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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLE ENGENHARIA MECÂNICA TRANSPORTADORES E ELEVADORES GUINDASTE DE PORTICO CAPACIDADE 3000 KILOGRAMAS FORÇA COM ACIONAMENTO ELETRICO PAULO CESAR DE OLIVEIRA PROFESSOR MARCOS FRANCISCO IETKA

Trabalho Projeto Guindaste de Portico

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projeto de um guindaste de potico

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLEENGENHARIA MECÂNICA

TRANSPORTADORES E ELEVADORES GUINDASTE DE PORTICO CAPACIDADE 3000 KILOGRAMAS FORÇA COM

ACIONAMENTO ELETRICO

PAULO CESAR DE OLIVEIRAPROFESSOR MARCOS FRANCISCO IETKA

JOINVILLE - SCMAIO/2015

RESUMO

Neste trabalho apresentam-se o desenvolvimento da seqüência, modelos e procedimentos que possibilitam o projeto básico de um equipamento de manuseio e transporte de cargas, pórtico rolante. Aborda-se mais especificamente o modelo para determinação dos componentes principais, bem como uma sugestão para verificação mecânica e estrutural destes componentes. A partir deste modelo, desenvolveu-se uma seqüência objetiva do ponto de vista de engenharia para a configuração do equipamento. É apresentado o desenvolvimento do projeto básico e seus subconjuntos de um pórtico rolante.

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................52. OBJETIVOS...................................................................................................62.1-GERAL...........................................................................................................62.2-ESPECIFICO.................................................................................................63 JUSTIFICATIVA.............................................................................................74 REVISÃO TEORICA......................................................................................8 4.1-PÓRTICOS ROLANTES................................................................................84.2-MAQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE............................................94.3-INSTALAÇOES INTERNAS DE TRANSPORTE...........................................94.4-PRINCIPAIS GRUPOS DE MAQUINAS DE ELEVAÇAO E TRANSPORTE..................................................................................................104.5-CLASSIFICAÇÃO DOS MECANISMOS E ESTRUTURAS.........................105 -NORMA ABNT NBR 8400...........................................................................116 -ESTRUTURAS MECÂNICAS......................................................................116.1-VIGA PRINCIPAL........................................................................................116.2-PERNAS......................................................................................................116.3-VIGAS DE LIGAÇÃO...................................................................................117 C0MPONENTES.........................................................................................127.1-TALHA ELETRICA DE CORRENTE...........................................................127.2-TROLLEY MANUAL....................................................................................127.3-TRUQUES...................................................................................................128 LISTA DE COMPONENTES DO EQUIPAMENTO......................................139 MEMORIAL DE CALCULO: PARÂMETROS DE PROJETO......................149.1.1-ESTRUTURAS.........................................................................................149.1.2-ESTADO DE TENSÕES...........................................................................159.1.3-CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS EM GRUPOS............................169.1.4-SOLICITAÇÃO QUE INTERFEREM NO CALCULO DA ESTRUTURA..169.1.5-SOLICITAÇÃO DEVIDA AOS MOVIMENTOS HORIZONTAIS...............169.1.6-CASOS DE SOLICITAÇÃO......................................................................1710-MEMORIAL DE CALCULO: SOLUÇÃO.......................................................1912-ANEXOS.......................................................................................................2013-PROJETO MECANICO DO CONJUNTO E DETALHE................................2614-CONCLUSÃO...............................................................................................2715-REFERÊNCIAS............................................................................................28

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LISTA DE SÍMBOLOS

E = módulo de elasticidade do aço [GPa]

G = módulo de elasticidade transversal [GPa]

Iy, Ix = momentos de inércia em relação a y-y e x-x [m4]

M = momento fletor, em módulo [Nm]

𝑉x = Força cortante em x [N]

W = módulo elástico [Nm]

h = Horas

s = Segundos

m = Metros

ton =Toneladas

bf = largura da mesa [mm]

d = altura do perfil [mm]

h = distância entre centros dos flanges [mm]

q = carregamento [Nm]

tf = espessura da mesa [mm]

tw = espessura da alma [mm] σ = tensão [MPa]

λ = parâmetro de esbeltez

ν = coeficiente de Poisson.

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1- INTRODUÇAO

No presente trabalho apresentamos a metodologia do projeto de um guindaste de pórtico e seus componentes para a movimentação de componentes mecânicos e elétricos em uma empresa de manutenção industrial, cada guindaste de pórtico é projetado para ser capaz de levantar apenas um montante máximo e o peso não pode ser excedido.

Pórtico rolante é uma máquina de elevação do tipo guindaste de ponte. Os principais equipamentos que fazem parte das máquinas de elevação são os seguintes: guindaste, ponte rolante, elevador e guincho. No Brasil a norma da ABNT que rege o projeto e a construção de máquinas de elevação é a NBR 8400 - Cálculo de Equipamentos para Elevação e Movimentação de Carga - de 1984. São necessários os seguintes dados técnicos para o desenvolvimento de um projeto de uma ponte rolante: objetivo do equipamento, classificação dos mecanismos e estruturas conforme a norma NBR 8400, tensão elétrica de alimentação, ambiente de trabalho, sistemas de controle de rotação dos motores elétricos, carga útil, tipo do controle de movimentos, dispositivo de fixação da carga, vão, altura de elevação, velocidades dos movimentos, comprimento do caminho de rolamento, disponibilidade física e dimensional do local de operação do equipamento e intermitência (%) e classe de partida para os motores elétricos, conforme a norma NBR 8400.

Máquinas de elevação e transporte são a melhor alternativa para a movimentação aérea desses produtos em um ambiente industrial, são usadas para movimentação de cargas à distâncias relativamente curtas em relação à outros tipos de máquinas de transporte, atuam em estabelecimentos ou áreas, departamentos, fábricas e indústrias, em canteiros de obras, em armazéns e etc. Existem diversos tipos de máquinas de elevação e transporte tais como pontes e pórticos rolantes, guindaste, transportadores de correia, etc. A seleção da máquina adequada depende de fatores como o tipo de material e o local de instalação, o pórtico rolante é a alternativa mais viável para este caso específico. Com a implantação do pórtico rolante reduz-se custos de mão de obra, materiais e despesas em gerais, além de melhorar as condições de trabalho dando maior segurança e reduzindo a fadiga dos funcionários. Ainda há um aumento na capacidade produtiva da área e no estoque de matéria prima assim a empresa pode atingir um nível de produtividade que compensará o investimento.

Em resumo, os guindastes de pórtico são uma opção melhor, em comparação com seus similares. Seu uso está aumentando continuamente nas indústrias. Eles vão aumentar a sua produtividade no longo prazo e, conseqüentemente, ajudar a empresa em termos de lucratividade.

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2-OBJETIVOS

2.1-GERAL

O objetivo deste trabalho é desenvolver o projeto de um guindaste de pórtico com capacidade de 3000kgf e acionamento elétrico que irá operar no interior da instalação de uma empresa de manutenção industrial.

Para o desenvolvimento do projeto será utilizado o cálculo das partes estruturais e componentes mecânicos dos equipamentos de levantamento e movimentação de cargas, seguindo as normas de vigência atual.

2.2-ESPECIFICOS

Obter a definição da configuração possível de pórtico rolante;

Obter afinidade com projetos mecânicos com os resultados obtidos ao longo do desenvolvimento;

Conferir o dimensionamento e normas utilizadas;

Estabelecer os requisitos do cliente e de projeto;

Desenvolver as especificações do projeto.

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3-JUSTIFICATIVA

As atividades inerentes a um processo produtivo estão vinculadas a um transporte de cargas, seja de forma contínua ou descontínua. Quando se busca uma redução de custos, um dos fatores importantes é o encurtamento das distâncias percorridas tanto pela matéria-prima quanto pelo produto final processado.

O guindaste de pórtico atende todas as necessidades de movimentação aérea de carga com a vantagem de não comprometer a integridade do edifício e fornecendo flexibilidade de mover o equipamento para instalações futuras.

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4-REVISÃO TEÓRICA

4.1-PÓRTICOS ROLANTES

Pórticos rolantes (figura 1) são máquinas de elevação e transporte normalmente utilizados para movimentação de cargas em áreas externas devido à ausência de estrutura do prédio porém é uma opção econômica para trabalho em áreas internas, pois é isento de fundações, colunas e vigas. O pórtico rolante atende todas as necessidades de movimentação aérea de carga com a vantagem de não comprometer a integridade do edifício e fornecendo ao proprietário da empresa a flexibilidade de mover o equipamento para instalações futuras. Para o levantamento das cargas são utilizados troles com talhas elétricas ou manuais. Por serem muitas vezes fabricados para uma ocasião única, os pórticos rolantes podem ser de vários tipos e formatos. Os principais tipos são apresentados abaixo, sendo eles:

• Monobloco;• Dupla-viga; Semi-pórtico.

Figura 1: Guindaste de pórtico e talha elétrica

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4.2-MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE

Equipamentos de elevação e transporte de cargas são equipamentos mecânicos que fazem parte de toda empresa dentro da indústria moderna.

Os inúmeros projetos de máquinas de elevação e transporte de carga, são resultados de uma grande variedade dimensional e capacidade de cargas a serem movidas. A abundância de operações de transportes de cargas, sem a qual a produção moderna seria impossível.

Todo processo de produção, em cada empresa, depende essencialmente de uma escolha racional dos tipos de máquinas de elevação e transporte, determinação correta de seus principais parâmetros e eficiência na operação. Todo engenheiro deve, portanto, ter completo conhecimento do projeto e das características operacionais deste equipamento, bem, como dos métodos de seus projetos e aplicações práticas.

4.3-INSTALAÇÕES INTERNAS DE TRANSPORTE

Equipamentos de elevação e transporte de cargas tem a aplicação para movimentar cargas dentro de áreas da indústria, locais de construções, depósitos, etc. Diferentemente das máquinas de transporte de longa distância, que transporta cargas a distância consideravelmente longas. Os equipamentos de elevação e transporte de cargas movem cargas a distância relativamente curtas. Na prática os equipamentos de transporte de cargas, estas distâncias são usualmente limitadas a remover cargas de um lugar descarregando-as em locais predeterminados dentro da empresa.

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4.4-PRINCIPAIS GRUPOS DE MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE

Os grupos principais das máquinas de elevação e transporte de cargas são classificados pelas suas aplicações. Cada grupo de equipamentos é definido, resumidamente, como:

a) Equipamentos de elevação é o grupo de maquinas com mecanismo de elevação. Destinado a mover cargas, principalmente em lotes.

b) Equipamento transportador é o grupo de máquinas que pode não ter mecanismo de elevação, movendo cargas num fluxo contínuo.

c) Equipamento de superfície e elevado é o grupo de máquinas que também pode não ser provido de mecanismo de elevação e que usualmente manuseia cargas em lotes.

As diferenças nos projetos dos grupos dependem das características de cada carga que se manuseia, nas direções dos movimentos e necessidades dos processos da movimentação de cada carga. As cargas podem ser classificadas em carga a granel (carvão, minério, cimento, etc.) e cargas unitárias que podem diferir amplamente no dimensional e peso.Geralmente, o movimento de trabalho, em máquinas de elevação, destina-se tanto a levantar como a baixar a carga. Algumas máquinas de elevação podem também, deslocar horizontalmente, girar, mover-se radialmente, etc. A maior parte das instalações de transporte desloca cargas na direção horizontal, embora muitas possam movê-las em vários ângulos com a direção horizontal ou na vertical.

4.5-CLASSIFICAÇÃO DOS MECANISMOS E ESTRUTURAS

É um dos aspectos mais importantes para o início do estudo que culminará com a definição do equipamento. Tratando-se de equipamentos de custo elevado, onde necessariamente ocorrerá amortização do investimento no tempo, requer-se um estudo aprofundado para não tornar-se obsoleto em curto prazo e nem ser projetado muito acima das expectativas de uso.

É uma das etapas complexa, pois estão envolvidos fatores internos e externos à empresa. Há a necessidade de prever como o equipamento irá operar, isto é, a percentagem de carga usual de operação em relação à carga máxima, bem como a freqüência de utilização.

Ou seja, desta forma poderemos classificar os mecanismos, bem como as estruturas, conforme a norma brasileira ABNT NBR-8400.

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5-NORMA ABNT NBR 8400

Esta Norma define as solicitações e as combinações de solicitações a serem consideradas no cálculo das partes estruturais e componentes mecânicos além das condições de resistência dos diversos componentes do equipamento em relação às solicitações consideradas.

6-ESTRUTURAS MECÂNICAS

6.1-Viga Principal

Esta viga é mais importante da estrutura do pórtico rolante, pois é nela que esta instalada o carro da estrutura e por também receber as maiores solicitações de carga a flexão. O carro é uma estrutura de aço onde são instalados os mecanismos responsáveis pelo levantamento da carga (motores, moitão, gancho, redutores, etc.).Assim, esta viga recebe diretamente o carregamento da estrutura do carro e também a carga a ser movimentada.

6.2-Pernas

As Pernas são estruturas em vigas, com seção normalmente de caixão, que apóiam o quadro formado pelas vigas principais e de fechamento da parte superior.

Através da altura destas pernas que se determina a altura do pórtico. São em número de quatro e o dimensionamento dessas pernas-vigas são feitas pela flexão que recebe das vigas principais além das cargas de compressão axial.

6.3-Vigas de Ligação

As Vigas de Ligação tem a função de travamento das pernas. Elas se localizam junto à parte inferior das pernas do pórtico. Também são conhecidas como viga da cabeceira, quando as rodas são acomodadas em suas extremidades e não diretamente nos terminais das pernas do pórtico. Cada cabeceira recebe dois conjuntos de rodas, sendo uma livre e outra motriz, acionada por conjunto de moto redutor e freio mecânico. O que iremos adotar neste trabalho não se aplica moto redutor, o acionamento somente por conjunto de rodas.

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7-COMPONENTES

7.1-Talha elétrica de corrente

Talhas elétricas são aparelhos robustos movidos a eletricidade, que são usados para atender as necessidades de locomoção de cargas médias ou pesadas de difícil manejo. Esse equipamento realiza movimentos verticais ou movimentos de translação, quando acopladas a um trole.Os principais componentes de uma talha elétrica são: gancho, moitão, cabos de aço, tambor, guia de cabo, fim de curso, moto redutor, painel de comando e botoeira de acionamento/controle remoto.As talhas elétricas normalmente são usadas em locais como construção civil, armazéns, oficinas, indústrias, garagens de manutenção de automóveis, estaleiros, agricultura e embarcações de grande porte, onde são exigidos equipamentos de absoluta segurança, garantia e eficiência. A função da talha é oferecer segurança ao funcionário e evitar possíveis lesões com a manutenção de materiais muito pesados que precisariam de mais de uma pessoa para a elevação.

7.2-Trolley manual

O carro trolley transporta a talha ao longo da viga no pórtico. A unidade consiste em talha e toda estrutura do carro trolley. Em situações onde mais de uma talha é necessária em uma ponte, ambas as talhas podem ser fornecidas em um único carro trolley ou em carros trolley separados.

7.3-Truques

Os truques são componentes mecânicos formados normalmente por duas rodas em cada peça, com a função de transmissão dos esforços da estrutura através do contato das rodas com os trilhos, que estão em apoiado com o solo, conforme figura.

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8-LISTA DE COMPONENTES DO EQUIPAMENTO

Quant. Denominação Comprimento Aplicação01pç VIGA I 220 mm x 31,3 kg/m 3000 mm Viga principal

04 pçs Perfil quadrado 50 x 50 mm x 3 mm de espessura

3000 mm Pernas

04 pçs Perfil quadrado 50 x 50 mm x 3 mm de espessura

400 mm Vigas de ligação

16 pçs Parafusos rosca fina M16 mm 40 mm Fixação rodas

16 pçs Porca M16 mm Fixação rodas

16 pçs Arruela lisa M16 mm Fixação rodas

04 pçs Roda de alta carga com suporte e chapa de fixação de ferro fundido, com rolamentos rígidos de esferas

Ø 200 mm e capacidade de 1500kg

Truques

01 pç Talha elétrica de corrente; potência 1HP; capacidade 3000kgf; velocidade de elevação 2,4m/min; fabricante Lodestar.

Peso da talha 112kg

Elevação

01 pç Trolley serie 635; capacidade 3000kgf; largura 127 mm entre rodas; marca Lodestar.

Peso do trolley 23,5 kg

Fixação da talha

01 pç Cabo elétrico 14 AWG; 1,6 mm

4500 mm Alimentação da talha

01 pç Cabo elétrico 14 AWG; 1,6 mm

2500 mm Comando da talha

01 pç Botoeira de comando 24 vcc; com 1 botão de subida e 1 botão de descida.

Sobe/desce talha

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9-MEMORIAL DE CALCULO: PARÂMETROS DO PROJETO

Procedimento ABNT NBR 8400:

Esta norma fixa as diretrizes básicas para o cálculo das partes estruturais e componentes mecânicos dos equipamentos de levantamento e movimentação de cargas, e movimentação de cargas, independendo do grau de complexidade ou do tipo de serviço do equipamento, determinando:

solicitações e combinações de solicitações a serem consideradas; condições de resistência dos diversos componentes do equipamento em

relação às solicitações consideradas; condições de estabilidade a serem observadas.

9.1.1-Estruturas

As estruturas dos equipamentos serão classificadas em diversos grupos, conforme o serviço que irão executar, a fim de serem determinadas as solicitações que deverão ser levadas em consideração no projeto. Para determinação do grupo a que pertence a estrutura de um equipamento, são levados em conta dois fatores:

classe de utilização; estado de carga.

Classe de utilização dos elementos da estrutura

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Estado de carga

O estado de carga caracteriza em que proporção o equipamento levanta a carga máxima, ou somente uma carga reduzida, ao longo de sua vida útil.

9.1.2-Estado de tensões

Os estados de cargas indicados em alguns elementos podem ficar submetidos a estados de tensões menores ou maiores que os impostos pelas cargas levantadas. Estes estados de tensões são convencionalmente definidos de modo análogo ao dos estados das cargas.

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9.1.3-Classificação das estruturas em grupos

Os diversos grupos indicados na Tabela abaixo classificam a estrutura para os equipamentos como um conjunto e determinam o valor do coeficiente da majoração Mx, que por sua vez caracteriza o dimensionamento da estrutura.

9.1.4-Solicitações que interferem no cálculo da estrutura

O cálculo da estrutura do equipamento é efetuado determinando-se as tensões atuantes na mesma durante o seu funcionamento. Estas tensões são calculadas com base nas seguintes solicitações:

a) principais exercidas sobre a estrutura do equipamento suposto imóvel, no estado de carga mais desfavorável;b) devidas aos movimentos verticais;c) devidas aos movimentos horizontais;d) devidas aos efeitos climáticos;e) diversas.

9.1.5-Solicitações devida aos movimentos horizontais

As solicitações devidas aos movimentos horizontais são:

a) os efeitos da inércia devidos às acelerações ou desacelerações dos movimentos de direção, de translação, de orientação e de levantamento de lança, calculáveis em função dos valores destas acelerações ou desacelerações;b) os efeitos de forças centrífugas;c) as reações horizontais transversais provocadas pela translação direta;d) os efeitos de choque.

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9.1.6-Casos de solicitação

São previstos nos cálculos três casos de solicitações:a) caso I - serviço normal sem vento;b) caso II - serviço normal com vento limite de serviço;c) caso III - solicitações excepcionais.

Caso I - Equipamento em serviço normal sem vento

Consideram-se as solicitações estáticas devidas ao peso próprio, as solicitações devidas à carga de serviço multiplicadas pelo coeficiente dinâmico ψ. O conjunto destas solicitações deve ser multiplicado pelo coeficiente de majoração Mx. O valor do coeficiente de majoração Mx depende do grupo no qual está classificado o equipamento e é dado na tabela abaixo:

9.1.7-Método de cálculo

Para o caso da solicitação definido que foi o caso1: serviço normal sem vento determina-se as tensões nos diferentes elementos da estrutura e nas junções e verifica-se a existência de um coeficiente de segurança suficiente em relação às tensões críticas, considerando as três seguintes causas de falha possíveis:a) ultrapassagem do limite de escoamento;b) ultrapassagem das cargas críticas de flambagem;c) ultrapassagem do limite de resistência à fadiga.

10- PARÂMETROS DO PROJETO DADOS DE ENTRADA

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Nota: Para esta viga, a condição critica de trabalho ocorrerá quando o trolley estiver localizado na metade de seu comprimento.

Carga: a carga máxima que o pórtico vai levantar é 3[TON]; Altura média de elevação (H): 1, 5[M]; Velocidade de elevação (V): 1,2[𝑚/𝑚𝑖𝑛]; Ambiente de trabalho: Interior (sem ação do vento); Carga útil: 3[𝑡𝑜𝑛]; Vão: 3[𝑚]; Altura de elevação: 3[𝑚]; 𝑊𝑇 = massa total do sistema de levantamento (3117,4[𝑘𝑔]); 𝑔= aceleração da gravidade (9, 8[𝑚/𝑠2]); 𝐻𝑐𝑔= altura máxima de elevação da carga (2, 8[m]); 𝐵= largura da base do pórtico 1,2[m];

Estabilidade longitudinal;

1-MEMORIAL DE CALCULO18

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12-ANEXOS

TROLE: FABRICANTE COLUMBUS MCKINNON DO BRASIL LTDA.

O modelo de trole selecionado foi o GCTY-3 com peso de 23,5 kg, a figura 5 mostra as características técnicas do trole selecionado.

Figura 5: Características técnicas do trole

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TALHA ELETRICA DE CORRENTE: FABRICANTE COLUMBUS McKINNON DO BRASIL LTDA.

O modelo de talha selecionado foi o CPEF 32-4 com peso de 112 kg, a figura 4 mostra as características técnicas da talha selecionada.

Figura 4: Características técnicas da talha

TALHA ELETRICA DE CORRENTE

TIPOS DE CARREGAMENTO21

RODAS DO TRUQUE22

PERFIL ABA LARGA (W) TIPO (I)

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TUBO DE AÇO QUADRADO

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SIMULAÇÃO NO SOFTWARE ANSYS PARA A VIGA ABA LARGA

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SIMULAÇÃO NO SOFTWARE ANSYS PARA O PERFIL QUADRADO

13-CONCLUSÃO

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Neste trabalho apresentou-se a metodologia para o desenvolvimento do projeto conceitual de um pórtico rolante. O desenvolvimento do projeto conceitual foi importante pois com ele foi possível obter a configuração do pórtico rolante que melhor satisfaz o cliente. Foi dada particular ênfase aos aspectos de verificação da resistência das secções tendo em vista os múltiplos mecanismos, previstos no regulamento. Muitas das questões analisadas no dimensionamento do pórtico são aplicáveis ao caso de uma ponte rolante convencional pois os requisitos de funcionamento são semelhantes.Também foi realizado o dimensionamento da estrutura de um pórtico rolante se baseando nas normas NBR 8400 (1984) e NBR 8800 (2008). Com a auxilio das normas foi possível garantir a segurança e o desempenho estrutural do pórtico rolante evitando o colapso da estrutura e a ocorrência de deslocamentos excessivos.

Como as máquinas estão cada vez mais modernas e versáteis facilitando o trabalho, deve-se cuidar para que as normas regulamentadoras sejam seguidas corretamente garantindo a segurança aos envolvidos, reduzindo, e talvez até eliminando os indesejáveis acidentes, já que boa parte dos incidentes se dá pela ausência de um procedimento.

Muitos edifícios são projetados hoje com longas extensões de suporte ao vão o que permite uma área de trabalho maior e com menos obstáculos no piso da fábrica, fazendo do Pórtico rolante uma opção viável e uma solução econômica, pois dispensam fundações, colunas de sustentação e vigas de apoio do caminho de rolamentos. Pequenos galpões e propriedades alugadas, hoje são a casa de muitas empresas de médio e pequeno porte. Estes prédios não são projetados para suportar cargas dinâmicas impostas por uma ponte rolante. Mais uma vez, o pórtico rolante prova ser uma solução econômica e viável, com seu próprio design de sustentação, o pórtico rolante pode atender todas suas necessidades de içamento de carga com a vantagem de não necessitar da estrutura do prédio ou estruturas auxiliares e permitindo a flexibilidade de mover o equipamento para instalações futuras.

14-REFERÊNCIAS

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RUDENKO, N. Máquinas de elevação e transporte. 1° ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1976.

MELCONIAN, S. Mecânica técnica e resistência dos materiais. 18ª Edição. São Paulo: Érica, 2009.

GERDAU: Disponível em: <http://www.gerdau.com.br/gerdauacominas/br-/produtos/calculodeequivalenciapf2.asp>. Acesso em: 16 março 2015.

ABNT. NBR 8400: Cálculo de equipamentos para levantamento e movimentação de cargas. Brasil.

RICHARD G. BUDYNAS. Elementos de maquinas de Shigley

CATALOGO TECNICO TALHAS LODESTAR - Talha elétrica de corrente.

GERDAU AÇOMINAS, Tabela de bitolas, em www.gerdau.com.br/perfisgerdauacominas acessado em 16/03/2015.

NBR 8400, Cálculo de Equipamentos para Levantamento e Movimentação de Cargas, ABNT - Associação Brasileira de NormasTécnicas, São Paulo, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR8400: Cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de cargas. Rio de Janeiro. 1984.

BRASIL, Haroldo Vinagre. Máquinas de Levantamento. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.A. 1985.

BEER, P. Ferdinand. Resistência dos materiais. São Paulo: Editora Interamericana do Brasil Ltda. 2006.

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