32
LEONE GOMES DE LIMA JUNIOR SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS GESTÃO INDUSTRIAL

Trabalho Individual 5º Semestre

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Trabalho Individual

Citation preview

Page 1: Trabalho Individual 5º Semestre

Maceió2014

LEONE GOMES DE LIMA JUNIOR

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS

GESTÃO INDUSTRIAL

Page 2: Trabalho Individual 5º Semestre

Maceió2014

GESTÃO INDUSTRIAL

Trabalho apresentado à Universidade Norte do

Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para

obtenção de aprovação interdisciplinar no curso

de CIÊNCIAS CONTÁBEIS, na UNOPAR –

União Norte do Paraná de Ensino Ltda.

LEONE GOMES DE LIMA JUNIOR

Page 3: Trabalho Individual 5º Semestre

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3

2 GESTÃO INDUSTRIAL........................................................................................4

2.1 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS ..............................................4

2.1.1 Sistemas de custeio .............................................................................6

2.1.2 Sistema de custeio histórico ................................................................6

2.1.3 Sistema de custeio predeterminado ....................................................7

2.2 MÉTODOS DE CUSTEIO..............................................................................9

2.2.1 Custeio Variável.....................................................................................9

2.2.2 Custeio por Absorção..........................................................................10

2.3 CUSTOS DIRETOS, INDIRETOS, VARIÁVEIS E FIXOS ..........................10

2.3.1 Custos diretos ....................................................................................10

2.3.1.1 Apropriação dos custos diretos ..............................................11

2.3.2 Custos indiretos .................................................................................11

2.3.3 Custos fixos .......................................................................................12

2.3.4 Custos variáveis .................................................................................13

2.4 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO............................................5

2.4.1 O que são....................................................................................................5

2.4.2 Exemplos.....................................................................................................6

2.5 CUSTEIO ABC: POSSIBILIDADES DE UTILIZAÇÃO PARA FINS FISCAIS6

2.6 PONTO DE EQUILÍBRIO..............................................................................6

2.7 A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO INTEGRADO NA

EMPRESA................................................................................................................6

2.8 A APLICABILIDADE DA CONTABILIDADE GERENCIAL DENTRO DA

ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL............................................................................7

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................9

REFERÊNCIAS.......................................................................................10

Page 4: Trabalho Individual 5º Semestre

1 INTRODUÇÃO

A empresa INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SORVETES LEC LTDA., que

produz e comercializa diretamente ao comércio varejista, sorvetes, nos sabores:

chocolate e morango; contratou a empresa de consultoria Leone e Associados a fim

de auxiliá-los na análise da formação do preço de custo de produção e preço de

venda do produto “sorvetes”.

Tendo em vista que a indústria passa por dificuldades em termos de gestão

empresarial serão dados alguns esclarecimentos ao Sr. Amadeu Soares da Silva –

sócio administrador e aos demais dirigentes a respeito de gestão industrial através

de informações conceituais e teóricas.

3

Page 5: Trabalho Individual 5º Semestre

2 GESTÃO INDUSTRIAL

A gestão industrial diz respeito principalmente à contabilidade de custos tendo

em vista que a atividade básica de uma indústria é a transformação das matérias

primas com aplicação de mão de obra juntamente com o uso de máquinas e

equipamentos onde em cada uma dessas atividades são gerados os custos que

deverão compor o preço do produto.

2.1 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS

O sistema de acumulação de custos corresponde ao ambiente básico no qual

operam os sistemas e as modalidades de custeio.

Assim, antes de decidir quanto ao sistema ou à modalidade de custeio a ser

adotada, a empresa deverá escolher o seu sistema de acumulação de

custos, orientando-se, estritamente, pelo sistema produtivo da empresa.

Existem dois sistemas básicos de produção - o sistema de produção por

encomenda e o sistema de produção contínua.

SISTEMA DE PRODUÇÃO POR ENCOMENDA: caracteriza-se pela fabricação

descontínua de produtos não padronizados;

SISTEMA DE PRODUÇÃO CONTÍNUA: caracteriza-se pela fabricação em série de

produtos padronizados.

Consistentemente com os dois sistemas produtivos existem também dois

sistemas básicos de acumulação de custos:

1. sistema de acumulação por ordem ou encomenda;

2. sistema de acumulação por processo.

Adotará o sistema de acumulação de custos por ordem ou encomenda a

empresa cujo sistema produtivo for predominantemente descontínuo,

produzindo bens ou serviços não padronizados e, geralmente, sob encomenda

específica dos seus clientes.

4

Page 6: Trabalho Individual 5º Semestre

Por outro lado, a empresa que produz, em série, bens ou serviços

padronizados deverá adotar o sistema de acumulação de custos por processo.

1.1 Sistema de acumulação de custos por ordem de produção

Este é o sistema no qual cada elemento do custo é acumulado segundo

ordens específicas de produção referentes a um determinado produto ou lote

de produtos. As ordens de produção são emitidas para o início da execução da

atividade produtiva e nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que seja

devidamente precedido pela emissão da correspondente ordem de produção.

Os termos "ordem de fabricação", "ordem de serviço" ou "ordem de trabalho"

são sinônimos de "ordem de produção".

A condição indispensável para o adequado custeamento de uma ordem de

produção é a sua contínua identificação com uma determinada produção em

particular.

O sistema de ordem de produção é o mais apropriado para o custeio de

produtos por encomenda, sendo pouco usado nas indústrias de produção em série.

Nestas indústrias, a sua utilização restringe-se, normalmente, ao controle de

construções e às atividades de manutenção.

Esse sistema apresenta, como não poderia deixar de ser, algumas

desvantagens. Dentre elas, destacamos:

* custo administrativo elevado - o sistema exige considerável trabalho

burocrático para o registro das informações minuciosas requeridas no

adequado preenchimento das ordens de produção;

* controles permanentes são necessários para assegurar a correção dos

dados de material e de mão-de-obra direta apropriados a cada ordem de produção;

* quando um embarque parcial é efetuado antes do encerramento da

respectiva ordem de produção, faz-se necessária a utilização de estimativas para

determinação do custo de vendas dos produtos enviados ao cliente.

5

Page 7: Trabalho Individual 5º Semestre

1.2 Sistema de acumulação de custos por processo

O sistema de acumulação por processo é usado, invariavelmente, na

contabilização dos custos de uma produção em massa. Normalmente, nesse

sistema produtivo, todos os produtos são fabricados para estoque;uma unidade de

produção é idêntica a outra, os produtos são movimentados no processo de

produção continuamente, e todos os procedimentos de fábrica são

predominantemente padronizados.

As seguintes características desse sistema podem ser destacadas:

* os custos, diretos ou indiretos, são acumulados nas contas de custos

durante um determinado período, sendo reclassificados por departamento ou

processo no fim desse período;

* nos casos em que os produtos são processados em mais de um

departamento, os custos correspondentes são transferidos para o departamento

seguinte, de forma que o custo total vai sendo acumulado até que o produto esteja

terminado;

* a produção, em termos de quantidade (quilos, toneladas, unidades etc.), é

registrada diária ou semanalmente, sendo preparado, no fim do mês, um

demonstrativo dos resultados finais;

* o custo total de cada processo é dividido pelo total da produção, obtendo-se

um custo médio por unidade para o período.

2.1.1 Sistemas de custeio

Uma vez definido o sistema de acumulação de custos a ser utilizado pela

empresa, passa-se à escolha do sistema de custeio a ser adotado.

Essa escolha já não depende do sistema produtivo da empresa e sim,

principalmente, do tipo de informação e de controle que a gerência pretende obter a

partir do sistema de custeio a ser implantado.

6

Page 8: Trabalho Individual 5º Semestre

Os sistemas de custeio diferenciam-se entre si pela natureza dos dados

contábeis utilizados - históricos ou predeterminados.

Assim, são dois os sistemas de custeio:

I - sistema de custeio baseado em dados reais, atuais ou históricos; e

II - sistema de custeio baseado em dados estimados ou predeterminados.

2.1.2 Sistema de custeio histórico

O sistema de custeio baseado em custos históricos ou atuais pode ser

definido como um sistema no qual os custos são registrados tais como ocorrem.

Em conseqüência disso, nesse sistema, os custos só são determinados após o

término da fabricação do produto ou da prestação do serviço da empresa.

Sob esse sistema, o produto é debitado pelo custo atual do material usado, da

mão-de-obra aplicada e por uma estimativa dos gastos gerais de fabricação.

Dessa forma, o sistema de custo atual ou histórico contém, no que respeita

aos gastos gerais de fabricação, um elemento do custo predeterminado.

Obviamente, o sistema baseado em custos históricos pode ser usado tanto

em um ambiente de acumulação de custos por ordem de produção como em um

ambiente de acumulação de custos por processo de fabricação em série.

De um modo geral, as seguintes limitações afetam a utilização do custo

histórico:

* o custo histórico pode não ser um custo típico, podendo, mesmo, em alguns

casos, ser qualificado como um custo acidental;

* devido ao prazo requerido para apuração dos custos históricos e para

elaboração dos demonstrativos neles baseados, a sua eficácia gerencial é

muito limitada;

7

Page 9: Trabalho Individual 5º Semestre

* sob um sistema exclusivo de custo histórico, não existe medida de

comparação para julgamento imediato do desempenho da empresa. A gerência

fica sabendo, apenas, se o custo mais recentemente apurado foi maior ou menor do

que aquele verificado em período anterior, mas não disporá de elementos

de comparação para poder determinar as operações, os fatores de produção ou as

causas das variações constatadas.

2.1.3 Sistema de custeio predeterminado

Como o próprio nome indica, custos predeterminados são custos

estabelecidos com antecedência sobre as operações de produção. Assim, em um

sistema de custeio baseado em custos predeterminados, tanto o material como a

mão-de-obra e os gastos gerais de fabricação são contabilizados com base

em preços, usos e volumes previstos.

Os custos predeterminados são usados quando a gerência está interessada,

primeiramente, em conhecer quais deveriam ser os seus custos, para

depois compará-los com os custos reais.

Dentro do sistema de custos predeterminados, contas de variações são

usadas para contabilização das diferenças (a mais ou a menos), resultantes

da comparação entre o custo realmente incorrido e o respectivo custo

predeterminado.

Os custos predeterminados podem ser estimados com base na "melhor

informação disponível no momento" da sua fixação, ou podem ser

"padrões" resultantes de um meticuloso estudo de engenharia.

Os custos predeterminados, sejam estimados ou padrões, apresentam as

seguintes principais vantagens e desvantagens:

* tornam possível a aplicação do chamado princípio de exceção, que significa

que a gerência passa a centralizar a sua atenção nos casos de

variações significativas (para mais ou para menos) entre custos predeterminados e

custos reais;

8

Page 10: Trabalho Individual 5º Semestre

* são importantes como incentivos aos trabalhadores, supervisores e

executivos que passam a contar com um padrão de medida do seu desempenho;

(inclusive, por exemplo, para avaliação objetiva de resultados em Plano de

Participação nos Resultados da Empresa - Lei 10.101/2000).

* permitem uma melhor formulação das políticas de preço e de produção da

empresa;

* são medidas unitárias estáveis, das quais a administração pode servir-se

para medir a eficiência das operações durante diferentes períodos de tempo;

* a principal desvantagem dos custos predeterminados refere-se ao trabalho e

ao tempo requeridos para sua definição, notadamente quando se tratar da fixação

de padrões.

2.2 MÉTODOS DE CUSTEIO

Os métodos de custeio determinam os valores que compõem os custos.

Podem ser classificados como tradicionais e contemporâneos. Os tradicionais se

aplicam principalmente onde os custos diretos sejam predominantes e são baseados

principalmente no volume de produção.

De uma forma simplificada podemos dizer que o custo é incluído no valor do

produto enquanto que as despesas vão para o resultado.

2.2.1 Custeio Variável

O Método de Custeio Direto, ou Variável, atribui para cada custo uma

classificação específica, na forma de custos fixos ou custos variáveis. O custo final

do produto (ou serviço) será a soma do custo variável, dividido pela produção

correspondente, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do

exercício. Gerencialmente, é um método muito utilizado, mas, por sua restrição fiscal

e legal, sua utilização implica na exigência de 2 sistemas de custos:

1. O sistema de custo contábil (absorção ou integral) e

9

Page 11: Trabalho Individual 5º Semestre

2. Uma sistemática de apuração paralela, segregando-se custos fixos e

variáveis.

2.2.2 Custeio por Absorção

Custeio por Absorção (também chamado “custeio integral”) é o método

derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Consiste na

apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo

uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro

do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são

distribuídos para todos os produtos feitos.

A aquisição de bens de consumo eventual cujo valor não exceda a 5% do

custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior poderá ser

registrada diretamente como custo (RIR/1999, art. 290, parágrafo único).

2.3 CUSTOS DIRETOS, INDIRETOS, VARIÁVEIS E FIXOS

2.3.1 Custos diretos

É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de

obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente

a cada tipo de bem ou função de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou

identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento.

Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado.

Ou ainda, são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos.

Exemplos de custos diretos:

- Matérias-primas usadas na fabricação do produto 

- Mão-de-obra direta 

- Serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços.

10

Page 12: Trabalho Individual 5º Semestre

Os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de

maneira objetiva. Os custos são qualificados aos portadores finais (produtos),

individualmente considerados.

Os CUSTOS DIRETOS constituem todos aqueles elementos de custos

individualizáveis com respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam

imediatamente com a produção dos mesmos, mantendo uma correspondência

proporcional. Um mero ato de medição é necessário para determinar estes custos.

2.3.1.1 Apropriação dos custos diretos

Para conhecer o consumo de materiais, basta a empresa manter um sistema

de requisições, de modo a saber sempre para qual produto foi utilizado o material

retirado do Almoxarifado.

Para conhecer o consumo de mão-de-obra direta, é preciso, que a empresa

mantenha um sistema de apontamentos, por meio do qual se verifica quais os

operários que trabalham em cada produto (ou serviço) no período (dia, semana,

mês) e por quanto tempo (minutos, horas).

Nas empresas de serviços, normalmente se faz o acompanhamento da ordem

de serviço, anotando os custos alocados diretamente (mão de obra, materiais

aplicados e serviços subcontratados).

2.3.2 Custos indiretos

Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem

ou função de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são

apropriados aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados

e vinculados a causas correlatas, como mão-de-obra indireta, rateada por

horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em

horas/máquinas utilizadas, etc.

Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de

critérios de rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se

11

Page 13: Trabalho Individual 5º Semestre

possa separar a parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Ou

ainda, pode ser entendido, como aquele custo que não pode ser atribuído (ou

identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou

departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição

ao objeto custeado.

São aqueles que apenas mediante aproximação podem ser atribuídos aos

produtos por algum critério de rateio. 

Exemplos:

1. Mão-de-obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares

nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum

produto ou serviço executado, como a mão de obra de supervisores, controle de

qualidade, etc.

2. Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de

produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas e

lubrificantes, lixas etc.

3. Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do setor

fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de

equipamentos, etc.

2.3.3 Custos fixos

Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de

aumento ou diminuição da produção. Independem, portanto, do nível de atividade,

conhecidos também como custo de estrutura.

Exemplos:

Limpeza e Conservação

Aluguéis de Equipamentos e Instalações

Salários da Administração

Segurança e Vigilância

12

Page 14: Trabalho Individual 5º Semestre

Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já

estão com seus valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos.

2.3.4 Custos variáveis

Classificamos como custos variáveis aqueles que variam proporcionalmente

de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem

diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado

período.

Exemplos:

Matérias-Primas

Comissões de Vendas

Insumos produtivos (Água, Energia)

2.3.4.1 Apropriação dos Custos Fixos e Variáveis

 

No sistema de custo variável o custo final do produto (ou serviço) será a soma do

custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos

considerados diretamente no resultado do exercício. Neste sistema a geração de

riqueza está na venda e não na produção.

 

Vale lembrar que este sistema de custos não é permitido pela legislação fiscal, e

serve somente para fins gerenciais. O custo de absorção é o utilizado legalmente

conforme o Decreto 3.000/99. Neste método todos os gastos relativos ao esforço de

fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos, pouco importando se estes

são fixos ou variáveis. Desta forma os produtos acabam absorvendo os custos, o

que gerou o nome deste método (custo por absorção).

 

Vantagens do Custeio Variável

 

13

Page 15: Trabalho Individual 5º Semestre

Mesmo não sendo aceito pela legislação fiscal, o custeio variável apresente

vantagens sobre as demais. Podemos destacar as seguintes:

 

 - Apresenta o Resultado Operacional em função das vendas

 - Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já

que esses são deduzidos diretamente do resultado.

 - Torna evidente a Margem de Contribuição de cada produto, muito utilizada no

processo decisório.

2.3.5 PRODUTOS EM PROCESSO

Produtos em processo ou produção em andamento: são aqueles produtos

cuja fabricação foi iniciada no mês, mas que ainda não foi concluída até o último dia

do mês. O estoque de produtos em processo é avaliado pela soma dos materiais,

mão-de-obra e outros custos de produção incorridos até a fase de produção em que

se encontram.

2.3.6 PRODUTOS PRONTOS

Os produtos prontos ou produtos acabados compreendem os produtos já

terminados, mas ainda não vendidos. Como na maioria das empresas industriais, a

produção corre antes da venda, o nível de produtos acabados é determinado pelas

projeções de vendas, pela capacidade de produção e pelo nível de investimentos

requeridos em produtos acabados.

2.4 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

Muitas empresas não conhecem o seu preço de venda mais adequado, por

isso a necessidade de se abordar esse assunto (Formação do preço de venda) nos

setores administrativos dessas empresas. Uma vez estando esse tema dentro da

empresa, começar-se-á a criar um interesse maior na utilização dessa ferramenta,

pois ela poderá beneficiar a empresa, visto que com um preço adequado, a empresa

saberá se está atingindo metas de margem de lucro, cobrindo os custos e despesas

na produção ou no exercício da atividade fim.14

Page 16: Trabalho Individual 5º Semestre

2.3.1 Formação do preço de venda com base nos custos

A partir do conhecimento do preço de venda adequado, baseado nos

custos, a organização pode definir suas metas, visando o retorno financeiro

almejado pelos acionistas. Utilizando os métodos de custeio, pode-se

identificar qual o produto ou serviço que traz maior retorno e menor custo.

Esses métodos servem como ferramenta auxiliar no processo de tomada de

decisão, tanto de investimentos ou aumento de produtividade, buscando

adequação e fortalecimento no mercado. A adoção de qual método aplicar

varia de acordo com a necessidade da organização, visto que todos

apresentam vantagens e desvantagens na aplicação.

2.3.2 Formação do preço de venda com base no mercado

Para as empresas obterem vantagens competitivas, nem sempre

formar preços com base na margem de lucro esperada e dos custos e

despesas envolvidas no processo produtivo dos bens ou consecução dos

serviços são suficientes. Além dessas informações, a formação do preço de

venda envolve o ambiente e mercado onde a organização está inserida.

Formar preços baseados no mercado direciona a necessidade das

empresas em obterem conhecimentos sobre seus concorrentes, estratégias

de marketing adotadas, elasticidade da demanda dos produtos ou serviços,

bem como a média de preço de determinado bem junto ao ambiente externo

(tudo que ocorre fora da empresa).

2.4 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO

2.4.1 O que são

Em uma indústria existem produtos em diversas fases de produção.

São os produtos acabados e em elaboração. Uns em início, outros em

meados e outros quase acabados. Dessa forma é necessário que se consiga

15

Page 17: Trabalho Individual 5º Semestre

atribuir valores aos diversos produtos nas diversas fases de elaboração a fim

de que se possa avaliar o estoque. Assim, atribuindo-se um percentual de

acabamento para o produto pode-se avaliar o seu custo.

2.4.2 Exemplos

Podemos citar como exemplo, termos 2.000 unidades que estão 50%

acabadas, ou seja, temos o equivalente a:

1.000 unidades acabadas pois 2.000 X 50 % = 1.000 unidades.

Caso tivéssemos 1.000 unidades com 50% acabada; 2.000 unidades com

20% acabadas, teríamos o equivalente a:

1.000 X 50 % = 500 unidades mais

2.000 X 20 % = 400 unidades = 900 unidades acabadas.

2.5 IMPOSTOS SOBRE VENDAS

No Brasil vemos as dificuldades que os empresários enfrentam com os altos

impostos, mudanças constantes de regras e burocracia.

 

Mas essas dificuldades não podem ser uma desculpa para o fracasso do negócio. O

empreendedor deve considerar os custos de impostos no seu planejamento.

As vendas representam o total faturado ao cliente. Desse total, ocorrem as

deduções, que são os tributos (impostos e taxas) sobre vendas.

 

Os tributos que incidem sobre as vendas crescem proporcionalmente com o preço

de venda e quantidade vendida. Se e empresa não vende, não há cobrança de

impostos sobre vendas.

 

 Ao emitir uma Nota Fiscal de venda, nela devem estar destacados os valores dos

principais tributos previstos sobre cada venda (de produtos ou prestação de

serviços), de acordo com a Lei 12.741/12 da Transparência de Impostos.

 

Os impostos variam de acordo com:

16

Page 18: Trabalho Individual 5º Semestre

 

• o tipo de operação: se é uma venda, remessa, prestação de serviço, consignação,

venda para entrega futura.

• a modalidade, valor e percentual conforme o órgão do governo a que se destina

(federal, municipal e estadual),

• o regime tributário (lucro real, lucro presumido ou simples),

• a atividade da empresa (serviços, indústrias, comércio etc.),

• o tipo de produto/serviço.

 

É preciso também, observar o regime tributário do cliente, o qual pode implicar em

alguma mudança no tipo de tributação.

 

PRINCIPAIS IMPOSTOS NA VENDA

 

De maneira geral, são cinco os principais tributos devidos sobre as vendas:

 

1) ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza): imposto recolhido pelos

municípios e Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços feita

por empresas ou profissionais autônomos. Suas alíquotas variam de 2% a 5% sobre

o preço do serviço prestado. Identifique os percentuais cobrados por seu município

entrando em contato com a prefeitura de sua cidade ou através de seu contador.

 

2) IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): imposto federal recolhido pela

União. Sua alíquota varia de acordo com o produto.

 

3) ICMS (O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e

Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação): imposto de competência dos Estados e do Distrito Federal. Sua

alíquota varia de acordo com a determinação de cada estado e os tipos de

transações interestaduais. Verifique quais são os percentuais cobrados por seu

estado entrando em contato com a Secretaria da Fazenda Estadual ou com seu

contador.

17

Page 19: Trabalho Individual 5º Semestre

4) PIS/Pasep (Programa de Integração Social / Programa de Formação do

Patrimônio do Servidor Público): é uma contribuição social de  ordem federal que

serve para dar segurança ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço),

financiando o pagamento do seguro-desemprego, abono salarial e participação na

receita dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados. Sua base

de cálculo é o faturamento do mês, assim entendido a receita bruta total.

 

5) COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade): é uma

contribuição federal que incide sobre a receita bruta mensal das empesas na venda

de bens e serviços, destinada a financiar a seguridade social, ou seja, consiste num

conjunto de políticas sociais que abrange a previdência social, a saúde e a

assistência social, cujo fim é amparar e assistir o cidadão e a sua família em

situações como a velhice, a doença e o desemprego.

 

Quando se tratar de uma empresa optante pelo regime de tributação Simples

Federal, a maioria dos impostos (IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS, ISS

e a Contribuição para a Seguridade Social Patronal) são convertidos em uma única

alíquota, de acordo com a faixa de faturamento e a atividade de cada

empresa. Empresas com o regime Lucro Presumido devem se atentar também à

Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL).

2.6 ANÁLISE CUSTO/VOLUME/LUCRO

A maioria dasdecisões gerenciais nas empresas deve compreender a relação

existente entre os custos, as receitas e os lucros, para que sejam tomadas do modo

mais correto possível. A análise custo/volume/lucro é uma das ferramentas da

contabilidade gerencial que objetiva gerenciar o melhor desempenho das empresas

e conduz a importantes conceitos como: margem de contribuição, ponto de equilíbrio

e margem de segurança. Segundo Wernke (2005, p. 98). Falaremos um pouco

sobre margem de contribuição e ponto de equilíbrio:

2.6.1 Margem de Contribuição

18

Page 20: Trabalho Individual 5º Semestre

Martins (2001) define a margem de contribuição como a diferença

(subtração) entre a receita e o custo variável da empresa em determinado

período e quando foca a questão unitária afirma que “é o valor que cada

unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que

de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro” (MARTINS, 2001, p.

195).

Já para Padoveze (2000), a margem de contribuição representa o lucro

variável, ou seja, a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os

seus custos e despesas variáveis por unidade de produto. Assim, Padoveze

(2000) afirma que para cada unidade vendida a empresa lucrará determinado

valor e que, multiplicado pelo total vendido, tem-se a contribuição marginal

total do produto para a empresa.

2.6.2 Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio de uma empresa pode ser definido como o nível

de suas vendas, tanto em quantidade (física), quanto em valor ($), o qual a

mesma opera lucro ou prejuízo. Sua classificação divide-se em ponto de

equilíbrio contábil, econômico e financeiro.

O ponto de equilíbrio contábil (PEC) onde o resultado das vendas é suficiente

apenas para o pagamento dos custos e despesas fixas; o ponto de equilíbrio

econômico (PEE) que inclui o custo de oportunidade, ou seja, aquilo que seria

ganho caso fosse feita uma outra aplicação e por fim; e o ponto de equilibro

financeiro (PEF) onde são levadas em consideração todas as receitas e

despesas além da remuneração do capital investido bem como a obtenção

dos lucros desejados.

2.7 A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO INTEGRADO NA

EMPRESA

A contabilidade é, por si só um sistema de informação e avaliação. A

contabilidade gerencial através de diversos sistemas, paralelamente à contabilidade

de custos, avalia essas informações valorizando tanto informações financeiras como 19

Page 21: Trabalho Individual 5º Semestre

as não financeiras. A maioria dos relatórios da contabilidade gerencial contempla

principalmente as informações de natureza operacional, física e humana.

A estrutura de um sistema de informação gerencial deve levar em

consideração a operacionalidade, a integração dos dados – que deverá atingir todos

os setores da organização - e o custo da informação pois se o custo de obtenção

dessas informações for superior aos benefícios obtidos, essas deverão ser

descartadas.

20

Page 22: Trabalho Individual 5º Semestre

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Teve este trabalho o objetivo, atingido - de ampliação dos

conhecimentos e enriquecimento do vocabulário do estudante de ciências contábeis

além do contato com fontes variadas de pesquisa.

Os temas foram baseados na grade curricular do quinto semestre do

curso de graduação em ciências contábeis.

21

Page 23: Trabalho Individual 5º Semestre

REFERÊNCIAS

ATKINSON, A.A.; BANKER, R.D.; KAPLAN, R.S.; YOUNG, S.M. Contabilidade

Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.

BERTÓ, Dalvio José; BEULKE, Rolando, Gestão de custos. São Paulo: Saraiva,

2005.

COSTA, José Manoel da. Contabilidade Industrial. São Paulo: Pearson Education

do Brasil, 2009.

FOSTER, B.P.; BAXENDAALE, S.J. The absorption VS. direct costing debate.

Cost Management, v.22, n. 4, pp. 40-48, 2008.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

NOGUEIRA, Daniel Ramos. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson

Education do Brasil, 2009.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. 8 ed. São Paulo: Saraiva,

2013.

TARIFA, Marcelo Resquetti; SILVA, Luiz Fernando Soares da.

ContabilidadeGerencial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

http://www.portaldecontabilidade.com.br

22