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LLM
DIREITO SOCIETÁRIO E MERCADO DE
CAPITAIS
TURMA 03
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
RODRIGO PEREIRA DE MORAESC.M: 210023635
Prof. FELIPE DUTRA
Rio de Janeiro, 07 de Abril de 2013.
Trabalho de Planejamento Tributário como requisito para aprovação na Disciplina
de Planejamento Tributário no LL.M em Direito Societário e Mercado de Capitais no
Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais no Rio de Janeiro
Caso Gerador
Sociedade “A”, sociedade limitada estabelecida no Rio de Janeiro, atua no
segmento de Gás Natural, tendo como objeto social principal a locação de sistemas de
compressão de gás natural para aplicação veicular (GNV), com todos os equipamentos
necessários à operação, instalando-os nos pontos de venda de GNV (Postos de Gasolina).
Adicionalmente, tem como objeto a prestação de serviços de manutenção dos sistemas de
compressão já instalados, em relação acessória à Locação, mas parte integrante do mesmo
contrato.
As locações tem como regra o prazo de cinco anos, onde se é possível recuperar o
investimento obtido na aquisição dos sistemas de compressão e perceber margem de lucro,
antes da depreciação dos bens.
Na prestação de serviços de manutenção, a Sociedade terceiriza para outra
empresa esta função, que não faz, entretanto, parte da relação comercial entre a sociedade e
os postos, mas tem conhecimento da exclusividade da prestação dos serviços por ser
empresa pertencente ao mesmo grupo comercial que fabrica os sistemas de compressão.
Adotante de Lucro Real, a empresa recolhe em cada operação realizada com os
postos revendedores, Imposto de Renda (IRPJ) devido pelo ganho de capital oriundo da
Locação, determinado pela Lei 9249/95, com alíquota de 32%, Contribuição sobre o Lucro
Liquido (CSLL) por auferir lucro, bem como recolhe Imposto sobre Serviços (ISS) devido
pela prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos (pois
estão estipulados no Contrato), na ordem de 5% (estabelecido pela Legislação Municipal).
Não obstante o cenário apresentado, a empresa ainda recolhe indiretamente o ISS
colocado no preço cobrado pela empresa terceirizada para a prestação dos serviços de
manutenção, eis que está tem o conhecimento técnico do sistema e somente ela tem
capacidade de prestar este tipo de serviço.
Foi solicitado um planejamento tributário que possibilite de desonerar de melhor
maneira possível a tributação deste cenário, ampliando a margem de lucro para
reinvestimento no negócio e manutenção do substrato econômico.
Planejamento Tributário
Como primeira medida, seria reformular os contratos de locação excluindo-se a
prestação de serviços de manutenção, para descaracterizar o fato gerador de ISS e acabar
com a Bitributação. Poder-se-ia estabelecer a exclusividade da prestação de serviços com a
empresa tecnicamente capacitada para a manutenção de outras maneiras diversas do que
estabelecendo no Contrato a prestação de serviços pela Sociedade. Neste aspecto já se
reduziria o impacto tributário excluindo-se a Bitributação do ISS.
A próxima medida seria a mudança da natureza do contrato para que se
descaracterize o fato gerador do ganho de capital oriundo da locação. Em primeira análise,
poder-se-ia planejar uma estrutura que viabilizasse o Leasing dos equipamentos, com
tratamento tributário diferenciado, estabelecendo uma possibilidade de caracterizar as
contraprestações devidas pelo contrato como custo ou despesa operacional do imposto de
renda. Com isso, pode-se aumentar a margem do valor cobrado pelas parcelas e ratear o
impacto tributário pelo ganho de capital.
Quanto à prestação de serviços, estes seriam cobrados com a classificação de
Arrendamento Mercantil, incidindo uma alíquota de 2%, menor do que a regra geral
estabelecida pela Legislação do Rio de Janeiro.
Em linhas gerais e preliminares, este seria um planejamento inicial que poderia
ser desenhado para o caso gerador proposto.