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ANO III | N o 10 | NOVEMBRO DE 2008 | 1 Transferência de Tecnologia – uma solução para alcançar a autonomia tecnológica? A A posição conquistada pelo Brasil no contexto mundial infun- de a busca inexorável da autonomia tecnológica, visando à pesquisa e ao desenvolvimento de materiais de emprego militar. Contudo, em que pese todos os esforços governa- mentais realizados até hoje, há um hiato científico-tecnoló- gico que separa o Brasil dos países desenvolvidos, razão pela qual são imprescindíveis ações do Estado no sentido de reduzir o referido hiato. Em resposta, a transferência de tecnologia proveniente do exterior freqüentemente é apre- sentada como uma das possíveis soluções para alcançar a autonomia tecnológica. Nesse sentido, o presente arti- go se propõe, à guisa de reflexão e conhecimento, discor- rer acerca dos meios de transferência de tecnologia, da obtenção e domínio tecnológico e dos riscos envolvidos no referido processo. É imperioso estabelecer um paralelo entre ciência e tecnologia. Ciência pode ser compreendida como o conjun- to organizado dos conhecimentos relativos ao universo, abrangendo seus fenômenos naturais, ambientais e com- portamentais. Ciência não tem dono, é patrimônio univer- sal. Por outro lado, tecnologia pode ser conceituada como o conjunto ordenado de conhecimento técnico e científico, ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento, sendo empregada na produ- ção, na comercialização e na utilização de bens ou na pres- tação de serviços. Há tecnologias simples e tecnologias de máxima complexidade – “de ponta”. A tecnologia é criada e levada à sua plena utilização, normalmente, por meio de um sistemático encadeamento de atividades de pesquisa, desen- volvimento experimental e engenharia. Ora, dentro desse contexto, em que o salto tecnoló- gico é fundamental para atender às demandas emergen- tes do Estado brasileiro, seria a transferência de tecnolo- gia do exterior um meio adequado para vencer os desafi- os e as novas responsabilidades que deverão ser assumi- das progressivamente? O processo de compra e venda de tecnologia é normalmente referido como transferência de tecnologia, sendo que o uso da palavra transferência, em vez de venda, infunde a percepção de que o transferidor transmitirá ao receptor todos os conhecimentos que gera- ram a tecnologia e, portanto, o seu domínio. Constata-se, ainda, que a transferência de tecnologia é uma atividade que às vezes é contestada e desacreditada quanto a sua eficácia. Contudo, algumas vezes, é o melhor processo para se dar um salto tecnológico. A grande vantagem é o ganho de tempo que se obtém em face das etapas de estudo e pesquisa que serão ultrapassadas ou elimina- das. Como exemplo pode-se citar os seguintes meios de transferência de tecnologia: — aquisição de produtos no exterior com a presença selecionada de engenheiros brasileiros na matriz do país de origem, sendo permitido aos mesmos o acompanhamen- Maj QEM Sérgio Eduardo Martins de Oliveira [email protected] Continua na página 2 Comemoração do dia do QEM no AGR e no AGSP Página 12 Radar SABER M60 na proteção da Amazônia Página 7 ExpoQEM 2008 Página 11 I Simpósio sobre Veículos Aéreos Não Tripulados Página 9

Transferência de Tecnologia – uma solução para alcançar a ......realizada no 11o Grupo de Artilharia de Campanha, exi-bindo um demonstrador de tecnologia de Veículo Aé-reo

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Page 1: Transferência de Tecnologia – uma solução para alcançar a ......realizada no 11o Grupo de Artilharia de Campanha, exi-bindo um demonstrador de tecnologia de Veículo Aé-reo

ANO III | No 10 | NOVEMBRO DE 2008 | 1

Transferência de Tecnologia – uma soluçãopara alcançar a autonomia tecnológica?

AA posição conquistada pelo Brasil no contexto mundial infun-

de a busca inexorável da autonomia tecnológica, visando à

pesquisa e ao desenvolvimento de materiais de emprego

militar. Contudo, em que pese todos os esforços governa-

mentais realizados até hoje, há um hiato científico-tecnoló-

gico que separa o Brasil dos países desenvolvidos, razão

pela qual são imprescindíveis ações do Estado no sentido

de reduzir o referido hiato. Em resposta, a transferência de

tecnologia proveniente do exterior freqüentemente é apre-

sentada como uma das possíveis soluções para alcançar

a autonomia tecnológica. Nesse sentido, o presente arti-

go se propõe, à guisa de reflexão e conhecimento, discor-

rer acerca dos meios de transferência de tecnologia, da

obtenção e domínio tecnológico e dos riscos envolvidos

no referido processo.

É imperioso estabelecer um paralelo entre ciência e

tecnologia. Ciência pode ser compreendida como o conjun-

to organizado dos conhecimentos relativos ao universo,

abrangendo seus fenômenos naturais, ambientais e com-

portamentais. Ciência não tem dono, é patrimônio univer-

sal. Por outro lado, tecnologia pode ser conceituada como

o conjunto ordenado de conhecimento técnico e científico,

ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados

a partir de tal conhecimento, sendo empregada na produ-

ção, na comercialização e na utilização de bens ou na pres-

tação de serviços. Há tecnologias simples e tecnologias de

máxima complexidade – “de ponta”. A tecnologia é criada e

levada à sua plena utilização, normalmente, por meio de um

sistemático encadeamento de atividades de pesquisa, desen-

volvimento experimental e engenharia.

Ora, dentro desse contexto, em que o salto tecnoló-

gico é fundamental para atender às demandas emergen-

tes do Estado brasileiro, seria a transferência de tecnolo-

gia do exterior um meio adequado para vencer os desafi-

os e as novas responsabilidades que deverão ser assumi-

das progressivamente? O processo de compra e venda de

tecnologia é normalmente referido como transferência de

tecnologia, sendo que o uso da palavra transferência, em

vez de venda, infunde a percepção de que o transferidor

transmitirá ao receptor todos os conhecimentos que gera-

ram a tecnologia e, portanto, o seu domínio. Constata-se,

ainda, que a transferência de tecnologia é uma atividade

que às vezes é contestada e desacreditada quanto a sua

eficácia. Contudo, algumas vezes, é o melhor processo

para se dar um salto tecnológico. A grande vantagem é o

ganho de tempo que se obtém em face das etapas de

estudo e pesquisa que serão ultrapassadas ou elimina-

das. Como exemplo pode-se citar os seguintes meios de

transferência de tecnologia:

— aquisição de produtos no exterior com a presença

selecionada de engenheiros brasileiros na matriz do país

de origem, sendo permitido aos mesmos o acompanhamen-

Maj QEM Sérgio Eduardo Martins de Oliveira

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Continua na página 2

Comemoração dodia do QEM

no AGR e no AGSP

Página 12

Radar SABER M60

na proteção da Amazônia

Página 7

ExpoQEM 2008

Página 11

I Simpósio sobre Veículos

Aéreos Não Tripulados

Página 9

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CTEx NOTÍCIAS | 2C T E XC T E X

to de todas as etapas do processo produtivo e acesso irrestrito

a todos os documentos do projeto. No retorno, devem estar

aptos a replicar o processo produtivo, no Brasil, com em-

presas nacionais;

— aquisição de licenças para a exploração de proprie-

dade intelectual, aí incluídas patentes, marcas, direito rela-

tivos a publicações, tecnologia, conhecimentos técnicos ou

habilidades específicas de negócios, entre outras;

— participação de engenheiros brasileiros em empre-

endimentos de C&T e desenvolvimento de equipamentos

em conjunto com países possuidores de tecnologia de pon-

ta. Neste caso, deverá existir previsão contratual que obri-

gue o retorno ao País destes profissionais;

— aquisição de produtos de interesse no exterior para

a realização da engenharia reversa – desmontagem, medi-

ção e ensaios, reprojeto e prototipagem – possibilitando o

aperfeiçoamento do produto original;

— realização de cursos de especialização em áreas

de interesse estratégico, destaque especial para os cursos

de doutorado – que ocasionaram, entre outros, os êxitos do

desenvolvimento de radares e de fibra carbono no Exército.

Cabe evidenciar que muitos dos meios de transferên-

cia de tecnologia citados somente são possíveis no bojo de

acordos de compensação industrial, comercial e tecnoló-

gica. Quais seriam, então, as condições para a obtenção

da tecnologia por meio de transferência? O planejamento e

a preparação são etapas indispensáveis. Em primeiro lu-

gar, deve haver a elaboração minuciosa do contrato – con-

tendo previsão expressa, por exemplo, da obrigatoriedade

do repasse de todos os documentos, programas de compu-

tador, projetos, arquivos técnicos e ferramentas utilizadas,

entre outras. Outro ponto-chave é a escolha criteriosa dos

recursos humanos envolvidos, cuja seleção qualitativa e

quantitativa deve ser pautada pela destacada competên-

cia profissional e demonstração indelével de comprometi-

mento. Uma vez implementada a infra-estrutura laboratorial

adequada, a equipe deve estar em condições de alterar o

projeto e ampliar a tecnologia envolvida.

Realizada a obtenção tecnológica, outro objetivo de

imensa importância é o domínio da mesma. Pode-se enten-

der como domínio a adequada adaptação da tecnologia ao

seu contexto tecnológico e ao contexto financeiro e adminis-

trativo do receptor, pela exploração eficiente dessa tecnologia

e pela capacidade de inovar. Quando o receptor consegue

fazer inovações – dar utilidades – à tecnologia, significa di-

zer que ele tem a gestão completa da tecnologia. Este é o

objetivo do receptor, justamente para sair da questão da de-

pendência tecnológica, que é um risco inerente associado à

eternização de pagamento de royalties, sujeição futura de

rescisão de contrato e inércia frente à obsolescência.

Por outro lado, o grande risco que o transferidor tem é

o fato de que a tecnologia não é um bem que se dá e depois

se pega de volta. Há irreversibilidade no processo de transfe-

rência de tecnologia, por ser um bem intangível. Para o trans-

feridor de tecnologia é importante obter um receptor que

permaneça sempre dependente. Dessa forma, ele pereniza

sua rentabilidade, vantagem competitiva e, sobretudo, man-

tém o poder de gestão e de manutenção das tecnologias.

Portanto, é muito comum que o transferidor não transmita a

tecnologia que ele tenha como mais avançada, mas sempre

uma versão anterior e já obsoleta. Particularmente, em se

tratando de material de emprego militar, há tecnologias que

nunca serão transferidas. As que são transferidas têm o ob-

jetivo exclusivo de fornecer um produto acabado, sem trans-

ferência do conhecimento científico.

Decerto se pode inferir que não há interesse dos paí-

ses desenvolvidos – detentores da tecnologia de ponta – em

transferir tecnologia recente para países com o estágio tec-

nológico que os ameacem. No caso do Brasil, o cerceamen-

to tecnológico é redobrado. É porque, além de estar em fran-

co desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, é pos-

suidor de reservas minerais invejáveis. Tal conjugação é fun-

damento inexpugnável de poder, capaz de promover o siner-

gismo suficiente para tornar o País, em um futuro ao alcan-

ce das gerações de hoje, uma verdadeira potência mundial.

Dado o exposto, impõem-se a assertiva de que so-

mente um esforço concentrado e contínuo em desenvol-

vimento de tecnologia própria, de procedência nacional,

será capaz de contribuir efetivamente para a tão almeja-

da autonomia tecnológica de nosso país. Em se tratando

especificamente da área militar, a questão em tela asse-

vera-se ainda mais, sendo indissociável o binômio: aumen-

to expressivo de operacionalidade da Força Terrestre e

desenvolvimento de tecnologia autóctone, cuja sustenta-

ção remonta ao aumento de investimentos nos institutos

de C&T nacionais e suporte à indústria bélica nacional.

Por fim, registra-se que a pesquisa científica e o desenvol-

vimento de materiais de emprego militar assumem impor-

tância inalienável para a formação dos elementos dissuasó-

rios indispensáveis na reafirmação da soberania nacional.

Transferência de Tecnologia – uma soluçãopara alcançar a autonomia tecnológica?

Continuação da página 1

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ANO III | No 10 | NOVEMBRO DE 2008 | 3

Reunião Técnica do MTCR

O Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (Missile

Technology Control Regime — MTCR) é uma associa-

ção informal composta por 34 países membros, criada

no ano de 1987, com o objetivo de combater a prolife-

ração de armas de destruição em massa, por meio da

aplicação de controles de exportação sobre materiais,

equipamentos, tecnologias e programas computacio-

nais relacionados a Sistemas de Mísseis e de Veículos

Aéreos Não Tripulados (VANT).

No período de 4 a 6 de junho de 2008, em Bonn,

na Alemanha, foi realizada a Reunião de Especialistas

Técnicos do MTCR. Participaram do evento delegações

Maj QEM Marco Antonio Álvares dos [email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Representação brasileira na reunião do MTCR

representantes de 19 países, devendo ser ressaltados,

entre outros, o Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Ale-

manha e Rússia. A delegação brasileira foi chefiada pelo

1o Secretário da Embaixada do Brasil na França, Sr Marcus

Rector Toledo Silva, e contou com representantes do Mi-

nistério da Defesa, Exército, Aeronáutica, Agência Espacial

Brasileira e Petrobras.

O Exército foi representado pelo Maj QEM Marco

Antonio Álvares dos Prazeres e Maj QEM Francisco

Eduardo Lima de Medeiros –

Chefe do Grupo de Mísseis e

Foguetes e Gerente do Proje-

to do Míssil de Defesa Antia-

érea, respectivamente. Esses

militares do CTEx prestaram

assessoramento técnico rele-

vante ao titular da represen-

tação brasileira, por meio da

análise minuciosa das pro-

postas elaboradas pelos paí-

ses membros do MTCR.

A participação da dele-

gação brasileira no evento

alcançou todos os objetivos propostos, dentre os

quais se destacam: atuação mais ativa do Brasil nas

reuniões daquele órgão, contribuição para projeção

do País na esfera internacional e garantia de um ade-

quado posicionamento brasileiro em face de novas

restrições apresentadas pelos países desenvolvidos.

O Centro Tecnológico do Exército recebeu, em 24 de ju-

nho, a visita de uma comitiva da 1a Inspetoria de Contabi-

lidade e Finanças do Exército (1a ICFEx), que veio ao CTEx

com o objetivo de atestar a correta aplicação dos recur-

sos destinados à OM, no que se refere à regularidade, efi-

cácia e economicidade, bem como confirmar a correção

na administração financeira e patrimonial. Durante a visi-

ta foram apresentados à comitiva da 1a ICFEx a palestra

institucional do CTEx e o estágio atual da situação admi-

Inspeção da 1a ICFEx

nistrativa da OM em áreas como pagamento de pessoal,

patrimônio, licitação e contratos, convênio, entre outras.

Maj Art Ezídio Corrêa da Silva [email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Subchefe do CTEx recepciona comitiva da 1a ICFEx

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CTEx NOTÍCIAS | 4C T E XC T E X

Maj QEM Ademir Rodrigues [email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Exposição de VANT e Radar

no dia da Artilharia

Em 10 de junho de 2008, o Centro Tecnológico do Exér-

cito participou da comemoração do dia da Artilharia,

realizada no 11o Grupo de Artilharia de Campanha, exi-

bindo um demonstrador de tecnologia de Veículo Aé-

reo Não Tripulado (VANT) para reconhecimento e bus-

ca de alvos e um sistema de sensoriamento para defe-

sa antiaérea baseado em radar.

O demonstrador de tecnologia do VANT é compos-

to de uma aeronave em escala reduzida e de uma esta-

ção de solo portátil. O desenvolvimento deste demons-

trador de tecnologia forneceu a capacitação necessária

para a elaboração do projeto básico para o desenvolvi-

mento de protótipo de sistema de reconhecimento por

veículo aéreo não tripulado tático.

Em relação ao sistema de sensoriamento, foi exposta

a réplica em tamanho real do Radar SABER M60 e do

demonstrador de tecnologia do Centro de Operações An-

tiaéreas (COAAe). Os computadores do COAAe executaram

o programa da unidade de visualização do SABER M60 no

modo emulação, que permite a reprodução dos dados reais

de tráfego gravados em testes e operações anteriores.

Estação de solo portátil do VANT Aeronave Cessna 182 – 1/4 de escala – empregada no

demonstrador de tecnologia do VANT

Em 10 de junho de 2008, a equipe do Grupo de Arma-

mento e Munição do CTEx, realizou no CAEx um teste

de engenharia com a munição desenvolvida para o Mor-

teiro 81 mm.

Esse teste teve o objetivo de verificar a adequação

das especificações dos itens de propulsão definidos pelo

Laboratório de Química Militar do CTEx. Foi conduzida uma

série de tiros, com diversas massas de carregamento

de propelente, acondicionadas em dois tipos de invólucro

de nitrofilme. Essa atividade contou com a parceria da

IMBEL – Fábrica de Juiz de Fora e Fábrica Presidente

Vargas. O teste permitiu inferir, por meio de medidas de

Cel QEM Antonio Carlos Miranda [email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Munição para o Morteiro 81 mm

velocidade de boca e de pressão na câmara, ser viável

obter alcance máximo superior a 5.800 metros no nível do

mar. O resultado alcançado representa um marco no desen-

volvimento de munição nacional para o Morteiro 81 mm.

Munições desenvolvidas para o Morteiro 81 mm

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ANO III | No 10 | NOVEMBRO DE 2008 | 5

Ensaios em foguetes

SBAT70 e EMA66

No mês de junho de 2008, foram realizados pela equi-

pe do Grupo de Mísseis e Foguetes do CTEx ensaios

estáticos em 33 motores de foguetes, sendo 31 do tipo

SBAT70 e 2 do tipo EMA66, fabricados pela empresa

ARES Aerospacial e Defesa Ltda e destinados à Aero-

náutica e à Marinha.

A prestação desse serviço técnico especializado

permitiu a verificação de conformidades com requisitos

técnicos, visando ao atendimento de condições exigidas

no recebimento qualitativo dos foguetes SBAT-70 e

EMA66, novos ou revalidados, encomendados pela

Aeronáutica e pela Marinha.

O elenco de ensaios foi conduzido no Laboratório

de Ensaios de Jato Propulsores, que contém um acervo

de equipamentos e programas computacionais voltados

para o domínio de análise da dinâmica de funcionamen-

to de mísseis e foguetes. Os seguintes parâmetros fo-

ram avaliados no decorrer dos ensaios:

— pressão interna do envelope motor durante a

combustão de seu propelente;

— empuxo do motor durante a combustão de seu

propelente;

— comportamento do motor após condicionamen-

to térmico em alta (+65oC) e baixa (-23oC) tem-

peraturas;

— comportamento do motor após choque térmico; e

— estrutura do grão propelente por meio de exame

radiográfico.

Os ensaios foram acompanhados por oficiais e

engenheiros do Parque de Material Bélico da Aeronáu-

tica (PAMB), da Diretoria de Material Aeronáutico e

Bélico (DIRMAB) e da Diretoria de Sistemas de Armas

da Marinha (DSAM) – Organizações Militares respon-

sáveis pelo recebimento, aquisição e manutenção des-

tes tipos de foguetes para emprego em helicópteros.

Cap QEM Rogério Yosuke Calazans Kano

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Equipes técnicas do Exército, Marinha,

Aeronáutica e empresa ARES.

Combustão

do grão

propelente do

foguete

SBAT-70 em

ponto fixo

Sala

de operações

e controle

Montagem

do foguete

SBAT70 no

banco

estático

Motores do

foguete

SBAT-70

queimados

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CTEx NOTÍCIAS | 6C T E XC T E X

No período de 25 a 27 de junho de 2008, foi realiza-

do, no CTEx, o exercício de acompanhamento de ae-

ronaves de baixo desempenho do Batalhão de Con-

trole Aerotático e Defesa Antiaérea (BtlCtAetatDAAe)

do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do

Brasil, com a participação do Radar SABER M60 e de

Operação do Radar SABER M60

pelos Fuzileiros Navais

Maj QEM João Abdalla Ney da Silva

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Militares do Projeto Radar e do Corpo de Fuzileiros

Navais durante exercício

Fuzileiro Naval em posto de vigilância operando o terminal

de dados remoto do Radar SABER M60

Viatura do CFN junto ao Centro de Operações

Antiaéreas Automatizado

militares do CTEx integrantes da equipe do projeto e

militares da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea

instalaram e operaram o Radar SABER M60. Foi dado,

assim, o primeiro passo na verificação das possibili-

dades de integração do Sistema de Defesa de Artilha-

ria Antiaérea de Baixa Altura do Exército aos órgãos de

Comando e Controle da Marinha do Brasil.

Em conseqüência desse exercício, os oficiais

BtlCtAetatDAAe aprimoraram o adestramento na execu-

Radar SABER M60 em operação detectando uma

aeronave Super Tucano A-29

aeronaves Super Tucano A-29 da Aeronaútica. O exer-

cício em tela teve por finalidade o adestramento

operacional dos militares do referido Batalhão e con-

tribuiu para o estreitamento de laços de cooperação

entre o CTEx e o CFN.

Na ocasião, coordenados pelo TC Art Eric Julius

Wurts, oficial de ligação do Projeto Radar, militares

do BtlCtAetatDAAe acompanhados por engenheiros

ção dos encargos de Oficial de Controle do Centro de

Operações Antiaéreas, e as praças, dos encargos de Ope-

rador de Radar, Auxiliar de Radar e comandante de uni-

dade de tiro. As unidades de tiro, compostas por mísseis

e canhões e operadas por militares do Batalhão, pude-

ram receber de forma automatizada e em tempo real os

dados para engajamento oportuno das ameaças aéreas

representadas por aeronaves da Força Aérea Brasileira.

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ANO III | No 10 | NOVEMBRO DE 2008 | 7

Radar SABER M60 na proteção

da Amazônia

TC QEM Roberto Castelo Branco Jorge*

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Em 24 de junho de 2008, o projeto do Radar SABER

M60 foi apresentado na sede do CENSIPAM, em Bra-

sília, a integrantes do Centro Gestor e Operacional do

Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e a mili-

tares das Forças Armadas do Equador, em visita àque-

le órgão. A apresentação permitiu que as autoridades

*O autor é gerente do projeto Radar SABER M60.

O CTEx realizou ainda, no período de 6 a 12 de agosto

de 2008, junto com o CENSIPAM e a Polícia Federal, a

Operação Sentinela dos Ares, em Tabatinga – AM, re-

gião da tríplice fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o

Peru. A operação consistiu na experimentação da uti-

lização do Radar SABER M60 para vigilância do espa-

ço aéreo de baixa altura na região das fronteiras

amazônicas. A operação, que teve o apoio da Força

Aérea Brasileira, realizando, em alguns trechos, o

Gerente do projeto Radar SABER M60

em reunião no CENSIPAM

Carregamento do Radar SABER M60 em aeronave

Caravan da Polícia Federal

Radar SABER M60 na Operação

Sentinela dos Ares

Radar SABER M60 embarcado em aeronave

C295 da Força Aérea Brasileira

dos dois países conhecessem as possibilidades de uso

do Radar SABER M60 para vigilância aérea de baixa

altura na região da fronteira amazônica. Ademais, fo-

ram discutidas formas de cooperação visando à pos-

sível utilização de radares em atividades de inteli-

gência para combate a vôos ilícitos transfronteiriços.

transporte aéreo do radar, permitiu comprovar a ade-

quabilidade do equipamento em termos de resistên-

cia, transportabilidade, facilidade de operação e ca-

pacidade de detecção.

Na ocasião, o sistema foi demonstrado ao Diretor-

Geral do Departamento de Polícia Federal, ao Diretor-Geral

do CENSIPAM e a diversas autoridades federais e esta-

duais, além de militares das três forças e de países vizinhos.

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CTEx NOTÍCIAS | 8C T E XC T E X

Em 3 e 4 de julho de 2008 foi realizada, na cidade de

Brasília-DF, a 2a Reunião de Trabalho da Subcomissão

de Cooperação Terrestre e da Gerência do Projeto Gaú-

cho, no âmbito do Acordo Quadro de Cooperação em

Matéria de Defesa entre a República Federativa do Bra-

sil e a República Argentina. As reuniões foram realizadas

nas instalações da 4a Subchefia do Estado-Maior do Exér-

cito (Subcomissão de Cooperação Terrestre) e do Depar-

tamento de Ciência e Tecnologia (Gerência do Projeto

Gaúcho). O CTEx foi representado no evento pelos Cap

QEM Marcio Gomes e Cap QEM Inacio; participaram ain-

da das reuniões representantes argentinos do Ministério

da Defesa, da Direção de Pesquisa, Desenvolvimento e

Produção (DIDEP) do Exército Argentino, do Instituto Na-

No período de 30 de junho a 4 de julho de 2008, o Cen-

tro Tecnológico do Exército realizou a IV Estágio Básico

de Ações de Resposta a Emergências Químicas, Biológi-

cas, Radiológicas e Nucleares (QBRN).

O estágio é destinado aos profissionais que podem

atuar no atendimento de emergências envolvendo QBRN,

em órgãos de primeira resposta ou organizações milita-

res que potencialmente poderiam se envolver em inci-

dentes dessa natureza.

Participaram do estágio 28 profissionais pertencen-

tes às seguintes organizações: EsIE, Companhia DQBN/

Exército, Marinha do Brasil, Polícia Federal, Defesas Civis

Estadual e Municipal do Rio de Janeiro, Corpo de Bombei-

ros, Polícias Civis do Rio de Janeiro e de São Paulo, Polícia

Militar do Rio de Janeiro, Guarda Municipal do Rio de Janei-

IV Estágio Básico de Ações de Resposta

a Emergências QBRN

Maj QEM Renato Massayuki Okamoto

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

2a Reunião da Subcomissão Binacional

para o Projeto Gaúcho

ro, FEEMA e INFRAERO. Foram abordados aspectos relevan-

tes de defesa QBRN, tais como: amostragem, coleta, identi-

ficação, proteção, descontaminação e planejamento de

ações integradas de resposta a emergências. As palestras

teóricas foram complementadas por atividades práticas,

culminando com um grande exercício operacional, no qual

os estagiários tiveram a oportunidade de pôr em prática os

conceitos e procedimentos transmitidos durante o curso.

Cap QEM Marcio dos Santos Gomes

[email protected]

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

cional de Tecnologia Industrial e de representantes bra-

sileiros da 4a Subchefia do EME, do DCT, da DSG e do

Comando de Material do Corpo de Fuzileiros Navais da

Marinha do Brasil.

Durante os dois dias de reunião sobre a Gerência

do Projeto Gaúcho, foram tratados diversos temas, tais

como: a revisão dos Requisitos Técnico-Operacionais,

estabelecimento do custo unitário da viatura, estudo de

mecanismos para facilitar importação e exportação de

componentes, elaboração de proposta de pauta para a

3a Reunião de Trabalho, entre outros. No âmbito des-

tas discussões, os representantes argentinos informa-

ram que se encontra em produção na Argentina um

novo protótipo, que posteriormente será remetido ao

EB para início do processo de avaliação no CAEx. Foi

informado ainda que a entrega deste protótipo ao EB

será por via terrestre e ocorrerá nas cidades limítrofes

de Paso de los Libres (Argentina) e Uruguaiana (Brasil).

Instrutores e estagiários do IV Estágio Básico de Ações

de Resposta a Emergências QBRN

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ANO III | No 10 | NOVEMBRO DE 2008 | 9

Nos dias 23 e 24 de julho de 2008, foi

realizado no auditório do Departamen-

to de Ciência e Tecnologia (DCT) o I

Simpósio do DCT sobre Veículo Aéreo

Não Tripulado (VANT) – I SIMVANT, no

qual o CTEx apoiou aquele Departamento na orga-

nização e na condução das atividades do evento. O I

SIMVANT foi proposto pelo CTEx ao DCT para proporcio-

I Simpósio sobre Veículos Aéreos

Não Tripulados

Maj QEM Ademir Rodrigues Pereira

[email protected]

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Abertura do I SIMVANT Chefe do CTEx ministra a palestra “P&D de VANT no CTEx”

nar a discussão e o debate sobre o tema entre as Orga-

nizações Militares dos segmentos técnico e opera-

cional do Exército, visando atualizar e padronizar con-

ceitos úteis como subsídio ao direcionamento da Pes-

quisa & Desenvolvimento dos projetos de interesse da

Força Terrestre.

O I SIMVANT alcançou pleno êxito e permitiu consta-

tar que a abordagem incremental e gradual de desen-

volvimento de VANT apresentada pelo CTEx foi considera-

da adequada; e que a atualização e uniformização de con-

ceitos são necessárias e servem para um melhor dire-

cionamento da P&D dos projetos de VANT em andamento.

PALESTRA OM PALESTRANTE

Pesquisa e Desenvolvimento de Veículo Aéreo CTEx Gen Div Aléssio Ribeiro Souto

Não Tripulado no CTEx Maj QEM Ademir Rodrigues Pereira

A Doutrina de emprego dos VANT EME Ten Cel Inf Edson Nadal Pimenta

Cenários operacionais previsíveis para VANT VT 15, VANT VT 30

e VANT VT 70 (com ênfase para o emprego pela Infantaria, Cavalaria COTER Cel Inf Günter Hoepers

e Artilharia e emprego em atividades de não guerra e inteligência)

Logística de Aviação (Aplicação aos VANT) D Log MAJ QEM Márcio Amberget Rosa

Sistemas de Veículos Autônomos Não Tripulados IMEMaj QEM Antonio Eduardo Carrilho da Cunha

e Prof Dr Paulo Fernando Ferreira Rosa

Proposta de um Modelo Incremental e Seqüencial para

Avaliação de Veículos Aéreos Não TripuladosCAEx Cap QEM George Alex Fernandes Gomes

Uso de Veículos Aéreos Não Tripulados no Sistema Tático

de Guerra Eletrônica (SITAGE)CIGE Major QEM Marcelo Nogueira de Sousa

O emprego do Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) na

Artilharia de CampanhaEsACosAAe 1o Ten Art George Koppe Eiriz

No I SIMVANT foram realizadas as seguintes palestras:

Page 10: Transferência de Tecnologia – uma solução para alcançar a ......realizada no 11o Grupo de Artilharia de Campanha, exi-bindo um demonstrador de tecnologia de Veículo Aé-reo

CTEx NOTÍCIAS | 10C T E XC T E X

Participação do CTEx no

II Seminário do Sistema Operacional

de Defesa Antiaérea

No período de 21 a 25 de julho de

2008, o CTEx, representando o De-

partamento de Ciência e Tecno-

logia, participou do II Seminário do

Sistema Opera-

cional Defesa

Antiaérea, organizado pelo Estado-

Maior do Exército, cujo objetivo foi

discutir aspectos doutrinários ati-

nentes à Reestruturação da Artilha-

ria Antiaérea, enfatizar a adequação

do material dos escalões de Artilha-

ria e elaborar propostas, a curto e

médio prazos, para a modernização

do Sistema Operacional.

O Seminário foi composto por

palestras, debates e trabalhos em

grupos e contou com a participação

de integrantes do Ministério da Defesa, Marinha do

Brasil, Força Aérea Brasileira, além de representantes

do EME, COTER, D Log, DCT, 1a Bda AAAe, CAvEx, ECEME,

EsAO, EsACosAAe, 1a Bia AAAe e 21a Bia AAAe Pqdt.

O Gen Ribeiro Souto, Chefe do CTEx, o TC QEM Cas-

Maj QEM Francisco Eduardo Lima de Medeiros

[email protected]

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O Chefe do Estado-Maior do Exército realiza abertura do

II Seminário Operacional de Defesa Antiaérea

O Diretor de Manutenção, cumprimenta os oficiais

do CTEx participantes do evento

telo, Gerente do Projeto Radar, e o Maj QEM Eduardo,

Gerente do Projeto do Sistema Míssil Antiaéreo de Baixa

Altura, ministraram palestras referentes aos Projetos de

Ciência e Tecnologia voltados para a Defesa Antiaérea

conduzidos pelo CTEx.

As apresentações dos projetos do CTEx contribuí-

ram para a conscientização do público envolvido sobre

a necessidade de desenvolvimento no país dos mate-

riais e equipamentos voltados para defesa do espaço

aéreo brasileiro, o que permitirá ao Brasil atender as

seguintes demandas: aumento da capacidade opera-

cional da Força Terrestre; redução da dependência béli-

ca do exterior; e incentivo à indústria nacional de defesa.

Foto oficial do II Seminário do Sistema Operacional de Defesa Antiaérea

Page 11: Transferência de Tecnologia – uma solução para alcançar a ......realizada no 11o Grupo de Artilharia de Campanha, exi-bindo um demonstrador de tecnologia de Veículo Aé-reo

ANO III | No 10 | NOVEMBRO DE 2008 | 11

ExpoQEM 2008

Maj QEM Marcello Menezes Eifler

[email protected]

Na semana de 29 de julho a 1 de agosto de 2008, foi

realizada no Quartel-General do Exército em Brasília

a exposição alusiva à Semana do Quadro de Engenhei-

ros Militares – ExpoQEM 2008. A exposição contou

com a participação das Organizações Militares Dire-

tamente Subordinadas ao Departamento de Ciência

e Tecnologia, que apresentaram resultados oriundos

de suas atividades-fim.

O CTEx participou do evento com uma equipe de

engenheiros militares integrantes dos Grupos Finalís-

ticos, os quais apresentaram os seguintes produtos re-

sultantes da pesquisa e desenvolvimento de materiais

de emprego militar de interesse do Exército:

— Míssil MSS AC;

— Arma Leve Anticarro (ALAC);

— Viatura Gaúcho;

— Morteiros 60, 81 e 120 mm;

— Munições 60 e 81 mm;

— Munição 120 mm PRPA;

— Radar SABER M60;

— Reparo de Metralhadora Automatizado X (REMAX);

— Fibra carbono produzida de resíduos aromáticos

de petróleo; e

— Materiais irradiados.

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REMAX apresentado ao Comandante do Exército e ao Chefe do EME

Morteiros 81 mm e 60 mm

REMAX com o Módulo de Gerenciamento de Missão

Viatura Gaúcho

Morteiro 120 mm

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CTEx NOTÍCIAS | 12C T E XC T E X

Comemoração do dia do QEM

no AGR e no AGSP

Maj QEM Victor Santoro Santiago

[email protected]

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No dia 1o de agosto de 2008, foram realizadas no Ar-

senal de Guerra do Rio de Janeiro (AGR) a formatura

e a exposição comemorativa ao dia do Quadro de En-

genheiros Militares (QEM), no âmbito do Comando

Militar do Leste, que reuniu naquela Organização Mili-

tar representantes das seguintes OM: Centro Tecno-

lógico do Exército, Diretoria de Fabricação, Instituto

Militar de Engenharia, Centro de Avaliações do Exérci-

to, 5a Divisão de Levantamento, Comissão Regional

de Obras da 1a RM, Arsenal de Guerra do Rio de Janei-

ro, 2o Centro de Telemática de Área, Parque Regional

de Manutenção da 1a RM e Fábrica de Material de

Comunicações e Eletrônica da Indústria de Material

Bélico do Brasil.

Os eventos tinham como objetivos reverenciar

a figura do insigne patrono do QEM, o Cel RICARDO

FRANCO de Almeida Serra, e apresentar uma exposi-

ção dos Materiais de Emprego Militar objetos de Pes-

quisa & Desenvolvimento pelos nossos Engenhei-

ros Militares.

Participaram das comemorações alusivas ao dia

do QEM as seguintes autoridades: Gen Ex Luiz Cesário

da Silveira Filho, Comandante Militar do Leste; Gen Ex

Paulo César de Castro, Chefe do Departamento de En-

sino e Pesquisa; além dos Comandantes, Chefes e Di-

retores das OM participantes; e de oficiais do QEM da

ativa e da reserva.

A formatura contemplou, entre outras, as seguin-

tes atividades: homenagem ao Patrono do QEM com a

colocação de uma corbelha de flores no busto do Cel

Ricardo Franco, leitura de texto alusivo à data realiza-

da pelo engenheiro militar da ativa mais antigo da guar-

nição do Rio de Janeiro, canto da canção do QEM e, ao

final, o já consagrado desfile dos engenheiros militares

de várias gerações, congraçando oficiais da reserva e

da ativa. Na exposição de MEM, o CTEx expôs alguns

Comandante Militar do Leste prestigia a Exposição de MEM no

AGR – em tela o RADAR SABER M60 desenvolvido pelo CTEx

Comandante Militar do Leste acompanhado de demais autoridades

militares no palanque durante a formatura

Momento da homenagem ao Patrono do

QEM – Cel Ricardo Franco

Chefe do CTEx faz leitura alusiva ao Dia do QEM

Desfile de engenheiros militares de várias gerações

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ANO III | No 10 | NOVEMBRO DE 2008 | 13

Dentro das atividades planejadas nas Comemorações

referentes ao Dia do Quadro de Engenheiros Militares

na Guarnição do Rio de Janeiro, o Centro Tecnológico do

Exército organizou, em 7 de agosto, no Centro de Estu-

dos de Pessoal, o Jantar alusivo ao evento, que reuniu

naquela Organização Militar ilustres convidados do

segmento de Ciência & Tecnologia, no Rio de Janeiro.

O evento, cuja realização foi pioneira no Rio de

Janeiro, foi prestigiado com a participação de apro-

ximadamente 200 pessoas e permitiu o congraça-

Jantar comemorativo ao

dia do QEM

Maj Art Ezídio Corrêa da Silva Filho

[email protected]

mento de várias gerações de companheiros, desta-

cando-se as presenças do Cel Antônio Maria Meira

Chaves, oficial de Artilharia, da turma de 1943 da Es-

cola Militar do Realengo e Engenheiro Militar da tur-

ma de 1952 da Escola Técnica do Exército, atual IME;

e do Cel Maurílio Ernani Ferreira, ex-integrante do

CTEx que dedicou mais de 60 anos de serviço ao Exér-

cito Brasileiro.

Na ocasião do jantar, o Chefe do CTEx, Engenheiro

Militar da ativa mais antigo da Guarnição do Rio de Ja-

neiro, dirigiu a palavra aos convidados e destacou a im-

portância e a relevância da realização da atividade social

para a vertente de Ciência & Tecnologia de nosso Exército.

de seus projetos, tais como: a Viatura Leve de Emprego

Geral Aerotransportável (VLEGA) Chivunk, a Arma Leve

AntiCarro (ALAC), o rádio Mallet e o Radar SABER M60,

os quais despertaram a atenção e o interesse dos visi-

tantes, corroborando, deste modo, a excelente fase que

vive a Engenharia Militar Brasileira.

Em 8 de agosto de 2008, ainda no bojo das co-

memorações do dia do Quadro de Engenheiros Mili-

tares, o CTEx participou da Exposição de Materiais

de Emprego Militar, organizada pelo Arsenal de Guer-

ra de São Paulo (AGSP), realizada nas instalações

do próprio AGSP. Na oportunidade, o CTEx expôs a

VLEGA Chivunk, cujo projeto e desenvolvimento foram

realizados pelo CTEx com o apoio da indústria nacional.

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Encontro de gerações de Engenheiros Militares Chefe do CTEx felicita os convidados pelo dia do QEM

Representação do CTEx na formatura do AGR emcomemoração ao dia do QEM

VLEGA Chivunk em exposição no AGSP

Page 14: Transferência de Tecnologia – uma solução para alcançar a ......realizada no 11o Grupo de Artilharia de Campanha, exi-bindo um demonstrador de tecnologia de Veículo Aé-reo

CTEx NOTÍCIAS | 14C T E XC T E X

Em 6 de agosto de 2008, o CTEx recebeu a visita de

uma comitiva da 3a Subchefia do Estado-Maior do Exér-

cito (EME), composta pelo Gen Div Eduardo Dias da

Costa Villas Bôas, Subchefe do EME, e pelo Cel Ernildo

Heitor Agostini Filho, Chefe da Seção de Doutrina, Po-

3a Subchefia do EME conhece projetos

e linhas de pesquisa do CTEx

Maj QEM Carlos Eduardo da Mota Góes

[email protected]

O evento Integração IME, realizado anualmente desde 2003,

tem por objetivo estreitar os laços entre o IME, seus alunos

e o mercado de trabalho. Durante o evento, organizações

militares e empresas civis apresentam suas atividades,

permitindo aos alunos adquirir maiores conhecimentos

sobre suas futuras possibilidades de atuação profissional.

A sexta edição do evento ocorreu entre os dias 18

e 22 de agosto de 2008, com a presença do Gen Ex Luis

Carlos Gomes Mattos, Chefe do Departamento de Ciên-

cia e Tecnologia. No dia 21 do corrente ano, uma série

de palestras do CTEx apresentou as atividades e resulta-

dos de seus vários projetos e grupos finalísticos:

• Pesquisa e Desenvolvimento de Materiais de Empre-

go Militar – Gen Div Ribeiro Souto (Chefe do CTEx)

• Projeto Simulador de Helicóptero SHEFE e Projeto

Radar SABER M60 – TC QEM Castelo

• Grupo de Guerra Eletrônica – TC QEM Castañon

• Grupo de Comando e Controle – Maj QEM Alexandre

• Grupo de Optrônicos – Maj QEM Bortolini

• Grupo de Mísseis e Foguetes – Maj QEM Marco

• Grupo de Blindados e Viaturas Militares – Maj QEM

Santoro

• Grupo de Armamento e Munição – Maj QEM Eiffler

• Grupo de Defesa QBN e Projeto Carbono – Cap

QEM Taschetto

Os resultados apresentados causaram grande

impacto entre os alunos do IME, com destaque para

os filmes de testes do Míssil Solo-Solo 1.2 (MSS 1.2),

da Arma Leve AntiCarro (ALAC), do Reparo Automa-

tizado de Metralhadora X (REMAX) e da Viatura Leve

de Emprego Geral Aerotransportada (VLEGA) Chivunk.

Apresentação de projetosdo CTEx no IME

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Cap QEM Alexandre Taschetto de Castro

[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Gen Div Villas Bôas testa o Simulador

de Tiro de Pistola

Apresentação do Rádio Mallet por ocasião da visita às instalações

da Divisão de Tecnologia da Informação

lítica e Estratégia 2. O evento permitiu ao CTEx apre-

sentar à comitiva do EME os principais projetos de Ma-

teriais de Emprego Militar e linhas de pesquisa em

andamento neste Centro Tecnológico.

A programação geral da visita compreendeu a

apresentação de palestra institucional pelo Chefe do

CTEx, exibição dos principais produtos tecnológicos

desenvolvidos pelo CTEx e visita às instalações da OM.

Page 15: Transferência de Tecnologia – uma solução para alcançar a ......realizada no 11o Grupo de Artilharia de Campanha, exi-bindo um demonstrador de tecnologia de Veículo Aé-reo

ANO III | No 10 | NOVEMBRO DE 2008 | 15

Em 19 de agosto de 2008, o CTEx recebeu,

em solenidade na Escola Superior de Guer-

ra, a Medalha do Mérito Marechal Cordei-

ro de Farias1, a qual foi concedida, no seu

Quadro Especial, a este Centro Tecnológico

após deliberações do Conselho da respec-

tiva comenda, em reconhecimento aos relevantes ser-

viços e apoio prestados à Escola Superior de Guerra na

condução das suas atividades.

Naquela oportunidade, o CTEx e organizações da

Marinha e Aeronáutica foram agraciadas, sendo a co-

Medalha do Mérito MarechalCordeiro de Farias

Maj Art Ezídio Corrêa da Silva Filho

[email protected]

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Em 28 de agosto de 2008, o Centro Tecnológico do

Exército realizou uma jornada de instrução em pro-

veito dos oficiais-alunos do Curso de Política, Estra-

tégia e Alta Administração do Exército (CPEAEx), oriun-

Cooperação de Instrução

com o CPEAEx

Chefe do CTEx por ocasião do recebimento da Medalha

1 A Medalha Marechal Cordeiro de Farias foi criada em 20 de junho de 1983, quando foi instituída por resolução do Comandante. A Medalha

do Mérito Marechal Cordeiro de Farias e seu diploma têm por finalidade premiar integrantes da Escola Superior de Guerra (ESG), os ex-

Combatentes, as personalidades nacionais e estrangeiras que se destacaram pelos relevantes serviços e organizações militares e institui-

ções civis, nacionais ou estrangeiras, que mereceram a homenagem especial da Escola Superior de Guerra.

menda entregue ao Gen Div Aléssio Ribeiro Souto,

Chefe do CTEx. Doravante, a Bandeira Nacional do

CTEx ostentará a Medalha Marechal Cordeiro de Farias.

Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim

[email protected]

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dos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

Os oficiais-alunos assistiram palestras e demonstrações

dos principais MEM desenvolvidos pelo CTEx. A visita mos-

trou-se uma excelente oportunidade para que os oficiais

do CPEAEx conhecessem as atividades de desenvolvi-

mento e pesquisa de projetos direcionados à operaciona-

lidade da Força Terrestre, realizados no âmbito do CTEx.

Apresentação da família de morteiros desenvolvida pelo CTEx Apresentação do Radar SABER M60

Page 16: Transferência de Tecnologia – uma solução para alcançar a ......realizada no 11o Grupo de Artilharia de Campanha, exi-bindo um demonstrador de tecnologia de Veículo Aé-reo

CTEx NOTÍCIAS | 16C T E XC T E X

C T E XC T E X

Os integrantes do Centro Tecnológico do Exército têm a

grata satisfação de parabenizar os companheiros a se-

guir relacionados pelas merecidas promoções, desejan-

do-lhes votos de continuado sucesso e pleno êxito em

suas carreiras. Foram os seguintes os oficiais promovidos

em 31 de agosto de 2008:

— ao posto de Maj: o Cap Marcelo Menezes EIFLER.

— ao posto de 1o Ten: o 2o Ten BERGSON Marques Moreira

— ao posto de 2o Ten, os Asp Of: Sandro MAYHÉ Ferreira

e Luiz Carlos Noronha SILVEIRA.

Promoção de Oficiais

Maj Art Ezídio Corrêa da Silva Filho

[email protected]

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Chefe do CTEx

Gen Div Aléssio Ribeiro Souto

Subchefe do CTEx

TC QEM Ubiratan de Carvalho Oliveira

Editor

Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim

Distribuição

Assessoria de Comunicação Social do CTEx

Avenida das Américas, 28705 • Guaratiba • Rio de Janeiro • RJ

CEP 23020-470 • Tel: (21) 2410-6200 • Fax: (21) 2410-1374

E-mail: [email protected]

Página na Internet: http://www.ctex.eb.br

Periodicidade: trimestral • Tiragem: 3.000 exemplares

CTEx NotíciasInformativo do Centro Tecnológico do Exército

Ano III • No 10 • Novembro de 2008

Aqui se delineia o Exército do futuro!

Pelotão do CTEx em desfile cívico-militar

Espaço Cívico-Social

O CTEx participou, como parte das comemorações do

Dia da Independência, em 4 de setembro, na região

de Pedra de Guaratiba, do desfile cívico-militar orga-

nizado pela XXVI Administração Regional de Santa

Cruz e Guaratiba. Naquela ocasião, o CTEx se fez repre-

sentar com o efetivo de um pelotão, compondo o grupa-

mento militar do desfile, juntamente com uma repre-

sentação do Batalhão Escola de Engenharia (BesEng).

CTEx no desfile cívico-militar em

Pedra de Guaratiba

Maj Art Ezídio Corrêa da Silva Filho

[email protected]

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Da esquerda para a direita:

Maj Eifler, 2o Ten Mayhé, 2o Ten Silveira, oficiais

recém-promovidos em destaque