ESCOLA DE ENGENHARIA DE AGRIMENSSURA DA BAHIA

HERMES ALVES JOS DA CRUZ SOUZA NETO

Legislao e Normas: Comentrios, Crticas e Sugestes a respeito da Norma Regulamentadora n 4 Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho SESMT do Ministrio do Trabalho e Emprego MTE

Salvador BA2015HERMES ALVES JOS DA CRUZ SOUZA NETO

Legislao e Normas: Comentrios, Crticas e Sugestes a respeito da Norma Regulamentadora n 4 Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho SESMT do Ministrio do Trabalho e Emprego MTE

Trabalho apresentado a Professora Larissa Cayres de Souza da Escola de Engenharia de Agrimensura da Bahia, como requisito avaliao da disciplina Legislao e Normas.

Salvador BA2015SUMRIO

1. INTRODUO42.CRTICAS53.COMENTRIOS E SUGESTES64.BIBLIOGRAFIA7

1. INTRODUO

As Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho e Emprego MTE, elaboradas no ano de 1978 e regulamentadas pela Portaria 3.214, foram criadas devido a uma srie de problemas significativos que ocorriam no sistema trabalhista brasileiro, aos quais empregados celetistas desempenhavam atividades periculosas, insalubres e dos mais variados riscos ocupacionais, sem sequer nenhum ato prevencionistas por parte dos empregadores com foco na promoo da sade e da qualidade de vida.A partir desta Portaria muita coisa mudou com o passar do tempo e as medidas de controle com relao Medicina e Segurana do Trabalho foram melhorando gradativamente.Essa referida mudana muito se deve a presena de profissionais habilitados contratados pelas empresas para manterem o foco na preveno de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais. Dentre eles esto os Mdicos do Trabalho, as Enfermeiras e Tcnicas de Enfermagem e aos Engenheiros e Tcnicos de Segurana do Trabalho. Esse grupo de profissionais compe o Servio Especializado de Segurana e Medicina do Trabalho SESMT, o qual tem sua composio exigida pela Norma Regulamentadora n 4 do MTE.A NR 4, alm de relacionar os profissionais que fazem parte do quadro do SESMT, elenca tambm as atribuies que competem aos integrantes desse grupo especializado. Dentre essas atribuies esto aplicao dos conhecimentos de engenharia de segurana e medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive mquinas e equipamentos, de modo a reduzir at eliminar os riscos ali existentes sade do trabalhador e, tambm determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminao do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilizao, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteo Individual EPI, alm de outras competncias listadas no item 4.12 da norma.Contudo, apesar de trazer grande avano desde a sua aprovao, alguns aspectos citados na norma esto defasados, mal elaborados e necessitando de atualizaes.2. CRTICASAo todo a NR 4 possui 6 quadros anexos, os quais complementam as informaes trazidas em seu texto original. O primeiro quadro trata da Relao da Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE, com correspondente Grau de Risco GR para fins de dimensionamento do SESMT. Para esse quadro em questo a crtica com relao diviso das atividades e a atribuio do seu grau de risco. Em muitas atividades que possuem riscos extremamente significativos como a fabricao de produtos de metal e atividades de construo civil o GR atribudo 3, ao invs de ter grau mximo (4).Dimensionamento do SESMT o ttulo do segundo quadro da NR 4. visvel que o dimensionamento constante na norma no condiz com a realidade dos aspectos de segurana, da promoo da sade e da qualidade de vida do trabalhador no nosso pas, que a cada dia, assustadoramente registra nmeros cada vez mais altos de acidentes do trabalho. A princpio, as empresas que possuem entre 50 a 100 trabalhadores em seu quadro de funcionrios s necessitaro ter um Tcnico de Segurana do Trabalho quando o seu GR for 4, ou seja, o maior grau estabelecido. Da por diante, a medida que aumenta o nmero de funcionrios das empresas, mais profissionais do SESMT so exigidos, entretanto, ainda abaixo da necessidade para se obter o bsico das aes desenvolvidas por esse grupo especializado.Os quadros 3, 4, 5 e 6 que se referem a Acidentes com Vtima, Doenas Ocupacionais, Insalubridade e Acidentes sem Vtima respectivamente, so formulrios modelo para que os profissionais do SESMT possam se balizar no momento de algum preenchimento de documentos exigidos pelas Delegacias Regionais do Trabalho. Outro item bastante polmico e comentado entre os profissionais da rea o 4.2.3 que cita que A empresa poder constituir SESMT centralizado para atender a um conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distncia a ser percorrida entre aquele em que se situa o servio e cada um dos demais no ultrapasse a 5.000 metros.... Entende-se que a Comisso Tripartite que tem a atribuio de elaborar e revisar as normas quis manter um parmetro de distncia para limitar a formao dos SESMT centralizados, contudo, poderiam escolher um modo que facilitasse os meios de fiscalizao para atos irregulares deste item em questo, como por exemplo, optando como limite municpios e/ou cidades limtrofes. Dificilmente algum fiscal da DRT local conseguir mensurar se a distncia de 5.000 metros foi ultrapassada ou no, mesmo com os recursos tecnolgicos existentes atualmente.

3. COMENTRIOS E SUGESTESNotrio que as revises e atualizaes de Legislaes e Normas no Brasil caminham lentamente, principalmente quando confrontam os interesses das grandes empresas e corporaes. Entretanto, um dever dos profissionais dos mais diversos setores e seguimentos da economia lutarem para haja uma melhoria continua dos processos para que consigamos promover a sade, a segurana, a qualidade de vida dos trabalhadores e evitarmos cada vez mais que ocorram doenas ocupacionais e acidentes do trabalho que afetam diretamente as companhias, as famlias, as vtimas e a sociedade.Focando na Norma Regulamentadora n 4, necessrio que ocorra uma viso mais crtica dos responsveis pela mudana, com relao ao dimensionamento do SESMT, para que mais profissionais especializados nessa rea possam adentrar no mercado de trabalho e possam exercer suas funes e atribuies registradas na prpria norma com carter prevencionistas, com o intuito de trazer benefcios para nossos contribuintes.Que notem a necessidade de atualizao dos quadros citados no item anterior, que estagnaram e prejudicam o avano nas aes e desenvolvimentos dos aspectos de Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho. importante que novas ideias sejam implementadas para que nos tragam melhorias significativas nos processos operacionais e de gesto.

4. BIBLIOGRAFIA

NORMA REGULAMENTADORA N 4 SERVIO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO DO MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO

LIVRO CONCURSANDO, AUDITOR DO TRABALHO FLVIO NUNES

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