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Transferência do Transferência do Sigilo Fiscal para Sigilo Fiscal para outro Ente da outro Ente da Administração Administração Pública Pública (Mecanismo instrumentalizado (Mecanismo instrumentalizado pelas Leis Complementares nº pelas Leis Complementares nº 104/2001 e 105/2001) 104/2001 e 105/2001)

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Transferência do Transferência do Sigilo Fiscal para Sigilo Fiscal para

outro Ente da outro Ente da Administração Administração

PúblicaPública

(Mecanismo instrumentalizado (Mecanismo instrumentalizado pelas Leis Complementares nº pelas Leis Complementares nº

104/2001 e 105/2001)104/2001 e 105/2001)

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Amplo acesso da Amplo acesso da administração tributária à administração tributária à

documentaçãodocumentação(art. 195 CTN)(art. 195 CTN)

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm não têm aplicação aplicação

quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de de

examinarexaminar mercadorias, mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéislivros, arquivos, documentos, papéis e e

efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou

produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

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Prerrogativas da autoridade Prerrogativas da autoridade administrativa para exigir administrativa para exigir

informações (art. 197 CTN)informações (art. 197 CTN) Art. 197. Mediante intimação escrita, Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a são obrigados a

prestar à autoridade administrativaprestar à autoridade administrativa todas as informações todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: atividades de terceiros:

.......................................................... II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e

demais instituições financeiras; demais instituições financeiras; .............................................. Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não não

abrange a prestação de informações quanto a abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredolegalmente obrigado a observar segredo em razão em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

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Sigilo Fiscal (art. 198 CTN )Sigilo Fiscal (art. 198 CTN )Redação original do art. 198Redação original do art. 198

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, para qualquer fim,é vedada a divulgação, para qualquer fim, por parte da Fazenda Pública ou de seus funcionários, de qualquer informação, obtida em razão do ofício, por parte da Fazenda Pública ou de seus funcionários, de qualquer informação, obtida em razão do ofício, sôbre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou de terceiros e sôbre a natureza e o sôbre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou de terceiros e sôbre a natureza e o estado dos seus negócios ou atividades.estado dos seus negócios ou atividades.

Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo, Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo, únicamenteúnicamente,,

os casos previstos no artigo seguinte os casos previstos no artigo seguinte e e

os de requisição regular da autoridade judiciária no interêsse da justiçaos de requisição regular da autoridade judiciária no interêsse da justiça. .

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Duas Exceções ao Dever de Sigilo Duas Exceções ao Dever de Sigilo (Redação original do § Único do art. 198 do (Redação original do § Único do art. 198 do

CTN)CTN)

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informaçõesinformações, na forma estabelecida, em caráter , na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. geral ou específico, por lei ou convênio.

os de requisição regular da autoridade os de requisição regular da autoridade judiciária no interêssejudiciária no interêsse da justiça. da justiça.

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Nova Redação do art. 198 do Nova Redação do art. 198 do CNTCNT

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. negócios ou atividades. (Redação dada pela (Redação dada pela LcpLcp nº 104, de 10.1.2001) nº 104, de 10.1.2001)

§ 1§ 1oo Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes:   previstos no art. 199, os seguintes:   (Redação dada pela (Redação dada pela LcpLcp nº 104, de 10.1.2001) nº 104, de 10.1.2001)

            I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;  I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; 

(Incluído pela (Incluído pela LcpLcp nº 104, de 10.1.2001) nº 104, de 10.1.2001)          

II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. administrativa. (Incluído pela (Incluído pela LcpLcp nº 104, de 10.1.2001) nº 104, de 10.1.2001)

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Três Exceções ao Dever de Sigilo Três Exceções ao Dever de Sigilo (Nova redação do art. 198 – Parágrafo único (Nova redação do art. 198 – Parágrafo único

transformado em § 1º)transformado em § 1º) Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informaçõespermuta de informações, na forma estabelecida, em , na forma estabelecida, em

caráter geral ou específico, por lei ou convênio.caráter geral ou específico, por lei ou convênio.     I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;  I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;  (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

  Terceira Exceção – Incluída pela Lei Terceira Exceção – Incluída pela Lei Complementar nº 104/2001Complementar nº 104/2001

II – II – solicitações de autoridade administrativasolicitações de autoridade administrativa no interesse da no interesse da administração Pública, desde que seja comprovada a instauração administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. refere a informação, por prática de infração administrativa. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

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Regra para o Intercâmbio da Informação Regra para o Intercâmbio da Informação Sigilosa – Inserido o § 2º no art. 198 do CTN Sigilosa – Inserido o § 2º no art. 198 do CTN

Art. 198. .......................Art. 198. .......................

§ 2§ 2oo O intercâmbio de informação sigilosa, no O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, âmbito da Administração Pública, será realizado será realizado mediante processo regularmente instauradomediante processo regularmente instaurado, e a , e a entrega será feita pessoalmente à autoridade entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, solicitante, mediante recibo, que formalize a que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo.transferência e assegure a preservação do sigilo. (Incluído pela (Incluído pela LcpLcp nº 104, de 10.1.2001) nº 104, de 10.1.2001)

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Inteligência do § 2º do art. 198 do CTNInteligência do § 2º do art. 198 do CTN

NÃO HÁ QUEBRA DO SIGILO FISCALNÃO HÁ QUEBRA DO SIGILO FISCAL

MEDIANTE RECIBO É MEDIANTE RECIBO É FORMALIZADA A FORMALIZADA A TRANSFERÊNCIA TRANSFERÊNCIA DO SIGILODO SIGILO PARA A AUTORIDADE PARA A AUTORIDADE SOLICITANTESOLICITANTE

O SIGILO DEVE SER PRESERVADOO SIGILO DEVE SER PRESERVADO PELA AUTORIDADE SOLICITANTE PELA AUTORIDADE SOLICITANTE

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CONCEITO DE ADMINISRAÇÃO PUBLICA CONCEITO DE ADMINISRAÇÃO PUBLICA COMO PARTE (Desembargador Wellington COMO PARTE (Desembargador Wellington

Pacheco Barros – TJRS)Pacheco Barros – TJRS) A Administração Pública como parte do processo A Administração Pública como parte do processo

administrativo pode ser a qualquer das suas unidades administrativo pode ser a qualquer das suas unidades conceituais, como a União, cada um dos Estados, o Distrito conceituais, como a União, cada um dos Estados, o Distrito Federal, cada um dos Municípios, as autarquias, cada um dos Federal, cada um dos Municípios, as autarquias, cada um dos órgãos dessas pessoas públicas, a empresas públicas, as órgãos dessas pessoas públicas, a empresas públicas, as sociedades de economia mista, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, as empresas públicas e as fundações, estas últimas enquanto Administração Pública, fundações, estas últimas enquanto Administração Pública, desde que tenha alguma pretensão de direito ou de interesse desde que tenha alguma pretensão de direito ou de interesse e competência para ser parte especificada em lei.e competência para ser parte especificada em lei.

Para não deixar dúvida, é bom repetir que a União, Para não deixar dúvida, é bom repetir que a União, cada um dos Estados, o Distrito Federal, cada um dos cada um dos Estados, o Distrito Federal, cada um dos Municípios, as autarquias e os órgãos que compõem Municípios, as autarquias e os órgãos que compõem estas pessoas públicas sempre integram o conceito de estas pessoas públicas sempre integram o conceito de Administração Pública para efeitos de processo Administração Pública para efeitos de processo administrativo, desde que demonstrem interesse e tem administrativo, desde que demonstrem interesse e tem competência.” competência.” (grifo nosso).(grifo nosso).

( Wellington Pacheco Barros, ( Wellington Pacheco Barros, in in Curso de Processo Administrativo, Curso de Processo Administrativo, Livraria do Advogado Editora, 2005, págs. 86/87 )Livraria do Advogado Editora, 2005, págs. 86/87 )

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COMENTÁRIOS AO ART. 198 DO CTN ( José Carlos COMENTÁRIOS AO ART. 198 DO CTN ( José Carlos Francisco – Juiz Federal em São Paulo – Mestre e Francisco – Juiz Federal em São Paulo – Mestre e

Doutor em Direito Constitucional – PUC/SP )Doutor em Direito Constitucional – PUC/SP )

Diferentemente do previsto no art. 199, do CTN, Diferentemente do previsto no art. 199, do CTN, o o art. 198, § 1°, I e II, cuidaart. 198, § 1°, I e II, cuida, respectivamente, de , respectivamente, de determinação judicial (federal, estadual, trabalhista determinação judicial (federal, estadual, trabalhista e outras) dirigida à Administração Tributária de e outras) dirigida à Administração Tributária de qualquer ente federativo (da Administração Direta qualquer ente federativo (da Administração Direta ou Indireta) ou Indireta) e de solicitações administrativas e de solicitações administrativas advindas de quaisquer entes federativosadvindas de quaisquer entes federativos para o para o fornecimento de informações visando à instrução fornecimento de informações visando à instrução de processo administrativo que apura infrações de processo administrativo que apura infrações administrativas administrativas

( ( vale dizervale dizer, todos os temas que importem em , todos os temas que importem em violação às regras administrativas violação às regras administrativas e não apenas e não apenas fiscais fiscais ))

( José Carlos Francisco, ( José Carlos Francisco, in in Comentários ao Código Tributário Nacional, São Comentários ao Código Tributário Nacional, São Paulo, MP Editora, 2005, p. 1.398)Paulo, MP Editora, 2005, p. 1.398)

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VISÃO DA JURISPRUDÊNCIA (Agravo 174981)VISÃO DA JURISPRUDÊNCIA (Agravo 174981)

A Carta Magna assegura a inviolabilidade de sigilo de A Carta Magna assegura a inviolabilidade de sigilo de dados, admitindo sua quebra por ordem judicial e nas dados, admitindo sua quebra por ordem judicial e nas hipóteses previstas em lei (... ) hipóteses previstas em lei (... )

Não está o Fisco desautorizado de proceder a quebra do Não está o Fisco desautorizado de proceder a quebra do sigilo bancário (...) sigilo bancário (...)

O sigilo de dados não se aplica, como direito absoluto, à O sigilo de dados não se aplica, como direito absoluto, à autoridade fiscal, que tem o dever legal (art. 195 do CTN) autoridade fiscal, que tem o dever legal (art. 195 do CTN) de identificar a capacidade econômica dos contribuintes, de identificar a capacidade econômica dos contribuintes, quanto ao seu patrimônio, rendimentos e atividades quanto ao seu patrimônio, rendimentos e atividades econômicas.econômicas. Exige-se-lhe, sim, a observância dos direitos Exige-se-lhe, sim, a observância dos direitos individuais que, em alguns casos, deve ceder diante do interesse individuais que, em alguns casos, deve ceder diante do interesse da Administração Publica da Administração Publica (art. 198, § 1º, inciso II, do CTN).(art. 198, § 1º, inciso II, do CTN).

( TRF da 3ª Região, Agravo 174981, 6ª Turma, ( TRF da 3ª Região, Agravo 174981, 6ª Turma, Relator Des. Federal Lazarano Neto, DJU de Relator Des. Federal Lazarano Neto, DJU de 05/09/2003, p. 387 )05/09/2003, p. 387 )

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VISÃO DA JURISPRUDÊNCIA VISÃO DA JURISPRUDÊNCIA (Continuação do Agravo 174981)(Continuação do Agravo 174981)

A Lei Complementar nº 105/01, que outorgou ao Fisco a A Lei Complementar nº 105/01, que outorgou ao Fisco a quebra do sigilo desde que haja procedimento quebra do sigilo desde que haja procedimento administrativo instaurado e seja indispensável a obtenção administrativo instaurado e seja indispensável a obtenção de dados sigilosos do contribuinte, bem como a Lei nº de dados sigilosos do contribuinte, bem como a Lei nº 10.714/01, que alterou o § 3º do art. 11 da Lei nº 9.311/96, 10.714/01, que alterou o § 3º do art. 11 da Lei nº 9.311/96, para facultar a Secretaria da Receita Federal a para facultar a Secretaria da Receita Federal a utilização das informações atinentes à CPMF, com o utilização das informações atinentes à CPMF, com o escopo de instaurar procedimento administrativo escopo de instaurar procedimento administrativo tendente a verificar a existência de crédito tributário tendente a verificar a existência de crédito tributário relativo a impostos e contribuições e para relativo a impostos e contribuições e para lançamento, no âmbito do procedimento fiscal, do lançamento, no âmbito do procedimento fiscal, do crédito tributário porventura existente, embora crédito tributário porventura existente, embora pareçam colidir com o direito de resguardo de dados, pareçam colidir com o direito de resguardo de dados, coadunam-se com as preceitos constitucionais.coadunam-se com as preceitos constitucionais.

(TRF da 3ª Região, Agravo 174981, 6ª Turma, Relator Des. (TRF da 3ª Região, Agravo 174981, 6ª Turma, Relator Des. Federal Lazarano Neto, DJU de 05/09/2003, p. 387Federal Lazarano Neto, DJU de 05/09/2003, p. 387 ))

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CPMF – TRIBUTO ADMINISTRADO PELA CPMF – TRIBUTO ADMINISTRADO PELA RECEITA FEDERAL e ARRECADADO PELOS RECEITA FEDERAL e ARRECADADO PELOS

BANCOS – Instituído pela Lei nº 9.311/1996BANCOS – Instituído pela Lei nº 9.311/1996

Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996

Art. 11 – Compete à Secretaria da Receita Federal a administração da Art. 11 – Compete à Secretaria da Receita Federal a administração da contribuição, incluídas as atividades de tributação, fiscalização e contribuição, incluídas as atividades de tributação, fiscalização e arrecadação.arrecadação.

§ 1º No exercício das atribuições de que trata este artigo, a Secretaria § 1º No exercício das atribuições de que trata este artigo, a Secretaria da Receita Federal poderá requisitar ou proceder ao exame de da Receita Federal poderá requisitar ou proceder ao exame de documentos, livros e registros, bem como estabelecer obrigações documentos, livros e registros, bem como estabelecer obrigações acessórias.acessórias.

§ 2° As instituições responsáveis pela retenção e pelo recolhimento da § 2° As instituições responsáveis pela retenção e pelo recolhimento da contribuição prestarão à Secretaria da Receita Federal as contribuição prestarão à Secretaria da Receita Federal as informações informações necessárias à identificação dos contribuintes e os valores globais das necessárias à identificação dos contribuintes e os valores globais das respectivas operaçõesrespectivas operações, nos termos, nas condições e nos prazos que , nos termos, nas condições e nos prazos que vierem a ser estabelecidos pelo Ministro de Estado da Fazenda. vierem a ser estabelecidos pelo Ministro de Estado da Fazenda.

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CPMF – TRIBUTO ADMINISTRADO PELA CPMF – TRIBUTO ADMINISTRADO PELA RECEITA FEDERAL e ARRECADADO PELOS RECEITA FEDERAL e ARRECADADO PELOS

BANCOSBANCOSLei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996

Art. 11....Art. 11....

§ 3º Secretaria da Receita Federal § 3º Secretaria da Receita Federal resguardará, na resguardará, na forma da legislação aplicável à matéria,forma da legislação aplicável à matéria, o sigilo das o sigilo das informações prestadas, facultada sua utilização para informações prestadas, facultada sua utilização para instaurar procedimento administrativo tendente a instaurar procedimento administrativo tendente a verificar a existência de crédito tributário relativo a verificar a existência de crédito tributário relativo a impostos e contribuições e para lançamento, no impostos e contribuições e para lançamento, no âmbito do procedimento fiscal, do crédito tributário âmbito do procedimento fiscal, do crédito tributário porventura existente, observado o disposto no porventura existente, observado o disposto no art. 42 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996art. 42 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, , e alterações posteriores. e alterações posteriores.

(Redação dada pela Lei nº 10.174, de 2001)(Redação dada pela Lei nº 10.174, de 2001)

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CPMF – TRIBUTO ADMINISTRADO PELA CPMF – TRIBUTO ADMINISTRADO PELA RECEITA FEDERAL e ARRECADADO PELOS RECEITA FEDERAL e ARRECADADO PELOS

BANCOSBANCOSLei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996

Art. 42. Caracterizam-se também omissão de receita ou de Art. 42. Caracterizam-se também omissão de receita ou de rendimento os valores creditados em conta de depósito ou rendimento os valores creditados em conta de depósito ou de  investimento mantida junto a instituição financeira, em de  investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações.nessas operações.

...............................................        ...............................................                        § 3º Para efeito de determinação da receita omitida, os § 3º Para efeito de determinação da receita omitida, os

créditos serão analisados individualizadamente, observado que créditos serão analisados individualizadamente, observado que não serão considerados:não serão considerados:

                I - os decorrentes de transferências de outras contas da I - os decorrentes de transferências de outras contas da própria pessoa física ou jurídica;própria pessoa física ou jurídica;

                II - no caso de pessoa física, sem prejuízo do disposto no II - no caso de pessoa física, sem prejuízo do disposto no inciso anterior, os de valor individual igual ou inferior inciso anterior, os de valor individual igual ou inferior a R$ a R$ 1.000,00 (mil reais), desde que o seu somatório, dentro do 1.000,00 (mil reais), desde que o seu somatório, dentro do ano-calendário, não ultrapasse o valor de R$ 12.000,00 (doze ano-calendário, não ultrapasse o valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais).mil reais). (Vide Lei  nº 9.481, de 1997)(Vide Lei  nº 9.481, de 1997)

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CPMF – TRIBUTO ADMINISTRADO PELA CPMF – TRIBUTO ADMINISTRADO PELA RECEITA FEDERAL e ARRECADADO PELOS RECEITA FEDERAL e ARRECADADO PELOS

BANCOSBANCOS

Lei nº 9.481, de 27 de dezembro Lei nº 9.481, de 27 de dezembro de 1997de 1997

    Art. 4º Os valores a que se refere o Art. 4º Os valores a que se refere o inciso II do § 3º do art. 42 da Lei nº 9.430, de 27 de inciso II do § 3º do art. 42 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996dezembro de 1996, passam a ser de R$12.000,00 (doze mil reais) e R$ , passam a ser de R$12.000,00 (doze mil reais) e R$

80.000,00 (oitenta mil reais), respectivamente.80.000,00 (oitenta mil reais), respectivamente.

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NÃO HÁ DEVER DE SIGILONÃO HÁ DEVER DE SIGILO QUANDO OS BANCOS FORNECEM QUANDO OS BANCOS FORNECEMÀ RECEITA FEDERAL A IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE E OS À RECEITA FEDERAL A IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE E OS VALORES GLOBAIS DE SUA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRAVALORES GLOBAIS DE SUA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA

Lei Complementar nº 105/2002Lei Complementar nº 105/2002  Art. 1Art. 1oo As instituições financeiras conservarão sigilo em suas As instituições financeiras conservarão sigilo em suas

operações ativas e passivas e serviços prestados. operações ativas e passivas e serviços prestados. ......................................................

§ 3§ 3oo Não constitui violação do dever de sigilo: Não constitui violação do dever de sigilo:          ..................................  ..................................                  III – o fornecimento das informações de que trata o III – o fornecimento das informações de que trata o § 2§ 2oo

do art. 11 da Lei n do art. 11 da Lei noo 9.311, de 24 de outubro de 1996; 9.311, de 24 de outubro de 1996;

Lei nº 9.311/96 ( Lei da CPMF )Lei nº 9.311/96 ( Lei da CPMF )Art. 11...............Art. 11...............

§ 2° As instituições responsáveis pela retenção e pelo recolhimento § 2° As instituições responsáveis pela retenção e pelo recolhimento da contribuição prestarão à Secretaria da Receita Federal as da contribuição prestarão à Secretaria da Receita Federal as informações necessárias à identificação dos contribuintes e os informações necessárias à identificação dos contribuintes e os valores globais das respectivas operaçõesvalores globais das respectivas operações, nos termos, nas , nos termos, nas condições e nos prazos que vierem a ser estabelecidos pelo Ministro condições e nos prazos que vierem a ser estabelecidos pelo Ministro de Estado da Fazenda. de Estado da Fazenda.

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NÃO CONSTITUI VIOLAÇÃO AO DEVER DE SIGILO O NÃO CONSTITUI VIOLAÇÃO AO DEVER DE SIGILO O FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES A RECEITA FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES A RECEITA

FEDERALFEDERAL CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LC Nº 105/01. DECRETO N. 3.724/01. QUEBRA

DE SIGILO BANCÁRIO. INOCORRÊNCIA. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA VIOLAÇÃO DE QUAISQUER DOS DISPOSITIVOS PREVISTOS NA LEI E NA SUA REGULAMENTAÇÃO.

I. O art. 11 da Lei 9.311/96 que atribuiu à Secretaria da Receita Federal a administração da CPMF, incluída a tributação, fiscalização e arrecadação, autorizando seu acesso à movimentação das contas bancárias, nos termos de seu § 3º, o qual dispôs que a Secretaria da Receita Federal resguardará o SIGILO das informações prestadas, facultada sua utilização para instaurar procedimento administrativo tendente a verificar a existência de crédito tributário relativo a impostos e contribuições e para lançamento, no âmbito do procedimento fiscal, do crédito tributário porventura existente, observado o disposto no art. 42 da Lei nº 9.430/96...........IV. A Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001 expressamente conclamou não constituir violação do dever de SIGILO o fornecimento de informações à Secretaria da Receita Federal na forma do art. 11, §2º, da Lei 9.311/96.

Origem: Origem: TRIBUNAL - TERCEIRA REGIÃO TRIBUNAL - TERCEIRA REGIÃO Classe: Classe: AMS - APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA - 241280AMS - APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA - 241280Processo: Processo: 2001.61.00.012153-2        2001.61.00.012153-2        UF: UF: SP        SP        Orgão Julgador: Orgão Julgador: QUARTA TURMAQUARTA TURMADData da Decisão: ata da Decisão: 30/11/2005     30/11/2005     Documento: Documento: TRF300102677 DJU Data: 26/04/2006 TRF300102677 DJU Data: 26/04/2006 Página 386 Página 386 Relator: JUIZA ALDA BASTORelator: JUIZA ALDA BASTO

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INFORMES SOBRE O MONTANTE DE CPMF NÃO INFORMES SOBRE O MONTANTE DE CPMF NÃO CARACTERIZAM QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIOCARACTERIZAM QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO

Origem: Origem: TRIBUNAL - TERCEIRA REGIÃO CTRIBUNAL - TERCEIRA REGIÃO Classe: lasse: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 130947AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 130947Processo: Processo: 2001.03.00.014840-6        2001.03.00.014840-6        UF: UF: SP        SP        Orgão Julgador: Orgão Julgador: TERCEIRA TURMATERCEIRA TURMAData da Decisão: Data da Decisão: 18/12/2002     18/12/2002     Documento: Documento: TRF300071683 DJU DATA:23/04/2003 PÁGINA: 106TRF300071683 DJU DATA:23/04/2003 PÁGINA: 106 RTRF3 71/381 RTRF3 71/381 Relator: JUIZA CECILIA MARCONDESRelator: JUIZA CECILIA MARCONDES

CONSTITUCIONAL - TRIBUTÁRIO - AGRAVO DE INSTRUMENTO -- SIGILO BANCÁRIO - QUEBRA - POSSIBILIDADE - CF ART. 5º, X E XII - LEI N.º 2354/54, ART. 7º - LC 105/2001 - AGRAVO REGIMENTAL. ..............IV - Com a promulgação da LC nº 105/2001, regulamentada pelo Decreto nº 3724/2001, alterando alguns dispositivos do CTN, entre eles o artigo 197, resta, atualmente, prevista a possibilidade, como via de exceção, da QUEBRA de SIGILO bancário.

V - Contudo, observa-se que o que a autoridade impetrada está pretendendo vem a ser fazer uso de dados relativos não à situação financeira do contribuinte, mas sim, de informes sobre o montante de tributo (CPMF) recolhido pelo contribuinte em cotejo com a situação financeira e patrimonial por ele declarada. VI - "In fine", não me parece, que esteja sequer caracterizada a QUEBRA do SIGILO bancário, daí, não há que se falar em lesão ou violação individual de tituralidade do contribuinte.

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DINÂMICA DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS COM BASE NA DINÂMICA DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS COM BASE NA CPMFCPMF

1 – A CPMF é gerada pela Movimentação Financeira do Cliente do Banco que é Servidor Público (submetido a Processo Administrativo) e também é Contribuinte da União

2 – O Banco atua como agente arrecadador da CPMF

3 – O Banco repassa à Receita Federal a identificação do cliente/contribuinte, bem como, informa montantes globais de operações (Não há dever de sigilo – art. 1º, § 3º, III da LC 105/2001)

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DINÂMICA DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS COM BASE NA DINÂMICA DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS COM BASE NA CPMFCPMF

( Continuação )( Continuação )

4 – A Receita Federal recebe as informações e as preserva sob o caráter de SIGILO FISCAL (art. 5º, § 5º da LC 105/2001)

5 – As Informações detidas pela Receita Federal e protegidas pelo SIGILO FISCAL podem ser transferidas a outros entes da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (art. 198, § 1º, II do CTN, com a alteração da LC 104/2001)

6 – O SIGILO FISCAL não é quebrado, mas sim transferido para Autoridade Solicitante (art. 198, § 2º do CTN , com a redação da LC 104/2001)

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DINÂMICA DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS COM BASE NA DINÂMICA DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS COM BASE NA CPMFCPMF

( Continuação )( Continuação )

7 – O § 1º, do art. 145 da CF é plenamente atendido, uma vez que é facultado a administração tributária, IDENTIFICAR, respeitados OS DIREITOS INDIVIDIUAS e NOS TERMOS DA LEI ( Lei 9.311/96, Lei 10.174/2001, Lei Complementar nº 104/2001, Lei Complementar 105/2001 ) o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 145....§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter

pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

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SIGILO BANCÁRIO E PRIVACIDADE – ASPECTOS SIGILO BANCÁRIO E PRIVACIDADE – ASPECTOS DOUTRINÁRIOS – CONCLUSÕES DE VITTORIO CASSONEDOUTRINÁRIOS – CONCLUSÕES DE VITTORIO CASSONE

1 – Estando o art. 145, § 1º, no campo da tributação, cujo PODER envolve o PODER-DEVER de fiscalizar, a CF faculta à administração tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte;

2 – Trata-se de uma faculdade expressamente prevista na CF, que, todavia deve ser exercida nos termos da Lei, respeitados os direitos individuais;

3 – Os termos da Lei são os previstos nas normas gerais (CTN, LC nºs 104, 105) e normas ordinárias (Lei nº 9.311/96, entre outras), que devem orientar-se, inclusive, nos critérios de razoabilidade e proporcionalidade

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SIGILO BANCÁRIO E PRIVACIDADE – ASPECTOS SIGILO BANCÁRIO E PRIVACIDADE – ASPECTOS DOUTRINÁRIOS – CONCLUSÕES DE VITTORIO DOUTRINÁRIOS – CONCLUSÕES DE VITTORIO

CASSONECASSONE( Continuação )( Continuação )

4 – Os Direitos Individuais são os constantes do art. 5º, em especial os do inciso LV (devido processo legal = contraditório e ampla defesa, nos termos da lei);

5 – A intimidade e a vida privada, no inciso X, não são ofendidos pelo Estado, na obtenção de informações,

tendo em vista que o Estado não é terceiro, porquanto titular do interesse público;

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SIGILO BANCÁRIO E PRIVACIDADE – ASPECTOS SIGILO BANCÁRIO E PRIVACIDADE – ASPECTOS DOUTRINÁRIOS – CONCLUSÕES DE VITTORIO CASSONEDOUTRINÁRIOS – CONCLUSÕES DE VITTORIO CASSONE

( Continuação )( Continuação )

6 – Os dados do inciso XII não se referem, propriamente, aos dados bancários, pois estes são expressamente autorizados pelo art. 145, § 1º - campo propício da tributação -, e a atual legislação que rege o sigilo bancário é conforme à Constituição, inclusive a teor do que extraímos da doutrina posta por Crisafulli e Paladin.

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7 – Mesmo que se entenda que os dados a que se refere o inciso XII incluem os dados bancários, continua incólume a faculdade outorgada pela CF à administração pública para obtê-los, nos temos da Lei e respeitados direitos individuais, ou seja, não podem ser divulgados a terceiros não integrantes da relação jurídico-tributária, devendo ser mantidos em sigilo (cf. art. 198 CTN – redação da LC 104/01)

( CASSONE, Vittorio e CASSONE, Maria Eugenia Teixeira, in Processo Tributário – teoria e prática, 7ª ed.,São Paulo, Atlas, 2006, p.576-577 )

SIGILO BANCÁRIO E PRIVACIDADE – ASPECTOS SIGILO BANCÁRIO E PRIVACIDADE – ASPECTOS DOUTRINÁRIOS – CONCLUSÕES DE VITTORIO DOUTRINÁRIOS – CONCLUSÕES DE VITTORIO

CASSONECASSONE( Continuação )( Continuação )