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Martin Luther King Jr. Foi um grande líder negro americano que lutou pelos direitos civis dos cidadãos, principalmente contra a discriminação racial. Martin Luther King era pastor e sonhava com um mundo onde

Trabalho Luther King

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Martin Luther King Jr.

Foi um grande líder negro americano que lutou pelos direitos civis

dos cidadãos, principalmente contra a discriminação racial.

Martin Luther King era pastor e sonhava com um mundo onde

houvesse liberdade e justiça para todos.

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Líder da população negra norte-americana, nasceu em 1929, em Atlanta, e morreu assassinado em 1968, em Memphis. O seu protagonismo foi decisivo para a declaração de inconstitucionalidade da segregação racial dos negros. Eloquente ministro baptista, liderou o movimento a favor dos direitos civis da América Negra nos anos 50 até ao seu assassinato em 1968.

As palavras de Martin Luther King, Jr. (1929-1968) foram ouvidas pela América e pelo mundo. 0 seu famoso discurso, “Eu Tenho um Sonho...” (“I Have a Dream”) simboliza a visão de um mundo mais justo pelo qual King lutou de forma pacifica. Martin Luther King, Jr. é considerado o maior líder negro na história dos Estados Unidos.

Martin Luther King, Jr., filho primogénito de Martin Luther King e Alberta Williams, nasceu em Atlanta, na Georgia, Estados Unidos. Seu pai e avô materno foram pastores baptistas.

King frequentou escolas públicas onde havia segregação racial. Foi um aluno brilhante: formou-se do colegial aos 15 anos de idade e concluiu a faculdade aos 19.

Em 1951, formou-se num Seminário Teológico. Quatro anos depois, obteve seu doutorado em Teologia pela Universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de Música com quem ele se casou em 1953. O casal teve quatro filhos.

Yolanda Denise King (17 de Novembro de 1955, Montgomery, Alabama) Martin Luther King (neto) (23 de Outubro de 1957, Montgomery, Alabama) Dexter Scott King (30 de Janeiro de 1961, Atlanta, Georgia) Bernice Albertine King (28 de Março de 1963, Atlanta, Georgia)

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Todos os quatro filhos de King seguiram os passos do pai como activistas de direitos civis, apesar de que opiniões e crenças sejam bastante diferentes entre eles.

Em 1954, King aceitou um emprego como pastor na Igreja Batista da Dexter Avenue em Montgomery, no estado do Alabama. Essa igreja era uma poderosa instituição negra e possuía um público politicamente consciente que já se manifestava contra a discriminação.  

No dia 1 de dezembro de 1955, na cidade de Montgomery, no estado do Alabama, Rosa Parks, uma líder da Associação Nacional de Avanço do Povo Negro (NAACP), recebeu ordem de um motorista de autocarro para ceder seu assento a um passageiro branco. Por se recusar a seguir a ordem do motorista, Rosa Parks foi detida e levada à prisão. Esse incidente levou a população negra a organizar um boicote: durante um ano, os negros de Montgomery se recusaram a utilizar os autocarro da cidade.

Martin Luther King Jr. foi eleito presidente da Associação para o Avanço de Montgomery (MIA) para coordenar o boicote à lei de segregação no transporte público. Foi assim que se iniciou a luta de King pelos direitos civis nos Estados Unidos. King baseou sua luta nos ideais de resistência pacífica, chegando até a visitar a Índia em 1959, para estudar as formas de protesto pacífico de Gandhi. King continuou a liderar protestos sem empregar violência. Apesar de sempre lutar pacificamente contra a discriminação racial, King foi preso, sua família foi ameaçada de morte e sua casa foi destruída.

Em Fevereiro de 1956, dois meses após o incidente Rosa Parks, um advogado da MIA entrou com um processo no tribunal federal contra a lei de segregação dos autocarro da cidade de Montgomery. O tribunal decretou que a lei era inconstitucional; o governo de Montgomery apelou contra a decisão, mas sem sucesso. A primeira batalha pelos direitos civis havia sido vencida.

Em 1957, King ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), uma organização de igrejas e sacerdotes negros. King tornou-se o líder da organização, que tinha como objectivo acabar com as leis de segregação por meio de manifestações e boicotes pacíficos. Muitos brancos que viviam na região norte do país apoiavam, inclusive financeiramente, o trabalho de King.

Em 1960, King deixou a igreja de Montgomery e se mudou para Atlanta, onde trabalhou como pastor juntamente com seu pai.

No início da década de 1960, King liderou uma série de protestos em diversas idades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros

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lugares públicos. Durante uma manifestação, King foi preso, tendo sido acusado de causar desordem pública. Na prisão, King escreveu uma famosa carta na qual afirmava que as pessoas tinham a responsabilidade moral de desobedecer e lutar contra leis injustas. Após ser libertado, King continuou a liderar manifestações que tinham como objectivo pôr um fim às leis de segregação racial nos Estados Unidos.

16 de Abril de 1963 - em resposta a um apelo feito pelos pastores brancos para que os protestos parassem, Dr. King responde de dentro da cadeia, onde havia sido sentenciado a 11 dias de prisão, com a "Carta da Cadeia de Birmingham".

"Vocês deploram as manifestações que estão ocorrendo em Birmingham. Mas sua colocação, sinto dizer, não expressa uma preocupação similar com as condições que desencadearam tais manifestações. Estou certo que nenhum de vocês conseguiria descansar feliz com o tipo superficial de análise social que lida meramente com os efeitos e não se apodera das causas subjacentes. É triste que estejam ocorrendo manifestações em Birmingham, mas é ainda mais triste que a estrutura de poder branco da cidade deixe a comunidade negra sem outra alternativa".

Em 1963, King e outros líderes negros organizaram a “Marcha para Washington”, que foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. Nesta marcha, King fez seu mais famoso discurso “Eu Tenho Um Sonho”. O discurso expressou seu sonho – e o sonho de todos os negros e de outras minorias nos Estados Unidos – de viver numa sociedade igualitária e justa.

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Martin Luther King Jr. durante a Marcha pelos Direitos Civis em Washington, D.C.

A marcha serviu como um último passo em direcção à promulgação da Lei dos Direitos Civis de 1964, que proibiu a segregação racial em locais públicos, empresas e escolas.

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Programa da Marcha para Washington por Empregos e Liberdade, 28 de Agosto de 1963. O Dr. King é o 16º orador

Em 1964, Martin Luther King, Jr a 14 de Outubro de 1964 King tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Nobel da Paz, que lhe foi outorgado em reconhecimento à sua liderança na resistência não-violenta e pelo fim do preconceito racial nos Estados Unidos.

Em 1965, Os protestos organizados por King continuaram ele liderou uma nova marcha. Uma das consequências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar. Nessa

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época, King também passou a trabalhar para melhorar a situação económica da população negra dos Estados Unidos.

Em 4 de Abril de 1968, Martin Luther King, Jr. foi assassinado em Memphis, Tennessee, por um franco atirador chamado James Earl Ray. Earl era um fugitivo branco que admitiu a autoria do crime. O assassino de King foi condenado a 99 anos de prisão.

Martin Luther King Jr. foi morto, mas suas palavras, seu trabalho e sacrifício moldaram os Estados Unidos e influenciaram o mundo. King evitou que os Estados Unidos continuassem a ser um país onde as pessoas não viviam em igualdade. Tendo sido um dos principais responsáveis pelo fim da segregação racial nos Estados Unidos, Martin Luther King Jr. é um modelo de liderança e coragem.

Ao morrer, King se tornou um mártir na luta pelos direitos civis e, durante a vida, foi um herói carismático, famoso por liderar protestos pacíficos contra a segregação e discriminação raciais, como no conhecido discurso "Eu tenho um sonho", na Marcha sobre Washington, em 1963.

“I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed: ‘We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal.’ … I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.”

“Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: ‘ Nós acreditamos que esta verdade seja evidente, que todos os homens são criados iguais.’ ... Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu carácter.”

Martin Luther King Jr.

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Pastor Martin Luther King e os direitos civis

"DEIXE A LIBERDADE RAIAR..."

"E quando isto acontecer, quando nós deixarmos a liberdade raiar,

vamos nos apressar para aquele dia quando nós, todos os filhos de

Deus,

homens pretos e brancos, judeus e pagãos, protestantes e católicos,

seremos

capazes de nos dar as mãos e cantarmos as palavras do velho negro

espiritual:

"Livre por fim, livre por fim, graças ao Poderoso Deus, por fim eu

estou livre."

SOBRE A PAZ

"Mais cedo ou mais tarde todos os povos do mundo terão de descobrir

um modo de viver juntos em paz, e por meio disso transformar esta

elegia cósmica inacabada em um salmo criativo de fraternidade. Eu

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recuso aceitar a visão de que a humanidade é tão tragicamente atada

à uma meia-noite sem estrelas de racismo e de guerras que a aurora

brilhante da paz e da fraternidade nunca possa tornar-se uma

realidade. É por isso que o direito, temporariamente derrotado, é

mais forte do que a maldade triunfante." (1964):

AS PALAVRAS DE MARTIN LUTHER KING

"As palavras de Martin Luther King têm notável poder e graça, quase

40 anos depois da sua morte em Memphis, no dia 4 de Abril de 1968.

Em homenagem ao dia comemorativo do aniversário do Pr. King - 15

janeiro de 2008 - apresentamos uma galeria de fotografias do famoso

defensor do movimento dos direitos civis, feitas pelo fotógrafo Flip

Schulke da Time.com, acompanhadas pelo texto, traduzido por nós,

das próprias palavras de King sobre: não-violência, raça, paz,

movimento Black Power, sonhos, etc. Nosso propósito com a

publicação é trazer à consciência de que as palavras devem ser

cimentadas com atitudes. No início ninguém presta muita atenção,

mas o tempo da realização vai chegar para quem persistir em pedir,

bater e buscar. Venham conosco aprender do Pastor Martin Luther

King, Jr."

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A ORAÇÃO DO PEREGRINO

Em 1957, aproximadamente 25 mil militantes ajuntaram-se no

Memorial Lincoln de Washington D.C, por três horas de cânticos e

discursos, exigindo do governo federal o cumprimento do Estatuto da

Educação, contra a segregação racial nas escolas americanas,

declarada inconstitucional pela Corte Federal. O último discurso do

dia foi proferido por King.

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Manifestação em Washington contra a segregação racial nas escolas

O SONHO DA LIBERDADE

"Então, mesmo que enfrentemos as dificuldades de hoje e de

amanhã, ainda tenho um sonho. Eu tenho um sonho que um dia esta

nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado do seu credo... de

que todos os homens são nascidos iguais. Eu Tenho um sonho, que

um dia até o Estado do Mississippi, um estado que sofre com o calor,

com o calor da opressão, será transformado em um oásis de

liberdade e justiça. Eu Tenho um sonho, que meus quatro filhos

pequenos viverão um dia em uma nação onde eles não mais serão

julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. E se

a América está para ser uma grande nação, isto deve tornar-se

verdadeiro(1963):

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DETIDO

Em Três meses de greve, 156 manifestantes, inclusive King, foram

detidos por violar uma lei de 1921 por " impedimento" de um ônibus.

King foi condenado a pagar uma multa de 500 dólares ou passar 386

dias na cadeia. Ele passou duas semanas na prisão, e o movimento

explodiu porque ele chamou a atenção nacional para seu protesto.

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Ônibus "batendo lata" em Tallahassee

SIMPATIA PELA GREVE

Comunidades negras de outras cidades organizaram boicotes

similhares.

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negros e brancos assentados no mesmo ônibus

VITÓRIA!

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Em Junho de 1956 a Corte do Distrito Federal determinou que a

segregação racial em ônibus era inconstitucional. Depois de

sobreviver a desafios até a Suprema Corte, a norma tornou-se

regular; no dia 20 de Dezembro de 1956 King declarou o fim do

boicote. No dia seguinte, os membros da comunidade negra, inclusive

Rosa Parks, embarcaram nos ônibus pela primeira vez, em mais de

um ano.

Na cadeia, com o filho

NÃO-VIOLÊNCIA

"Em seu comunicado, [falando ao jornalista] você afirmou que as

nossas ações, apesar de pacíficas, devem ser condenadas porque

elas precipitam a violência. Isto não seria como condenar Jesus

porque a sua consciência de um único Deus e a devoção incessante à

vontade de Deus precipitou o mau ato da Crucificação?"Cartas da

prisão de Birmingham, 1963:

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OS NEGROS DA AMÉRICA

"Antes que os peregrinos aportassem em Plymouth, estávamos aqui.

Antes de que a caneta de Jefferson grafasse, com tinta indelével

através das páginas da história, as palavras majestosas da

Declaração da Independência, estávamos aqui. Se as crueldades

inexprimíveis da escravidão não nos puderam parar, a oposição que

agora enfrentamos seguramente falhará. Ganharemos nossa

liberdade porque a herança sagrada da nossa nação e a vontade

eterna de Deus é personificada nos ecos de nossas exigências."Cartas

na prisão de Birmingham, 1963.

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NÃO CONFORMISMO

"Nesta hora da história é preciso um círculo dedicado de não-

conformistas transformados. As paixões perigosas de orgulho, ódio e

egoísmo estão entronizadas em nossas vidas; a verdade está

prostrada nas colinas ásperas de Calvários sem nome. A salvação do

nosso mundo do juízo virá, não pela complacente acomodação da

maioria dos conformados, mas pelo desajuste criativo de uma minoria

não conformada." (1963)

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MOVIMENTO BLACK POWER

"O desespero de hoje é um pobre formão para fincar a justiça de

amanhã. O movimento "Black Power" é uma crença implícita e muitas

vezes explícita no separatismo dos negros. Todavia atrás da

preocupação legítima e necessária do Black Power de uma unidade

de grupo e identidade negra, jaz numa crença que pode ser para o

negro uma estrada separada para o poder e realização. São idéias

curtas e irreais. Não há nenhuma salvação para o Negro através do

isolamento." (1967)

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MARCHA PELOS DIREITOS CIVIS

"Como uma idéia cujo tempo chegou, nem mesmo a marcha de

exércitos poderosos pode parar-nos. Estamos nos mudando para a

terra da liberdade. Vamos marchar para a realização do Sonho

Americano. Vamos marchar sobre o alojamento segregado. Vamos

marchar sobre escolas segregadas. Vamos marchar sobre a pobreza.

Vamos marchar sobre as urnas eleitorais, marchar sobre as urnas até

que os molestadores de raças desaparecerem da arena política, até

que os Wallaces da nossa nação estremeçam longe, em silêncio."

(Selma a Montgomery, 1965):

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LIBERDADE

"Deixe a liberdade raiar. Nos cumes das colinas prodigiosas do Novo

Hampshire, deixe a liberdade raiar. Nas montanhas poderosas de

Nova York, deixe a liberdade raiar. Nas elevações dos Alleghenies da

Pensilvânia, deixe a liberdade raiar. Mas não só isto; deixe a liberdade

raiar no Monte Stone da Geórgia. Deixe a liberdade raiar em cada

colina e até nos montículos de terra das toupeiras do Mississippi. E

quando isto acontecer, quando nós a deixarmos raiar, vamos nos

apressar para aquele dia quando nós, todos os filhos de Deus,

homens pretos e homens brancos, judeus e pagãos, Protestantes e

Católicos, seremos capazes de nos dar as mãos e cantar as palavras

do velho Negro Espiritual:

"Livre por fim, livre por fim,

Graças ao Poderoso Deus,

Por fim, eu estou livre."

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SOBRE SEU FUTURO

Dito na noite de 03 abril de 1968, anterior ao seu assassinato:

"Temos alguns dias difíceis pela frente. Mas isso realmente não

importa para mim agora. Porque eu tenho estado no cume* do

monte. Não me importo. Como qualquer um, eu gostaria de viver uma

vida longa. A longevidade tem seu lugar. Mas não estou preocupado

com isto agora. Somente quero fazer a vontade de Deus. Ele permitiu

que eu subisse até o cume do monte. Eu dei uma olhada, e vi a Terra

Prometida. Posso não chegar lá com você, mas quero que, nesta

noite, saiba que nós como pessoa alcançaremos a Terra Prometida.

Portanto estou feliz nesta noite. Não temo nenhum homem. Os meus

olhos já viram a glória da vinda do Senhor Jesus."

Frases

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."

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"A greve, no fundo, é a linguagem dos que não são ouvidos."

"O bom vizinho olha além das circunstâncias externas e distingue aquelas qualidades intrínsecas que fazem de todos os homens seres humanos e, portanto, irmãos."

"Quase sempre minorias criativas e dedicadas tornam o mundo melhor."

"Nossa eterna mensagem de esperança é que a aurora chegará."

"Se um homem não descobriu algo por que morrer, ele não está preparado para viver."

o - Discurso em Detroit, Michigan (23/06/1963) "Sonho com o dia em que a justiça correrá como água e a

retidão como um caudaloso rio."

"O ser humano deve desenvolver, para todos os seus conflitos, um método que rejeite a vingança, a agressão e a retaliação. A base para esse tipo de método é o amor.

"Through violence you may murder a murderer but you can't murder murder. Through violence you may murder a liar but you can't establish truth. Through violence you may murder a hater, but you can't murder hate. Darkness cannot put out darkness. Only light can do that."'

o Tradução: "Através da violência você pode matar um assassino, mas não pode matar o assassinato. Através da violência você pode matar um mentiroso, mas não pode estabelecer a verdade. Através da violência você pode matar uma pessoa odienta, mas não pode matar o ódio. A escuridão não pode extingüir a escuridão. Só a luz pode."

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o Fonte: Discurso "Where do we go from here?" (16 de agosto de 1967)

"Não fiz o melhor, mas fiz tudo para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o que era antes."

"Mesmo as noites completamente sem estrelas, podem anunciar a aurora de uma grande realização."

"A Verdadeira paz somente não é a ausência de tensão, é a presença de justiça."

o - Em 1955 em resposta à acusação que ele estava "pertubando a paz" pelo ativismo durante o Boicote de Ônibus Montgomery em Montgomery, Alabama, como citado em Let the Trumpet Sound : A Life of Martin Luther King, Jr(1982) de Stephen B. Oates.

"Nós temos que combinar a dureza da serpente com a suavidade da pomba, uma mente dura e um coração tenro."

"Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez conscienciosa."

"O Amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo."

"Eu tenho o sonho de ver um dia meus 4 filhos vivendo numa nação em que não sejam julgados pela cor de sua pele, mas sim pelo seu caráter."

"Pessoas oprimidas não podem permanecer oprimidas para sempre."

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É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar.

É melhor tentar,ainda que em vão, que sentar fazendo nada até o final.

Eu prefiro na chuva caminhar,que em dias tristes em casa me esconder.

Prefiro ser feliz,embora louco, que em conformidade viver.

Discurso realizado em 28 de agosto de 1963, em Washington, EUA, no Lincoln Memorial - "I have a dream"

"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.

Cem anos atrás, um grande estadunidense, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade estadunidense e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo estadunidense seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de

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honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.

Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.

E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"

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Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Eu não esqueci que alguns de vocês vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de vocês vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Vocês são os veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

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Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livres. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se os Estados Unidos é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia

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quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

Trabalho realizado por: Aida Gonçalo