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UNIVERSIDADE FUMECFACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA-FEA
ARQUITETURA E URBANISMO.
UNITÉ D’HABITACION LE CORBUSIER
Alunos:
Anna Paula P
Frederico Leone
Gislene Lopes
Luciana Soares
Luiza Assad
Professor Orientador: Alejandro Fernandez
Belo Horizonte
Agosto-2011
Anna Paula, Federico Leone, Gislene Lopes, Luciana Soares e Luiza Assad
UNITÉ D’HABITACION LE CORBUSIER
Trabalho de Historia e teoria da arquitetura IV apresentado a faculdade FUMEC, como requisito para II avaliação.
Belo Horizonte
Agosto-2011
II TRABALHO DA DISCIPLINA: HISTORIA E TEORIA DA ARQUITETURA IVCURSO: ARQUITETURA E URBANISMO
DATA: 27-11-2011TITULO: UNITÉ D’HABITACION LE CORBUSIER
ALUNOS:
ANNA PAULA PENA
FREDERICO LEONE
GISLENE LOPES
LUCIANA SOARES
LUIZA ASSAD
Professor Alejandro Fernandez.
RESUMO
O Unités d'Habitation foi projetado pelo arquiteto urbanista Le Corbusier, na
cidade Francesa Marselha em 1947 e 1953. O projeto traduz os elementos
fundamentais da arquitetura moderna expostos anteriormente pelo arquiteto: está
construída sobre pilotis, possui planta livre da estrutura, terraço-jardim (contendo
creche, solário e piscinas na cobertura), fachada livre, e é essencialmente
horizontalizada. Neste projeto Le Corbusier aplica seus estudos sobre as proporções
humanas: utiliza pela primeira vez o Modulor (um sistema de relações métricas
baseados na distância dos membros do corpo humano de um indivíduo "universal"),
estabelecendo todas as medidas importantes de projeto como múltiplos das medidas
estabelecidas pelo Modulor.
Palavras Chave: Unité d’Habitacion, Le Corbusier, Marselha, Pilotis, Planta
Livre, Terraço jardim.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Unité D’Habitacion, Marselha-França 9
Figura 2- Cobertura Unité D’habitacion, Marselha-França 10
Figura 3- El Pilotis Unité D’Habitacion, Marselha- França 10
Figura 4- Duplex, Unité D’Habitacion, Maeselha-França 11
Figura 5- Duplex, Unité D’Habitacion, Maeselha-França 12
Figura 6- Unité D’Habitacion, Marselha-França 12
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO _______________________________________________ 7
2-UNITÉ D’HABITACION _______________________________________ 8
3-CONFORTO AMBIENTAL _____________________________________11
4-CONCLUSÃO _________________________________________________13
5-REFERENCIAS _______________________________________________14
71-INTRODUÇÃO
As Unités d'Habitation são grandes edifícios modulares projetados pelo
arquiteto Le Corbusier após a II Guerra Mundial, originados de um programa de
reconstrução do governo francês. A primeira unidade implantada, e a mais famosa
delas, foi a da cidade de Marselha, na França, elaborado entre 1947 e 1953. O
projeto também ficou conhecido pelo termo Cité radieuse (cidade radiosa), visto que
procurava recuperar em um edificio monumental a dinnâmica da vida urbana.
O termo significa literalmente unidade de habitação, mas o projeto é
reconhecido internacionalmente pelo termo em francês. O conceito de unidade de
habitação foi adaptado posteriormente em diversos outros projetos de caráter
modernista por arquitetos em todo o mundo. Por esse motivo, o projeto original
costuma ser referido pelo nome original.
A Unité apresentou ao mundo concreto cru com sua textura definido pela
tábuas de madeira moldando-lo quando ele foi derramado. Este protótipo
inconsciente para o Novo Brutalismo a seguir veio da necessidade: não só estava lá
de aço insuficiente no pós-guerra na França para uma construção de aço, mas não
havia mão de obra qualificada suficiente para a construção, consistente preciso. Le
Corbusier fez uma virtude dessa necessidade:
“Eu decidi fazer a beleza por contraste. Eu vou encontrar o seu complemento
e estabelecer um jogo entre crueza e fineza, entre os estúpidos e intensos, entre
precisão e acidente. Vou fazer as pessoas pensar e refletir, esta é a razão para a
violência, policromia, clamorosa triunfante das fachadas.”
92- UNITÉ D’HABITACION
O edifício configura-se em geral como lâmina com mais de 100 m de comprimento
e por volta de 30 m de largura, englobando por volta de 15 pavimentos e 55 m de altura e
possui 337 apartamentos (ou "células"), suportanto até 1600 pessoas.
O projeto traduz os elementos fundamentais da arquitetura moderna expostos
anteriormente por Le Corbusier: está construída sobre pilotis, possui planta livre da
estrutura, terraço-jardim (contendo creche, solário e piscinas na cobertura), fachada livre,
e é essencialmente horizontalizada. Neste projeto ,o arquiteto, Le Corbusier aplica seus
estudos sobre as proporções humanas: utiliza pela primeira vez o Modulor (um sistema de
relações métricas baseados na distância dos membros do corpo humano de um indivíduo
"universal"), estabelecendo todas as medidas importantes de projeto como múltiplos das
medidas estabelecidas .
A cada certa quantidade de andares, foram previstas "ruas aéreas": corredores nos
quais estavam previstos estabelecimentos comerciais. Esta determinação tem a ver com
a idéia de um cidade utópica na qual a Natureza está preservada e as necessidades
tradicionais das cidades estão concentradas em alguns poucos edifícios. O terceiro e
quarto pavimentos do edifício de Marselha, por exemplo, estão ocupados por um hotel
com restaurante, uma livraria e escritórios, enquanto o terraço comporta um ginásio
esportivo e academia de ginástica, escola infantil e creche - em funcionamento ainda hoje.
A concepção estética do edifício repousa em um ideário rigidamente moderno:
modularizado, retilíneo, racional. Chega inclusive a se utilizar da combinação neoplástica
de cores na fachada (vermelho, amarelo e azul, as cores primárias). O edifício é
construído em concreto armado aparente e tem na modulação e pre-fabricação dos seus
elementos construtivos o ideal estético da máquina de morar, onde a repetição dos
elementos-base em séries coordenada com a variação das séries são responsáveis pelo
arranjo plástico da fachada. Tal como preconizado pela máxima "a forma segue a função",
as cores, materiais e dimensões dos elementos utilizados seguem sua função diretamente
e é o arranjo sensível destas funções que consegue compor a beleza bruta da fachada da
unidade.
Devido à independência da estrutura do edifício com relação a cada uma das
células, Le Corbusier dizia que os apartamentos foram colocados na Unité como "garrafas
de vinho em uma adega".
10
Encarando as células como máquinas de morar, o arquiteto junto com Charlotte
Perriand projetam todos os elementos constitutivos da unidade de Marselha.
Os móveis e os equipamentos para a cozinha, os móveis da sala, as esquadrias e
todos os seus elementos sugerem um ideal de habitação racional, eficiente, desimpedido
e livre. Mesmo sendo mínimas em suas dimensões pelo trabalho minucioso deste
mobiliário as células podem ser ocupadas confortavelmente, mostrando o
comprometimento com um ideal de vida novo para a época em todas as escalas, da
urbana a doméstica.
Figura 1- Unité D’Habitacion, Marselha-FrançaFonte Galinsky 1998-2001
11
Figura 2- Cobertura Unité D’habitacion, Marselha-FrançaFonte Galinsky 1998-2001.
Figura 3- Pilotis Unité D’Habitacion, Marselha- FrançaFonte The architecture influenced in design, de Tolman Breezeway.
123- CONFORTO AMBIENTAL
A Unité d'Habitation foi o primeiro grande projeto de Le Corbusier no qual o
arquiteto aplica uma série de estudos a respeito de insolação e ventilação. Todos os
apartamentos são dúplex, possuem aberturas nas duas faces do edifício, possibilitando
a configuração de zonas de permanência diária e noturna. O estudo da incidência dos
raios solares ao longo do dia permitiu que Le Corbusier projetasse dispositivos de controle
térmico e de iluminação os brise-soleils ou quebra-sóis.
O fato de cada apartamento possuir uma abertura em cada uma das fachadas
permite a existência do efeito-chaminé e da ventilação cruzada, promovendo constante
renovação do ar e sua adequação à temperatura interna sem a necessidade de
equipamentos de condicionamento do ar ou da temperatura.
A orientação do edifício estritamente no eixo norte-sul ,com as suas faces voltadas
para o poente e nascente, remete a um ideal de habitação ligada aos ritmos do dia de
modo que os habitantes das unidades não fossem, de maneira alguma, alienados da
natureza. Pode-se dizer que, pelo contrário, os ideais de Le Corbusier tencionavam
reconectar o homem à natureza.
Como muitos dos paradigmas estabelecidos Por Le corbusier, o condicionamento
ambiental da unidade ainda é utilizado repetidamente hoje, mesmo que de maneira
deturpada e errónea em muitos casos.
Figura 4- Duplex, Unité D’Habitacion, Maeselha-FrançaFonte Archinect discussion Forum
13
Figura 5- Duplex, Unité D’Habitacion, Maeselha-FrançaFonte Archinect discussion Forum
Figura 6- Unité D’Habitacion, Marselha-FrançaFonte Flickriver, Esmuz Outubro de 2007.
14
4- CONCLUSÃO
A Unité foi muito copiado, e pode ser notado nas superquadras projetadas nas
grandes brasileiras. Devido ao resultado do projeto como um todo, ele foi considerado um
experimento importante na definição do urbanismo moderno, constituindo um exemplo do
que poderia vir a ser a unidade de vizinhança, em uma cidade planejada apenas com
edifícios deste tipo.
155-REFERÊNCIAS
.- TAWNEY, R.H. Le Corbusier, Planejamento urbano. São Paulo:Perspectiva,
2004.
- LE CORBUSIER, Unité d’Habitacion de Marseille, edição do autor; 1956
- SEQUEIRA, Marta, A concepção da cobertura da Unité d’habitation de Marselha: três invariáveis, in Massilia: 2005