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Escola Técnica Estadual Jaraguá Mundo Contemporâneo 14 de Novembro de 2012 São Paulo

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Escola Técnica Estadual Jaraguá

Mundo Contemporâneo

14 de Novembro de 2012São Paulo

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2

Escola Técnica Estadual Jaraguá

Ensino Médio 3ºA

Integrantes do grupo

Filipe Ribeiro – nº

Gabrielle Sá – nº

Guilherme Luiz – nº 19

Ingrid Lara Rodrigues de Oliveira – nº 21

Karina Castilho – nº

Lucas Alencar – nº

Lucas Fernando – nº 27

14 de Novembro de 2012São Paulo

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ConteúdoGuerra Fria.............................................................................................................................................6

Causas....................................................................................................................................................6

Envolvimentos Indiretos.........................................................................................................................8

Espionagem............................................................................................................................................9

Fim da Guerra Fria................................................................................................................................10

Corrida Armamentista e Espacial.........................................................................................................11

Reunificação da Alemanha...................................................................................................................13

Direto ao ponto: Ficha-resumo........................................................................................................13

Muro de Berlim................................................................................................................................14

Dissolução........................................................................................................................................15

Guerra da Coréia..................................................................................................................................17

Guerra do Vietnã..................................................................................................................................18

Mundo Socialista..................................................................................................................................19

Inicio do Socialismo na China...........................................................................................................19

A China atual....................................................................................................................................19

Revolução e Socialismo em Cuba.....................................................................................................20

A Tomada do Poder e a Implantação do Socialismo.........................................................................21

O Leste Europeu...............................................................................................................................22

A Dominação Russa e Soviética........................................................................................................22

Perestroika.......................................................................................................................................23

Glasnost............................................................................................................................................24

Desagregação nacional.....................................................................................................................25

Dissolução do império......................................................................................................................25

Crise no socialismo e o fim da bipolarização....................................................................................26

A CEI (Comunidade de Estados Independentes)...............................................................................27

Tendências Contemporâneas...........................................................................................................28

Socialismo e socialdemocracia.........................................................................................................28

Brasil e o Mundo Contemporâneo.......................................................................................................29

Getulio Vargas..................................................................................................................................29

Ditadura Militar................................................................................................................................30

Juscelino Kubitschek.........................................................................................................................33

Lula...................................................................................................................................................34

Descolonização.................................................................................................................................35

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Subdesenvolvimento........................................................................................................................36

Terceiro Mundo..........................................................................................................................37

África....................................................................................................................................................38

Ásia.......................................................................................................................................................40

Tibete...................................................................................................................................................40

Conflitos Étnicos...................................................................................................................................42

Oriente Médio......................................................................................................................................44

Terrorismo X EUA.................................................................................................................................45

Crise de 2008 nos Estados Unidos........................................................................................................47

Crise de 2008 Vs. Crise de 1929............................................................................................................49

Nova Ordem Mundial...........................................................................................................................50

Países Ricos e Pobres – Globalização....................................................................................................51

Conclusão.............................................................................................................................................53

Bibliografia...........................................................................................................................................54

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Introdução

Vivemos num mundo onde constantemente há mudanças em diversos

aspectos diferentes, sendo eles físicos, geográficos, econômicos ,e muitos outros.

Após a 1ª Grande Guerra Mundial o mundo como um todo ainda estava se

recuperando das consequências deixadas pelo conflito, no entanto apenas 21 anos

depois eclode a 2ª Guerra Mundial que acaba em 1945 deixando o mundo muito

abalado.

Após esses acontecimentos muito importantes o mundo estava dividido em

dois blocos: socialista, comandado pela URSS, e capitalista, comandado pelos

Estados Unidos da América. A chamada Guerra Fria inicia e deixa todos em estado

de extrema preocupação e tensão. Após o conflito citado, diversos outros

acontecimentos sucederam e chocaram o planeta tão amado em que residimos.

Alguns dos principais acontecimentos que vão desde 1945-quando termina uma

guerra e se inicia outra-até os dias atuais (ano de 2012) serão abordados nesse

documento.

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Guerra Fria

A Guerra Fria, que teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial

(1945) e a extinção da União Soviética (1991)  é a designação atribuída ao período

histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a

União Soviética, disputando a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

Causas

A União Soviética buscava implantar o socialismo em outros países para que

pudessem expandir a igualdade social, baseado na economia planificada, partido

único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Enquanto os

Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema

capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade

privada.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial o contraste entre o capitalismo e

socialismo era predominante entre a política, ideologia e sistemas militares. Apesar

da rivalidade e tentativa de influenciar outros países, os Estados Unidos não

conflitou a União Soviética (e vice-versa) com armamentos, pois os dois países

tinham em posse grande quantidade de armamento nuclear,  e um conflito armado

direto significaria o fim dos dois países e, possivelmente, da vida em nosso planeta. 

Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo,

na Coréia e no Vietnã

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Com o objetivo de reforçar o capitalismo, o presidente dos Estados Unidos,

Harry Truman, lança o Plano Marshal, que era um oferecimento de empréstimos

com juros baixos e investimentos para que os países arrasados na Segunda Guerra

Mundial pudessem se recuperar economicamente. A partir desta estratégia a União

Soviética criou, em 1949, o Comecon, que era uma espécie de contestação ao

Plano Marshall que impedia seus aliados socialistas de se interessar ao

favorecimento proposto pelo então inimigo político.

A Alemanha por sua vez, aderiu o Plano Marshall para se restabelecer o que

fez com que a União Soviética bloqueasse todas as rotas terrestres que davam

acesso a Berlim. Desta forma, a Alemanha, apoiada pelos Estados Unidos,

abastecia sua parte de Berlim por vias aéreas provocando maior insatisfação

soviética e o que provocou  a divisão da Alemanha em Alemanha Oriental e

Alemanha Ocidental,divididas pelo famoso Muro de Berlim.

Berlim após a Divisão

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Em 1949, os Estados Unidos juntamente com seus aliados criam a Otan

(Organização do Tratado do Atlântico Norte) que tinha como objetivo manter

alianças militares para que estes pudessem se proteger em casos de ataque. Em

contra partida, a União Soviética assina com seus aliados o Pacto de Varsóvia que

também tinha como objetivo a união das forças militares de toda a Europa Oriental.

Entre os aliados da Otan destacam-se: Estados Unidos, Canadá, Grécia, Bélgica,

Itália, França, Alemanha Ocidental, Holanda, Áustria, Dinamarca, Inglaterra, Suécia,

Espanha. E os aliados do Pacto de Varsóvia destacam-se: União Soviética, Polônia,

Cuba, Alemanha Oriental, China, Coréia do Norte, Iugoslávia, Tchecoslováquia,

Albânia, Romênia.

 

Origem do nome

É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as

superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear.

Envolvimentos Indiretos

Guerra da Coréia: Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito

armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a

Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A

região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus

interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no

paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema

socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.

Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a

intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo

aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues

(apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas,

entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram

que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã

passou a ser socialista. 

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Espionagem

Um dos temas mais frequentes nas telas de cinema a partir da década de 60 é a

espionagem. Cineastas americanos e europeus produziram aventuras, dramas e

comédias com espiões dos mais diversos tipos. Quando o assunto é espionagem, a

primeira coisa que geralmente nos vem à cabeça é a figura do superespião James

Bond. "Moscou Contra 007" é o segundo filme da série baseada nos livros de Ian

Fleming, ele mesmo um ex-agente britânico em Moscou, nos anos 50.

Os filmes de James Bond, feitos na Inglaterra, estão diretamente ligados ao

período de tensão entre as superpotências, e dão uma ideia da importância do

cinema no cenário da Guerra Fria. Mostram as aventuras de um sedutor espião

ocidental em luta contra vilões aparentemente a serviço da União Soviética. Por

mais que se fale em agentes americanos e soviéticos, curiosamente o espião mais

célebre do cinema é britânico e está a serviço de Sua Majestade.

É verdade que, no mundo real, os serviços secretos europeus estiveram bem

ativos durante o período da Guerra Fria. Mas as duas grandes forças da

comunidade de informações eram mesmo a CIA e a KGB. E é sobre o mundo real

da espionagem que vamos falar hoje. Um mundo desprovido de conceitos como

moral e ética, em que para cada espião infiltrado num país estrangeiro existia um

batalhão de funcionários públicos anônimos, encarregados de coletar dados na

imprensa e tabular informações fornecidas por embaixadas e consulados. Uma

rotina que fazia parte de uma história ainda muito mal contada.

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 Fim da Guerra Fria

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas

acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980.O fim da

guerra, como metáfora, teve dois desmoronamentos: o do muro de Berlim e o da

ideologia socialista. Quando o muro foi derrubado, em 1989, os cidadãos da

Alemanha foram comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubá-lo, enfim as

duas Alemanhas são reunificadas.

No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética

Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com

reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se

enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e

militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países

socialistas.

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Corrida Armamentista e Espacial

 

Corrida armamentista é o processo pelo qual um país busca armar-se com o

intuito de proteger-se de outro. Ao mesmo tempo, um país sente-se ameaçado pelo

aumento do poder militar do outro, investindo em seu aparato de defesa. Com isso,

surge um círculo vicioso, no qual ambos os países se armam. Ou pode ser o

processo no qual um país fabrica armas, em meio a tempos de guerra, para vender

e para uso próprio, porém não precisa investir necessariamente em armas, um

exemplo é a corrida armamentista da guerra fria, na qual dois países, Estados

Unidos e União Soviética, disputavam poder tanto em armas quanto

em tecnologia diversificada, como por exemplo foguetes. Enquanto um país

fabricava um foguete para chegar à Lua, o outro preparava outro foguete, melhor,

para levar um homem à Lua, como ocorreu durante a guerra fria.

A corrida espacial foi uma disputa ocorrida na segunda metade do século

XX entre a União Soviética (URSS) e os Estados Unidos (EUA) pela supremacia

na exploração e tecnologia espacial. Entre 1957 e 1975, a rivalidade entre as

duas superpotências durante a Guerra Fria focou-se em atingir pioneirismos na

exploração do espaço, que eram vistos como necessários para a segurança

nacional e símbolos da superioridade tecnológica e ideológica de cada país.

A corrida espacial envolveu esforços pioneiros no lançamento de satélites

artificiais, voo espacial humano sub-orbital e orbital em torno da Terra e viagens

tripuladas à Lua. A competição efetivamente começou com o lançamento do satélite

artificial soviético Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957 e concluiu-se com o projeto

cooperativo Apollo -Soyuz em julho de 1975. O Projeto de Teste Apollo -Soyuz

passou então a simbolizar uma flexibilização parcial das relações tensas entre a

URSS e os EUA. A corrida espacial teve suas origens na corrida armamentista que

ocorreu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando tanto a União Soviética

quanto os Estados Unidos capturaram a tecnologia e especialistas de foguetes

avançados alemães. A corrida espacial provocou um aumento sem precedentes nos

gastos com educação e pesquisa pura, o que acelerou os avanços científicos e

levou a tecnologias benéficas para a população. Algumas sondas e missões

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famosas incluem Sputnik 1, Explorer 1,Vostok 1, Mariner 2, Ranger 7, Luna 9, Apollo

8 e Apollo 11.

O primeiro ser vivo no espaço não foi um homem, mas a cadela russa Laika,

originalmente chamada Kudriavka. Ela subiu ao espaço em 3 de novembro

de 1957 a bordo da nave espacial Sputnik II. Yuri Gagarin (1934-1968) foi o primeiro

homem no espaço, em um voo orbital de 48 minutos, a bordo da nave Vostok I. O

voo de Gagarin ocorreu em 12 de Abril de 1961. Neste voo ele disse as famosas

frases: "A Terra é azul", e "Olhei para todos os lados, mas não vi Deus".

Os EUA foram bem sucedidos em seu objetivo de alcançar a Lua antes da

URSS, em 1969, com a missão Apollo 11. Para atingir este objetivo, o Projeto Apollo

envolveu um fantástico esforço de US$ 20 bilhões, 20 mil companhias que

fabricaram componentes e peças, e 300 mil trabalhadores. A missão Apollo 11

pousou na superfície lunar em 20 de Julho de 1969, em um local chamado "Sea of

Tranquility" (Mar da Tranquilidade). Neil Armstrong e Edwin Aldrin tornaram-se os

primeiros homens a caminhar no solo lunar. Depois da Apollo 11, outras

seis missões Apollo foram lançadas, sendo que cinco delas pousaram na Lua (no

total de doze astronautas que caminharam na Lua). Ficou famosa a frase do

primeiro astronauta a pisar na Lua, Neil Armstrong: "Um pequeno passo para um

homem, um salto gigante para a humanidade".

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Reunificação da Alemanha

Durante quase três décadas, a Alemanha viveu uma condição tão surreal que

parecia digna de roteiro dos filmes alemães dos anos 1920, como O Gabinete do Dr.

Caligari ou Nosferatu. Após os nazistas perderem a Segunda Guerra Mundial (1939-

1945), o país foi dividido em dois, com nomes, bandeiras, moedas, hinos, tudo

diferente.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

E, pior, quem estava de um lado da fronteira não podia atravessar para o

outro para rever os parentes ou amigos. Os alemães do lado Leste, o "primo pobre",

eram impedidos de sair por um muro de 155 km de extensão que cortava a capital,

Berlim, ao meio.

O lado Oeste, rico e democrático, recuperou-se do fim da guerra, mas no

outro, a situação ficou bem diferente. Faltavam artigos de primeira necessidade e o

povo era oprimido por uma das polícias secretas mais eficientes do mundo, a Stasi.

A queda do Muro de Berlim (construído em 1961 e derrubado em novembro

de 1989) foi um dos maiores eventos do século 20. Em uma noite, os alemães

derrubaram o muro que cindia o país em dois, dando fim à Guerra Fria e início à

queda dos regimes comunistas no Leste Europeu e ao mundo globalizado.

Onze meses depois, em 3 de outubro de 1990, ocorreu a reunificação da

Alemanha, por meio de acordos. Nesta data, a antiga República Democrática Alemã

(RDA), ou Alemanha Oriental, foi dissolvida e o território anexado à República

Federal da Alemanha (RFA), ou Alemanha Ocidental, pondo fim à divisão do país.

Nascia, ali, a maior potência econômica da Europa, que, apesar disso, ainda

luta para se reconciliar com o passado. Após 20 anos, a Alemanha permanece

dividida econômica, social e politicamente. O Leste, da antiga RDA, continua

defasado em relação ao Oeste, o que mostra que o processo de reunificação ainda

não terminou.

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Muro de Berlim

O fim da segunda guerra, mais uma vez, deixou a Alemanha derrotada e em

ruínas. Em 1949, a nação foi dividida em duas áreas de regimes políticos e

econômicos diferentes. O lado ocidental era controlado pelos Aliados, enquanto o

lado oriental ficou com a antiga União Soviética. Berlim, a capital, também tinha seu

lado ocidental e oriental.

Logo as divergências sociais entre as duas Alemanhas se tornaram

evidentes. O Oeste capitalista progredia, ao passo que no Leste havia escassez de

produtos e liberdade. Por isso, eram constantes as fugas de alemães para a parte

ocidental.

Para conter as fugas foi construído, em 13 de agosto de 1961, um muro

dividindo o país, transformando a RDA numa prisão para 17 milhões de alemães.

Já ao final dos anos 1980, a situação dos regimes comunistas era

insustentável no Leste Europeu. Prevendo isso, o líder soviético Mikhail

Gorbatchev (1985-1991) iniciou duas reformas, uma política (a glasnost), e outra

econômica (a Perestroika). As duas juntas levaram à dissolução da União Soviética

em 1991.

Sem o apoio militar dos soviéticos para conter as revoluções, os governos

comunistas na Europa começaram a cair um por um. Primeiro a Polônia, por meio

de eleições gerais em 1988. No ano seguinte foi a vez da Hungria, com uma

abertura promovida pelo próprio governo.

Com as fronteiras sendo abertas aos poucos, ficou impossível para a

Alemanha Oriental sustentar o muro por mais tempo. Os protestos cresciam por todo

país, até que, finalmente na noite de 9 de novembro de 1989, o muro veio abaixo.

 

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Dissolução

No ano seguinte, em 18 de março, foram realizadas as primeiras eleições

livres na RDA, com o tema da reunificação dominando os debates. A essa altura, o

país já se esfacelava, o que obrigou o governo a fazer uma equiparação monetária,

tornando o marco a moeda oficial também no Leste.

Foram assinados dois tratados antes da reunificação: um entre as Alemanhas

e outro com as potências estrangeiras de ocupação, o Tratado "2 + 4", que devolvia

ao país sua soberania. Em 3 de outubro de 1990, após votação na Câmara Popular,

o governo da RDA reconheceu a dissolução do país e sua integração à República

Federal da Alemanha.

Depois das comemorações, os alemães começaram a enfrentar as

dificuldades. Era preciso integrar a população do lado oriental, que, sem

qualificação, não conseguia emprego ou bons salários. Outro problema foi a

ascensão de grupos neonazistas.

Hoje, o lado Leste ainda é mais pobre que o Oeste. De acordo com o

governo, a renda anual per capta dos alemães da antiga RDA é quase 5 mil euros

(R$ 11.550) menor. As taxas de desemprego também são maiores e os indicadores

sociais, piores no antigo lado comunista. E mesmo a representação política no

Leste, que possui um quinto da população, é menos expressiva. A sensação é de

que a reunificação ainda não se completou.

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Capa do livro ”A Reunificação Da Alemanha” - Moniz Bandeira

Jornal do Brasil – 23/08/1990

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Guerra da Coréia

A Guerra da Coréia é fruto da disputa velada entre os Estados Unidos e a ex-

URSS, antigos aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Ao final desta, em 1945,

estes países dividiram a Coréia em duas zonas de influência, com o sul ocupado

pelos norte-americanos e o norte dominado pela União Soviética. Ambas são

divididas pelo Paralelo 38º, firmado como marco divisor na Conferência de Potsdam.

Em 1947, na tentativa de unificar a Coréia, a Organização das Nações Unidas –

ONU – cria um grupo não autorizado pela URSS, para pretensamente ordenar a

nação através da realização de eleições em todo o país. Esta iniciativa não tem êxito

e, no dia 09 de setembro de 1948, a zona soviética anuncia sua independência

como República Democrática Popular da Coréia, mais conhecida como Coréia do

Norte. A partir de então, a região é dividida em dois países diferentes – o norte

socialista, apoiado pelos soviéticos; e o sul, reconhecido e patrocinado pelos EUA.

25 de junho de 1950 - Coréia do Norte invade o Sul, dominando sua capital, Seul

3 de Julho – ONU manda tropas, lideradas pelo general americano Douglas

MacArthur

O governo chinês, ao se sentir em perigo, envia trezentos mil homens em

socorro da Coréia do Norte, entrando assim na Guerra e colocando em risco a paz

mundial. As tropas chinesas forçam o General MacArthur a recuar e, em 04 de

janeiro de 1951, conquistam Seul, dominando o Sul. Logo depois, entre fevereiro e

março, um novo avanço dos norte-americanos expulsa as forças chinesas e norte-

coreanas e as obriga a retornar ao Paralelo 38º.  A paz é assinada finalmente em 27

de julho de 1953, através do Armistício de Panmunjon. A fronteira estabelecida em

1948 é mantida, e é criada uma região desmilitarizada entre as duas Coréias, mas

até hoje não se chegou a uma resolução decisiva neste território, e a tensão

permanece, com ameaças constantes pairando no ar. 

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Guerra do Vietnã

Ocorreu entre os anos de 1959 e 1975 e é considerado o mais violento

conflito da segunda metade do século XX. Laos, Vietnã e Camboja faziam parte de

uma região conhecida como Indochina. Estavam sobre o domínio francês e queriam

a independência.

Durante a Segunda Guerra, o Japão invadiu e dominou esta região. Com o

objetivo de combater os orientais, os vietnamitas, liderados por Ho Chi Minh (líder

revolucionário), se reuniram e formaram a Liga Revolucionária para a

Independência do Vietnã (ligada ao partido comunista).

Os primeiros conflitos ocorreram em 1941, ainda durante a Segunda Grande

Guerra. Quando esta terminou, começou o processo de descolonização, que

originou uma luta entre tropas francesas e guerrilheiros do Viet Minh (Liga para a

Independência do Vietnã).

Derrotados, os franceses tiveram que aceitar a independência.

Em 1954, a Conferência de Genebra (convocada para negociar a paz) reconheceu a

Independência do Camboja, Laos e Vietnã.

- Vietnã do Norte: socialista governado por Ho Chin Minh

- Vietnã do Sul: capitalista governado por Ngo Dinh-Diem

Em 1955, Ngo Diem liderou um golpe militar tornando-se ditador. Diem

cancelou as eleições, proclamou a Independência do Sul.

Em 1968, as tropas do norte e os vietcongs fizeram a chamada Ofensiva do

Tet.

Em 1972, durante o governo do presidente Nixon, os EUA bombardearam a

região de Laos e Camboja utilizando, inclusive, armas químicas, mas não adiantou,

pois os guerrilheiros continuavam lutando.

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Em 1972, durante o governo do presidente Nixon, os EUA bombardearam a

região de Laos e Camboja utilizando, inclusive, armas químicas, mas não adiantou,

pois os guerrilheiros continuavam lutando.

Em 1976, o Vietnã se reunificou e passou a se chamar República Socialista

do Vietnã.

Mundo Socialista

Inicio do Socialismo na China

Um grande movimento guerrilheiro de base camponesa, liderado por Mao Tse

Tung, instaurou o regime socialista a partir de 1952, com isso passou a ser uma

república popular de economia planificada.

Em 1960 o país passou a ter relações de apoio com a União Soviética a fim

de desenvolver o setor industrial, nessa mesma década a China deixou de lado a

atividade industrial e voltou-se totalmente para a agricultura.

A partir de 1970 houve uma retomada total da atividade industrial, com elevados

investimentos nas indústrias de grande porte, doravante houve uma abertura do

comércio exterior, gerando saldos positivos na balança comercial, incremento

turístico e investimentos em novas tecnologias, com isso a China busca se

transformar em uma grande potência.

A China atual

Em 1980 a China entrou em um período de intenso crescimento econômico, o

governo chinês ofereceu incentivos para instalação de indústrias estrangeiras.

As exportações chinesas saltaram de 3,6 bilhões de dólares em 1978 para mais de

250 bilhões de dólares em 2004, tal crescimento provocou problemas comuns aos

países capitalistas, como desigualdade social, desemprego e aumento da pobreza,

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outro problema são as disparidades regionais, pois determinadas regiões da China

tornaram-se mais desenvolvidas e industrializadas do que outras.

Hoje a China é o país mais industrializado do sul, lugar que era ocupado pelo

Brasil nos anos 80, e pode tornar-se uma das maiores potências econômica, política

e militar do mundo.

Apesar de ocupar o sexto lugar na economia mundial, o país apresenta

alguns problemas de ordem social, parte da população é atingida pela desnutrição e

há elevado índice de mortalidade infantil.

Revolução e Socialismo em Cuba

A Revolução Cubana foi um movimento popular, que derrubou o

governo do presidente Fulgêncio Batista, em janeiro de 1959. Com o

processo revolucionário foi implantado em Cuba o sistema socialista, com o

governo sendo liderado por Fidel Castro.

Antes de 1959, Cuba era um país que vivia sob forte influência dos

Estados Unidos. As indústrias de açúcar e muitos hotéis eram dominados por

grandes empresários norte-americanos. Os Estados Unidos também

influenciavam muito na política da ilha, apoiando sempre os presidentes pró-

Estados Unidos. Do ponto de vista econômico, Cuba seguia o capitalismo

com grande dependência dos Estados Unidos. Era uma ilha com grandes

desigualdades sociais, pois grande parte da população vivia na pobreza.

Todo este contexto gerava muita insatisfação nas camadas mais pobres da

sociedade cubana, que era a maioria.

Fidel Castro era o grande opositor do governo de Fulgêncio Batista. De

princípios socialistas, planejava derrubar o governo e acabar com a

corrupção e com a influência norte-americana na ilha. Conseguiu organizar

um grupo de guerrilheiros enquanto estava exilado no México.

Em 1957, Fidel Castro e um grupo de cerca de 80 combatentes

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instalaram-se nas florestas de Sierra Maestra. Os combates com as forças do

governo foram intensos e vários guerrilheiros morreram ou foram presos.

Mesmo assim, Fidel Castro e Ernesto Che Guevara não desistiram e mesmo

com um grupo pequeno continuaram a luta. Começaram a usar transmissões

de rádio para divulgar as idéias revolucionárias e conseguir o apoio da

população cubana.

Com as mensagens revolucionárias, os guerrilheiros conseguiram o

apoio de muitas pessoas. Isto ocorreu, pois havia muitos camponeses e

operários desiludidos com o governo de Fulgêncio Batista e com as péssimas

condições sociais (salário baixo, desemprego, falta de terras, analfabetismo,

doenças). Muitos cubanos das cidades e do campo começaram a entrar na

guerrilha, aumentando o número de combatentes e conquistando vitórias em

várias cidades. O exército cubano estava registrando muitas baixas e o

governo de Batista sentia o fortalecimento da guerrilha.

A Tomada do Poder e a Implantação do Socialismo

No primeiro dia de janeiro de 1959, Fidel Castro e os revolucionários

tomaram o poder em Cuba. Fulgêncio Batista e muitos integrantes do

governo fugiram da ilha.

O governo de Fidel Castro tomou várias medidas em Cuba, como, por

exemplo, nacionalização de bancos e empresas, reforma agrária,

expropriação de grandes propriedades e reformas nos sistemas de educação

e saúde. O Partido Comunista dominou a vida política na ilha, não dando

espaço para qualquer partido de oposição.

Com estas medidas, Cuba tornou-se um país socialista, ganhando

apoio da União Soviética dentro do contexto da Guerra Fria.

Até hoje os ideais revolucionários fazem parte de Cuba, que é

considerado o único país que mantém o socialismo plenamente vivo. Com a

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piora no estado de saúde de Fidel Castro em 2007, Raul Castro, seu irmão,

passou a governar oficialmente Cuba, em fevereiro de 2008.

O Leste Europeu

A classificação do continente europeu em Ocidental e Oriental surgiu após a

2ª Grande Guerra Mundial, numa referencia á bipolarização do mundo, que

colaborava em oposição o capitalismo e o socialismo. À Europa Oriental ou Leste

Europeu correspondiam os então países socialistas, ligados a União Soviética,

incluindo a Alemanha Oriental.

Ao longo da história, os países do Leste Europeu foram objeto de disputa

pelas três principais potências que dominaram a região até 1918: o Império

Austríaco, O Império Turco-Otomano e o Império Russo. Após a 2ª Guerra Mundial,

os países do Leste Europeu passaram a fazer parte do bloco soviético de Europa,

sob o regime socialista imposto pela União Soviética.

Ainda hoje, são evidentes as influências germânicas, mulçumanas e eslavas

nessa parte do continente.

 

A Dominação Russa e Soviética

            A dominação russa fez-se em varias etapas desde o século XVIII, e sua

influência é ainda uma realidade na região. Na Segunda Guerra Mundial, a União

Soviética conseguiu alargar suas fronteiras mediante a ocupação das

republicas bálticas (Estônia, Letônia, Lituânia). A partir de 1944, à medida que o

Exército Vermelho soviético ia derrotando as forças alemãs, diversos países do

Leste Europeu foram libertados pela União Soviética, que, aos poucos impôs a eles

regimes socialistas e governos satélites, ou seja, submissos ao controle mundial.

            Quando acabou 2ª Guerra Mundial, evidenciou-se que o continente europeu

estava dividido por uma “cortina de ferro”. Os países do Leste ficaram sob influência

soviética, onde foi adotado o sistema de partido único e a planificação da economia.

A divisão do mundo entre os blocos socialistas e capitalistas era conhecida como

divisão bipolar ou bipolarização

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23

A estagnação econômica a partir de meados da década de 70, aliada à

corrida armamentista, coloca em evidência as deficiências e distorções estruturais

da sociedade soviética e a necessidade de reformas urgentes. A URSS enfrenta

dificuldades crescentes para manter sua hegemonia na Europa Oriental, recua na

Ásia, África e América Latina e naufraga no Afeganistão.

Mikhail Gorbatchev (1934- ), funcionário de carreira do Partido Comunista da

União Soviética, torna-se um dos principais assessores de Iuri Andropov durante o

curto governo deste, entre 1982 e 1984. Em março de 1985 é eleito secretário-geral

do partido, após a morte de Konstantin Tchernenko, que substituíra Andropov. Em

1986, desencadeia a Glasnost e a Perestroika.

Perestroika 

A Perestroika, ou reestruturação econômica, é iniciada em 1986, logo após a

instalação do governo Gorbatchov. Consiste num projeto ambicioso de reintrodução

dos mecanismos de mercado, renovação do direito à propriedade privada em

diferentes setores e retomada do crescimento. A Perestroika visa liquidar os

monopólios estatais, descentralizar as decisões empresariais e criar setores

industriais, comerciais e de serviços em mãos de proprietários privados nacionais e

estrangeiros. O Estado continua como principal proprietário, mas é permitida a

propriedade privada em setores secundários da produção de bens de consumo,

comércio varejista e serviços não essenciais. Na agricultura é permitido o

arrendamento de terras estatais e cooperativas por grupos familiares e indivíduos. A

retomada do crescimento é projetada por meio da conversão de indústrias militares

em civis, voltadas para a produção de bens de consumo, e de investimentos

estrangeiros.

Tratou-se de uma reestruturação econômica e reorientação dos gastos

públicos, diminuindo-se, por exemplo, os investimentos na área da defesa.

Considerando-se o estabelecimento de uma “corrida espacial” entre EUA e URSS

materializada na disputa pelo domínio das tecnologias de defesa (produção de

bombas nucleares) e para exploração do espaço (a exemplo da criação de satélites

e foguetes), a URSS, encabeçada pela Rússia, comprometia sua economia interna

e, dessa forma, o funcionamento de seu modelo de Estado de bem-estar social.

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Mas as reformas, como se sabe, não se pautaram apenas do ponto de vista

econômico, mas também político, promovendo-se (também no bojo dessas

mudanças) a chamada Glasnost.

Glasnost 

A glasnost, ou palavra que em russo transparência política, desencadeada

paralelamente ao anúncio da perestroika, é considerada essencial para mudar a

mentalidade social, liquidar a burocracia e criar uma vontade política nacional de

realizar as reformas. Abrange o fim da perseguição aos dissidentes políticos,

marcada simbolicamente pelo retorno do exílio do físico Andrei Sakharov, em 1986,

e inclui campanhas contra a corrupção e a ineficiência administrativa, realizadas

com a intervenção ativa dos meios de comunicação e a crescente participação da

população. Avança ainda na liberalização cultural, com a liberação de obras

proibidas, a permissão para a publicação de uma nova safra de obras literárias

críticas ao regime e a liberdade de imprensa, caracterizada pelo número crescente

de jornais e programas de rádio e TV que abrem espaço às críticas.

A alusão à ideia de transparência estaria no sentido do abrandamento do

poder e da presença de um estado forte, cerceador de liberdades. Logo,

paralelamente às mudanças promovidas pela Perestroika, estaria a tentativa de uma

maior abertura para uma liberdade de expressão da sociedade (que até então não

poderia reclamar quanto ao governo), ao mesmo tempo em que surgia um esforço

para uma maior transparência das ações do governo, o que refletiria na política

positivamente. Assim, a Glasnost teria inaugurado a democratização, e dessa forma

a quebra do monopólio da vida política nacional pelo Partido Comunista e o

abandono do esquema Estado-partido-sindicato, promovendo uma maior

transparência nas relações políticas. Dessa forma, desarticulavam-se as bases da

União Soviética e, ao final dos anos 80, assistia-se a queda do muro de Berlim,

símbolo da divisão do mundo, o que significaria a vitória da ideologia capitalista.

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Desagregação nacional 

A descompressão política, que permite a expressão do descontentamento

numa escala inédita desde a Revolução de 1917, combinada com o impasse na

condução das reformas econômicas, mergulha a União Soviética numa crise no final

dos anos 80. A produção se desorganiza devido à ausência de uma estratégia

definida de reestruturação econômica. O único ponto claro da perestroika é a

liquidação do antigo sistema de planejamento centralizado. A estruturação de um

novo sistema é obscura. Organizam-se máfias, constituídas por antigos dirigentes de

empresas e ministérios, que se apropriam do patrimônio público e acumulam

fortunas. O Partido Comunista se divide em facções antagônicas. A União se

desagrega, como resultado da pressão de movimentos nacionalistas e autonomistas

nas diversas repúblicas. Um plebiscito, em 1990, aprova a continuidade da União,

mas conflitos étnicos agravam o processo desagregador. O governo central perde

poder sobre as repúblicas.

Dissolução do império

Como consequência da resistência aos golpistas e do enfraquecimento da

posição política de Gorbatchev, Yeltsin assume o poder de fato, proibindo o

funcionamento do Partido Comunista na Rússia. O poder crescente de Yeltsin força

a renúncia de Gorbatchev, em dezembro de 1991. As repúblicas declaram

independência sucessivamente: a Lituânia, a Estônia e a Letônia em 22 de agosto,

seguidas pela Ucrânia (24/8), Bielorrússia (25/8), Geórgia e Moldávia (27/8),

Azerbaijão, Quirguizia e Uzbesquistão (30/8), Tadjiquistão (9/9) e Armênia (22/9).

Em 9 de dezembro de 1991, Rússia, Ucrânia e Bielorrússia formam a Comunidade

de Estados Independentes (CEI), dando por revogada a existência da URSS.

Cazaquistão, Uzbesquistão, Turcomênia, Quirguizia e Tadjiquistão aderem à CEI em

14 de dezembro.

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Crise no socialismo e o fim da bipolarização

A partir do final dos anos 80, a crise pela qual passava o socialismo real ficou

mais nítida e insustentável. Foram várias as razões da crise do mundo socialista,

tanto internas quanto externas, tais como:

• A planificação da economia fazia com que os planos tivessem força de lei e, por

um período de cinco anos, a vida econômica do país limitava-se a atingir

determinados objetivos propostos, "cumprir metas estabelecidas", sem que os

diretores nomeados para as empresas ganhassem autonomia.

 • A ausência de liberdades democráticas, representada pela existência de um só

partido político e dos privilégios que determinados segmentos da sociedade –

principalmente os burocratas e autoridades do partido único – possuíam.

• Os efeitos da propaganda do capitalismo – o sonho de consumo, as liberdades e

oportunidades individuais, o sucesso pessoal no mundo ocidental –, que conseguia

penetrar no mundo socialista, contribuindo para aumentar a insatisfação do povo.

 

O fim dos regimes comunistas na Europa oriental e a queda do Muro de

Berlim (1989) marcaram o fim da Guerra Fria e anunciou o esfacelamento da União

Soviética que, em 1991, perdeu Lituânia, Letônia e Estônia, responsáveis por 70%

de sua população total. Restou apenas uma única superpotência, os Estados

Unidos. As repúblicas que formavam a ex-União Soviética, junto com a atual

Federação Russa, transformam-se na Comunidade dos Estados Independentes

(CEI). O fim da divisão geopolítica bipolar estimulou a regionalização da economia e

a formação dos blocos, pois a disputa pela hegemonia passa diretamente à

concorrência comercial e dá início à chamada nova ordem mundial, onde o poder

está multipolarizado entre os vários blocos. 

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A CEI (Comunidade de Estados Independentes)

 

O fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991,

proporcionou a independência de várias nações que a integravam. Porém, o vínculo

estabelecido entre esses países gerou entre eles uma grande dependência nas

relações políticas, militares e econômicas. Nesse sentido, no dia 8 de dezembro de

1991, foi criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), cujo principal

objetivo era estabelecer um sistema econômico e de defesa entre as nações da

extinta URSS. Os primeiros integrantes do bloco foram: a Rússia, a Bielorrússia e a

Ucrânia. Posteriormente se integraram ao bloco, os seguintes países: Armênia,

Azerbaijão, Cazaquistão, Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Uzbequistão, além do

Turcomenistão, que atualmente é um membro associado à CEI. A Geórgia desligou-

se do grupo em 2009, e os três países bálticos (Lituânia, Estônia e Letônia) são os

únicos países que compunham a União Soviética que nunca fizeram parte da CEI. A

autonomia de cada nação é respeitada, não havendo, portanto, interferência de

outros países nas questões políticas internas. Qualquer país pode abandonar a

Comunidade dos Estados Independentes após ter anunciado essa intenção, desde

que a mesma seja com um ano de antecedência. Minsk, capital da Bielorrússia, é a

cidade onde se localiza a sede da Comunidade dos Estados Independentes. A

estrutura administrativa do bloco é composta por dois conselhos, sendo um formado

por chefes de Estado e o outro por chefes de Governo, cujos encontros ocorrem a

cada três meses. A Federação Russa é a nação com maior destaque no bloco, pois

apresenta grande importância no cenário econômico e geopolítico global. As nações,

de um modo geral, estão estabelecendo relações econômicas com países fora do

bloco, reduzindo os laços com os países integrantes da CEI.

Desde sua fundação, a Comunidade dos Estados Independentes vem se

debatendo com sua natureza ambígua: embora não seja um país, é mais do que

uma simples comunidade econômica de nações, pois tem Forças Armadas

centralizadas, o rublo ainda circula nas repúblicas que a integram e mantém-se em

grande parte intacta a relação de supremacia da Rússia sobre as demais unidades

da extinta Federação.

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Tendências Contemporâneas

Socialismo e socialdemocracia 

A desagregação da União Soviética e o fracasso das experiências socialistas

no Leste Europeu, assim como as reformas de mercado na China, disseminam a

ideia de que a doutrina socialista está morta. A solução para alcançar a justiça

econômica e social passa a ser a socialdemocracia, que desde a década de 50

administra o sistema capitalista em bem-sucedidas sociedades europeias, ou o

próprio liberalismo ou neoliberalismo, que pretende deixar o capitalismo funcionar

sem qualquer amarra. Entretanto, a socialdemocracia e o neoliberalismo também

entram em crise no início da década de 90, por sua incapacidade em dar solução

aos problemas sociais postos pelos novos parâmetros da revolução tecnológica.

Assim, tais reformas promovidas pelo governo soviético representaram o

desmonte do chamado socialismo real, caracterizado em linhas gerais por um

sistema de partido único, com um governo centralizador com forte controle não

apenas na política, mas na economia e na cultura. Atualmente, a China seria um

país com um modelo político-administrativo muito próximo daquilo que foi a URSS,

mas diferencia-se, fundamentalmente, pela forma como aderiu ao capitalismo

enquanto modo de produção da vida, tornando-se uma das sociedades mais

complexas aos olhos de analistas de todo o mundo.

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Brasil e o Mundo Contemporâneo

Getulio Vargas

Getúlio Dornelles Vargas nasceu no dia 19 de abril de 1882, em São Borja, no

Rio Grande do Sul. Alterou o ano de seu nascimento para 1883 por razões

desconhecidas. O fato foi descoberto somente no ano do centenário de seu

nascimento, quando a igreja onde havia sido registrado divulgou sua certidão

verdadeira. A falsificação descoberta por estudiosos constava do atestado militar

apresentado por ele à Faculdade de Direito de Porto Alegre.

Ingressou na política em 1909, como deputado estadual pelo PRP (Partido

Republicano Rio-Grandense). De 1922 a 1926, cumpriu o mandato de deputado

federal. Ministro da Fazenda do governo Washington Luís, deixou o cargo em 1928,

quando foi eleito para governar seu Estado. Foi o comandante da Revolução de

1930, que derrubou o então presidente Washington Luís.

Ocupou a presidência nos 15 anos seguintes e adotou uma política

nacionalista. Em 1934, promulgou uma nova Constituição. Em 1937, fechou o

Congresso, prescreveu todos os partidos, outorgou uma Constituição, instalou o

Estado Novo e governou com poderes ditatoriais. Nesse período, adotou forte

centralização política e atuação do Estado.

Na área trabalhista, criou a Justiça do Trabalho (1930), o Ministério da Justiça

e o salário mínimo (1940), a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) (1943), a

carteira profissional, a semana de 48 horas de trabalho e as férias remuneradas. Na

área estatal, criou a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce

(1942), a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945) e entidades como o IBGE

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(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -1938). Foi derrubado pelos militares

em 1945.

Voltou à presidência na eleição de 1950, eleito pelo PTB (Partido Trabalhista

Brasileiro), que ajudou a fundar. No último mandato, criou a Petrobrás. O

envolvimento do chefe de sua guarda pessoal no atentado contra o jornalista Carlos

Lacerda levou as Forças Armadas a exigir sua renúncia no último ano do mandato.

Suicidou-se em meio à crise política, com um tiro no peito, na madrugada de

24 de agosto de 1954, dentro do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, deixando

uma carta-testamento em que apontava os inimigos da nação como responsáveis

por seu suicídio.

Ditadura Militar

É conhecido no Brasil como “Regime Militar” o período que vai de 1964 a

1985, onde o país esteve sob controle das Forças Armadas Nacionais (Exército,

Marinha e Aeronáutica). Neste período, os chefes de Estado, ministros e indivíduos

instalados nas principais posições do aparelho estatal pertenciam à hierarquia

militar, sendo que todos os presidentes do período eram generais do exército. Era

denominada ”Revolução” em sua época, sendo que os principais mentores do

movimento viam o cenário político do início dos anos 60 como corrupto, viciado e

alheio às verdadeiras necessidades do país naquele momento. Assim, o seu gesto

era interpretado como saneador da vida social, econômica e política do país,

livrando a nação da ameaça comunista e alinhando-a internacionalmente com os

interesses norte-americanos, trazendo de volta a paz e ordem sociais.

Os antecedentes do Regime Militar podem ser encontrados no período

Vargas, entre os responsáveis pela sua derrubada em 1945, pondo fim ao Estado

Novo. Este contingente de oposição se agruparia logo depois na UDN, União

Democrática Nacional, partido de orientação liberal-conservadora. Com a volta de

Getúlio por meio de eleições diretas em 1951, tal grupo continuaria fazendo

oposição à sua política, considerada “populista”. Tal pressão acabaria por provocar o

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suicídio do presidente. Este gesto, apesar de frear o movimento das forças

conservadoras, não impediu algumas tentativas, em especial a manobra para que o

presidente eleito Juscelino Kubitschek não tomasse posse. Uma intervenção de um

grupo militar não-ortodoxo garantiria a posse de Kubitschek.

Eleito Jânio, parecia finalmente que as forças que dariam respaldo aos

militares subiria ao poder, mas, o temperamento ímpar do novo presidente, e sua

surpreendente renúncia implodiriam o projeto conservador. Outra vez as ideias de

Vargas estariam representadas por um de seus mais aplicados discípulos, João

Goulart, que tinha o talento de atrair a repulsa de todos os movimentos um pouco

mais à direita do espectro político. O medo de que Goulart implantasse no Brasil

uma república sindicalista com o apoio discreto do Partido Comunista Brasileiro

acabou lançando a classe média contra o presidente, entendendo que o Brasil

caminhava para o caos do socialismo operário e campesino.

Do mesmo modo que acreditavam estarem mantendo a legalidade ao garantir

a posse de Juscelino, quase dez anos antes, os militares decidiram entrar em cena

novamente. Agora, a deposição do presidente asseguraria a ordem e a legalidade.

Na noite de 31 de março para 1 de abril de 1964 começa então um período de

exceção, arbitrariedade, desrespeito aos poderes estabelecidos, aos direitos dos

cidadãos, à sua integridade física, bem como sua liberdade de expressão. Certos de

que realizavam um gesto de “purificação” do poder, o projeto de aparência edificante

dos militares descamba para a repressão de toda uma nação. A Constituição seria

rasgada, o judiciário perderia sua independência, e pior, os membros do legislativo

seriam depostos de seus cargos como representantes legítimos do povo.

A ideia era de que quando o Marechal Humberto Castelo Branco assumisse o

poder, logo o devolveria a um representante civil, garantindo mesmo as eleições

previstas para 1965. Castelo Branco pertencia ao grupo moderado do movimento,

chamado de “Grupo de Sorbonne”. Logo, porém, os radicais assumiriam o controle

do movimento, forçando a permanência dos militares no poder, em plena crença de

que os entes responsáveis pelos males políticos do país ainda poderiam voltar a

comandar o país.

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É por obra dos radicais que ocorre a posse de Costa e Silva como segundo

presidente militar, e onde se inicia o período mais pesado da repressão. Das

perseguições a parlamentares da gestão anterior, os militares decidiram fechar o

Congresso Nacional em 1968, através do infame Ato Institucional número 5. Costa e

Silva morre em pleno mandato, e mais uma vez o grupo radical conspira para que o

vice presidente, Pedro Aleixo, um civil, não assuma; no lugar, o poder seria entregue

a uma Junta formada por três militares, um de cada força. A repressão chegaria ao

seu auge com o presidente seguinte, Emílio Médici, que acaba com qualquer

movimento armado da oposição, dando a ideia da completa predominância e

popularidade do regime, sob pleno “Milagre Econômico“, em meio à conquista

definitiva da Taça Jules Rimet na Copa do México de 1970 .

Ao aproximar-se a Primeira Crise do Petróleo, sobe ao poder justamente o

presidente da Petrobrás, General Ernesto Geisel, confrontado com o disparo da

inflação e fim do milagre. Moderado, ele é incumbido de preparar a volta à

normalidade, fazendo a distensão “lenta, gradual e segura”. Apesar de casos

infames como a morte do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manuel Fiel Filho,

Geisel parece conseguir seu objetivo, entregando o poder ao último general da era

militar, João Batista Figueiredo. Apesar da crise econômica, que começava a atingir

níveis insuportáveis, da concreta “quebra” do Brasil no plano econômico, e da

impunidade de vários personagens da época da repressão, Figueiredo irá, depois de

21 anos de ditadura, transferir o poder a um civil, ainda indiretamente eleito:

Tancredo Neves, que morre antes de subir ao poder. Seu vice, José Sarney,

proveniente dos quadros políticos da ditadura, acabaria incumbido de guiar o país

até as tão esperadas eleições diretas em mais de 25 anos, previstas para 1989.

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Juscelino Kubitschek

Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em 12 de setembro de 1902 em

Diamantina, Minas Gerais. Filho de um caixeiro-viajante e de uma professora,

formou-se como médico na cidade de Belo Horizonte, em 1927. Fez curso e estágio

complementares em Paris e Berlim em 1930 e casou-se com Sara Lemos em 1931.

Começou a trabalhar como capitão-médico da Polícia Militar, quando fez

amizade com o político e futuro governador Benedito Valadares. Nomeado

interventor federal em Minas, em 1933, Valadares colocou o amigo como seu chefe

de gabinete. A seguir, Kubitschek foi eleito deputado federal (1934-1937), nomeado

prefeito de Belo Horizonte (1940-1945) e realizou obras de remodelação da capital.

Após uma gestão como deputado constituinte, em 1946, pelo PSD (Partido

Social Democrático), foi eleito governador em Minas Gerais (1950 a 1954). Venceu a

eleição para presidente da República com 36% dos votos, numa coligação PSD-PTB

com o slogan "Cinqüenta Anos em Cinco".

Na presidência, construiu hidrelétricas, estradas, promoveu a industrialização

e a modernização da economia. Um de seus principais feitos foi a construção da

cidade de Brasília e instituição do Distrito Federal, que marcou a transferência da

capital federal (até então no Rio de janeiro) em 21 de abril de 1960. Numa era pós-

Vargas, seu governo foi marcado por mudanças sociais e culturais como os festivais

de música e a moda da bossa-nova.

Quando terminou o mandato, JK, como era conhecido, foi eleito senador por

Goiás em 1962, mas teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos

em 1964, pelo regime militar.

Em 1966 tentou organizar uma frente pela redemocratização do país, junto

com Carlos Lacerda e João Goulart mas não voltou mais ao poder. Se afastou da

política e dedicou-se ao trabalho como empresário. Morreu em um desastre

automobilístico no quilômetro 165 da Via Dutra, nas proximidades de Resende (RJ),

em 22 de agosto de 1976.

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Lula

O ex-sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Garanhuns (PE), em 27

de outubro de 1945. Cofundador do PT, ele cumpriu dois mandatos sucessivos na

Presidência da República, encerrados em 2010. 

Torneiro mecânico formado pelo SENAI, o ex-líder sindical Luiz Inácio Lula da

Silva tornou-se em 2002 o 35º presidente da República do Brasil. Casado com

Marisa Letícia e pai de cinco filhos, Lula nasceu em Garanhuns, no sertão

pernambucano. Com sua mãe e seus irmãos, enfrentou 13 dias de viagem em um

caminhão pau de arara, concretizando o trajeto executado por milhares de migrantes

que deixaram o Nordeste em direção a São Paulo. A família de Lula instalou-se no

litoral paulista em 1951, em busca do pai que havia mudado para Santos quatro

anos antes. 

Ainda criança, Lula vendeu tapioca, laranjas e amendoim nas ruas. Aos 14

anos, matriculou-se no curso de torneiro mecânico do SENAI, profissão que o levou

a fazer parte do movimento metalúrgico que se formou no ABC paulista. Em 1969,

ingressou no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, e, a partir de

1978, liderou greves históricas que culminaram com a fundação do PT, em 1979. 

Foi no movimento grevista que Lula ingressou na vida política. Como

resultado da militância, chegou a passar 31 dias preso com base na Lei de

Segurança Nacional. Sua primeira tentativa nas urnas ocorreu em 1982, quando

concorreu ao governo de São Paulo. Dois anos depois, elegeu-se deputado federal

constituinte. 

Nos anos seguintes, sua trajetória eleitoral foi marcada por três derrotas em

disputas presidenciais -1989, 1994 e 1998. Em 2002, foi eleito presidente com 53

milhões e votos e, em 2006, reeleito com 58 milhões. Embora seu governo tenha

sido palco de crises políticas como a do mensalão, em 2005, Lula tornou-se o

presidente com a maior aprovação popular desde que foram instituídas as pesquisas

de avaliação no Brasil. Como reflexo do apoio popular, elegeu em 2010 sua ex-

ministra da Casa Civil Dilma Rousseff para sucedê-lo na Presidência. 

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Descolonização

Quando uma colônia consegue recuperar sua independência ocorre o

processo de descolonização. Isto pode acontecer devido a um acordo entre a terra

colonizada e um partido político ou por uma luta organizada para livrar a colônia de

seus exploradores. Exemplos desta batalha são as frentes organizadas por Che

Guevara e Fidel Castro na América Latina e as ações de Gandhi na Índia. No

primeiro caso houve luta armada, já no segundo a libertação deu-se pela insistência

ideológica de seu líder, Gandhi, que optava por não fazer uso da violência.

Geralmente, o processo de descolonização é precedido por um conflito entres

as forças da colônia contra seus colonizadores. Na Argélia ocorreu uma guerra de

libertação contra Portugal. Já nos Estados Unidos foi dado um golpe de estado no

qual as colônias substituíram a administração dos colonos. Outro tipo de

descolonização pode acontecer quando ocorrem manifestações pacíficas dentro da

nação colonizada.

De acordo com Frantz Fanon, psiquiatra e escritor nascido na Martinica que

teve muita influência na guerra pela independência da Argélia, a descolonização

abrange um sentido mais filosófico: “libertação nacional, renascimento nacional,

restituição da nação ao povo, commonwealth, quaisquer que sejam as rubricas

utilizadas ou as novas fórmulas induzidas, a descolonização é sempre um fenômeno

violento, (…) é simplesmente a substituição de uma ‘espécie’ de homens por outra

‘espécie’ de homens”.

Porém, a descolonização nem sempre ocorre como nos exemplos citados

acima. Em alguns casos, os colonizadores acabam passando por pressões dentro

da colônia e também de seu próprio país de origem. Quando as colônias começam a

trazer mais malefícios do que o lucro esperado, acaba-se forçando um processo de

independência. Um bom exemplo deste tipo de descolonização aconteceu com os

países que eram colonizados por franceses e britânicos na África. Resumindo:

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quando a colônia deixa de ser uma solução e se torna um problema, acordos

econômicos são estabelecidos e acabam por manter os privilégios dos

colonizadores sobre o comércio, política e economia da ex-colônia. A este processo

dá-se o nome de neocolonialismo.

Na África, os desentendimentos gerados pela competição entre as várias

potências coloniais da Europa levaram ao predomínio política dos países do

continente. Esta disputa desenfreada teve seu ápice na partilha da África por países

europeus mais Estados Unidos e Rússia na Conferência de Berlim, ocorrida em

1885. Já na Ásia e na Oceania, a descolonização aconteceu depois da Segunda

Guerra Mundial. Com o enfraquecimento dos países que participaram da segunda

guerra, os recursos para manter suas colônias tornaram-se insuficientes. Mas outro

motivo também teve grande importância para a descolonização destes continentes:

a desobediência civil na Índia, liderada pelo líder pacifista Mahatma Gandhi.

Insatisfeitos com seus colonizadores ingleses, os indianos deixaram de pagar

impostos e de servir a Inglaterra. Os ingleses fizeram retaliações violentas, porém,

após muitas mortes e repercussão internacional, a Índia venceu a Inglaterra pela

insistência de muitos homens, que acabaram por influenciar outros processos de

descolonização ao redor do mundo.

Subdesenvolvimento

A expressão subdesenvolvimento originou-se após a Segunda Guerra

Mundial para denominar os países com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento

Humano), esse índice é analisado a partir dos indicadores sociais como: taxa de

mortalidade infantil, taxa de analfabetismo, taxa de natalidade, renda per capita,

qualidade de vida da população, aquisição ao conhecimento e expectativa de vida.

Os organismos responsáveis pela avaliação dos dados são organizações

internacionais como a ONU (Organizações das Nações Unidas) e UNESCO

(Organizações das nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

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Terceiro Mundo

O conjunto de países subdesenvolvidos é denominado de Terceiro

Mundo, esses países são, em sua maioria, capitalistas de economia menos

desenvolvida, pois enfrentam crises constantes, são dependentes economicamente,

entre outros fatores determinantes.

Terceiro Mundo é uma expressão que surgiu na segunda metade do século

XX pelo francês Alfred Sauvy, isso ocorreu em razão de observações e

comparações entre os países pobres subdesenvolvidos e os ricos desenvolvidos.

A partir desse período o mundo pôde ser regionalizado ou/e classificado em: 

- Países do Sul (subdesenvolvidos): em razão da localização geográfica, pois se

encontram no hemisfério sul; com exceção da Austrália e a Nova Zelândia, todos

são subdesenvolvidos.

- Países do Norte (desenvolvidos): países localizados no hemisfério norte, quase

todos são países ricos e desenvolvidos.

A classificação ficou da seguinte forma: Primeiro Mundo (Países capitalistas de

economia desenvolvida), Segundo Mundo (Países socialistas de economia

planificada) e Terceiro Mundo (Países capitalistas de economia menos

desenvolvida).

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África

O continente africano é palco de uma série de conflitos, consequência da

intervenção colonialista, principalmente no fim do século XIX e início do século XX.

Esse processo de intervenção interferiu diretamente nas condições políticas,

econômicas e sociais da população africana, pois ela foi dividida apensa como

critério os interesses dos colonizadores europeus, principalmente França e

Inglaterra. Diversas comunidades, muitas vezes rivais, que historicamente viviam em

conflito, foram colocadas em um mesmo território, enquanto grupos de uma mesma

etnia foram separados.

Após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu um intenso processo de

independência das nações africanas. Porém, novos países se formaram sobre a

mesma base territorial construída pelos colonizadores europeus, desrespeitando a

cultura e a história das comunidades, consequentemente inúmeros conflitos étnicos

pela disputa de poder foram desencadeados no interior desses países.

Outro fator agravante para o surgimento desses conflitos na África se refere

ao baixo nível socioeconômico de muitos países e à instalação de governos

ditatoriais. Durante a Guerra Fria, que envolveu os Estados Unidos e a União

Soviética, ocorreu o financiamento de armamentos para os países africanos,

fornecendo aparato técnico e financeiro para os distintos grupos de guerrilheiros,

que muitas vezes possuíam – e ainda possuem – crianças que são forçadas, através

de uma manipulação ideológica, a odiarem os diferentes grupos étnicos.

A participação de crianças nos conflitos armados

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São vários os conflitos no continente africano; o que é pior, muitos deles

estão longe de um processo de pacificação. A maioria é motivada por diferenças

étnicas, é o que acontece em Ruanda (dominado antes pela Bélgica), Mali, Senegal,

Burundi, Libéria, Congo e Somália, por exemplo. Outros por disputas territoriais

como Serra Leoa, Somália e Etiópia; questões religiosas também geram conflitos, é

o que acontece na Argélia e no Sudão. Além de tantas políticas ditatoriais

instaladas, a que teve maior repercussão foi o apartheid na África do Sul – política

de segregação racial que foi oficializada em 1948, com a chegada ao poder do Novo

Partido Nacional (NNP). O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas,

além de não poderem adquirir terras na maior parte do país, obrigando os negros a

viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento

geográfico.

Atualmente existem 11 países em guerra civil, sendo a do Congo a pior de

todas étnicas-religiosas.

Ocorre atualmente também a chamada primavera árabe que é a época que

diversos países árabes estão se movimentando contra os regimes ditatoriais,

começou na Tunísia, e passou por Egito, Líbia, Iêmen, Barein e agora está na Síria.

Deve-se haver a

intervenção de organismos internacionais para que os principais problemas do

continente africano (aids, fome, economia, saúde, guerra, etc.) sejam amenizados,

pois esse processo é consequência das políticas colonialistas dos países

desenvolvidos, que após sugarem a riqueza desse povo, abandonaram o continente,

deixando uma verdadeira mazela. 

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Ásia

É um país com maior índice de analfabetismo, mas também com as maiores

universidades; com mais doenças, mas também com o maior número de médicos.

Conquistou a independência em 1948, com a principal ajuda de Mahatma Gandhi,

que pregava a paz e conseguiu tirar a Inglaterra da Índia por meio da desobediência

civil e boicote econômico, sem armamento nenhum. Mas antes desse período havia

constantes conflitos étnico-religiosos entre hindus e muçulmanos, com a presença

de Gandhi eles se uniram para conquistar a independência, mas Gandhi foi morto

por um fanático, e então as guerras internas continuaram.

Devido a constantes conflitos a Índia teve que ser dividida em Paquistão

(muçulmano), Índia (hinduísta) e Bangladesh (muçulmano).

Tibete

O principal interesse da China no território tibetano é a localização geográfica

estratégica, pois a província se encontra no continente asiático, no sul e no centro

da Ásia, o que facilita o controle da região por parte da China. Essa configuração

geográfica possibilita melhor controle por parte do governo chinês, diante desse fato

os líderes chineses não têm intenção de conceder a independência política total ao

Tibete. A prova da insatisfação quanto ao processo de independência tibetana foi a

atitude do governo chinês que reprimiu, com o uso da força, as manifestações que

aconteceram na capital do Tibete, Lhasa. Antes da chegada da China ao Tibete, ele

era um país teocrata independente, governado por uma ditadura de monges, e no

poder estava o monge Dalai Lama, que hoje ainda está vivo e reside na cidade de

Dharamsala, na Índia, pois teve que fugir dos ataques chineses em Lhasa.

De acordo com o porta-voz do Ministro das Relações Exteriores, o chinês Liu

Jianchao, a China irá lutar efetivamente pela permanência de seu controle na região.

O território no qual está localizado o Tibete encontra-se em uma região que se

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estabelece a 4,5 mil metros acima do nível do mar, devido a essas características é

chamado de “teto do mundo”, nome dado pelo fato de ser o ponto mais elevado do

planeta, mais precisamente por abrigar nessa região o monte Everest, com 8.850

metros de altura.

O interesse chinês no território tibetano não está ligado somente à localização

estratégica da região, mas também às suas riquezas naturais, como, por exemplo,

as grandes áreas preservadas compostas por enormes florestas, consideradas um

grande potencial bioenergético, sem contar as importantes jazidas de minérios

presentes no território do Tibete, tais como cromo, cobre, bórax, urânio, lítio, ferro,

cobalto e muitos outros.Outro fator determinante está ligado aos recursos hídricos,

uma vez que as nascentes de importantes rios asiáticos, como os rios Yang-tse-

Kiang (rio Azul), Hoangho (rio Amarelo), Mekong, Indus, entre outros, nascem em

território tibetano, mananciais esses que respondem por aproximadamente 30% das

fontes de água da China.

Nas olimpíadas de Pequim diversas pessoas se manifestaram querendo a

saída da China do Tibete, o que ofuscou a olimpíada e incomodou o governo chinês.

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Conflitos Étnicos

Os Conflitos Étnicos envolvem questões religiosas, territoriais, políticas e

culturais. O embate entre grupos ou comunidades com características diferenciadas

muitas das vezes resulta em genocídio.

Os Conflitos Étnicos são antigos na história da humanidade. Ainda na pré-

história, segundo alguns antropólogos, os Neandertais foram extintos em função de

um conflito causado por diferenças étnicas contra os Homo sapiens. Assim, vários

outros povos também sofreram com aniquilações no decorrer do tempo. Na Idade

Média, foram vários os conflitos ocorridos por interesses de um reino dominar o

outro que possuía origens culturais diferentes. Houve também as Cruzadas, um dos

casos mais emblemáticos do período. Em linhas gerais, tratavam-se do embate

entre cristãos e muçulmanos.

Na Idade Moderna, houve um dos maiores genocídios da história humana.

Em meio ao processo de expansão marítima, os Espanhóis chegaram até a América

e encontraram um povo com características bem distintas, os índios, cerca de 70

milhões de nativos foram mortos.

O termo Conflito Étnico identifica qualquer conflito que tenha em sua

essência o choque de pessoas com origens religiosas, raciais, culturais ou

geográficas.

A lista de Conflitos Étnicos é enorme. Para o continente europeu podemos citar:

Conflito nos Bálcãs: colocou em choque as várias nacionalidades que compunham

a Iugoslávia, levando ao seu esfacelamento; o processo de independência da

Bósnia, que colocou croatas, sérvios e muçulmanos em conflito, resultando em uma

limpeza étnica dos não sérvios na região.

 Guerra do Kosovo: a população que ansiava por direitos para a população de

origem albanesa foi massacrada.

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 Questão Basca: um povo com identidade e cultura própria no norte da Espanha

luta por sua independência.

Questão Irlandesa: que deseja conquistar a independência da Irlanda em relação

ao Reino Unido.

 Conflitos no Cáucaso: que geram disputa entre as cerca de 50 etnias que vivem

na região.

No continente Asiático há, por exemplo, o Conflito Étnico na Caxemira.

O caso mais latente na América é o do Quebec, província canadense com uma

cultura francesa. Diferentemente do restante do país que traz as marcas da

colonização inglesa.

O continente africano que é marcado por uma série de Conflitos Étnicos. A

maioria dos problemas africanos estão ligados a fatores desse tipo, o que é uma

consequência da exploração que as potências capitalistas desenvolveram no

continente. No caso africano, podemos citar o Genocídio de Ruanda, no qual

milhares de tutsis foram mortos por hutus; os conflitos no Chifre da África,

ocasionando em devastação da região; e os Conflitos na Nigéria, onde há

confrontos entre grupos religiosos e o governo do país.

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Oriente Médio

É composta por 15 países: Afeganistão, Arábia Saudita, Bahrain, Catar,

Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã,

Síria, Turquia.Está localizado no oeste da Ásia e é a região mais tensa do mundo

atualmente, constantemente se ouve citar na mídia pelo menos um desses países. A

etnia predominante é a árabe, mas não a única, os países que não são árabes são:

Israel, Turquia, Afeganistão e Chipre (muçulmanos, menos Israel).

Devido a variedade de religiões e etnias existem tantos conflitos lá como entre

Israel e Afeganistão. É nesse território o berço dos maiores grupos terroristas:

Hammas (palestina), Hezbollah (Líbano) e Al Qaeda (Afeganistão).

Nesse território conflituoso está o povo curdo, que é o maior povo sem pátria

do mundo todo. Como eles aspiram conquistar independência política e territorial do

Irã, Iraque, Síria e Turquia, a luta pela autonomia desse povo vem sendo combatida

de maneira violenta, especialmente pelo Iraque e Turquia. No Iraque, os curdos

estão estabelecidos em uma região rica em petróleo, por isso, na década de 80, o

ditador Saddam Hussein usou armas químicas para matar 5.000 curdos. 

Em decorrência desse fato, o Iraque sofreu uma grande pressão internacional

para instituir um projeto de autonomia parcial para os curdos, então foi criada uma

zona de segurança localizada na região norte do país, onde se concentra grande

parte dessa etnia. A luta desse povo parece estar longe de obter uma solução

satisfatória, tendo em vista que nenhum país quer abrir mão de parte de seus

respectivos territórios para ser repassada a essa nação que vive subordinada.

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Terrorismo X EUA

Durante a segunda metade do século XIX, as ações terroristas tiveram uma

ascensão, porém foi no século XX que houve uma expansão dos grupos que

optaram pelo terrorismo como forma de luta. Como consequência dessa expansão,

o raio de atuação terrorista aumentou, surgindo novos grupos, como os separatistas

bascos na Espanha, os curdos na Turquia e Iraque, os mulçumanos na Caxemira e

as organizações paramilitares racistas de extrema direita nos EUA. Um dos

seguidores dessa última organização foi Timothy James McVeigh, terrorista que

assassinou 168 pessoas na década de 1980, no conhecido atentado de Oklahoma.

Em 11 de setembro de 2001 o mundo foi abalado novamente pelos

terroristas, desta vez com o emprego de aviões civis de carreira sequestrados por

terroristas e usados como “mísseis de cruzeiro”.

O ataque demonstrou a vulnerabilidade do espaço aéreo dos EUA e o despreparo

da inteligência e da defesa aérea da maior potência militar do planeta para defender-

se de um ataque originado dentro do próprio país.

Ficou patente também a falta de integração entre o controle de tráfego aéreo

civil e o sistema de defesa aérea dos EUA, que impossibilitou a tomada de decisões

mais rápidas para a interceptação dos aviões atacantes. O ocorrido naquele dia

desencadeou uma reação dos Estados Unidos, país que ficou com o orgulho

profundamente ferido. Na periodização da história mundial, muitos apontam o ano

de 2001 como o divisor da História Contemporânea e da História Pós-

Contemporânea.

Naquela mesma data, os Estados Unidos, liderados pelo então

presidente George W. Bush anunciou um movimento militar chamado de Guerra ao

Terrorismo. A iniciativa fazia parte de uma estratégia global de combate ao

terrorismo. De início, a medida denotava um forte caráter religioso e conservador,

Bush chegou a usar os termos “Guerra ao Terror” e “Eixo do Mal”, propagando o que

ficou chamado por Doutrina Bush.

Para combater o terrorismo, foram associados esforços simultâneos nos

campos político-diplomático, econômico, militar e de inteligência. Como os terroristas

não representam um exército oficial de um Estado, os alvos do combate ao

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terrorismo passaram a ser os países que apoiam movimentos ou grupos terroristas,

ou seja, os mesmos que integravam o chamado Eixo do Mal.

As operações militares contra o terrorismo tiveram início, os Estados Unidos

invadiram e ocuparam militarmente o Afeganistão e o Iraque. No primeiro país a

ocupação se deu pela caçada a Osama Bin Laden, líder do grupo terrorista que

assumiu o atentado do dia 11 de setembro de 2001. As tropas estadunidenses

tomaram o Afeganistão em procura do terrorista e promoveu o suposto

estabelecimento da democracia. Até hoje Osama Bin Laden não foi encontrado pelo

exército dos Estados Unidos. Já a invasão no Iraque se deu com a justificativa de

que o país possuía armas biológicas de destruição em massa. O exército

estadunidense mais uma vez defendeu a implantação da democracia e caçou o líder

iraquiano, Saddam Hussein. Este foi encontrado pelos militares escondido em um

buraco, recebeu a condenação de pena de morte e morreu enforcado.

Entretanto a iniciativa de combate ao terrorismo originada pelos Estados

Unidos é muito questionada, há algumas controvérsias que colocam em dúvida a

credibilidade da ação. Uma delas se baseia no fato de que foram os Estados Unidos

e os aliados da OTAN que definiram os países apoiadores do terrorismo. China e

Rússia aproveitaram para anexar separatismo e extremismo ao terrorismo e assim

justificar o combate a seus adversários políticos.

O objetivo que era de combater o terrorismo é controverso no caso da

invasão do Iraque, pois o país não tinha atentados terroristas antes da invasão dos

Estados Unidos. Por isso alguns críticos argumentam que a Guerra ao Terrorismo

tem objetivos menos defensivos e mais ofensivos para garantir a expansão das

bases militares estadunidenses no mundo e propiciar o controle de regiões

estratégicas pela circulação de riquezas ou reservas de petróleo e gás natural.O

certo é que hoje os Estados Unidos ainda ocupam territórios no Oriente Médio e os

gastos com a Guerra ao Terrorismo já superaram os custos das Guerras da Coréia e

do Vietnã.

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Crise de 2008 nos Estados Unidos

No começo deste século (meados de 2001 e 2002) o mercado imobiliário

dos Estados Unidos entrou em expansão. Comprar casas passou a ser objetivo de

quem queria, além do imóvel próprio, fazer algum investimento (comprava-se barato,

revendia-se mais caro, tudo com dinheiro de empréstimos). Tudo isso depois que o

Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) passou a diminuir os juros e

incentivar empréstimos e financiamentos, para fazer consumidores e empresas

gastarem mais. Mais dinheiro circulando, mais liquidez no mercado, maior é a

especulação financeira mundial. Essas coisas da globalização.

A partir de então, o crédito começou a rolar solto. Empresas hipotecárias,

bancos e financeiras começaram a emprestar e financiar cada vez mais. Qualquer

um poderia retirar um empréstimo ou financiar um imóvel. Surgiram os chamados

“subprimes”, os clientes de um segmento de renda mais baixa. Esse segmento é

constituído também de mutuários (as pessoas que retiram os empréstimos) que não

conseguiam facilmente comprovar renda e/ou tinham algum histórico de

inadimplência (quando o cliente não cumpre o contrato ou, simplesmente, não paga

o que deve). 

Mas o mercado estava tão empolgado com tanto gasto dos americanos que

bancos e outras instituições financeiras começaram a adquirir das hipotecárias os

créditos “podres”, ou seja, os créditos dos subprimes. Eles eram misturados a

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créditos de clientes “primes” (os que tinham nome limpo e crédito na praça) e

passados adiante. Desta forma, cada vez mais empréstimos eram feitos (e

incentivados), para que seus créditos fossem vendidos. Simples especulação.

A crise começou a pipocar quando os tais subprimes mostraram suas

condições: simplesmente não pagaram seus empréstimos. Para alguns o prejuízo foi

perder suas casas (em ações de “foreclose”, o despejo) e, para muitos outros,

acordar em um mar de dívidas. E, como eles eram a fonte inicial do dinheiro, a

empresa que lhe emprestou o dinheiro e as outras que adquiriram seu crédito

“podre”, saiu no prejuízo também, ou seja, ninguém recebeu. Uma “bola-de-neve”!

Depois de uma alta até 2006, o preço dos imóveis começou a cair e os juros

altos afastaram novas possibilidades de crédito. Como a oferta passou a ser maior

que a procura, o mercado imobiliário dos EUA ficou cada vez mais desvalorizado.

Então, um novo cenário começou a surgir depois da expansão imobiliária: o

trancamento do crédito nos Estados Unidos. O dinheiro em circulação diminuiu,

bancos e financeiras começaram a ser vendidos e muitos até anunciaram falência.

Foi a partir dessa situação que o governo norte-americano resolveu intervir e ajudar

os bancos e hipotecárias financeiramente.

O governo então começou a injetar grana no mercado, por meio de incentivos

às instituições à população. A situação é tão grave que o presidente Bush,

representantes republicanos e democratas (incluindo os presidenciáveis John

McCain e Barack Obama) e a cúpula do governo norte-americano reuniram-se para

tentar chegar a um valor, um pacote de ajuda às instituições bancárias, para evitar

novas quebras.

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Crise de 2008 Vs. Crise de 1929.

Em 1929, ocorreu um verdadeiro derretimento do mercado acionário, o que

não está acontecendo agora. Na época não existia uma política monetária, uma

política fiscal como temos hoje. Naquele período a taxa de desemprego foi a 25%, o

PIB diminuiu 30% e um terço de todos os bancos fechou as portas. A bolsa de

valores despencou 90%%. Em 1929 havia 2,2 milhões de empresas nos EUA e em

1932 apenas 1,9 milhão. Dos 25000 bancos, 11.000 quebraram. . O número de

desempregados aumentou de 1,5 milhão para 4 milhões em fins de 1930 , 7 milhões

em fins de 1931, chegando a 12,8 milhões de pessoas, cerca de 25% da força de

trabalho. Os salários caíram 40% e a renda nacional 50%. Por não haver uma rede

de proteção social os desempregados ficaram na miséria. Em 1933, quase 1/3 da

população dos EUA não tinha qualquer fonte de renda.

Essa crise não é a Crise de 1929 revisitada. Em 1932 a economia tinha um

crescimento negativo profundo e 25% de desemprego. Agora , nós estamos num

momento de crescimento positivo e desemprego de 6,1% . Na Grande Depressão,

havia poucas salvaguardas ao mercado financeiro. Agora existem várias. E ninguém

espera de verdade uma queda importante do crescimento da economia norte-

americana no futuro. O governo federal é imensamente maior do que era quando a

Grande Depressão começou. E tem injetado dinheiro na economia de uma maneira

que causaria horror ao presidente Herbert Hoover e receberia aplausos de John

Maynard Keynes. O déficit do Orçamento Federal ficou pouco abaixo de US$ 490

bilhões no ano fiscal de 2009. Exatamente meio trilhão de dólares em novas dívidas.

Do começo ao fim, enquanto isso, o Federal Reserve vem tentando fazer

exatamente o oposto do que fez durante a Depressão: está combatendo a

compressão de crédito por meio de cortes de juros e injeções de liquidez no sistema,

e estendeu aos bancos comerciais linhas de crédito que no passado estavam

reservadas aos bancos comerciais, enquanto relaxa suas regras quanto a cauções.

Em relação ao sistema financeiro a reação nos dois casos foi completamente

diferente. Em 1929 o Banco Central dos EUA tentou controlar a bolha no mercado

restringindo o crédito e reduzindo a liquidez. Deixaram quebrar boa parte dos

bancos que se arriscaram demais, o que teve o efeito colateral de espalhar o risco

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de calote. O resultado foi a quebra de quase 12 mil bancos entre 1929 e 1933. Desta

vez ocorreu o contrário, criou-se um socorro de US$ 6 trilhões, Atendeu o mercado,

setores de produção como a GM e os bancos, para que essa crise não se

espalhasse por todo o sistema. Fizeram o inverso do que em 1929.

Nova Ordem Mundial

É uma teoria conspiratória, na qual um grupo poderoso e secreto está

planejando dominar e escravizar o mundo através de um governo mundial único. A

Nova Ordem Mundial seria um plano com o objetivo de derrubar governos de todo o

mundo, bem como erradicar em todo o mundo todas as religiões e crenças, para

unificar a humanidade sob uma “nova ordem”, que seria baseada em

uma ideologia extremamente uniforme, uma moeda única e

uma religião universal.Nesta teoria, ocorrências significativas são ditas que são

causadas por um grupo extremamente poderoso e secreto ou de vários grupos

interligados. Acontecimentos históricos e atuais são vistos como passos de um curso

planejado para governar o mundo principalmente através de uma combinação

de políticas financeiras, corrupção política,engenharia social, controle mental, e o

medo à base da propaganda (cultura do medo).

Uma das variantes da moderna teoria conspiratória da Nova Ordem Mundial

seria um plano concebido por Adam Weishaupt, fundador dos Illuminati, que

segundo os teóricos ainda existe e continua a perseguir a implementação desta

nova ordem. O chamado "processo de globalização" iniciado em finais do século

XX a nível mundial, seria uma das muitas facetas do estabelecimento progressivo

dessa nova ordem. A teoria de Conspiração da Nova Ordem Mundial pode ser

apresentada por qualquer pessoa ou grupo de pessoas que temem a perda da sua

liberdade ideológica e liberdades religiosas, sejam eles da extrema-direita ou

de extrema-esquerda, bem como por cristãos fundamentalistas, grupos

de conservadores e liberais. Essa Teoria conspiratória do final do século XX e início

do século XXI permitiu a fusão de muitas ideias que tem aberto a mente das

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pessoas sobre a natureza da conspiração da Nova Ordem Mundial e da identidade

dos seus conspiradores que existem desde a antiguidade.

Países Ricos e Pobres – Globalização

A globalização é um processo de integração econômica, social, cultural, política,

que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e

comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É

um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar

uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos

desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. O processo de

Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas,

ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais,

culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é

possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao

seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem

necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no

mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como consequência o

aumento acirrado da concorrência.

A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que começou na era dos

descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu

conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas

analisam a globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como

resultado da Revolução Tecnológica. Sua origem pode ser traçada do período

mercantilista iniciado aproximadamente no século XV e durando até o século XVIII,

com a queda dos custos de transporte marítimo, e aumento da complexidade das

relações políticas europeias durante o período. Este período viu grande aumento no

fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, particularmente nas novas

colônias europeias.

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É tido como início da globalização moderna o fim da Segunda Guerra mundial, e a

vontade de impedir que uma monstruosidade como ela ocorresse novamente no

futuro, sendo que as nações vitoriosas da guerra e as devastadas potências do eixo

chegaram a conclusão que era de suma importância para o futuro da humanidade a

criação de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar cada vez mais as

nações uma das outras. Deste consenso nasceu as Nações Unidas, e começou a

surgir o conceito de bloco econômico pouco após isso com a fundação

da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço - CECA.

Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os grandes países

emergentes, especialmente o BRIC, com grandes economias de exportação, grande

mercado interno e cada vez maior presença mundial.Antes do BRIC, outros países

fizeram uso da globalização e economias voltadas a exportação para obter rápido

crescimento e chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na década de

1980 e Japão na década de 1970.

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Conclusão

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Bibliografia

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