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Tráfico de Seres Humanos Tráfico de Seres Humanos
DIVISÃO DE DIREITOS HUMANOS
Tema: “Tráfico de Seres Humanos: Investigação e Cooperação Internacional”.
SENASP/MJSENASP/MJ
SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA/MJSECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA/MJ
ACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA/DPFACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA/DPF
SEDH/PRSEDH/PR
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHOORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAISORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS
O TSH NO BRASILO TSH NO BRASIL
Surgem no início da década de 90 os primeirosSurgem no início da década de 90 os primeiros
Inquéritos Policiais instaurados com o objetivo Inquéritos Policiais instaurados com o objetivo
de investigar Tráfico de Mulheres para fins de de investigar Tráfico de Mulheres para fins de
Exploração Sexual Comercial na Espanha, Portugal,Exploração Sexual Comercial na Espanha, Portugal,
Suiça, etc., considerados países destinos. Suiça, etc., considerados países destinos.
DIFICULDADES IDENTIFICADAS PELADIFICULDADES IDENTIFICADAS PELA
POLÍCIA FEDERAL BRASILEIRA NO COMBATE AO TSHPOLÍCIA FEDERAL BRASILEIRA NO COMBATE AO TSH
•Extensão TerritorialExtensão Territorial
• Grande Fronteira SecaGrande Fronteira Seca
•Contingente PolicialContingente Policial
•Ocorrência CapilarizadaOcorrência Capilarizada
• Invisibilidade do CrimeInvisibilidade do Crime
• Não colaboração da vítimaNão colaboração da vítima
•Insipiência do temaInsipiência do tema
•Preconceito do Agente InvestigadorPreconceito do Agente Investigador
NOÇÕES CONCEITUAIS E DISPOSIÇÕES LEGAISNOÇÕES CONCEITUAIS E DISPOSIÇÕES LEGAIS
•TIPIFICAÇÃO PENAL
•MUDANÇA LEGISLATIVA
•TRÁFICO INTERNO DE PESSOAS
•COMPETÊNCIA PROCESSUAL
TIPIFICAÇÃO PENALREDAÇÃO ANTERIOR
Art. 231, Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de mulher que nele venha exercer a prostituição, ou a saída de mulher que vá exercê-la no estrangeiro:Pena – reclusão, de 3 a 8 anos (Código Penal).
REDAÇÃO ATUAL
Art. 231. Promover, intermediar ou facilitar a entrada no território nacional, de pessoa que venha exercer a prostituição ou saída de pessoa para exercê-la no estrageiro.Pena – reclusão de 3 a oito anos e multa;§ 1º. Se ocorre qualquer das hipóteses de § 1º do art. 227:Pena – reclusão, de 4 a 10 anos,§ 2º Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude, a pena é de reclusão, de 5 a 12 anos e multa, além da pena correspondente à violência (Código Penal).
MUDANÇA LEGISLATIVA
• Lei nº 11.106, de 28 de março de 2005.
Modificação do sujeito passivo – passou de mulher para pessoa.
Inclui o verbo “intermediar”, no tipo penal.
Criminalizou o tráfico interno de pessoas, inserindo o tipo do art. 231-A.
COMPETÊNCIA PROCESSUAL
- Art. 109, V, CF/88 – Aos Juízes Federais compete processar e julgar os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente.
- Art. 144, §1º, IV, CF/88 – A Polícia Federal destina-se a exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
-COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL-ATRIBUIÇÃO INVESTIGATIVA DA POLÍCIA FEDERAL
CONDIÇÕES DAS MULHERES NO EXTERIOR
- Confisco dos passaportes das mulheres traficadas
- Passam a viver em regime de escravidão, já que têm restrição
absoluta ao direito de ir e vir.
-Ficam presas nas casas de prostituição e somente podem sair
em raras oportunidades, e sempre mediante forte vigilância.
- Trabalham independentemente de suas condições de saúde.
- São obrigadas a se prostituírem de 16 a 18 horas diárias.
- Privação de alimentação e agressões físicas e morais.
- Violência sexual por parte de clientes bêbados ou drogados
- Algumas são vendidas para outras casas de prostituição.
- Consumo de bebidas alcóolicas e de substância entorpecente.
15 4 4 6 8 10 7
1120
35
48
39
56
72
119
105
12
0
20
40
60
80
100
120
Inquéritos Instaurados nos últimos 17 Anos
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
TOTAL DE INQUÉRITOS 562TOTAL DE INQUÉRITOS 562
* A * A Quantidade de Inquéritos do ano 2007 é referente apenas ao período entre 1º de janeiro a 15 de março.
AN
O1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total %
AC 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 3 1 7 1%AL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 3 0%AM 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 3 3 3 2 0 15 3%AP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5 5 0 11 0%BA 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 2 3 7 10 0 24 2%CE 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 2 0 4 0 9 2%DF 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 3 3 1 2 0 0 0 0 12 4%ES 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 6 0 10 0%GO 0 0 0 0 0 0 4 1 3 2 12 12 11 13 14 30 12 3 117 22%MA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 2 1 0 6 1%MG 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 5 11 3 2 8 7 18 1 58 10%MS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 4 2 0 8 1%MT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 2 0 0 5 1%PA 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 0 1 2 4 3 1 1 18 4%PB 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0%PE 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 3 2 11 2 3 1 26 6%PI 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0%PR 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3 3 2 2 10 5 4 2 0 32 8%RJ 1 3 2 2 4 3 3 0 2 3 2 7 2 7 6 3 10 1 61 14%RN 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 5 0 9 1%RO 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 5 0 1 2 0 2 12 2%RR 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 10 4 1 18 1%RS 0 0 1 0 1 0 0 2 0 3 0 3 0 2 1 4 2 0 19 4%SC 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 4 0%SP 0 2 0 1 1 1 1 2 0 3 3 3 6 5 9 20 11 0 68 11%TO 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 3 2 0 8 1%Total 1 5 4 4 6 8 10 7 11 20 35 48 39 56 72 119 105 12 562
OBS.: Em Sergipe não houve registro desse tipo de inquérito no período em estudo.* A quantidade de IPL´s verificados em 2007 é até 12/02
INQUÉRITOS POLICIAIS INSTAURADOS NOS ÚLTIMOS 17 ANOS
Estado 2004 2005 2006 2007
AC 0 2 1 0
AL 0 4 0 1
AP 2 0 0 0
AM 1 1 0 0
BA 0 5 5 1
CE 1 4 2 0
DF 0 6 2 0
ES 0 5 1 0
GO 11 26 21 2
MA 0 6 0 2
MG 2 14 12 2
MS 0 2 2 0
MT 0 10 2 0
PA 0 10 6 2
PB 0 2 0 0
PE 1 11 4 0
PI 0 0 0 0
PR 0 9 3 0
RJ 1 18 10 0
RN 0 1 3 0
RO 1 3 2 0
RR 0 0 0 0
RS 0 4 2 0
SP 0 20 6 2
SC 1 1 1 1
SE 0 1 0 0
TO 0 5 0 0
Diversos 0 17 10 3
TOTAL: 21 187 95 16
21
187
95
16
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Denúncias de TSH de Novembro/2004 à Março/2007
2004
2005
2006
2007
18
39
65
30
10
20
30
40
50
60
70
Número de Pessoas Presas
2004
2005
2006
2007
2
4
7
1
0
1
2
3
4
5
6
7
1
Número de Operações
2004
2005
2006
2007
GRANDES OPERAÇÕES DA PF
BABILÔNIAInvestigação iniciada em 16/06/2005, teve como objetivo identificar uma
quadrilha composta por brasileiros, um espanhol e um português que tinha como desiderato aliciar o maior número de mulheres e encaminhá-las a prostíbulos
nas cidade de Vigo e Valência na Espanha. A quadrilha era inicialmente composta por 11 pessoas, entretanto, ao final só se
conseguiu elementos probatórios consistentes contra 7 autores. O desdobramento investigativo na Espanha resultou na prisão de 3 indivíduos e detenção
de 20 mulheres para fins de deportação.
No dia 02/11/2005, na cidade de Natal-RN, foi deflagrada a Operação Corona com o objetivo de combater uma organização criminosa chefiada por italianos. Dentre os as atividades ilícitas realizadas por essa organização estão as práticas
de lavagem de dinheiro, rufianismo, manutenção de casa de prostituição e tráfico de seres humanos, interno e externo.
Em operação conjunta com as polícias italianas e espanholas foram cumpridos diversos mandados de prisão e busca e apreenção, fechados estabelecimentos comerciais e liberadas várias brasileiras que foram aliciadas e traficadas no
território brasileiro para exercerem a prostituição na Espanha.
CORONA
Na manhã do dia 05/11/2005, foi deflagrada no estado de Goiás a operação Parabelum, na qual teve por fim desarticular duas redes criminosas que aliciavam mulheres para
exercerem a prostituição na Espanha e na Suíça. Em andamento a mais de um ano a operação realizada com a cooperação da Polícia Suíça
resultou na prisão de seis pessoas envolvidas com o crime aqui no Brasil e no arrestamento de alguns bens objetos de crime.
PARABELUM
A operação foi desencadeada em 28/03/2006, na cidade e região de Belo Horizonte/MG, em conjunto e simultaneamente com a Polícia Federal da Suíça, a qual desarticulou uma organização criminosa internacional que atuava com a atividade de tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. Foram cumpridos Polícia Federal do Brasil, 8 mandados de prisão temporária e 8 mandados de busca e apreensão. Na Suíça foram cumpridos 4 mandados de prisão e 4 mandados de busca e apreensão, além do fechamento dos 3 prostíbulos de HUNZIGER HEINZ, e uma fiscalização/auditoria em um estabelecimento bancário.
TARÔ
Na manhã do dia 18 de outubro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Caraxué com o objetivo de
prender 10 pessoas de uma quadrilha especializada no aliciamento de travestir para o exercício da prostituição na Europa, principalmente Itália, Espanha e Portugal.
CARAXUÉ
A Polícia Federal prendeu no dia 14 de dezembro, durante a operação Afrodite, oito pessoas envolvidas com um esquema
de aliciamento e tráfico de seres humanos para Europa, principalmente Espanha. Sete pessoas foram presas com
autorização da 7ª Vara Federal de São Paulo. A oitava prisão foi feita em flagrante, contra o marido de uma das presas, que portava entre seus documentos o cartão bancário da conta que recebia os depósitos, frutos das ações delituosas. No decorrer
das investigações, foram feitas outras duas prisões.
AFRODITE
Idade entre 18 a 25 anosIdade entre 18 a 25 anos
Histórico de ProstituiçãoHistórico de Prostituição
Afro DescendentesAfro Descendentes
Baixa EscolaridadeBaixa Escolaridade
Mãe SolteiraMãe Solteira
Maceió 11
33 ManausManaus
Diagnóstico da Ocorrência de Tráfico de Seres HumanosDiagnóstico da Ocorrência de Tráfico de Seres Humanosnenhuma
Salvador 3Salvador 3
Itabuna 1
Maracanau 1Maracanau 1 Fortaleza 3Fortaleza 3
Brasília 12Brasília 12 Anápolis 34Anápolis 34
Goiânia 41Goiânia 41 Vitória 1Vitória 1 Vila Velha 6Vila Velha 6 Cariacica 1
São Luís 3São Luís 3
Imperatriz 8Imperatriz 8
Ipatinga 5Ipatinga 5 Belo Horizonte Belo Horizonte 22
22 Nova Nova
XavantinaXavantina2 Barra do Garça2 Barra do Garça
5 Água Boa5 Água Boa3 Cuiabá
5 Vázea Grande5 Vázea Grande
1 Campo Grande1 Campo Grande1 Ribas do Rio 1 Ribas do Rio
PardoPardo
5 Redenção5 Redenção1 Xinguará 1 Xinguará
1 Altamaira1 Altamaira
2 Marabá2 Marabá
13 Belém13 Belém
1 Rondon do Pará 1 Rondon do Pará
nenhumanenhuma Recife 8 Jaboatão dos Guararapes 3Jaboatão dos Guararapes 3nenhuma
2 Londrina 2 Londrina
12 Curitiba 12 Curitiba
Rio de Janeiro 11Rio de Janeiro 11 Duque de Caxias 3Duque de Caxias 3
Mossoró 1Mossoró 1
2 Ariquemes2 Ariquemes33 Porto VelhoPorto Velho
nenhumanenhuma
nenhuma
4 Porto Alegre 4 Porto Alegre
1 São Sepe1 São Sepe
1 Novo Hamburgo1 Novo Hamburgo
Jaraguar do Sul 1Jaraguar do Sul 1
Aracajú 1Aracajú 1
São Paulo 49São Paulo 49 Guarulhos 2Guarulhos 2
6 Palmas6 Palmas
1 Gurupi1 Gurupi
4 Ananindeua4 Ananindeua
2 Parauapeba2 Parauapeba
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DIVISÃO DE DIREITOS HUMANOS
OBRIGADO
LÁSARO MOREIRA DA SILVA
DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
FONE: (061) 3311- 8705 E-mail: [email protected]
INVESTIGAÇÃO DO CRIME DE PEDOFILIA NA INTERNET
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL - BRASIL
Art. 227 – Constituição Federal
• “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao laser, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Marco Legal
• Lei 10.446/2002, a qual estabelece a atribuição da Polícia Federal para investigar violações aos Direitos Humanos que o Brasil se comprometeu a reprimir em decorrência de tratados internacionais.
• Convenção para a Repressão ao Tráfico de Pessoas e Lenocínio, ratificada pelo Brasil em 12/09/1958.
• Convenção sobre os Direitos da Criança, ratificada em 20/09/1990 e Protocolo Adicional sobre a Venda de Crianças, a Prostituição e Pornografia Infantil, ratificada em 27/01/2004.
• Convenção contra o Crime Organizado Transnacional e Protocolo Adicional para a Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, especialmente mulheres e crianças, assinados na cidade de Palermo em dezembro de 2000.
Marco Legal - tipificação• Art 240 e 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90)
Art. 240. Produzir ou dirigir representação teatral, televisiva, cinematográfica, atividade fotográfica ou de qualquer outro meio visual, utilizando-se de criança ou adolescente em cena pornográfica, de sexo explícito ou vexatória: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. § 1º Incorre na mesma pena quem, nas condições referidas neste artigo, contracena com criança ou adolescente. § 2º A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos: I - se o agente comete o crime no exercício de cargo ou função; II - se o agente comete o crime com o fim de obter para si ou para outrem vantagem patrimonial.
Art. 241. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive
rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente: Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. § 1º Incorre na mesma pena quem: I - agencia, autoriza, facilita ou, de qualquer modo, intermedeia a participação de criança ou adolescente em produção referida neste artigo; II - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste artigo; III - assegura, por qualquer meio, o acesso, na rede mundial de computadores ou internet, das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste artigo. § 2º A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos: I - se o agente comete o crime prevalecendo-se do exercício de cargo ou função; II - se o agente comete o crime com o fim de obter para si ou para outrem vantagem patrimonial.
Conduta do perpetrador na Internet• Troca de fotos nos chamados “clubes de pedófilos”, websites dedicados
à troca, compra e venda de fotos e vídeos em que crianças aparecem mantendo relações sexuais, geralmente com adultos, e/ou em posições sensuais;
• Intercâmbio de fotos entre pedófilos sem a utilização de site intermediário;
• Aliciamento de menores através de Chat Rooms para fornecimento de fotografias e para a manutenção de encontros sexuais com o agressor;
• Troca de arquivos entre usuários de sites P2P, os quais facilitam o acesso e o download entre os computadores dos internautas (Ex: KaZaa);
• Compra de pacotes turísticos anunciados online nos quais crianças são oferecidas para a prostituição;
• Compra de serviços de aliciadores os quais vendem crianças para relações sexuais.
Perfil do delinqüente
• Em cada 10 casos registrados, 08 abusadores conhecem a criança ou possuem algum grau de parentesco;
• 80% a 90% dos agressores não possuem nenhum sinal de alienação mental sendo, portanto, imputáveis;
• Racionalizam sua conduta alegando que seus atos possuem “valor educativo” para a criança, que a criança obtém “prazer sexual” com o ato ou que a criança foi “sexualmente provocante”;
• Não acham que estão cometendo crime;• Ameaçam as crianças para que não revelem seus atos;• Valem-se da inconsciência ou da incapacidade da criança em opor
resistência.
Criança abusada - vítima
• Profunda sensação de solidão e abandono;• Medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de
vingança, vergonha dos membros da família, medo de prejudicar o abusador;
• Perda violenta da auto-estima;• Representação anormal da sexualidade;• Tendência suicida;• Dificuldade em estabelecer relacionamentos com outras pessoas;• Possibilidade de transformar-se em adultos que também abusam de
crianças;• Inclinação a prostituição e ao uso de drogas.
A investigação da Pedofilia na Internet pela Polícia Federal Brasileira
• 1- Denúncias:• Recebimento de denúncias via Internet pela Polícia Federal através do e-
mail [email protected];
• Recebimento de denúncias enviadas por Organizações Não-Governamentais;
• Denúncias encaminhadas por “hackers” os quais se utilizam programas de “espionagem” para monitorar sites que contenham pornografia infantil, a partir de sistema de busca que utiliza os termos mais comuns usados pelos pedófilos em suas comunicações;
• Cooperação Internacional – polícias de outros países ou a Interpol identificam acesso no Brasil através de endereço IP (Internet Protocol) que tenha gerado troca ou compra de fotos de conteúdo pedófilo e enviam os dados do provedor responsável pelo acesso à Polícia Federal;
• Agente infiltrado – investigador da Polícia Federal investiga a presença de pedófilos em Chat Rooms.
2- Encaminhamento de denúncias aos Estados quando se pode precisar de pronto o local de onde partiu o acesso suspeito à Internet.
3- Solicitação de Quebra de Sigilo de dados ao Poder Judiciário, a partir do endereço IP, quando ainda não se sabe de onde partiu o acesso suspeito à Internet.
Endereço IP (Internet Protocol)• O usuário, a cada vez que entra na net, recebe do provedor um número de IP;• De posse do IP o usuário pode navegar pela Internet. • Os usuários entram na comunidade onde trocam fotos de crianças sendo abusadas e são identificados pelo número;• De posse do IP, solicita-se a quebra de sigilo ao juiz competente;• Com o deferimento do pedido de quebra de sigilo, o provedor é obrigado a fornecer os dados cadastrais do usuário à Polícia Federal.
4- Inteligência
Identificado o usuário e seu endereço, são realizadas diligências para verificar a autoria do delito;
5- Diligência de Busca e Apreensão e Perícia na máquina
De posse dos dados do suspeito e de outros indícios, é feito pedido de busca e apreensão para diligência no local de onde partiu o acesso. São arrecadados fotos, vídeos e lista de contatos do responsável além do HD do computador, sendo todo o material submetido à perícia.
Dados Estatísticos
Investigações
ANO PERÍODO INQUÉRITOS
2000 01/01-30/12 28
2001 01/01-30/12 21
2002 01/01-30/12 68
2003 01/01-30/12 87
2004 01/01-30/12 80
2005 01/01-12/05 26Total de Inquéritos
310 * * *
Número de denúncias recebidas pela Polícia
Federal por email:
07 por dia
Dificuldades na identificação do suspeito de pedofilia na Internet
• Acesso à Internet a partir de computadores públicos ou utilizados por várias pessoas;
• Provedores e sites com sede em outros países – necessidade de cooperação policial internacional;
• Demora na expedição de ordens judiciais;
• Falta de boa vontade por parte dos provedores de acesso à Internet;
• Falta de regulamentação da atuação e das obrigações dos provedores para auxiliar a coibir o crime
SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO DEPOENTE SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO DEPOENTE ESPECIAL - SPDEESPECIAL - SPDE
Marco Legal: Lei 9.807/99 e Decreto 3.518/00
Quantidade de Pessoas Atendidas pelo Programa
Testemunhas 24Familiares 43Total 67
(Em 5/10/2005)(Em 5/10/2005)
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DIVISÃO DE DIREITOS HUMANOS
Obrigado
ERIOSVALDO RENOVATO DIAS
CHEFE DA DIVISÃO DE DIREITOS HUMANOS
FONE: (061) 3311-8270 E-mail: [email protected]