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1. Introdução Precipitações podem ser entendidas como toda forma de água que vem da atmosfera e atinge a superfície da Terra. Esta água pode vir tanto no estado líquido, sólido ou gasoso diferenciando os vários tipos de precipitação. Neve, chuva, neblina, geada, granizo são alguns exemplos clássicos de precipitação e entender como eles funcionam, suas características, em que locais e épocas do ano estes são mais comuns, os mecanismos de formação, é fundamental para a vida de um engenheiro civil, pois estas precipitações podem atrapalhar consideravelmente o rendimento de uma obra. Por isso é sempre bom ter um planejamento da obra, baseado em dados meteorológicos para saber a intensidade da precipitação naquele determinado local, evitando assim grandes problemas. Segundo TUCCI (2009), a determinação da intensidade da precipitação é importante para o controle da inundação e da erosão do solo. No Brasil pode-se perceber que o tipo de precipitação mais comum são as chuvas, que é uma precipitação na forma líquida. As chuvas são grandes responsáveis por paralisações em todo tipo de obra relacionada à construção civil, sendo um fator determinante no cumprimento de prazos. Caso não seja feita uma avaliação dos períodos mais propícios as chuvas, a obra pode perder os prazos. Por isso é importante pensar nos períodos em que

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Hidrologia

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1. Introdução

Precipitações podem ser entendidas como toda forma de água que vem da

atmosfera e atinge a superfície da Terra. Esta água pode vir tanto no estado líquido,

sólido ou gasoso diferenciando os vários tipos de precipitação.

Neve, chuva, neblina, geada, granizo são alguns exemplos clássicos de

precipitação e entender como eles funcionam, suas características, em que locais e

épocas do ano estes são mais comuns, os mecanismos de formação, é fundamental para

a vida de um engenheiro civil, pois estas precipitações podem atrapalhar

consideravelmente o rendimento de uma obra. Por isso é sempre bom ter um

planejamento da obra, baseado em dados meteorológicos para saber a intensidade da

precipitação naquele determinado local, evitando assim grandes problemas. Segundo

TUCCI (2009), a determinação da intensidade da precipitação é importante para o

controle da inundação e da erosão do solo.

No Brasil pode-se perceber que o tipo de precipitação mais comum são as

chuvas, que é uma precipitação na forma líquida. As chuvas são grandes responsáveis

por paralisações em todo tipo de obra relacionada à construção civil, sendo um fator

determinante no cumprimento de prazos. Caso não seja feita uma avaliação dos

períodos mais propícios as chuvas, a obra pode perder os prazos. Por isso é importante

pensar nos períodos em que elas são mais escassas para que se possam fazer atividades,

terraplenagem, fundações, estruturas, fachadas e etc.

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2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Apresentar de forma explicativa como funciona a temática das precipitações

em suas diversas formas de manifestações.

2.2 Objetivo Específico

Descrever qual a influência e o procedimento desses tipos de manifestações

climáticas na área da Engenharia Civil.

Page 3: Trabalho - Hidrologia

3. Revisão Bibliográfica

3.1. Ciclo Hidrológico

É o comportamento natural da água entre as superfícies do planeta Terra e a

atmosfera que a envolvem, quanto a sua ocorrência, transformações de estado e relações

com a vida humana. O sol fornece a energia para que haja esse movimento.

O ciclo hidrológico pode ser considerado como composto de duas fases

principais: uma atmosférica e outra terrestre. Cada uma delas inclui:

Armazenamento temporário de água;

Transporte;

Mudança de estado.

3.2. Principais etapas do ciclo hidrológico:

- Escoamento superficial – É a fase do ciclo hidrológico que trata do conjunto das águas

que, por efeito da gravidade, se desloca na superfície da terra. (Garcez, 1998);

- Escoamento subterrâneo – As águas provenientes das precipitações que venham a

ficar retidas no terreno ou a escoar superficialmente podem se infiltrar no solo por efeito

da gravidade ou de capilaridade, passando a formar a fase subterrânea. (Garcez, 1998);

- Evaporação (na superfície das águas e no solo) e transpiração dos vegetais e

animais- Evaporação corresponde à água em estado líquido que pela energia recebida

do Sol ou de outras fontes pode retornar ao estado gasoso. Transpiração se dá ao

processo em que as plantas, para viver, retiram umidade do solo para utilizar no seu

crescimento e a eliminam na atmosfera sob a forma de vapor;

- Precipitação - Granizo, orvalho, saraiva, geada, neblina, chuva e neve são diferentes

formas de precipitações. O que diferencia essas formas é o estado em que a água se

encontra.

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3.2 Precipitação.

As precipitações atmosféricas são compreendidas como o aglomerado de

água criada pelo vapor de água atmosférico que cai em estado líquido ou sólido, sobre a

face da terra.

As precipitações atmosféricas correspondem ao crucial papel de elo entre os

eventos meteorológicos e os do escoamento superficial, de suma importância para os

engenheiros. De acordo com TUCCI (2009), a determinação da intensidade da

precipitação é essencial para o manejo de inundação e a erosão do solo. A chuva é a

forma de precipitação mais importante para a hidrologia devido a sua habilidade para

produzir escoamento. Os principais aspectos da precipitação são o seu total, duração e

distribuições temporal e espacial. O acontecimento da precipitação é uma maneira

aleatória que não permite uma previsão determinística com grande antecedência.

3.2.1 Mecanismos de formação das precipitações

O vapor de água contido na atmosfera constitui um reservatório potencial de

água que, ao condensar-se, possibilita a ocorrência de precipitações. Efetivamente,

muitas vezes existem nuvens que não produzem chuvas, o que evidencia a necessidade

de processos que desencadeiem a precipitação.

Para as gotas de água precipitar é necessário que tenham um volume tal eu

seu peso seja superior às forças que as mantêm em suspensão.

A nuvem é um aerossol constituído por uma mistura de ar, vapor de água e

de gotículas em estado líquido ou sólido.Essas são mantidas em suspensão por conta do

efeito de turbulência e/ou correntes de ar ascendentes.

O ar atmosférico, além dos gases que o compõem, contém partículas

minúsculas de várias origens na qual se realiza com facilidade a condensação do vapor

atmosférico, funcionando, assim, como núcleos de condensação. Quando o ar úmido

sobe e atinge o nível de saturação, as gotículas de água que se formam não têm

tendência a se unirem entre si sem a presença dos núcleos de condensação. Existem

algumas situações em que ocorre o crescimento das gotículas por condensação de vapor

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de água, são elas: nuvens frias, nuvens com temperatura superior a 0°C, nuvens

constituídas por gotículas salinas. (TUCCI, 2009).

3.2.2 Classificação das precipitações

Conforme o mecanismo fundamental pelo qual se produz a ascensão do ar

úmido, as precipitações podem ser classificadas em:

- Convectivas – chuva causada por diferenças de locais de aquecimento nas camadas

atmosféricas, resultando em equilibro instável. São chuvas de grande intensidade, curta

duração e restrita a pequenas áreas.

- Orográficas – Resulta da elevação de correntes de ar úmido horizontal sobre barreiras

naturais. São chuvas de baixa intensidade, longa duração e restrita a pequenas áreas.

- Frontais ou Ciclônicas – Provêm da interação de massas de ar quentes e frias. São

chuvas de baia intensidade, grandes áreas de atuação e longa duração.

3.2.3 Impactosdas precipitações na Engenharia Civil

Os processos de terraplenagem(Figura 1) e fundação(Figura 2), fases

iniciais na construção civil, são fortemente prejudicados caso haja chuva ou até mesmo

uma simples garoa prolongada, pois nessas partes é preciso fazer escavações, utilizar

equipamentos, ou seja, a ocorrência de chuvas nesses processos ocasionará atrasos.

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Figura 1:Terraplenagem parado por causa da chuva.

Figura 2: Fundação alagada devido à chuva.

Os procedimentos de estruturas(Figura 3) e alvenaria(Figura 4) também são

preocupantes com o surgimento das chuvas, pois é na fase de estruturas que se tem a

concretagem. O concreto tende a perder a resistência quando se é adicionado água fora

da especificação (Revista Equipe de Obra, 2011). Na alvenaria o problema é similar, a

argamassa de assentamento usada na execução de paredes, perde a resistência e a

consistência quando adicionado mais água além do estipulado. Instalações prediais

também representam uma das fases da obra, porém esta é pouco prejudicada já que é

executada principalmente dentro da edificação.

Figura 3:Estrutura alagada após forte chuva. Figura 4: Danos na alvenaria provocada por chuvas.

Page 7: Trabalho - Hidrologia

Segundo CHOI (1999), os danos causados aos edifícios assim como as

perdas financeiras em conseqüência da água da chuva podem ser atribuídos a dois tipos

de mecanismos. Um refere-se à penetração de chuva através das fachadas para o

ambiente interior, que geralmente tem curta duração e a degradação depende da

intensidade da chuva dirigida. O outro tipo refere-se à entrada de umidade nos materiais

do envoltório do edifício causando danos a eles, onde a chuva é de longo prazo e a

degradação depende da quantidade da mesma em um determinado período.

Os danos provocados pela água da chuva no envelope do edifício atingem

praticamentetodos os materiais nele utilizados. Tais danos podem ser desde problemas

de efeitos estéticoscomo o manchamento das fachadas até degradações mais profundas

como a corrosão de metaisou congelamento em materiais porosos (CIRIA, 1992).

Durante o procedimento de trabalho na fachada (Figura 5), estese torna

complexo e até impedido em certas ocasiões. Isso ocorre porque as chuvas além de

modificarem a área de atividade, outros fatores são afetados para que qualquer ação

passe a ser interrompida. Tornar a área da construção um grande elemento de risco é

outro exemplo de fator que, neste caso, faz ocorrer à paralisação de qualquer ação

principalmente na construção de fachadas.

Figura 5:Danos na fachada provocada por chuvas.

Apresentam estudos sobre a interação dos eventosatmosféricos e a forma

construída no processo de manchamento das fachadas, nos quais osprincipais agentes de

degradação são o vento e a chuva dirigida. (PETRUCCI, 2002; PETRUCCI et al.,

2004).

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Segundo a Revista Equipe de Obra (2011), evita-se que entre os meses de

dezembro e fevereiro as obras estejam nas fases de terraplenagem, fundação e fachada,

devido às históricas chuvas de verão na região Sudeste. Ações preventivas ajudam a

evitar que o andamento da obra seja prejudicado e a garantir que os imóveis sejam

entregues no prazo. Já em Salvador, os meses a serem evitados para as fases de

terraplanagem, fundação e fachada são março, abril, maio e junho, meses com histórico

pluviométrico elevado. Dados coletados do INMET - Instituto Nacional de

Meteorologia, entre os anos de 1963 e 2003, demonstraram que historicamente, nos

meses citados, em Salvador os volumes de chuvas duplicam e até triplicam em relação

aos demais meses.

Algumas atividades, como contenção e impermeabilização externa, são

impossíveis de serem realizadas com chuva. Outro fator que pode atrasar ainda a obra

são as chuvas com vento, por afetarem serviços como fixação de balancins e

estabilidade de alvenarias recém-executadas (Revista Equipe de Obra, 2011).

Page 9: Trabalho - Hidrologia

4. Conclusão

Conclui-se que as precipitações são fenômenos comuns, diversificados e

constantes na natureza. Em suas diversas formas trazem consequências boas e ruins para

o ambiente, porém as ruins são mais evidentes. O tipo de precipitação mais

transformador do ambiente é a chuva, e consequentemente o que causa danos com mais

frequência, provocando inundações, deslizamentos, danos a estruturas construídas pelo

homem e até mesmo danos ao meio ambiente natural.

Com a transformação do espaço natural pela ação do ser humano, os danos

causados pelas precipitações tornam-se frequentes, trazendo prejuízos a curto e longo

prazo a construção civil.

Com o devido estudo do ambiente e suas características hidrológicas, é

possível equilibrar os benefícios e prejuízos provenientes dos vários tipos de

precipitações existentes, permitindo assim, conviver mais próximo do equilíbrio com o

meio ambiente.

Page 10: Trabalho - Hidrologia

5. Referências Bibliográficas

ALVAREZ, Guillermo Acosta; GARCEZ, Lucas Nogueira. Hidrologia. São Paulo:

Blucher, 1988.

CHOI, E.C.C. Wind-Driven Rain on Building Faces and The Driving-Rain Index.

Journal of Wind Engineering and Industrial Aerodynamics, v. 79, n. 1 e 2, p.105-

122, Jan/1999. Disponível em: <www.sciencedirect.com>. Acesso em: 26/09/2014.

CIRIA. Wall Technology, Volume A: Performance Requirements. Constrution

Industry Research and Information Association. Special Publication 87, 1992.

EQUIPE DE OBRA: Revista mensal de construção civil. São Paulo. Ed. Pini. n. 42,

Ano VII, dezembro 2011. p. 42-44.

PETRUCCI, H.M.C. Manchamento das Fachadas dos Edifícios por Contaminação

Atmosférica: Interação entre as Condições Ambientais e a Forma Construída. Foz do

Iguaçú, PR. 2002. p. 1443-1451 In: IX Encontro Nacional de Tecnologia no Ambiente

Construído.Disponível em: <www.infohab.org.br>. Acesso em: 26/09/2014.

PETRUCCI, H.M.C.; DAL MOLIN, D.C.C.; LOREDO-SOUZA, A.M. Interação

entre Escorrimento da Água da Chuva e Características Formais da Fachada na

Ocorrência de Manchas por Contaminação Atmosférica. São Paulo, SP. 2004. 14 p.

Conferência Latino-americana de Construção Sustentável: Encontro Nacional de

Tecnologia do Ambiente Construído, 10, 2004, São Paulo, SP. Disponível em:

<www.infohab.org.br>. Acesso em: 26/09/2014.

TUCCI, Carlos E. M.. Hidrologia Ciência e Aplicação. Porto Alegre, 2009.

Page 11: Trabalho - Hidrologia

UNIVERSIDADE TIRADENTES

ENGENHARIA CIVIL

PRECIPITAÇÃO

FÁBIO ICARO BEZERRA CANUTO

FORTUNATO OLIVEIRA MENEZES

LAYLLA MARTINS DE SOUZA

MATHEUS ARAUJO RIBEIRO DONATO

NÁGILA TOMAZ EPAMINONDAS DA SILVA

SUELLEN MORAIS DOS SANTOS BARROS

WENDELL VIEIRA GALDINO

ARACAJU, 2014

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FÁBIO ICARO BEZERRA CANUTO

FORTUNATO OLIVEIRA MENEZES

LAYLLA MARTINS DE SOUZA

MATHEUS ARAUJO RIBEIRO DONATO

NÁGILA TOMAZ EPAMINONDAS DA SILVA

SUELLEN MORAIS DOS SANTOS BARROS

WENDELL VIEIRA GALDINO

PRECIPITAÇÃO

Trabalho sobre precipitação, realizado em setembro de

2014, da disciplina Hidrologia Aplicada, turma N01,

ministrada pela Profª M.Sc. Ingrid Cavalcanti Feitosa,

na Universidade Tiradentes.

ARACAJU, 2014