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Maceió2014
LEONE GOMES DE LIMA JUNIOR
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS
GESTÃO INDUSTRIAL
Maceió2014
GESTÃO INDUSTRIAL
Trabalho apresentado à Universidade Norte do
Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para
obtenção de aprovação interdisciplinar no curso
de CIÊNCIAS CONTÁBEIS, na UNOPAR –
União Norte do Paraná de Ensino Ltda.
LEONE GOMES DE LIMA JUNIOR
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3
2 GESTÃO INDUSTRIAL........................................................................................4
2.1 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS ..............................................4
2.1.1 Sistemas de custeio .............................................................................6
2.1.2 Sistema de custeio histórico ................................................................6
2.1.3 Sistema de custeio predeterminado ....................................................7
2.2 MÉTODOS DE CUSTEIO..............................................................................9
2.2.1 Custeio Variável.....................................................................................9
2.2.2 Custeio por Absorção..........................................................................10
2.3 CUSTOS DIRETOS, INDIRETOS, VARIÁVEIS E FIXOS ..........................10
2.3.1 Custos diretos ....................................................................................10
2.3.1.1 Apropriação dos custos diretos ..............................................11
2.3.2 Custos indiretos .................................................................................11
2.3.3 Custos fixos .......................................................................................12
2.3.4 Custos variáveis .................................................................................13
2.4 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO............................................5
2.4.1 O que são....................................................................................................5
2.4.2 Exemplos.....................................................................................................6
2.5 CUSTEIO ABC: POSSIBILIDADES DE UTILIZAÇÃO PARA FINS FISCAIS6
2.6 PONTO DE EQUILÍBRIO..............................................................................6
2.7 A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO INTEGRADO NA
EMPRESA................................................................................................................6
2.8 A APLICABILIDADE DA CONTABILIDADE GERENCIAL DENTRO DA
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL............................................................................7
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................9
REFERÊNCIAS.......................................................................................10
1 INTRODUÇÃO
A empresa INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SORVETES LEC LTDA., que
produz e comercializa diretamente ao comércio varejista, sorvetes, nos sabores:
chocolate e morango; contratou a empresa de consultoria Leone e Associados a fim
de auxiliá-los na análise da formação do preço de custo de produção e preço de
venda do produto “sorvetes”.
Tendo em vista que a indústria passa por dificuldades em termos de gestão
empresarial serão dados alguns esclarecimentos ao Sr. Amadeu Soares da Silva –
sócio administrador e aos demais dirigentes a respeito de gestão industrial através
de informações conceituais e teóricas.
3
2 GESTÃO INDUSTRIAL
A gestão industrial diz respeito principalmente à contabilidade de custos tendo
em vista que a atividade básica de uma indústria é a transformação das matérias
primas com aplicação de mão de obra juntamente com o uso de máquinas e
equipamentos onde em cada uma dessas atividades são gerados os custos que
deverão compor o preço do produto.
2.1 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS
O sistema de acumulação de custos corresponde ao ambiente básico no qual
operam os sistemas e as modalidades de custeio.
Assim, antes de decidir quanto ao sistema ou à modalidade de custeio a ser
adotada, a empresa deverá escolher o seu sistema de acumulação de
custos, orientando-se, estritamente, pelo sistema produtivo da empresa.
Existem dois sistemas básicos de produção - o sistema de produção por
encomenda e o sistema de produção contínua.
SISTEMA DE PRODUÇÃO POR ENCOMENDA: caracteriza-se pela fabricação
descontínua de produtos não padronizados;
SISTEMA DE PRODUÇÃO CONTÍNUA: caracteriza-se pela fabricação em série de
produtos padronizados.
Consistentemente com os dois sistemas produtivos existem também dois
sistemas básicos de acumulação de custos:
1. sistema de acumulação por ordem ou encomenda;
2. sistema de acumulação por processo.
Adotará o sistema de acumulação de custos por ordem ou encomenda a
empresa cujo sistema produtivo for predominantemente descontínuo,
produzindo bens ou serviços não padronizados e, geralmente, sob encomenda
específica dos seus clientes.
4
Por outro lado, a empresa que produz, em série, bens ou serviços
padronizados deverá adotar o sistema de acumulação de custos por processo.
1.1 Sistema de acumulação de custos por ordem de produção
Este é o sistema no qual cada elemento do custo é acumulado segundo
ordens específicas de produção referentes a um determinado produto ou lote
de produtos. As ordens de produção são emitidas para o início da execução da
atividade produtiva e nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que seja
devidamente precedido pela emissão da correspondente ordem de produção.
Os termos "ordem de fabricação", "ordem de serviço" ou "ordem de trabalho"
são sinônimos de "ordem de produção".
A condição indispensável para o adequado custeamento de uma ordem de
produção é a sua contínua identificação com uma determinada produção em
particular.
O sistema de ordem de produção é o mais apropriado para o custeio de
produtos por encomenda, sendo pouco usado nas indústrias de produção em série.
Nestas indústrias, a sua utilização restringe-se, normalmente, ao controle de
construções e às atividades de manutenção.
Esse sistema apresenta, como não poderia deixar de ser, algumas
desvantagens. Dentre elas, destacamos:
* custo administrativo elevado - o sistema exige considerável trabalho
burocrático para o registro das informações minuciosas requeridas no
adequado preenchimento das ordens de produção;
* controles permanentes são necessários para assegurar a correção dos
dados de material e de mão-de-obra direta apropriados a cada ordem de produção;
* quando um embarque parcial é efetuado antes do encerramento da
respectiva ordem de produção, faz-se necessária a utilização de estimativas para
determinação do custo de vendas dos produtos enviados ao cliente.
5
1.2 Sistema de acumulação de custos por processo
O sistema de acumulação por processo é usado, invariavelmente, na
contabilização dos custos de uma produção em massa. Normalmente, nesse
sistema produtivo, todos os produtos são fabricados para estoque;uma unidade de
produção é idêntica a outra, os produtos são movimentados no processo de
produção continuamente, e todos os procedimentos de fábrica são
predominantemente padronizados.
As seguintes características desse sistema podem ser destacadas:
* os custos, diretos ou indiretos, são acumulados nas contas de custos
durante um determinado período, sendo reclassificados por departamento ou
processo no fim desse período;
* nos casos em que os produtos são processados em mais de um
departamento, os custos correspondentes são transferidos para o departamento
seguinte, de forma que o custo total vai sendo acumulado até que o produto esteja
terminado;
* a produção, em termos de quantidade (quilos, toneladas, unidades etc.), é
registrada diária ou semanalmente, sendo preparado, no fim do mês, um
demonstrativo dos resultados finais;
* o custo total de cada processo é dividido pelo total da produção, obtendo-se
um custo médio por unidade para o período.
2.1.1 Sistemas de custeio
Uma vez definido o sistema de acumulação de custos a ser utilizado pela
empresa, passa-se à escolha do sistema de custeio a ser adotado.
Essa escolha já não depende do sistema produtivo da empresa e sim,
principalmente, do tipo de informação e de controle que a gerência pretende obter a
partir do sistema de custeio a ser implantado.
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Os sistemas de custeio diferenciam-se entre si pela natureza dos dados
contábeis utilizados - históricos ou predeterminados.
Assim, são dois os sistemas de custeio:
I - sistema de custeio baseado em dados reais, atuais ou históricos; e
II - sistema de custeio baseado em dados estimados ou predeterminados.
2.1.2 Sistema de custeio histórico
O sistema de custeio baseado em custos históricos ou atuais pode ser
definido como um sistema no qual os custos são registrados tais como ocorrem.
Em conseqüência disso, nesse sistema, os custos só são determinados após o
término da fabricação do produto ou da prestação do serviço da empresa.
Sob esse sistema, o produto é debitado pelo custo atual do material usado, da
mão-de-obra aplicada e por uma estimativa dos gastos gerais de fabricação.
Dessa forma, o sistema de custo atual ou histórico contém, no que respeita
aos gastos gerais de fabricação, um elemento do custo predeterminado.
Obviamente, o sistema baseado em custos históricos pode ser usado tanto
em um ambiente de acumulação de custos por ordem de produção como em um
ambiente de acumulação de custos por processo de fabricação em série.
De um modo geral, as seguintes limitações afetam a utilização do custo
histórico:
* o custo histórico pode não ser um custo típico, podendo, mesmo, em alguns
casos, ser qualificado como um custo acidental;
* devido ao prazo requerido para apuração dos custos históricos e para
elaboração dos demonstrativos neles baseados, a sua eficácia gerencial é
muito limitada;
7
* sob um sistema exclusivo de custo histórico, não existe medida de
comparação para julgamento imediato do desempenho da empresa. A gerência
fica sabendo, apenas, se o custo mais recentemente apurado foi maior ou menor do
que aquele verificado em período anterior, mas não disporá de elementos
de comparação para poder determinar as operações, os fatores de produção ou as
causas das variações constatadas.
2.1.3 Sistema de custeio predeterminado
Como o próprio nome indica, custos predeterminados são custos
estabelecidos com antecedência sobre as operações de produção. Assim, em um
sistema de custeio baseado em custos predeterminados, tanto o material como a
mão-de-obra e os gastos gerais de fabricação são contabilizados com base
em preços, usos e volumes previstos.
Os custos predeterminados são usados quando a gerência está interessada,
primeiramente, em conhecer quais deveriam ser os seus custos, para
depois compará-los com os custos reais.
Dentro do sistema de custos predeterminados, contas de variações são
usadas para contabilização das diferenças (a mais ou a menos), resultantes
da comparação entre o custo realmente incorrido e o respectivo custo
predeterminado.
Os custos predeterminados podem ser estimados com base na "melhor
informação disponível no momento" da sua fixação, ou podem ser
"padrões" resultantes de um meticuloso estudo de engenharia.
Os custos predeterminados, sejam estimados ou padrões, apresentam as
seguintes principais vantagens e desvantagens:
* tornam possível a aplicação do chamado princípio de exceção, que significa
que a gerência passa a centralizar a sua atenção nos casos de
variações significativas (para mais ou para menos) entre custos predeterminados e
custos reais;
8
* são importantes como incentivos aos trabalhadores, supervisores e
executivos que passam a contar com um padrão de medida do seu desempenho;
(inclusive, por exemplo, para avaliação objetiva de resultados em Plano de
Participação nos Resultados da Empresa - Lei 10.101/2000).
* permitem uma melhor formulação das políticas de preço e de produção da
empresa;
* são medidas unitárias estáveis, das quais a administração pode servir-se
para medir a eficiência das operações durante diferentes períodos de tempo;
* a principal desvantagem dos custos predeterminados refere-se ao trabalho e
ao tempo requeridos para sua definição, notadamente quando se tratar da fixação
de padrões.
2.2 MÉTODOS DE CUSTEIO
Os métodos de custeio determinam os valores que compõem os custos.
Podem ser classificados como tradicionais e contemporâneos. Os tradicionais se
aplicam principalmente onde os custos diretos sejam predominantes e são baseados
principalmente no volume de produção.
De uma forma simplificada podemos dizer que o custo é incluído no valor do
produto enquanto que as despesas vão para o resultado.
2.2.1 Custeio Variável
O Método de Custeio Direto, ou Variável, atribui para cada custo uma
classificação específica, na forma de custos fixos ou custos variáveis. O custo final
do produto (ou serviço) será a soma do custo variável, dividido pela produção
correspondente, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do
exercício. Gerencialmente, é um método muito utilizado, mas, por sua restrição fiscal
e legal, sua utilização implica na exigência de 2 sistemas de custos:
1. O sistema de custo contábil (absorção ou integral) e
9
2. Uma sistemática de apuração paralela, segregando-se custos fixos e
variáveis.
2.2.2 Custeio por Absorção
Custeio por Absorção (também chamado “custeio integral”) é o método
derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Consiste na
apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo
uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro
do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são
distribuídos para todos os produtos feitos.
A aquisição de bens de consumo eventual cujo valor não exceda a 5% do
custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior poderá ser
registrada diretamente como custo (RIR/1999, art. 290, parágrafo único).
2.3 CUSTOS DIRETOS, INDIRETOS, VARIÁVEIS E FIXOS
2.3.1 Custos diretos
É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de
obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente
a cada tipo de bem ou função de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou
identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento.
Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado.
Ou ainda, são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos.
Exemplos de custos diretos:
- Matérias-primas usadas na fabricação do produto
- Mão-de-obra direta
- Serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços.
10
Os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de
maneira objetiva. Os custos são qualificados aos portadores finais (produtos),
individualmente considerados.
Os CUSTOS DIRETOS constituem todos aqueles elementos de custos
individualizáveis com respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam
imediatamente com a produção dos mesmos, mantendo uma correspondência
proporcional. Um mero ato de medição é necessário para determinar estes custos.
2.3.1.1 Apropriação dos custos diretos
Para conhecer o consumo de materiais, basta a empresa manter um sistema
de requisições, de modo a saber sempre para qual produto foi utilizado o material
retirado do Almoxarifado.
Para conhecer o consumo de mão-de-obra direta, é preciso, que a empresa
mantenha um sistema de apontamentos, por meio do qual se verifica quais os
operários que trabalham em cada produto (ou serviço) no período (dia, semana,
mês) e por quanto tempo (minutos, horas).
Nas empresas de serviços, normalmente se faz o acompanhamento da ordem
de serviço, anotando os custos alocados diretamente (mão de obra, materiais
aplicados e serviços subcontratados).
2.3.2 Custos indiretos
Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem
ou função de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são
apropriados aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados
e vinculados a causas correlatas, como mão-de-obra indireta, rateada por
horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em
horas/máquinas utilizadas, etc.
Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de
critérios de rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se
11
possa separar a parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Ou
ainda, pode ser entendido, como aquele custo que não pode ser atribuído (ou
identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou
departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição
ao objeto custeado.
São aqueles que apenas mediante aproximação podem ser atribuídos aos
produtos por algum critério de rateio.
Exemplos:
1. Mão-de-obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares
nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum
produto ou serviço executado, como a mão de obra de supervisores, controle de
qualidade, etc.
2. Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de
produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas e
lubrificantes, lixas etc.
3. Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do setor
fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de
equipamentos, etc.
2.3.3 Custos fixos
Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de
aumento ou diminuição da produção. Independem, portanto, do nível de atividade,
conhecidos também como custo de estrutura.
Exemplos:
Limpeza e Conservação
Aluguéis de Equipamentos e Instalações
Salários da Administração
Segurança e Vigilância
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Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já
estão com seus valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos.
2.3.4 Custos variáveis
Classificamos como custos variáveis aqueles que variam proporcionalmente
de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem
diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado
período.
Exemplos:
Matérias-Primas
Comissões de Vendas
Insumos produtivos (Água, Energia)
2.3.4.1 Apropriação dos Custos Fixos e Variáveis
No sistema de custo variável o custo final do produto (ou serviço) será a soma do
custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos
considerados diretamente no resultado do exercício. Neste sistema a geração de
riqueza está na venda e não na produção.
Vale lembrar que este sistema de custos não é permitido pela legislação fiscal, e
serve somente para fins gerenciais. O custo de absorção é o utilizado legalmente
conforme o Decreto 3.000/99. Neste método todos os gastos relativos ao esforço de
fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos, pouco importando se estes
são fixos ou variáveis. Desta forma os produtos acabam absorvendo os custos, o
que gerou o nome deste método (custo por absorção).
Vantagens do Custeio Variável
13
Mesmo não sendo aceito pela legislação fiscal, o custeio variável apresente
vantagens sobre as demais. Podemos destacar as seguintes:
- Apresenta o Resultado Operacional em função das vendas
- Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já
que esses são deduzidos diretamente do resultado.
- Torna evidente a Margem de Contribuição de cada produto, muito utilizada no
processo decisório.
2.3.5 PRODUTOS EM PROCESSO
Produtos em processo ou produção em andamento: são aqueles produtos
cuja fabricação foi iniciada no mês, mas que ainda não foi concluída até o último dia
do mês. O estoque de produtos em processo é avaliado pela soma dos materiais,
mão-de-obra e outros custos de produção incorridos até a fase de produção em que
se encontram.
2.3.6 PRODUTOS PRONTOS
Os produtos prontos ou produtos acabados compreendem os produtos já
terminados, mas ainda não vendidos. Como na maioria das empresas industriais, a
produção corre antes da venda, o nível de produtos acabados é determinado pelas
projeções de vendas, pela capacidade de produção e pelo nível de investimentos
requeridos em produtos acabados.
2.4 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
Muitas empresas não conhecem o seu preço de venda mais adequado, por
isso a necessidade de se abordar esse assunto (Formação do preço de venda) nos
setores administrativos dessas empresas. Uma vez estando esse tema dentro da
empresa, começar-se-á a criar um interesse maior na utilização dessa ferramenta,
pois ela poderá beneficiar a empresa, visto que com um preço adequado, a empresa
saberá se está atingindo metas de margem de lucro, cobrindo os custos e despesas
na produção ou no exercício da atividade fim.14
2.3.1 Formação do preço de venda com base nos custos
A partir do conhecimento do preço de venda adequado, baseado nos
custos, a organização pode definir suas metas, visando o retorno financeiro
almejado pelos acionistas. Utilizando os métodos de custeio, pode-se
identificar qual o produto ou serviço que traz maior retorno e menor custo.
Esses métodos servem como ferramenta auxiliar no processo de tomada de
decisão, tanto de investimentos ou aumento de produtividade, buscando
adequação e fortalecimento no mercado. A adoção de qual método aplicar
varia de acordo com a necessidade da organização, visto que todos
apresentam vantagens e desvantagens na aplicação.
2.3.2 Formação do preço de venda com base no mercado
Para as empresas obterem vantagens competitivas, nem sempre
formar preços com base na margem de lucro esperada e dos custos e
despesas envolvidas no processo produtivo dos bens ou consecução dos
serviços são suficientes. Além dessas informações, a formação do preço de
venda envolve o ambiente e mercado onde a organização está inserida.
Formar preços baseados no mercado direciona a necessidade das
empresas em obterem conhecimentos sobre seus concorrentes, estratégias
de marketing adotadas, elasticidade da demanda dos produtos ou serviços,
bem como a média de preço de determinado bem junto ao ambiente externo
(tudo que ocorre fora da empresa).
2.4 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO
2.4.1 O que são
Em uma indústria existem produtos em diversas fases de produção.
São os produtos acabados e em elaboração. Uns em início, outros em
meados e outros quase acabados. Dessa forma é necessário que se consiga
15
atribuir valores aos diversos produtos nas diversas fases de elaboração a fim
de que se possa avaliar o estoque. Assim, atribuindo-se um percentual de
acabamento para o produto pode-se avaliar o seu custo.
2.4.2 Exemplos
Podemos citar como exemplo, termos 2.000 unidades que estão 50%
acabadas, ou seja, temos o equivalente a:
1.000 unidades acabadas pois 2.000 X 50 % = 1.000 unidades.
Caso tivéssemos 1.000 unidades com 50% acabada; 2.000 unidades com
20% acabadas, teríamos o equivalente a:
1.000 X 50 % = 500 unidades mais
2.000 X 20 % = 400 unidades = 900 unidades acabadas.
2.5 IMPOSTOS SOBRE VENDAS
No Brasil vemos as dificuldades que os empresários enfrentam com os altos
impostos, mudanças constantes de regras e burocracia.
Mas essas dificuldades não podem ser uma desculpa para o fracasso do negócio. O
empreendedor deve considerar os custos de impostos no seu planejamento.
As vendas representam o total faturado ao cliente. Desse total, ocorrem as
deduções, que são os tributos (impostos e taxas) sobre vendas.
Os tributos que incidem sobre as vendas crescem proporcionalmente com o preço
de venda e quantidade vendida. Se e empresa não vende, não há cobrança de
impostos sobre vendas.
Ao emitir uma Nota Fiscal de venda, nela devem estar destacados os valores dos
principais tributos previstos sobre cada venda (de produtos ou prestação de
serviços), de acordo com a Lei 12.741/12 da Transparência de Impostos.
Os impostos variam de acordo com:
16
• o tipo de operação: se é uma venda, remessa, prestação de serviço, consignação,
venda para entrega futura.
• a modalidade, valor e percentual conforme o órgão do governo a que se destina
(federal, municipal e estadual),
• o regime tributário (lucro real, lucro presumido ou simples),
• a atividade da empresa (serviços, indústrias, comércio etc.),
• o tipo de produto/serviço.
É preciso também, observar o regime tributário do cliente, o qual pode implicar em
alguma mudança no tipo de tributação.
PRINCIPAIS IMPOSTOS NA VENDA
De maneira geral, são cinco os principais tributos devidos sobre as vendas:
1) ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza): imposto recolhido pelos
municípios e Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços feita
por empresas ou profissionais autônomos. Suas alíquotas variam de 2% a 5% sobre
o preço do serviço prestado. Identifique os percentuais cobrados por seu município
entrando em contato com a prefeitura de sua cidade ou através de seu contador.
2) IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): imposto federal recolhido pela
União. Sua alíquota varia de acordo com o produto.
3) ICMS (O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação): imposto de competência dos Estados e do Distrito Federal. Sua
alíquota varia de acordo com a determinação de cada estado e os tipos de
transações interestaduais. Verifique quais são os percentuais cobrados por seu
estado entrando em contato com a Secretaria da Fazenda Estadual ou com seu
contador.
17
4) PIS/Pasep (Programa de Integração Social / Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público): é uma contribuição social de ordem federal que
serve para dar segurança ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço),
financiando o pagamento do seguro-desemprego, abono salarial e participação na
receita dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados. Sua base
de cálculo é o faturamento do mês, assim entendido a receita bruta total.
5) COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade): é uma
contribuição federal que incide sobre a receita bruta mensal das empesas na venda
de bens e serviços, destinada a financiar a seguridade social, ou seja, consiste num
conjunto de políticas sociais que abrange a previdência social, a saúde e a
assistência social, cujo fim é amparar e assistir o cidadão e a sua família em
situações como a velhice, a doença e o desemprego.
Quando se tratar de uma empresa optante pelo regime de tributação Simples
Federal, a maioria dos impostos (IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS, ISS
e a Contribuição para a Seguridade Social Patronal) são convertidos em uma única
alíquota, de acordo com a faixa de faturamento e a atividade de cada
empresa. Empresas com o regime Lucro Presumido devem se atentar também à
Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL).
2.6 ANÁLISE CUSTO/VOLUME/LUCRO
A maioria dasdecisões gerenciais nas empresas deve compreender a relação
existente entre os custos, as receitas e os lucros, para que sejam tomadas do modo
mais correto possível. A análise custo/volume/lucro é uma das ferramentas da
contabilidade gerencial que objetiva gerenciar o melhor desempenho das empresas
e conduz a importantes conceitos como: margem de contribuição, ponto de equilíbrio
e margem de segurança. Segundo Wernke (2005, p. 98). Falaremos um pouco
sobre margem de contribuição e ponto de equilíbrio:
2.6.1 Margem de Contribuição
18
Martins (2001) define a margem de contribuição como a diferença
(subtração) entre a receita e o custo variável da empresa em determinado
período e quando foca a questão unitária afirma que “é o valor que cada
unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que
de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro” (MARTINS, 2001, p.
195).
Já para Padoveze (2000), a margem de contribuição representa o lucro
variável, ou seja, a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os
seus custos e despesas variáveis por unidade de produto. Assim, Padoveze
(2000) afirma que para cada unidade vendida a empresa lucrará determinado
valor e que, multiplicado pelo total vendido, tem-se a contribuição marginal
total do produto para a empresa.
2.6.2 Ponto de Equilíbrio
O ponto de equilíbrio de uma empresa pode ser definido como o nível
de suas vendas, tanto em quantidade (física), quanto em valor ($), o qual a
mesma opera lucro ou prejuízo. Sua classificação divide-se em ponto de
equilíbrio contábil, econômico e financeiro.
O ponto de equilíbrio contábil (PEC) onde o resultado das vendas é suficiente
apenas para o pagamento dos custos e despesas fixas; o ponto de equilíbrio
econômico (PEE) que inclui o custo de oportunidade, ou seja, aquilo que seria
ganho caso fosse feita uma outra aplicação e por fim; e o ponto de equilibro
financeiro (PEF) onde são levadas em consideração todas as receitas e
despesas além da remuneração do capital investido bem como a obtenção
dos lucros desejados.
2.7 A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO INTEGRADO NA
EMPRESA
A contabilidade é, por si só um sistema de informação e avaliação. A
contabilidade gerencial através de diversos sistemas, paralelamente à contabilidade
de custos, avalia essas informações valorizando tanto informações financeiras como 19
as não financeiras. A maioria dos relatórios da contabilidade gerencial contempla
principalmente as informações de natureza operacional, física e humana.
A estrutura de um sistema de informação gerencial deve levar em
consideração a operacionalidade, a integração dos dados – que deverá atingir todos
os setores da organização - e o custo da informação pois se o custo de obtenção
dessas informações for superior aos benefícios obtidos, essas deverão ser
descartadas.
20
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Teve este trabalho o objetivo, atingido - de ampliação dos
conhecimentos e enriquecimento do vocabulário do estudante de ciências contábeis
além do contato com fontes variadas de pesquisa.
Os temas foram baseados na grade curricular do quinto semestre do
curso de graduação em ciências contábeis.
21
REFERÊNCIAS
ATKINSON, A.A.; BANKER, R.D.; KAPLAN, R.S.; YOUNG, S.M. Contabilidade
Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
BERTÓ, Dalvio José; BEULKE, Rolando, Gestão de custos. São Paulo: Saraiva,
2005.
COSTA, José Manoel da. Contabilidade Industrial. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2009.
FOSTER, B.P.; BAXENDAALE, S.J. The absorption VS. direct costing debate.
Cost Management, v.22, n. 4, pp. 40-48, 2008.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
NOGUEIRA, Daniel Ramos. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2009.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. 8 ed. São Paulo: Saraiva,
2013.
TARIFA, Marcelo Resquetti; SILVA, Luiz Fernando Soares da.
ContabilidadeGerencial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
http://www.portaldecontabilidade.com.br
22