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AMANDA FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DE CASCAVEL CURSO DE DIREITO AS LEIS PORTUGUESAS

Trabalho História Do Direito

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trabalho de história do direito

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ABNT - UNOPAR - Resumido

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SUMRIO

31.0 INTRODUO

42.0FUNDAMENTAO TERICA

2.1- Os Primeiros Habitantes e a Romanizao42.2 - Os Mulumanos na Pennsula5

2.3 - Nascimento de Portugal5

2.4 - As Ordenaes72.5 - As Ordenaes Afonsinas7

2.5.1 - Quanto estrutura das Ordenaes Afonsinas82.5.2 - A estrutura judiciria das Ordenaes Afonsinas92.6 - As Ordenaes Manuelinas102.7 - As Ordenaes Filipinas112.8 - O Perodo Pombalino122.8.1 - Medidas que afetaram o Brasil132.9- Constituies Portuguesas132.9.1 - Constituio Poltica da Monarquia Portuguesa de 1822 142.9.2 - Constituio Poltica da Monarquia Portuguesa de 1826 162.9.3 - Constituio Poltica da Monarquia Portuguesa de 183817

2.9.4 - Constituio Poltica da Repblica Portuguesa de 1911172.9.5 - Constituio Poltica da Repblica Portuguesa de 1933182.9.6 - Constituio Poltica da Repblica Portuguesa de 197619213.0 CONCLUSO

224.0 - REFERNCIAS

1 INTRODUO

As duas principais bases do Direito Portugus soo Direito Romano e o Direito Germnico. Uma terceira fonte que tambm importante citar o Direito cannico que surge a partir da cristianizao. O Direito Portugus teve tambm uma pequena influencia do Direito Visigtico, proveniente da presena rabe e dos visigodos na pennsula. O Direito Portugus teve poucas mudanas at 1210 (at essa data existiam somente poucas normas), a razo disso era o fato de no haver escolas e, portanto no ser estudado o Direito em Portugal, e os legisladores serem pessoas despreparadas e analfabetas. A partir de 1210, foram decretadas as leis gerais que valiam para todo territrio Portugus, a partir da essas leis prevaleciam sobre as demais. Nesse mesmo perodo, instalam-se cortes em Portugal, as cortes aprovavam as leis gerais que depois deveriam ser sancionadas pelo rei. Num primeiro momento as cortes tinham somente nobres e o clero como seus representantes, porm, depois o povo tambm passou a ter seus representantes, tendo ento as trs classes bem definidas: clero, nobreza e o povo.

2 DESENVOLVIMENTO2.1 - Os Primeiros Habitantes e a Romanizao Os primeiros habitantes da pennsula foram os Iberos, foi este povo que deu origem ao nome da Pennsula de Pennsula Ibrica. Viviam em tribos que j tinham o conhecimento da escrita e dedicavam-se a criao de animais e ao cultivo da terra. Depois vieram os Celtas que se instalaram no territrio. Dedicando-se a agricultura e a pecuria, mas tiveram destaque mesmo foi com a arte da ourivesaria (A arte de trabalhar com metais preciosos). Viviam em casas redondas e cobertas com colmos chamadas de Os castros. Esses povos se misturaram dando origem aos celtiberos. Este povo tinha varias tribos, sendo a mais famosa os lusitanos. Os lusitanos tambm vivam em castros, eram bons caadores e um povo guerreiro, em que as mulheres lutavam lado a lado com os homens. Aps vieram os Fencios, do Mediterrneo, e dedicavam-se ao comrcio. Foram para a pennsula ibrica em busca das riquezas existentes, tais como o ouro, o ferro e a prata. Eram bons navegadores e possuam barcos poderosos para o comrcio martimo. Os Fencios criaram o primeiro alfabeto, os Gregos o uso da moeda e os Cartagineses a conservao dos alimentos atravs do sal. Os Romanos chegaram por volta de 300 a.C. e tinham a inteno de conquistar o Mar Mediterrneo, as riquezas do solo e subsolo( ferro a prata e o trigo). Durante aproximadamente dois sculos de lutas contra os lusitanos, que no inicio no tinham um bom chefe, mas, mais tarde quando Viriato se tornou o seu chefe, infligiram grandes derrotas aos Romanos utilizando a ttica da guerrilha (armadilhas e emboscadas) e conseguiram resistir alguns anos ao poderoso exercito Romano. Aps vrias derrotas, os Romanos convenceram alguns companheiros de Viriato a ataca-lo enquanto dormia, assim conseguindo dominar o territrio da Pennsula, e ficaram por l cerca de 8 sculos. Durante esse tempo o povo adotou a cultura romana. A este processo deu o nome de Romanizao. A Romanizao foi muito importante para o desenvolvimento de muitas inovaes, como templos, teatros, aquedutos, estradas e pontes. Que ainda nos dias de hoje pode ser encontrado em muitos locais de Portugal. Trouxeram tambm o artesanato, a religio crist e a sua lngua, o latim.

2.2 - Os Muulmanos na Pennsula Os Muulmanos (tambm conhecidos como rabes, mouros, infiis e berberes), tiveram uma expanso muito rpida de territrio, conquistando inicialmente os territrios Persas e Bizantinos em 634. E em 711, conquistaram o estreito entre a Europa e a frica, hoje em dia chamado estreito de Gibraltar. Aps chegaram Pennsula Ibrica, e em pouco tempo conquistaram quase todo o territrio, deixando rastros, pelo fato de estarem bem armados.

Durante sua permanncia, influenciou na cultura da regio, esta influencia s no foi maior por conta da poltica de tolerncia dos muulmanos, que mantinham a estrutura dos locais conquistados, respeitavam tambm as instituies existentes, inclusive os direitos dos povos.

Aps oitocentos anos de tentativa de reconquista, o processo s foi se completar no incio da chamada Idade Moderna quando os reis catlicos, Fernando e Isabel, expulsaram definitivamente os muulmanos e o Estado da Espanha foi unificado, em 1492.

2.3- Nascimento de Portugal O primeiro estado, nao foi Portugal que surgiu aps expulsar os Mouros (rabes) da pennsula ibrica, isso aconteceu por meio das mos de Afonso Henriques que se tornou o primeiro rei de Portugal e inaugurou a primeira dinastia lusa, a dinastia de Borgonha (1139-1383). Com varias crises na Europa como fome, peste negra, e a guerra dos cem anos fez com que determina se mudanas no sistema feudal, que originou o avano e fortalecimento do setor mercantil. As rotas martimas mudaram do mediterrneo para o Atlntico, favorecendo Portugal no processo de formao de novas rotas, pois bem na frente do pequeno estado portugus havia um Mar a ser explorado e navegado e os portugueses fizeram com maestria. Ao final do sculo V, a provncia da Hispnia que era at ento parte integrante do imprio Romano do ocidente, j estava sob o domnio de povos brbaros germnicos especialmente os Vesigoros, que ali instalados acabaram por fundar seu prprio reino, que resultou convertido ao cristianismo (Reino Visigtico Cristo). No inicio do sculo VIII (711), houve a invaso da Pennsula Ibrica pelos rabes/ Muulmanos/ Islamitas/ Sarraceno/ Mouros, o que resultou na destruio do Reino Visigtico Cristo.

Os cristos se refugiaram ao norte da Pennsula, na regio das Astrias (lugares montanhosos de difcil acesso), de onde teria origem a luta pela expulso dos rabes, a Guerra de Reconquista. Guerra de carter cruzadistico (critos X islamismo). Durou do sculo VIII at 1492 sculo XV, ou seja, 8 sculos de guerra, tendo como maior consequncia a formao dos reinos de Portugal e Espanha. Durante a reconquista Crist, Afonso VI, rei de Castela e Leo, foi ajudado por cruzados franceses, entre os quais D. Henrique. Por essa ajuda de D. Henrique, Afonso VI recompensou-o dando-lhe duas coisas, o Condado Portucalense comeou a ser governado por D. Henrique, agora j casado com D. Teresa. Este novo senhor do Condado Portucalense desejou e quis que este condado tivesse a sua prpria independncia, mas no o conseguiu fazer, morrendo em 1114. Dai para frente o Condado foi governado no pelo filho do D. Henrique, o qual se chamava D. Afonso Henriques, porque este era muito novo, e sim pela me dele, D. Teresa. Os nobres a partir deem convenceram D. Afonso Henriques a tomar o poder do Condado pela fora. Para consegui-lo teve que lutar contra a sua prpria me e conseguiu derrota-la na batalha de S. Mamede, perto da cidade que hoje, Guimares, em 1128. Afonso Henriques para fazer o Condado Portucalense um reino independente entrou em guerra com os reinos de Castela e de Leo, governados por Afonso VII. S no ano de 1143, com a assinatura do contrato de Zamora, que Afonso VII aceitou a independncia do Condado Portucalense, que passou a ser chamado por o reino de Portugal. 2.4 - As OrdenaesO sistema jurdico de Portugal contava com as Ordenaes, tambm denominadas Ordenaes do Reino, so as primeiras legislaes que se constituam a fonte principal do direito portugus. As trs mais importantes so: As Ordenaes Afonsinas; As Ordenaes Manuelinas e as Ordenaes Filipinas.2.5 - Ordenaes Afonsinas:Iniciada no ano de 1446 as Ordenaes Afonsinas, receberam essa denominao em homenagem a D. Afonso V, no entanto esta obra comeou durante o reinado de D. Joo I que encarregou a Joo Mendes para sua formulao, aconteceu que ambos faleceram. O sucessor foi D.Duarte que ordenou ao Doutor Rui Fernandes a sequncia do trabalho. Com a morte de D. Duarte coube ao D.Pedro, regente de D. Afonso V o trmino da tarefa.

Durante o sculo XIV, Portugal enfrentava a Revoluo de Avis. Causada por uma crise econmica juntamente com uma crise dinstica (o Rei D.Fernando morreu sem deixar herdeiros homens e sua filha era esposa do Rei de Castela, que se interessava em anexar Portugal a seus domnios). Com isso, a nobreza sairia ganhando, mas a burguesia mercantil sofreria prejuzos e o povo teria problemas. No entanto, a burguesia conseguiu colocar no poder o irmo bastardo de D. Fernando, que foi coroado em 1385 e nomeado D. Joo I.

As Cortes solicitavam a D. Joo I uma coletnea que organizasse a boa f e a administrao da justia. Foi ento entre 1446-1447 que surgiram as Ordenaes Afonsinas, consideradas o primeiro cdigo legal portugus, foram desenvolvidas com caractersticas portuguesas com a finalidade de se diferenciar da legislao espanhola.

O intuito dessas Ordenaes era reunir em uma nica fonte o Direito vigente da poca. Essas foram elaboradas de acordo com a origem dessedireito, ou seja, baseadas no direito romano, germnico, cannico, leis das sete partidas e os costumes nacionais.

Tinham como propsito defender a independncia portuguesa, fortalecendo o poder real e tambm visavam diminuir/acabar com as varias leis dispersas no reino.

Ressalta-se que as Ordenaes Afonsinas tm influncia do Direito Cannico, por exemplo, utilizam a palavra pecado como sinnimo de crime. Para a mentalidade da poca, a legislao no dispunha da proporcionalidade entre crime e pena, a lei servia para transmitir o medo a populao, a partir do grau de temor causado pela pena.

No cabe nesta legislao termos como igualdade e equidade uma vez que, em relao s penas existe distino entre pessoas comuns e fidalgos. 2.5.1 - Quanto estrutura das Ordenaes Afonsinas:

As Ordenaes Afonsinas dividem-se em cinco livros, estes em ttulos que muitas vezes se subdividem em pargrafos. Foram dessa maneira, esquematizados:

1. O primeiro livro (com 72 ttulos) trata os regimentos dos cargos pblicos compreendendo o governo, a justia, a fazenda e o exrcito.

2. O livro II (com 123 ttulos) discorre sobre o Direito Eclesistico, jurisdio, as prerrogativas da nobreza, o estatuto dos judeus e dos mouros.

3. O terceiro livro (possui 128 ttulos) relativo ao Processo Civil.

4. O quarto livro (tem 122 ttulos) dispe sobre o Direito Civil (abrangendo o direito das obrigaes e contratos, o direito das coisas, o direito da famlia e sucesses).

5. O quinto livro (contm 121 ttulos) e diz respeito ao Direito Penal e Processo Penal.

Estas ordenaes foram desenvolvidas por meio da tcnica de Compilao, ou seja, a transcrio na ntegra das fontes j existentes. Tais fontes eram compreendidas por: as leis gerais, resolues rgias, peties, dvidas apresentadas em corte, as concrdias, concordatas e bulas.Com exceo do Livro I, que utilizou do decretrio ou legislativo, que trata da formulao das normas sem apoio em nenhuma fonte.

2.5.2 - A estrutura judiciria das Ordenaes Afonsinas: composta pelos Magistrados Singulares; Tribunais Colegiados de 2Grau de Jurisdio e Tribunais Colegiados de 3Grau de Jurisdio.

Os Magistrados Singulares eram:

Os Tribunais Colegiados de 2 Grau de Jurisdio:

Os Tribunais Colegiados de 3 Grau de Jurisdio:

Compreende a casa de Suplicao da justia portuguesa com competncia delimitada.

Esta obra colaborou para o direito portugus e deu abertura para a sua evoluo, vigoraram at 1514 quando foram substitudas pelas Ordenaes Manuelinas.

2.6 - Ordenaes Manuelinas

As Ordenaes Manuelinas foram publicadas pela primeira vez em 1514 e receberam sua verso definitiva em 1521, ano da morte do rei do rei D. Manuel I. Foram obra da reunio das leis extravagantes promulgadas at ento com as Ordenaes Afonsinas, visando a um melhor entendimento das normas vigentes. A inveno da imprensa e a necessidade de correo e atualizao das normas contidas nas Ordenaes Afonsinas foram justificativas para a elaborao das novas leis. A estrutura de cinco livros foi mantida, algumas leis foram suprimidas e/ou modificadas e um estilo mais conciso foi adotado, com todos os preceitos redigidos em estilo decretrio, mesmo quando na reproduo de normas j vigentes.

No tocante a questes penais, muito pouca coisa mudou de uma ordenao para a outra. Os fidalgos continuavam tendo vantagens quando penalizados em detrimento dos plebeus.

dada a D. Manuel, a qualidade de ter exigido, com maior mpeto a formao acadmica de direito para aqueles que trabalhavam com a justia. Assim, a Ordenao Manuelina legisla acerca de advogados e procuradores que advogam para ambas as partes e tenta evitar o suborno daqueles que aplicam o direito. De acordo com Nuno J. Espinosa Gomes da Silva, a De acordo com Nuno J. Espinosa Gomes da Silva, a reforma definitiva das Ordenaes Manuelinas (1521) teve como fator impulsionador a promulgao de legislao extravagante, destacando-se em importncia o Regimento dos Contadores das Comarcas (1514) e o Regimento e Ordenaes da Fazenda (1516).

No entanto, ante a proximidade de edies das Ordenaes, podendo provocar discrepncias, D. Manuel, atravs de Carta datada em 15 de maro de 1521, determinou que aqueles que tivessem as Ordenaes velhas deveriam se desfazer delas, sob pena de, se assim no se procedesse em trs meses, pagar uma taxa, em como, nesse mesmo perodo, os conselhos deveriam adquirir as novas Ordenaes.

No que tange o pecado, na falta de direito ptrio, manda-se observar o Direito Cannico e, em matria que no seja pecado, o Direito Romano. Ao contrrio das Ordenaes anteriores, a Manuelina, nesse aspecto, justifica o Direito Romano como norma subsidiria.

Com o passar do tempo novas leis foram sendo elaboradas, umas alteravam dispositivos da Ordenao, outras revogava-os parcialmente, outras ainda esclareciam o texto.

As Ordenaes Manuelinas deixaram de existir com a publicao das Ordenaes Filipinas em 1603.2.7 - Ordenaes FilipinasCom a morte de D. Sebastio, morto em guerra aos catorze anos, o seu ascendente tio-av D. Henrique assumiu o trono pela falta de descendente. Mas, como era cardeal e no tinha mais ningum na linha de sucesso, o trono portugus ficou vazio. Ento, pela fora militar da Espanha, foi escolhido o D. Filipe II e formou-se a Unio Ibrica, tendo um nico rei entre Portugal e Espanha. Com isso, teve o Juramento de Tomar, que defendia os interesses portugueses para que essa unio no prejudicasse Portugal nos aspectos geogrficos, econmicos e administrativos. Ento surgiram as Ordenaes Filipinas.

As Ordenaes Filipinas fizeram parte das Ordenaes Reais de Portugal, e apesar de ficarem prontas ainda durante o reinado de Filipe I, em 1595, entraram em vigor somente em 1603, no perodo de governo de Filipe II.

Nesse documento, concretizaram a reforma das leis manuelinas, no havendo grandes inovaes legislativas, pois, no era inteno desses castelhanos que governavam Portugal impor novas leis a esse povo.

Esta norma dividia-se em cinco livros que continham ttulos e pargrafos: (I) Direito Administrativo e Organizao Judiciria; (II) Direito dos Eclesisticos, do Rei, dos Fidalgos e dos Estrangeiros; (III) Processo Civil; (IV) Direito Civil e Direito Comercial; (V) Direito Penal e Processo Penal.

Nessa legislao possvel observar caractersticas do Antigo Regime, estando presentes normas especiais para cada uma das castas que compunham a sociedade daquele perodo. Tambm se observa a importncia social do rei na poca e a religiosidade acerca da sociedade.

Essas Ordenaes foram muito importantes para a legislao portuguesa e tambm brasileira, pois foram elas que deram a base s primeiras normas brasileiras aps sua independncia. Atuaram no Brasil por muito tempo pelo fato de que na poca o Brasil era uma colnia de Portugal.

Apesar de terem grande relevncia, vlido ressaltar que havia muitas lacunas e elas eram preenchidas atravs do Direito Romano, do Direito Cannico, ou ainda, decididas pelo Rei.

Este documento foi o mais duradouro documento que props reformas para impor o direito romano e repelir a influncia cannica, que nas Leis Sebastianas, de D. Sebastio, era muito utilizada.

2.8 - Perodo Pombalino

Entre os anos (1750 e 1777) ouve o perodo pombalino, onde o Marques de pombal exerceu o cargo de primeiro ministro durante o reinado de Don Jose l.

Por volta do sculo XVIII, Portugal passou por uma forte crise econmica. O marques de pombal aplicou medidas administrativas visando melhorar as condies de Portugal. Algumas dessas medidas estavam relacionadas ao Brasil. Seria funo do Brasil dentro do objetivo Pombalino suprir as necessidades matrias e comerciais da metrpole, assim transformando Portugal em uma em uma potencia Europeia.

2.8.1 - Medidas que afetaram o Brasil - Criao do estado do gro Par e Maranho para dinamizar a explorao de riquezas na colnia e controle comercial, pombal criou a companhia geral do gro Par e Maranho e a companhia geral de Pernambuco e Paraba.

- Expulso dos Jesutas do Brasil, tirando os do controle do sistema educacional e das misses jesutas. Pombal desta forma buscou aumentar o poder nas reas controladas pelos jesutas alm de tomar posse de propriedades da igreja catlica no Brasil.

- Em 1763 a capital do vice-reino do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro a medida adotada pela a administrao pombalina decretava tambm a mudana do eixo econmico da nordeste para o sudeste da colnia. Pombal visava aumentar o controle poltico econmico e administrativo da metrpole sobre o Brasil, tinha tambm como objetivo aumentar a explorao dos recursos econmicos principalmente o ouro.

Tentou dentro do contexto de crise do absolutismo e a acesso do iluminismo manter e at aumentar o poder da coroa portuguesa.

Seu governo ficou marcado por o chamado despotismo esclarecido. Em outras palavras um governo absolutista que buscava adotar medidas sociais e culturais como forma de amenizar os impactos das medidas autoritrias e desta forma perpetuar as bases do antigo regime com uma nova roupagem.2.9- Constituies Portuguesas

Neste perodo do individualismo a poca das constituies escritas, e j no mais das leis consuetudinrias e histricas. A autoridade poltica era considerada como produto da renncia que cada indivduo fazia, pelo contrato social, de uma parte mnima da sua liberdade cujo sacrifcio se tornava necessrio existncia ordenada e pacifica da sociedade.

O objetivo das constituies escritas era definir e garantir os direitos individuais e estabelecer a organizao dos poderes do Estado dentro de limites precisos. O cidado s podia ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa em virtude de uma lei votada pelos representantes da Nao, nisto consistia a liberdade poltica. A lei devia ter sempre carcter geral, impondo-se igualmente a todos enquanto estivessem em condies idnticas. Assim a liberdade assentava na legalidade.

Na sequncia da Revoluo Liberal de 1820, surgiu a primeira Constituio formal Portuguesa. A Histria Constitucional Portuguesa, em sentido moderno, comea com a Revoluo Liberal de 24 de Agosto na cidade do Porto que determina o fim da monarquia tradicional e o incio do sistema constitucional. At a presente data, Portugal conhece seis Constituies.

2.9.1 - Constituio Poltica da Monarquia Portuguesa de 1822

Aprovada em 23 de Setembro de 1822 foi primeira lei fundamental portuguesa e o mais antigo texto constitucional portugus, o qual marcou uma tentativa de pr fim ao absolutismo e inaugurar em Portugal uma monarquia constitucional. Apesar de ter estado vigente apenas durante dois efmeros perodos - o primeiro entre 1822 e 1823, o segundo de 1836 a 1838, - foi um marco fundamental para a Histria da democracia em Portugal.

Caractersticas:

Definida como sendo bastante progressista para a poca inspirou-se, numa ampla parte, no modelo da Constituio Espanhola de Cdis, datada de 1812, bem como nas Constituies Francesas de 1791, 1793 e 1795, sendo marcante pelo seu esprito amplamente liberal, tendo ab-rogado inmeros velhos privilgios feudais, caractersticos do regime absolutista. Estava dividida em seis ttulos e 240 artigos, tendo por princpios fundamentais os seguintes:

A consagrao dos direitos e deveres individuais de todos os cidados Portugueses (dando primazia aos direitos humanos, nomeadamente, a garantia da liberdade, da igualdade perante a lei, da segurana, e da propriedade);

A consagrao da Nao (unio de todos os Portugueses) como base da soberania nacional, a ser exercida pelos representantes dos mesmos legalmente eleitos - isto , pelas Cortes, nas quais reside a soberania de facto e de jure, j que os seus elementos tm a legitimidade do voto dos cidados;

O no reconhecimento de qualquer prerrogativa ao clero e nobreza;

A independncia dos trs poderes polticos separados (legislativo, executivo e judicial), o que contrariava os princpios bsicos do absolutismo que concentrava os trs poderes na figura do rei;

A existncia de Cortes eleitas pela Nao, responsveis pela atividade legislativa do pas;

A supremacia do poder legislativo das Cortes sobre os demais poderes;

A existncia, como forma de Governo, de uma Monarquia Constitucional com os poderes do Rei reduzidos;

A Unio Real com o Reino do Brasil;

A ausncia de liberdade religiosa (a Religio Catlica era a nica religio da Nao Portuguesa).

O poder legislativo passou a ser da competncia das Cortes, assembleia unicameral que elaborava as leis, e cujos deputados eram eleitos de dois em dois anos pela Nao. A preponderncia do poder legislativo sobre o poder executivo uma caracterstica dos regimes demo-liberais mais progressistas, por oposio s chamadas Cartas Constitucionais, de carter aristocrtico e outorgadas pelo Rei.

O poder executivo era exercido pelo Rei, competindo-lhe a chefia do Governo, a execuo das leis e a nomeao e demisso dos funcionrios do Estado. No entanto, o Rei tinha apenas veto suspensivo sobre as Cortes, podendo suspender a promulgao das leis de que discordava, mas sendo obrigado a promulg-las desde que as Cortes assim o voltassem a deliberar. No lhe era concedido o poder de suspender ou dissolver as Cortes. Em ocasies especiais, o Rei era aconselhado pelo Conselho de Estado, cujos membros eram eleitos pelas Cortes, e coadjuvado pelos secretrios de Estado, diretamente responsveis pelos atos do Governo. Apesar de tudo, a sua pessoa era considerada inviolvel.

O poder judicial pertencia, exclusivamente, aos juzes, que o exerciam nos Tribunais.

Quanto ao corpo eleitoral, e de acordo com o artigo 34. da Constituio, podiam votar, para eleger os representantes da Nao (deputados), os vares maiores de 25 anos que soubessem ler e escrever. Tratava-se, pois, de um sufrgio universal e direto, de que, no entanto, estavam excludos as mulheres, os analfabetos, os frades e os criados de servir, entre outros.

2.9.2- Carta Constitucional da Monarquia Portuguesa de 1826

Foi a segunda Constituio Portuguesa. Teve o nome de Carta Constitucional por ter sido outorgada pelo rei D. Pedro IV (D. Pedro I do Brasil) e no redigida e votada por Cortes Constituintes eleitas pela Nao, tal como sucedera com a anterior Constituio Poltica da Monarquia Portuguesa de 1822. Foi a constituio portuguesa que esteve mais tempo em vigor, tendo sofrido, ao longo dos seus 72 anos de vigncia, 4 revises constitucionais designadas por Actos Adicionais.

Redigido por D. Pedro IV no Brasil, teve a influncia em muitos aspectos no s da Constituio brasileira de 1824 como tambm da Carta Constitucional francesa de 1814 e, naturalmente, do texto predecessor portugus de 1822.

A Carta representava um compromisso entre os Liberais defensores da Constituio portuguesa de 1822, e os Absolutistas partidrios do retorno a um regime autocrtico, tendo por objetivo, precisamente, unir todos os Portugueses em torno da mesma.

Esta medida de D. Pedro no teve o efeito desejado, e em vez de unir, apenas contribuiu para dividir Liberais e Absolutistas, e mais tarde, aps o triunfo definitivo do Liberalismo, dividir os defensores da Constituio de 1822 e os da Carta de 1826.

Caractersticas:

Estando organizada em 145 artigos agrupados em 8 ttulos, a Carta Constitucional tinha por princpios bsicos os seguintes:

A soberania passava a residir no Rei e na Nao.

O Rei passava a deter a supremacia poltica.

Garantiu-se a existncia de uma nobreza hereditria, com todas as regalias e privilgios.

Preservava-se o princpio da separao dos poderes.

Os direitos e deveres individuais dos cidados, no tocante liberdade, segurana individual e propriedade, j consagrados na Constituio de 1822, foram mantidos praticamente inalterados (embora, ao contrrio da grande generalidade das Constituies, fossem relegados para o final do diploma).

Mantinha-se, como forma de governo, a Monarquia Constitucional e Hereditria.

Manteve-se inalterado o princpio da ausncia de liberdade religiosa (de novo se definiu a religio Catlica como religio de Estado).

A Carta reconhecia a existncia de quatro poderes polticos: o legislativo, o executivo, o moderador (uma novidade, com a funo de velar pelo equilbrio entre os demais poderes), e o judicial.

2.9.3 - Constituio Poltica da Monarquia Portuguesa de 1838

Foi como que uma sntese dos textos de 1822 e 1826, ocupando um lugar intermdio. Foi influenciada pelos textos anteriores, e ainda pela Constituio belga de 1831 (relativamente organizao do senado) e pela Constituio espanhola de 1837 (pelo seu esprito conciliatrio das duas formas extremas de constitucionalismo monrquico). As suas caractersticas fundamentais so o princpio clssico da tripartida dos poderes, o bicameralismo das Cortes (Cmara dos Senadores e Cmara dos Deputados), o veto absoluto do rei e a descentralizao administrativa. Esta Constituio reafirma a soberania nacional, restabelece o sufrgio universal direto e elimina o poder moderador.

2.9.4 - Constituio Poltica da Repblica Portuguesa de 1911

Foi quarta constituio portuguesa, e a primeira constituio republicana do pas. As Constituies Monrquicas Portuguesas de 1822 e de 1838 (sobretudo a primeira, a mais radical), a Constituio da Repblica Brasileira de Fevereiro de 1891, bem como o programa do Partido Republicano Portugus foram as fontes da primeira Constituio da Repblica Portuguesa. Pelo seu radicalismo democrtico, pode-se bem afirmar que a Constituio de 1911 um retorno ao esprito vintista, nomeadamente com a consagrao do sufrgio direto na eleio do Parlamento, a soberania residente em a Nao e a tripartio dos poderes polticos.

Caractersticas:

A Constituio Poltica da Repblica Portuguesa de 1911, diploma regulador da vida poltica da I Repblica, destaca-se por ter consagrado um novo regime poltico (a Repblica), para alm de ser o mais curto texto da histria constitucional portuguesa tem apenas 87 artigos, agrupados por sete ttulos, a saber:

Da forma do Governo e do territrio da Nao Portuguesa;

Dos direitos e garantias individuais;

Da Soberania e dos Poderes do Estado;

Das Instituies locais administrativas;

Da Administrao das Provncias Ultramarinas;

Disposies Gerais;

Da Reviso Constitucional.

Embora ao longo dos quase cem anos de existncia da Repblica em Portugal, muitos historiadores tenham afirmado peremptoriamente que a nica originalidade da Constituio de 1911 foi a substituio do Rei pelo Presidente (o que, s por si, acarreta outras mudanas, como a substituio da sucesso hereditria pela eleio poltica do Chefe do Estado), uma anlise sumria da Constituio permite demonstrar o contrrio, verificando-se vrios aspectos importantes.

2.9.5 - Constituio Poltica da Repblica Portuguesa de 1933

Foi a constituio poltica que vigorou em Portugal entre 1933 e 1974, data em que o regime do Estado Novo foi deposto pela Revoluo de 25 de Abril.

Documento fundador do Estado Novo em Portugal, o projeto foi elaborado por um grupo de professores de Direito convidados por Antnio de Oliveira Salazar e por ele diretamente coordenado.

Caractersticas:

Depor os Governadores-Gerais e unificar todas as Colnias em uma s Nao e assim, expandir o territrio nacional;

Estabelecer um Governo de ideologia nacionalista, e centralizar o poder nacional nas Foras Armadas;

Criar uma Assemblia Nacional de partido nico em moldes nacionalistas para haver igualdade dos poderes e para promover uma representao popular maior nas Leis;

Juntar a Presidncia com o Conselho de Ministros dando ao Poder Executivo uma "fora gigantesca";

Dar Presidncia da Repblica o poder de legislar por fora de Decretos-lei;

Militarizar os rgos pblicos, fixando as Foras Armadas no poder do controlo nacional;

Criar uma Cmara Corporativa para fixar as ideologias nacionais.

Assim, o tipo de Estado era uma Repblica Corporativa de forma unitria regional, incorporando as "provncias ultramarinas", ou seja, as colnias portuguesas, consagrando o ideal de Salazar de preservar o imprio portugus "do Minho a Timor".

2.9.6 - Constituio Poltica da Repblica Portuguesa de 1976

A Constituio da Repblica Portuguesa de 1976 (CRP) a atual constituio portuguesa. Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequncia das primeiras eleies gerais livres no pas em 25 de Abril de 1975, 1. aniversrio da Revoluo dos Cravos. Os seus deputados deram os trabalhos por concludos em 2 de Abril de 1976, tendo a Constituio entrado em vigor a 25 de Abril de 1976.

At ao momento, a Constituio de 1976, a mais longa constituio portuguesa que alguma vez entrou em vigor, tendo mais de 32 000 palavras (na verso atual). Estando a 34 anos em vigor e tendo recebido 7 revises constitucionais (em 1982, 1989, 1992, 1997, 2001, 2004 e 2005), a Constituio de 1976 j sofreu mais revises constitucionais do que a Carta Constitucional de 1826, a constituio portuguesa que mais tempo esteve em vigor, durante 72 anos (a qual, com cerca de 7000 palavras na verso original, recebeu somente 4 revises).

3.0 CONCLUSOA herana cultural portuguesa com certeza influenciou nosso sistema jurdico atual, entender e estudar todos esses fatos histricos, certamente no nos far resolver problemas contemporneos, porm se os conhecermos e analisarmos, e tivermos uma postura critica, com toda certeza sero extremamente teis para a compreenso dos problemas existentes atualmente.4.0 - REFERNCIASCASTRO, Flavia Lages de. Histria do Direito Geral e do Brasil.10 Ed. Lumens Juris,2013.CAETANO, Marcello. Histria do Direito Portugus. 1981.www.pedroramonhistotia.blog...

www.historiabruno.blogsport.com.br/20...http://historiadodireito-ucb.blogspot.com.br/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Portugalfaculdade de cincias aplicadas de cascavel

curso de direito

Amanda

AS LEIS PORTUGUESAS

Cascavel - PR

2015

AMANDA BECKER SCHVAN

ANA PAULA ALVES

ANDRESSA BARONI

ANNE C. MORAIS

JHASSON bruno pinheiro

LUANA COLLA THISEN

VALTER VILKI DOS SANTOS JR

AS LEIS PORTUGUESAS

Trabalho apresentado Faculdade de Cincias Socias Aplicadas de Cascavel - UNIVEL, como requisito parcial para a obteno de mdia bimestral na disciplina de Histria do Direito.

Profa. Mayara Alice Souza Pegorer

Cascavel

2015

Os Juzes Ordinrios: no eram bacharis em direito, eram eleitos pelos homens nobres da Cmara Municipal.

Os Juzes de Fora: estes eram bacharis em direito, nomeados pelo rei, podiam substituir os juzes ordinrios.

Os Juzes de rfos: possuam competncia para causas referentes a menores, inventrios e tutoriais.

Os Juzes de Vintena: eram os juzes de paz nas localidades com at vinte famlias.

Os Almotacis: tinham como funo a apreciao de litgios sobre servido urbana e crimes praticados por funcionrios corruptos.

Os Juzes de Sesmaria: estes julgavam questes que envolvia terras.

Os Juzes Alvazis dos Avenais e dos Judeus: Tratavam de questes entre funcionrios rgios e entre judeus.

MAGISTRADOS

SINGULARES

Desembargo do Pao: O objetivo era apreciar questes cveis relativas liberdade do indivduo.

Conselho da Fazenda: A funo era solucionar litgios acerca da arrecadao de tributos.

Mesa da Conscincia e Ordem: Responsvel pela apreciao dos recursos dos demais juzes.

OS TRIBUNAIS COLEGIADOS DE 2 GRAU

Rei: Mais alto cargo da Justia, seu papel era a distribuio dos trabalhadores e dos dias de trabalho.

O Juiz de Feitos: Realizava as audincias nos tribunais de relao ou nas mesas de Conscincia.

O Corregedor da Corte: Tratava das questes de pessoas menos favorecidas, tambm examinava as contas dos Concelhos, Albergarias, Juzes de fora, etc.

Os ouvidores: Responsveis pelo conhecimento de todos os feitos penais que estivessem em apelao. Tambm era atribudo questes administrativas para a conduo de servios forenses.

OS TRIBUNAIS COLEGIADOS DE 3 GRAU

FONTE: http://www.estig.ipbeja.pt/~ac_direito/AndreAndre.pdf Acesso em 29/05/15

FONTE: http://www.estig.ipbeja.pt/~ac_direito/AndreAndre.pdf Acesso em 29/05/15

adj. e s.m. Entre os romanos, denominao dada aos berberes independentes. (Na Idade Mdia e no Renascimento, o termo tornou-se extensivo aos sarracenos que conquistaram a Espanha e Portugal.) FONTE: http://www.dicio.com.br/mouro/ Acesso em 30/05/15

FONTE: http://www.estig.ipbeja.pt/~ac_direito/AndreAndre.pdf Acesso em 29/05/15