concentração de sólidos na água residuária;

R é a razão de recirculação;

Q é a vazão afluente;

OBS: o pH exerce influência na flotação. Valores de pH em que há boa flotação: Fibras

de Celulose (5 e 6); Óleo mineral emulsionado (4,5); Sabão (4 e 5).

Figura 3: Exemplos de Flotação com e sem Reciclo.

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6 – APLICAÇÕES

Aplicação em Tratamento de Esgoto

No tratamento de efluentes, a flotação é usada, principalmente, para remover matéria

suspensa e para concentrar lodos biológicos.

Vantagem: A principal vantagem da flotação sobre a sedimentação é que partículas

muito pequenas ou muito leves que sedimentam muito lentamente podem ser removidas

completamente e num período de tempo menor. Uma vez que as partículas tenham flotado até a

superfície, podem ser coletadas com um removedor de escuma.

Outras Vantagens: lodos mais concentrados, ocupação de menor área e volume e taxas

maiores de aplicação superficial.

Reciclagem de Plásticos

O processo de reciclagem do plástico PET também foi viabilizado graças ao processo de

flotação. O maior problema na reciclagem desse polímero era não conseguir separá-lo do PVC

para reutilizar o PET já que os dois são muitos parecidos e, muitas vezes, ocorria à contaminação

cruzada. Para tornar possível a flotação, foi necessário o uso de um agente surfactante que

modifica a superfície do PET, fazendo com que ele apresente mais afinidade pela água do que o

PVC. Dessa forma, os dois materiais são picados, lavados e colocados em solução aquosa com o

surfactante. Em seguida, as bolhas geradas no sistema carregam o PET, deixando o PVC na

solução (Agencia USP de notícias, 2006; Maria e cols., 2003).

Purificação de Água

Figura 4: Tanque de flotação de uma estação de tratamento de água mostrando espuma esbranquiçada na parte superior do sistema de fases e água límpida na fase inferior após a flotação. A água purificada é coletada abaixo da espuma.

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A Figura 4 mostra o tanque de flotação por ar disperso de projetos de purificação de

água. A flotação por ar disperso utilizado nos projetos de despoluição, como nos lagos dos

parques do Ibirapuera e da Aclimação, no município de São Paulo, e nos córregos que abastecem

esses lagos, engloba as etapas de separação do lixo trazido pelas chuvas; introdução de

substâncias na água que reduzem a acidez e iniciam o processo de coagulação dos poluentes;

injeção de oxigênio por baixo do tanque que arrasta as partículas sólidas para a superfície, onde

uma draga coleta todo o lodo formado no processo e o encaminha para as estações de tratamento

de esgoto (Sabesp, 2006).

Flotação de Microorganismos

Recentemente observamos também o emprego do processo de flotação na separação de

microrganismos, uma vez que a célula, pelas suas dimensões, pode ser considerada um

biocolóide.

A foto da Figura 5 mostra as células na bolha de ar. Estudos recentes no Brasil (DeSousa, 2007)

tentam viabilizar essa técnica para separação de leveduras no processo de produção de álcool.

Como sabemos, esse processo envolve a adição de leveduras aos tanques de cevada ou caldo de

cana e, atualmente, a separação das células de leveduras é feita nas indústrias utilizando-se

centrífugas – por meio da aplicação de rotações muito rápidas, esses equipamentos depositam as

partículas (células) no fundo do recipiente submetido à rotação. No entanto, a aplicação da

flotação em destilarias faria com que a levedura produtora de álcool fosse seletivamente separada

dos organismos contaminantes (flotação seletiva), como atualmente é feito para o enriquecimento

de minérios de baixos teores.

Figura 5: Células da levedura Sacharomyces cerevisiae aderidas à bolha de ar. (Cecília Laluce e cols. em Walker, G.M., Yeast: physiology and biotechnology, New York: John Wiley & Sons, 1998, p. 131).

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