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Trajetória e perspectivas do ERJ Mauro Osorio 21-09-2011

Trajetória e perspectivas do ERJ osorio 21... · transformação no Brasil e Unidades ... nesta tabela encontram-se os 18 piores resultados entre os 53 municípios com mais de 50

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Trajetória e perspectivas do ERJ

Mauro Osorio 21-09-2011

Variação da participação relativa das unidades federativas entre 1970 e 2008 no PIB nacional

Fonte: elaboração própria a partir do Anuário Estatístico do IBGE de 1992 e Contas Regionais 2008. Observação: em 1970, somatório da participação do antigo estado do Rio de Janeiro e da Guanabara.

Unidades da Federação

e Grandes Regiões 1970 2008

Variação%

1970-2008

Região Norte 2,2 5,1 136,1

Região Nordeste 11,7 13,1 11,9

Região Sudeste 65,6 56,0 -14,6

Minas Gerais 8,3 9,3 12,3

Espírito Santo 1,2 2,3 94,9

Rio de Janeiro 16,7 11,3 -32,2

São Paulo 39,4 33,1 -16,1

Região Sul 16,7 16,6 -0,7

Região Centro-Oeste 3,9 9,2 137,7

Brasil 100,0 100,0 0,0

2

Variação do PIB nas Regiões de Governo do Estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste e Brasil entre 1999 e 2008

3

Municípios e

Regiões de Governo

Agrope-

cuária Indústria Serviços*

Administração

Pública Impostos PIB

Região Metropolitana -8,3 7,1 9,1 17,4 41,1 13,6

Região Noroeste Fluminense 4,5 -24,5 7,5 14,7 17,0 3,6

Região Norte Fluminense -31,4 519,5 51,2 57,9 137,1 265,1

Região Serrana 16,4 39,9 7,3 16,6 26,5 14,5

Região das Baixadas

Litorâneas -17,8 472,5 36,3 59,5 93,9 171,4

Região do Médio Paraíba -28,5 17,7 17,5 11,2 69,1 23,5

Região Centro-Sul -2,3 -21,6 9,6 19,1 21,2 5,4

Região da Costa Verde 9,0 144,7 36,8 57,4 442,1 113,5

Estado do Rio de Janeiro -9,2 93,8 11,8 21,1 48,0 31,5

Sudeste 17,1 42,3 26,3 37,6 51,3 33,5

Brasil 46,2 45,8 30,8 40,2 60,6 38,8

Fonte: CEPERJ/ IBGE

Obs: Dados deflacionados pelo deflator implícito

*Os dados referente ao setor de Serviços também incluem as importâncias referentes à Administração Pública

Variação da produção física da indústria de

transformação no Brasil e Unidades Federativas

selecionadas entre 1996 e 2010

4 Fonte: Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física/IBGE

0,8

0,9

1

1,1

1,2

1,3

1,4

1,5

199

6

19

97

199

8

199

9

200

0

200

1

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2

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3

20

04

200

5

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6

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7

200

8

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9

201

0

Brasil

Bahia

Minas Gerais

Rio de Janeiro

São Paulo

Rio Grande do Sul

Fonte: INEP/MEC. Observação: nesta tabela encontram-se os 18 piores resultados entre os 53 municípios com mais de 50 mil habitantes das três RMs em exame.

IDEB 2009 – Ensino fundamental de 1o ao 5o ano Ranking da rede municipal dos municípios das RMs RJ, SP e BH

com mais de 50 mil habitantes

Ranking UF Municípios IDEB 2009

1 RJ BELFORD ROXO (RMRJ) 3,6

2 RJ MAGE (RMRJ) 3,6

3 RJ DUQUE DE CAXIAS (RMRJ) 3,7

4 RJ NILOPOLIS (RMRJ) 3,7

5 RJ SEROPEDICA (RMRJ) 3,7

6 RJ QUEIMADOS (RMRJ) 3,8

7 RJ SÃO GONCALO (RMRJ) 3,8

8 RJ NOVA IGUACU (RMRJ) 3,9

9 RJ SÃO JOAO DE MERITI (RMRJ) 3,9

10 RJ GUAPIMIRIM (RMRJ) 4,0

11 RJ ITABORAI (RMRJ) 4,1

12 RJ JAPERI (RMRJ) 4,1

13 RJ MESQUITA (RMRJ) 4,1

14 RJ NITEROI (RMRJ) 4,3

15 SP ITAQUAQUECETUBA (RMSP) 4,5

16 SP FERRAZ DE VASCONCELOS (RMSP) 4,7

17 SP FRANCISCO MORATO (RMSP) 4,7

18 SP JANDIRA (RMSP) 4,7

6

Ranking do peso do emprego industrial na População Economicamente Ativa (PIA) dos municípios das RMSP, RMBH e RMRJ com 50 mil habitantes ou mais

em 2010 # Município Região Metropolitana Emprego Industrial PIA 2010 Relação Emprego Industrial/ PIA

1 Cajamar RMSP 12.585 53.912 23,3

2 São Caetano do Sul RMSP 25.729 135.145 19,0

3 Diadema RMSP 61.193 328.851 18,6

4 Barueri RMSP 35.626 204.324 17,4

5 Betim RMBH 52.096 319.906 16,3

6 São Bernardo do Campo RMSP 101.140 665.592 15,2

7 Arujá RMSP 9.206 63.388 14,5

8 Santana de Parnaíba RMSP 12.430 92.080 13,5

9 Cotia RMSP 22.087 170.170 13,0

10 Mairiporã RMSP 4.227 36.772 11,5

11 Guarulhos RMSP 115.763 1.035.020 11,2

12 Contagem RMBH 53.311 522.788 10,2

13 Caieiras RMSP 7.004 73.646 9,5

14 Pedro Leopoldo RMBH 4.730 50.952 9,3

15 Ribeirão Pires RMSP 8.635 98.651 8,8

16 Suzano RMSP 17.682 222.652 7,9

17 Mauá RMSP 28.185 357.586 7,9

18 Poá RMSP 6.960 90.376 7,7

19 Taboão da Serra RMSP 15.627 207.749 7,5

20 Jandira RMSP 6.778 91.343 7,4

21 Santa Isabel RMSP 3.037 43.147 7,0

22 Itaquaquecetuba RMSP 18.318 266.055 6,9

23 Nova Lima RMBH 4.718 70.725 6,7

24 Ferraz de Vasconcelos RMSP 9.326 141.379 6,6

25 Vespasiano RMBH 5.364 87.847 6,1

26 Santo André RMSP 35.609 595.774 6,0

27 São Paulo RMSP 580.411 9.784.297 5,9

28 Lagoa Santa RMBH 2.681 45.237 5,9

29 Mogi das Cruzes RMSP 19.094 330.232 5,8

30 Osasco RMSP 31.338 573.866 5,5 Fonte: RAIS/MTE

Ranking do peso do emprego industrial na População Economicamente Ativa (PIA) dos municípios das RMSP, RMBH e RMRJ com 50 mil

habitantes ou mais em 2010 # Município

Região

Metropolitana

Emprego

Industrial PIA 2010

Relação Emprego

Industrial/ PIA

31 Embú RMSP 10.135 201.779 5,0

32 Santa Luzia RMBH 8.322 171.945 4,8

33 Itapevi RMSP 7.740 166.184 4,7

34 Sabará RMBH 4.616 107.785 4,3

35 Franco da Rocha RMSP 4.380 111.891 3,9

36 Belo Horizonte RMBH 79.564 2.097.072 3,8

37 Niterói RMRJ 16.069 437.791 3,7

38 Duque de Caxias RMRJ 25.824 729.964 3,5

39 Rio de Janeiro RMRJ 196.613 5.560.655 3,5

40 Itapecerica da Serra RMSP 4.039 128.292 3,1

41 Ibirité RMBH 3.699 133.271 2,8

42 Seropédica RMRJ 1.512 66.945 2,3

43 Itaboraí RMRJ 4.200 187.087 2,2

44 Queimados RMRJ 2.299 116.645 2,0

45 Nova Iguaçu RMRJ 12.893 680.963 1,9

46 São Gonçalo RMRJ 16.192 874.806 1,9

47 Carapicuíba RMSP 5.684 312.726 1,8

48 Guapimirim RMRJ 733 43.624 1,7

49 Embú Guaçu RMSP 3.175 201.779 1,6

50 Ribeirão das Neves RMBH 3.691 248.682 1,5

51 Magé RMRJ 2.648 193.058 1,4

52 São João de Meriti RMRJ 5.049 394.891 1,3

53 Mesquita RMRJ 1.619 145.109 1,1

54 Nilópolis RMRJ 1.486 137.435 1,1

55 Esmeraldas RMBH 455 50.351 0,9

56 Belford Roxo RMRJ 2.848 398.694 0,7

57 Japeri RMRJ 539 80.261 0,7

58 Francisco Morato RMSP 295 127.512 0,2

Fonte: RAIS/MTE

Variação do número de estabelecimentos no setor industrial

por tamanho de empresa entre os anos de 2000 e 2010

Território Micro

Empresa

Pequena

Empresa

Media

Empresa

Grande

Empresa Total

Arco Metropolitano 15,1 32,9 29,2 166,7 18,2

Periferia RMSP 30,3 51,1 36,7 63,9 35,5

Periferia RMBH 47,5 69,7 52,8 200,0 51,9

Sudeste 23,2 45,1 37,5 81,7 26,9

Brasil 36,0 52,6 44,4 84,1 38,6

Fonte: RAIS/MTE

Obs.: A classificação utilizada foi a do Sebrae, que aponta, para as atividades econômicas industriais,

como micro empresas as que possuem de 0 a 19 empregados, como pequena empresa as de 20 a 99

empregados, como média empresas as de 100 a 499 empregados e como grande empresa as acima

de 499 empregados.

Mobilidade

75% destino de viagens

Espaço para Desenvolvimento

% da População Empregada

Rendimento médio real do trabalho principal, habitualmente recebido por

mês, pelas pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas, nas regiões

metropolitanas e na Cidade do Rio de Janeiro entre 2003 e 2010

RENDIMENTO DAS PESSOAS OCUPADAS

Região Metropolitana 2003

(R$)

2010

(R$) Var. %

Recife - PE 901,62 1.066,93 18,3

Salvador - BA 998,73 1.242,56 24,4

Belo Horizonte - MG 1.115,32 1.410,46 26,5

Rio de Janeiro - RJ 1.228,43 1.566,70 27,5

Cidade do RJ 1.516,05 1.954,97 29,0

São Paulo - SP 1.455,98 1.646,24 13,1

Porto Alegre - RS 1.197,56 1.464,56 22,3

Total das áreas - PME 1.272,82 1.514,81 19,0

Fonte: PME/IBGE.

Notas:

1) Para Região Metropolitana: inflacionado pelo INPC de cada Região Metropolitana.

2) Para Total das Áreas: inflacionado pela média ponderada do INPC das seis Regiões Metropolitanas.

3) O Coeficiente de Variação calculado para cada uma das células das tabelas apresentadas dão uma medida da precisão dos valores. Esses

coeficientes têm valores que variam a partir de zero, quando a estimativa coincide com o valor conhecido, aumentando quando o nível de precisão

diminui.

4) A preços de fevereiro de 2011.

Peso da População Economicamente Ativa (PEA) no total da População em Idade Ativa (PIA), para jovens entre 18 e 24 anos, em

2003 e 2010

Região Metropolitana 2003 2010

Recife - PE 60,9 58,4

Salvador - BA 62,9 63,9

Belo Horizonte - MG 68,8 73,8

Rio de Janeiro - RJ 64,0 59,6

Cidade do Rio de Janeiro 63,6 57,9

São Paulo - SP 77,1 77,9

Porto Alegre - RS 72,3 73,3

Total das áreas - PME 70,2 70,1

Fonte: PME/IBGE.

10 municípios com o maior salário médio dos trabalhadores formais do Estado do Rio de

Janeiro no ano de 2010 Municípios Salário médio (R$)

Macaé 3.715,37

Angra dos Reis 2.271,28

Seropédica 2.202,67

Rio de Janeiro 2.131,34

Porto Real 2.102,37

Niterói 1.653,74

Rio das Ostras 1.635,21

São Pedro da Aldeia 1.614,45

Itaguaí 1.598,52

Resende 1.575,71

Estado do Rio de Janeiro 1.837,35

Fonte: RAIS/MTE.

Posição dos 10 municípios com maior salário médio dos trabalhadores formais no ranking do Índice FIRJAN de

Desenvolvimento Municipal – Educação em 2007

Municípios Ranking no ERJ Ranking no Sudeste

Macaé 8 449

Angra dos Reis 76 1484

Seropédica 79 1492

Rio de Janeiro 20 682

Porto Real 66 1309

Niterói 21 705

Rio das Ostras 6 433

São Pedro da Aldeia 47 1030

Itaguaí 70 1401

Resende 42 955

Fonte: FIRJAN

Posição dos 10 municípios com maior salário médio dos trabalhadores formais no ranking do Índice FIRJAN de

Desenvolvimento Municipal – Saúde em 2007

Municípios Ranking no ERJ Ranking no Sudeste

Macaé 9 240

Angra dos Reis 14 340

Seropédica 63 1010

Rio de Janeiro 36 710

Porto Real 2 24

Niterói 13 315

Rio das Ostras 30 648

São Pedro da Aldeia 47 898

Itaguaí 60 995

Resende 6 195

Fonte: FIRJAN

Remuneração média nos setores do IBGE dos trabalhadores formais nas capitais do Sudeste e no

Brasil em 2010

Setores do IBGE Rio de Janeiro - RJ São Paulo - SP Brasil

Agropecuária 988,68 2.055,06 905,41

Extrativa Mineral 9.842,33 3.460,88 3.592,32

Indústria de Transformação 2.731,31 2.334,19 1.556,22

Serv. Ind. Util. Pub. 3.130,00 3.126,75 2.786,26

Construção Civil 1.702,88 1.725,42 1.308,55

Comércio 1.232,47 1.622,16 1.047,96

Serviços 1.869,32 2.150,55 1.568,00

Administração Pública 3.209,91 2.833,80 2.242,55

Total 2.131,34 2.185,29 1.588,42

16 Fonte: RAIS/MTE

Cidade do Rio de Janeiro: história de capitalidade e articulações com a velha província

Porto e fortificação militar Centro político, econômico e cultural

Rio cidade-capital

1920/1960: auto-estima e pacto com a eterna prosperidade

O antigo ERJ e a Capital da República

17

1960 e bifurcação

Paul Krugman

Bifurcação e forças centrípetas e centrífugas

Gunnar Myrdall

Causação circular cumulativa

Albert Hirschman

Linkages e sinergias

18

Cidade do Rio e antigo ERJ: 1960/1974

Fragilidade na reflexão regional

Equívoco na estratégia regional

Crise institucional na velha província

19

Evolução política e institucional no território carioca e o golpe de 1964

Rio nacional / Rio local

Processo de cassações e particularidade carioca

Marco de poder

20

Prospecção de futuros para o Rio de Janeiro • Reestruturação do Setor Público

• Estratégia e coordenação de política

• Política territorializada para a cidade e Regiões de Governo

• Governança metropolitana

• As Olimpíadas a serviço da cidade ou a cidade a serviço das Olimpíadas?

• Política de complexos produtivos

– Complexo do entretenimento, esporte, mídia, cultura e turismo

– Complexo do petróleo e gás

– Complexo da saúde

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Frase do secretário de Planejamento de blumenau, Walfredo Balistieri:

• "uma das lições aprendidas com a tragédia [em Blumenau] é de que não se pode simplesmente reconstruir a cidade da mesma forma. Devemos construir uma nova cidade, com novas características, sempre respeitando as questões urbanas, sociais, ambientais e geológicas"

"Na maior parte dos casos, os grandes problemas nacionais são tratados de forma isolada (...). Assim, são feitos estudos e proposições sobre a questão [fundiária], urbana, regional, saneamento, habitação, e outros. (...) Alguns autores parecem não se dar conta de que estão tentando solucionar problemas parciais sem levar em conta o fato de que fazem parte de um todo, mais ainda, parecem ignorar que tais problemas comumente se originam em outra área do campo social que pode, inclusive, imprimir-lhe uma dinâmica própria“.

Wilson Cano

Políticas públicas e encadeamentos

O que aconteceu com a FIAT? A FIAT foi implantada em Betim-MG, nos anos 70, e tinha um índice de nacionalização baixa. O que era nacional vinha de São Paulo. Tinha um problema crônico de qualidade, confiabilidade. O produto não era bom. O carro não era competitivo. Não é de graça que o carro da problema na estrada. É porque ele não tem controle sobre fornecedor. Eu tenho margem menor que os outros porque o custo de produção é mais alto. Eu não controlo como eles controlam a qualidade do fornecedor. Daí eles fizeram uma regra: quem quiser vender pra mim em grande volume, tem que ter uma planta em Minas Gerais.

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Políticas públicas e encadeamentos

À medida que ele foi mineirizando, ele foi ganhando confiabilidade e qualidade. Em maior volume, conseguiu baixar preço. Foi um círculo virtuoso. Hoje, a planta da FIAT em Betim tem o maior volume de produção em uma unidade no mundo.

Nem sempre foi assim. A FIAT foi 4º lugar de vendas no Brasil. Hoje ela é 1º lugar. Isso, nos últimos 15 anos. A mineirização foi muito importante para ela.

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Obrigado!

Mauro Osorio

Professor da UFRJ e autor de “Rio Nacional, Rio Local:

mitos e visões da crise carioca e fluminense”

[email protected]

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