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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS DIREITO DAS SUCESSÕES

Trabalho Semipronto Partilha. Edt

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Trabalho direito das sucessões

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS

DIREITO

DAS

SUCESSÕES

LAVRAS-MG2015

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Centro Universitário de Lavras – UNILAVRAS

PARTILHA

NOMES: Karen Cristina Santos, Mayara Ribeiro Costa, Michele Juliene Lucas de

Fátima, Rejaine de Carvalho Pereira

PROFESSOR

Prof. DIMAS MESSIAS DE CARVALHO

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LAVRAS-MG 2015

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Sumário

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo ilustrar a partilha em seus aspectos

material e processual.

Advindo do Direito Civil, na matéria dos Direitos Sucessórios, verifica-se

que a partilha é o procedimento judicial ou extrajudicial que definirá os quinhões

dos herdeiros, após o abatimento de eventuais dívidas deixadas pelo autor da

herança.

O pedido de divisão será decidido pelo juiz que designará os bens que

constituirão o quinhão de cada um dos herdeiros e legatários.

O modo de partilhar a herança dependerá do modo de suceder. Dessa

forma, os herdeiros sucederão por direito próprio, por direito de representação ou

por transmissão.

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CONCEITO

Partilha é a repartição ou distribuição dos bens do falecido, ou seja,

terminando o inventário, partilham-se os bens entre os herdeiros e cessionários,

separando-se a meação do cônjuge supérstite. Deixa de ser uma coisa comum e

se transforma em coisas particulares.

A Partilha tem como principal efeito de extinção da comunhão

hereditária, que se estabeleceu por determinação legal com a morte do autor da

herança, fazendo desaparecer o carácter transitório da indivisão do acervo

hereditário, desaparecendo a figura do espólio.

NATUREZA JURÍDICA

Ela é meramente declaratória, e não atributiva de direitos.

No Direito Romano o herdeiro tornava-se proprietário do quinhão no

momento da partilha.

No Direito Moderno, o próprio autor da herança com sua morte, passa ao seu

sucessor o domínio e posse de sua herança.

LEGITIMIDADE PARA REQUERER A PARTILHA

A partilha pode ser requerida pelos herdeiros, cessionários, credores

(art.2.013, CC) e, ainda, pelo meeiro e pelos legatários, pondo termo à

indivisibilidade ou comunhão sobre a universalidade da herança, especificando os

bens de cada herdeiro, que passa a ser o proprietário exclusivo o quinhão.

Da mesma forma, o art. 1.320 do Código Civil dispõe ser lícito ao

condômino a todo tempo exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão

de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.

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Possuidores da parte ideal na universalidade da herança, ainda

proibidos pelo testador, excetuando a possibilidade de estipular o prazo de

indivisão, os herdeiros, bem como seus cessionários e credores, podem

almejar a concretização da partilha para estabelecer os bens certos e

definidos em que recairão seus direitos hereditários.

O direito de exigir a partilha é irrenunciável, no sentido de que o co-

herdeiro, ou outro titular, não pode privar-se de sua titularidade, não

significando, no entanto, que a partilha tenha que ser feita imediatamente.

No requerimento da partilha judicial, é facultado às partes já

formularem o pedido de quinhão, conhecido no meio forense como plano de

partilha ou proposta de partilha, conforme dispõe o art. 1.022 do CPC.

Art. 1.022.  Cumprido o disposto no art. 1.017, § 3o, o juiz facultará às partes que,

no prazo comum de 10 (dez) dias, formulem o pedido de quinhão; em seguida proferirá, no

prazo de 10 ( dez) dias, o despacho de deliberação da partilha, resolvendo os pedidos das

partes e designando os bens que devam constituir quinhão de cada herdeiro e legatário.

Assim, concluído o inventário, o juiz faculta às partes que formulem o

pedido de quinhão no prazo comum de 10 dias, apresentando o chamado

plano de partilha, proferindo em seguida, o despacho de deliberação,

apreciando o pedido das partes, acolhendo-o se for consensual, ou

decidindo quanto aos pedidos, se não houver consenso, indicando os

sucessores, a proporção dos direitos hereditários e designando os bens que

devem compor o quinhão de cada herdeiro ou cessionário e os bens que

devem compor o legado.

FORMAS OU ESPÉCIES DE PARTILHA

De acordo com Roberto Senise Lisboa, Partilha é meio de complementação

do inventário, com a distribuição dos bens em favor dos herdeiros.

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Pode revestir-se da forma amigável, ocorre quando entre os herdeiros

capazes houver acordo unânime. Judicial, podendo se fazer ordinariamente em

Juízo, nos autos do processo de inventário. Em vida, é aquela que o autor da

herança divide os seus bens a favor dos herdeiros necessários ou de estranhos a

sucessão.

Amigável – art. 2.015 CC

Judicial – art. 2.016 CC

Em vida Por Doação – art. 2018 CC

Por Testamento _ art. 2.014 e 2.018 CC

PARTILHA AMIGÁVEL

Pode se dar de três formas: escritura pública, termo nos autos do inventário

e instrumento particular, homologado pelo Juiz.

Dispõe o art. 2.015 do Código Civil:

Se os herdeiros forem capazes, poderão fazer partilha amigável, por

escritura pública, termo nos autos do inventário, ou escrito particular, homologado

pelo juiz.

A partilha amigável judicial pode ser realizada mesmo existindo testamento,

obedecendo-se a vontade do testador, sendo necessário a intervenção do

testamenteiro e do Ministério Público.

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Nesse sentido a existência de testamento não inibe a partilha amigável,

mas torna indispensável o processo de arrolamento com a participação do

Ministério Público.

É dispensável a homologação nos casos em que não há herdeiro incapaz e

todos concordarem com a partilha, basta que as partes estejam assistidas por

advogado.

Pode ser efetuada por escritura pública, instrumento particular ou termo nos

autos, sendo necessário a assinatura de todos os interessados ou por procurador

com poderes especiais, e após anexada aos autos tem que ser homologada pelo

juiz.

A partilha amigável, realizada em inventário extrajudicial ou administrativo

por escritura pública, independe de homologação judicial para produção de

efeitos, constituindo-se em título hábil para transcrição no registro de imóveis,

transferência de bens e direitos e levantamento de valores junto às instituições

financeiras, departamentos de trânsito, juntas comerciais, registro civil de pessoas

jurídicas, entre outros (art. 3° da Resolução n. 35, CNJ).

PARTILHA JUDICIAL

È obrigatória quando houver herdeiro menor ou incapaz ou quando os

herdeiros divergirem e facultativa em caso contrário.

É deliberada por sentença de mérito, em que o juiz decidirá quanto aos

requerimentos dos interessados, determinando os quinhões. É obrigatória, se não

ocorrer acordo entre os herdeiros, existir incapazes ou ausentes, determinando o

Código Civil no art. 2.016 que será sempre judicial a partilha, se os herdeiros

divergirem, assim como se algum deles for incapaz.

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Com a deliberação da partilha competirá ao partidor a organização do

esboço caso o inventariante ou qualquer interessado não tenha elaborado um

plano de partilha com a aprovação de todos os herdeiros.

O juiz não deve se restringir às solicitações dos interessados, mas observar

a perfeita igualdade entre os herdeiros, procurando atender, com maior solicitude,

direitos e interesses de todos, sobretudo dos incapazes.

Dispõe o art. 2.017 do Código Civil:

Ao ressaltar o principio da igualdade que no partilhar os bens, observar-se-

á, quanto ao seu valor, natureza e qualidade, a maior igualdade possível

A indivisão somente deve persistir, quando desejada pelos próprios

interessados ou em casos de impossibilidade física.

Na impossibilidade de divisão cômoda dos bens, deve ser vendido em leilão

e dividido os valores.

Dispõe o art. 2.019 do Código Civil:

Art. 2.019, Os bens insuscetíveis de divisão cômoda, que não couberem na

meação do cônjuge sobrevivente ou no quinhão de um só herdeiro, serão

vendidos judicialmente, partilhando-se o valor apurado, a não ser que haja acordo

para serem adjudicados a todos.

§1º. Não se fará a venda judicial se o cônjuge sobrevivente ou um ou mais

herdeiros requerem lhes seja adjudicado o bem, repondo aos outros, em dinheiro,

a diferença, após avaliação atualizada.

§ 2º. Se a adjudicação for requerida por mais de um herdeiro, observar-se-à

o processo de licitação.

PARTILHA EM VIDA

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Pode se dar ao ato inter vivos, configurando doação podendo ser feita por

escritura pública, escritura particular ou verbalmente, dependendo do que é

transmitido ou por meio de testamento, só tendo eficácia Jurídica após a morte do

testador.

È válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última

vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários ( art.

2.018).

A partilha-doação é a típica partilha em vida. Feita pelo ascendente, deve

abranger todos os filhos e sujeita-se aos requisitos das doações em geral. É, na

realidade, um contrato de doação e não direito sucessório. Depois de efetuada, é

irrevogável e produz efeitos imediatos. Após a morte do doador, é incabível

colação, pois trata-se de inventario de partilha antecipada.

Na partilha-testamento é dotada a forma testamentaria, prevalecendo como

disposição de última vontade, repartindo o acervo entre os herdeiros. Pode ser

revogada a qualquer tempo e só produz efeitos após a morte do testador.

É previsto no art. 2.014 do CC ao dispor que pode o testador indicar os bens e

valores que devem compor os quinhões hereditários, deliberando ele próprio a

partilha, que prevalecerá, salvo se o valor dos bens não corresponder às quotas

estabelecidas.

A partilha-testamento, ao contrário do que preleciona parte da doutrina,

sujeita-se ao inventário ou arrolamento, com intervenção do testamenteiro e do

Ministério Público em razão das disposições da última vontade, pagamento das

dívidas, recolhimento do emposto de transmissão de causa mortis e a partilha.

O inventario e a partilha-testamento não podem ser efetuados por escritura

pública pelo tabelião, em razão das disposições de última vontade

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BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, Dimas Messias de. Direito das Sucessões. 3ª ed. / Dimas Messias

de Carvalho e Daniel Messias de Carvalho. – Belo Horizonte: Del Rey, 2011.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume VII: direito das

sucessões/Carlos Alberto Gonçalves – São Paulo: Saraiva, 2007

.

DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões/ Maria Berenice Dias. – São Paulo:

Editora Revista dos Tribunais, 2008