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document.docx DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS Em empreendimentos de porte significativo capazes de proporcionar, efetiva ou potencialmente, impactos ambientais relevantes devem ter avaliadas as mudanças que provocarão sobre o ambiente onde se pretende instalá-los. Conforme a dimensão e o caráter do empreendimento, e com base nas informações produzidas no diagnóstico ambiental da sua área de influência, avaliam-se as possíveis alterações ambientais que a região sofrerá, considerando os aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos. Nesta seção, serão identificados e avaliados os impactos proporcionados pela atividade da estação de transbordo utilizadas na transferência intermediária de resíduos coletados na cidade, no quais foram criados em função da considerável distância entre a área de coleta e o local de pa r a d is po si ç ã o f i na l do s r e s í duo s s ó li do s u r bano s do s m un ic í p i o s c o n s o r ci a d o s. É com base nesse levantamento que serão propostas, sempre que possíveis medidas mitigadoras e/ou compensatórias para os mesmos, visando minimizar as suas consequências negativas e amplificar os efeitos dos impactos positivos. Para a avaliação dos impactos ambientais, são apresentadas as relações entre as atividades a serem desenvolvidas no empreendimento e as prováveis alterações qualitativas nas características da região afetada considerando o caráter, a magnitude, a importância, a duração e a escala do impacto. 1.1 METODOLOGIA A avaliação dos impactos foi feita utilizando duas matrizes de identificação de impactos, método que associa as ações de um empreendimento às suas interferências processuais sobre os meios físico, biótico e socioeconômico da área de influência e suas consequências. Após a identificação, os impactos foram descritos e a eles foram atribuídos atributos de acordo com a exigência legal, cujos parâmetros para análise são apresentados a seguir. Uma lista das ações do projeto em análise é apresentada na Tabela 6.1, a lista dos componentes/processos ambientais potencialmente afetados é apresentada na Tabela 6.2 e a primeira matriz apresentada, chamada de matriz de identificação de interferências na Tabela 6.3, tem o objetivo de identificar as possíveis interações entre os componentes do projeto e os 1 Rua Bahia, 466, Pituba - Salvador - Bahia - Brasil - CEP 41.830-160 Tel/Fax (0**71) 3503-0300 - e-mail = [email protected]

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DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS

Em empreendimentos de porte significativo capazes de proporcionar, efetiva ou potencialmente, impactos ambientais relevantes devem ter avaliadas as mudanças que provocarão sobre o ambiente onde se pretende instalá-los. Conforme a dimensão e o caráter do empreendimento, e com base nas informações produzidas no diagnóstico ambiental da sua área de influência, avaliam-se as possíveis alterações ambientais que a região sofrerá, considerando os aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos.

Nesta seção, serão identificados e avaliados os impactos proporcionados pela atividade da estação de transbordo utilizadas na transferência intermediária de resíduos coletados na cidade, no quais foram criados em função da considerável distância entre a área de coleta e o local de para disposição final dos resíduos sólidos urbanos dos municípios consorciados. É com base nesse levantamento que serão propostas, sempre que possíveis medidas mitigadoras e/ou compensatórias para os mesmos, visando minimizar as suas consequências negativas e amplificar os efeitos dos impactos positivos.

Para a avaliação dos impactos ambientais, são apresentadas as relações entre as atividades a serem desenvolvidas no empreendimento e as prováveis alterações qualitativas nas características da região afetada considerando o caráter, a magnitude, a importância, a duração e a escala do impacto.

1.1 METODOLOGIA

A avaliação dos impactos foi feita utilizando duas matrizes de identificação de impactos, método que associa as ações de um empreendimento às suas interferências processuais sobre os meios físico, biótico e socioeconômico da área de influência e suas consequências. Após a identificação, os impactos foram descritos e a eles foram atribuídos atributos de acordo com a exigência legal, cujos parâmetros para análise são apresentados a seguir.

Uma lista das ações do projeto em análise é apresentada na Tabela 6.1, a lista dos componentes/processos ambientais potencialmente afetados é apresentada na Tabela 6.2 e a primeira matriz apresentada, chamada de matriz de identificação de interferências na Tabela 6.3, tem o objetivo de identificar as possíveis interações entre os componentes do projeto e os elementos do meio, sendo formada a partir de duas colunas distintas.

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TABELA 2.1 - LISTA DE AÇÕES DO EMPREENDIMENTO FASE ATIVIDADES

EncerramentoMonitoramento de gases e águas;Remediação das áreas de disposição; Recomposição paisagística.

Esta matriz permite a identificação das interferências, evitando que alguma intervenção sobre qualquer componente ambiental seja negligenciada. A origem conceitual dessa matriz dialoga diretamente com a matriz de Leopold (1971) e permite fazer associações diretas dos impactos de uma determinada ação de um empreendimento com as diversas características ambientais de sua área de influência. Todavia, mesmo a modificação proposta aqui guarda desvantagens, a saber:

Não permite fazer projeções no tempo;

Não considera os processos que interligam os diversos componentes ambientais;

Não permite identificar impactos indiretos;

Não consideram as características espaciais dos impactos;

É repetitiva.

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TABELA 2.2 - LISTA DOS COMPONENTES/ PROCESSOS AMBIENTAIS DO MEIO FÍSICO, BIOLÓGICO E SOCIOECONÔMICO.

MEIO COMPONENTE CARACTERÍSTICAS

Físico

Meio Terrestre

TopografiaErosãoQualidade dos solosPaisagem natural

Meio AquáticoDrenagem das águasQualidade e quantidade das águasAssoreamento

AtmosferaQualidade do arPoeirasRuídos

BióticoFlora Vegetação

FaunaTerrestreOrnitofauna

Socioeconômico

População

Emprego e rendaComportamentoExpectativasQualidade de vida

Usos do Solo

Disciplinamento de usos dos solosSistema viárioCirculação/ acessoPaisagem

ServiçosSaneamentoOutros serviços de infra-estrutura

Economia

Setor primárioSetor secundárioSetor terciárioSetor público

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TABELA 2.3 - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS - ATERRO SANITÁRIO.

COMPONENTES/ PROCESSOS AMBIENTAIS

Meio Físico Meio Biótico Meio Socioeconômico

Top

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O Monitoramento de gases e água x x x x x x x x

Remediação das áreas de disposição x x x x x x x x x x x x x

Recomposição paisagística x x x x x x x x x x x x x

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Com o objetivo de complementar as informações alcançadas a partir da análise da primeira matriz, a segunda, denominada de matriz de identificação de impactos apresentada na Tabela 6.4, permite avaliar as intervenções em termos processuais, relacionando as atividades do projeto, os mecanismos e processos desencadeados por elas e os impactos resultantes.

Esta matriz possibilita a visualização das relações entre causa e efeito e pressupõe um conhecimento prévio da atividade avaliada para a correta identificação dos efeitos e impactos ambientais.

Por efeito, consideram-se as alterações de um processo natural ou social decorrente de uma ação humana.

Após a identificação dos impactos, procede-se à descrição pormenorizada de cada um deles e à sua avaliação a partir dos atributos de tipo, magnitude, importância, duração, escala e reversibilidade cujas características e parâmetros de análise estão apresentados na Tabela 6.5.

É importante considerar que os projetos de controle e monitoramento ambientais que fazem parte do plano de gestão ambiental do empreendimento proposto por este estudo não serão considerados na avaliação dos impactos. Todavia, o plano de recomposição paisagística e fechamento dos lixões foram considerados como parte integrante do projeto do aterro sanitário de pequeno porte, estando apresentados na lista de atividades do empreendimento.

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TABELA 2.4 - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS.

ATIVIDADE DO EMPREENDIMENTO IMPACTOS AMBIENTAIS

ENCERRAMENTO

EFEITOS

MEIO FÍSICO

MEIO BIÓTICOMEIO

SOCIOECONÔMICO

Mon

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Uso do solo

Alteração da topografia/ formação do maciço

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x Supressão da vegetação x x x x x x x

x Remoção de solo fértil x x x x x

x Aumento do peso sobre a superfície x

x x Recuperação de áreas degradadas x x x x x x

Impermeabilização do solo x x

x x Alteração da função do solo x x x

Emissões atmosféricas e

afins

Materiais particulados x x x x

x Gases (maciço) x x x x

x Fumaça (veículos) x x x x

x Odores x x x x

x Vibrações x x x

x Ruídos x x x

Recursos hídricos

Alteração do escoamento superficial

x

Assoreamento dos corpos d'água x

Acompanhamento da qualidade da água

x x x

Qualidade da água x x x

x

Aspectos sociais

Geração de emprego e renda x x x x x

x Geração de impostos x x x x x

Atração de pessoas x x

Qualificação profissional x x

x x xDesenvolvimento de conhecimento científico

x x x x

x x xTratamento adequado dos resíduos sólidos

x x x x x x

x xTráfego de veículos e máquinas pesadas

x x x x

x Oportunidades de negócios x x x x x

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TABELA 2.5 - ATRIBUTOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS.

ATRIBUTO SIGNIFICADO DO PARÂMETRO DE AVALIAÇÃO

TIPOExprime o caráter da modificação causada por uma determinada ação.

POSITIVOQuando o impacto de uma determinada ação for benéfico.NEGATIVOQuando o impacto de uma determinada ação for adverso.INDEFINIDOImpacto negativo ou positivo, dependendo da forma de abordagem do mesmo.

RELAÇÃOIndica a fonte do impacto

DIRETODecorre de ações praticadas pelo empreendedor.INDIRETODecorre de um impacto direto do projeto em análise.

MAGNITUDEExprime a extensão do impacto, através de uma valoração gradual que se dá ao mesmo, a partir de uma determinada ação do projeto.

PEQUENADe magnitude inexpressiva, inalterando a característica ambiental considerada.MÉDIADe magnitude expressiva, porém sem alcance para descaracterizar a característica ambiental considerada.GRANDEDe magnitude tal que possa levar à descaracterização da característica ambiental considerada.

IMPORTÂNCIAIndica a importância ou significância do impacto em relação à sua interferência no meio.

NÃO SIGNIFICATIVADe intensidade não significativa, com interferência não implicando em alteração da qualidade de vida.MODERADAIntensidade da interferência com dimensões recuperáveis, quando adversa, ou refletindo na melhoria da qualidade de vida, quando benéfica.SIGNIFICATIVAIntensidade da interferência acarreta perda da qualidade de vida, quando adversa, ou ganho, quando benéfica.

ESCALA TEMPORALEstabelece a relação entre a ação geradora e o aparecimento do impacto.

IMEDIATOOcorre ao mesmo tempo em que a ação que o gera.MÉDIOOcorre com meses de defasagem em relação à ação que o gera.LONGOOcorre com anos de defasagem em relação à ação que o gera.

ESCALA ESPACIALEstabelece a extensão da interferência, ou seja, a referência espacial entre a ação geradora do impacto e a área afetada.

LOCALQuando o efeito gerado fica restrito apenas ao próprio sítio e em suas imediações.REGIONALQuando o efeito gerado se propaga para além da área de influência direta ou entorno mais próximo da ação impactante.ESTRATÉGICOQuando afeta um componente ou recurso ambiental de importância coletiva ou nacional.

REVERSIBILIDADEIndica a capacidade de regeneração do ambiente após ser impactado.

REVERSÍVELQuando o ambiente (sistema) voltar ao seu estado original após a cessão da ação ou aplicação de medidas corretivas.IRREVERSÍVELQuando o elemento ou fenômeno analisado não puder ser reestabelecido

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1.2 DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Neste subitem, serão identificados, quantificados e qualificados os impactos ambientais decorrentes do encerramento do lixão do município, com o objetivo de sugerir medidas visando atenuar seus efeitos negativos e maximizar os positivos, bem como aferir a viabilidade socioambiental do empreendimento através da análise que se segue.

1.2.1 Interferências Sobre o Meio Físico

Impacto MF 1 - Deterioração da Qualidade do Ar

A movimentação de terra, de veículos e de máquinas durante a fase de execução das obras resultará em incremento das emissões gasosas, de material particulado e de ruídos. As vias de acesso a partir da rodovia são em estrada carroçável, colaborando para ampliar o impacto. Apesar de reversível tão logo cessem as atividades, a atual qualidade do ar será deteriorada, podendo causar danos à saúde e bem estar da comunidade local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

Impacto MF 2 - Diminuição da Capacidade de Acumulação de Água nos Riachos Intermitentes

Considerando que o escoamento superficial natural e a topografia da área serão alterados e que parte da vegetação será retirada, as áreas susceptíveis a erosão serão ampliadas, e o solo carreado pelas águas pluviais poderá assorear os recursos hídricos. Em consequência, ocorrerá a diminuição da sua profundidade, ampliando a sua superfície exposta ao sol e, consequentemente, a evaporação. Apesar de o local onde será implantado o empreendimento não possuir nenhum riacho nas proximidades.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Longa Local Sim Indireta

Impacto MF 3 - Gerenciamento Adequado dos Recursos Hídricos

As ações de monitoramento e tratamento do chorume pelo empreendimento irão possibilitar o gerenciamento adequado dos recursos hídricos locais, cujas influências são sentidas em âmbito regional. Além disso, todo o chorume será tratado em sistema específico, o que garante que não haverá o lançamento de passivos ambientais e efluentes nos recursos hídricos.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Moderada Longa Regional Sim Direta

Impacto MF 4 - Sismicidade Induzida

A formação de um maciço de resíduos sólidos compactados ao longo dos anos irá incidir sobre a geologia local, exigindo, provavelmente, o estabelecimento de um novo equilíbrio e consequentemente, na ocorrência de abalos sísmicos locais decorrente do peso extra sobre a superfície da terra. Apesar de não se esperar abalos sísmicos de grandes proporções, o comportamento do subsolo deve ser monitorado e estratégias de estabilização do sistema de

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impermeabilização devem ser contempladas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo MédiaNão

significativa Média Regional Não Direta

Impacto MF 5 - Aceleração de Processos Erosivos

As ações de alteração da topografia, criação de taludes, supressão da vegetação, compactação do solo criam situações que tornam as superfícies expostas mais susceptíveis a erosão. Este impacto está diretamente relacionado ao assoreamento de riachos, perda de solos e desestabilização das estruturas construídas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Regional Sim Direta

Impacto MF 6 - Promoção da Qualidade Ambiental

O tratamento e recirculação do chorume, a drenagem dos gases, a impermeabilização das células e os sistemas de monitoramento planejados contribuem para a diminuição da poluição do ar, dos recursos hídricos e do solo das áreas dos lixões que serão desativados em função da operação do aterro sanitário, resultando em manutenção da estabilidade e da conservação de processos ambientais e de ecossistemas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Estratégica Sim Direta

1.2.2 Interferências Sobre o Meio Biótico

Os impactos relativos à fase de instalação são na grande maioria, do tipo negativo, média magnitude, importância moderada e de curta duração, pois neste momento é que são realizadas as principais alterações no meio ambiente local, afetando diretamente o ecossistema e suas espécies. Neste sentido, segue abaixo os principais impactos referentes a esta fase inicial.

Impacto MB 1 - Ameaça a Espécies Vegetais

A supressão de vegetação correspondente à ADA se resume na retirada da cobertura do estrato herbáceo, arbustivo e espécies arbóreas comuns para a região. Remoção necessária para instalação da estrutura física do empreendimento que não irá promover grandes prejuízos ao ecossistema, devido esta área encontrar-se bastante antropizada. No entanto, destaca-se a ocorrência da Mimosa hostilis (Jurema Preta) na ADA e da Caesalpinia pyramidalis (Catingueira) na AID. Assim, caso o órgão ambiental competente libere a licença para corte destas plantas ou outras que estejam listadas na Instrução Normativa Nº 06, de 23 de setembro de 2008, o impacto pela supressão de espécies como estas poderá ser mitigado a partir do programa de plantio de mudas comuns para o ecossistema local e que, preferencialmente, estejam incluídas nesta mesma lista de espécies ameaçadas a fim de colaborar para manutenção do equilíbrio ambiental.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

9Rua Bahia, 466, Pituba - Salvador - Bahia - Brasil - CEP 41.830-160

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Impacto MB 2 - Caça e Captura de Animais Silvestres

Devido à presença de operários e contratados pelo empreendedor, poderá ocorrer caça indiscriminada e captura da fauna local, seja para alimentação, seja para comércio ilegal de animais. Ressalta-se que a incidência de espécies na área do aterro sanitário apresenta-se reduzida em decorrência de uma acentuada antropização.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

Impacto MB 3 - Fuga e Afugentamento da Fauna

Durante a implantação e operação do empreendimento ocorrerá um intenso movimento de máquinas, veículos e pessoas, causando a elevação nos níveis de ruído e poeira na região de maneira a promover o afugentamento da fauna. Esse impacto também trará prejuízos para a nidificação, acasalamento e alimentação das espécies.

Os lixões geram um grande volume de poluentes, que podem variar quanto suas características químicas e grau de perigo oferecido ao meio ambiente. Contudo, os prejuízos que os ruídos causam aos ecossistemas, principalmente à fauna, e à saúde humana vêm chamando atenção dos profissionais ligados à segurança do trabalho devidos a seus efeitos adversos.

Além de afugentarem os animais que ocorrem no perímetro do lixão, também podem desestabilizar o equilíbrio do ecossistema local, implicando diretamente no ciclo reprodutivo de algumas espécies mais exigentes.

Contudo, em função da área estar bastante antropizada, o número de espécies de animais silvestres que ocorre na ADA não é tão grande, no qual dar lugar ao grande numero de vetores, o que conseqüentemente acarreta poucos prejuízos à mesma.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Local Sim Direta

Impacto MB 4 - Acidentes com a Fauna

A intensificação do trânsito de máquinas e veículos no entorno do empreendimento poderá contribuir de forma significativa para o aumento dos índices de acidentes e atropelamentos dos animais durante a fase de implantação e operação do aterro sanitário, principalmente espécies com pouca mobilidade ou pouco ágeis.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Local Sim Direta

Impacto MB 5 - Perda de Habitats e Diminuição da Biodiversidade Local

A supressão da vegetação e a remoção de solos férteis em decorrência da preparação do terreno durante a implantação do empreendimento resultarão na perda de habitats para os animais que vivem na região ou que passam por ela periodicamente, cuja consequência direta é a diminuição da biodiversidade local. Apesar da importância, em termos gerais, desse impacto, o estado de conservação pouco expressivo da vegetação nativa e a exploração social da terra diminuem a

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importância deste impacto sobre o ambiente local, podendo ser parcialmente recuperado quando do fechamento do aterro e da adoção de medidas corretivas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Longa Local Sim Direta

Impacto MB 6 - Restabelecimento de Ecossistemas

O projeto de encerramento de lixão e de recomposição paisagística possibilitará o restabelecimento do equilíbrio ambiental e das condições necessárias para o repovoamento por espécies nativas e animais silvestres, reintegrando, assim, a área impactada ao ambiente na qual está inserido.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional Sim Direta

1.2.3 Interferências Sobre o Meio Socioeconômico

Impacto MS 1 - Fortalecimento do Mercado Especializado em Estudos Ambientais e Engenharia Sanitária

O desenvolvimento de estudos ambientais e técnicos para elaboração de projetos incidirá positivamente sobre o mercado de trabalho especializado, colaborando na manutenção de empregos e contribuindo na ampliação da renda dos trabalhadores do setor.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Média Moderada Imediata Regional Sim Direta

Impacto MS 2 - Valorização dos Terrenos Vizinhos

O encerramento de um lixão valoriza os terrenos vizinhos uma vez que não existirá mais o mau cheiro, os vetores e a ocorrência de acidentes que os levaram a perda da qualidade ambiental da área por muitos anos, tudo isso associado ao incômodo à vizinhança em decorrência das atividades de operação e mudança da função do solo local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Local Não Direta

Impacto MS 3 - Fortalecimento do Mercado Regional de Construção Civil e Sanitária

As atividades relacionadas à construção das instalações dos equipamentos do empreendimento irão gerar empregos locais e qualificação aos trabalhadores, colaborando no incremento da qualidade de vida. Além disso, os fornecedores de matéria prima e equipamentos que serão utilizados na construção civil e operação do aterro também serão impactados positivamente.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Média Moderada Média Regional Sim Direta

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Impacto MS 4 - Melhoria das Condições Sanitárias dos Municípios Consorciados

Uma vez que os municípios passem a dispor seus resíduos sólidos urbanos em um aterro sanitário, os lixões perderão seu uso e serão desativados, resultando em melhoria sanitária e qualidade de vida para a população residente, diminuindo o risco de contrair doenças e evitando o trabalho em ambiente insalubre que estava sendo realizado pelos catadores de material reciclável.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional Não Direta

Impacto MS 5 - Desenvolvimento de Tecnologias para o Tratamento dos Resíduos sólidos

Os mecanismos de controle, monitoramento ambiental e encerramento com a implantação do sistema de aterro sanitário permitirão a produção continuada de dados e incentivará a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias adaptadas ao ambiente onde o empreendimento se insere, tanto pela gestão do aterro quanto pelas ações de pesquisadores e cientistas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional NãoDireta

Indireta

Impacto MS 6 - Municípios Permanecem Acessando Recursos Públicos para Ações de Desenvolvimento Local

A destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos irá colocar a municipalidade em conformidade com a legislação ambiental e sanitária existente no país, significando que o poder público poderá acessar recursos das diferentes instituições para seus projetos de desenvolvimento local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional Sim Direta

Impacto MS 7 - Melhoria da Qualidade de Vida das Populações Afetadas

A destinação adequada dos resíduos urbanos irá possibilitar que os recursos naturais continuem servindo de maneira satisfatória às necessidades das populações que deles dependem, em especial das águas subterrâneas. As populações que vivem no entorno de lixões recuperados alcançarão condições ambientais e sanitárias adequadas e seguras para o seu desenvolvimento social. A requalificação dos catadores de resíduos sólidos e a geração de emprego e renda significarão um salto na qualidade de vida dessas populações.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional NãoDireta

Indireta

12Rua Bahia, 466, Pituba - Salvador - Bahia - Brasil - CEP 41.830-160

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Impacto MS 8 - Incômodo à Vizinhança

O transporte diário de resíduos sólidos urbanos nas vias de acesso e a disposição final irão acarretar em emissão de odores que incomodarão a vizinhança. Além disso, durante a instalação e operação do aterro sanitário, o aumento do tráfego de veículos pesados e de pessoas alterará a rotina pacata dos moradores, seja em decorrência da emissão de ruídos, materiais particulados ou gases. A importância deste impacto foi minimizada devido às vias de acesso e área no entorno do aterro apresentarem baixíssimas ocupação demográfica, apesar de sua magnitude ser grande.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Grande Moderada Longa Regional Não Direta

Impacto MS 9 - Ampliação das Oportunidades de Emprego para a População Local

As ações de requalificação e qualificação profissional e as atividades que irão se desenvolver diretamente no aterro sanitário irá proporcionar novos postos de trabalho para a população local, tanto direta quanto indiretamente. A atração de pessoas para a área irá incidir sobre a oferta de alimentação e outros produtos movimentando o comércio local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Médio Significativa Longa Local SimDireta

Indireta

Impacto MS 10 - Aumento dos Recursos Públicos Municipais

A formalização de empregos com carteira assinada no aterro sanitário bem como a potencialização para o desenvolvimento de uma série de novas atividades e indústrias a partir da reciclagem e reaproveitamento dos materiais triados representará um aumento da arrecadação de impostos para o Município de Mãe D’Água, podendo ser convertido em ações de desenvolvimento local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Médio Significativa Longa Regional SimDireta

Indireta

Impacto MS 11 - Impacto Visual

Durante as obras de encerramento do lixão e atividades relacionadas a operação da disposição e triagem de resíduos, o impacto visual da alteração paisagística na área onde se insere o projeto será intensa. Todavia, o planejamento de um projeto paisagístico que contempla uma faixa circundante do terreno com a implantação de árvores de grande porte irá minimizar o efeito negativo desse impacto. Mesmo assim, durante os últimos anos de vida útil do aterro e mesmo após o seu fechamento, a despeito da existência da referida faixa de proteção visual ou da recuperação paisagística planejada, a geometria do maciço gerado alterará definitivamente a paisagem, cujo impacto será ainda mais forte por saber que a elevação é formada pela disposição de resíduos.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Grande Significativa Longa Regional Não Direta

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1.3 PLANOS DE GESTÃO AMBIENTAL

Ao longo deste estudo, foram diagnosticadas as características dos diferentes meios que compõem o ambiente sobre o qual se pretende implantar a remediação e o encerramento dos lixões. Também foram apresentadas a concepção e as linhas mestras que direcionam a instalação e operação do empreendimento bem como identificados os possíveis impactos ambientais e sociais decorrentes da sua implantação.

Este conjunto de informações permitiu a compreensão das intervenções sociais e ambientais decorrentes da implantação do sistema, possibilitando a elaboração de um conjunto de medidas que concorrem para garantir a sustentabilidade ambiental do empreendimento.

Estas proposições compõem o Plano de Gestão Ambiental para o Encerramento do Lixão, cujo objetivo é prevenir, atenuar e compensar os impactos adversos resultantes do empreendimento, bem como valorizar e potencializar os seus benefícios.

Este plano é formado por programas para determinadas áreas os quais são compostos, por sua vez por projetos específicos, contemplando diferentes categorias de ação, a saber:

Medidas de mitigação de impactos negativos;

Medidas de valorização de impactos positivos;

Medidas de monitoramento ambiental;

Medidas de controle ambiental;

Medidas compensatórias.

É importante destacar que as ações descritas nestes programas assumem naturezas do tipo:

Preventiva: com ações para os impactos negativos que podem ser evitados, reduzidos ou controlados, mediante a adoção antecipada de medidas preventivas;

Corretiva: visando a mitigação de impactos através de ações de recuperação e recomposição das condições ambientais satisfatórias e aceitáveis;

Compensatória: destinando-se a impactos inevitáveis ou aqueles não mitigados de forma adequada, onde há perda de recursos e valores ecológicos, através de ações de compensação dos danos ambientais.

Nesta etapa de licenciamento, serão apresentados os objetivos de cada projeto em âmbito conceitual, pois ainda passarão pelo crivo e discussão da sociedade e entidades responsáveis, os quais deverão aprová-lo e/ ou complementá-lo. Considera-se, todavia, que todos os elementos ora elaborados sejam detalhados antes da implantação do empreendimento e que sua execução seja realizada por equipe de profissionais qualificados.

Após a apresentação dos programas e projetos a ele vinculados, serão definidos o cronograma de execução dos planos, os dados necessários para o cálculo do grau de impacto e os termos da compensação ambiental e as medidas mitigadoras de impactos negativos.

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TABELA 2.6 - RESUMO DOS PROGRAMAS E PROJETOS QUE COMPÕEM O PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL DO ENCERRAMENTOPROGRAMA PROJETO OBJETIVO

BIOFÍSICO

Observação das condições climatológicasMonitorar o comportamento climático anual da região a fim de conhecer a sua dinâmica e tomar melhores decisões em caso de acidentes no fechamento do lixão.

Monitoramento da qualidade do ar

O objetivo deste plano se divide em duas áreas mutuamente complementares:Monitoramento dos gases emitidos pela disposição dos resíduos na área encerrada, verificando a quantidade de emissão de gases, a caracterização da sua composição química, as eventuais migrações e os riscos de ocorrência de explosões durante o encerramento do lixão;Monitoramento dos níveis de ruídos, fumaça e particulados em suspensão resultado da movimentação de veículos pesados e atividades operacionais.

Monitoramento da qualidade das águasO objetivo do plano de monitoramento é promover ações que acompanhem o estado da qualidade das águas durante as fases de implantação, operação e fechamento do empreendimento visando o controle de possíveis atividades poluidoras sobre os recursos hídricos.

Desativação e recuperação dos lixõesO objetivo deste plano é recuperar os vazadouros de lixo (em geral, lixões) dos municípios participantes do consórcio uma vez que serão desativados.

Fechamento e uso futuro da áreaTraçar as diretrizes para a recuperação e aproveitamento da área e a manutenção da estabilidade física, química e biológica dos maciços, preparando para o desempenho de atividades futuras.

Plano de recuperação de áreas degradadasPlano de Exploração / Recomposição de Áreas de EmpréstimosPlano de Disposição / Recomposição das Áreas de Bota-Fora

SOCIOECONÔMICO

Capacitação técnica e aproveitamento de mão de obra

Estabelecer as diretrizes e os procedimentos para a execução das ações de capacitação dos trabalhadores de diferentes tipos de serviços destinadas à melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo empreendimento, ao cumprimento dos objetivos de cada etapa e ao desenvolvimento integral dos trabalhadores, buscando melhor qualidade de vida e realização profissional.

Educação ambientalInformar a população sobre as características ambientais e socioeconômicas da região e sobre os benefícios ambientais do projeto, privilegiando a disseminação de informações sobre as medidas de preservação da qualidade ambiental relacionadas ao empreendimento.

Adequação a estrutura urbana existenteUma vez que a área está localizada em zona rural, não existem interferências sobre infraestrutura urbana de modo que não é necessário um plano de adequação a estrutura urbana.

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TABELA 2.7 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E MEDIDAS MITIGADORAS.

PROJETOS/MEDIDAS MITIGADORAS

ENCERRAMENTO**

Preservação dos Recursos Hídricos e Paisagísticos

Monitoramento da Qualidade do Ar

Monitoramento da Qualidade das Águas

Recuperação de Áreas Degradadas pelas Obras

Desativação e Recuperação dos Lixões

Fechamento e Uso Futuro da Área

Educação Ambiental

Capacitação Técnica e Aproveitamento de Mão de Obra

* Considera-se cada coluna equivalente a 5 anos. ** Tempo indeterminado.

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TABELA 2.8 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO.IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Deterioração da qualidade do ar

As estradas carroçáveis de acesso devem ser qualificadas com recobrimento adequado para evitar a emissão de materiais particulados;Verificar e promover a regulagem e manutenção de todos os equipamentos (veículos, geradores, tratores, etc.) envolvidos na implantação e operação do projeto;Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente fechados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro;Deverão ser analisados os principais componentes do gás drenado pelos tubos do aterro bem como aquele escapado diretamente pelo recobrimento dos resíduos: CH4, CO2, CO, H2, N2, O2.

Diminuição da capacidade de

acumulação de água nos riachos intermitentes e

Aceleração de processos erosivos

O caráter litólico e pouco profundo do solo associado a pouca permeabilidade da rocha mãe e a topografia movimentada da área pode resultar em movimentações em massa, devendo ser cuidadosamente pensado em formas de drenagem subsuperficial das águas pluviais;Deve-se evitar a escavação de solo e movimentação de terra durante o período chuvoso, evitando que os sedimentos sejam carreados para os corpos d’água;Evitar áreas de solo expostas diretamente à ação erosiva, devendo recobrir com gramas ou arbustos;Garantir a manutenção adequada do sistema de drenagem de águas pluviais, em especial dos taludes e maciços formados pela disposição de resíduos; Recuperação da vegetação das áreas de preservação permanente ao longo dos riachos, evitando a erosão das suas margens;O lançamento das águas pluviais nos corpos receptores deverá evitar a formação de voçorocas, adotando solução de engenharia adequada para diminuir a força da água (gravidade) sobre o solo: as águas pluviais deverão ser conduzidas às caixas de coleta, aos tubos de concreto e às estruturas de dissipação de energia, para posteriormente serem lançadas na drenagem natural.

Redução do nível da água subterrânea

Recomenda-se que sejam instalados sistemas de captação de águas pluviais, como exemplo, cisternas para armazenamento e uso para irrigação de áreas verdes, lavagem de veículos e máquinas e aspersão de pátios e vias internas;

Sismicidade induzidaNão há mitigação, apenas o monitoramento para acompanhar o desenvolvimento do processo.

Perda de habitats e diminuição da biodiversidade

Otimizar os processos para que haja a supressão apenas necessária da vegetação, visando restringir às áreas diretamente afetadas a partir de um planejamento antecipadamente dos problemas com manutenção da pista de rolamento e acidentes das vias de acesso ao aterro sanitário;Destinar apropriadamente os resíduos recicláveis através de coleta seletiva e dar disposição final aos mesmos conforme legislação ou procedimentos escritos pelo órgão ambiental;A empresa responsável pela instalação do aterro sanitário deverá produzir mudas ou formar um banco genético da vegetação nativa ou mesmo, terceirizar o serviço para que o ambiente seja recuperado e tenha características semelhantes a mata original;Promover a recomposição paisagística quando do fechamento do aterro sanitário utilizando vegetação nativa;No período da implantação deverá manter profissional devidamente capacitado na área do aterro sanitário.

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TABELA 6.8 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO (cont.)IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Ameaça a espécies vegetais em risco de

extinção

Dar-se-á preferência para o plantio de espécies vegetais nativas, frutíferas e ameaçadas de extinção a fim de contribuir para a recuperação da área, manutenção do ecossistema, ocorrência e nidificação neste local de espécies da fauna silvestre;Sempre que possível, realizar o transplante de árvores maduras ameaçadas de extinção para outras áreas dentro do terreno.

Fuga e afugentamento da

fauna

Otimizar o tempo necessário para instalação do Aterro Sanitário de maneira que se possa reduzir o tráfego de máquinas, veículos e pedestres, para que seja reduzido os níveis de ruídos e dispersão de poeira na ADA do empreendimento e assim, minimizar o estresse sobre a fauna local;Adotar procedimentos educativos visando à orientação e sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os para evitar o confronto com os animais e, consequentemente, contribuir para manutenção das espécies;Tendo em vista a existência de uma cobertura vegetal bem definida na propriedade destinada para implantação do aterro sanitário, destinar-se-á uma parcela da área para conservação da biodiversidade local, reserva legal como estabelece o código florestal brasileiro e fortalecimento do conceito de corredores ecológicos, facilitando o trânsito da fauna e contribuindo para o fluxo gênico entre as populações das espécies que ocorrem na região;O afugentamento da fauna silvestre também está diretamente ligado à operação do aterro sanitário, sendo importantes que as atividades de manejo sejam otimizadas a fim de promover a redução do trânsito e tempo de funcionamento dos veículos, consequentemente, os impactos referentes à produção de ruídos;Periodicamente, deverão ser feitas algumas inspeções e manutenções nos equipamentos para que os mesmos não produzam ruídos excessivos;Promover o replantio na ADA de espécies vegetais nativas e frutíferas;Implantar um programa de monitoramento da biodiversidade local para se conhecer o comportamento intra e interespecífico das espécies que ocorre no local, bem como seus nichos ecológicos;Buscar parcerias com os centros acadêmicos, ONG’s e pesquisadores a fim de somarem esforços para recuperação da área degradada;Resgate da fauna silvestre na ADA e na AID com raio mínimo de 100 m.

Acidentes com animais

Orientar o tráfego de máquinas e veículos, respeitando os limites de velocidade e as placas de sinalização a fim de reduzir os níveis de ruído, bem como as manobras dos veículos fora da área de atividade do aterro sanitário;Instalar placas de sinalização alertando para a presença de animais próximos a ADA e para a redução de velocidade quando adentrarem no limite do aterro sanitário;Manter as vias de acesso limpas (sem lixo domiciliar) e com vegetação baixa (cortada e podada) para não atrair os animais para essa faixa de trânsito de veículos;Instalar placas de sinalização alertando as pessoas e funcionários sobre a presença de animais silvestres próximos ao empreendimento e para redução da velocidade dos veículos;Orientar os condutores dos veículos para eventuais procedimentos de socorro ou tomadas de ação em caso de acidentes com algumas espécies da fauna silvestre;Durante o fechamento, retirar as máquinas, equipamentos ou quaisquer outros aparatos utilizados na operação do aterro sanitário que possam causar riscos a integridade da biodiversidade local;Formar parcerias com Universidades e ONG’s para prestação de socorro à fauna acidentada ou em risco na ADA do aterro sanitário, identificando locais para encaminhar os animais feridos.

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TABELA 6.8 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO (cont.)IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Caça e captura de animais silvestres

Proibir e fiscalizar ações predatórias (caça e aprisionamento de animais silvestres) do pessoal envolvido na implantação, operação e fechamento do empreendimento;Adotar procedimentos educativos visando à orientação e sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os quanto às leis de proteção a fauna para a manutenção das espécies locais;Promover programas de educação ambiental para os moradores da região, explicando o objetivo da presença do aterro sanitário no local, bem como suas responsabilidades para com eles e o meio ambiente;Comunicar e denunciar aos órgãos ambientais federais ou estaduais, qualquer prática ilegal ou crime ambiental praticado por pessoas físicas ou jurídicas que venham a degradar ou causar impactos ao meio ambiente;Promover a reintrodução de animais da fauna silvestre a fim de contribuir para o aumento populacional das espécies nativas e o fluxo gênico entre as áreas adjacentes quando da desativação do aterro;Procurar reintroduzir, prioritariamente, espécies da fauna deste ecossistema que estejam ameaçadas de extinção com auxílio de profissionais especializados.

Incômodo a vizinhança e

Impacto ambiental

Deverá ser realizada aspersão de águas nas superfícies durante a execução da obra, desse modo minimizando o lançamento de poeiras;Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente lacrados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro;Os veículos e equipamentos utilizados pelo aterro e unidades complementares deverão estar em perfeito estado de conservação para evitar ruídos desnecessários;Garantir o funcionamento do aterro sanitário durante o horário comercial e em dias da semana;Realizar diariamente a cobertura dos resíduos dispostos de modo a evitar a proliferação de doenças e odores;Manter uma faixa arbórea protegendo os limites do terreno, de modo a diminuir o impacto visual e a dissipação de ruídos e odores;Durante o fechamento do aterro sanitário, promover adequadamente a recomposição paisagística do maciço e áreas adjacentes, bem como evitar o abandono de prédios e equipamentos no local.

Desvalorização dos terrenos vizinhos

Implantação de uma faixa bem arborizada, contornando todo o perímetro do aterro e ainda áreas de jardins no entorno da Guarita do portão de acesso e na área da Administração, visando evitar impactos visuais negativos ao público externo e também otimizar a dispersão vertical do biogás e odores;Preservar a vegetação nativa, promovendo regularmente sua poda e manutenção constante; como boa parte da área já se encontra degradada, torna-se indispensável o plantio de árvores nativas que se adaptem ao tipo de solo e clima da região, formando desta forma um “cinturão verde”;Plantio de um “cinturão” verde com plantas nativas com 02 linhas alternadas de árvores com distância de 1,20 m da cerca de contorno do terreno e com 1,20 m de distância entre árvores ao longo da área de preservação que circunda o terreno, e que deverão plantadas no início do período chuvoso;Executar uma barreira de isolamento compacta, desde a base até o topo, evitando o chamado “Barreira paliteiro”, que não cumprem adequadamente a função de isolamento visual.

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B - ATERRO SANITÁRIO DE PEQUENO PORTE - ASPP E UNIDADE DE COMPOSTAGEM - UC DO MUNICÍPIO DE

PASSAGEM

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2 ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS PRELIMINARES

2.1 SELEÇÃO DE GLEBAS DO MUNICÍPIO DE PASSAGEM

Para o Município de Passagem está prevista a implantação de 01 (um) Aterro Sanitário de Pequeno Porte - ASPP e Unidade de Compostagem - UC. Os estudos obtidos após as avaliações para as seleções das glebas são apresentados a seguir.

2.1.1 Glebas para Implantação de Aterro Sanitário de Pequeno Porte e Unidade de Compostagem

Na análise espacial da localização de glebas para implantação do Aterro Sanitário de Pequeno Porte - ASPP e da Unidade de Compostagem - UC no Município de Passagem, buscou-se selecionar áreas, preferencialmente, inseridas em zona rural afastadas de núcleos urbanos e de recursos hídricos, de forma em proporcionar um menor impacto possível ao meio ambiente e a qualidade de vida da população do município.

2.1.1.1 Características Gerais da Gleba 1

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 0717783E / 9214055N Tipo de solo: areno silto argiloso com pedregulho; Condições topográficas: declividade < 3% (plana); Direção dos ventos: sentido oposto ao centro urbano; Distância de recursos hídricos: 0,45km.

Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença moderada de fauna; Impacto moderado sobre fauna e flora.

Condições Antrópicas:

Distância do centro urbano: 6,0 km; Distância de instituições públicas (escolas, hospitais, etc...): 6,6 km; Distância de aeroportos/aeródromos: não existe no local; Uso atual do solo: não definido; Titularidade do terreno: propriedade particular (Proprietário: Rafael Ferreira do

Nascimento); Inserção em unidades de conservação: não inserida; Custo presumível de desapropriação: médio.

Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: razoável; Proximidade de jazidas: no local; Facilidade de acesso: bom.

As Fotos 7.1 e 7.2 a seguir mostram a área da Gleba 1 e seu acesso.

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2.1.1.2 Características Gerais da Gleba2

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 717861E / 9212216N Condições topográficas: declividade < 3 % (plana); Direção dos ventos: sentido oposto ao centro urbano; Distância de recursos hídricos: 1,1 Km.

Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença irrelevante de fauna; Impacto irrelevante sobre fauna e flora.

Condições Antrópicas:

Distância de instituições públicas (escolas, hospitais, dentre outros): 4,5 km; Distância ao centro urbano: 4,0 km; Titularidade do terreno: propriedade particular (Sr. João Gomes Pereira); Inserção em unidades de conservação: não inserida.

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FOTO 2.1 - VISTA DA GLEBA 1 / ATERRO SANITÁRIO.

FOTO 2.2 - ACESSO A GLEBA 1/ ATERRO SANITÁRIO.

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Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: boa; Facilidade de acesso: boa.

As Fotos 7.3 e 7.4 mostram a área destinada a implantação desse Aterro Sanitário.

2.1.1.3 Características Gerais da Gleba 3

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 0712176E / 9213086N Tipo de solo areno siltoso com pedregulho; Condições topográficas: declividade entre 10 e 19,9% (baixa); Direção dos ventos: sentido distrito; Distância de recursos hídricos: 0,35 km.

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FOTO 2.3 - VISTA DA GLEBA 2 / ATERRO SANITÁRIO DE PEQUENO PORTE.

FOTO 2.4 - ACESSO A GLEBA 2/ ATERRO SANITÁRIO.

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Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença moderada de fauna; Impacto relevante sobre fauna e flora.

Condições Antrópicas:

Distância do centro urbano: 1,4 km; Distância de instituições públicas (escolas, hospitais, etc...): 1,5 km; Distância de aeroportos/aeródromos: não existe no local; Uso atual do solo: não definido; Titularidade do terreno: propriedade particular (Proprietário: Sr. Pedro Alex); Inserção em unidades de conservação: não inserida; Custo presumível de desapropriação: médio.

Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: boa; Proximidade de jazidas: no local; Facilidade de acesso: bom.

As Fotos 7.5 e 7.6 a seguir mostram a área da Gleba 3 e a via de acesso.

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FOTO 2.5 - VISTA DA GLEBA 3 / ATERRO SANITÁRIO

FOTO 2.6 - VIA DE ACESSO A GLEBA 3 / ATERRO SANIÁRIO

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2.1.2 Avaliação Multicriterial das Glebas

A avaliação do estudo de viabilidade de glebas para implantação do Aterro Sanitário de Pequeno Porte no Município de Passagem é apresentada no Quadro 7.1 a seguir.

QUADRO 2.1 - AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DE GLEBAS PARA IMPLANTAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO DE PEQUENO PORTE EM PASSAGEM.

QNT CRITÉRIOSNOTAS

PESOPARCIA

L GLEBA 1

PARCIAL GLEBA 2

PARCIAL GLEBA

3GLEBA

1GLEB

A 2GLEBA

3

01Distância de Recursos Hídricos

3 5 3 3 9 15 9

02 Direção dos Ventos 3 5 3 3 9 15 9

03Condições Topográficas

3 5 3 3 9 15 9

04Titularidade do Terreno

2 2 2 2 4 4 4

05 Uso Atual de Solo 3 3 3 2 6 6 6

06Custo Presumível de Desapropriação

3 3 3 2 6 6 6

07Disponibilidade de Insumos Básicos

5 5 5 3 15 15 15

08Proximidades de Jazidas

5 5 5 2 10 10 10

09Geologia-Potencial Hídrico

5 5 5 3 15 15 15

10Condutividade Hidráulica do Solo

2 4 4 3 6 12 12

11Profundidade do Lençol Freático

5 5 5 3 15 15 15

12Necessidade de Supressão de Vegetação

3 3 3 3 9 9 9

13Inserção em Unidade de Conservação

5 5 5 3 15 15 15

14Distância de Vias/Rodovias

2 2 2 2 4 4 4

15Localização em relação às Instituições Públicas

5 5 2 2 10 10 4

16Distância de Aeroportos e Aeródromos

5 5 5 3 15 15 15

17Distância aos Centros Urbanos

5 5 3 2 10 10 6

18 Facilidade de Acesso 5 5 5 2 10 10 1019 Impacto visual 1 1 1 2 2 2 2

20Disponibilidade de Material para Recobrimento

3 3 3 2 6 6 6

21 Custo de Implantação 5 5 5 3 15 15 1522 Vida Útil 5 5 5 2 10 10 10

TOTAL GERAL 210 240 206

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2.1.3 Resultado da Análise Espacial

Conforme os dados registrados no Quadro 7.1, o resultado da aplicação da matriz de seleção revela a Gleba 2 como a mais adequada para implantação do Aterro Sanitário de Pequeno Porte - ASPP no Município de Passagem.

Sob a ótica da viabilidade econômica há empate técnico entre as alternativas, ambas possuindo características muito próximas e qualificação para a implantação do empreendimento, já sob a ótica ambiental a Gleba 2 apresenta critérios bastante favoráveis, que foram: “Distância de Recursos Hídricos”, “Direção de Ventos” e ”Condutividade Hidráulica”, sendo estes os determinantes para redução dos riscos ambientais, como contaminação de recursos hídricos por possíveis falhas operacionais, possíveis transtornos a população por odores que possam ser levados pela ação dos ventos.

3 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

A área onde será implantado o Aterro Sanitário de Pequeno Porte - ASPP apresenta topografia plana com declividade inferior a 3% (três por cento) facilitando a sua implantação, com pouco movimento de terra. A topografia da área foi apresentada no Produto 2 - Anexo 1, no Des. 213.12-08.09-ATS-PB-DE-TOP-001.

4 ESTUDOS AMBIENTAIS

4.1 MEIO FÍSICO

4.1.1 Clima

O município de Passagem esta sob a maior influência do clima tropical quente e úmido (Aw) que domina a maior parte do território, com variação de temperatura entre 21,3 e 25,4 °C. As chuvas na área de ocorrência deste clima também são variáveis. A velocidade média dos ventos varia entre 4 m/s e 5 m/s, a umidade relativa média anual é de 50% (cinqüenta por cento), com predominância leste dos ventos.

Na Tabela 9.1 a seguir são apresentados os dados médios meteorológicos da Estação Meteorológica de Monteiro, situada a uma distância média de 85 km de Passagem. O registro de medições climatológicas correspondente a uma série histórica de 29 (vinte e nove) anos, relativa ao período de 1961 a 1990.

TABELA 4.9 - DADOS METEREOLÓGICOS DA ESTAÇÃO MONTEIRO

MesesNúmero de Dias

TºC

Pmm

Nhoras

I aETP

Thornthwaite 1948

Jan 30 24,2 59,0 12,4 10,9 2,9 109,51Fev 28 23,5 108,0 12,3 10,4 2,9 93,18Mar 31 24,6 157,0 12,2 11,2 2,9 115,83Abr 30 23,6 151,0 11,9 10,5 2,9 97,72Mai 31 22,7 67,0 11,7 9,9 2,9 88,81Jun 30 21,6 46,0 11,6 9,2 2,9 73,64Jul 31 21,3 40,0 11,5 9,0 2,9 72,95

Ago 31 22,0 37,0 11,7 9,4 2,9 80,73Set 30 23,0 11,0 11,8 10,1 2,9 90,17

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MesesNúmero de Dias

TºC

Pmm

Nhoras

I aETP

Thornthwaite 1948

Out 31 24,5 114,0 12,1 11,1 2,9 113,64Nov 30 25,2 11,0 12,3 11,6 2,9 121,28Dez 31 25,4 37,0 12,4 11,7 2,9 129,67

TOTAIS 281,6 838,0 144,0 124,8 34,2 1187,13MÉDIAS 23,5 69,8 12,0 10,4 2,9 98,93

Fonte: Departamento de Física e Meteorologia ESALQ-USP, ano 1999.

De acordo com o balanço hídrico elaborado pela ESALQ-USP para a Estação Meteorológica de Monteiro, esboçado na Figura 9.1, o período de deficit hídrico ocorre entre os meses de maio a setembro e de novembro a janeiro. Já o período de excedente hídrico se restringe ao mês de abril.

A Figura 12.1 apresenta os dados de deficiência, excedente, retirada e reposição hídrica da região.

FIGURA 4.1 - DEFICIÊNCIA, EXCEDENTE, RETIRADA E REPOSIÇÃO HÍDRICA - ESTAÇÃO METEREOLÓGICA DE MONTEIRO, PERÍODO DE REGISTRO DE 1961 A 1990

Fonte: Departamento de Física e Meteorologia ESALQ-USP (1999)

Observa-se na figura acima que no balanço hídrico existe um considerável déficit hídrico anual, correspondendo a um período de 08 (oito) meses (maio a setembro e de novembro a janeiro). A estiagem prolongada promove retirada de água do sistema e impõe um estado extremo de deficiência hídrica.

A reposição ocorre um pouco em fevereiro, quando a precipitação é crescente e a partir daí existe excedente hídrico até o mês de abril, confirmando um período muito concentrado de chuvas torrenciais e um longo período de estiagem. Este fator indica tendência a aridez da região, bem como susceptibilidade à erosão hídrica.

4.1.2 Recursos Hídricos

O Município de Passagem encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Piranhas, na sub-bacia do rio Espinharas. Os principais contribuintes são o rio Farinha e os riachos: Porcos, Boa Vista, Reinado, Caraibeira, Aba, Pinga, Covão e Tauá. Todos os cursos

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d’água do município têm regime de fluxo intermitente e o padrão da drenagem é do tipo dendrítico, onde é classificada como de baixo potencial hídrico superficial. O escoamento superficial ocorre durante a curta duração das chuvas. Durante a maior parte do ano os riachos permanecem secos.

A região é carente de recursos hídricos. O abastecimento do município ainda é precário, sendo a água captada através de poços amazonas e em época de grande estiagem na região ocorre deficiência de água.

Um grande problema que vem acontecendo na bacia hidrográfica do Rio Piranhas se refere à ocorrência de florações de cianobactérias nos reservatórios. A provável causa desse problema está relacionada ao lançamento de esgotos não tratados nos corpos hídricos desta bacia (CBH, 2012).

Vale salientar que não foi encontrado nenhum recurso hídrico no raio de 1,0 km da área selecionada.

4.1.3 Pedologia

O Município de Passagem possui solos do tipo Cambissolos é constituído por material mineral, com horizonte B incipiente subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial, desde que em qualquer dos casos não satisfaçam os requisitos estabelecidos para serem enquadrados nas classes Vertissolos, Chernossolos, Plintossolos ou Gleissolos. Têm seqüência de horizontes A ou hístico, Bi, C, com ou sem R.

Devido à heterogeneidade do material de origem, das formas de relevo e das condições climáticas, as características destes solos variam muito de um local para outro. Assim, a classe comporta desde solos fortemente até imperfeitamente drenados, de rasos a profundos, de cor bruna ou bruno-76 amarelada até vermelho escuro, e de alta a baixa saturação por bases e atividade química da fração argila.

O horizonte B incipiente (Bi) tem textura franco-arenosa ou mais argilosa, e o solum, geralmente, apresenta teores uniformes de argila, podendo ocorrer ligeiro decréscimo ou um pequeno incremento de argila do A para o Bi. Admite-se diferença marcante do A para o Bi, em casos de solos desenvolvidos de sedimentos aluviais ou outros casos em que há descontinuidade litológica ou estratificação do material de origem.

A estrutura do horizonte Bi pode ser em blocos, granular ou prismática, havendo casos, também, de solos com ausência de agregados, com estrutura em grãos simples ou maciça.

4.1.4 Geologia e Geotecnia

O Município de Passagem está inserido na unidade geológica do Complexo Nordestino, que é constituído de rochas do tipo migmatitos, gnaisses, gnaisses migmatizados, granitóides, anfibolitos, quartizitos, metarcóseos, calcários cristalinos, xistos, itabiritos, calcossilicadas e rochas cataclásticas. Esta unidade é a de maior extensão superficial na área. Está em contato com os sedimentos da Bacia do Parnaíba em toda sua borda oriental, a leste está em contato com o Complexo Caicó e com a Formação Jucurutu e ao sul limita-se com o Complexo Trindade através do Lineamento Patos. Também é recoberta pela porção setentrional da bacia do Araripe, pela bacia do Iguatu, pelas bacias tafrogênicas dos Rios Jucá, Iara, Setiá e Jaibaras, e também pelos metassedimentos Itatiri, Ceará e parte do Cachoeirinha.

Foram realizados 3 (três) poços de inspeção até o impenetrável com profundidade variando de 0,50 a 0,70 m, para coleta de amostras e realização de ensaios de caracterização e de

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permeabilidade cujos resultados são apresentados na Tabela 9.2. De acordo com o Sistema Unificado de Classificação os solos ensaiados são do tipo: SC e SM que apresentam uma elevada capacidade de suporte, baixa permeabilidade, baixa compressibilidade, boa trabalhabilidade exigindo, no entanto sistemas eficientes de proteção dos taludes de corte e aterro (drenagem e revestimento vegetal) contra erosão devido as suas características granulares e baixa fertilidade.

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TABELA 4.10 - RESUMO DE RESULTADOS DE ENSAIOS DA LABORATÓRIO

PROCEDÊNCIADESCRIÇÃO DO

MATERIAL

CARACTERIZAÇÃO

IG

CLASS. COMPACTAÇÃO

PERMEAB. (cm/seg)

LIMITES (%) GRANULOMETRIA (% QUE PASSA)

WL WP IP 4" 2" 1" 3/4" 3/8" 4 10 16 40 200HRB

Energiad máx(kN/m³)

Wot(%)SUCS

Passagem (ASPP) PI - 01 Prof. 0,00 à

0,70 m

Areia Silto Argilosa c/ Pedregulho

26 14 12 - 100 100 100 100 97 86 80 66 38 1A-6

- - - 4,08E-04SC

Passagem (ASPP) PI - 03 Prof.0,00 à

0,50 m

Areia Siltosa c/ Pedregulho

NL NP NP - 100 100 100 96 91 83 78 59 25 0A-2-4

- - - 1,35E-04SM

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4.1.5 Hidrogeologia

No Município de Passagem ocorre de forma generalizada afloramentos rochosos e nos pontos em que não é possível observar o afloramento, as rochas são encontradas com pouca profundidade média de 2,0 (dois) metros, o que dificulta a formação de aqüíferos na região.

4.2 MEIO BIÓTICO

4.2.1 Vegetação

A vegetação existente na área selecionada para implantação do Aterro Sanitário de Pequeno Porte de Passagem é predominantemente caatinga constituída de formações xerófitas lenhosas deciduais, em geral espinhosas, entremeadas de plantas suculentas, com tapete herbáceos estacional com folhas pequenas e providas de espinhos. As principais espécies de árvores encontradas na área são, Catingueira (Caesalpinia pyramidalis), Jurema Branca (Mimosa melacocentra), Jurema Preta (Mimosa hostilis), Marmeleiro (Croton sonderianus e Mandacacaru (Cereu Jamacaru), Favela (Cnidoscolus phyllacanthus), Macambira (Bromelia laciniosa), Xique-Xique (Pilocereusgounellei), Imburana (Commiphoraleptophloeos), Umbuzeiro (Spondias tuberosa). Vale salientar que aproximadamente 40 % encontra-se desmatada, para exploração de solos locais.

As Fotos 9.1 a 9.3 a seguir mostram a área desmatada e espécies representativas encontradas na área selecionada.

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FOTO 4.8 - PRESENÇA DE XIQUEXIQUE E MARMELEIRO.

FOTO 4.7 - ÁREA DESMATADA PARA EXTRAÇÃO DE SOLOS LOCAIS.

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4.2.2 Fauna

A fauna nativa do município de Passagem é pouco representativa. O processo de escassez destes animais deve-se ao efeito das ações antrópicas como desmatamento e caça ao longo dos anos. Não foram avistados animais na área selecionada, mais foi informado por moradores locais a presença de algumas espécies na região que são Tatupeba (Euphractus sexcinctus), Preá (Cavia aperea), Tejo (Tupinambis teguixin), Lagartixa (Liolaemus occipitalis), Lagartixa de lajedo (Tapinurus helenea) e Camaleão (Iguana iguana), essas espécies informadas são de pequeno porte e geralmente seus habitat’s são nas matas de encostas nas serras da região.

4.3 MEIO ANTRÓPICO

O Município de Passagem foi criado pela lei nº 2.679 de 22 de dezembro de 1961 e instalado em 21 de outubro de 1962. De acordo com último censo 2010 do IBGE, a comunidade possui uma população de 2.233 habitantes, das quais 1.107 são homens e 1.126 mulheres. O número total de alfabetizados é de 1.474, o que corresponde a uma taxa de alfabetização de 66,1%.

No setor de saúde o serviço é prestado por 01 hospital com 12 leitos e 02 unidades ambulatoriais. A educação conta com 05 estabelecimentos de ensino fundamental, sendo 05 escolas municipais, o ensino médio conta com apenas uma escola estadual para atender a comunidade (Censo Educação 2012). A agricultura constitui a principal atividade econômica da comunidade, destacando-se ainda o comércio e a pecuária que possui um efetivo de rebanho bovino de 903 bovinos e 2700 caprinos. O total de empresas atuantes com CNPJ são em número de 23, o IDHM do município é de 0,62 (IBGE, Censo 2010).

5 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O Município de Passagem conta com um sistema de administração pública direta, responsável pelo planejamento, regulação, fiscalização e execução dos serviços, administrado pela Secretaria de Obras e Infraestrutura, executando os serviços de coleta, varrição, disposição final e serviços congêneres, que precisam ser reestruturados. Em função disso alguns problemas são encontrados, que impactam a qualidade de vida da população local.

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FOTO 4.9 - PRESENÇA DE MACAMBIRA E ARVORE DE CAATINGUEIRA AO FUNDO.

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O levantamento de dados nesse município foi feito junto à Prefeitura, com o Secretario de Obras e Infraestrutura Sr. Roberto Candido Pereira, registrando-se os aspectos relevantes sobre o sistema de gestão de resíduos.

Não existe na cidade a prática de minimização de resíduos atual, coleta diferenciada e aplicação de tratamento. Também não são desenvolvidos trabalhos educacionais que visem diminuir a geração, desenvolver o sentimento de valor agregado ao material produzido, de forma que o próprio gerador (população) separe os resíduos para reaproveitamento, reciclagem, etc.

A seguir é apresentado o diagnóstico a partir das informações levantadas, seguindo a seqüência do sistema de gestão:

Geração, Tipo e Segregação de Resíduos Sólidos

Em Passagem, segundo a Prefeitura, não existe nenhum controle de quantidade de resíduos gerados. Atualmente, todo o material produzido nos domicílios é acondicionado em recipiente misturados. O saco plástico adotado pela população no acondicionamento é disponibilizado para coleta de forma aleatória, sem respeitar um horário pré-estabelecido da coleta pública.

Os resíduos de serviço de saúde oriundos de postos de saúde e farmácias, do tipo: luvas cirúrgicas, seringas, algodão, gases, esparadrapos, medicamentos vencidos etc, são armazenados em sacos específicos.

Coleta

A coleta é feita por 3 (três) coleteiros e 1 (um) motorista, sendo todos funcionários da Prefeitura.

A coleta dos resíduos domiciliares é realizada 3 (três) vezes por semana, por um caminhão basculante no período diurno, os resíduos de serviço de saúde são retirados uma vez por semana no período diurno, utilizando o mesmo caminhão basculante.

A Foto 10.1 mostra o caminhão basculante responsável pela coleta domiciliar.

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FOTO 5.10 - CAMINHÃO BASCULANTE UTILIZADO NA COLETA DOMICILIAR.

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A coleta dos resíduos oriundos de poda e capinação é realizada diariamente, pelos mesmos funcionários da coleta domiciliar, que retiram também os resíduos de construção e demolição, no mesmo caminhão basculante da coleta domiciliar.

Varrição

O serviço de varrição de Passagem é realizado diariamente por 4 (quatro) varredores no período diurno, sendo utilizadas vassouras, pás e carros de mão. No momento da visita todos os funcionários estavam utilizando EPI’s.

Poda e Capinagem

Os serviços de poda e capinagem são realizados de acordo com a necessidade, sendo realizados por 3 (três) ajudantes, utilizando facões, foices e tesouras, enxadas e pás. A Prefeitura não fornece nenhum fardamento para esses funcionários, sendo fornecidos apenas botas e luvas de vaguetas.

Transporte

O transporte para os diversos tipos de resíduos gerados é feito pelos mesmos veículos que realizam o sistema da coleta pública, resumindo-se a 1 (um) caminhão basculante.

Destino Final

Todos os resíduos sólidos coletados na sede de Passagem, independente do tipo e da origem, são dispostos no lixão da cidade, situado a cerca de 1 km da sede, na coordenada geográfica (24) 713031 E/ 9212454 N. A área do lixão não é cercada. O material disposto é queimado e não recebe nenhum tipo de cobertura, facilitando a proliferação de vetores e doenças das mais diversas formas.

A Foto 10.2 mostra o atual lixão do município.

5.1 CARACTERÍSTICAS ADMINISTRATIVAS E FINANCEIRAS

A administração da Prefeitura de Passagem conta com 14 (quatorze) funcionários relacionados a limpeza urbana, distribuídos da seguinte forma: 13 (treze) na área operacional com nível de

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FOTO 5.11 - VISTA DO ATUAL LIXÃO.

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escolaridade básico e 1 (um) administrativo com nível de escolaridade médio, um custo fixo mensal de cerca de R$ 25.000,00. Está inserido nesse valor o custo com a equipe e aluguel de caminhões destinados aos serviços específicos de resíduos sólidos.

Segundo informações da Prefeitura, não são cobradas taxas específicas para o serviço público destinado a limpeza da cidade, coleta e destinação final dos resíduos sólidos.

5.2 INDICADORES DE GESTÃO

O sistema atual de resíduos sólidos de Passagem abrange 80% da área da cidade nos serviços de varrição, 90% das residências nos serviços de coleta porta-a-porta na sede e 30% na zona rural e 70% da área nos serviços de poda e capinagem.

5.3 ESTUDOS DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Na Tabela 10.1 é apresentado o cálculo da geração de resíduos domésticos.

TABELA 5.11 - PROJEÇÃO DA GERAÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS PARA OS PRÓXIMOS 30 ANOS DO MUNICÍPIO PASSAGEM.

ANO POPULAÇÃOTX. DE

CRESCIMENTO

GERAÇÃO DE RESÍDUOS

DIA (kg)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS

SEMANA (ton)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS MÊS (ton)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS ANO (ton)

2010 2.233 1,21% 1.339,80 9,38 40,19 489,032011 2.260 1,21% 1.356,00 9,49 40,68 494,942012 2.288 1,21% 1.372,80 9,61 41,18 501,072013 2.315 1,21% 1.389,00 9,72 41,67 506,992014 2.344 1,21% 1.406,40 9,84 42,19 513,342015 2.372 1,21% 1.423,20 9,96 42,70 519,472016 2.401 1,21% 1.440,60 10,08 43,22 525,822017 2.430 1,21% 1.458,00 10,21 43,74 532,172018 2.459 1,21% 1.475,40 10,33 44,26 538,522019 2.489 1,21% 1.493,40 10,45 44,80 545,092020 2.520 1,21% 1.512,00 10,58 45,36 551,882021 2.550 1,21% 1.530,00 10,71 45,90 558,452022 2.581 1,21% 1.548,60 10,84 46,46 565,242023 2.613 1,21% 1.567,80 10,97 47,03 572,252024 2.644 1,21% 1.586,40 11,10 47,59 579,042025 2.676 1,21% 1.605,60 11,24 48,17 586,042026 2.709 1,21% 1.625,40 11,38 48,76 593,272027 2.742 1,21% 1.645,20 11,52 49,36 600,502028 2.775 1,21% 1.665,00 11,66 49,95 607,732029 2.809 1,21% 1.685,40 11,80 50,56 615,172030 2.843 1,21% 1.705,80 11,94 51,17 622,622031 2.878 1,21% 1.726,80 12,09 51,80 630,282032 2.912 1,21% 1.747,20 12,23 52,42 637,732033 2.948 1,21% 1.768,80 12,38 53,06 645,612034 2.984 1,21% 1.790,40 12,53 53,71 653,502035 3.020 1,21% 1.812,00 12,68 54,36 661,382036 3.057 1,21% 1.834,20 12,84 55,03 669,482037 3.094 1,21% 1.856,40 12,99 55,69 677,592038 3.131 1,21% 1.878,60 13,15 56,36 685,692039 3.169 1,21% 1.901,40 13,31 57,04 694,012040 3.208 1,21% 1.924,80 13,47 57,74 702,552041 3.247 1,21% 1.948,20 13,64 58,45 711,092042 3.286 1,21% 1.971,60 13,80 59,15 719,632043 3.326 1,21% 1.995,60 13,97 59,87 728,392044 3.367 1,21% 2.020,20 14,14 60,61 737,37

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ANO POPULAÇÃOTX. DE

CRESCIMENTO

GERAÇÃO DE RESÍDUOS

DIA (kg)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS

SEMANA (ton)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS MÊS (ton)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS ANO (ton)

2045 3.408 2.044,80 14,31 61,34 746,35

5.4 COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.

A seguir é apresentada a Tabela 10.2 com a composição estimada dos resíduos sólidos de Passagem.

TABELA 5.12 - COMPOSIÇÃO ESTIMADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE PASSAGEM PARA 30 ANOS

Passagem 3.408 19.413,80 12.424,85 4.465,17 2.523,79Total dos Resíduos --- 19.413,80 12.424,85 4.465,17 2.523,79

Fonte: GEOTECHNIQUE, 2014.

6 CONCEPÇÃO DO PROJETO

A concepção do projeto do aterro levou em consideração a topografia do terreno e o perfil geológico do subsolo obtido através da execução de poços de inspeção, constatando-se que o estrato rochoso ocorre em toda área com profundidade inferior a 0,70 m.

O arranjo do projeto é apresentado no Des 213.12-08.09-ATS-PB-DE-CIV-001 e as seções transversais e longitudinais no Des. 213.12-08.09-ATS-PB-DE-CIV-002. São descritos a seguir os principais elementos que compõem o projeto desse aterro sanitário.

6.1 VIA DE ACESSO

O acesso será realizado pela PB-222 que liga os Municípios de Passagem e Assunção. O Aterro Sanitário dista cerca de 4,0 km de Passagem.

A via de acesso ao aterro com extensão de cerca de 80,0 m, que inicia-se no entroncamento com a Rodovia PB-222, deverá ser revestida com uma camada de reforço no subleito de 0,20 cm com material selecionado da região com CBR > 10% e uma camada de revestimento primário com 0,25 cm de espessura com solos estabilizados granulometricamente com CBR > 20%. Nessa via serão implantadas valetas laterais para drenagem de águas pluviais.

6.2 PORTARIA

Foi projetado um portão de acesso ao aterro e uma portaria (sala, sanitário e depósito) onde será controlada a entrada e saída dos caminhões.

6.3 CÉLULAS PARA DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS

Foram projetadas vias internas com largura de 5,0 m que contornarão as duas células, pátio de compostagem, lagoa de chorume e a área destinada a disposição dos resíduos de construção e demolição (RCD). As vias deverão ser reforçadas e revestidas com cascalho, conforme especificado para a via de acesso e munidas dos sistemas de drenagem de águas pluviais necessários, conduzindo e lançando as águas descontaminadas no meio ambiente.

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MunicípioProjeção População

Urbana 2045 (hab.)

Geração Total até 2045

(ton)

Composição dos ResíduosOrgânicos

64% (ton)

Recicláveis 23% (ton)

Rejeito Total para Aterro 13% (ton)

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As Células 01 e 02 serão conformadas com diques de solos locais selecionados na região, com características areno argilosas de baixa permeabilidade. Os aterros dos diques serão compactados em camadas.

As Células 01 e 02 serão subdivididas internamente através da execução de diques internos de separação, de solos compactados da região, dando origem as subcélulas 01A, 01B e 01C, assim como as subcélulas 02A, 02B e 02C.

As células terão capacidade total de disposição de cerca de 210.120 m³, correspondendo a uma vida útil em torno de 24 e 10 meses, atendendo a disposição de 100 % dos resíduos dos municípios de Passagem, Cacimbas de Areia e Cacimbas. Vale salientar que esta geração tende a diminuir conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos nº 12305/2010, na Seção III, Artº 17, Item 3 “ III - metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final. Dessa maneira a vida útil desse aterro deverá aumentar.

No Quadro 11.1 é apresentado um resumo com capacidade de disposição e vida útil de cada subcélula.

QUADRO 6.2 - CAPACIDADE E VIDA ÚTIL DAS CÉLULAS.

CÉLULA COTA (m) SUB-CÉLULAS CAPACIDADE

(m³) VIDA ÚTIL (ANOS/MÊS)

01 353,0001-A 35.040 4 anos e 2 meses01-B 35.020 4 anos e 2 meses01-C 35.000 4 anos e 1 meses

02 353,0002-A 35.040 4 anos e 2 meses02-B 35.020 4 anos e 2 meses02-C 35.000 4 anos e 1 meses

TOTAL   - 210.120 24 anos e 10 meses

As bases das células serão conformadas com solos locais através de cortes e aterros compensados e impermeabilizadas através de uma camada com 0,60 m de espessura, compactada de solos locais até atingir a declividade de projeto.

O acesso ao interior das células, conforme mostrado no Des. 213.12-08.09-ATS-PB-DE-CIV-001, será feito através de aberturas nos diques de fechamento, transitando-se em plataformas de lançamento contíguas aos taludes internos dos referidos diques, revestidas com camadas de cascalho. Os caminhões de transporte de resíduos, sempre que possível farão a disposição dos resíduos diretamente nas frentes de lançamento, onde o trator se encarregará de espalhar e compactar os resíduos. Nos períodos de chuva que impeçam o acesso dos caminhões diretamente às frentes de trabalho, os resíduos poderão ser basculados nas proximidades das plataformas de lançamento, que sofrerão manutenção sistemática com revestimento de cascalho, ficando o trator responsável pelo restante da operação de transporte dos resíduos até as frentes de serviço, espalhamento e compactação.

A drenagem de chorume no interior das subcélulas será feita através de drenos de brita, posicionados conforme Des. 213.12-08.09-ATS-PB-DE-CIV-007, conduzindo o chorume até poços de drenagem de chorume (PDC) em cada subcélula. Nesse poço será implantado um tubo cego de PEAD, = 200 mm, que atravessará o maciço dos diques de fechamento, respectivamente nas subcélulas 01-A, 01-B e 01-C e nas subcélulas 02-A, 02-B e 02-C, conduzindo o chorume até caixas de controle de chorume (CCC) situadas no pé dos taludes externos desses diques. Essas caixas munidas de registros possibilitarão a operação de controle da

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vazão de chorume que poderá ser gradativamente liberada para a bacia de chorume principalmente nos períodos chuvosos.

As caixas de controle de chorume (CCC1, CCC2 e CCC3) das subcélulas 01-A, 01-B e 01-C serão interligadas através de tubo cego de PEAD = 300 mm, conduzindo o chorume até a Lagoa de Chorume. O mesmo deverá ser feito com as caixas (CCC4, CCC5 e CCC6) das subcélulas 02-A, 02-B e 02-C.

As subcélulas serão preenchidas seqüencialmente conforme mostrado no Quadro 11.1. Após o preenchimento de cada subcélula serão executadas camadas de cobertura com solos argilosos para promover a sua impermeabilização e evitar a infiltração de águas de chuva.

As células serão providas de drenos de gases interligados verticalmente aos drenos de brita de chorume e se estenderão além do topo das camadas de cobertura final, lançando os gases na atmosfera para serem queimados.

6.4 LAGOA DE CHORUME

A lagoa de chorume foi estrategicamente posicionada no local de cotas mais baixas do terreno para proporcionar a drenagem por gravidade do chorume oriundo das células. A lagoa será construída através de diques de confinamento de terra compactada, com solos argilosos de baixa permeabilidade provenientes de jazida. A base da lagoa será também revestida por uma camada de solo com as mesmas características, com 0,60 m de espessura, compactada em duas camadas. A camada da base e os taludes internos da lagoa serão revestidos com uma membrana de PEAD/Polietileno de Alta Densidade, com 2,0 mm de espessura, ancorada ao longo da crista dos diques. A membrana será protegida internamente contra danos mecânicos e exposição de raios ultravioletas, através de um revestimento constituído de painéis com 3,0 m de largura cada, de solo cimento na proporção 10 solo: 1 cimento, com espessura de 0,10 m. Entre os painéis serão feitas juntas com largura de 2,00 cm preenchidas com mastique. Esse revestimento permitirá também serviços periódicos de limpeza da lagoa sem danificar a manta.

O tratamento de chorume será feito através de secagem por exposição ao sol, que é muito intenso em vários meses do ano naquela região.

A lagoa será provida de uma cobertura deslizante de zinco, tipo barcaça utilizada para secagem de cacau no sul da Bahia. Nos períodos de chuva essas coberturas serão fechadas, para evitar contribuição de águas de precipitações pluviométricas.

O controle de volume do aporte de chorume proveniente das células será feito respeitando-se a capacidade de acumulação da lagoa, através da operação dos registros situados nas caixas de controle de chorume, que permitem a retenção temporária do chorume no interior das subcélulas.

6.5 ATERRO DE RCD

Foi destinada uma área mostrada no Des. 213.12-08.09-ATS-PB-DE-CIV-001 com relevo mais íngreme, de cotas mais baixas, situada no trecho final do aterro para disposição dos resíduos de construção e demolição, que deverão ser basculados diretamente dos caminhões, fazendo-se um aterro de ponta.

6.6 UNIDADE DE COMPOSTAGEM

O pátio de compostagem foi estrategicamente posicionado ao lado da lagoa de chorume para facilitar a drenagem de chorume. O pátio terá área de 1.000 m2, com piso em concreto, onde

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ocorrerá a conformação de leiras homogêneas e de maturação dos resíduos orgânicos para dar origem ao composto orgânico. A unidade contará com um galpão de apoio (almoxarifado, escritório, sanitários e área de operação), mostrado no Des 213.12-08.09-ATS-PB-DE-CIV-001.

7 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS

Em empreendimentos de porte significativo capazes de proporcionar, efetiva ou potencialmente, impactos ambientais relevantes devem ter avaliadas as mudanças que provocarão sobre o ambiente onde se pretende instalá-los. Conforme a dimensão e o caráter do empreendimento, e com base nas informações produzidas no diagnóstico ambiental da sua área de influência, avaliam-se as possíveis alterações ambientais que a região sofrerá, considerando os aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos.

Nesta seção, serão identificados e avaliados os impactos proporcionados pelas atividades de planejamento, instalação, operação e fechamento de um aterro sanitário de pequeno porte para fins de disposição final dos resíduos sólidos urbanos dos municípios consorciados. É com base nesse levantamento que serão propostas, sempre que possíveis medidas mitigadoras e/ou compensatórias para os mesmos, visando minimizar as suas consequências negativas e amplificar os efeitos dos impactos positivos.

Para a avaliação dos impactos ambientais, são apresentadas as relações entre as atividades a serem desenvolvidas no empreendimento e as prováveis alterações qualitativas nas características da região afetada considerando o caráter, a magnitude, a importância, a duração e a escala do impacto.

7.1 METODOLOGIA

A avaliação dos impactos foi feita utilizando duas matrizes de identificação de impactos, método que associa as ações de um empreendimento às suas interferências processuais sobre os meios físico, biótico e socioeconômico da área de influência e suas consequências. Após a identificação, os impactos foram descritos e a eles foram atribuídos atributos de acordo com a exigência legal, cujos parâmetros para análise são apresentados a seguir.

Uma lista das ações do projeto em análise é apresentada na Tabela 12.1, a lista dos componentes/processos ambientais potencialmente afetados é apresentada na Tabela 12.2 e a primeira matriz apresentada, chamada de matriz de identificação de interferências na Tabela 12.3, tem o objetivo de identificar as possíveis interações entre os componentes do projeto e os elementos do meio, sendo formada a partir de duas colunas distintas.

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TABELA 7.13 - LISTA DE AÇÕES DO EMPREENDIMENTO E SUAS FASES DE DESENVOLVIMENTO.

FASES ATIVIDADES

PlanejamentoLevantamentos de campo e estudos preliminaresElaboração dos projetosDesapropriação do terreno

Implantação

Instalação e operação do canteiro de obras e instalações provisóriasPreparação do terreno - desmatamento e terraplenagemConstrução de diquesDisposição de bota-fora do material de limpeza do terreno e entulho de obrasObras de infraestrutura, construção civil e sistema sanitário Utilização de áreas de empréstimo/ jazidas de minerais Paisagismo

Operação

Aquisição dos equipamentos necessários;Contratação e capacitação das equipes de funcionários;Disposição de resíduos; Cobertura dos resíduos;Manutenção do sistema;Planejamento integrado da gestão dos resíduos sólidos (municipal e do consórcio);Monitoramento ambiental e do sistema;Drenagem dos gases;Tratamento do chorume;Produção de dados primários sobre gestão de resíduos sólidos

FechamentoMonitoramento de gases e águas;Fechamento das células de disposição;Recomposição paisagística

Esta matriz permite a identificação das interferências, evitando que alguma intervenção sobre qualquer componente ambiental seja negligenciada. A origem conceitual dessa matriz dialoga diretamente com a matriz de Leopold (1971) e permite fazer associações diretas dos impactos de uma determinada ação de um empreendimento com as diversas características ambientais de sua área de influência. Todavia, mesmo a modificação proposta aqui guarda desvantagens, a saber:

Não permite fazer projeções no tempo;

Não considera os processos que interligam os diversos componentes ambientais;

Não permite identificar impactos indiretos;

Não consideram as características espaciais dos impactos;

É repetitiva.

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TABELA 7.14 - LISTA DOS COMPONENTES/ PROCESSOS AMBIENTAIS DO MEIO FÍSICO, BIOLÓGICO E SOCIOECONÔMICO.

MEIO COMPONENTE CARACTERÍSTICAS

Físico

Meio Terrestre

TopografiaErosãoQualidade dos solosPaisagem natural

Meio AquáticoDrenagem das águasQualidade e quantidade das águasAssoreamento

AtmosferaQualidade do arPoeirasRuídos

BióticoFlora Vegetação

FaunaTerrestreOrnitofauna

Socioeconômico

População

Emprego e rendaComportamentoExpectativasQualidade de vida

Usos do Solo

Disciplinamento de usos dos solosSistema viárioCirculação/ acessoPaisagem

ServiçosSaneamentoOutros serviços de infraestrutura

Economia

Setor primárioSetor secundárioSetor terciárioSetor público

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TABELA 7.15 - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS - ATERRO SANITÁRIO.COMPONENTES/ PROCESSOS AMBIENTAIS

Meio Físico Meio Biótico Meio Socioeconômico

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TO Levantamento de campo e estudos preliminares x x

Elaboração de projetos x

Desapropriação do terreno x x x

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Instalação e funcionamento do canteiro de obras, inclusive contratação de pessoal.

x x x x x x x x x x x x x x x x x

Preparação do terreno x x x x x x x x x x x x x x x x x

Disposição de bota fora x x x x x x x x x

Construção de diques x x x x x x x x x x x x x x

Utilização de áreas de empréstimo/ jazidas minerais x x x x x x x x x x x x x

Obras de infraestrutura, construção civil e sistema sanitário. x x x x x x x x x x x x x

Paisagismo x x x x x x x x x x

OP

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Contratação e capacitação da equipe de funcionários x x x x x x x x x

Aquisição de equipamentos necessários x x x x

Planejamento integrado da gestão dos resíduos sólidos (municipal e do consórcio)

x x x x x x x

Disposição de resíduos x x x x x x x x x x x x

Cobertura diária de resíduos x x x x

Monitoramento ambiental e do sistema x x x x x x

Manutenção do sistema x x x x x x x x x

Drenagem dos gases x x x

Tratamento do chorume x x x x x x x

Produção de dados primários sobre gestão de resíduos sólidos x x x

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Monitoramento de gases e água x x x x x

Fechamento das células de disposição x x x x x x x x x x x x x

Recomposição paisagística x x x x x x x x x x x

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Com o objetivo de complementar as informações alcançadas a partir da análise da primeira matriz, a segunda, denominada de matriz de identificação de impactos apresentada na Tabela 12.3, permite avaliar as intervenções em termos processuais, relacionando as atividades do projeto, os mecanismos e processos desencadeados por elas e os impactos resultantes.

Esta matriz possibilita a visualização das relações entre causa e efeito e pressupõe um conhecimento prévio da atividade avaliada para a correta identificação dos efeitos e impactos ambientais.

Por efeito, consideram-se as alterações de um processo natural ou social decorrente de uma ação humana.

Após a identificação dos impactos, procede-se à descrição pormenorizada de cada um deles e à sua avaliação a partir dos atributos de tipo, magnitude, importância, duração, escala e reversibilidade cujas características e parâmetros de análise estão apresentados na Tabela 12.4.

É importante considerar que os projetos de controle e monitoramento ambientais que fazem parte do plano de gestão ambiental do empreendimento proposto por este estudo não serão considerados na avaliação dos impactos. Todavia, o plano de recomposição paisagística e fechamento dos lixões foram considerados como parte integrante do projeto do aterro sanitário de pequeno porte, estando apresentados na lista de atividades do empreendimento.

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TABELA 7.16 - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS. ATIVIDADES DO EMPREENDIMENTO IMPACTOS AMBIENTAIS

PLANEJAMENTO INSTALAÇÃO OPERAÇÃO FECHAMENTO

EFEITOS

MEIO FÍSICO

MEIO BIÓTICOMEIO

SOCIOECONÔMICO

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Uso do solo

Alteração da topografia/ formação do maciço x x x x x xx x x Supressão da vegetação x x x x x x xx x x x Remoção de solo fértil x x x x x

x x Aumento do peso sobre a superfície xx x x Recuperação de áreas degradadas x x x x x x

x x x x Impermeabilização do solo x xx x x x x x x x x Alteração da função do solo x x xx x x x x x x

Emissões atmosféricas e

afins

Materiais particulados x x x xx x Gases (maciço) x x x x

x x x x x x x Fumaça (veículos) x x x xx x Odores x x x x

x x x x x x Vibrações x x xx x x x x x x x Ruídos x x x

x x x x

Recursos hídricos

Alteração do escoamento superficial xx x x Assoreamento dos corpos d'água x

x x Acompanhamento da qualidade da água x x xx x x Qualidade da água x x x

x x x x x x x x x

Aspectos sociais

Geração de emprego e renda x x x x xx x x x x x x Geração de impostos x x x x x

x x x x x Atração de pessoas x xx x x Qualificação profissional x x

x x x x x x x Desenvolvimento de conhecimento científico x x x xx x x x x x x x x x x x Tratamento adequado dos resíduos sólidos x x x x x x

x x x x x x x x x x Tráfego de veículos e máquinas pesadas x x x xx x x x x x x x x Oportunidades de negócios x x x x x

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TABELA 7.17 - ATRIBUTOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS.

ATRIBUTO SIGNIFICADO DO PARÂMETRO DE AVALIAÇÃO

TIPOExprime o caráter da modificação causada por uma determinada ação.

POSITIVOQuando o impacto de uma determinada ação for benéfico.NEGATIVOQuando o impacto de uma determinada ação for adverso.INDEFINIDOImpacto negativo ou positivo, dependendo da forma de abordagem do mesmo.

RELAÇÃOIndica a fonte do impacto

DIRETODecorre de ações praticadas pelo empreendedor.INDIRETODecorre de um impacto direto do projeto em análise.

MAGNITUDEExprime a extensão do impacto, através de uma valoração gradual que se dá ao mesmo, a partir de uma determinada ação do projeto.

PEQUENADe magnitude inexpressiva, inalterando a característica ambiental considerada.MÉDIADe magnitude expressiva, porém sem alcance para descaracterizar a característica ambiental considerada.GRANDEDe magnitude tal que possa levar à descaracterização da característica ambiental considerada.

IMPORTÂNCIAIndica a importância ou significância do impacto em relação à sua interferência no meio.

NÃO SIGNIFICATIVADe intensidade não significativa, com interferência não implicando em alteração da qualidade de vida.MODERADAIntensidade da interferência com dimensões recuperáveis, quando adversa, ou refletindo na melhoria da qualidade de vida, quando benéfica.SIGNIFICATIVAIntensidade da interferência acarreta perda da qualidade de vida, quando adversa, ou ganho, quando benéfica.

ESCALA TEMPORALEstabelece a relação entre a ação geradora e o aparecimento do impacto.

IMEDIATOOcorre ao mesmo tempo em que a ação que o gera.MÉDIOOcorre com meses de defasagem em relação à ação que o gera.LONGOOcorre com anos de defasagem em relação à ação que o gera.

ESCALA ESPACIALEstabelece a extensão da interferência, ou seja, a referência espacial entre a ação geradora do impacto e a área afetada.

LOCALQuando o efeito gerado fica restrito apenas ao próprio sítio e em suas imediações.REGIONALQuando o efeito gerado se propaga para além da área de influência direta ou entorno mais próximo da ação impactante.ESTRATÉGICOQuando afeta um componente ou recurso ambiental de importância coletiva ou nacional.

REVERSIBILIDADEIndica a capacidade de regeneração do ambiente após ser impactado.

REVERSÍVELQuando o ambiente (sistema) voltar ao seu estado original após a cessão da ação ou aplicação de medidas corretivas.IRREVERSÍVELQuando o elemento ou fenômeno analisado não puder ser reestabelecido

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7.2 DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Neste subitem, serão identificados, quantificados e qualificados os impactos ambientais decorrentes da instalação do Aterro Sanitário de Pequeno Porte de Passagem com o objetivo de sugerir medidas visando atenuar seus efeitos negativos e maximizar os positivos, bem como aferir a viabilidade socioambiental do empreendimento através da análise que se segue.

7.2.1 Interferências Sobre o Meio Físico

Impacto MF 1 - Deterioração da Qualidade do Ar

A movimentação de terra, de veículos e de máquinas durante a fase de execução das obras resultará em incremento das emissões gasosas, de material particulado e de ruídos. Apesar de reversível tão logo cessem as atividades, a atual qualidade do ar será deteriorada, podendo causar danos à saúde e bem estar da comunidade local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

Impacto MF 2 - Diminuição da Capacidade de Acumulação de Água nos Riachos Intermitentes

Considerando que o escoamento superficial natural e a topografia da área serão alterados e que parte da vegetação será retirada, as áreas susceptíveis a erosão serão ampliadas, e o solo carreado pelas águas pluviais poderá assorear os recursos hídricos. Em consequência, ocorrerá a diminuição da sua profundidade, ampliando a sua superfície exposta ao sol e, consequentemente, a evaporação. Apesar de o local onde será implantado o empreendimento não possuir nenhum riacho nas proximidades.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Longa Local Sim Indireta

Impacto MF 3 - Gerenciamento Adequado dos Recursos Hídricos

As ações de monitoramento e tratamento do chorume pelo empreendimento irão possibilitar o gerenciamento adequado dos recursos hídricos locais, cujas influências são sentidas em âmbito regional. Além disso, todo o chorume será tratado em sistema específico, o que garante que não haverá o lançamento de passivos ambientais e efluentes nos recursos hídricos.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Moderada Longa Regional Sim Direta

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Impacto MF 4 - Sismicidade Induzida

A formação de um maciço de resíduos sólidos compactados ao longo dos anos irá incidir sobre a geologia local, exigindo, provavelmente, o estabelecimento de um novo equilíbrio e consequentemente, na ocorrência de abalos sísmicos locais decorrente do peso extra sobre a superfície da terra. Apesar de não se esperar abalos sísmicos de grandes proporções, o comportamento do subsolo deve ser monitorado e estratégias de estabilização do sistema de impermeabilização devem ser contempladas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo MédiaNão

significativa Média Regional Não Direta

Impacto MF 5 - Aceleração de Processos Erosivos

As ações de alteração da topografia, criação de taludes, supressão da vegetação, compactação do solo criam situações que tornam as superfícies expostas mais susceptíveis a erosão. Este impacto está diretamente relacionado ao assoreamento de riachos, perda de solos e desestabilização das estruturas construídas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Regional Sim Direta

Impacto MF 6 - Promoção da Qualidade Ambiental

O tratamento e recirculação do chorume, a drenagem dos gases, a impermeabilização das células e os sistemas de monitoramento planejados contribuem para a diminuição da poluição do ar, dos recursos hídricos e do solo das áreas dos lixões que serão desativados em função da operação do aterro sanitário, resultando em manutenção da estabilidade e da conservação de processos ambientais e de ecossistemas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Estratégica Sim Direta

7.2.2 Interferências Sobre o Meio Biótico

Os impactos relativos à fase de instalação são na grande maioria, do tipo negativo, média magnitude, importância moderada e de curta duração, pois neste momento é que são realizadas as principais alterações no meio ambiente local, afetando diretamente o ecossistema e suas espécies. Neste sentido, segue abaixo os principais impactos referentes a esta fase inicial.

Impacto MB 1 - Ameaça a Espécies Vegetais

A supressão de vegetação correspondente à ADA se resume na retirada da cobertura do estrato herbáceo, arbustivo e espécies arbóreas comuns para a região. Remoção necessária para instalação da estrutura física do empreendimento que não irá promover grandes prejuízos ao ecossistema, devido

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esta área encontrar-se bastante antropizada. No entanto, destaca-se a ocorrência da Mimosa melacocentra (Jurema Branca) e Cnidoscolus phyllacanthus (Favela) na ADA e da Spondias tuberosa (Umbuzeiro) na AID. Assim, caso o órgão ambiental competente libere a licença para corte destas plantas ou outras que estejam listadas na Instrução Normativa Nº 06, de 23 de setembro de 2008, o impacto pela supressão de espécies como estas poderá ser mitigado a partir do programa de plantio de mudas comuns para o ecossistema local e que, preferencialmente, estejam incluídas nesta mesma lista de espécies ameaçadas a fim de colaborar para manutenção do equilíbrio ambiental.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

Impacto MB 2 - Caça e Captura de Animais Silvestres

Devido à presença de operários e contratados pelo empreendedor, poderá ocorrer caça indiscriminada e captura da fauna local, seja para alimentação, seja para comércio ilegal de animais. Ressalta-se que a incidência de espécies na área do aterro sanitário apresenta-se reduzida em decorrência de uma acentuada antropização.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

Impacto MB 3 - Fuga e Afugentamento da Fauna

Durante a implantação e operação do empreendimento ocorrerá um intenso movimento de máquinas, veículos e pessoas, causando a elevação nos níveis de ruído e poeira na região de maneira a promover o afugentamento da fauna. Esse impacto também trará prejuízos para a nidificação, acasalamento e alimentação das espécies.

Os aterros sanitários geram um grande volume de poluentes, que podem variar quanto suas características químicas e grau de perigo oferecido ao meio ambiente. Contudo, os prejuízos que os ruídos causam aos ecossistemas, principalmente à fauna, e à saúde humana vêm chamando atenção dos profissionais ligados à segurança do trabalho devidos a seus efeitos adversos.

Além de afugentarem os animais que ocorrem no perímetro do aterro sanitário, também podem desestabilizar o equilíbrio do ecossistema local, implicando diretamente no ciclo reprodutivo de algumas espécies mais exigentes.

Contudo, em função da área estar bastante antropizada, o número de espécies de animais que ocorre na ADA não é tão grande, o que consequentemente acarreta poucos prejuízos à mesma.

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ESCALAESPACIAL

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RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Local Sim Direta

Impacto MB 4 - Acidentes com a Fauna

A intensificação do trânsito de máquinas e veículos no entorno do empreendimento poderá contribuir de forma significativa para o aumento dos índices de acidentes e atropelamentos dos animais durante a fase de implantação e operação do aterro sanitário, principalmente espécies com pouca mobilidade ou

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pouco ágeis.

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Negativo Média Moderada Média Local Sim Direta

Impacto MB 5 - Perda de Habitats e Diminuição da Biodiversidade Local

A supressão da vegetação e a remoção de solos férteis em decorrência da preparação do terreno e construção de diques durante a implantação do empreendimento resultarão na perda de habitats para os animais que vivem na região ou que passam por ela periodicamente, cuja consequência direta é a diminuição da biodiversidade local. Apesar da importância, em termos gerais, desse impacto, o estado de conservação pouco expressivo da vegetação nativa e a exploração social da terra diminuem a importância deste impacto sobre o ambiente local, podendo ser parcialmente recuperado quando do fechamento do aterro e da adoção de medidas corretivas.

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Negativo Média Moderada Longa Local Sim Direta

Impacto MB 6 - Restabelecimento de Ecossistemas

O projeto de fechamento do aterro sanitário e de recomposição paisagística possibilitará o restabelecimento do equilíbrio ambiental e das condições necessárias para o repovoamento por espécies nativas e animais silvestres, reintegrando, assim, a área do aterro sanitário desativado ao ambiente na qual está inserido.

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Positivo Grande Significativa Longa Regional Sim Direta

7.2.3 Interferências Sobre o Meio Socioeconômico

Impacto MS 1 - Fortalecimento do Mercado Especializado em Estudos Ambientais e Engenharia Sanitária

O desenvolvimento de estudos ambientais e técnicos para elaboração de projetos incidirá positivamente sobre o mercado de trabalho especializado, colaborando na manutenção de empregos e contribuindo na ampliação da renda dos trabalhadores do setor.

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Positivo Média Moderada Imediata Regional Sim Direta

Impacto MS 2 - Desvalorização dos Terrenos Vizinhos

A instalação de um aterro sanitário desvaloriza os terrenos vizinhos uma vez que existe o medo de má operação e da ocorrência de acidentes que levarão a perda da qualidade ambiental da área, tudo isso associado ao incômodo à vizinhança em decorrência das atividades de operação e mudança da função do solo.

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Negativo Grande Significativa Longa Local Não Direta

Impacto MS 3 - Fortalecimento do Mercado Regional de Construção Civil e Sanitária

As atividades relacionadas à construção das instalações dos equipamentos do empreendimento irão gerar empregos locais e qualificação aos trabalhadores, colaborando no incremento da qualidade de vida. Além disso, os fornecedores de matéria prima e equipamentos que serão utilizados na construção civil e operação do aterro também serão impactados positivamente.

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Positivo Média Moderada Média Regional Sim Direta

Impacto MS 4 - Melhoria das Condições Sanitárias dos Municípios Consorciados

Uma vez que os municípios passem a dispor seus resíduos sólidos urbanos no aterro sanitário, os lixões perderão seu uso e deverão ser desativados, resultando em melhoria sanitária e qualidade de vida para a população residente, diminuindo o risco de contrair doenças e evitando o trabalho em ambiente insalubre que estava sendo realizado pelos catadores de material reciclável.

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Positivo Grande Significativa Longa Regional Não Direta

Impacto MS 5 - Desenvolvimento de Tecnologias para o Tratamento dos Resíduos Sólidos

Os mecanismos de controle e monitoramento ambiental e do sistema do aterro sanitário permitirão a produção continuada de dados e incentivará a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias adaptadas ao ambiente onde o empreendimento se insere, tanto pela gestão do aterro quanto pelas ações de pesquisadores e cientistas.

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Positivo Grande Significativa Longa Regional NãoDireta

indireta

Impacto MS 6 - Municípios Permanecem Acessando Recursos Públicos para Ações de Desenvolvimento Local

A destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos irá colocar a municipalidade em conformidade com a legislação ambiental e sanitária existente no país, significando que o poder público poderá acessar recursos das diferentes instituições para seus projetos de desenvolvimento local.

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Impacto MS 7 - Melhoria da qualidade de vida das populações afetadas

A destinação adequada dos resíduos urbanos irá possibilitar que os recursos naturais continuem servindo de maneira satisfatória às necessidades das populações que deles dependem, em especial das águas subterrâneas. As populações que vivem no entorno de lixões recuperados alcançarão condições ambientais e sanitárias adequadas e seguras para o seu desenvolvimento social. A requalificação dos catadores de resíduos sólidos e a geração de emprego e renda significarão um salto na qualidade de vida dessas populações.

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Positivo Grande Significativa Longa Regional NãoDireta

indireta

Impacto MS 8 - Incômodo à vizinhança

O transporte diário de resíduos sólidos urbanos nas vias de acesso e a disposição final irão acarretar em emissão de odores que incomodarão a vizinhança. Além disso, durante a instalação e operação do aterro sanitário, o aumento do tráfego de veículos pesados e de pessoas alterará a rotina pacata dos moradores, seja em decorrência da emissão de ruídos, materiais particulados ou gases. A importância deste impacto foi minimizada devido as vias de acesso e área no entorno do aterro apresentarem baixíssima ocupação demográfica, apesar de sua magnitude ser grande.

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Negativo Grande Moderada Longa Regional Não Direta

Impacto MS 9 - Ampliação das oportunidades de emprego para a população local

As ações de requalificação e qualificação profissional e as atividades que irão se desenvolver diretamente no aterro sanitário irá proporcionar novos postos de trabalho para a população local, tanto direta quanto indiretamente. A atração de pessoas para a área irá incidir sobre a oferta de alimentação e outros produtos movimentando o comércio local.

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Positivo Médio Significativa Longa Local SimDireta

indireta

Impacto MS 10 - Aumento dos recursos públicos municipais

A formalização de empregos com carteira assinada no aterro sanitário bem como a potencialização para o desenvolvimento de uma série de novas atividades e indústrias a partir da reciclagem e reaproveitamento dos materiais triados representará um aumento da arrecadação de impostos para o Município de Passagem, podendo ser convertido em ações de desenvolvimento local.

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Positivo Médio Significativa Longa Regional SimDireta

indireta

Impacto MS 11 - Impacto visual

Durante as obras de instalação e atividades relacionadas a operação da disposição e triagem de resíduos, o impacto visual da alteração paisagística na área onde se insere o projeto será intensa. Todavia, o planejamento de um projeto paisagístico que contempla uma faixa circundante do terreno com a implantação de árvores de grande porte irá minimizar o efeito negativo desse impacto. Mesmo assim, durante os últimos anos de vida útil do aterro e mesmo após o seu fechamento, a despeito da existência da referida faixa de proteção visual ou da recuperação paisagística planejada, a geometria do maciço gerado alterará definitivamente a paisagem, cujo impacto será ainda mais forte por saber que a elevação é formada pela disposição de resíduos.

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7.3 PLANOS DE GESTÃO AMBIENTAL

Ao longo deste estudo, foram diagnosticadas as características dos diferentes meios que compõem o ambiente sobre o qual se pretende implantar o Aterro Sanitário de Pequeno Porte de Passagem. Também foram apresentadas a concepção e as linhas mestras que direcionam a instalação e operação do empreendimento bem como identificados os possíveis impactos ambientais e sociais decorrentes da sua implantação.

Este conjunto de informações permitiu a compreensão das intervenções sociais e ambientais decorrentes da implantação do sistema e possibilitou a elaboração de um conjunto de medidas que concorrem para garantir a sustentabilidade ambiental do empreendimento.

Estas proposições compõem o Plano de Gestão Ambiental para o Aterro Sanitário de Pequeno Porte de Passagem, cujo objetivo é prevenir, atenuar e compensar os impactos adversos resultantes do empreendimento, bem como valorizar e potencializar os seus benefícios.

Este plano é formado por programas para determinadas áreas os quais são compostos, por sua vez por projetos específicos, contemplando diferentes categorias de ação, a saber:

Medidas de mitigação de impactos negativos;

Medidas de valorização de impactos positivos;

Medidas de monitoramento ambiental;

Medidas de controle ambiental;

Medidas compensatórias.

É importante destacar que as ações descritas nestes programas assumem naturezas do tipo:

Preventiva: com ações para os impactos negativos que podem ser evitados, reduzidos ou controlados, mediante a adoção antecipada de medidas preventivas;

Corretiva: visando a mitigação de impactos através de ações de recuperação e

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recomposição das condições ambientais satisfatórias e aceitáveis;

Compensatória: destinando-se a impactos inevitáveis ou aquelas não mitigados de forma adequada, onde há perda de recursos e valores ecológicos, através de ações de compensação dos danos ambientais.

Nesta etapa de licenciamento, serão apresentados os objetivos de cada projeto em âmbito conceitual, pois ainda passarão pelo crivo e discussão da sociedade e entidades responsáveis, os quais deverão aprová-lo e/ ou complementá-lo. Considera-se, todavia, que todos os elementos ora elaborados sejam detalhados antes da implantação do empreendimento e que sua execução seja realizada por equipe de profissionais qualificados.

Os programas, portanto, constituem-se em elementos básicos de planejamento e gestão ambiental durante as fases de implantação, operação e finalização do projeto do aterro sanitário, devendo compor um sistema integrado de gerenciamento ambiental do aterro.

Após a apresentação dos programas e projetos a ele vinculados, serão definidos o cronograma de execução dos planos, os dados necessários para o cálculo do grau de impacto e os termos da compensação ambiental e as medidas mitigadoras de impactos negativos.

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TABELA 7.18 - RESUMO DOS PROGRAMAS E PROJETOS QUE COMPÕEM O PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL DO ATERROPROGRAMA PROJETO OBJETIVO

BIOFÍSICO

Observação das condições climatológicasMonitorar o comportamento climático anual da região a fim de conhecer a sua dinâmica e tomar melhores decisões em caso de acidentes na operação e/ ou fechamento do aterro.

Monitoramento da qualidade do ar

O objetivo deste plano se divide em duas áreas mutuamente complementares:Monitoramento dos gases emitidos pela disposição dos resíduos nas células do aterro sanitário, verificando a quantidade de emissão de gases, a caracterização da sua composição química, as eventuais migrações e os riscos de ocorrência de explosões durante a operação do aterro sanitário bem como após o seu fechamento;Monitoramento dos níveis de ruídos, fumaça e particulados em suspensão resultado da movimentação de veículos pesados e atividades operacionais.

Monitoramento da qualidade das águasO objetivo do plano de monitoramento é promover ações que acompanhem o estado da qualidade das águas durante as fases de implantação, operação e fechamento do empreendimento visando o controle de possíveis atividades poluidoras sobre os recursos hídricos proximos.

Desativação e recuperação dos lixõesO objetivo deste plano é recuperar os vazadouros de lixo (em geral, lixões) dos municípios participantes do consórcio uma vez que serão desativados com a operação do aterro sanitário de pequeno porte.

Fechamento e uso futuro da áreaTraçar as diretrizes para a recuperação e aproveitamento da área e a manutenção da estabilidade física, química e biológica dos maciços, preparando para o desempenho de atividades futuras.

Plano de recuperação de áreas degradadasPlano de Exploração / Recomposição de Áreas de EmpréstimosPlano de Disposição / Recomposição das Áreas de Bota-Fora

SOCIOECONÔMICO

Capacitação técnica e aproveitamento de mão de obra

Estabelecer as diretrizes e os procedimentos para a execução das ações de capacitação dos trabalhadores de diferentes tipos de serviços destinadas à melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo empreendimento, ao cumprimento dos objetivos de cada etapa e ao desenvolvimento integral dos trabalhadores, buscando melhor qualidade de vida e realização profissional.

Educação ambientalInformar a população sobre as características ambientais e socioeconômicas da região e sobre os benefícios ambientais do projeto, privilegiando a disseminação de informações sobre as medidas de preservação da qualidade ambiental relacionadas ao empreendimento.

Adequação a estrutura urbana existenteUma vez que a área está localizada em zona rural, não existem interferências sobre infraestrutura urbana de modo que não é necessário um plano de adequação a estrutura urbana.

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TABELA 7.19 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E MEDIDAS MITIGADORAS.PROJETOS/ MEDIDAS

MITIGADORASPLANEJAMENTO IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO* FECHAMENTO**

1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 1Preservação dos Recursos Hídricos e PaisagísticosMonitoramento da Qualidade do Ar

Monitoramento da Qualidade das ÁguasRecuperação de Áreas Degradadas pelas ObrasDesativação e Recuperação dos Lixões

Fechamento e Uso Futuro da Área

Educação AmbientalCapacitação Técnica e Aproveitamento de Mão de Obra

* Considera-se cada coluna equivalente a 5 anos. ** Tempo indeterminado.

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TABELA 7.20 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO.IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Deterioração da qualidade do ar

Verificar e promover a regulagem e manutenção de todos os equipamentos (veículos, geradores, tratores, etc.) envolvidos na implantação e operação do projeto;Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente fechados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro;Deverão ser analisados os principais componentes do gás drenado pelos tubos do aterro bem como aquele escapado diretamente pelo recobrimento dos resíduos: CH4, CO2, CO, H2, N2, O2.

Diminuição da capacidade de

acumulação de água nos riachos intermitentes e

Aceleração de processos erosivos

O caráter litólico e pouco profundo do solo associado a pouca permeabilidade da rocha e a topografia movimentada da área pode resultar em movimentações em massa, devendo ser cuidadosamente pensado em forma de drenagem subsuperficial das águas pluviais;Deve-se evitar a escavação de solo e movimentação de terra durante o período chuvoso, evitando que os sedimentos sejam carreados para os corpos d’água;Evitar áreas de solo expostas diretamente à ação erosiva, devendo recobrir com gramas ou arbustos;Garantir a manutenção adequada do sistema de drenagem de águas pluviais, em especial dos taludes e maciços formados pela disposição de resíduos;Recuperação da vegetação das áreas de preservação permanente ao longo dos riachos, evitando a erosão das suas margens;O lançamento das águas pluviais nos corpos receptores deverá evitar a formação de voçorocas, adotando solução de engenharia adequada para diminuir a força da água (gravidade) sobre o solo: as águas pluviais deverão ser conduzidas às caixas de coleta, aos tubos de concreto e às estruturas de dissipação de energia, para posteriormente serem lançadas na drenagem natural.

Redução do nível da água subterrânea

Recomenda-se que sejam instalados sistemas de captação de águas pluviais, como exemplo, cisternas para armazenamento e uso para irrigação de áreas verdes, lavagem de veículos e máquinas e aspersão de pátios e vias internas;

Sismicidade induzida Não há mitigação, apenas o monitoramento para acompanhar o desenvolvimento do processo.

Perda de habitats e diminuição da biodiversidade

Otimizar os processos para que haja a supressão apenas necessária da vegetação, visando restringir às áreas diretamente afetadas a partir de um planejamento antecipadamente dos problemas com manutenção da pista de rolamento e acidentes das vias de acesso ao aterro sanitário;Destinar apropriadamente os resíduos recicláveis através de coleta seletiva e dar disposição final aos mesmos conforme legislação ou procedimentos escritos pelo órgão ambiental;A empresa responsável pela instalação do aterro sanitário deverá produzir mudas ou formar um banco genético da vegetação nativa ou mesmo, terceirizar o serviço para que o ambiente seja recuperado e tenha características semelhantes a mata original;Promover a recomposição paisagística quando do fechamento do aterro sanitário utilizando vegetação nativa;No período da implantação deverá manter profissional devidamente capacitado na área do aterro sanitário.

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TABELA 12.8 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO (cont.)IMPACTO

NEGATIVOMEDIDAS MITIGADORAS

Ameaça a espécies vegetais em risco de

extinção

Dar-se-á preferência para o plantio de espécies vegetais nativas, frutíferas e ameaçadas de extinção a fim de contribuir para a recuperação da área, manutenção do ecossistema, ocorrência e nidificação neste local de espécies da fauna silvestre; Sempre que possível, realizar o transplante de árvores maduras ameaçadas de extinção para outras áreas dentro do terreno.

Fuga e afugentamento da fauna

Otimizar o tempo necessário para instalação do Aterro Sanitário de maneira que se possa reduzir o tráfego de máquinas, veículos e pedestres, para que seja reduzido os níveis de ruídos e dispersão de poeira na ADA do empreendimento e assim, minimizar o estresse sobre a fauna local;Adotar procedimentos educativos visando à orientação e sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os para evitar o confronto com os animais e, consequentemente, contribuir para manutenção das espécies;Tendo em vista a existência de uma cobertura vegetal bem definida na propriedade destinada para implantação do aterro sanitário, destinar-se-á uma parcela da área para conservação da biodiversidade local, reserva legal como estabelece o código florestal brasileiro e fortalecimento do conceito de corredores ecológicos, facilitando o trânsito da fauna e contribuindo para o fluxo gênico entre as populações das espécies que ocorrem na região;O afugentamento da fauna silvestre também está diretamente ligado à operação do aterro sanitário, sendo importante que as atividades de manejo sejam otimizadas a fim de promover a redução do trânsito e tempo de funcionamento dos veículos, consequentemente, os impactos referentes à produção de ruídos;Periodicamente, deverão ser feitas algumas inspeções e manutenções nos equipamentos para que os mesmos não produzam ruídos excessivos;Promover o replantio na ADA de espécies vegetais nativas e frutíferas;Implantar um programa de monitoramento da biodiversidade local para se conhecer o comportamento intra e interespecífico das espécies que ocorre no local, bem como seus nichos ecológicos;Buscar parcerias com os centros acadêmicos, ONG’s e pesquisadores a fim de somarem esforços para recuperação da área degradada;Resgate da fauna silvestre na ADA e na AID com raio mínimo de 100 m.

Acidentes com animais

Orientar o tráfego de máquinas e veículos, respeitando os limites de velocidade e as placas de sinalização a fim de reduzir os níveis de ruído, bem como as manobras dos veículos fora da área de atividade do aterro sanitário;Instalar placas de sinalização alertando para a presença de animais próximos a ADA e para a redução de velocidade quando adentrarem no limite do aterro sanitário;Manter as vias de acesso limpas (sem lixo domiciliar) e com vegetação baixa (cortada e podada) para não atrair os animais para essa faixa de trânsito de veículos;Instalar placas de sinalização alertando as pessoas e funcionários sobre a presença de animais silvestres próximos ao empreendimento e para redução da velocidade dos veículos;Orientar os condutores dos veículos para eventuais procedimentos de socorro ou tomadas de ação em caso de acidentes com algumas espécies da fauna silvestre;Durante o fechamento, retirar as máquinas, equipamentos ou quaisquer outros aparatos utilizados na operação do aterro sanitário que possam causar riscos a integridade da biodiversidade local;Formar parcerias com Universidades e ONG’s para prestação de socorro à fauna acidentada ou em risco na ADA do aterro sanitário, identificando locais para encaminhar os animais feridos.

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TABELA 12.8 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO (cont.)IMPACTO

NEGATIVOMEDIDAS MITIGADORAS

Caça e captura de animais silvestres

Proibir e fiscalizar ações predatórias (caça e aprisionamento de animais silvestres) do pessoal envolvido na implantação, operação e fechamento do empreendimento;Adotar procedimentos educativos visando à orientação e sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os quanto às leis de proteção a fauna para a manutenção das espécies locais;Promover programas de educação ambiental para os moradores da região, explicando o objetivo da presença do aterro sanitário no local, bem como suas responsabilidades para com eles e o meio ambiente;Comunicar e denunciar aos órgãos ambientais federais ou estaduais, qualquer prática ilegal ou crime ambiental praticado por pessoas físicas ou jurídicas que venham a degradar ou causar impactos ao meio ambiente;Promover a reintrodução de animais da fauna silvestre a fim de contribuir para o aumento populacional das espécies nativas e o fluxo gênico entre as áreas adjacentes quando da desativação do aterro;Procurar reintroduzir, prioritariamente, espécies da fauna deste ecossistema que estejam ameaçadas de extinção com auxílio de profissionais especializados.

Incômodo a vizinhança e

Impacto ambiental

Deverá ser realizada aspersão de águas nas superfícies durante a execução da obra, desse modo minimizando o lançamento de poeiras;Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente lacrados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro;Os veículos e equipamentos utilizados pelo aterro e unidades complementares deverão estar em perfeito estado de conservação para evitar ruídos desnecessários;Garantir o funcionamento do aterro sanitário durante o horário comercial e em dias da semana; Realizar diariamente a cobertura dos resíduos dispostos de modo a evitar a proliferação de doenças e odores; Manter uma faixa arbórea protegendo os limites do terreno, de modo a diminuir o impacto visual e a dissipação de ruídos e odores;Durante o fechamento do aterro sanitário, promover adequadamente a recomposição paisagística do maciço e áreas adjacentes, bem como evitar o abandono de prédios e equipamentos no local.

Desvalorização dos terrenos vizinhos

Implantação de uma faixa bem arborizada, contornando todo o perímetro do aterro e ainda áreas de jardins no entorno da Guarita do portão de acesso e na área da Administração, visando evitar impactos visuais negativos ao público externo e também otimizar a dispersão vertical do biogás e odores;Preservar a vegetação nativa, promovendo regularmente sua poda e manutenção constante; como boa parte da área já se encontra degradada, torna-se indispensável o plantio de árvores nativas que se adaptem ao tipo de solo e clima da região, formando desta forma um “cinturão verde”;Plantio de um “cinturão” verde com plantas nativas com 02 linhas alternadas de árvores com distância de 1,20 m da cerca de contorno do terreno e com 1,20 m de distância entre árvores ao longo da área de preservação que circunda o terreno, e que deverão plantadas no início do período chuvoso;Executar uma barreira de isolamento compacta, desde a base até o topo, evitando o chamado “barreira paliteiro, que não cumprem adequadamente a função de isolamento visual.

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C - ATERRO SANITÁRIO - AS E UNIDADE DE COMPOSTAGEM - UC DO MUNICÍPIO DE PATOS

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8 ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS PRELIMINARES

8.1 SELEÇÃO DE GLEBAS DO MUNICÍPIO DE PATOS

Para o Município de Patos está prevista a implantação de 01 (um) Aterro Sanitário - AS e 01 (uma) Unidade de Compostagem - UC. Os estudos obtidos após as avaliações para as seleções das glebas são apresentados a seguir.

8.1.1 Glebas para Implantação de Aterro Sanitário e Unidade de Compostagem

Na análise espacial da localização de glebas para implantação do Aterro Sanitário - AS e da Unidade de Compostagem - UC no Município de Patos, buscou-se selecionar áreas, preferencialmente, inseridas em zona rural afastada de núcleos urbanos e de recursos hídricos, de forma em proporcionar um menor impacto possível ao meio ambiente e a qualidade de vida da população do município.

8.1.1.1 Características Gerais da Gleba 1

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 0684988E / 9227614N Tipo de solo: areno silto argiloso com pedregulho; Condições topográficas: declividade entre 10 e 19,9% (baixa); Direção dos ventos: sentido oposto ao centro urbano; Distância de recursos hídricos: 0,3 km.

Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença moderada de fauna; Impacto moderado sobre fauna e flora.

Condições Antrópicas:

Distância do centro urbano: 5,0 km; Distância de instituições públicas (escolas, hospitais, etc...): 5,2 km; Distância de aeroportos/aeródromos: 9,0 km do aeródromo; Uso atual do solo: não definido; Titularidade do terreno: propriedade pública (Prefeitura); Inserção em unidades de conservação: não inserida; Custo presumível de desapropriação: sem custo ao município.

Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: boa; Proximidade de jazidas: no local e nas proximidades de 20,0 km; Facilidade de acesso: bom.

As Fotos 13.1 e 13.2 a seguir mostram a área da Gleba 1e seu acesso.

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8.1.1.2 Características Gerais da Gleba 2

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 0680353E / 9229731N Tipo de solo: areno siltoso com pedregulho; Condições topográficas: declividade entre 3 e 9,9% (muito baixa); Direção dos ventos: sentido oposto ao centro urbano; Distância de recursos hídricos: 0,25 km.

Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença relevante de fauna; Impacto moderado sobre fauna e flora.

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FOTO 8.12 - VISTA DA GLEBA 1 / ATERRO SANITÁRIO.

FOTO 8.13 - VIA DE ACESSO A GLEBA 1.

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Condições Antrópicas:

Distância do centro urbano: 7 km; Distância de instituições públicas (escolas, hospitais, etc...): 13 km; Distância de aeroportos/aeródromos: 15,0 km do aeródromo; Uso atual do solo: não definido; Titularidade do terreno: propriedade particular (Proprietário: Sr. Osmar Nicacio

Fernandes); Inserção em unidades de conservação: não inserida; Custo presumível de desapropriação: médio.

Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: boa; Proximidade de jazidas: no local e nas proximidades de 14,0 km; Facilidade de acesso: ruim.

As Fotos 16.3 e 16.4 a seguir mostram a área da Gleba 2 e a via de acesso.

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FOTO 8.14 - GLEBA 2 / ATERRO SANITÁRIO.

FOTO 8.15 - VIA DE ACESSO A GLEBA 2.

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8.1.1.3 Características Gerais da Gleba 3

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 0675706E / 9234461N Tipo de solo: areno siltoso com pedregulho; Condições topográficas: declividade entre 3 e 9,9% (baixa); Direção dos ventos: sentido oposto ao centro urbano; Distância de recursos hídricos: 0,8 km.

Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença moderada de fauna; Impacto relevante sobre fauna e flora.

Condições Antrópicas:

Distância do centro urbano: 3,7 km; Distância de instituições públicas (escolas, hospitais, etc...): 20,0 km; Distância de aeroportos/aeródromos: 22,0 km do aeródromo; Uso atual do solo: não definido; Titularidade do terreno: propriedade particular (Assentamento Patativa do Assaré); Inserção em unidades de conservação: não inserida; Custo presumível de desapropriação: baixo.

Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: boa; Proximidade de jazidas: no local ; Facilidade de acesso: boa.

As Fotos 13.5 e 13.6 a seguir mostram a área da Gleba 3 e a via de acesso.

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FOTO 8.16 - GLEBA 3 / ATERRO SANITÁRIO.

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8.1.1.4 Características Gerais da Gleba 4

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 707271-E / 9230483-N Condições topográficas: declividade < 3 % (plana); Direção dos ventos: sentido oposto ao centro urbano; Distância de recursos hídricos: 1,4 Km.

Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença irrelevante de fauna; Impacto irrelevante sobre fauna e flora.

Condições Antrópicas:

Distância de instituições públicas (escolas, hospitais, dentre outros): 5,5 km; Distância do centro urbano: 5,0 km de São Mamede e 18,0 km de Patos; Titularidade do terreno: propriedade particular (Sra. Maria da Conceição Dantas); Inserção em unidades de conservação: não inserida.

Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: boa; Facilidade de acesso: boa.

As Fotos 13.7 e 13.8 a seguir mostram a área da Gleba 4 e a via de acesso.

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FOTO 8.17 - VIA DE ACESSO A GLEBA 3/ATERRO SANITÁRIO.

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8.1.2 Avaliação Multicriterial das Glebas

A avaliação do estudo de viabilidade de glebas para implantação do Aterro Sanitário - AS no Município de Patos é apresentada no Quadro 13.1 a seguir.

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FOTO 8.18 - GLEBA 4 / ATERRO SANITÁRIO.

.

FOTO 8.19 - VIA DE ACESSO A GLEBA 4 / ATERRO SANITÁRIO.

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213.12-01.02-ATS-VB-TX-AMB-002-R0

QUADRO 8.3 - AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DE GLEBAS PARA IMPLANTAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO EM PATOS.

QNT CRITÉRIOSNOTAS

PESOPARCIAL GLEBA 1

PARCIAL GLEBA 2

PARCIAL GLEBA 3

PARCIAL GLEBA 4GLEBA 1 GLEBA 2 GLEBA 3 GLEBA 4

01 Distância de Recursos Hídricos 3 3 4 5 3 9 9 12 1502 Direção dos Ventos 5 5 5 5 3 15 15 15 1503 Condições Topográficas 3 4 4 5 3 9 12 12 1504 Titularidade do Terreno 5 2 2 2 2 10 4 4 405 Uso Atual de Solo 3 3 3 3 2 6 6 6 606 Custo Presumível de Desapropriação 5 3 3 3 2 10 6 6 607 Disponibilidade de Insumos Básicos 5 5 5 5 3 15 15 15 1508 Proximidades de Jazidas 2 4 4 5 2 4 8 8 1009 Geologia-Potencial Hídrico 5 5 5 5 3 15 15 15 1510 Condutividade Hidráulica do Solo 2 4 4 4 3 6 12 12 1211 Profundidade do Lençol Freático 5 5 5 5 3 15 15 15 1512 Necessidade de Supressão de Vegetação 3 3 3 3 3 9 9 9 913 Inserção em Unidade de Conservação 5 5 5 5 3 15 15 15 1514 Distância de Vias/Rodovias 0 2 0 0 2 0 0 0 0

15Localização em relação às Instituições Públicas

5 5 5 5 2 10 10 10 10

16 Distância de Aeroportos e Aeródromos 0 5 5 5 3 0 15 15 1817 Distância aos Centros Urbanos 5 4 4 4 2 10 8 8 818 Facilidade de Acesso 5 5 5 5 2 10 10 10 1019 Impacto visual 1 1 1 1 2 2 2 2 2

20Disponibilidade de Material para Recobrimento

3 3 3 3 2 6 6 6 6

21 Custo de Implantação 5 5 5 5 3 15 15 15 1522 Vida Útil 5 5 5 5 2 10 10 10 10

201 217 220 231

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8.1.3 Resultado da Análise Espacial

Conforme os dados registrados no Quadro 13.1 resultado da aplicação da matriz de seleção revela a Gleba 4 como a mais adequada para implantação do Aterro Sanitário - AS no Município de Patos, com base na análise das restrições ambientais constatou-se que o critério de “Distancias de Recursos Hídricos“ foi o mais relevante para a melhor qualificação da Gleba 4, sendo determinantes para redução dos riscos ambientais, evitando possíveis contaminações por falhas operacionais ou de manutenção.

9 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

A área onde será implantado o Aterro Sanitário - AS apresenta topografia plana com declividade inferior a 3% (três por cento) facilitando a sua implantação, com pouco movimento de terra. A topografia da área foi apresentada no Produto 2 - Anexo 1, no Des. 213.12-07.01-ATS-PB-DE-TOP-001.

10 ESTUDOS AMBIENTAIS

10.1 MEIO FÍSICO

10.1.1 Clima

O Município de Patos esta sob a maior influência do clima tropical quente que domina a maior parte do território, com variação de temperatura entre 21,3 e 25,4 °C. As chuvas na área de ocorrência deste clima também são variáveis. A velocidade média dos ventos é de 10 m/s, a umidade relativa média anual é de 50% (cinquenta por cento) e a predominância leste dos ventos.

Na Tabela 15.1 a seguir são apresentados os dados médios meteorológicos da Estação Meteorológica de Monteiro, situada a uma distância média de 80 km de Mãe D’Água. O registro de medições climatológicas correspondente a uma série histórica de 29 (vinte e nove) anos, relativa ao período de 1961 a 1990.

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TABELA 10.21 - DADOS METEREOLÓGICOS DA ESTAÇÃO MONTEIRO

MesesNúmero de Dias

TºC

Pmm

Nhoras

I aETP

Thornthwaite 1948

Jan 30 24,2 59,0 12,4 10,9 2,9 109,51Fev 28 23,5 108,0 12,3 10,4 2,9 93,18Mar 31 24,6 157,0 12,2 11,2 2,9 115,83Abr 30 23,6 151,0 11,9 10,5 2,9 97,72Mai 31 22,7 67,0 11,7 9,9 2,9 88,81Jun 30 21,6 46,0 11,6 9,2 2,9 73,64Jul 31 21,3 40,0 11,5 9,0 2,9 72,95

Ago 31 22,0 37,0 11,7 9,4 2,9 80,73Set 30 23,0 11,0 11,8 10,1 2,9 90,17Out 31 24,5 114,0 12,1 11,1 2,9 113,64Nov 30 25,2 11,0 12,3 11,6 2,9 121,28Dez 31 25,4 37,0 12,4 11,7 2,9 129,67

TOTAIS 281,6 838,0 144,0 124,8 34,2 1187,13MÉDIAS 23,5 69,8 12,0 10,4 2,9 98,93

Fonte: Departamento de Física e Meteorologia ESALQ-USP, ano 1999.

De acordo com o balanço hídrico elaborado pela ESALQ-USP para a Estação Meteorológica de Monteiro, esboçado na Figura 15.1, o período de deficit hídrico ocorre entre os meses de maio a setembro e de novembro a janeiro. Já o período de excedente hídrico se restringe ao mês de abril.

A Figura 15.1 apresenta os dados de deficiência, excedente, retirada e reposição hídrica da região.

FIGURA 10.2 - DEFICIÊNCIA, EXCEDENTE, RETIRADA E REPOSIÇÃO HÍDRICA - ESTAÇÃO METEREOLÓGICA DE MONTEIRO, PERÍODO DE REGISTRO DE 1961 A 1990

Fonte: Departamento de Física e Meteorologia ESALQ-USP (1999)

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Observa-se na figura acima que no balanço hídrico existe um considerável déficit hídrico anual, correspondendo a um período de 08 (oito) meses (maio a setembro e de novembro a janeiro). A estiagem prolongada promove retirada de água do sistema e impõe um estado extremo de deficiência hídrica.

A reposição ocorre um pouco em fevereiro, quando a precipitação é crescente e a partir daí existe excedente hídrico até o mês de abril, confirmando um período muito concentrado de chuvas torrenciais e um longo período de estiagem. Este fator indica tendência a aridez da região, bem como susceptibilidade à erosão hídrica.

10.1.2 Recursos Hídricos

O Município de Patos encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Piranhas, sub-bacia do rio Espinharas. Os principais contribuintes são os rios Espinharas e os riachos: São Bento, Cachoeira, Morcego, Várzea Alegre, Ligeiro, Mocambo, Logradouro, Poço Comprido, dos Pilões, Pia, Frango, Macacos, Fechado, Cupira, Santana, Cauassu, Urtiga, Meio, Lagoa de Açude Belo Monte e Cruz, além dos córregos: Onça, Acauã, Campo Alegre e Cascavel. Todos os riachos do município têm regime de fluxo intermitente e o padrão da drenagem é do tipo dendrítico, onde é classificada como de baixo potencial hídrico superficial. O escoamento superficial ocorre durante a curta duração das chuvas. Durante a maior parte do ano os riachos permanecem secos.

Um grande problema que vem acontecendo na bacia hidrográfica do Rio Piranhas se refere à ocorrência de florações de cianobactérias nos reservatórios. A provável causa desse problema está relacionada ao lançamento de esgotos não tratados nos corpos hídricos desta bacia (CBH, 2012).

Vale salientar que não foi encontrado nenhum recurso hídrico no raio de 1,0 km da área selecionada.

10.1.3 Pedologia

O Município de Patos possui solos do tipo Luvissolos que são solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural com argila de atividade alta e saturação por bases alta, imediatamente abaixo do horizonte A ou horizonte E.

Estes solos variam de bem a imperfeitamente drenados, sendo normalmente pouco profundos (60 a 120 cm), com seqüência de horizontes A, Bt e C e nítida diferenciação entre os horizontes A e Bt, devido ao contraste de textura, cor e/ou estrutura entre eles. A transição para o horizonte B textural é clara ou abrupta. Podem ou não apresentar pedregosidade na parte superficial e o caráter solódico ou sódico, na parte subsuperficial.

O horizonte Bt é de coloração avermelhada, amarelada e menos freqüentemente brunada ou acinzentada. A estrutura é usualmente em blocos, moderada ou fortemente desenvolvida, ou prismática, composta de blocos angulares e subangulares.

São moderadamente ácidos a ligeiramente alcalinos, com teores de alumínio extraíveis baixos ou nulos e com valores elevados, para a relação molecular Ki no horizonte Bt, normalmente entre 2,4 e 4,0, denotando presença, em quantidade variável, mas expressiva, de argilominerais do tipo 2:1.

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Nesta classe estão incluídos os solos que foram classificados pela EMPRAPA, como Bruno Não Cálcicos, Podzólico Vermelho-Amarelo Eutrófico argila de atividade alta e Podzólico Bruno- Acinzentado Eutrófico e alguns Podzólicos Vermelho-Escuro Eutróficos com argila de atividade alta.

10.1.4 Geologia e Geotecnia

O município de Patos está inserido na unidade geológica do Complexo Nordestino, que é constituído de rochas do tipo migmatitos, gnaisses, gnaisses migmatizados, granitóides, anfibolitos, quartizitos, metarcóseos, calcários cristalinos, xistos, itabiritos, calcossilicadas e rochas cataclásticas. Esta unidade é a de maior extensão superficial na área. Está em contato com os sedimentos da Bacia do Parnaíba em toda sua borda oriental, a leste está em contato com o Complexo Caicó e com a Formação Jucurutu e ao sul limita-se com o Complexo Trindade através do Lineamento Patos. Também é recoberta pela porção setentrional da bacia do Araripe, pela bacia do Iguatú, pelas bacias tafrogênicas dos Rios Jucá, Iara, Setiá e Jaibaras, e também pelos metassedimentos Itatiri, Ceará e parte do Cachoeirinha.

Foram realizados 8 (oito) poços de inspeção até o impenetrável com profundidade variando de 0,35 a 0,60 m, para coleta de amostras e realização de ensaios de caracterização e de permeabilidade cujos resultados são apresentados na Tabela 15.2. A profundidade dos poços foi limitada pela presença de um estrato rochoso, a pequena profundidade, aflorando em alguns locais. De acordo com o Sistema Unificado de Classificação os solos ensaiados são do tipo: SC que apresentam uma elevada capacidade de suporte, baixa permeabilidade, baixa compressibilidade, boa trabalhabilidade exigindo, no entanto sistemas eficientes de proteção dos taludes de corte e aterro (drenagem e revestimento vegetal) contra erosão devido as suas características granulares e baixa fertilidade.

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TABELA 10.22 - RESUMO DE RESULTADOS DE ENSAIOS DA LABORATÓRIO

PROCEDÊNCIADESCRIÇÃO DO

MATERIAL

CARACTERIZAÇÃO

IG

CLASS.

COMPACTAÇÃOPERMEAB.

(cm/seg)LIMITES (%) GRANULOMETRIA (% QUE PASSA)

WL WP IP 4" 2" 1" 3/4" 3/8" 4 1016

40 200HRB

Energiad máx Wot

SUCS (kN/m³) (%)Patos (AS) PI - 03 Prof.

0,00 à 0,40 mAreia Argilosa c/

Pedregulho26 16 10 - 100 95 93 90 88 86

82

57 24 0A-2-4

- - - 7,09E-04SC

Patos (AS) PI - 05 Prof. 0,00 à 0,35 m

Areia Argilosa 36 18 18 - 100 100 100 100 100 9794

72 46 5A-6

- - - 5,70E-04SC

Patos (AS) PI - 07 Prof. 0,00 à 0,50 m

Areia Argilo Siltosa c/ Pedregulho

36 17 19 - 100 100 100 100 98 9084

66 41 4A-6

- - - 5,00E-04SC

Patos (AS) PI - 08 Prof. 0,00 à 0,50 m

Areia Argilo Siltosa 36 18 18 - 100 100 100 100 99 9286

66 38 2A-6

- - - 6,15E-04SC

Jazida (Aterro) Patos Argila Silto Arenosa 66 29 37 - 100 100 100 99 99 9895

89 85 20A-7-6

PN 15,18 21,29 9,66E-07CH

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10.1.5 Hidrogeologia

No Município de Patos possui pontos de afloramento rochoso e nos pontos em que não é possível observar o afloramento, as rochas são encontradas com pouca profundidade média de 1(um) metro, o que dificulta a formação de aqüíferos na região.

10.2 MEIO BIÓTICO

10.2.1 Vegetação

A vegetação existente na área selecionada para implantação do Aterro Sanitário de Patos é predominantemente caatinga constituída de formações xerófitas lenhosas deciduais, em geral espinhosas, entremeadas de plantas suculentas, com tapete herbáceos estacional com folhas pequenas e providas de espinhos. As principais espécies de árvores e arbustos encontradas na área são: Catingueira (Caesalpinia pyramidalis), Favela (Cnidoscolus phyllacanthus), Jurema Branca (Mimosa melacocentra), Jurema Preta (Mimosa hostilis), Pereiro (Aspidosperma pyrifolium), Marmeleiro (Croton sonderianus), Angico (Anadenanthera macrocarpa, Macambira (Bromelia laciniosa) e Mandacacaru (Cereu Jamacaru). Vale salientar que selecionada e bastante antropizada, tendo cerca de 50 % sem presença de vegetação. Essas espécies apresentam comprimento variando de 1 a 4m e diâmetro variando de 4 a 50 cm.

As Fotos 5.1 a 5.5 a seguir mostram as espécies representativas encontradas na área selecionada.

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FOTO 10.20 - PRESENÇA DE JUREMA BRANCA E PRETA EM APROXIMADAMENTE 30% DA ÁREA.

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10.2.2 Fauna

A fauna nativa do Município de Patos é pouco representativa. O processo de escassez destes animais deve-se ao efeito das ações antrópicas como desmatamento e caça ao longo dos anos. Não foram avistados animais na área selecionada, mais foi informado por moradores locais a presença de algumas espécies na região que são Tatupeba (Euphractus sexcinctus), Mocó (Kerodon Rupestris), Tejo (Tupinambis teguixin), Lagartixa (Liolaemus occipitalis), Lagartixa de lajedo (Tapinurus helenea) e Camaleão (Iguana iguana), essas espécies informadas são de pequeno porte e geralmente seus habitat’s são nas matas de encostas nas serras da região.

10.3 MEIO ANTRÓPICO

De acordo com último censo 2010 do IBGE, a comunidade possui uma população de 100.674 habitantes, das quais 47.805 são homens e 52.869 mulheres. O número total de alfabetizados é de 75.213 o que corresponde a uma taxa de alfabetização de 75,7%. A cidade contém cerca de 28.907 domicílios particulares e permanentes.

No setor de saúde o serviço é prestado por 47 estabelecimentos públicos e 26 estabelecimentos privados, contando com 271 leitos, sendo 239 leitos na rede publica e 32 na rede privada. A educação conta com 92 estabelecimentos de ensino fundamental, sendo 35 escolas privadas, 11

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FOTO 10.21 - LOCAIS ANTROPIZADOS DENTRO DA ÁREA.

FOTO 10.22 - ÁRVORE DE FAVELEIRO, COM PRESENÇA DE XIQUEXIQUE E MACAMBIRA AO FUNDO.

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estaduais e 46 municipais, o ensino médio conta com 13 estabelecimentos de ensino médio, sendo 5 escolas privadas, 7 estaduais, 1 federal e 1 municipal (Censo Educação 2012). O comércio e a principal atividade econômica da comunidade, destacando-se ainda a pecuária que possui um efetivo de rebanho bovino de 12.199 bovinos e 1.879 caprinos. O total de empresas atuantes com CNPJ são em número de 1891, o IDHM do município é de 0,701 (IBGE, Censo 2010).

11 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O Município de Patos conta com um sistema de administração pública direta, responsável pelo planejamento, regulação, fiscalização e execução de alguns serviços, administrado pela Secretaria de Infraestrutura. Os serviços de coleta domiciliar e RSS, varrição e disposição final são realizados pela empresa “LOCAR Saneamento Ambiental LTDA”, e os serviços de coleta de RCD e serviços congêneres como capinação e poda são realizados pela Prefeitura, porém todos esses serviços precisam ser reestruturados. Em função dessa necessidade alguns problemas são encontrados, que impactam a qualidade de vida da população local.

O levantamento de dados nesse município foi feito junto à Prefeitura, com o Secretario de Infraestrutura Sr. Sebastião dos Santos Lima e o Gerente da LOCAR Sr. Olegário Freire, registrando-se os aspectos relevantes sobre o sistema de gestão de resíduos.

Ficou evidenciado que não existe no município a prática de minimização de resíduos atual, coleta diferenciada e aplicação de tratamento. Também não são desenvolvidos trabalhos educacionais que visem diminuir a geração, desenvolver o sentimento de valor agregado ao material produzido, de forma que o próprio gerador (população) separe os resíduos para reaproveitamento, reciclagem, etc.

A seguir é apresentado o diagnóstico a partir das informações levantadas, seguindo a seqüência do sistema de gestão:

Geração, Tipo e Segregação de Resíduos Sólidos

Em Patos, segundo a Prefeitura, não existe nenhum controle sobre quantitativo de resíduos gerados. Atualmente, todo o material produzido nos domicílios é acondicionado em um único recipiente, com mistura de todos os tipos de resíduos. O saco plástico adotado pela população no acondicionamento é disponibilizado para coleta de forma aleatória, sem respeitar um horário pré-estabelecido da coleta pública.

Os resíduos de serviço de saúde oriundos de hospitais, postos de saúde e farmácias, do tipo: luvas cirúrgicas, seringas, algodão, gases, esparadrapos, medicamentos vencidos etc, são armazenados em sacos específicos.

Coleta

A coleta é feita por 18 (dezoito) coleteiros e 6 (seis) motoristas, sendo todos funcionários da Empresa LOCAR.

A coleta dos resíduos domiciliares é realizada 3 (três) vezes por semana, por 4 (quatro) caminhões compactadores nos períodos diurno e noturno. Os resíduos de serviço de saúde são retirados diariamente em período diurno, utilizando um veículo Furgão.

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A Foto 16.1 e 16.2 mostram um dos caminhões utilizados na coleta domiciliar e o carro responsável pela coleta de RSS.

A coleta dos resíduos oriundos de poda e capinação é realizada 3 (três) vezes por semana, por 6 (seis) funcionários da Prefeitura que retiram também os resíduos de construção e demolição, em dois caminhões basculantes e uma pá carregadeira.

A Foto 16.3 mostra a pá carregadeira utilizada para coleta de RCD.

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FOTO 11.23 - CAMINHÃO COMPACTADOR REALIZANDO COLETA DOMICILIAR.

FOTO 11.24 - CARRO RESPONSAVEL PELA COLETA DE RSS.

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Varrição

O serviço de varrição de Patos é realizado diariamente por 24 (vinte e quatro) varredores nos períodos diurno e noturno, sendo utilizadas vassouras, pás e carros Lutocar. No momento da visita todos os funcionários estavam devidamente fardados e utilizando os EPI’s necessários.

A Foto 16.4 mostra a realização de varrição no município.

Poda e Capinagem

Os serviços de poda e capinagem são realizados diariamente, sendo realizados por 10 (dez) ajudantes, utilizando facões, foices, tesouras, enxadas e pás. A Prefeitura não disponibiliza nenhum fardamento para esses funcionários, sendo fornecidos apenas botas e luvas de vaguetas.

Programas de Reciclagem e Coleta Seletiva

No Município de Patos não existe nenhum trabalho educacional voltado à coleta seletiva e a reciclagem, por tanto no município existe uma grande quantidade de catadores, alguns autônomos e outros associados, totalizando 65 (sessenta e cinco) catadores sendo maiores de 18 anos. Os catadores são encontrados dispersos nas ruas e no atual lixão, sendo que desses 65 (sessenta e

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FOTO 11.26 - REALIZAÇÃO DE SERVIÇO DE VARRIÇÃO.

FOTO 11.25 - EQUIPAMENTO UTILIZADO NA COLETA DE RCD.

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cinco) catadores, 33 (trinta e três) fazem parte da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Patos.

A Foto 16.5 mostra cabanas de catadores no atual lixão.

Transporte

O transporte dos diversos tipos de resíduos gerados é feito por 4 (quatro) caminhões compactadores e 2 (dois) caminhões basculantes.

Destino Final

Todos os resíduos sólidos coletados na sede de Patos, independente do tipo e da origem, são dispostos no lixão da cidade, situado a cerca de 5,0 km da sede, na coordenada geográfica (24) 694544 E / 9220820 N. A área do lixão não é cercada, existe presença de catadores e animais no local. O material disposto não recebe nenhum tipo de cobertura, facilitando a proliferação de vetores e doenças das mais diversas formas.

A Prefeitura de Patos contratou, em 2005, estudos de viabilidade econômica e técnica para implantação de Aterro Sanitário. Em 2011 foi licitada a construção do mesmo, em junho de 2012 foi firmado um contrato com a empresa Light Engenharia para construção do mesmo. A área do Aterro foi indicada em Relatório de Viabilidade Técnica da GEOTECHNIQUE, porém foi posteriormente inviabilizada por estar fora da margem de segurança aeroportuária estabelecida pela CONANA 004-95. A GEOTECHNIQUE foi informada por técnicos da Light Engenharia que as obras não foram iniciadas, pois está aguardando a autorização da COMAR, órgão responsável pela Segurança Aérea Brasileira.

As Fotos 16.6 e 16.7 mostram o lixão e a disposição inadequada de RSS.

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FOTO 11.27 - CABANAS DE CATADORES NO LIXÃO.

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11.1 CARACTERÍSTICAS ADMINISTRATIVAS E FINANCEIRAS

A administração da Prefeitura de Patos conta com 11 (onze) funcionários relacionados à limpeza urbana, distribuídos da seguinte forma: 10 (dez) na área operacional com nível de escolaridade básico e 1 (um) na área administrativa com nível de escolaridade médio. A empresa terceirizada conta com 60 (sessenta) funcionários, distribuídos da seguinte forma: 57 (cinqüenta e sete) na área operacional com nível de escolaridade básico e 3 (três) no administrativo com nível de escolaridade médio, detendo um contrato no valor de R$ 230.000,00, mais R$ 50.000,00 para gastos dos funcionários da Prefeitura, totalizando um custo fixo mensal de cerca de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais). Está inserido nesse valor o custo com a equipe e aluguel de caminhões destinados aos serviços específicos de resíduos sólidos. Foi informado pelo gerente da LOCAR, que a Prefeitura tinha 8 (oito) meses de inadimplência, por este motivo o contrato estava prestes a ser rompido.

Segundo informações da Prefeitura, não são cobradas taxas específicas para o serviço público destinado a limpeza da cidade, coleta e destinação final dos resíduos sólidos.

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FOTO 11.29 - RSS DISPOSTOS INADEQUADAMENTE.

FOTO 11.28 - SITUAÇÃO DO ATUAL LIXÃO.

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11.2 INDICADORES DE GESTÃO

O sistema atual de resíduos sólidos de Patos abrange 100% da área da cidade nos serviços de varrição, 100% das residências nos serviços de coleta porta-a-porta e 70% da área nos serviços de poda e capinagem.

11.3 ESTUDOS DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Na Tabela 16.1 é apresentado o cálculo da geração de resíduos domésticos.

TABELA 11.23 - PROJEÇÃO DA GERAÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS PARA OS PRÓXIMOS 30 ANOS DO MUNICÍPIO DE PATOS.

ANO POPULAÇÃOTX. DE

CRESCIMENTO

GERAÇÃO DE RESÍDUOS DIA

(kg)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS

SEMANA (ton)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS MÊS (ton)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS ANO (ton)

2010 100.674 0,85% 80.539,20 563,77 2.416,18 29.396,812011 101.526 0,85% 81.220,47 568,54 2.436,61 29.645,472012 102.384 0,85% 81.907,51 573,35 2.457,23 29.896,242013 103.250 0,85% 82.600,36 578,20 2.478,01 30.149,132014 104.124 0,85% 83.299,07 583,09 2.498,97 30.404,162015 106.166 0,85% 84.933,18 594,53 2.548,00 31.000,612016 107.065 0,85% 85.651,62 599,56 2.569,55 31.262,842017 107.970 0,85% 86.376,14 604,63 2.591,28 31.527,292018 108.883 0,85% 87.106,79 609,75 2.613,20 31.793,982019 109.805 0,85% 87.843,62 614,91 2.635,31 32.062,922020 110.733 0,85% 88.586,68 620,11 2.657,60 32.334,142021 111.670 0,85% 89.336,03 625,35 2.680,08 32.607,652022 112.615 0,85% 90.091,72 630,64 2.702,75 32.883,482023 113.567 0,85% 90.853,79 635,98 2.725,61 33.161,632024 114.528 0,85% 91.622,32 641,36 2.748,67 33.442,152025 116.341 0,85% 93.072,53 651,51 2.792,18 33.971,472026 117.325 0,85% 93.859,82 657,02 2.815,79 34.258,842027 118.317 0,85% 94.653,78 662,58 2.839,61 34.548,632028 119.318 0,85% 95.454,44 668,18 2.863,63 34.840,872029 120.327 0,87% 96.261,89 673,83 2.887,86 35.135,592030 121.428 0,85% 97.142,21 680,00 2.914,27 35.456,912031 122.460 0,85% 97.967,92 685,78 2.939,04 35.758,292032 123.501 0,85% 98.800,64 691,60 2.964,02 36.062,232033 124.551 0,85% 99.640,45 697,48 2.989,21 36.368,762034 125.609 0,85% 100.487,39 703,41 3.014,62 36.677,902035 126.515 0,85% 101.211,88 708,48 3.036,36 36.942,342036 127.590 0,85% 102.072,18 714,51 3.062,17 37.256,352037 128.675 0,85% 102.939,80 720,58 3.088,19 37.573,032038 129.768 0,85% 103.814,78 726,70 3.114,44 37.892,402039 130.872 0,85% 104.697,21 732,88 3.140,92 38.214,482040 131.984 0,85% 105.587,14 739,11 3.167,61 38.539,302041 133.106 0,85% 106.484,63 745,39 3.194,54 38.866,892042 134.237 0,85% 107.389,75 751,73 3.221,69 39.197,262043 135.378 0,85% 108.302,56 758,12 3.249,08 39.530,432044 136.529 0,85% 109.223,13 764,56 3.276,69 39.866,442045 136.689 109.351,23 765,46 3.280,54 39.913,20

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11.4 COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.

A seguir é apresentada a Tabela 16.2 com a composição estimada dos resíduos sólidos de Patos.

TABELA 11.24– COMPOSIÇÃO ESTIMADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE PATOS PARA 30 ANOS

Município

Projeção População

Urbana2045 (hab.)

Geração Total até 2045

(ton)

Composição dos ResíduosOrgânicos

64%(ton)

Recicláveis 23%(ton)

Rejeito Total para Aterro 13% (ton)

Patos 100.674 1.098.948,30 703.326,92 252.758,10 142.863,28Total dos Resíduos --- 1.098.948,30 703.326,92 252.758,10 142.863,28

Fonte: GEOTECHNIQUE, 2014.

12 CONCEPÇÃO DO PROJETO

A concepção do projeto do aterro levou em consideração a topografia do terreno e o perfil geológico do subsolo obtido através da execução de poços de inspeção, constatando-se que o estrato rochoso ocorre em toda área, com profundidade inferior a 0,60 m.

O arranjo do projeto é apresentado no Des. 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-001 e as seções transversais e longitudinal no Des. 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-002, anexos. São descritos a seguir os principais elementos que compõem o projeto desse aterro sanitário.

12.1 VIA DE ACESSO

O acesso inicia-se no entroncamento a ser construído na BR-230, no trecho que liga o Município de Patos a São Mamede. Esse entroncamento fica a 17,0 km da Cidade de Patos e a 5,0 km de São Mamede. A BR-230 no trecho referido encontra-se em bom estado de conservação.

A via de acesso deverá ser pavimentada, constituída de uma camada de reforço do subleito de 0,20 cm com material selecionado da região com CBR > 10%, uma camada de sub- base com 0,25 cm de espessura com solos estabilizados granulometricamente com CBR > 20%, uma camada com 0,20 cm de espessura de brita corrida e um revestimento em CBUQ com 5,0 cm de espessura.

12.2 PORTARIA

Foi projetado um portão de acesso ao aterro e uma portaria (sala, sanitário e depósito) onde será controlado o trânsito dos caminhões. Serão instaladas 2 (duas) balanças rodoviária para pesagem dos caminhões na entrada e na saída, onde serão preenchidos boletins específicos de controle dos resíduos com relação a: peso, origem, tipo, caminhão transportador, destino de disposição dentro do aterro, etc.

12.3 PRÉDIO DA ADMINISTRAÇÃO

O prédio da administração será constituído de: sala da administração, sala de controle, almoxarifado, copa, área de circulação e banheiros, sendo estrategicamente posicionado para permitir uma boa visualização do aterro.

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12.4 CÉLULAS PARA DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS

Foram projetadas vias internas com largura de 5,0 m que contornarão a célula e darão acesso as lagoas de chorume, a unidade de compostagem e a área destinada a disposição dos resíduos de construção e demolição (RCD) conforme mostrado no Des. 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-001. As vias deverão ser reforçadas e revestidas de cascalho, conforme especificado para a via de acesso e munidas dos sistemas de drenagem de águas pluviais necessários, conduzindo e lançando as águas descontaminadas no meio ambiente.

Foi projetada inicialmente (1ª Etapa) a Célula 01 formada através da execução de diques de confinamento constituído de aterros compactados com solos selecionados da região, com crista na cota 307,0 m.

A Célula 01 será, portanto subdividida internamente através da execução de diques de separação, de solos compactados selecionados da região, dando origem respectivamente as subcélulas 01A, 01B, 01C e 01D. Sobrejacente à Célula 01 será construída numa 2ª Etapa a Célula 02, através de diques de confinamento com crista na cota 313,0 m.

As células serão, portanto construídas em 2 (duas) etapas verticalizadas, perfazendo uma capacidade total de disposição de cerca de 1.803.740 m³, correspondendo a uma vida útil em torno de 30 (trinta) anos, atendendo a disposição de 100 % dos resíduos dos Municípios de Patos, São José dos Espinharas, Malta, São Mamede, Santa Teresinha e Quixaba. Vale salientar que esta geração tende a diminuir conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos nº 12305/2010, na Seção III, Artº 17, Item 3 “III - metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final. Dessa maneira a vida útil desse aterro irá aumentar significativamente.

Após o preenchimento da 2ª Etapa será feito o encerramento do aterro através da construção de uma camada de cobertura com espessura de 0,60 m com solos argilosos selecionados da região.

Na Tabela 17.1 é apresentado um resumo da capacidade e vida útil das Células 01 e 02.

TABELA 12.25 - CAPACIDADE E VIDA ÚTIL DAS CÉLULAS.

CÉLULA SUB-CÉLULAS ETAPASCOTA

(m)CAPACIDADE

(m³)VIDA ÚTIL (anos/mês)

01

01-A

1ª 307,00

254.450 4 anos e 3 meses

01-B 237.750 4 anos

01-C 237.750 4 anos

01-D 277.750 4 anos e 7 meses

02 - 2ª 313,00 796.040 13 anos

TOTAL 1803.200 30 anos

As bases das células serão impermeabilizadas através da execução de uma camada com 0,60 m de espessura de solos argilosos compactada em duas camadas, ocorrentes em jazida pesquisada na região, de baixa permeabilidade, com coeficiente de permeabilidade K < 1 x 10-6 cm/seg, conforme ensaios de permeabilidade realizados pela GEOTECHNIQUE apresentados nesse relatório.

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O acesso ao interior das células, conforme mostrado no Des. 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-001, será feito através de aberturas nos diques de fechamento, transitando-se no interior das células sobre plataformas de lançamento contíguas aos taludes internos dos referidos diques, revestidas com cascalho. Os caminhões de transporte de resíduos, sempre que possível farão a disposição dos resíduos diretamente nas frentes de lançamento, onde o trator se encarregará de espalhar e compactar os resíduos. Nos períodos de chuva que impeçam o acesso dos caminhões diretamente às frentes de trabalho, os resíduos poderão ser basculados nas proximidades das plataformas de lançamento, que sofrerão manutenção sistemática com revestimento de cascalho, ficando o trator responsável pelo restante da operação de transporte dos resíduos até as frentes de serviço, espalhamento e compactação.

A drenagem de chorume no interior das células será feita através de drenos de brita, posicionados conforme Des. 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-007, conduzindo o chorume até poços de drenagem de chorume - PDC em cada subcélula. Em cada poço serão implantados tubos cegos de PEAD, = 200 mm, que atravessarão os diques de fechamento nas subcélulas, conduzindo o chorume até caixas de controle de chorume - CCC, situadas no pé dos taludes externos desses diques. Essas caixas munidas de registros possibilitarão a operação de controle da vazão de chorume que poderá ser gradativamente liberada para a bacia de chorume principalmente nos períodos chuvosos.

As caixas de controle de chorume (CCC1, CCC2, CCC3 e CCC4) das subcélulas 01-A, 01-B, 01-C e 1-D serão interligadas através de tubo cego de PEAD = 300 mm, conduzindo o chorume até as Lagoas de Chorume.

Para a 2ª Etapa será implantado um sistema de drenagem similar e independente, que conduzirá o chorume para as caixas de controle de chorume situadas no pé do talude do dique de fechamento da 1ª Etapa.

As subcélulas serão preenchidas seqüencialmente conforme mostrado na Tabela 17.1. Após o preenchimento de cada subcélula serão executadas camadas de cobertura com solos argilosos para promover a sua impermeabilização e evitar a infiltração de água de chuva.

Uma vez concluída a execução das 04 subcélulas da Célula 01, será implantada a 2ª Etapa das obras com a implantação de diques de terra compactados para confinamento. No final da 2ª Etapa serão construídas as camadas finais de cobertura (encerramento).

As células serão providas de drenos de gases interligadas verticalmente aos drenos de brita de chorume e se estenderão além do topo das camadas de cobertura final, lançando os gases na atmosfera para serem queimados.

12.5 LAGOA DE CHORUME

As lagoas de chorume foram estrategicamente posicionadas no local de cotas mais baixas no terreno para proporcionar a drenagem por gravidade do chorume oriundo das células. As lagoas serão construídas através de diques de confinamento de terra compactada, com solos argilosos de baixa permeabilidade provenientes da jazida referida anteriormente. As bases das lagoas serão também revestidas por uma camada de solo com as mesmas características, com 0,60 m de espessura, compactada em duas camadas. A base e os taludes internos das lagoas serão revestidos com uma membrana de PEAD/Polietileno de Alta Densidade, com 2,0 mm de espessura, ancorada ao longo da crista dos diques. A membrana será protegida internamente contra danos mecânicos e exposição de raios ultravioletas, através de um revestimento constituído de painéis com 3,0 m de largura cada de solo cimento na proporção 10 solo: 1 cimento, com espessura de 0,10 cm. Entre os

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painéis serão feitas juntas com largura de 2,0 cm preenchidas com mastique. Esse revestimento permitirá também serviços periódicos de limpeza da lagoa sem danificar a manta.

O tratamento de chorume será feito através de secagem por exposição ao sol, que é muito intenso em vários meses do ano naquela região.

As lagoas serão providas de coberturas deslizantes de zinco, tipo barcaças utilizadas para secagem de cacau no sul da Bahia. Nos períodos de chuva essas coberturas serão fechadas, para evitar contribuição de águas de precipitações pluviométricas.

O controle de volume do aporte de chorume proveniente das células será feito respeitando-se a capacidade de acumulação das lagoas, através da operação dos registros situados nas caixas de controle de chorume, que permitem a retenção temporária do chorume no interior das subcélulas.

12.6 ATERRO DE RCD

Foi destinada uma área mostrada no Des. 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-001 com relevo mais íngreme, de cotas mais baixas, situada no trecho final do aterro para disposição dos resíduos de construção e demolição, que deverão ser basculados diretamente dos caminhões, fazendo-se um aterro de ponta.

12.7 UNIDADE DE COMPOSTAGEM

O pátio de compostagem foi estrategicamente posicionado ao lado da lagoa de chorume para facilitar a drenagem de chorume. O pátio terá área de 10.400 m2, com piso em concreto onde ocorrerá a conformação de leiras homogêneas e de maturação dos resíduos orgânicos para dar origem ao composto orgânico. A unidade contará com um galpão de apoio (almoxarifado, escritório, sanitários e área de operação), mostrado no Des. 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-001.

13 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS

Em empreendimentos de porte significativo capazes de proporcionar, efetiva ou potencialmente, impactos ambientais relevantes devem ter avaliadas as mudanças que provocarão sobre o ambiente onde se pretende instalá-los. Conforme a dimensão e o caráter do empreendimento, e com base nas informações produzidas no diagnóstico ambiental da sua área de influência, avaliam-se as possíveis alterações ambientais que a região sofrerá, considerando os aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos.

Nesta seção, serão identificados e avaliados os impactos proporcionados pelas atividades de planejamento, instalação, operação e fechamento de um aterro sanitário para fins de disposição final dos resíduos sólidos urbanos dos municípios consorciados. É com base nesse levantamento que serão propostas, sempre que possíveis medidas mitigadoras e/ou compensatórias para os mesmos, visando minimizar as suas consequências negativas e amplificar os efeitos dos impactos positivos.

Para a avaliação dos impactos ambientais, são apresentadas as relações entre as atividades a serem desenvolvidas no empreendimento e as prováveis alterações qualitativas nas características da região afetada considerando o caráter, a magnitude, a importância, a duração e a escala do impacto.

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13.1 METODOLOGIA

A avaliação dos impactos foi feita utilizando duas matrizes de identificação de impactos, método que associa as ações de um empreendimento às suas interferências processuais sobre os meios físico, biótico e socioeconômico da área de influência e suas consequências. Após a identificação, os impactos foram descritos e a eles foram atribuídos atributos de acordo com a exigência legal, cujos parâmetros para análise são apresentados a seguir.

Uma lista das ações do projeto em análise é apresentada na Tabela 18.1, a lista dos componentes/processos ambientais potencialmente afetados é apresentada na Tabela 18.2 e a primeira matriz apresentada, chamada de matriz de identificação de interferências na Tabela 18.3, tem o objetivo de identificar as possíveis interações entre os componentes do projeto e os elementos do meio, sendo formada a partir de duas colunas distintas.

TABELA 13.26 - LISTA DE AÇÕES DO EMPREENDIMENTO E SUAS FASES DEDESENVOLVIMENTO.

FASES ATIVIDADES

PlanejamentoLevantamentos de campo e estudos preliminaresElaboração dos projetosDesapropriação do terreno

Implantação

Instalação e operação do canteiro de obras e instalações provisóriasPreparação do terreno - desmatamento e terraplenagemConstrução de diquesDisposição de bota-fora do material de limpeza do terreno e entulho de obrasObras de infraestrutura, construção civil e sistema sanitárioUtilização de áreas de empréstimo/ jazidas de mineraisPaisagismo

Operação

Aquisição dos equipamentos necessáriosContratação e capacitação das equipes de funcionáriosDisposição de resíduos, cobertura dos resíduosManutenção do sistemaPlanejamento integrado da gestão dos resíduos sólidos(municipal e do consórcio)Monitoramento ambiental e do sistema Drenagem dos gasesTratamento do chorumeProdução de dados primários sobre gestão de resíduos sólidos

FechamentoMonitoramento de gases e águas Fechamento das células e recomposição paisagística

Esta matriz permite a identificação das interferências, evitando que alguma intervenção sobre qualquer componente ambiental seja negligenciada. A origem conceitual dessa matriz dialoga diretamente com a matriz de Leopold (1971) e permite fazer associações diretas dos impactos de uma determinada ação de um empreendimento com as diversas características ambientais de sua área de influência. Todavia, mesmo a modificação proposta aqui guarda desvantagens, a saber:

Não permite fazer projeções no tempo;

Não considera os processos que interligam os diversos componentes ambientais;

Não permite identificar impactos indiretos;

Não consideram as características espaciais dos impactos;

É repetitiva.

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TABELA 13.27 - LISTA DOS COMPONENTES/ PROCESSOS AMBIENTAIS DO MEIO FÍSICO, BIOLÓGICO E SOCIOECONÔMICO.

MEIO COMPONENTE CARACTERÍSTICAS

Físico

Meio Terrestre

TopografiaErosãoQualidade dos solosPaisagem natural

Meio AquáticoDrenagem das águasQualidade e quantidade das águasAssoreamento

AtmosferaQualidade do arPoeirasRuídos

BióticoFlora Vegetação

FaunaTerrestreOrnitofauna

Socioeconômico

População

Emprego e rendaComportamentoExpectativasQualidade de vida

Usos do Solo

Disciplinamento de usos dos solosSistema viárioCirculação/ acessoPaisagem

ServiçosSaneamentoOutros serviços de infraestrutura

Economia

Setor primárioSetor secundárioSetor terciárioSetor público

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TABELA 13.28 - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS - ATERRO SANITÁRIO.COMPONENTES/ PROCESSOS AMBIENTAIS

Meio Físico Meio Biótico Meio Socioeconômico

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TO Levantamento de campo e estudos preliminares x x

Elaboração de projetos x

Desapropriação do terreno x x x

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Instalação e funcionamento do canteiro de obras, inclusive contratação de pessoal.

x x x x x x x x x x x x x x x x x

Preparação do terreno x x x x x x x x x x x x x x x x x

Disposição de bota fora x x x x x x x x x

Construção de diques x x x x x x x x x x x x x x

Utilização de áreas de empréstimo/ jazidas minerais x x x x x x x x x x x x x

Obras de infraestrutura, construção civil e sistema sanitário.

x x x x x x x x x x x x x

Paisagismo x x x x x x x x x x

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Contratação e capacitação da equipe de funcionários x x x x x x x x x

Aquisição de equipamentos necessários x x x x

Planejamento integrado da gestão dos resíduos sólidos (municipal e do consórcio)

x x x x x x x

Disposição de resíduos x x x x x x x x x x x x

Cobertura diária de resíduos x x x x

Monitoramento ambiental e do sistema x x x x x x

Manutenção do sistema x x x x x x x x x

Drenagem dos gases x x x

Tratamento do chorume x x x x x x x

Produção de dados primários sobre gestão de resíduos sólidos

x x x

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Monitoramento de gases e água x x x x x

Fechamento das células de disposição x x x x x x x x x x x x x

Recomposição paisagística x x x x x x x x x x x

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Com o objetivo de complementar as informações alcançadas a partir da análise da primeira matriz, a segunda, denominada de matriz de identificação de impactos apresentada na Tabela 18.4, permite avaliar as intervenções em termos processuais, relacionando as atividades do projeto, os mecanismos e processos desencadeados por elas e os impactos resultantes.

Esta matriz possibilita a visualização das relações entre causa e efeito e pressupõe um conhecimento prévio da atividade avaliada para a correta identificação dos efeitos e impactos ambientais.

Por efeito, consideram-se as alterações de um processo natural ou social decorrente de uma ação humana.

Após a identificação dos impactos, procede-se à descrição pormenorizada de cada um deles e à sua avaliação a partir dos atributos de tipo, magnitude, importância, duração, escala e reversibilidade cujas características e parâmetros de análise estão apresentados na Tabela 18.5.

É importante considerar que os projetos de controle e monitoramento ambientais que fazem parte do plano de gestão ambiental do empreendimento proposto por este estudo não serão considerados na avaliação dos impactos. Todavia, o plano de recomposição paisagística e fechamento dos lixões foram considerados como parte integrante do projeto do aterro sanitário, estando apresentados na lista de atividades do empreendimento.

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TABELA 13.29 - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS. ATIVIDADES DO EMPREENDIMENTO IMPACTOS AMBIENTAIS

PLANEJAMENTO INSTALAÇÃO OPERAÇÃO FECHAMENTO

EFEITOS

MEIO FÍSICO MEIO BIÓTICO MEIO SOCIOECONÔMICO

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Uso do solo

Alteração da topografia/ formação do maciço

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x x x Supressão da vegetação x x x x x x x

x x x x Remoção de solo fértil x x x x x

x x Aumento do peso sobre a superfície x

x x x Recuperação de áreas degradadas x x x x x x

x x x x Impermeabilização do solo x x

x x x x x x x x x Alteração da função do solo x x x

x x x x x x x

Emissões atmosféricas e

afins

Materiais particulados x x x x

x x Gases (maciço) x x x x

x x x x x x x Fumaça (veículos) x x x x

x x Odores x x x x

x x x x x x Vibrações x x x

x x x x x x x x Ruídos x x x

x x x x

Recursos hídricos

Alteração do escoamento superficial

x

x x x Assoreamento dos corpos d'água x

x xAcompanhamento da qualidade da água

x x x

x x x Qualidade da água x x x

x x x x x x x x x

Aspectos sociais

Geração de emprego e renda x x x x x

x x x x x x x Geração de impostos x x x x x

x x x x x Atração de pessoas x x

x x x Qualificação profissional x x

x x x x x x xDesenvolvimento de conhecimento científico

x x x x

x x x x x x x x x x x xTratamento adequado dos resíduos sólidos

x x x x x x

x x x x x x x x x xTráfego de veículos e máquinas pesadas

x x x x

x x x x x x x x x Oportunidades de negócios x x x x x

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TABELA 13.30 - ATRIBUTOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS.

ATRIBUTO SIGNIFICADO DO PARÂMETRO DE AVALIAÇÃO

TIPOExprime o caráter da modificação causada por uma determinada ação.

POSITIVOQuando o impacto de uma determinada ação for benéfico.NEGATIVOQuando o impacto de uma determinada ação for adverso.INDEFINIDOImpacto negativo ou positivo, dependendo da forma de abordagem do mesmo.

RELAÇÃOIndica a fonte do impacto

DIRETODecorre de ações praticadas pelo empreendedor.INDIRETODecorre de um impacto direto do projeto em análise.

MAGNITUDEExprime a extensão do impacto, através de uma valoração gradual que se dá ao mesmo, a partir de uma determinada ação do projeto.

PEQUENADe magnitude inexpressiva, inalterando a característica ambiental considerada.MÉDIADe magnitude expressiva, porém sem alcance para descaracterizar a característica ambiental considerada.GRANDEDe magnitude tal que possa levar à descaracterização da característica ambiental considerada.

IMPORTÂNCIAIndica a importância ou significância do impacto em relação à sua interferência no meio.

NÃO SIGNIFICATIVADe intensidade não significativa, com interferência não implicando em alteração da qualidade de vida.MODERADAIntensidade da interferência com dimensões recuperáveis, quando adversa, ou refletindo na melhoria da qualidade de vida, quando benéfica.SIGNIFICATIVAIntensidade da interferência acarreta perda da qualidade de vida, quando adversa, ou ganho, quando benéfica.

ESCALA TEMPORALEstabelece a relação entre a ação geradora e o aparecimento do impacto.

IMEDIATOOcorre ao mesmo tempo em que a ação que o gera.MÉDIOOcorre com meses de defasagem em relação à ação que o gera.LONGOOcorre com anos de defasagem em relação à ação que o gera.

ESCALA ESPACIALEstabelece a extensão da interferência, ou seja, a referência espacial entre a ação geradora do impacto e a área afetada.

LOCALQuando o efeito gerado fica restrito apenas ao próprio sítio e em suas imediações.REGIONALQuando o efeito gerado se propaga para além da área de influência direta ou entorno mais próximo da ação impactante.ESTRATÉGICOQuando afeta um componente ou recurso ambiental de importância coletiva ou nacional.

REVERSIBILIDADEIndica a capacidade de regeneração do ambiente após ser impactado.

REVERSÍVELQuando o ambiente (sistema) voltar ao seu estado original após a cessão da ação ou aplicação de medidas corretivas.IRREVERSÍVELQuando o elemento ou fenômeno analisado não puder ser reestabelecido.

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13.2 DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Neste subitem, serão identificados, quantificados e qualificados os impactos ambientais decorrentes da instalação do Aterro Sanitário Patos com o objetivo de sugerir medidas visando atenuar seus efeitos negativos e maximizar os positivos, bem como aferir a viabilidade socioambiental do empreendimento através da análise que se segue.

13.2.1 Interferências Sobre o Meio Físico

Impacto MF 1 - Deterioração da Qualidade do Ar

A movimentação de terra, de veículos e de máquinas durante a fase de execução das obras resultará em incremento das emissões gasosas, de material particulado e de ruídos. Apesar de reversível tão logo cessem as atividades, a atual qualidade do ar será deteriorada, podendo causar danos à saúde e bem estar da comunidade local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

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RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

Impacto MF 2 - Diminuição da Capacidade de Acumulação de Água nos Riachos Intermitentes

Considerando que o escoamento superficial natural e a topografia da área serão alterados e que parte da vegetação será retirada, as áreas susceptíveis a erosão serão ampliadas, e o solo carreado pelas águas pluviais poderá assorear os recursos hídricos. Em consequência, ocorrerá a diminuição da sua profundidade, ampliando a sua superfície exposta ao sol e, consequentemente, a evaporação. Apesar de o local onde será implantado o empreendimento não possuir nenhum riacho nas proximidades.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

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RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Longa Local Sim Indireta

Impacto MF 3 - Gerenciamento Adequado dos Recursos Hídricos

As ações de monitoramento e tratamento do chorume pelo empreendimento irão possibilitar o gerenciamento adequado dos recursos hídricos locais, cujas influências são sentidas em âmbito regional. Além disso, todo o chorume será tratado em sistema específico, o que garante que não haverá o lançamento de passivos ambientais e efluentes nos recursos hídricos.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Moderada Longa Regional Sim Direta

Impacto MF 4 - Sismicidade Induzida

A formação de um maciço de resíduos sólidos compactados ao longo dos anos irá incidir sobre a geologia local, exigindo, provavelmente, o estabelecimento de um novo equilíbrio e consequentemente, na ocorrência de abalos sísmicos locais decorrente do peso extra sobre a superfície da terra. Apesar de não se esperar abalos sísmicos de grandes proporções, o comportamento do subsolo deve ser monitorado e estratégias de estabilização do sistema de impermeabilização devem ser contempladas.

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TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo MédiaNão

significativa Média Regional Não Direta

Impacto MF 5 - Aceleração de Processos Erosivos

As ações de alteração da topografia, criação de taludes, supressão da vegetação, compactação do solo criam situações que tornam as superfícies expostas mais susceptíveis a erosão. Este impacto está diretamente relacionado ao assoreamento de riachos, perda de solos e desestabilização das estruturas construídas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Regional Sim Direta

Impacto MF 6 - Promoção da Qualidade Ambiental

O tratamento do chorume, a drenagem dos gases, a impermeabilização das células e os sistemas de monitoramento planejados contribuem para a diminuição da poluição do ar, dos recursos hídricos e do solo das áreas dos lixões que serão desativados em função da operação do aterro sanitário, resultando em manutenção da estabilidade e da conservação de processos ambientais e de ecossistemas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Estratégica Sim Direta

13.2.2 Interferências Sobre o Meio Biótico

Os impactos relativos à fase de instalação são na grande maioria, do tipo negativo, média magnitude, importância moderada e de curta duração, pois neste momento é que são realizadas as principais alterações no meio ambiente local, afetando diretamente o ecossistema e suas espécies. Neste sentido, segue abaixo os principais impactos referentes a esta fase inicial.

Impacto MB 1 - Ameaça a Espécies Vegetais

A supressão de vegetação correspondente à ADA, se resume na retirada da cobertura do estrato herbáceo, arbustivo e espécies arbóreas comuns para a região. Remoção necessária para instalação da estrutura física do empreendimento que não irá promover grandes prejuízos ao ecossistema, devido esta área encontrar-se bastante antropizada. No entanto, destaca-se a ocorrência da Mimosa hostilis (Jurema Preta) na ADA e da Caesalpinia pyramidalis (Catingueira) na AID. Assim, caso o órgão ambiental competente libere a licença para corte destas plantas ou outras que estejam listadas na Instrução Normativa Nº 06, de 23 de setembro de 2008, o impacto pela supressão de espécies como estas poderá ser mitigado a partir do programa de plantio de mudas comuns para o ecossistema local e que, preferencialmente, estejam incluídas nesta mesma lista de espécies ameaçadas a fim de colaborar para manutenção do equilíbrio ambiental.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

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RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

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Impacto MB 2 - Caça e Captura de Animais Silvestres

Devido à presença de operários e contratados pelo empreendedor, poderá ocorrer caça indiscriminada e captura da fauna local, seja para alimentação, seja para comércio ilegal de animais. Ressalta-se que a incidência de espécies na área do aterro sanitário apresenta-se reduzida em decorrência de uma acentuada antropização.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

Impacto MB 3 - Fuga e Afugentamento da Fauna

Durante a implantação e operação do empreendimento ocorrerá um intenso movimento de máquinas, veículos e pessoas, causando a elevação nos níveis de ruído e poeira na região de maneira a promover o afugentamento da fauna. Esse impacto também trará prejuízos para a nidificação, acasalamento e alimentação das espécies.

Os aterros sanitários geram um grande volume de poluentes, que podem variar quanto suas características químicas e grau de perigo oferecido ao meio ambiente. Contudo, os prejuízos que os ruídos causam aos ecossistemas, principalmente à fauna, e à saúde humana vêm chamando atenção dos profissionais ligados à segurança do trabalho devidos a seus efeitos adversos.

Além de afugentarem os animais que ocorrem no perímetro do aterro sanitário, também podem desestabilizar o equilíbrio do ecossistema local, implicando diretamente no ciclo reprodutivo de algumas espécies mais exigentes.

Contudo, em função da área estar bastante antropizada, o número de espécies de animais que ocorre na ADA não é tão grande, o que consequentemente acarreta poucos prejuízos à mesma.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Local Sim Direta

Impacto MB 4 - Acidentes com a Fauna

A intensificação do trânsito de máquinas e veículos no entorno do empreendimento poderá contribuir de forma significativa para o aumento dos índices de acidentes e atropelamentos dos animais durante a fase de implantação e operação do aterro sanitário, principalmente espécies com pouca mobilidade ou pouco ágeis.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

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Negativo Média Moderada Média Local Sim Direta

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Impacto MB 5 - PERDA de Habitats e Diminuição da Biodiversidade Local

A supressão da vegetação e a remoção de solos férteis em decorrência da preparação do terreno e construção de diques durante a implantação do empreendimento resultarão na perda de habitats para os animais que vivem na região ou que passam por ela periodicamente, cuja consequência direta é a diminuição da biodiversidade local. Apesar da importância, em termos gerais, desse impacto, o estado de conservação pouco expressivo da vegetação nativa e a exploração social da terra diminuem a importância deste impacto sobre o ambiente local, podendo ser parcialmente recuperado quando do fechamento do aterro e da adoção de medidas corretivas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Longa Local Sim Direta

Impacto MB 6 - Restabelecimento de Ecossistemas

O projeto de fechamento do aterro sanitário e de recomposição paisagística possibilitará o restabelecimento do equilíbrio ambiental e das condições necessárias para o repovoamento por espécies nativas e animais silvestres, reintegrando, assim, a área do aterro sanitário desativado ao ambiente na qual está inserido.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional Sim Direta

13.2.3 Interferências Sobre o Meio Socioeconômico

Impacto MS 1 - Fortalecimento do Mercado Especializado em Estudos Ambientais e Engenharia Sanitária

O desenvolvimento de estudos ambientais e técnicos para elaboração de projetos incidirá positivamente sobre o mercado de trabalho especializado, colaborando na manutenção de empregos e contribuindo na ampliação da renda dos trabalhadores do setor.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Média Moderada Imediata Regional Sim Direta

Impacto MS 2 - Desvalorização dos Terrenos Vizinhos

A instalação de um aterro sanitário desvaloriza os terrenos vizinhos uma vez que existe o medo de má operação e da ocorrência de acidentes que levarão a perda da qualidade ambiental da área, tudo isso associado ao incômodo à vizinhança em decorrência das atividades de operação e mudança da função do solo.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

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RELAÇÃO

Negativo Grande Significativa Longa Local Não Direta

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Impacto MS 3 - Fortalecimento do Mercado Regional de Construção Civil e Sanitária

As atividades relacionadas à construção das instalações dos equipamentos do empreendimento irão gerar empregos locais e qualificação aos trabalhadores, colaborando no incremento da qualidade de vida. Além disso, os fornecedores de matéria prima e equipamentos que serão utilizados na construção civil e operação do aterro também serão impactados positivamente.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Média Moderada Média Regional Sim Direta

Impacto MS 4 - Melhoria das Condições Sanitárias dos Municípios Consorciados

Uma vez os municípios passem a dispor seus resíduos sólidos urbanos no aterro sanitário, os lixões perderão seu uso e deverão ser desativados, resultando em melhoria sanitária e qualidade de vida para a população residente, diminuindo o risco de contrair doenças e evitando o trabalho em ambiente insalubre que estava sendo realizado pelos catadores de material reciclável.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional Não Direta

Impacto MS 5 - Desenvolvimento de Tecnologias para o Tratamento dos Resíduos Sólidos

Os mecanismos de controle e monitoramento ambiental e do sistema do aterro sanitário permitirão a produção continuada de dados e incentivará a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias adaptadas ao ambiente onde o empreendimento se insere, tanto pela gestão do aterro quanto pelas ações de pesquisadores e cientistas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional NãoDireta

indireta

Impacto MS 6 - Municípios Permanecem Acessando Recursos Públicos para Ações de Desenvolvimento Local

A destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos irá colocar a municipalidade em conformidade com a legislação ambiental e sanitária existente no país, significando que o poder público poderá acessar recursos das diferentes instituições para seus projetos de desenvolvimento local.

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REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional Sim Direta

Impacto MS 7 - Melhoria da Qualidade de Vida das Populações Afetadas

A destinação adequada dos resíduos urbanos irá possibilitar que os recursos naturais continuem servindo de maneira satisfatória às necessidades das populações que deles dependem, em especial das águas subterrâneas. As populações que vivem no entorno de lixões recuperados alcançarão condições ambientais e sanitárias adequadas e seguras para o seu desenvolvimento social. A requalificação dos catadores de resíduos sólidos e a geração de emprego e renda significarão um salto na qualidade de vida dessas populações.

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TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

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REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional NãoDireta

indireta

Impacto MS 8 - Incômodo à Vizinhança

O transporte diário de resíduos sólidos urbanos nas vias de acesso e a disposição final irão acarretar em emissão de odores que incomodarão a vizinhança. Além disso, durante a instalação e operação do aterro sanitário, o aumento do tráfego de veículos pesados e de pessoas alterará a rotina pacata dos moradores, seja em decorrência da emissão de ruídos, materiais particulados ou gases. A importância deste impacto foi minimizada devido as vias de acesso e área no entorno do aterro apresentarem baixíssima ocupação demográfica, apesar de sua magnitude ser grande.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

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RELAÇÃO

Negativo Grande Moderada Longa Regional Não Direta

Impacto MS 9 - Ampliação das Oportunidades de Emprego para a População Local

As ações de requalificação e qualificação profissional e as atividades que irão se desenvolver diretamente no aterro sanitário irá proporcionar novos postos de trabalho para a população local, tanto direta quanto indiretamente. A atração de pessoas para a área irá incidir sobre a oferta de alimentação e outros produtos movimentando o comércio local.

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Positivo Médio Significativa Longa Local SimDireta

indireta

Impacto MS 10 - Aumento dos Recursos Públicos Municipais

A formalização de empregos com carteira assinada no aterro sanitário bem como a potencialização para o desenvolvimento de uma série de novas atividades e indústrias a partir da reciclagem e reaproveitamento dos materiais recicláveis representará um aumento da arrecadação de impostos para o Município de Patos, podendo ser convertido em ações de desenvolvimento local.

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REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Médio Significativa Longa Regional SimDireta

indireta

Impacto MS 11 - Impacto Visual

Durante as obras de instalação e atividades relacionadas a operação da disposição de resíduos, o impacto visual da alteração paisagística na área onde se insere o projeto será intensa. Todavia, o planejamento de um projeto paisagístico que contempla uma faixa circundante do terreno com a implantação de árvores de grande porte irá minimizar o efeito negativo desse impacto. Mesmo assim, durante os últimos anos de vida útil do aterro e mesmo após o seu fechamento, a despeito da existência da referida faixa de proteção visual ou da recuperação paisagística planejada, o tamanho do

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maciço gerado alterará definitivamente a paisagem, cujo impacto será ainda mais forte por saber que a elevação é formada pela disposição de resíduos.

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Negativo Grande Significativa Longa Regional Não Direta

13.3 PLANOS DE GESTÃO AMBIENTAL

Ao longo deste estudo, foram diagnosticadas as características dos diferentes meios que compõem o ambiente sobre o qual se pretende implantar o Aterro Sanitário de Patos. Também foram apresentadas a concepção e as linhas mestras que direcionam a instalação e operação do empreendimento bem como identificados os possíveis impactos ambientais e sociais decorrentes da sua implantação.

Este conjunto de informações permitiu a compreensão das intervenções sociais e ambientais decorrentes da implantação do sistema e possibilitou a elaboração de um conjunto de medidas que concorrem para garantir a sustentabilidade ambiental do empreendimento.

Estas proposições compõem o Plano de Gestão Ambiental para o Aterro Sanitário de Patos, cujo objetivo é prevenir, atenuar e compensar os impactos adversos resultantes do empreendimento, bem como valorizar e potencializar os seus benefícios.

Este plano é formado por programas para determinadas áreas os quais são compostos, por sua vez por projetos específicos, contemplando diferentes categorias de ação, a saber:

Medidas de mitigação de impactos negativos;

Medidas de valorização de impactos positivos;

Medidas de monitoramento ambiental;

Medidas de controle ambiental;

Medidas compensatórias.

É importante destacar que as ações descritas nestes programas assumem naturezas do tipo:

Preventiva: com ações para os impactos negativos que podem ser evitados, reduzidos ou controlados, mediante a adoção antecipada de medidas preventivas;

Corretiva: visando a mitigação de impactos através de ações de recuperação e recomposição das condições ambientais satisfatórias e aceitáveis;

Compensatória: destinando-se a impactos inevitáveis ou aquelas não mitigados de forma adequada, onde há perda de recursos e valores ecológicos, através de ações de compensação dos danos ambientais.

Nesta etapa de licenciamento, serão apresentados os objetivos de cada projeto em âmbito conceitual, pois ainda passarão pelo crivo e discussão da sociedade e entidades responsáveis, os quais deverão aprová-lo e/ ou complementá-lo. Considera-se, todavia, que todos os elementos ora elaborados sejam detalhados antes da implantação do empreendimento e que sua execução seja realizada por equipe de profissionais qualificados.

Os programas, portanto, constituem-se em elementos básicos de planejamento e gestão ambiental durante as fases de implantação, operação e finalização do projeto do aterro sanitário, devendo compor um sistema integrado de gerenciamento ambiental do aterro.

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Após a apresentação dos programas e projetos a ele vinculados, serão definidos o cronograma de execução dos planos, os dados necessários para o cálculo do grau de impacto e os termos da compensação ambiental e as medidas mitigadoras de impactos negativos.

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TABELA 13.31 - RESUMO DOS PROGRAMAS E PROJETOS QUE COMPÕEM O PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL DO ATERROPROGRAMA PROJETO OBJETIVO

BIOFÍSICO

Observação das condições climatológicasMonitorar o comportamento climático anual da região a fim de conhecer a sua dinâmica e tomar melhores decisões em caso de acidentes na operação e/ ou fechamento do aterro.

Monitoramento da qualidade do ar

O objetivo deste plano se divide em duas áreas mutuamente complementares:Monitoramento dos gases emitidos pela disposição dos resíduos nas células do aterro sanitário, verificando a quantidade de emissão de gases, a caracterização da sua composição química, as eventuais migrações e os riscos de ocorrência de explosões durante a operação do aterro sanitário bem como após o seu fechamento;Monitoramento dos níveis de ruídos, fumaça e particulados em suspensão resultado da movimentação de veículos pesados e atividades operacionais.

Monitoramento da qualidade das águasO objetivo do plano de monitoramento é promover ações que acompanhem o estado da qualidade das águas durante as fases de implantação, operação e fechamento do empreendimento visando o controle de possíveis atividades poluidoras sobre os recursos hídricos.

Desativação e recuperação dos lixõesO objetivo deste plano é recuperar os vazadouros de lixo (em geral, lixões) dos municípios participantes do consórcio uma vez que serão desativados com a operação do aterro sanitário.

Fechamento e uso futuro da áreaTraçar as diretrizes para a recuperação e aproveitamento da área e a manutenção da estabilidade física, química e biológica dos maciços, preparando para o desempenho de atividades futuras.

Plano de recuperação de áreas degradadasPlano de Exploração / Recomposição de Áreas de EmpréstimosPlano de Disposição / Recomposição das Áreas de Bota-Fora

SOCIOECONÔMICO

Capacitação técnica e aproveitamento de mão de obra

Estabelecer as diretrizes e os procedimentos para a execução das ações de capacitação dos trabalhadores de diferentes tipos de serviços destinadas à melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo empreendimento, ao cumprimento dos objetivos de cada etapa e ao desenvolvimento integral dos trabalhadores, buscando melhor qualidade de vida e realização profissional.

Educação ambientalInformar a população sobre as características ambientais e socioeconômicas da região e sobre os benefícios ambientais do projeto, privilegiando a disseminação de informações sobre as medidas de preservação da qualidade ambiental relacionadas ao empreendimento.

Adequação a estrutura urbana existenteUma vez que a área está localizada em zona rural, não existem interferências sobre infraestrutura urbana de modo que não é necessário um plano de adequação a estrutura urbana.

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TABELA 13.32 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E MEDIDAS MITIGADORAS.

PROJETOS/MEDIDAS MITIGADORASPLANEJAMENTO IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO*

FECHAMENTO**

1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 1Preservação dos Recursos Hídricos e PaisagísticosMonitoramento da Qualidade do ArMonitoramento da Qualidade das ÁguasRecuperação de Áreas Degradadas pelas ObrasDesativação e Recuperação dos LixõesFechamento e Uso Futuro da ÁreaEducação AmbientalCapacitação Técnica e Aproveitamento de Mão de Obra

* Considera-se cada coluna equivalente a 5 anos. ** Tempo indeterminado.

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TABELA 13.33 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO.IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Deterioração da qualidade do ar

Verificar e promover a regulagem e manutenção de todos os equipamentos (veículos, geradores, tratores, etc.) envolvidos na implantação e operação do projeto;

Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente fechados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro;

Deverão ser analisados os principais componentes do gás drenado pelos tubos do aterro bem como aquele escapado diretamente pelo recobrimento dos resíduos: CH4, CO2, CO, H2, N2, O2.

Diminuição da capacidade de acumulação de água nos

riachos intermitentes e Aceleração de processos

erosivos

O caráter litólico e pouco profundo do solo associado a pouca permeabilidade da rocha mãe e a topografia movimentada da área pode resultar em movimentações em massa, devendo ser cuidadosamente pensado em formas de drenagem subsuperficial das águas pluviais;

Deve-se evitar a escavação de solo e movimentação de terra durante o período chuvoso, evitando que os sedimentos sejam carreados para os corpos d’água;

Evitar áreas de solo expostas diretamente à ação erosiva, devendo recobrir com gramas ou arbustos;

Garantir a manutenção adequada do sistema de drenagem de águas pluviais, em especial dos taludes e maciços formados pela disposição de resíduos;

O lançamento das águas pluviais nos corpos receptores deverá evitar a formação de voçorocas, adotando solução de engenharia adequada para diminuir a força da água (gravidade) sobre o solo: as águas pluviais deverão ser conduzidas às caixas de coleta, aos tubos de concreto e às estruturas de dissipação de energia, para posteriormente serem lançadas na drenagem natural.

Redução do nível da água subterrânea

Recomenda-se que sejam instalados sistemas de captação de águas pluviais, como exemplo, cisternas para armazenamento e uso para irrigação de áreas verdes, lavagem de veículos e máquinas e aspersão de pátios e vias internas;

Sismicidade induzida Não há mitigação, apenas o monitoramento para acompanhar o desenvolvimento do processo.

Perda de habitats e diminuição da biodiversidade

Otimizar os processos para que haja a supressão apenas necessária da vegetação, visando restringir às áreas diretamente afetadas a partir de um planejamento antecipadamente dos problemas com manutenção da pista de rolamento e acidentes das vias de acesso ao aterro sanitário;

Destinar apropriadamente os resíduos recicláveis através de coleta seletiva e dar disposição final aos mesmos conforme legislação ou procedimentos escritos pelo órgão ambiental;

A empresa responsável pela instalação do aterro sanitário deverá produzir mudas ou formar um banco genético da vegetação nativa ou mesmo, terceirizar o serviço para que o ambiente seja recuperado e tenha características semelhantes a mata original;

Promover a recomposição paisagística quando do fechamento do aterro sanitário utilizando vegetação nativa.

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TABELA 18.8 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO (cont.)IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Ameaça a espécies vegetais em risco de

extinção

Dar-se-á preferência para o plantio de espécies vegetais nativas, frutíferas e ameaçadas de extinção a fim de contribuir para a recuperação da área, manutenção do ecossistema, ocorrência e nidificação neste local de espécies da fauna silvestre;Sempre que possível, realizar o transplante de árvores maduras ameaçadas de extinção para outras áreas dentro do terreno.

Fuga e afugentamento da

fauna

Otimizar o tempo necessário para instalação do Aterro Sanitário de maneira que se possa reduzir o tráfego de máquinas, veículos e pedestres, para que seja reduzido os níveis de ruídos e dispersão de poeira na ADA do empreendimento e assim, minimizar o estresse sobre a fauna local;Adotar procedimentos educativos visando à orientação e sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os para evitar o confronto com os animais e, conseqüentemente, contribuir para manutenção das espécies;Tendo em vista a existência de uma cobertura vegetal bem definida na propriedade destinada para implantação do aterro sanitário, destinar-se-á uma parcela da área para conservação da biodiversidade local e fortalecimento do conceito de corredores ecológicos, facilitando o trânsito da fauna e contribuindo para o fluxo gênico entre as populações das espécies que ocorrem na região;O afugentamento da fauna silvestre também está diretamente ligado à operação do aterro sanitário, sendo importante que as atividades de manejo sejam otimizadas a fim de promover a redução do trânsito e tempo de funcionamento dos veículos, conseqüentemente, os impactos referentes à produção de ruídos;Periodicamente, deverão ser feitas algumas inspeções e manutenções nos equipamentos para que os mesmos não produzam ruídos excessivos;Promover o replantio na ADA de espécies vegetais nativas e frutíferas;Implantar um programa de monitoramento da biodiversidade local para se conhecer o comportamento intra e interespecífico das espécies que ocorre no local, bem como seus nichos ecológicos;Buscar parcerias com os centros acadêmicos, ONG’s e pesquisadores a fim de somarem esforços para recuperação da área degradada.

Acidentes com animais

Orientar o tráfego de máquinas e veículos, respeitando os limites de velocidade e as placas de sinalização a fim de reduzir os níveis de ruído, bem como as manobras dos veículos fora da área de atividade do aterro sanitário;Instalar placas de sinalização alertando para a presença de animais próximos a ADA e para a redução de velocidade quando adentrarem no limite do aterro sanitário;Manter as vias de acesso limpas (sem lixo domiciliar) e com vegetação baixa (cortada e podada) para não atrair os animais para essa faixa de trânsito de veículos;Instalar placas de sinalização alertando as pessoas e funcionários sobre a presença de animais silvestres próximos ao empreendimento e para redução da velocidade dos veículos;Orientar os condutores dos veículos para eventuais procedimentos de socorro ou tomadas de ação em caso de acidentes com algumas espécies da fauna silvestre;Durante o fechamento, retirar as máquinas, equipamentos ou quaisquer outros aparatos utilizados na operação do aterro sanitário que possam causar riscos a integridade da biodiversidade local;Formar parcerias com Universidades e ONG’s para prestação de socorro à fauna acidentada ou em risco na ADA do aterro sanitário, identificando locais para encaminhar os animais feridos.

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TABELA 18.8 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO (cont.)IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Caça e captura de animais silvestres

Proibir e fiscalizar ações predatórias (caça e aprisionamento de animais silvestres) do pessoal envolvido na implantação, operação e fechamento do empreendimento;Adotar procedimentos educativos visando à orientação e sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os quanto às leis de proteção a fauna para a manutenção das espécies locais;Promover programas de educação ambiental para os moradores da região, explicando o objetivo da presença do aterro sanitário no local, bem como suas responsabilidades para com eles e o meio ambiente;Comunicar e denunciar aos órgãos ambientais federais ou estaduais, qualquer prática ilegal ou crime ambiental praticado por pessoas físicas ou jurídicas que venham a degradar ou causar impactos ao meio ambiente;Promover a reintrodução de animais da fauna silvestre a fim de contribuir para o aumento populacional das espécies nativas e o fluxo gênico entre as áreas adjacentes quando da desativação do aterro;Procurar reintroduzir, prioritariamente, espécies da fauna deste ecossistema que estejam ameaçadas de extinção com auxílio de profissionais especializados.

Incômodo a vizinhança e

Impacto ambiental

Deverá ser realizada aspersão de águas nas superfícies durante a execução da obra, desse modo minimizando o lançamento de poeiras;Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente lacrados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro;Os veículos e equipamentos utilizados pelo aterro e unidades complementares deverão estar em perfeito estado de conservação para evitar ruídos desnecessários;Garantir o funcionamento do aterro sanitário durante o horário comercial e em dias da semana;Realizar diariamente a cobertura dos resíduos dispostos de modo a evitar a proliferação de doenças e odores;Manter uma faixa arbórea protegendo os limites do terreno, de modo a diminuir o impacto visual e a dissipação de ruídos e odores;Durante o fechamento do aterro sanitário, promover adequadamente a recomposição paisagística do maciço e áreas adjacentes, bem como evitar o abandono de prédios e equipamentos no local.

Desvalorização dos terrenos vizinhos

Implantação de uma faixa bem arborizada, contornando todo o perímetro do aterro e ainda áreas de jardins no entorno da Guarita do portão de acesso e na área da Administração, visando evitar impactos visuais negativos ao público externo e também otimizar a dispersão vertical do biogás e odores;Preservar a vegetação nativa, promovendo regularmente sua poda e manutenção constante; como boa parte da área já se encontra degradada, torna-se indispensável o plantio de árvores nativas que se adaptem ao tipo de solo e clima da região, formando desta forma um “cinturão verde”;Plantio de um “cinturão” verde com plantas nativas com 02 linhas alternadas de árvores com distância de 1,20 m da cerca de contorno do terreno e com 1,20 m de distância entre árvores ao longo da área de preservação que circunda o terreno, e que deverão plantadas no início do período chuvoso;Executar uma barreira de isolamento compacta, desde a base até o topo, evitando o chamado “barreira paliteiro”, típico de barreiras vegetais, que não cumprem adequadamente a função de isolamento visual.

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D - ATERRO SANITÁRIO DE PEQUENO PORTE - ASPP E UNIDADE DE COMPOSTAGEM - UC DO MUNICÍPIO DE

TEIXEIRA

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14 ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS PRELIMINARES

14.1 SELEÇÃO DE GLEBAS DO MUNICÍPIO DE TEIXEIRA

Para o Município de Teixeira está prevista a implantação de 01 (um) Aterro Sanitário - AS e 01 (uma) Unidade de Compostagem - UC. Os estudos após as avaliações para as seleções das glebas são apresentados a seguir.

14.1.1 Glebas para Implantação de Aterro Sanitário - AS e Unidade de Compostagem - UC

Na análise espacial da localização de glebas para implantação do Aterro Sanitário - AS e da Unidade de Compostagem - UC no Município de Teixeira, buscou-se selecionar áreas, preferencialmente, inseridas em zona rural afastadas de núcleos urbanos e de recursos hídricos, de forma em proporcionar um menor impacto possível ao meio ambiente e a qualidade de vida da população do município.

14.1.1.1 Características Gerais da Gleba 1

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 691717E / 9195922N Tipo de solo: areno silto argiloso com pedregulho; Condições topográficas: declividade < 3% (plana); Direção dos ventos: sentido oposto ao centro urbano; Distância de recursos hídricos: 1,6 km.

Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença moderada de fauna; Impacto moderado sobre fauna e flora.

Condições Antrópicas:

Distância do centro urbano: 5,0 km; Distância de instituições públicas (escolas, hospitais, etc...): 6,6 km; Distância de aeroportos/aeródromos: não existe no local; Uso atual do solo: não definido; Titularidade do terreno: propriedade particular (Proprietário: Sr. Ailtom Ares Alves); Inserção em unidades de conservação: não inserida; Área contigua ao atual lixão Custo presumível de desapropriação: baixo.

Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: razoável; Proximidade de jazidas: no local; Facilidade de acesso: bom.

As Fotos 19.1 e 19.2 a seguir mostram a área da Gleba 1 e a via de acesso.

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14.1.1.2 Características Gerais da Gleba 2

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 0692641E / 9202237N Tipo de solo: silto argiloso com pedregulhos; Condições topográficas: declividade entre 10 e 19,9% (baixa); Direção dos ventos: sentido oposto ao centro urbano; Distância de recursos hídricos: 0,47 km.

Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença inexpressiva de fauna; Impacto irrelevante sobre fauna e flora.

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FOTO 14.30 - VISTA DA GLEBA 1 / ATERRO SANITÁRIO.

FOTO 14.31 - VIA DE ACESSO A GLEBA 1

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Condições Antrópicas:

Distância do centro urbano: 1,5 km; Distância de instituições públicas (escolas, hospitais, etc...): 1,5 km; Distância de aeroportos/aeródromos: não existe no local; Uso atual do solo: não definido; Titularidade do terreno: propriedade particular (Proprietário: Sr. Francisco de Assis

Catanduba); Inserção em unidades de conservação: não inserida; Custo presumível de desapropriação: baixo.

Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: boa; Proximidade de jazidas: no local; Facilidade de acesso: ruim.

As Fotos 19.3 e 19.4 a seguir mostram a área da Gleba 2 e a via de acesso.

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FOTO 14.32 - VISTA DA GLEBA 2 / ATERRO SANITÁRIO.

FOTO 14.33 - REALIZAÇÃO DE SONDAGEM A TRADO NA ÁREA DA GLEBA 2.

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14.1.1.3 Características Gerais da Gleba 3

Condições Físicas:

Coordenadas: (24) 0692065E / 9200334N Tipo de solo: areno siltoso; Condições topográficas: declividade entre 3 e 9,9% (muito baixa); Direção dos ventos: sentido centro urbano; Distância de recursos hídricos: 0,48 km.

Condições Bióticas:

Necessidade de supressão de vegetação: parcial; Presença moderada de fauna; Impacto relevante sobre fauna e flora.

Condições Antrópicas:

Distância do centro urbano: 1,3 km; Distância de Instituições Públicas (escolas, hospitais, etc...): 1,5 km; Distância de aeroportos/aeródromos: não existe no local; Uso atual do solo: não definido; Titularidade do terreno: propriedade particular (Proprietário: Sr. Severino Marcelino); Inserção em unidades de conservação: não inserida; Custo presumível de desapropriação: médio.

Condições para Implantação e Operação:

Disponibilidade de insumos básicos: boa; Proximidade de jazidas: no local; Facilidade de acesso: bom.

As Fotos 19.5 e 19.6 a seguir mostram a área da Gleba 3 e a via de acesso.

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FOTO 14.34 - VISTA DA GLEBA 3 / ATERRO SANITÁRIO.

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14.1.2 Avaliação Multicriterial das Glebas

A avaliação do estudo de viabilidade de glebas para implantação do Aterro Sanitário no Município de Teixeira é apresentada no Quadro 19.1 a seguir.

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FOTO 14.35 - REALIZAÇÃO DE SONDAGEM A TRADO NA GLEBA 3.

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QUADRO 14.4 - AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DE GLEBAS PARA IMPLANTAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO EM TEIXEIRA.

QNT CRITÉRIOSNOTAS

PESOPARCIAL GLEBA 1

PARCIAL GLEBA 2

PARCIAL GLEBA 3GLEBA

1GLEBA

2GLEBA

3

01Distância de Recursos Hídricos

5 3 1 3 15 9 3

02 Direção dos Ventos 5 5 3 3 15 15 903 Condições Topográficas 5 4 3 3 15 12 904 Titularidade do Terreno 2 2 2 2 4 4 405 Uso Atual de Solo 3 3 3 2 6 6 6

06Custo Presumível de Desapropriação

4 3 3 2 8 6 6

07Disponibilidade de Insumos Básicos

5 5 5 3 15 15 15

08 Proximidades de Jazidas 5 5 5 2 10 10 10

09Geologia-Potencial Hídrico

5 5 5 3 15 15 15

10Condutividade Hidráulica do Solo

4 4 2 3 12 12 6

11Profundidade do Lençol Freático

5 5 5 3 15 15 15

12Necessidade de Supressão de Vegetação

3 3 3 3 9 9 9

13Inserção em Unidade de Conservação

5 5 5 3 15 15 15

14Distância de Vias/Rodovias

2 4 4 2 4 8 8

15Localização em relação às Instituições Públicas

5 2 2 2 10 4 4

16Distância de Aeroportos e Aeródromos

5 5 5 3 15 15 15

17Distância aos Centros Urbanos

5 3 3 2 10 6 6

18 Facilidade de Acesso 5 3 5 2 10 6 1019 Impacto visual 5 5 5 2 10 10 10

20Disponibilidade de Material para Recobrimento

5 5 5 2 10 10 10

21 Custo de Implantação 5 5 5 3 15 15 1522 Vida Útil 5 5 5 2 10 10 10

TOTAL GERAL 248 227 216

14.1.2.1 Resultado da Análise Espacial

Conforme os dados registrados no Quadro 19.1, o resultado da aplicação da matriz de seleção revela a Gleba 1 como a mais adequada para implantação do Aterro Sanitário - AS no Município de Teixeira.

Sob a ótica ambiental, os critérios relacionado a “Distância de Recursos Hídricos”, “Direção de Ventos” e “Localização em Relação a Instituições Públicas” foram os mais relevante para a seleção da Gleba 1, a qual representa um menor risco de contaminação desse importante recurso natural, além de mais distante das Instituições Públicas, locais de concentração humana por um

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período maior de tempo, menor será o impacto a qualidade de vida da população, uma vez que o empreendimento pode gerar ocasionalmente maus odores devido a eventuais falhas na operação ou na manutenção do equipamento.

15 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

A área onde será implantado o Aterro Sanitário - AS apresenta topografia média com declividade em torno de 5% (cinco por cento), facilitando a sua implantação com pouco movimento de terra. A topografia da área foi apresentada no Produto 2 - Anexo 2, no Des. 213.12-14.01-ATS-PB-DE-TOP-001.

16 ESTUDOS AMBIENTAIS

16.1 MEIO FÍSICO

16.1.1 Clima

O município de Teixeira esta sob a maior influência do clima tropical quente que domina a maior parte do território, com variação de temperatura entre 21,3 e 25,4 °C. As chuvas na área de ocorrência deste clima também são variáveis. A velocidade média dos ventos é de 10 m/s, a umidade relativa média anual é de 50%, com a predominância leste dos ventos.

Na Tabela 21.1 a seguir são apresentados os dados médios meteorológicos da Estação Meteorológica de Monteiro, situada a uma distância média de 70 km de Teixeira. O registro de medições climatológicas correspondente a uma série histórica de 29 (vinte e nove) anos, relativa ao período de 1961 a 1990.

TABELA 16.34 - DADOS METEREOLÓGICOS DA ESTAÇÃO MONTEIRO

MesesNúmero de dias

TºC

Pmm

Nhoras

I aETP

Thornthwaite 1948

Jan 30 24,2 59,0 12,4 10,9 2,9 109,51Fev 28 23,5 108,0 12,3 10,4 2,9 93,18Mar 31 24,6 157,0 12,2 11,2 2,9 115,83Abr 30 23,6 151,0 11,9 10,5 2,9 97,72Mai 31 22,7 67,0 11,7 9,9 2,9 88,81Jun 30 21,6 46,0 11,6 9,2 2,9 73,64Jul 31 21,3 40,0 11,5 9,0 2,9 72,95

Ago 31 22,0 37,0 11,7 9,4 2,9 80,73Set 30 23,0 11,0 11,8 10,1 2,9 90,17Out 31 24,5 114,0 12,1 11,1 2,9 113,64Nov 30 25,2 11,0 12,3 11,6 2,9 121,28Dez 31 25,4 37,0 12,4 11,7 2,9 129,67

TOTAIS 281,6 838,0 144,0 124,8 34,2 1187,13MÉDIAS 23,5 69,8 12,0 10,4 2,9 98,93

Fonte: Departamento de Física e Meteorologia ESALQ-USP, ano 1999.

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De acordo com o balanço hídrico elaborado pela ESALQ-USP para a Estação Meteorológica de Monteiro, esboçado na Figura 21.1, o período de deficit hídrico ocorre entre os meses de maio a setembro e de novembro a janeiro. Já o período de excedente hídrico se restringe ao mês de abril.

A Figura 21.1 apresenta os dados de deficiência, excedente, retirada e reposição hídrica da região.

FIGURA 16.3 - DEFICIÊNCIA, EXCEDENTE, RETIRADA E REPOSIÇÃO HÍDRICA - ESTAÇÃO METEREOLÓGICA DE MONTEIRO, PERÍODO DE REGISTRO DE 1961 A 1990

Fonte: Departamento de Física e Meteorologia ESALQ-USP (1999)

Observa-se na figura acima que no balanço hídrico existe um considerável déficit hídrico anual, correspondendo a um período de 08 (oito) meses (maio a setembro e de novembro a janeiro). A estiagem prolongada promove retirada de água do sistema e impõe um estado extremo de deficiência hídrica.

A reposição ocorre um pouco em fevereiro, quando a precipitação é crescente e a partir daí existe excedente hídrico até o mês de abril, confirmando um período muito concentrado de chuvas torrenciais e um longo período de estiagem. Este fator indica tendência a aridez da região, bem como susceptibilidade à erosão hídrica.

16.1.2 Recursos Hídricos

O Município de Teixeira encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Piranhas, sub-bacia do rio Espinharas. Os principais contribuintes são os riachos das Moças, Poços, Catolé e Desterro. Todos os riachos do município têm regime de fluxo intermitente e o padrão da drenagem é do tipo dendrítico, onde é classificado como de baixo potencial hídrico superficial. O escoamento superficial ocorre durante a curta duração das chuvas. Durante a maior parte do ano os riachos permanecem secos.

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Um grande problema que vem acontecendo na bacia hidrográfica do Rio Piranhas se refere à ocorrência de florações de cianobactérias nos reservatórios. A provável causa desse problema está relacionada ao lançamento de esgotos não tratados nos corpos hídricos desta bacia (CBH, 2012).

Vale salientar que não foi encontrado nenhum recurso hídrico no raio de 1,0 km da área selecionada.

16.1.3 Pedologia

O Município de Teixeira possui solos do tipo Neossolos constituídos por material mineral ou por material orgânico, com menos de 20 cm de espessura, que não apresentam alterações expressivas em relação ao material originário devido à baixa intensidade de atuação dos processos pedogenéticos, seja em razão de características inerentes ao próprio material de origem, como maior resistência ao intemperismo ou composição química, ou dos demais fatores de formação (clima, relevo ou tempo), que podem impedir ou limitar a evolução dos solos.

Alguns solos podem ainda apresentar horizonte B, mas com insuficiência de requisitos (pequena espessura, por exemplo) para caracterizar qualquer tipo de horizonte B diagnóstico. Podem ocorrer horizontes C diagnósticos para outras classes, porém em posição que não permite enquadrá-los nas classes dos Gleissolos, Vertissolos ou Plintossolos.

Pertencem ainda a esta classe solos com horizonte A ou hístico, com menos de 20 cm de espessura, seguidos de camada(s) com 90% ou mais (expresso em volume) de fragmentos de rocha ou do material de origem, independente de sua resistência ao intemperismo.

Nesta classe estão incluídos os solos que foram reconhecidos anteriormente como Litossolos e Solos Litólicos, Regossolos, Solos Aluviais e Areias Quartzosas (Distróficas, Marinhas e Hidromórficas). Solos com horizonte A húmico ou A proeminente, com espessura maior que 50 cm, seguido por contato lítico ou com seqüência de horizontes A, C ou ACr.

16.1.4 Geologia e Geotécnia

O Município de Teixeira está inserido na unidade geológica do Complexo Nordestino, que é constituído de rochas do tipo migmatitos, gnaisses, gnaisses migmatizados, granitóides, anfibolitos, quartizitos, metarcóseos, calcários cristalinos, xistos, itabiritos, calcossilicadas e rochas cataclásticas. Esta unidade é a de maior extensão superficial na área. Está em contato com os sedimentos da Bacia do Parnaíba em toda sua borda oriental, a leste está em contato com o Complexo Caicó e com a Formação Jucurutu e ao sul limita-se com o Complexo Trindade através do Lineamento Patos. Também é recoberta pela porção setentrional da bacia do Araripe, pela bacia do Iguatú, pelas bacias tafrogênicas dos Rios Jucá, Iara, Setiá e Jaibaras e também pelos metassedimentos Itatiri, Ceará e parte do Cachoeirinha.

Foram realizados 5 (cinco) poços de inspeção até o impenetrável com profundidade variando de 1,0 a 2,20 m, para coleta de amostras e realização de ensaios de caracterização e de permeabilidade cujos resultados são apresentados na Tabela 21.2. De acordo com o Sistema Unificado de Classificação os solos ensaiados são do tipo: SC e SM que apresentam uma elevada capacidade de suporte, baixa permeabilidade, baixa compressibilidade, boa trabalhabilidade exigindo, no entanto sistemas eficientes de proteção dos taludes de corte e aterro (drenagem e revestimento vegetal) contra erosão devido as suas características granulares e baixa fertilidade.

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TABELA 16.35 - RESUMO DE RESULTADOS DE ENSAIOS DA LABORATÓRIO

PROCEDÊNCIADESCRIÇÃO DO

MATERIAL

CARACTERIZAÇÃO

IG

CLASS.

COMPACTAÇÃOPERMEAB.

(cm/seg)

LIMITES (%) GRANULOMETRIA (% QUE PASSA)

WL WP IP 4" 2" 1" 3/4" 3/8" 4 10 1640

200HRB

Energiad máx Wot

SUCS(kN/m³)

(%)

Teixeira (AS) PI - 01 Prof. 0,00 à 2,00 m

Areia Silto Argilosa 30 22 8 - 100100

99 95 85 80 7872

44 2A-4

PN 18,34 14,07 4,18E-07SC

Teixeira (AS) PI - 02 Prof. 0,00 à 1,20 m

Areia Argilo Siltosa c/ Pedregulho

NL NP NP - 100100

94 80 69 64 5852

27 0A-2-4

- - - 2,29E-03SM

Teixeira (AS) PI - 03 Prof. 0,00 à 1,00 m

Areia Argilo Siltosa c/ Pedregulho

31 19 12 - 100100

97 89 81 74 7164

39 1A-6

- - - 5,12E-04SC

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16.1.5 Hidrogeologia

O Município de Teixeira ocorrem de forma generalizada afloramentos rochosos e nos pontos em que não é possível observar o afloramento, as rochas são encontradas com pouca profundidade média de 2,0 m, o que dificulta a formação de aqüíferos na região.

16.2 MEIO BIÓTICO

16.2.1 Vegetação

A vegetação existente na área selecionada para implantação do Aterro Sanitário de Teixeira é predominantemente caatinga constituída de formações xerófitas lenhosas deciduais, em geral espinhosas, entremeadas de plantas suculentas, com tapete herbáceos estacional com folhas pequenas e providas de espinhos. As principais espécies de árvores e arbustos encontradas na área são: Catingueira (Caesalpinia pyramidalis), Favela (Cnidoscolus phyllacanthus), Jurema Branca (Mimosa melacocentra), Jurema Preta (Mimosa hostilis), Pereiro (Aspidosperma pyrifolium) e Marmeleiro (Croton sonderianus. Vale salientar que selecionada e bastante antropizada pela disposição inadequada dos resíduos, pois está área encontra-se contigua ao atual lixão, tendo cerca de 30 % desmatada. Essas espécies apresentam comprimento variando de 1 a 4m e diâmetro variando de 4 a 40 cm.

As Fotos 21.1 a 21.3 a seguir mostram as espécies representativas encontradas na área selecionada.

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FOTO 16.36 - PRESENÇA DE JUREMA BRANCA E PRETA EM CERCA DE 40% DA ÁREA.

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16.2.2 Fauna

A fauna nativa do Município de Teixeira é pouco representativa. O processo de escassez destes animais deve-se ao efeito das ações antrópicas como desmatamento e caça ao longo dos anos. Não foram avistados animais na área selecionada, mais foi informado por moradores locais a presença de algumas espécies na região que são Tatupeba (Euphractus sexcinctus), , Tejo (Tupinambis teguixin), Lagartixa (Liolaemus occipitalis), Lagartixa de lajedo (Tapinurus helenea) e Camaleão (Iguana iguana), essas espécies informadas são de pequeno porte e geralmente seus habitat’s são nas matas de encostas nas serras da região.

16.3 MEIO ANTRÓPICO

O Município de Teixeira foi criado pela lei n úmero 5.889 de 29 de Abril e instalado em 01 deJaneiro de 1997. De acordo com último censo 2010 do IBGE, a comunidade possui uma população de 14.153 habitantes, das quais 6.974 são homens e 7.219 mulheres. A cidade contém cerca de 4.998 domicílios particulares e permanentes, destes 3.110 são abastecidos pela rede geral da água, somente 1.174 possuem esgotamento sanitário.

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FOTO 16.37 - LOCAIS ANTROPIZADOS DENTRO DA ÁREA SELECIONADA COM PRESENÇA DE ARVORE DE CATINGUEIRA E JUREMA PRETA.

FOTO 16.38 - ÁRVORE DE PEREIRO COM CERCA DE 4,0 M DE ALTURA E MARMELEIROS COM CERCA DE 2,0 M.

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No setor de saúde o serviço é prestado por 08 estabelecimentos de saúde publica com 36 leitos. A educação conta com 23 estabelecimentos de ensino fundamental, sendo 19 escolas municipais, 02 escolas estaduais e 2 escolas privadas e 2 estabelecimentos de ensino médio, sendo 01 escola privada e 01 escola estadual (Censo Educação 2012). A agricultura constitui a principal atividade econômica da comunidade, destacando-se ainda o comércio e a pecuária que possui um efetivo de rebanho bovino de 1.644 bovinos e 1.100 caprinos. O total de empresas atuantes com CNPJ são em número de 175, o IDHM do município é de 0,605 (IBGE, Censo 2010).

17 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O Município de Teixeira conta com um sistema de administração pública direta, responsável pelo planejamento, regulação, fiscalização e execução dos serviços, administrado pela Secretaria de Obras, executando os serviços de coleta, varrição, disposição final e serviços congêneres, que precisam ser reestruturados. Em função disso alguns problemas são encontrados, que impactam a qualidade de vida da população local.

O levantamento de dados nesse município foi feito junto à Prefeitura, com o Secretario de Obras Sr. Jardsom Amorim de Queiroz, registrando-se aspectos relevantes sobre o sistema atual de gestão de resíduos.

Não existe no município a prática de minimização de resíduos atual, coleta diferenciada e aplicação de tratamento. Também não são desenvolvidos trabalhos educacionais que visem diminuir a geração, desenvolver o sentimento de valor agregado ao material produzido, de forma que o próprio gerador (população) separe os resíduos para reaproveitamento, reciclagem, etc.

A seguir é apresentado o diagnóstico a partir das informações levantadas, em conformidade com a seqüência do sistema de gestão:

Geração, Tipo e Segregação de Resíduos Sólidos

Em Teixeira, segundo a Prefeitura, não existe nenhum controle sobre quantitativo de resíduos gerados. Atualmente, todo o material produzido nos domicílios é acondicionado em um único recipiente, com mistura de todos os tipos de resíduos. O saco plástico adotado pela população no acondicionamento é disponibilizado para coleta de forma aleatória, sem respeitar um horário pré-estabelecido da coleta pública.

Os resíduos de serviço de saúde oriundos de hospitais, postos de saúde e farmácias, do tipo: luvas cirúrgicas, seringas, algodão, gases, esparadrapos, medicamentos vencidos etc, são armazenados em sacos específicos.

Coleta

A coleta é feita por 9 (nove) coleteiros e 3 (três) motoristas, sendo todos funcionários da Prefeitura.

A coleta dos resíduos domiciliares é realizada 3 (três) vezes por semana, por 2 (dois) caminhões basculantes no período diurno. Os resíduos de serviço de saúde são coletados 1 (uma) vez por semana, pela empresa terceirizada Trash.

A Foto 21.1 mostra um dos caminhões utilizado na coleta domiciliar.

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A coleta dos resíduos oriundos de poda e capinação é realizada 3 (três) vezes por semana, por 3 (três) funcionários da Prefeitura que retiram também os resíduos de construção e demolição em 1 (um) caminhão carroceria.

A Foto 24.2 mostra o caminhão carroceria utilizado na coleta de poda e RCD.

Varrição

O serviço de varrição de Teixeira é realizado diariamente por 20 (vinte) varredores no período diurno, sendo utilizadas vassouras, pás e carros-de-mão. A Prefeitura não disponibiliza fardamento e EPI’s para os funcionários.

A Foto 22.3 mostra a realização de varrição no município.

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FOTO 17.39 - CAMINHÃO BASCULANTE REALIZANDO COLETA DOMICILIAR.

FOTO 17.40 - CAMINHÃO CARROCERIA UTILIZADO NA COLETA DE PODA E RCD.

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Poda e Capinagem

Os serviços de poda e capinagem são realizados diariamente, por 3 (três) ajudantes, utilizando facões, foices, tesouras, enxadas e pás. A Prefeitura não disponibiliza fardamento e EPI’s para os funcionários.

Programas de Reciclagem e Coleta Seletiva

No Município de Teixeira não existe nenhum trabalho educacional voltado para a coleta seletiva e a reciclagem. No município existem 2 (dois) catadores autônomos no lixão, que vendem o material segregado para atravessadores do município de Patos.

Transporte

O transporte dos diversos tipos de resíduos gerados é feito pelos mesmos veículos que realizam o sistema da coleta pública, que são 2 (dois) caminhões basculantes e 1 (um) caminhão carroceria.

Destino Final

Todos os resíduos sólidos coletados na sede de Teixeira, exceto o RSS, são dispostos no lixão da cidade situado a cerca de 5,0 Km da sede, na coordenada geográfica (24) 691906 E/ 9195872 N. A área do lixão não é cercada, existe presença de catadores e animais no local. O material disposto não recebe nenhum tipo de cobertura, facilitando a proliferação de vetores e doenças das mais diversas formas.

A Foto 22.4 mostra a atual situação do lixão do município.

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FOTO 17.41 - REALIZAÇÃO DE SERVIÇO DE VARRIÇÃO.

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17.1 CARACTERÍSTICAS ADMINISTRATIVAS E FINANCEIRAS

A administração da Prefeitura de Teixeira conta com 42 (quarenta e dois) funcionários relacionados à limpeza urbana, distribuídos da seguinte forma: 37 (trinta e sete) na área operacional com nível de escolaridade básico e 5 (cinco) e na área administrativa com nível de escolaridade médio, totalizando um custo fixo mensal de cerca de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais). Está inserido nesse valor o custo com a equipe e aluguel de caminhões destinados aos serviços específicos de resíduos sólidos.

Segundo informações da Prefeitura, não são cobradas taxas específicas para o serviço público destinado a limpeza da cidade, coleta e destinação final dos resíduos sólidos.

17.2 INDICADORES DE GESTÃO

O sistema atual de resíduos sólidos de Teixeira abrange 100% da área da cidade nos serviços de varrição, 100% (cem por cento) das residências nos serviços de coleta porta-a-porta e 70% (setenta por cento) da área nos serviços de poda e capinagem.

17.3 ESTUDOS DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Na Tabela 22.1 é apresentado o cálculo da geração de resíduos domésticos.

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FOTO 17.42 - SITUAÇÃO DO ATUAL LIXÃO.

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TABELA 17.36 - PROJEÇÃO DA GERAÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS PARA OS PRÓXIMOS 30 ANOS DO MUNICÍPIO DE TEIXEIRA.

ANOPOPULAÇÃ

OTX. DE

CRESCIMENTO

GERAÇÃO DE RESÍDUOS DIA

(kg)

GERAÇÃO DE RESÍDUOS

SEMANA (ton)

GERAÇÃO DE

RESÍDUOS MÊS (ton)

GERAÇÃO DE

RESÍDUOS ANO (ton)

2010 14.153 1,70% 8.491,80 59,44 254,75 3.099,512011 14.394 1,70% 8.636,48 60,46 259,09 3.152,322012 14.639 1,70% 8.783,63 61,49 263,51 3.206,032013 14.889 1,70% 8.933,29 62,53 268,00 3.260,652014 15.142 1,70% 9.842,62 68,90 295,28 3.592,552015 15.400 1,70% 10.010,31 70,07 300,31 3.653,762016 15.663 1,70% 10.180,87 71,27 305,43 3.716,022017 15.930 1,70% 10.354,33 72,48 310,63 3.779,332018 16.201 1,70% 10.530,75 73,72 315,92 3.843,722019 16.477 1,70% 10.710,17 74,97 321,31 3.909,212020 16.758 1,70% 10.892,65 76,25 326,78 3.975,822021 17.043 1,70% 11.078,24 77,55 332,35 4.043,562022 17.334 1,70% 11.266,99 78,87 338,01 4.112,452023 17.629 1,70% 11.458,95 80,21 343,77 4.182,522024 17.930 1,70% 11.654,19 81,58 349,63 4.253,782025 18.235 1,70% 11.852,75 82,97 355,58 4.326,252026 18.546 1,70% 12.054,70 84,38 361,64 4.399,972027 18.862 1,70% 12.260,09 85,82 367,80 4.474,932028 19.183 1,70% 12.468,97 87,28 374,07 4.551,182029 19.510 1,70% 12.681,42 88,77 380,44 4.628,722030 19.842 1,70% 12.897,49 90,28 386,92 4.707,582031 20.180 1,70% 13.117,23 91,82 393,52 4.787,792032 20.524 1,70% 13.340,72 93,39 400,22 4.869,362033 20.874 1,70% 13.568,02 94,98 407,04 4.952,332034 21.230 1,70% 13.799,19 96,59 413,98 5.036,712035 21.591 1,70% 14.034,30 98,24 421,03 5.122,522036 21.959 1,70% 14.273,42 99,91 428,20 5.209,802037 22.333 1,70% 14.516,61 101,62 435,50 5.298,562038 22.714 1,70% 14.763,94 103,35 442,92 5.388,842039 23.101 1,70% 15.015,49 105,11 450,46 5.480,652040 23.494 1,70% 15.271,32 106,90 458,14 5.574,032041 23.895 1,70% 15.531,51 108,72 465,95 5.669,002042 24.302 1,70% 15.796,14 110,57 473,88 5.765,592043 24.716 1,70% 16.065,27 112,46 481,96 5.863,822044 25.137 1,70% 16.338,99 114,37 490,17 5.963,732045 25.565 16.617,37 116,32 498,52 6.065,34

17.4 COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.

A seguir é apresentada a Tabela 22.2 com a composição estimada dos resíduos sólidos de Teixeira.

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TABELA 17.37– COMPOSIÇÃO ESTIMADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE TEIXEIRA PARA 30 ANOS

MunicípioProjeção

População Urbana2045 (hab.)

Geração Total até 2045

(ton)

Composição dos ResíduosOrgânicos

64%(ton)

Recicláveis 23%(ton)

Rejeito Total para Aterro 13% (ton)

Teixeira 25.565 147.606,87 94.468,40 33.949,60 19.188,90Total dos Resíduos --- 147.606,87 94.468,40 33.949,60 19.188,90

Fonte: GEOTECHNIQUE, 2014.

18 CONCEPÇÃO DO PROJETO

A concepção do projeto do aterro levou em consideração a topografia do terreno e o perfil geológico do subsolo obtido através da execução de poços de inspeção, constatando-se que o estrato rochoso ocorre em toda área com profundidade variando de 1,0 a 2,30 m.

O arranjo do projeto é apresentado no Des. 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-001 e as seções transversais e longitudinais no Des. 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-002, anexos. São descritos a seguir os principais elementos que compõem o projeto desse aterro sanitário.

18.1 VIA DE ACESSO

Partindo-se de Teixeira pela BR-110, à 5,0 km à direita existe uma estrada de barro com 300 m de extensão que dará acesso a área destinada a implantação do aterro sanitário. O trecho da BR-110 encontra-se asfaltada e em bom estado de conservação.

A estrada vicinal de 300 m de extensão deverá ser executada uma camada de reforço do subleito de 0,20 m de espessura, com material selecionado da região com CBR > 10% e uma camada de revestimento primário com 0,25 m de espessura com solos estabilizados granulometricamente com CBR > 20%.

18.2 PORTARIA

Foi projetado um portão de acesso ao aterro e uma portaria (sala, sanitário e depósito) onde será controlado o trânsito dos caminhões. Será instalada 1 (uma) balança rodoviária para pesagem dos caminhões na entrada e na saída, onde serão preenchidos boletins específicos de controle dos resíduos com relação a: peso, origem, tipo, caminhão transportador, destino de disposição dentro do aterro, etc.

18.3 PRÉDIO DA ADMINISTRAÇÃO

O prédio da administração será constituído de: sala da administração, sala de controle, almoxarifado, copa, área de circulação e banheiros, sendo estrategicamente posicionado para permitir uma boa visualização do aterro.

18.4 CÉLULAS PARA DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS

Foram projetadas vias internas com largura de 5,0 m que contornarão as Célula 01 e 02, a lagoa de chorume, o pátio de compostagem e a área destinada a disposição dos resíduos de construção e demolição (RCD) conforme mostrado no Des. 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-001. As vias deverão ser reforçadas e revestidas com cascalho, conforme especificado para a via de acesso e

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munidas dos sistemas de drenagem de águas pluviais necessários, conduzindo e lançando as águas descontaminadas no meio ambiente.

As Célula 01 e 02 serão conformadas com diques de solos compactados provenientes de solos locais e selecionados na região, com características areno argilosas de baixa permeabilidade, com crista na cota 806,0 m.

As Células 01e 02 serão subdivididas internamente através da execução de diques de separação, de solos compactados da região, dando origem as subcélulas 01A, 01B, e 01C, assim como as subcélulas 02A, 02B e 02C.

Sobrejacente às Células 01 e 02 será construída numa 2ª Etapa a Célula 03, através de diques de confinamento com crista na cota 812,0 m.Posteriormente numa 3ª Etapa será construída sobrejacente a Célula 03 a Célula 04 com crista dos diques na cota 818,00 m.

As Células 01, 02 e 03 perfazem uma capacidade total de disposição de cerca de 373,230 m³, correspondendo a uma vida útil em torno de 30 anos e 01 mês, atendendo a disposição de 100 % dos resíduos dos Municípios de Teixeira, Maturéia e Desterro. Vale salientar que esta geração tende a diminuir conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos nº 12305/2010, na Seção III, Artº 17, Item 3 “ III - metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final. Dessa maneira a vida útil desse aterro deverá aumentar.

Na Tabela 23.1 é apresentado um resumo da capacidade e vida útil das células.

TABELA 18.38 - CAPACIDADE E VIDA ÚTIL DAS CÉLULAS.CÉLULA

SSUB-CÉLULAS ETAPAS

COTA(m)

CAPACIDADE(m³)

VIDA ÚTIL(anos/mês)

0101-A

1ª 806,0027.280 2 anos e 2 meses

01-B 27.280 2 anos e 2 meses01-C 27.280 2 anos e 2 meses

0202-A

1ª 806,0027.280 2 anos e 2 meses

02-B 27.280 2 anos e 2 meses02-C 27.280 2 anos e 2 meses

03 - 2ª 812,00 140.800 11 anos e 2 meses04 - 3ª 818,00 68.750 5 anos e 11 meses

TOTAL 373.230 30 anos e 1 mês

As bases das células serão impermeabilizadas através da execução de uma camada com 0,60 m de espessura de solos argilosos, compactados em duas camadas, de baixa permeabilidade, com coeficiente de permeabilidade K < 1 x 10-6 cm/seg, ocorrentes em jazida pesquisada na região, conforme ensaios de permeabilidade realizados pela GEOTECHNIQUE apresentados nesse relatório.

O acesso ao interior das células, conforme mostrado no Des. 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-001, será feito através de aberturas nos diques de fechamento, transitando-se no interior das células sobre plataformas de lançamento contíguas aos taludes internos dos referidos diques, revestidas com cascalho. Os caminhões de transporte de resíduos, sempre que possível farão a disposição dos resíduos diretamente nas frentes de lançamento, onde o trator se encarregará de espalhar e compactar os resíduos. Nos períodos de chuva que impeçam o acesso dos caminhões diretamente às frentes de trabalho, os resíduos poderão ser basculados nas proximidades das plataformas de lançamento, que sofrerão manutenção sistemática com revestimento de cascalho, ficando o trator

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responsável pelo restante da operação de transporte dos resíduos até as frentes de serviço, espalhamento e compactação.

A drenagem de chorume no interior das células será feita através de drenos de brita, posicionados conforme Des. 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-007, conduzindo o chorume até poços de drenagem de chorume (PDC) em cada subcélula. Em cada poço serão implantados tubos cegos de PEAD, = 200 mm, que atravessarão o maciço do dique de fechamento, nas subcélulas, conduzindo o chorume até caixas de controle de chorume (CCC), situadas no pé dos taludes externos desses diques. Essas caixas munidas de registros possibilitarão a operação de controle da vazão de chorume que poderá ser gradativamente liberada para a bacia de chorume principalmente nos períodos chuvosos.

As caixas de controle de chorume (CCC1, CCC2 e CCC3) das subcélulas 01A, 01B e 01C serão interligadas através de tubo cego de PEAD = 300 mm, conduzindo, por gravidade o chorume até a Lagoa de Chorume. O mesmo deverá ser feito com as caixas (CCC4, CCC5 e CCC6) das subcélulas 02A, 02B e 02C.

Para a 2ª e 3ª Etapas serão implantados sistemas de drenagem similares e independentes. que conduzirão o chorume para as caixas de controle de chorume situadas no pé do talude do dique de fechamento da 1ª Etapa.

As subcélulas serão preenchidas seqüencialmente conforme mostrado na Tabela 23.1. Após o preenchimento de cada subcélula serão executadas camadas de cobertura com solos argilosos para promover a sua impermeabilização e evitar a infiltração de águas de chuva.

Na 2ª Etapa será construída uma célula única sobrejacente ao platô formado pelas subcélulas 01A, 01B, 01C, 02A, 02B e 02C através de diques de confinamento com crista na cota 812,0 m contornando toda essa área, com capacidade de disposição de 140.800,0 m³.

Na 3ª Etapa será construída sobre o platô da cota 812,0 m, uma célula única, através de diques de confinamento com crista na cota 818,0 m, formando a Célula 4 com capacidade de disposição de 68.750,0 m³ com vida útil de 5 anos e 11 anos.

Uma vez preenchida a Célula 4 será feita a camada de cobertura, encerrando o aterro sanitário.

18.5 LAGOA DE CHORUME

A lagoa de chorume foi estrategicamente posicionada no local de cotas mais baixas no terreno para proporcionar a drenagem por gravidade do chorume oriundo das células. A lagoa será construída através de diques de confinamento de terra compactada, com solos argilosos de baixa permeabilidade provenientes de jazida. A base da lagoa será também revestida por uma camada de solo com as mesmas características, com 0,60 cm de espessura, compactada em duas camadas. A camada da base e os taludes internos da lagoa serão revestidos com uma membrana de PEAD/Polietileno de Alta Densidade, com 2,0 mm de espessura, ancorada ao longo da crista dos diques. A membrana será protegida internamente contra danos mecânicos e exposição de raios ultravioletas, através de um revestimento constituído de painéis com 3,0 m de largura, cada, de solo cimento na proporção 10 solo: 1 cimento, com espessura de 0,10 cm. Entre os painéis serão feitas juntas com largura de 2,0 cm preenchidas com mastique. Esse revestimento permitirá também serviços periódicos de limpeza da lagoa sem danificar a manta.

O tratamento de chorume será feito através de secagem por exposição ao sol, que é muito intenso em vários meses do ano naquela região.

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A lagoa será provida de uma cobertura deslizante de zinco, tipo barcaça utilizada para secagem de cacau no sul da Bahia. Nos períodos de chuva essas coberturas serão fechadas, para evitar contribuição de águas de precipitações pluviométricas.

O controle de volume do aporte de chorume proveniente das células, será feito respeitando-se a capacidade de acumulação da lagoa, através da operação dos registros situados nas caixas de controle de chorume, que permitem a retenção temporária do chorume no interior das subcélulas.

18.6 ATERRO DE RCD

Foi destinada uma área mostrada no Des. 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-001 com relevo mais acentuado, de cotas mais baixas, situada no trecho final do aterro para disposição dos resíduos de construção e demolição, que deverão ser basculados diretamente dos caminhões, fazendo-se um aterro de ponta.

18.7 UNIDADE DE COMPOSTAGEM

O pátio de compostagem foi estrategicamente posicionado ao lado da lagoa de chorume para facilitar a drenagem de chorume para lagoa. O pátio terá área de 2.800 m 2 em concreto, onde ocorrerá a conformação de leiras homogêneas e de maturação dos resíduos orgânicos para dar origem ao composto orgânico. Essa unidade contará com um galpão de apoio (almoxarifado, escritório, sanitários e área de operação), mostrado no Des. 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-001.

19 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS

Em empreendimentos de porte significativo capazes de proporcionar, efetiva ou potencialmente, impactos ambientais relevantes devem ter avaliadas as mudanças que provocarão sobre o ambiente onde se pretende instalá-los. Conforme a dimensão e o caráter do empreendimento, e com base nas informações produzidas no diagnóstico ambiental da sua área de influência, avaliam-se as possíveis alterações ambientais que a região sofrerá, considerando os aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos.

Nesta seção, serão identificados e avaliados os impactos proporcionados pelas atividades de planejamento, instalação, operação e fechamento de um aterro sanitário para fins de disposição final dos resíduos sólidos urbanos dos municípios consorciados. É com base nesse levantamento que serão propostas, sempre que possíveis medidas mitigadoras e/ou compensatórias para os mesmos, visando minimizar as suas consequências negativas e amplificar os efeitos dos impactos positivos.

Para a avaliação dos impactos ambientais, são apresentadas as relações entre as atividades a serem desenvolvidas no empreendimento e as prováveis alterações qualitativas nas características da região afetada considerando o caráter, a magnitude, a importância, a duração e a escala do impacto..

19.1 METODOLOGIA

A avaliação dos impactos foi feita utilizando duas matrizes de identificação de impactos, método que associa as ações de um empreendimento às suas interferências processuais sobre os meios físico, biótico e socioeconômico da área de influência e suas consequências. Após a identificação, os impactos foram descritos e a eles foram atribuídos atributos de acordo com a exigência legal, cujos parâmetros para análise são apresentados a seguir.

Uma lista das ações do projeto em análise é apresentada na Tabela 24.1, a lista dos

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componentes/processos ambientais potencialmente afetados é apresentada na Tabela 24.2 e a primeira matriz apresentada, chamada de matriz de identificação de interferências na Tabela 24.3, tem o objetivo de identificar as possíveis interações entre os componentes do projeto e os elementos do meio, sendo formada a partir de duas colunas distintas.

TABELA 19.39 - LISTA DE AÇÕES DO EMPREENDIMENTO E SUAS FASES DEDESENVOLVIMENTO.

FASES ATIVIDADES

PlanejamentoLevantamentos de campo e estudos preliminaresElaboração dos projetosDesapropriação do terreno

Implantação

Instalação e operação do canteiro de obras e instalações provisóriasPreparação do terreno - desmatamento e terraplenagemConstrução de diquesDisposição de bota-fora do material de limpeza do terreno e entulho de obrasObras de infraestrutura, construção civil e sistema sanitárioUtilização de áreas de empréstimo/ jazidas de mineraisPaisagismo

Operação

Aquisição dos equipamentos necessáriosContratação e capacitação das equipes de funcionáriosDisposição de resíduos, cobertura dos resíduosManutenção do sistemaPlanejamento integrado da gestão dos resíduos sólidos (municipal e do consórcio)Monitoramento ambiental e do sistema Drenagem dos gasesTratamento do chorumeProdução de dados primários sobre gestão de resíduos sólidos

FechamentoMonitoramento de gases e águas Fechamento das células de disposiçãoRecomposição paisagística

Esta matriz permite a identificação das interferências, evitando que alguma intervenção sobre qualquer componente ambiental seja negligenciada. A origem conceitual dessa matriz dialoga diretamente com a matriz de Leopold (1971) e permite fazer associações diretas dos impactos de uma determinada ação de um empreendimento com as diversas características ambientais de sua área de influência. Todavia, mesmo a modificação proposta aqui guarda desvantagens, a saber:

Não permite fazer projeções no tempo;

Não considera os processos que interligam os diversos componentes ambientais;

Não permite identificar impactos indiretos;

Não consideram as características espaciais dos impactos;

É repetitiva.

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TABELA 19.40 - LISTA DOS COMPONENTES/ PROCESSOS AMBIENTAIS DO MEIO FÍSICO, BIOLÓGICO E SOCIOECONÔMICO.

MEIO COMPONENTE CARACTERÍSTICAS

Físico

Meio Terrestre

TopografiaErosãoQualidade dos solosPaisagem natural

Meio AquáticoDrenagem das águasQualidade e quantidade das águasAssoreamento

AtmosferaQualidade do arPoeirasRuídos

BióticoFlora Vegetação

FaunaTerrestreOrnitofauna

Socioeconômico

População

Emprego e rendaComportamentoExpectativasQualidade de vida

Usos do Solo

Disciplinamento de usos dos solosSistema viárioCirculação/ acessoPaisagem

ServiçosSaneamentoOutros serviços de infraestrutura

Economia

Setor primárioSetor secundárioSetor terciárioSetor público

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TABELA 19.41 - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS - ATERRO SANITÁRIO.COMPONENTES/ PROCESSOS AMBIENTAIS

Meio Físico Meio Biótico Meio Socioeconômico

Top

ogra

fia

Ero

são

Qua

lidad

e so

lo

Pai

sage

m n

atur

al

Dre

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guas

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San

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Out

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ário

Set

or p

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co

PL

AN

EJA

M

EN

TO Levantamento de campo e estudos preliminares x x

Elaboração de projetos x

Desapropriação do terreno x x x

INS

TA

LA

ÇÃ

O

Instalação e funcionamento do canteiro de obras, inclusive contratação de pessoal.

x x x x x x x x x x x x x x x x x

Preparação do terreno x x x x x x x x x x x x x x x x x

Disposição de bota fora x x x x x x x x x

Construção de diques x x x x x x x x x x x x x x

Utilização de áreas de empréstimo/ jazidas minerais x x x x x x x x x x x x x

Obras de infraestrutura, construção civil e sistema sanitário.

x x x x x x x x x x x x x

Paisagismo x x x x x x x x x x

OP

ER

ÃO

Contratação e capacitação da equipe de funcionários x x x x x x x x x

Aquisição de equipamentos necessários x x x x

Planejamento integrado da gestão dos resíduos sólidos (municipal e do consórcio)

x x x x x x x

Disposição de resíduos x x x x x x x x x x x x

Cobertura diária de resíduos x x x x

Monitoramento ambiental e do sistema x x x x x x

Manutenção do sistema x x x x x x x x x

Drenagem dos gases x x x

Tratamento do chorume x x x x x x x

Produção de dados primários sobre gestão de resíduos sólidos

x x x

FE

CH

AM

EN

TO

Monitoramento de gases e água x x x x x

Fechamento das células de disposição x x x x x x x x x x x x x

Recomposição paisagística x x x x x x x x x x x

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Com o objetivo de complementar as informações alcançadas a partir da análise da primeira matriz, a segunda, denominada de matriz de identificação de impactos apresentada na Tabela 24.4, permite avaliar as intervenções em termos processuais, relacionando as atividades do projeto, os mecanismos e processos desencadeados por elas e os impactos resultantes.

Esta matriz possibilita a visualização das relações entre causa e efeito e pressupõe um conhecimento prévio da atividade avaliada para a correta identificação dos efeitos e impactos ambientais.

Por efeito, consideram-se as alterações de um processo natural ou social decorrente de uma ação humana.

Após a identificação dos impactos, procede-se à descrição pormenorizada de cada um deles e à sua avaliação a partir dos atributos de tipo, magnitude, importância, duração, escala e reversibilidade cujas características e parâmetros de análise estão apresentados na Tabela 24.5.

É importante considerar que os projetos de controle e monitoramento ambientais que fazem parte do plano de gestão ambiental do empreendimento proposto por este estudo não serão considerados na avaliação dos impactos. Todavia, o plano de recomposição paisagística e fechamento dos lixões foram considerados como parte integrante do projeto do aterro sanitário, estando apresentados na lista de atividades do empreendimento.

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TABELA 19.42 - MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS.ATIVIDADES DO EMPREENDIMENTO IMPACTOS AMBIENTAIS

PLANEJAMENTO INSTALAÇÃO OPERAÇÃO FECHAMENTO

E F E I T O S

MEIO FÍSICO

MEIO BIÓTICOMEIO

SOCIOECONÔMICO

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Uso do solo

Alteração da topografia/ formação do maciço

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x x x Supressão da vegetação x x x x x x x

x x x x Remoção de solo fértil x x x x x

x x Aumento do peso sobre a superfície x

x x x Recuperação de áreas degradadas x x x x x x

x x x x Impermeabilização do solo x x

x x x x x x x x x Alteração da função do solo x x x

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Emissões atmosféricas e

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Materiais particulados x x x x

x x Gases (maciço) x x x x

x x x x x x x Fumaça (veículos) x x x x

x x Odores x x x x

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x x x x x x x x Ruídos x x x

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Recursos hídricos

Alteração do escoamento superficial

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x x x Assoreamento dos corpos d'água x

x xAcompanhamento da qualidade da água

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x x x Qualidade da água x x x

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Aspectos sociais

Geração de emprego e renda x x x x x

x x x x x x x Geração de impostos x x x x x

x x x x x Atração de pessoas x x

x x x Qualificação profissional x x

x x x x x x xDesenvolvimento de conhecimento científico

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x x x x x x x x x x x xTratamento adequado dos resíduos sólidos

x x x x x x

x x x x x x x x x xTráfego de veículos e máquinas pesadas

x x x x

x x x x x x x x x Oportunidades de negócios x x x x x

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TABELA 19.43 - ATRIBUTOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS.

ATRIBUTO SIGNIFICADO DO PARÂMETRO DE AVALIAÇÃO

TIPOExprime o caráter da modificação causada por uma determinada ação.

POSITIVOQuando o impacto de uma determinada ação for benéfico.NEGATIVOQuando o impacto de uma determinada ação for adverso.INDEFINIDOImpacto negativo ou positivo, dependendo da forma de abordagem do mesmo.

RELAÇÃOIndica a fonte do impacto

DIRETODecorre de ações praticadas pelo empreendedor.INDIRETODecorre de um impacto direto do projeto em análise.

MAGNITUDEExprime a extensão do impacto, através de uma valoração gradual que se dá ao mesmo, a partir de uma determinada ação do projeto.

PEQUENADe magnitude inexpressiva, inalterando a característica ambiental considerada.MÉDIADe magnitude expressiva, porém sem alcance para descaracterizar a característica ambiental considerada.GRANDEDe magnitude tal que possa levar à descaracterização da característica ambiental considerada.

IMPORTÂNCIAIndica a importância ou significância do impacto em relação à sua interferência no meio.

NÃO SIGNIFICATIVADe intensidade não significativa, com interferência não implicando em alteração da qualidade de vida.MODERADAIntensidade da interferência com dimensões recuperáveis, quando adversa, ou refletindo na melhoria da qualidade de vida, quando benéfica.SIGNIFICATIVAIntensidade da interferência acarreta perda da qualidade de vida, quando adversa, ou ganho, quando benéfica.

ESCALA TEMPORALEstabelece a relação entre a ação geradora e o aparecimento do impacto.

IMEDIATOOcorre ao mesmo tempo em que a ação que o gera.MÉDIOOcorre com meses de defasagem em relação à ação que o gera.LONGOOcorre com anos de defasagem em relação à ação que o gera.

ESCALA ESPACIALEstabelece a extensão da interferência, ou seja, a referência espacial entre a ação geradora do impacto e a área afetada.

LOCALQuando o efeito gerado fica restrito apenas ao próprio sítio e em suas imediações.REGIONALQuando o efeito gerado se propaga para além da área de influência direta ou entorno mais próximo da ação impactante.ESTRATÉGICOQuando afeta um componente ou recurso ambiental de importância coletiva ou nacional.

REVERSIBILIDADEIndica a capacidade de regeneração do ambiente após ser impactado.

REVERSÍVELQuando o ambiente (sistema) voltar ao seu estado original após a cessão da ação ou aplicação de medidas corretivas.IRREVERSÍVELQuando o elemento ou fenômeno analisado não puder ser reestabelecido

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19.2 DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Neste subitem, serão identificados, quantificados e qualificados os impactos ambientais decorrentes da instalação do Aterro Sanitário de Teixeira com o objetivo de sugerir medidas visando atenuar seus efeitos negativos e maximizar os positivos, bem como aferir a viabilidade socioambiental do empreendimento através da análise que se segue.

19.2.1 Interferências Sobre o Meio Físico

Impacto MF 1 - Deterioração da Qualidade do Ar

A movimentação de terra, de veículos e de máquinas durante a fase de execução das obras resultará em incremento das emissões gasosas, de material particulado e de ruídos. Apesar de reversível tão logo cessem as atividades, a atual qualidade do ar será deteriorada, podendo causar danos à saúde e bem estar da comunidade local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

Impacto MF 2 - Diminuição da Capacidade de Acumulação de Água nos Riachos Intermitentes

Considerando que o escoamento superficial natural e a topografia da área serão alterados e que parte da vegetação será retirada, as áreas susceptíveis a erosão serão ampliadas, e o solo carreado pelas águas pluviais poderá assorear os recursos hídricos. Em consequência, ocorrerá a diminuição da sua profundidade, ampliando a sua superfície exposta ao sol e, consequentemente, a evaporação. Apesar local onde será implantado o empreendimento não possuir nenhum riacho nas proximidades.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Longa Local Sim Indireta

Impacto MF 3 - Gerenciamento Adequado dos Recursos Hídricos

As ações de monitoramento e tratamento do chorume pelo empreendimento irão possibilitar o gerenciamento adequado dos recursos hídricos locais, cujas influências são sentidas em âmbito regional. Além disso, todo o chorume será tratado em sistema específico, o que garante que não haverá o lançamento de passivos ambientais e efluentes nos recursos hídricos.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Moderada Longa Regional Sim Direta

Impacto MF 4 - Sismicidade Induzida

A formação de um maciço de resíduos sólidos compactados ao longo dos anos irá incidir sobre a geologia local, exigindo, provavelmente, o estabelecimento de um novo equilíbrio e consequentemente, na ocorrência de abalos sísmicos locais decorrente do peso extra sobre a superfície da terra. Apesar de não se esperar abalos sísmicos de grandes proporções, o comportamento do subsolo deve ser monitorado e estratégias de estabilização do sistema de impermeabilização devem

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ser contempladas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo MédiaNão

significativa Média Regional Não Direta

Impacto MF 5 - Aceleração de Processos Erosivos

As ações de alteração da topografia, criação de taludes, supressão da vegetação, compactação do solo criam situações que tornam as superfícies expostas mais susceptíveis a erosão. Este impacto está diretamente relacionado ao assoreamento de riachos, perda de solos e desestabilização das estruturas construídas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Regional Sim Direta

Impacto MF 6 - Promoção da Qualidade Ambiental

O tratamento do chorume, a drenagem dos gases, a impermeabilização das células e os sistemas de monitoramento planejados contribuem para a diminuição da poluição do ar, dos recursos hídricos e do solo das áreas dos lixões que serão desativados em função da operação do aterro sanitário, resultando em manutenção da estabilidade e da conservação de processos ambientais e de ecossistemas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Estratégica Sim Direta

19.2.2 Interferências Sobre o Meio Biótico

Os impactos relativos à fase de instalação são na grande maioria, do tipo negativo, média magnitude, importância moderada e de curta duração, pois neste momento é que são realizadas as principais alterações no meio ambiente local, afetando diretamente o ecossistema e suas espécies. Neste sentido, segue abaixo os principais impactos referentes a esta fase inicial.

Impacto MB 1 - Ameaça a Espécies Vegetais

A supressão de vegetação correspondente à ADA se resume na retirada da cobertura do estrato herbáceo, arbustivo e espécies arbóreas comuns para a região. Remoção necessária para instalação da estrutura física do empreendimento que não irá promover grandes prejuízos ao ecossistema, devido esta área encontrar-se bastante antropizada. No entanto, destaca-se a ocorrência da Mimosa melacocentra (Jurema branca) na ADA e da Caesalpinia pyramidalis (Catingueira) na AID. Assim, caso o órgão ambiental competente libere a licença para corte destas plantas ou outras que estejam listadas na Instrução Normativa Nº 06, de 23 de setembro de 2008, o impacto pela supressão de espécies como estas poderá ser mitigado a partir do programa de plantio de mudas comuns para o ecossistema local e que, preferencialmente, estejam incluídas nesta mesma lista de espécies ameaçadas a fim de colaborar para manutenção do equilíbrio ambiental.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

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Impacto MB 2 - Caça e Captura de Animais Silvestres

Devido à presença de operários e contratados pelo empreendedor, poderá ocorrer caça indiscriminada e captura da fauna local, seja para alimentação, seja para comércio ilegal de animais. Ressalta-se que a incidência de espécies na área do aterro sanitário apresenta-se reduzida em decorrência de uma acentuada antropização.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Imediata Local Sim Direta

Impacto MB 3 - Fuga e Afugentamento da Fauna

Durante a implantação e operação do empreendimento ocorrerá um intenso movimento de máquinas, veículos e pessoas, causando a elevação nos níveis de ruído e poeira na região de maneira a promover o afugentamento da fauna. Esse impacto também trará prejuízos para a nidificação, acasalamento e alimentação das espécies.

Os aterros sanitários geram um grande volume de poluentes, que podem variar quanto suas características químicas e grau de perigo oferecido ao meio ambiente. Contudo, os prejuízos que os ruídos causam aos ecossistemas, principalmente à fauna, e à saúde humana vêm chamando atenção dos profissionais ligados à segurança do trabalho devidos a seus efeitos adversos.

Além de afugentarem os animais que ocorrem no perímetro do aterro sanitário, também podem desestabilizar o equilíbrio do ecossistema local, implicando diretamente no ciclo reprodutivo de algumas espécies mais exigentes.

Contudo, em função da área estar bastante antropizada, o número de espécies de animais que ocorre na ADA não é tão grande, o que consequentemente acarreta poucos prejuízos à mesma.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Local Sim Direta

Impacto MB 4 - Acidentes com a Fauna

A intensificação do trânsito de máquinas e veículos no entorno do empreendimento poderá contribuir de forma significativa para o aumento dos índices de acidentes e atropelamentos dos animais durante a fase de implantação e operação do aterro sanitário, principalmente espécies com pouca mobilidade ou pouco ágeis.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Média Local Sim Direta

Impacto MB 5 - Perda de Habitats e Diminuição da Biodiversidade Local

A supressão da vegetação e a remoção de solos férteis em decorrência da preparação do terreno e construção de diques durante a implantação do empreendimento resultarão na perda de habitats para os animais que vivem na região ou que passam por ela periodicamente, cuja consequência direta é a diminuição da biodiversidade local. Apesar da importância, em termos gerais, desse impacto, o estado de conservação pouco expressivo da vegetação nativa e a exploração social da terra diminuem a importância deste impacto sobre o ambiente local, podendo ser parcialmente recuperado quando do

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fechamento do aterro e da adoção de medidas corretivas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Média Moderada Longa Local Sim Direta

Impacto MB 6 - Restabelecimento de Ecossistemas

O projeto de fechamento do aterro sanitário e de recomposição paisagística possibilitará o restabelecimento do equilíbrio ambiental e das condições necessárias para o repovoamento por espécies nativas e animais silvestres, reintegrando, assim, a área do aterro sanitário desativado ao ambiente na qual está inserido.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional Sim Direta

19.2.3 Interferências Sobre o Meio Socioeconômico

Impacto MS 1 - Fortalecimento do Mercado Especializado em Estudos Ambientais e Engenharia Sanitária

O desenvolvimento de estudos ambientais e técnicos para elaboração de projetos incidirá positivamente sobre o mercado de trabalho especializado, colaborando na manutenção de empregos e contribuindo na ampliação da renda dos trabalhadores do setor.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Média Moderada Imediata Regional Sim Direta

Impacto MS 2 - Desvalorização dos Terrenos Vizinhos

A instalação de um aterro sanitário desvaloriza os terrenos vizinhos uma vez que existe o medo de má operação e da ocorrência de acidentes que levarão a perda da qualidade ambiental da área, tudo isso associado ao incômodo à vizinhança em decorrência das atividades de operação e mudança da função do solo.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Grande Significativa Longa Local Não Direta

Impacto MS 3 - Fortalecimento do Mercado Regional de Construção Civil e Sanitária

As atividades relacionadas à construção das instalações dos equipamentos do empreendimento irão gerar empregos locais e qualificação aos trabalhadores, colaborando no incremento da qualidade de vida. Além disso, os fornecedores de matéria prima e equipamentos que serão utilizados na construção civil e operação do aterro também serão impactados positivamente.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Média Moderada Média Regional Sim Direta

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Impacto MS 4 - Melhoria das Condições Sanitárias dos Municípios Consorciados

Uma vez que os municípios passem a dispor seus resíduos sólidos urbanos no aterro sanitário, os lixões perderão seu uso e deverão ser desativados, resultando em melhoria sanitária e qualidade de vida para a população residente, diminuindo o risco de contrair doenças e evitando o trabalho em ambiente insalubre que estava sendo realizado pelos catadores de material reciclável.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional Não Direta

Impacto MS 5 - Desenvolvimento de Tecnologias para o Tratamento dos Resíduos Sólidos

Os mecanismos de controle e monitoramento ambiental e do sistema do aterro sanitário permitirão a produção continuada de dados e incentivará a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias adaptadas ao ambiente onde o empreendimento se insere, tanto pela gestão do aterro quanto pelas ações de pesquisadores e cientistas.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional NãoDireta

indireta

Impacto MS 6 - Municípios Permanecem Acessando Recursos Públicos para Ações de Desenvolvimento Local

A destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos irá colocar a municipalidade em conformidade com a legislação ambiental e sanitária existente no país, significando que o poder público poderá acessar recursos das diferentes instituições para seus projetos de desenvolvimento local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional Sim Direta

Impacto MS 7 - Melhoria da Qualidade de Vida das Populações Afetadas

A destinação adequada dos resíduos urbanos irá possibilitar que os recursos naturais continuem servindo de maneira satisfatória às necessidades das populações que deles dependem, em especial das águas subterrâneas. As populações que vivem no entorno de lixões recuperados alcançarão condições ambientais e sanitárias adequadas e seguras para o seu desenvolvimento social. A requalificação dos catadores de resíduos sólidos e a geração de emprego e renda significarão um salto na qualidade de vida dessas populações.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Grande Significativa Longa Regional NãoDireta

indireta

Impacto MS 8 - Incômodo à Vizinhança

O transporte diário de resíduos sólidos urbanos nas vias de acesso e a disposição final irão acarretar em emissão de odores que incomodarão a vizinhança. Além disso, durante a instalação e operação do aterro sanitário, o aumento do tráfego de veículos pesados e de pessoas alterará a rotina pacata dos

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moradores, seja em decorrência da emissão de ruídos, materiais particulados ou gases. A importância deste impacto foi minimizada devido as vias de acesso e área no entorno do aterro apresentarem baixíssima ocupação demográfica, apesar de sua magnitude ser grande.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Negativo Grande Moderada Longa Regional Não Direta

Impacto MS 9 - Ampliação das Oportunidades de Emprego para a População Local

As ações de requalificação e qualificação profissional e as atividades que irão se desenvolver diretamente no aterro sanitário irá proporcionar novos postos de trabalho para a população local, tanto direta quanto indiretamente. A atração de pessoas para a área irá incidir sobre a oferta de alimentação e outros produtos movimentando o comércio local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Médio Significativa Longa Local SimDireta

indireta

Impacto MS 10 - Aumento dos Recursos Públicos Municipais

A formalização de empregos com carteira assinada no aterro sanitário bem como a potencialização para o desenvolvimento de uma série de novas atividades e indústrias a partir da reciclagem e reaproveitamento dos materiais reciclavéis representará um aumento da arrecadação de impostos para o Município de Teixeira, podendo ser convertido em ações de desenvolvimento local.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

ESCALAESPACIAL

REVERSI-BILIDADE

RELAÇÃO

Positivo Médio Significativa Longa Regional SimDireta

indireta

Impacto MS 11 - Impacto Visual

Durante as obras de instalação e atividades relacionadas a operação da disposição de resíduos, o impacto visual da alteração paisagística na área onde se insere o projeto será intensa. Todavia, o planejamento de um projeto paisagístico que contempla uma faixa circundante do terreno com a implantação de árvores de grande porte irá minimizar o efeito negativo desse impacto. Mesmo assim, durante os últimos anos de vida útil do aterro e mesmo após o seu fechamento, a despeito da existência da referida faixa de proteção visual ou da recuperação paisagística planejada, a geometria do maciço gerado alterará definitivamente a paisagem, cujo impacto será ainda mais forte por saber que a elevação é formada pela disposição de resíduos.

TIPO MAGNITUDE IMPORTÂNCIA ESCALATEMPORAL

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RELAÇÃO

Negativo Grande Significativa Longa Regional Não Direta

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19.3 PLANOS DE GESTÃO AMBIENTAL

Ao longo deste estudo, foram diagnosticadas as características dos diferentes meios que compõem o ambiente sobre o qual se pretende implantar o Aterro Sanitário de Teixeira. Também foram apresentadas a concepção e as linhas mestras que direcionam a instalação e operação do empreendimento bem como identificados os possíveis impactos ambientais e sociais decorrentes da sua implantação.

Este conjunto de informações permitiu a compreensão das intervenções sociais e ambientais decorrentes da implantação do sistema e possibilitou a elaboração de um conjunto de medidas que concorrem para garantir a sustentabilidade ambiental do empreendimento.

Estas proposições compõem o Plano de Gestão Ambiental para o Aterro Sanitário de Patos, cujo objetivo é prevenir, atenuar e compensar os impactos adversos resultantes do empreendimento, bem como valorizar e potencializar os seus benefícios.

Este plano é formado por programas para determinadas áreas os quais são compostos, por sua vez, por projetos específicos, contemplando diferentes categorias de ação, a saber:

Medidas de mitigação de impactos negativos;

Medidas de valorização de impactos positivos;

Medidas de monitoramento ambiental;

Medidas de controle ambiental;

Medidas compensatórias.

É importante destacar que as ações descritas nestes programas assumem naturezas do tipo:

Preventiva: com ações para os impactos negativos que podem ser evitados, reduzidos ou controlados, mediante a adoção antecipada de medidas preventivas;

Corretiva: visando a mitigação de impactos através de ações de recuperação e recomposição das condições ambientais satisfatórias e aceitáveis;

Compensatória: destinando-se a impactos inevitáveis ou aquelas não mitigados de forma adequada, onde há perda de recursos e valores ecológicos, através de ações de compensação dos danos ambientais.

Nesta etapa de licenciamento, serão apresentados os objetivos de cada projeto em âmbito conceitual, pois ainda passarão pelo crivo e discussão da sociedade e entidades responsáveis, os quais deverão aprová-lo e/ ou complementá-lo. Considera-se, todavia, que todos os elementos ora elaborados sejam detalhados antes da implantação do empreendimento e que sua execução seja realizada por equipe de profissionais qualificados.

Os programas, portanto, constituem-se em elementos básicos de planejamento e gestão ambiental durante as fases de implantação, operação e finalização do projeto do aterro sanitário, devendo compor um sistema integrado de gerenciamento ambiental do aterro.

Após a apresentação dos programas e projetos a ele vinculados, serão definidos o cronograma de execução dos planos, os dados necessários para o cálculo do grau de impacto e os termos da compensação ambiental e as medidas mitigadoras de impactos negativos.

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TABELA 19.44 - RESUMO DOS PROGRAMAS E PROJETOS QUE COMPÕEM O PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL DO ATERROPROGRAMA PROJETO OBJETIVO

BIOFÍSICO

Observação das condições climatológicasMonitorar o comportamento climático anual da região a fim de conhecer a sua dinâmica e tomar melhores decisões em caso de acidentes na operação e/ ou fechamento do aterro.

Monitoramento da qualidade do ar

O objetivo deste plano se divide em duas áreas mutuamente complementares:Monitoramento dos gases emitidos pela disposição dos resíduos nas células do aterro sanitário, verificando a quantidade de emissão de gases, a caracterização da sua composição química, as eventuais migrações e os riscos de ocorrência de explosões durante a operação do aterro sanitário bem como após o seu fechamento;Monitoramento dos níveis de ruídos, fumaça e particulados em suspensão resultado da movimentação de veículos pesados e atividades operacionais.

Monitoramento da qualidade das águasO objetivo do plano de monitoramento é promover ações que acompanhem o estado da qualidade das águas durante as fases de implantação, operação e fechamento do empreendimento visando o controle de possíveis atividades poluidoras sobre os recursos hídricos.

Desativação e recuperação dos lixõesO objetivo deste plano é recuperar os vazadouros de lixo (em geral, lixões) dos municípios participantes do consórcio uma vez que serão desativados com a operação do aterro sanitário.

Fechamento e uso futuro da áreaTraçar as diretrizes para a recuperação e aproveitamento da área e a manutenção da estabilidade física, química e biológica dos maciços, preparando para o desempenho de atividades futuras.

Plano de recuperação de áreas degradadasPlano de Exploração / Recomposição de Áreas de EmpréstimosPlano de Disposição / Recomposição das Áreas de Bota-Fora

SOCIOECONÔMICO

Capacitação técnica e aproveitamento de mão de obra

Estabelecer as diretrizes e os procedimentos para a execução das ações de capacitação dos trabalhadores de diferentes tipos de serviços destinadas à melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo empreendimento, ao cumprimento dos objetivos de cada etapa e ao desenvolvimento integral dos trabalhadores, buscando melhor qualidade de vida e realização profissional.

Educação ambientalInformar a população sobre as características ambientais e socioeconômicas da região e sobre os benefícios ambientais do projeto, privilegiando a disseminação de informações sobre as medidas de preservação da qualidade ambiental relacionadas ao empreendimento.

Adequação a estrutura urbana existenteUma vez que a área está localizada em zona rural, não existem interferências sobre infraestrutura urbana de modo que não é necessário um plano de adequação a estrutura urbana.

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TABELA 19.45 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E MEDIDAS MITIGADORAS.

PROJETOS/MEDIDAS MITIGADORAS

PLANEJAMENTO IMPLANTAÇÃO OPERAÇÃO*F

ECHAMENTO**

1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 1

Preservação dos Recursos Hídricos e Paisagísticos

Monitoramento da Qualidade do Ar

Monitoramento da Qualidade das Águas

Recuperação de Áreas Degradadas pelas Obras

Desativação e Recuperação dos Lixões

Fechamento e Uso Futuro da Área

Educação Ambiental

Capacitação Técnica e Aproveitamento de Mão de Obra

* Considera-se cada coluna equivalente a 5 anos. ** Tempo indeterminado.

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TABELA 19.46 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO.IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Deterioração da qualidade do ar

Verificar e promover a regulagem e manutenção de todos os equipamentos (veículos, geradores, tratores, etc.) envolvidos na implantação e operação do projeto;Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente fechados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro;Deverão ser analisados os principais componentes do gás drenado pelos tubos do aterro bem como aquele escapado diretamente pelo recobrimento dos resíduos: CH4, CO2, CO, H2, N2, O2.

Diminuição da capacidade de acumulação de água nos

riachos intermitentes e Aceleração de processos

erosivos

O caráter litólico e pouco profundo do solo associado a pouca permeabilidade da rocha mãe e a topografia movimentada da área pode resultar em movimentações em massa, devendo ser cuidadosamente pensado em formas de drenagem subsuperficial das águas pluviais;Deve-se evitar a escavação de solo e movimentação de terra durante o período chuvoso, evitando que os sedimentos sejam carreados para os corpos d’água; Evitar áreas de solo expostas diretamente à ação erosiva, devendo recobrir com gramas ou arbustos;Garantir a manutenção adequada do sistema de drenagem de águas pluviais, em especial dos taludes e maciços formados pela disposição de resíduos; O lançamento das águas pluviais nos corpos receptores deverá evitar a formação de voçorocas, adotando solução de engenharia adequada para diminuir a força da água (gravidade) sobre o solo: as águas pluviais deverão ser conduzidas às caixas de coleta, aos tubos de concreto e às estruturas de dissipação de energia, para posteriormente serem lançadas na drenagem natural.

Redução do nível da água subterrânea

Recomenda-se que sejam instalados sistemas de captação de águas pluviais, como exemplo, cisternas para armazenamento e uso para irrigação de áreas verdes, lavagem de veículos e máquinas e aspersão de pátios e vias internas;

Sismicidade induzida Não há mitigação, apenas o monitoramento para acompanhar o desenvolvimento do processo.

Perda de habitats e diminuição da biodiversidade

Otimizar os processos para que haja a supressão apenas necessária da vegetação, visando restringir às áreas diretamente afetadas a partir de um planejamento antecipadamente dos problemas com manutenção da pista de rolamento e acidentes das vias de acesso ao aterro sanitário;Destinar apropriadamente os resíduos reciclavéis através de coleta seletiva e dar disposição final aos mesmos conforme legislação ou procedimentos escritos pelo órgão ambiental;A empresa responsável pela instalação do aterro sanitário deverá produzir mudas ou formar um banco genético da vegetação nativa ou mesmo, terceirizar o serviço para que o ambiente seja recuperado e tenha características semelhantes a mata original;Promover a recomposição paisagística quando do fechamento do aterro sanitário utilizando vegetação nativa.

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TABELA 24.8 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO (cont.)IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Ameaça a espécies vegetais em risco de

extinção

Dar-se-á preferência para o plantio de espécies vegetais nativas, frutíferas e ameaçadas de extinção a fim de contribuir para a recuperação da área, manutenção do ecossistema, ocorrência e nidificação neste local de espécies da fauna silvestre;Sempre que possível, realizar o transplante de árvores maduras ameaçadas de extinção para outras áreas dentro do terreno.

Fuga e afugentamento da

fauna

Otimizar o tempo necessário para instalação do Aterro Sanitário de maneira que se possa reduzir o tráfego de máquinas, veículos e pedestres, para que seja reduzido os níveis de ruídos e dispersão de poeira na ADA do empreendimento e assim, minimizar o estresse sobre a fauna local;Adotar procedimentos educativos visando à orientação e sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os para evitar o confronto com os animais e, conseqüentemente, contribuir para manutenção das espécies;Tendo em vista a existência de uma cobertura vegetal bem definida na propriedade destinada para implantação do aterro sanitário, destinar-se-á uma parcela da área para conservação da biodiversidade local e fortalecimento do conceito de corredores ecológicos, facilitando o trânsito da fauna e contribuindo para o fluxo gênico entre as populações das espécies que ocorrem na região;O afugentamento da fauna silvestre também está diretamente ligado à operação do aterro sanitário, sendo importante que as atividades de manejo sejam otimizadas a fim de promover a redução do trânsito e tempo de funcionamento dos veículos, conseqüentemente, os impactos referentes à produção de ruídos;Periodicamente, deverão ser feitas algumas inspeções e manutenções nos equipamentos para que os mesmos não produzam ruídos excessivos;Promover o replantio na ADA de espécies vegetais nativas e frutíferas;Implantar um programa de monitoramento da biodiversidade local para se conhecer o comportamento intra e interespecífico das espécies que ocorre no local, bem como seus nichos ecológicos;Buscar parcerias com os centros acadêmicos, ONG’s e pesquisadores a fim de somarem esforços para recuperação da área degradada.

Acidentes com animais

Orientar o tráfego de máquinas e veículos, respeitando os limites de velocidade e as placas de sinalização a fim de reduzir os níveis de ruído, bem como as manobras dos veículos fora da área de atividade do aterro sanitário;Instalar placas de sinalização alertando para a presença de animais próximos a ADA e para a redução de velocidade quando adentrarem no limite do aterro sanitário;Manter as vias de acesso limpas (sem lixo domiciliar) e com vegetação baixa (cortada e podada) para não atrair os animais para essa faixa de trânsito de veículos;Instalar placas de sinalização alertando as pessoas e funcionários sobre a presença de animais silvestres próximos ao empreendimento e para redução da velocidade dos veículos;Orientar os condutores dos veículos para eventuais procedimentos de socorro ou tomadas de ação em caso de acidentes com algumas espécies da fauna silvestre;Durante o fechamento, retirar as máquinas, equipamentos ou quaisquer outros aparatos utilizados na operação do aterro sanitário que possam causar riscos a integridade da biodiversidade local;Formar parcerias com Universidades e ONG’s para prestação de socorro à fauna acidentada ou em risco na ADA do aterro sanitário, identificando locais para encaminhar os animais feridos.

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TABELA 24.8 - RESUMO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E SUAS RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS E FASE DE IMPLANTAÇÃO (cont.)IMPACTO

NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Caça e captura de animais silvestres

Proibir e fiscalizar ações predatórias (caça e aprisionamento de animais silvestres) do pessoal envolvido na implantação, operação e fechamento do empreendimento;Adotar procedimentos educativos visando à orientação e sensibilização dos funcionários envolvidos, instruindo-os quanto às leis de proteção a fauna para a manutenção das espécies locais;Promover programas de educação ambiental para os moradores da região, explicando o objetivo da presença do aterro sanitário no local, bem como suas responsabilidades para com eles e o meio ambiente;Comunicar e denunciar aos órgãos ambientais federais ou estaduais, qualquer prática ilegal ou crime ambiental praticado por pessoas físicas ou jurídicas que venham a degradar ou causar impactos ao meio ambiente;Promover a reintrodução de animais da fauna silvestre a fim de contribuir para o aumento populacional das espécies nativas e o fluxo gênico entre as áreas adjacentes quando da desativação do aterro;Procurar reintroduzir, prioritariamente, espécies da fauna deste ecossistema que estejam ameaçadas de extinção com auxílio de profissionais especializados.

Incômodo a vizinhança e

Impacto ambiental

Deverá ser realizada aspersão de águas nas superfícies durante a execução da obra, desse modo minimizando o lançamento de poeiras;Os veículos transportadores de resíduos deverão circular limpos e devidamente lacrados para evitar a exalação de odores durante o percurso até o aterro;Os veículos e equipamentos utilizados pelo aterro e unidades complementares deverão estar em perfeito estado de conservação para evitar ruídos desnecessários;Garantir o funcionamento do aterro sanitário durante o horário comercial e em dias da semana;Realizar diariamente a cobertura dos resíduos dispostos de modo a evitar a proliferação de doenças e odores;Manter uma faixa arbórea protegendo os limites do terreno, de modo a diminuir o impacto visual e a dissipação de ruídos e odores;Durante o fechamento do aterro sanitário, promover adequadamente a recomposição paisagística do maciço e áreas adjacentes, bem como evitar o abandono de prédios e equipamentos no local.

Desvalorização dos terrenos vizinhos

Implantação de uma faixa bem arborizada, contornando todo o perímetro do aterro e ainda áreas de jardins no entorno da Guarita do portão de acesso e na área da Administração, visando evitar impactos visuais negativos ao público externo e também otimizar a dispersão vertical do biogás e odores;Preservar a vegetação nativa, promovendo regularmente sua poda e manutenção constante; como boa parte da área já se encontra degradada, torna-se indispensável o plantio de árvores nativas que se adaptem ao tipo de solo e clima da região, formando desta forma um “cinturão verde”;Plantio de um “cinturão” verde com plantas nativas com 02 linhas alternadas de árvores com distância de 1,20 m da cerca de contorno do terreno e com 1,20 m de distância entre árvores ao longo da área de preservação que circunda o terreno, e que deverão plantadas no início do período chuvoso;Executar uma barreira de isolamento compacta, desde a base até o topo, evitando o chamado “barreira paliteiro”, típico de barreiras vegetais, que não cumprem adequadamente a função de isolamento visual.

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ANEXOS

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A - PROJETO DO ATERRO SANITÁRIO DE PEQUENO PORTE - ASPP E UNIDADE DE COMPOSTAGEM - UC DE MÃE D’ÁGUA

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RELAÇÃO DE DESENHOS DE MÃE D’ÁGUA

ITEMDESENHO

NºDESCRIÇÃO REV.

01 213.12-04.09-ATS-PB-DE-TOP-001Município de Mãe D'água - Aterro Sanitário de Pequeno Porte - Levantamento Topográfico

0

02 213.12-04.09-ATS-PB-DE-CIV-001Município de Mãe D'água - Aterro Sanitário de Pequeno Porte – Arranjo

0

03 213.12-04.09-ATS-PB-DE-CIV-002Município de Mãe D'água - Aterro Sanitário de Pequeno Porte – Seções Transversais e Longitudinais l

0

04 213.12-04.09-ATS-PB-DE-CIV-007Município de Mãe D'água - Aterro Sanitário de Pequeno Porte – Drenagem de Chorume 0

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B - PROJETO DO ATERRO SANITÁRIO DE PEQUENO PORTE - ASPP E UNIDADE DE COMPOSTAGEM - UC DO MUNICÍPIO

DE PASSAGEM

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RELAÇÃO DE DESENHOS DE PASSAGEM

ITEMDESENHO

NºDESCRIÇÃO REV.

01 213.12-08.09-ATS-PB-DE-TOP-001Município de Passagem - Aterro Sanitário de Pequeno Porte - Levantamento Topográfico

0

02 213.12-08.09-ATS-PB-DE-CIV-001Município de Passagem - Aterro Sanitário de Pequeno Porte – Arranjo

0

03 213.12-08.09-ATS-PB-DE-CIV-002Município de Passagem - Aterro Sanitário de Pequeno Porte – Seções Transversais e Longitudinais l

0

04 213.12-08.09-ATS-PB-DE-CIV-007Município de Passagem - Aterro Sanitário de Pequeno Porte – Drenagem de Chorume 0

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C - PROJETO DO ATERRO SANITÁRIO - AS E UNIDADE DE COMPOSTAGEM - UC DO MUNICÍPIO DE PATOS

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RELAÇÃO DE DESENHOS DE PATOS

ITEMDESENHO

NºDESCRIÇÃO REV.

01 213.12-07.01-ATS-PB-DE-TOP-001Município de Patos - Aterro Sanitário - Levantamento Topográfico

0

02 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-001 Município de Patos - Aterro Sanitário– Arranjo 0

03 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-002Município de Patos - Aterro Sanitário– Seções Transversais e Longitudinais l

0

04 213.12-07.01-ATS-PB-DE-CIV-007Município de Patos - Aterro Sanitário – Drenagem de Chorume 0

149Rua Bahia, 466, Pituba - Salvador - Bahia - Brasil - CEP 41.830-160

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D - PROJETO DO ATERRO SANITÁRIO - AS E UNIDADE DE COMPOSTAGEM - UC DO MUNICÍPIO DE TEIXEIRA

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RELAÇÃO DE DESENHOS DE TEIXEIRA

ITEMDESENHO

NºDESCRIÇÃO REV.

01 213.12-14.01-ATS-PB-DE-TOP-001Município de Teixeira- Aterro Sanitário - Levantamento Topográfico

0

02 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-001 Município de Teixeira - Aterro Sanitário– Arranjo 0

03 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-002Município de Teixeira - Aterro Sanitário– Seções Transversais e Longitudinais l

0

04 213.12-14.01-ATS-PB-DE-CIV-007Município de Teixeira - Aterro Sanitário – Drenagem de Chorume 0

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